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ERROS COMUNS NA BATERIA

SOBRECARGA:
A sobrecarga é o prolongamento do fornecimento de energia elétrica além do instante
final da carga. Podendo ocorrer tanto nos veículos quanto nos aparelhos estáticos de
carga. Em geral a tensão admissível deve estar em 13,5V com consumidores ligados a
14,5V com consumidores desligados. Este fato ocorre comummente nos veículos com
os Reguladores de Tensão danificados em curto circuito. Caracterizado pelo
fornecimento continuo de carga à bateria aumentando a temperatura interna e valores
excessivos, nessas condições ocorrem a queima de separadores perda total de eletrolito
e danos irreversíveis a bateria.
Portanto, esse problema NÃO é caracterizado como DEFEITO DA BATERIA e sim do
Regulador de Tensão do veículo.

BATERIA NÃO SEGURA CARGA:


A bateria só deixa de armazenar a carga quando a mesma perder totalmente a parte
metálica que sustenta a massa ativa ou por curto-circuito em um ou mais vasos. Se
analisarmos uma bateria internamente verá que este tipo de defeito ocorre devido a
corrossão da parte interna da grade durante a vida útil. Depositando a matéria ativa no
fundo do monobloco ou ainda pelo envelhecimento normal da mesma.

DENSIDADE ALTA:
Este tipo de problema geralmente ocorre quando a bateria tem seu eletrólito adulterado,
existem explicações técnicas tanto físicas quanto químicas. E para que isto ocorra há
duas possibilidades práticas:
a) O nível do eletrólito muito baixa, quando há evaporação da água, durante o uso
normal da Bateria.
b) O nível do eletrólito foi completado com solução ácida e não com água, como deve
ser efetuado. É normal qualquer pessoa comprar este tipo de solução em posto de
revenda, auto elétrica e postos de gasolina.

SULFATAÇÃO DAS PLACAS - PLACAS DURAS:


A sulfatação das placas positivas de uma bateria é um fenômeno natural devido à
descarga da mesma, e só é considerado como defeito quando por ocasião da carga da
bateria o sulfato de chumbo não se transforma em matéria ativa, ou seja, o elemento não
se carrega.
Quando a sulfatação é muito intensa a bateria perde parte ou mesmo toda a sua
+capacidade, então, está caracterizado o defeito, que pode ser causado por vários
problemas:
- Descargas profundas, com recargas incompletas ou longo tempo sem recarga.
- Cargas sistematicamente incompletas.
- Bateria semi-carregada ou descarregada durante um tempo prolongado.
- Baixo nível do eletrólito.

Podemos conhecer uma bateria com placas sulfatadas (placas duras) pelos seguintes
dados:
- Diminuição da capacidade.
- Diminuição da densidade.
- Baixa reação química nos vasos sulfatados durante recargas, com aquecimento
excessivo.
- E coloração anormal das placas, com manchas brancas.

CORROSÃO DAS GRADES DAS PLACAS POSITIVAS:


Devido à baixa resistência física da matéria ativa da placa positiva, a mesma é agregada
sobre grades formadas por ligas de chumbo. De maneira geral, a corrosão ocorre quando
há prolongada utilização da bateria, ou seja, pelo uso normal (descarga e carga).
Sabe-se que a transformação do sulfato de chumbo em dióxido de chumbo, por ocasião
da carga, reduz a vida da bateria. A perda da placa ocorre quando há transformação de
dióxido de chumbo entre a grade e a matéria ativa. A capacidade de uma bateria é
limitada pela placa positiva, logo, quando ocorre a corrosão da
grade desta placa a mesma perde sua capacidade de conduzir a corrente elétrica,
acarretando a perda de capacidade da bateria.
A corrosão (oxidação) prematura da grade da placa positiva tem como causa os
seguintes fatores:
- Sobrecargas prolongadas.
- Elevações da temperatura no processo de recarga alem do especificado.
- Materiais contaminantes (ferro, cobre ácido acético, material orgânico etc.)

Podemos ainda conhecer quando uma bateria esta com a grade corroída, ela apresenta
também as características abaixo:
- Baixa capacidade de partida.
- Coloração do eletrólito (castanho escuro).
- Sedimentação da massa no fundo do monobloco.

CRESCIMENTO E DOBRAMENTO DAS PLACAS:


Este tipo de defeito ocorre com maior freqüência nas placas positivas da bateria. É
causado pela não observação das especificações para utilização e pelo processo
inadequado de produção de grade, massa ativa, formação elétrica, carga e descarga da
bateria. Convém salientar este tipo de deformação esta associado à corrosão da grade.
Este defeito tem como causa:
- Carga com grande intensidade de corrente.
- Curto circuito entre as placas.
- Descargas excessivas.
- Temperatura do eletrólito excessivamente alta durante a carga.

PERDA DO MATERIAL ATIVO:


A perda do material ativo consiste no desprendimento da massa ativa da grade em forma
de dióxido e sulfato de chumbo sob forma de finos grãos ou cristais. A perda prematura
deste material inutiliza a bateria completamente. Este defeito tem como causa:
- Aumento da densidade do eletrólito
- Corrente de descarga excessivas
- Baixas temperaturas
- Sobrecargas
- Vibrações excessivas no alojamento da bateria.

ELETRÓLITO CONTAMINADO:
A contaminação do eletrólito com agentes estranhos, principalmente sais metálicos e
substâncias orgânicas, aumenta consideravelmente a corrosão das placas e separadores,
Este tipo de defeito ocorre quando se coloca água de torneira, mesmo a água filtrada não
deve ser usada, jamais coloque qualquer solução ácida ou deixe cair dentro dos vasos
pedaços de estopa, ferro, cobre, panos, madeiras ou papel, são substância orgânicas e
contaminam o eletrólito.

OXIDAÇÂO DA PLACA NEGATIVA:


A oxidação da placa negativa faz com que a mesma perca suas características originais.
Este defeito não é muito comum, porém, quando ocorre, danifica totalmente a bateria.
A seguir alguns fatores que causam a oxidação das placas negativas:
- Nível do eletrólito abaixo das placas.
- Permitir que as placas fiquem expostas ao ar do ambiente.
Este tipo de defeito é mais comum nas baterias seco-carregadas antes da ativação.

AUTO-DESCARGA:
Denomina-se auto-descarga de uma bateria a descarga que se processa sem que a
mesma esteja ligada alimentando algum consumidor ou esteja em estoque.
Baterias úmidas que contêm pouco ou nenhum antimônio na liga da grade tem uma
auto-descarga menor que baterias convencionais.
O período estendido de tempo sem as recarregar, resultando em desempenho e vida
reduzidas.
Se temos uma temperatura de armazenagem de 23 °C a bateria levará 6 meses para
necessitar ser recarregada, ao passo que a 33 °C a bateria em 3 meses já está
necessitando de recarga.
Acima de 33 °C um aumento de aproximadamente 8 °C na temperatura dobra a taxa de
descarga da bateria, As baterias deve ser recarregadas quando a voltagem de circuito
aberto estiver abaixo de 12.4 V.
Efeito da Temperatura de Armazenamento em Baterias com ligas Baixas teores de
antimônio ou cálcio.
A densidade específica completamente carregada é de 1.265 e uma voltagem de circuito
de aberto de 12,65 V à 27° C. Podemos utilizar uma densidade especifica 1.260 ± 0,005
g/cm3 neste caso teremos uma voltagem de circuito aberto completamente carregada de
12,65 V a 27 ° C.
Há dois tipos de auto-descarga a NORMAL e a ACELERADA.
Auto-descarga normal: Este processo ocorre lentamente e não constitui em defeito, seu
valor situa-se em tomo de 20% da capacidade nominal em regime normal de
armazenamento durante 30 dias de repouso. Em temperatura a 27°C a perda situa-se em
0,0007 pontos por dia.
Auto-descarga acelerada: Este processo acelerado ocorre quando a mesma ultrapassa o
valor especificado na auto-descarga normal, tem como causas:
- Umedecimento das partes externas da bateria por ocasião da colocação do eletrólito ou
durante seu manuseio.
- Durante o processo de carga, devido ao desprendimento de gases o qual arrasta
partículas de ácido sulfúrico do eletrólito para a parte externa da bateria.
- Quando a bateria apresenta vazamento interno nos vasos.
- Na contaminação do eletrólito por materiais orgânicos.

OXIDAÇÃO DOS PÓLOS:


Este problema ocorre devido a sulfatação do terminal que é conectado à bateria e o
terminal de chumbo com o ácido sulfúrico do eletrólito.
Isto ocorre quando:
- O nível do eletrólito está muito acima do máximo permitido. O ácido sulfúrico tem o
poder de fluir para os pólos devido a sua capilaridade.
- Parte superior da bateria umedecida de eletrólito.

TENSÃO ANORMAL: (causas prováveis):


- Mau contato nos terminais
- Elemento em curto-circuito
- Vazamento interno entre vasos
- Sulfatação intensa das placas

DESPRENDIMENTO ANORMAL DE GASES: (causas prováveis):


- Tensão de carga excessivamente alta
- Sulfatação intensa das placas

AQUECIMENTO ANORMAL DOS PÓLOS: (causas prováveis):


- Tensão de carga excessivamente alta
- Nível do eletrólito muito baixo
- Curto-circuito
- Mau contato entre a ligação internas e pólos
- Terminais frouxos

CURTO-CIRCUITO:
Este defeito é caracterizado pelo contato direto entre as placas positivas e negativas do
elemento, podendo ocorrer também por objetos estranhos introduzidos no interior do
elemento.

CIRCUITO INTERROMPIDO (CORTADO):


Este defeito caracteriza-se pelo rompimento de ligação interna ou externa dos
elementos. A causa mais provável é o fechamento de curto-circuito da bateria com
cabos ou chave de aço entre os pólos da bateria.

EXPLOSÃO DA BATERIA:
Este fato não se define com defeito da bateria, o mesmo se caracteriza devido ao
desprendimento de gases de hidrogênio e oxigênio durante o processo normal de carga.
Quando se fala em explosão de bateria temos que associar algumas causas e efeitos para
tal;

GASES INFLAMADOS:
Os gases que são liberados durante o processo normal de carga são: Hidrogênio em
maior quantidade e o Oxigênio, os quais explodem com violência ao contato com uma
FAÍSCA ou CHAMA. As faíscas ocorrem mais facilmente quando a umidade
atmosférica é reduzida. Qualquer material em atrito a outro também produz uma carga
elétrica produzindo faíscas estáticas, como por exemplo, as correias do motor com a
polia do mesmo. Há faíscas produzidas por outras causas, como ao desconectar o
terminal do pólo da bateria ou fechamento de curto-circuito acidental. Podemos evitar
estes acidentes certificando se todos os equipamentos elétricos estão realmente
desligados. Vale a pena considerar que cada Ampere-hora de carga produz
aproximadamente 0,418 litros de gás de hidrogênio (H2).
GASES COMPRIMIDOS:
Quanto aos gases comprimidos dentro dos vasos da bateria também podem causar uma
explosão, devido à obstrução dos orifícios de saída de gases.
Concluindo, para que ocorra a explosão será necessário que se tenha sempre uma faísca
ou chama, salvo nos disposto do parágrafo 2.
Obs.: Quando ocorre o rompimento dos circuitos internos (circuito interrompido) da
bateria, pode gerar faiscamento e ocorrer à explosão.

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