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BATERIA DE ACUMULADOR

As baterias são chamadas na engenharia automoctiva de acumuladores de energia.


 Função
- Acumular energia para que esta seja utilizada nos consumidores de energia (Iluminação, rede de bordo e motor
de partida).
- Garantir o funcionamento do motor de partida sempre que solicitado e evitar ao máximo as perdas por conta
do chicote eléctrico.
 Constituição
A Bateria de acumulador é composta por seguintes elementos:
- Caixas, bornes, tampas e elemento acumulador.
a) Caixa
Possui a função de alojar todos os componentes da bateria, também possui divisórias para alocar isoladamente
os elementos acumuladores. A caixa também deve suportar o ataque químico do electrólito. Plásticos simples e
borracha entraram em desuso na fabricação da caixa da bateria e actualmente as caixas são fabricadas em
polipropileno ou policarbonato, pois apresentam resistência contra vazamento do electrólito.
b) Bornes
Trata-se dos pontos de conexão da bateria com o chicote eléctrico do veículo, a bateria dispõe de dois bornes,
positivo (+) e negativo (-), que diferem entre si por algumas características. O borne positivo é mais grosso e
possui tonalidade mais escura em relação ao borne negativo, além disso, na caixa, próximo ao borne positivo
está destacado o sinal (+). Consequentemente o borne negativo é mais claro e mais fino, e também é destacado
pelo sinal (-) próximo a ele.
c) Tampas
Nas baterias antigas, cada compartimento de elementos era dotado de um bocal com tampa. O objectivo disso
era dispor de orifícios para evacuação dos gases provenientes das reacções químicas, a necessidade de se
completar o nível do electrólito e a verificação da densidade de solução electrolítica. Estas duas últimas acções
eram manutenções básicas das baterias, e foram abolidas quando estas passaram a serem seladas e livres de
manutenção. Por consequência, as tampas também deixaram de existir.
d) Elemento acumulador
É componente responsável pela energia da bateria, a bateria em si. O elemento acumulador transforma a energia
química em energia eléctrica, é constituído pelos bornes, placas e separadores.
 Placas positivas
As placas positivas são formadas por grades feitas de peróxido de chumbo (PbO2) ou antimônio (PbSb), e por
conta disso suas placas são mais escuras. Além disso, o antimônio aumenta a dureza da placa, evitando que esta
venha a se flexionar sob tensão. O borne positivo liga todas as placas positivas em um só ponto, possui a mesma
tonalidade das placas, sendo então mais escuro que o borne negativo.
 Placas negativas
São grades formadas por chumbo puro (Pb) ou liga de chumbo-cálcio (PbCa), suas placas são mais claras em
relação as placas positivas. O borne negativo liga todas as placas negativas em um só ponto, possui a mesma
tonalidade das placas, sendo então mais claro que o borne positivo. Tanto o conjunto de placas negativas e
positivas são apoiados sobre pontes, não tocam o fundo da caixa e liberam espaço para resíduos que se soltam
das placas.
 Separadores
Como a montagem das placas é feita de forma que estas fiquem dispostas de forma alternada entre positivas e
negativas, faz necessário a colocação de compostos isolantes entre as placas para evitar o seu curto-circuito.
Estes compostos são os separadores, que geralmente são feitos de plástico ou papel poroso.
 Princípio de Funcionamento
Basicamente o funcionamento da bateria é o funcionamento do seu elemento acumulador, este fica em imerso
na caixa da bateria, e está abastecida com solução electrolítica. Uma bateria automotivo convencional dispõe de
seis elementos ao todo, cada elemento desempenha uma tensão de 2,2V (volts) quando totalmente carregado, ou
seja, quando o material activo da placa positiva é PbO2 ou PbSb e o material activo da placa negativa é o
chumbo esponjoso. Assim a solução será água e ácido sulfúrico.
Para que a bateria disponha de 12V os elementos acumuladores devem estar ligados entre si, sendo possível três
formas de serem ligados. Em série, paralelo e com uma combinação das duas formas, mistas. Cada tipo de
ligação objectiva incrementar a tensão ou a capacidade em A·h da bateria, ou ainda as duas propriedades.
Quando os acumuladores estão ligados em série, o borne negativo do primeiro acumulador se liga ao borne
positivo do segundo, e assim sucessivamente até o sexto acumulador. Desta forma ficam livres os bornes
positivo do primeiro acumulador e negativo do sexto acumulador, e estes dois bornes são os que se projectam
para fora da bateria. Nas ligações em série, o objectivo é aumentar a tensão total. Se cada acumulador possui
2,2V, então os seis ligados em série produziram 13,2V sem que a bateria esteja ligada circuito algum. Por outro
lado, a capacidade em A·h dos acumuladores não se somam.
No caso de uma ligação em paralelo entre acumuladores temos que os bornes positivo e negativo de cada
acumulador se ligam aos seus respectivos bornes do acumulador seguinte. O objectivo neste tipo de ligação é
aumentar a capacidade em A·h da bateria. Sendo assim, se cada acumulador desempenha 6A/h, os seis
acumuladores em paralelo produzirão 36A/h. Contudo, os valores de tensão não se somam, e a tensão é igual a
tensão nominal de 2,2V de cada elemento acumulador.
Além das duas ligações explicadas acima, também existem ligações mistas entre elementos acumuladores.
Trata-se de ligações onde ambas ligações em série e paralelo são utilizadas, ou seja, temos as placas dispostas
em paralelo, mas com seus elementos ligados em série. Isso garante que a bateria tenha sua capacidade A·h
adequada às necessidades do sistema elétrico automotivo e também a tensão com valor de 12V.
Depois de feitas as associações de elementos e placas, estes são colocados na caixa que é abastecida com
solução electrolítica e finalmente a bateria está pronta para ser instalada no automóvel. Depois de ligados os
chicotes positivo e negativo do sistema eléctrico do veículo aos bornes da bateria, os consumidores passam a
descarregar a bateria. Dentro da bateria a solução electrolítica reage com o PbO2 e com o chumbo esponjoso,
das placas positivas e negativas respectivamente. A reacção gera uma corrente eléctrica do borne positivo para o
negativo, neste momento a energia química foi transformada em energia eléctrica. Em contrapartida solução
electrolítica perde parte de seu conteúdo de ácido sulfúrico, e passa a ter mais água. Além disso ocorre o
acúmulo de sulfato de chumbo sobre as placas à medida que a bateria se descarrega.
Uma vez que o motor está em funcionamento, o alternador se encarrega recarregar a bateria, aplicando uma
corrente eléctrica contínua do borne negativo para o positivo. Ao circular pelas placas, a corrente eléctrica causa
uma reacção contrária a descarga, o sulfato de chumbo volta a sua forma de PbO2 e chumbo esponjoso, além do
aumento da concentração de ácido sulfúrico, ou seja, a bateria está sendo recarregada.
 Manutenção
Com as baterias livres de manutenção, não existe mais manutenções periódicas de sua solução electrolítica.
Contudo, é sempre bem-vindo a verificação da tensão da bateria com o multímetro, do estado de carga (olho da
bateria), do aperto dos conectores dos bornes e da incrustação de zinabre nos bornes das baterias.
As baterias possuem o chamado “olho da bateria”, que é basicamente uma lente onde pode ser observado o
estado de carga da bateria. Geralmente, quando o olho indica coloração preta significa que o estado de carga da
bateria é 0%, logo quando o olho indica uma coloração verde significa dizer que o estado de carga da bateria
está acima de 70%.
A conferência do aperto dos conectores da bateria é importante pois o mau contacto entre borne e conector pode
levar ao não funcionamento do veículo, além disso quando folgados, os conectores, levam a formação de uma
pasta de coloração azul chamada zinabre. O zinabre impede o fluxo de corrente da bateria para o chicote
eléctrico, consequentemente seu acúmulo exagerado pode levar a um maior índice de fuga de corrente e então a
descarga da bateria.
Em baterias antigas, de veículos antigos, é comum a verificação do nível de solução electrolítica com um
aparelho chamado densímetro. Este mede a densidade da solução, e o valor medido é verificado em uma tabela
do fabricante que indica as densidades para cada estado de carga da bateria. Quando é verificado uma densidade
correspondente a um estado de carga muito baixo, faz-se necessária o complemento do nível de solução
electrolítica da bateria com água desmineralizada. A medição da densidade da solução é realizada em cada placa
da bateria, sendo por este motivo que bateria antigas possuem quantidade de tampas de acesso igual a
quantidade de placas.
 Defeitos (Avarias) e suas Causas
O maior problema das baterias automotivas chama-se sulfatação. Que nada mais é do que o acumulo de sulfato
de chumbo sobre as placas dos elementos acumuladores.
A sulfatação ocorre quando a bateria é submetida a um período de descarga muito logo, e sem a devida recarga
para realizar a reação inversa e dissolver o sulfato de chumbo. O resultado é a inutilização do elemento
acumulador, e logo da bateria, pois a camada de sulfato de chumbo não permite a passagem da corrente elétrica
proveniente do alternador, o que impede que a reação de carga ocorra e o sulfato inscrutrado reaja voltando a
sua forma de PbO2 e chumbo esponjoso. Muitas vezes é possível fazer a bateria voltar a permitir recarga,
contudo em muitos caso o período de descarga foi tão grande que a bateria até admite recarga, mas torna-se
incapaz de efetuar o acionamento do motor de partida.
Problemas de sulfatação são geralmente atribuídos a alternadores com mau funcionamento, veículos parados
por um longo período de tempo sem manutenção, lotes de bateria mau programados, esquecimento de
componentes elétricos ligados após o uso do veículo e problemas de fuga de corrente no sistema elétrico do
automóvel.
O superaquecimento da bateria e a liberação de fumaça em excesso pelo respiro da bateria são dois problemas
causados pela sobrecarga da mesma. As baterias automotivas são desenvolvidas para atingir uma tensão
máxima de 13-14V quando em funcionamento no veículo, se por algum motivo a tensão da bateria começar a
ultrapassar esse valor, a quantidade de vapor proveniente da solução eletrolítica também irá aumentar, mas
devido ao pequeno orifício de respiro, esse vapor não conseguirá ser expulso de forma eficiente, então a bateria
aumenta consideravelmente de temperatura, incha e em casos extremos pode explodir.
Os problemas de superaquecimento são causados por falhas no alternador e negligência na utilização de
recarregadores de bateria.

FERRAMENTAS AUTOMOTIVAS
Ferramentas automotivas são instrumentos que permitem facilitar o trabalho dos reparadores e garantir a
segurança do carro. Apesar de serem mais caras, contar com um quadro de ferramentas especiais faz toda a
diferença em relação ao tempo.
O mais básico quadro de ferramentas especiais precisa ter:
 Osciloscópio
 Scanner
 Multímetro
 manômetros de pressão
 instrumentos de medição precisas
1) Osciloscópio
O osciloscópio automotivo é um instrumento que permite observar, analisar e armazenar sinais de tensão. É
usado na área da manutenção automotiva para ler sinais sonoros, principalmente a vibração do motor. Quando
conectado ao carro os sinais se tornam visíveis por meio de uma tela. Pode ser encontrado na versão analógica
ou digital.
2) Scanner automotivo
Scanner automotivo é conectado ao veículo por um plugin, diagnostica diversos tipos de problemas a serem
encontrados no carro, principalmente na parte eléctrica. O que um reparador levaria horas para descobrir
testando individualmente cada sistema, um scanner automotivo completo pode fazer em minutos.
Alguns modelos incluem em seu sistema outras ferramentas, como o osciloscópio, por exemplo.
3) Multímetro
multímetro ou multiteste, está entre as ferramentas especiais para auto elétrica. Esse aparelho mede a
resistência elétrica, corrente contínua e corrente alternada. Assim como o osciloscópio possui duas versões:
analógica (com ponteiro) e digital. Entretanto, esse aparelho é limitado quando comparado ao osciloscópio, que
possui mais recursos.
Além disso a sua função não é exclusivamente para o setor mecânico, é bastante usado na indústria e em outros
segmentos. Trata-se de um aparelho de fácil manuseio e respostas rápidas.
4) Instrumentos de medições precisas
O uso dos instrumentos de precisão durante o reparo são fundamentais para o carro ter um bom
desenvolvimento. Um freio, por exemplo, precisa ser instalado com a medida correta. Caso isso não ocorra o
disco pode romper em uma frenagem brusca, o que causaria um acidente.
Logo, essas ferramentas de medição são fundamentais, quando ignoradas, o reparador pode estar colocando em
risco famílias inteiras.
 Manômetros de pressão: é usado para conferir com precisão a pressão hidráulica, faz parte das
ferramentas especiais para câmbio automático, sistemas do combustível, arrefecimento entre outras.
 Paquímetro: Ferramenta que mede centésimos, muito utilizada pelas reparadoras. Principalmente para
verificar o tamanho de uma peça ou distância entre duas. Entretanto, deve-se averiguar se a espessura
externa da peça medida, ou rebarbas não irão interferir na medida. Na inviabilidade deste, deve ser
usado um Micrômetro.

 Micrômetro: Se o paquímetro mede centésimos, o micrômetro mede milésimos. É usado justamente


quando ocorre algum risco de o paquímetro não ser exato. Para o uso deste deve ser observado o manual
de instruções.
 Torquímetro: é usado quando for necessário medir o aperto de um parafuso ou porca. Em determinados
locais do carro, como no sistema da roda, um parafuso mal ajustado pode causar um desequilíbrio no
veículo.
 Goniômetro: Assim como o torquímetro, é uma medida de precisão para apertar porcas e parafusos. A
diferença entre eles é que com o goniômetro é possível obter resultados mais precisos, como no
cabeçote, por exemplo.
 Relógio comparador: é fabricado na versão analógica ou digital. Como o próprio nome já diz: o relógio
comparador, compara superfícies paralelas ou planas que necessitam de medidas exactas entre si.
Além dessas, existem outras como ferramentas especiais para caminhões e tratores. Ou destinadas a marcas
específicas como ferramentas especiais Ford e Honda. Para o uso destas, normalmente se trata de uma mecânica
especializada e a busca deve ser bastante específica de acordo com a necessidade da reparadora.
Cuidados a ter com ferramentas automotivas especiais (Manutenção preventiva)
 Todas as ferramentas citadas devem estar guardadas em locais específicos, ou seja, não podem ficar
juntas com as ferramentas comuns. Evitando assim, que entrem contacto com a ferrugem, graxa ou risco
de quebrarem.
 Devem ser mantidas longe de locais húmidos, como poeira, ou produtos químicos.
 As ferramentas de medições precisas não podem sofrer choques ou quedas. Por se tratar de instrumentos
de medição, mesmo que não quebrem, a queda pode danificar o aparelho interferindo na precisão da
medida.
 Scanner, multímetro e osciloscópio são equipamentos elétricos, os cuidados citados acima devem ser
redobrados nesses equipamentos.
Manuais técnicos, um sistema de precisão
Manuais técnicos são ferramenta de trabalho, pois fornecem valores de referência e instruções para o reparo de
todos os sistemas veiculares (não somente carros de passeio, mas caminhões, ônibus e máquinas agrícolas).
Logo, são fundamentais em qualquer reparadora, só assim é possível alcançar a excelência em reparos
automotivos.
SISTEMA DE CONFORTO E SEGURANCA AUTOMOTIVA
É a estrutura funcional de suporte dos sistemas veiculares e responsável pelo conforto (Acomodação dos
assentos) e segurança (habitáculo) dos passageiros.
A. Fechos centralizados de portas
O fecho centralizado das portas, da mala e da tampa do depósito de combustível, é conseguido através de
sistemas electropneumáticos ou electromagnéticos.
Para melhorar a comodidade, existem fechos centralizados com comandos à distância por infravermelhos ou
ultra-sons, que permitem abrir ou fechar o veículo através deles.
B. Vidros eléctricos
Com o objectivo de aumentar a comodidade na condução e evitar a distracção do condutor quando deseja subir
os vidros das janelas do seu automóvel, criaram-se sistemas de accionamento eléctrico dos vidros, de forma
que, a partir do accionamento de um simples botão, aqueles subam ou desçam até ao ponto que o condutor
desejar. Desta forma, o condutor não sofre a menor distracção, podendo a sua atenção ser inteiramente dedicada
aos comandos principais do veículo.
Avarias e soluções
As avarias eléctricas destes sistemas, podem ser as seguintes:
- Não funciona nenhum elevador
Verificar se existe tensão na entrada e saída do relé, utilizando um voltímetro. Seguir o circuito até chegar ao
fusível. A causa do defeito será encontrada nalguma destas verificações.
- Só não funciona um elevador
Acciona-se o comutador e escuta-se se existe ruído do motor a funcionar livremente. Se o motor rodar, é sinal
que desengatou das alavancas de accionamento. Neste caso estamos perante uma avaria mecânica, devendo ser
reparada a ligação. No caso de o motor não girar, a avaria poderá ser devida a um defeito num comutador ou
nos cabos. Através de um voltímetro ou de uma lâmpada de provas verificar estes elementos, assegurando
primeiro que o fusível está em bom estado. Se estiver tudo em ordem a falha será do motor, que deverá ser
desmontado para se verificar o estado do induzido e dos enrolamentos indutores. No entanto, é vulgar que os
motores deste tipo sejam selados de forma que a sua desmontagem e reparação não seja possível. Neste caso,
depois de detectada a avaria do motor, este deve ser substituído.
- Os vidros funcionam só numa direcção
Verificar o funcionamento dos vidros com ambos os comutadores (o múltiplo e o individual). Se os vidros
funcionam bem com um comutador e não com o outro, verificar o comutador que não funciona. Se ambos os
comutadores fazem o vidro funcionar apenas numa direcção, o defeito estará no motor, que deverá ter um dos
enrolamentos avariado. Geralmente o motor deverá ser substituído. No caso de o motor funcionar no sentido
contrário ao indicado pelo comutador, trata-se de uma ligação errada dos cabos.
C. Bancos reguláveis electricamente
Constituição
A regulação eléctrica dos bancos dos automóveis é utilizada apenas em veículos das classes média e alta. Este
tipo de equipamento tem como finalidade permitir uma maior comodidade, mas também, em certos casos, é
utilizado devido à falta de espaço para instalação de um sistema de regulação mecânica. Podem ser utilizados
até sete motores eléctricos que desempenham as seguintes funções:
 Ajuste em altura da superfície do assento, à frente e atrás
 Ajuste da inclinação do assento
 Ajuste longitudinal do banco
 Ajuste da inclinação do encosto
 Ajuste em altura e inclinação do encosto da cabeça
 Ajuste do apoio lombar (altura e curvatura)
 Ajuste da curvatura do encosto
Os bancos mais vulgares utilizam quatro motores, que accionam uma alavanca de regulação de altura e outra de
regulação longitudinal. Outro sistema muito utilizado, recorre a três motores para este tipo de ajustes.
D. Tectos de abrir e capotas eléctricas
Constituição e Funcionamento
O tecto de abrir consiste na possibilidade de criar uma abertura no tejadilho do automóvel, de forma a que a
corrente de ar que se estabelece durante a circulação do veículo, obrigue o ar quente acumulado junto ao
tejadilho a sair. Por isto, e sobretudo no Verão, são melhoradas as condições de temperatura no interior do
habitáculo, proporcionando um maior conforto aos passageiros. Como se compreende facilmente, para este
efeito, este dispositivo não é necessário em automóveis equipados com sistema de ar condicionado. Os tectos de
abrir podem ser accionados manualmente, através de uma manivela, ou recorrerem a um sistema de abertura
eléctrico, que tornará a sua utilização mais cómoda.
E. Espelhos retrovisores eléctricos
Os espelhos retrovisores são dispositivos de grande utilidade, já que permitem ao condutor ter uma percepção
completa do trânsito que o precede. Eles são fundamentais para uma condução segura. No entanto, para que isto
seja possível, eles devem poder ser ajustados de forma a se poderem adaptar à posição e estatura do condutor.
Daí que os espelhos retrovisores possuam um sistema basculante que permite o seu ajuste em todos os sentidos.
Para uma maior comodidade do condutor, e para que se possa evitar qualquer distracção durante a condução, os
espelhos actuais podem ser equipados com dois sistemas distintos: um automatismo eléctrico que permite o seu
ajuste e um sistema de desembaciamento, que mantém o espelho em boas condições de visibilidade, mesmo
com condições atmosféricas adversas. Como este sistema torna o espelho mais caro, alguns veículos utilizam-no
apenas no retrovisor da direita, ao qual o condutor tem difícil acesso.
A função de ajuste eléctrico é realizada através de um pequeno motor, que faz mover o espelho. Neste caso os
espelhos são denominados espelhos eléctricos.
A função de desembaciamento, é conseguida através de uma resistência eléctrica que produz calor, e que
impede a condensação ou mesmo a formação de gelo sobre o espelho. Estes espelhos são conhecidos como
espelhos aquecidos.
Avarias e suas causas
As avarias mais frequentes nos espelhos retrovisores eléctricos são do tipo mecânico. Umas provocadas por
choques mecânicos, outras por poeiras ou outras substâncias que se acumulam no mecanismo de movimentação
dos espelhos e que tendem a dificultar, ou até mesmo impedir, esse movimento. Nestas situações a avaria pode
ser resolvida com uma simples limpeza e lubrificação dos diversos elementos mecânicos que constituem o
espelho.
Noutros casos mais graves poderá ser necessário proceder à substituição do espelho. Quando a avaria é do tipo
eléctrico, a primeira coisa a fazer é verificar o estado dos fusíveis e posteriormente dos cabos e respectivas
ligações (ver esquemas), desde o módulo de ligação até ao espelho.
F. Limpa vidros
O sistema de “limpa vidros” tem como principal objectivo manter o pára-brisas ou o óculo traseiro limpos,
nomeadamente durante a condução com chuva. É portanto um sistema que para além de ter importância no
capítulo do conforto, contribui para uma condução segura em situações de chuva ou percursos poeirentos ou
enlameados. O sistema é constituído por um pequeno motor eléctrico, uma transmissão mecânica e pelas
escovas. Estas últimas deslocam-se sobre o vidro, retirando desta forma a água ou outros resíduos, garantindo
uma boa visibilidade. Nos sistemas antigos, as escovas moviam-se por acção da depressão existente no colector
de admissão do motor.
G. Sistemas de desembaciamento
Um dos inconvenientes de conduzir com tempo de chuva, frio ou húmido, é a condensação do vapor de água
que se forma no interior do habitáculo do automóvel, e que faz com que a visão do condutor seja dificultada. É
uma situação muito perigosa e pode mesmo provocar acidentes. Esta questão põe-se relativamente ao pára-
brisas, mas também em relação ao óculo traseiro. Para ultrapassar esta situação, os fabricantes encontraram
soluções diferentes para o pára-brisas e para o óculo traseiro.
Em relação a este último, o sistema utilizado consiste na instalação de uma resistência de aquecimento no vidro
que, ao aquece-lo, impede a ocorrência de condensação. Esta resistência é composta por um fio muito fino
colado ao vidro, sendo alimentada directamente a partir da bateria. O sistema de desembaciamento utilizado no
pára-brisas é constituído por um ventilador eléctrico, que força ar previamente aquecido, na direcção do pára-
brisas.
H. Alarmes
Princípio de funcionamento
Os sistemas de alarme em veículos devem cumprir requisitos que estão devidamente especificados na legislação
internacional. Basicamente consistem numa instalação eléctrica que emite sinais de alarme quando, no veículo,
é efectuada uma intervenção não autorizada.
Ao serem activados, os alarmes devem emitir os seguintes sinais:
 Sinais acústicos intermitentes, durante 30 segundos, através da buzina existente de série no veículo, ou
de uma buzina adicional.
 Sinais ópticos intermitentes, durante um máximo de cinco minutos, através das luzes indicadoras de
mudança de direcção, ou durante trinta segundos através das luzes de cruzamento (médios).
Se a manipulação do veículo persistir, só deve produzir-se um novo disparo de alarme, depois de ter terminado
o ciclo anterior. A desactivação do alarme deve ser possível em qualquer momento, por quem está autorizado
para tal. Os sistemas de alarme não devem poder ser activados enquanto o motor do veículo estiver em
funcionamento. Para além disso, manipulações do veículo que não cheguem ao seu interior, (por exemplo,
abanões) não devem fazer disparar o alarme.
Algumas situações que vulgarmente fazem disparar estes sistemas são:
 Abrir as portas, a mala ou capot
 Ligar a ignição
 Desmontar o auto-rádio
 Danificação do interruptor de comutação de alarme
 Rebocar o veículo
 Quebra de vidros

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