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Baterias Automotivas
2005
Bateria (Acumulador de Energia)
Localização da bateria
Na definição do local de instalação da bateria, uma série de critérios deve ser
seguida com o intuito de garantia de eficiência, segurança e durabilidade:
• O local deve ser de fácil acesso;
• Deve permitir um comprimento adequado dos cabos elétricos,
especialmente o cabo positivo conectado ao motor de partida e alternador;
• Deve ser prevista uma bandeja com dreno para a possibilidade de
vazamento de solução;
• A bateria deve ser, na medida do possível, protegida de temperaturas e
vibrações excessivas;
• Os gases oriundos da evaporação da solução não podem ser submetidos a
locais confinados expostos a centelhas ou faíscas elétricas;
• Se possível uma ventilação mínima deve ser prevista, pois os gases
gerados podem atacar chapas e componentes metálicos;
• Devem ser verificados os efeitos de uma colisão ao local de instalação da
bateria.
Condições de operação
A bateria pode ser submetida às mais diversas condições de operação, de forma
que a mesma deve ser fabricada e especificada para suprir as necessidades do
automóvel nessa diversidade de situações.
Temperaturas de operação
A bateria deve prever situações diversas de temperatura, devendo suportar
variações que vão de alguns graus negativos a até 70°C.
As partidas em tempo frio correspondem a um esforço extra nas baterias, que
devem manter uma carga mínima suficiente para girar o motor com todos os
atritos envolvidos. Uma bateria a -20°C entrega ape nas cerca de 40% de sua
capacidade em comparação quando a 26°C.
Para países de inverno rigoroso deve ser previsto o uso de um eletrolítico de
densidade coerente e que evidentemente não congele sob temperaturas
extremas.
Temperaturas elevadas provocam percam de eletrolítico e redução na vida útil,
portanto temperaturas contínuas superiores a 50°C d evem ser evitadas. Em curtos
intervalos, no entanto, a temperatura pode subir ligeiramente, situação que a
bateria deve tolerar sem ocorrer vazamento ou perda considerável da sua
capacidade elétrica.
Rotação do motor
Durante o uso do veículo, a rotação varia constantemente. Em condições de
tráfego intenso, o motor performance um tempo considerável na marcha lenta,
situação em que a performance do alternador, que carrega a bateria e mantém o
sistema elétrico, é baixa.
Durante uma viagem, no entanto, boa parte do tempo o motor permanece em
rotações elevadas, garantindo uma performance máxima do alternador.
Ambas as situações devem ser previstas ao se dimensionar uma bateria, de forma
que a mesma supra adequadamente o sistema elétrico em situações onde o
alternador não possa suprir totalmente a demanda, bem como tolerar cargas por
longos períodos, evidentemente controladas pelo regulador de tensão do
alternador.
Princípio de Funcionamento
O princípio de funcionamento da bateria consiste de placas positivas e placas
negativas compostas de metais quimicamente ativos, moldados sobre uma chapa
de liga de chumbo e antimônio.
Construção
As placas positivas e negativas são chapas semelhantes a uma peneira grossa
coberta de material ativo. O material ativo usado nas placas positivas é o peróxido
de chumbo (PbO2) que lhe dá uma coloração marrom escuro, nas placas
negativas o chumbo esponjoso (Pb), de cor cinza.
Essas placas são agrupadas e ligadas em paralelo, formando uma parte do
elemento (conjunto positivo e o conjunto negativo).
Para a montagem do elemento entrelaça se as placas positivas e negativas
introduzindo entre elas separadores isolantes, o que impede que ocorra curto
entre as placas.
Esses jogos de placas montadas são chamados elementos da bateria e estão
apoiados sobre pontes, sem tocar no fundo da caixa.
Deve se deixar um espaço para a sedimentação de resíduos que se fragmentam
das placas, o que evita um curto circuito entre elas.
Esses conjuntos são ligados entre si, em série, por uma tira metálica, sendo que
os últimos pólos dos conjuntos externos projetam se para fora da caixa e vão
constituir os pólos positivo e negativo da bateria.
Funcionamento
Entre o peróxido de chumbo das placas positivas, o chumbo das placas negativas
e o eletrólito ocorre uma reação química que provoca um desequilíbrio de cargas
entre as placas, tornando as carregadas, uma positivamente e outra
negativamente e assim permanecem até que possa ocorrer o equilíbrio através de
um circuito externo.
Quando um circuito externo é conectado, entre os pólos da bateria inicia se um
fluxo de corrente que desloca os elétrons das placas negativas até as positivas,
até que haja o equilíbrio elétrico..
Enquanto isso, está se processando uma reação química de descarga:
Os sulfatos (SO4) vão para as placas enquanto que os óxidos vão para o ácido.
Diz se então que a bateria está descarregando. Enquanto isso ocorre, uma parte
do eletrólito rompe as ligações, desprende-se e deposita se sobre as placas
formando uma cobertura de sulfato de chumbo, que será tanto maior quanto maior
for a corrente que flui através da bateria.
A esse fenômeno dá se o nome de Sulfatação da Bateria.
Perda de carga:
As baterias armazenadas sofrem uma perda constante de carga, mesmo que não
sejam solicitadas para nenhum uso. Essa auto descarga como é chamada, varia
em função da temperatura.
Por exemplo: Uma bateria à temperatura de 35˚ C poderá perder totalmente sua
carga em pouca mais de um mês, enquanto que uma bateria armazenada à
temperatura de 10˚ C pouco perderá em um ano.
Tanto a umidade como a sujeira sobre a bateria pode provocar uma fuga de
corrente entre os terminais da bateria e a carroceria do automóvel, que provocam
sua descarga.
O ácido que se desprende de bateria além de causar sua descarga pode também
atacar as chapas do automóvel. Portanto, é bastante importante manter os pólos e
a bateria sempre limpos e secos. Uma bandeja com dreno deve ser prevista, para
escoar possíveis vazamentos.
Nível do eletrólito
A evaporação e a ação química no processo de carga libertam átomos da água. A
eletrólise, que ocorre no processo de carga, liberta átomos de hidrogênio e de
oxigênio que escapam pelos furos de respiros das tampas.
O nível do eletrólito da bateria deve ser verificado periodicamente (a cada 15 dias)
e se necessário ser corrigido. Para isso, deve se adicionar SOMENTE água pura,
até completar 1,5 cm acima das placas.
Classificação:
As baterias são classificadas segundo vários critérios de desempenho. Estes
critérios são normalizados em termos de tempo, grandeza elétrica e temperatura.
• Ampère x hora (A.h): este é o critério mais usado. Baseia-se na corrente
que a bateria pode fornecer constantemente durante 20 horas de descarga
à temperatura de 26,5˚ C sem que sua tensão "caia" abaixo de 10,5 volts.
Por exemplo: Uma bateria que consegue fornecer 3,0 A continuamente
durante 20 horas, é classificada como bateria 60 A.h (3A x 20 horas = 60
Ah);
• Watt: é a potência máxima que pode ser consumida a 18˚ C pelo motor de
partida;
• Desempenho a frio: Baseia-se na corrente máxima que a bateria pode
fornecer durante 30 segundos de partida, mantendo a tensão maior que 7,2
volts;
• Reserva de capacidade: é o tempo máximo que uma bateria pode manter
um fornecimento de 25 A a 26,5˚ C sem ficar abaixo de 10,2 volts (é dado
em minutos).
Testes:
Os teste mais comuns realizados em baterias são:
• O de densidade, executado com o auxílio de um densímetro;
• Os de descarga executados com o auxílio de um Voltímetro e Amperímetro
com reostato (carga).
Teste de densidade
O teste de densidade deve ser efetuado a temperatura de 26,5 C observando que
as leituras das densidades de cada elemento não devem variar de 50 entre elas.
Se isso acontecer a bateria deverá ser substituída.
Testes de capacidade:
Consiste em determinar a corrente que a bateria consegue fornecer a um sistema,
mantendo uma tensão eficiente que permita manter em operação os demais
sistemas elétricos.
Para esse teste é especificado o seguinte:
• Corrente = 3 vezes a capacidade da bateria em A.h
• Tensão = 9,6 volts
• Tempo = 15 segundos