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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO isso O - UFERSA


CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA QUÍMICA
Trabalho de Conclusão de Curso (2022).

DESIDRATAÇÃO DO GÁS NATURAL: UMA REVISÃO


Yara Thaysa da Costa Cunha1, Geraldine Angélica Silva da Nóbrega2

Resumo: O gás natural (GN) é um combustível fóssil gasoso composto por hidrocarbonetos, H 2S, N2, CO2
e água. A presença de água está associada a agravantes no condicionamento do GN, visto que este
componente pode causar danos a equipamentos e atrasos nos processos, devido à possibilidade da
formação de hidratos de gás, bem como sua associação com gases ácidos pode acelerar o surgimento de
corrosão. Desse modo, a indústria do gás natural realiza a desidratação para remover a água presente no
combustível. Metodologias e técnicas de desidratação do GN já foram, e continuam sendo, vastamente
estudadas, a fim de solucionar o problema supracitado e realizar a entrega de um gás padronizado no
mercado. No presente estudo, foram averiguadas algumas técnicas da literatura e, dentre elas, a
desidratação do gás natural utilizando a absorção com Trietilenoglicol (TEG) revelou-se a técnica mais
eficiente, devido consumir menos energia, possuir menor custo de instalação, queda de pressão mais baixa,
as unidades requerem menos calor de regeneração por libra de água removida, entre outros fatores.

Palavras-chave: gás natural; desidratação; hidrato; trietilenoglicol.

1. INTRODUÇÃO

A demanda por fornecimento de energia está avançando continuamente à medida que a economia global
cresce. O gás natural (GN) é o combustível fóssil que apresenta a queima mais limpa e o crescimento mais rápido,
representando atualmente cerca de um quarto da geração global de eletricidade. Seu uso cresceu rapidamente na
última década, respondendo por quase um terço do crescimento total da demanda de energia, mais do que qualquer
outro combustível fóssil (IEA, 2022). Além disso, possui uma aplicabilidade comercial ampla, sendo utilizado
como combustível industrial, comercial e doméstico. É, também, a principal matéria-prima em vários segmentos
da indústria química e um importante insumo energético para fertilizantes, plásticos, resinas, entre outros
(AGUIAR; COELHO, 2017).
O gás natural é uma mistura gasosa composta de metano - componente majoritário, etano, propano e butano,
entre outros hidrocarbonetos e constituintes indesejáveis como sulfeto de hidrogênio, nitrogênio, dióxido de
carbono e água (SANTOS et al., 2021). A presença de água no estado vapor no gás natural eleva o risco de
formação de hidratos de gás. Esses hidratos se depositam nas paredes das tubulações resultando em um
entupimento da linha. A água livre ou vapor de água resulta ainda em corrosão quando combinada com gases
ácidos, incluindo dióxido de carbono e sulfeto de hidrogênio, bem como reduz a capacidade de entrega do gás
(YANG et al., 2014).
De posse dessas informações, faz-se necessária a utilização de técnicas de remoção da água presente no gás
natural. Muitas técnicas convencionais, atualmente, são empregadas nesse tipo de separação, como absorção,
adsorção, refrigeração, membranas, separação supersônica, entre outras (YANG et al., 2014).
Desta forma, o presente trabalho visa realizar uma revisão bibliográfica acerca das técnicas utilizadas para a
desidratação do gás natural. Estas serão analisadas e comparadas, a fim de observar suas vantagens e desvantagens
e as condições em que foram estudadas. Como resultado, será apresentada a técnica de separação de gás natural
que seja mais viável e que possua a melhor eficiência.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 GÁS NATURAL

O gás natural é um combustível fóssil gasoso. Segundo Anyadiegwu, Kerunwa e Oviawele (2014) os
combustíveis fósseis são, essencialmente, os restos de plantas e animais e micro-organismos que viveram há
milhões de anos. O GN é considerado “seco” quando consiste em metano quase puro, tendo a maioria dos outros
hidrocarbonetos comumente associados, removidos. Quando há outros hidrocarbonetos presentes o GN é “úmido”.
A ocorrência dessa mistura gasosa se dá em reservatórios subterrâneos separadamente ou em associação com
petróleo bruto. Os principais tipos de hidrocarbonetos produzidos a partir do gás natural são o metano e
quantidades variáveis de hidrocarbonetos de maior peso molecular, de etano a octano. Atualmente, o gás natural

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bruto é recuperado de três tipos de poços: poços de petróleo, poços de gás e poços de condensado. Quando o gás
é proveniente de poços de petróleo é normalmente denominado gás associado, podendo existir separado do
petróleo (gás livre) ou dissolvido no petróleo bruto (gás dissolvido). É denominado gás não associado o gás natural
de poços de gás e condensado, nos quais há pouco ou nenhum petróleo bruto (SPEIGHT, 2020). A Figura 1
apresenta um reservatório de petróleo bruto, gás associado e gás não associado.

FIGURA 1: RESERVATÓRIOS DE PETRÓLEO BRUTO, GÁS ASSOCIADO E


GÁS NÃO ASSOCIADO

Fonte: Adaptado de KING (2020).

2.2 DESIDRATAÇÃO DO GÁS NATURAL

Todo o gás natural produzido, em princípio, associado ou não associado, está saturado com vapor de água,
isto é, contém a máxima quantidade possível de água no estado de vapor. Quantidades adicionais que tendem a se
vaporizar voltarão a condensar, exceto se houver alterações nas condições de pressão e/ou temperatura do gás
(NÓBREGA, 2003).
Um dos processos de condicionamento do GN é a desidratação, que consiste na retirada de água da corrente
gasosa (SANTOS et al., 2021). Este é um método comum usado para prevenir a formação de hidratos. Se não
houver água presente, é impossível formar um hidrato. Se houver apenas uma pequena quantidade de água
presente, a formação de hidrato é menos provável. Existem outras razões para a desidratação do gás natural. A
remoção do vapor de água reduz o risco de corrosão nas linhas de transmissão. Além disso, a desidratação melhora
a eficiência das tubulações, reduzindo a quantidade de líquido acumulado nas linhas ou até mesmo eliminando-a
completamente (CARROLL, 2020).

2.3 HIDRATOS DE GÁS NATURAL

O hidrato de metano é um sólido no qual uma grande quantidade de metano é aprisionada dentro de uma
estrutura cristalina de água, formando um sólido semelhante ao gelo (NETUSIL; DITL, 2011). Moléculas de gás
natural menores que n-butano podem reagir com água líquida ou livre para formar soluções sólidas cristalinas,
semelhantes à neve, chamadas de hidratos. Os hidratos têm gravidades específicas que variam de 0,96 a 0,98,
portanto, flutuam na água e afundam em hidrocarbonetos líquidos. São 90% em peso de água; os outros 10% em
peso são constituídos por um ou mais dos seguintes compostos: metano, etano, propano, isobutano, n-butano,
nitrogênio, dióxido de carbono e sulfeto de hidrogênio.
As condições termodinâmicas que promovem a formação de hidratos são:
1. Presença de água "livre" ou líquida;
2. Baixa temperatura;
3. Alta pressão.
A formação de hidrato é acelerada por agitação (como altas velocidades ou outras turbulências), pulsações de
pressão, cristais de hidrato de "semente" e um local adequado para a formação de cristais, como cotovelos de tubos,
placas de orifício, poços termométricos, incrustações e produtos sólidos de corrosão (MANNING; THOMPSON,
1991).
Os sólidos de hidratos de gás podem aglomerar e entupir tubulações e equipamentos, interrompendo as
operações e parando a produção de gás. Dessa forma, pode-se criar uma condição insegura, especialmente se
ocorrer um diferencial de pressão significativo no plugue de hidrato (MOKHATAB; POE; MAK, 2019). A Figura
2 mostra uma representação gráfica do aprisionamento das moléculas de gás nas moléculas de água, formando o

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hidrato de GN.

FIGURA 2: REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO HIDRATO


DE GÁS NATURAL

Fonte: Sharma; Saxena, A. e Saxena, N. (2019).

3. TÉCNICAS DE DESIDRATAÇÃO DO GÁS NATURAL

Na obra de Mokhatab, Poe e Mak (2019) os autores citam a existência de diversos métodos para a desidratação
do gás natural, que inclui absorção com líquido (glicol), adsorção com sólidos dessecantes, resfriamento direto por
expansão ou refrigeração, bem como algumas técnicas mais avançadas, dentre elas a desidratação por membranas
e os processos supersônicos.

Segundo Manning e Thompson (1991), a escolha do método de desidratação é entre glicol e dessecante sólido,
normalmente. O Quadro 1 apresenta as vantagens e desvantagens dos métodos supracitados.

QUADRO 1 - COMPARAÇÃO ENTRE ABSORÇÃO COM GLICOL E ADSORÇÃO COM


DESSECANTES SÓLIDOS
Vantagens Desvantagens

Absorção Com - Menor custo de instalação; - Pontos de orvalho da água abaixo de -25 oC
Glicol - Queda de pressão mais baixa; requerem o gás de stripping em uma coluna
- É contínua (e não descontínua); Stahl.
- A recarga (make-up) com glicol é - Glicol é suscetível à contaminação;
facilmente realizada; - Quando contaminado ou decomposto, o
- As unidades requerem menos calor de glicol é corrosivo.
regeneração por libra de água removida.

Adsorção Com - São obtidos pontos de orvalho tão - Maiores custos de capital e maiores quedas
Dessecantes baixos quanto -150 oC (1 ppmv de H2O); de pressão;
Sólidos - Eles são menos afetados por pequenas - Envenenamento do dessecante por
mudanças na pressão do gás, temperatura hidrocarbonetos pesados, H2S, CO2, etc;
ou vazão; - Quebra mecânica de partículas dessecantes;
- São menos suscetíveis à corrosão ou à - Altos requisitos de espaço e peso;
formação de espuma. - Exigências de calor de alta regeneração e
altos custos de serviços públicos.
Fonte: Adaptado de Manning e Thompson (1991).

3.1 ABSORÇÃO

Conforme Anyadiegwu, Kerunwa e Oviawele (2014), a absorção é a transferência de um componente da fase


gasosa para a fase líquida, sendo mais favorável a uma temperatura mais baixa e pressão mais alta. Na desidratação
por absorção, o vapor de água é removido do gás por contato íntimo com um dessecante líquido higroscópico,
onde esse contato é obtido geralmente em torres empacotadas ou em bandejas.
Na literatura, há estudos que utilizaram a absorção como método na desidratação do GN. Krannich, Heym e
Jess (2016) estudaram a desidratação contínua de gás usando o líquido iônico higroscópico [EMIM][MeSO 3] como
um absorvente alternativo promissor. Aissaoui, AlNashef e Benguerba (2016) investigaram a desidratação de gás
natural usando solventes eutéticos profundos à base de cloreto de colina. Foi proposto por Gui et al. (2021) a

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desidratação de gás natural com solventes mistos à base de líquido iônico, sendo esta a primeira vez que foi
proposto um absorvente misto de líquido iônico [EMIM][BF 4] e trietilenoglicol.
Normalmente, a absorção é realizada com trietilenoglicol (TEG) como líquido dessecante (NETUSIL; DITL,
2011). Embora existam vários líquidos que podem ser utilizados para absorver água de gases naturais, como cloreto
de cálcio e cloreto de lítio, os glicóis são os meios mais comuns e econômicos para este fim, sendo eles etilenoglicol
(EG), dietilenoglicol (DEG), trietilenoglicol (TEG) e tetraetilenoglicol (TREG). O TEG é um líquido que tem
afinidade pela água, é incolor, inodoro e estável com alta viscosidade e alto ponto de ebulição (ANYADIEGWU;
KERUNWA E OVIAWELE, 2014).
Diversos estudos envolvendo o TEG na desidratação do gás natural estão presentes na literatura. Kong et al.
(2018) fizeram um comparativo entre processos de desidratação de gás convencional e de stripping. Foi realizado
por Kong e colaboradores (2020) um comparativo entre o processo DRIZO e outros processos de desidratação.
Liu et al. (2022) avaliaram o desempenho técnico, econômico e ambiental de um processo aprimorado de
desidratação de trietilenoglicol para gás de xisto. Ricón, Jiménez-Junca e Duarte (2016) investigaram um novo
processo de absorção para controle do ponto de orvalho e desidratação do gás natural em pequena escala usando
uma mistura de TEG e óleo magro.

A desidratação do gás natural utilizando TEG foi investigada por Collins et al. (2015). Os autores examinaram
o teor de água da corrente de gás natural quando o agente desidratante e o gás escoam em contracorrente na coluna
de absorção, com o intuito de determinar a temperatura de formação dos hidratos e prevenir sua ocorrência, bem
como determinar a quantidade adequada de TEG a ser utilizada.
No processo, o GN úmido é colocado em um separador de entrada para remover o conteúdo líquido e sólido.
A corrente de alimentação tem como condições de processo temperatura de 30 oC e pressão de 6200 KPa com uma
vazão de 500 Kgmol/h. A absorção ocorre na unidade de contator que seca o fluxo de gás do separador utilizando
o fluxo de TEG em contra-corrente. O fluxo de TEG rico em água que sai do fundo da coluna absorvedora alimenta
um trocador de calor. A operação de regeneração é realizada usando uma coluna de destilação. A fim de monitorar
a quantidade de água removida a cada adição de TEG. A operação de reciclagem não foi adicionada neste estudo.
A planta de desidratação foi projetada e simulada utilizando o software Hysys. Para determinar as várias
quantidades de água removidas, foram impostas à planta diferentes quantidades e taxas de fluxo do agente
desidratante. As condições de processo utilizadas nesta simulação são aquelas obtidas do SPDC (Shell Petroleum
Development Company) sul-sul da Nigéria. A Figura 3 representa o diagrama de fluxo do processo.

FIGURA 3: DIAGRAMA DE FLUXO DE PROCESSO DA UNIDADE DE


DESIDRATAÇÃO DE GN

Fonte: Collins et al. (2015).

Foi observado que a corrente de gás para o contator tem uma vazão de 500,4 Kgmol/h (9226 Kg/h), da qual o
teor de água é de 7,7323 Kg/h (17,05 lb/h). Este valor está muito acima da especificação para o teor de água no
gás natural, que é de 6-7 lb/MMSCF (i.e., de 6 lb a 7 lb de água por milhão de pés cúbicos padrão de gás natural
processado), logo, ele precisa ser tratado. A recuperação de metano foi de 90%, visto que a corrente de gás seco
de saída tem vazão de 500 Kgmol/h (9218 Kg/h) onde o metano apresenta uma vazão de 449,44 Kgmol/h (7210,3
Kg/h) e a água de 0,001652 Kgmol/h (0,02988 Kg/h).
Outro dado apontado foi a taxa de TEG utilizada. Entre uma taxa de 53 L/h e 70 L/h, o teor de água está entre
a faixa aceitável (6-7 lb/MMSCFD), podendo-se concluir que utilizar uma vazão acima de 70 L/h pode não agregar
valor financeiro significativo à receita derivada da venda do gás e, que é necessário um mínimo de 53 L/h de TEG
para reduzir o teor de água de uma corrente de gás de 10 MMSCFD a 6,455 lb/MMSCFD, que está dentro do
limite. Valores abaixo desta vazão podem não reduzir o teor de água até o limite especificado.

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O software também foi utilizado para realizar testes na corrente de gás seco para determinar a possibilidade
da formação de hidrato na corrente. Observou-se que a temperatura de formação do hidrato diminuiu com o
aumento de TEG, em que para uma taxa de TEG de 50 L/h e 70 L/h, as temperaturas de formação de hidrato foram
de -22,285 oC e -38,793 oC, respectivamente.

3.2 ADSORÇÃO

A adsorção é qualquer processo em que as moléculas do gás são mantidas na superfície de um sólido devido
às forças de superfície (GANDHIDASAN; AL-FARAYEDHI; AL-MUBARAK, 2001). O processo de adsorção
surge gradativamente na indústria em virtude do desenvolvimento de novos adsorventes que possuem como
características ser menos flexíveis e de menor consumo de energia, o que permite a aplicação desse processo na
separação/desumidificação de gases, remoção de contaminantes, impurezas, purificação e separação de gases em
fluxos de reciclagem (SANTOS et al., 2021).
A Figura 4 ilustra o comportamento básico de um leito adsorvente utilizado na desidratação de gases. Durante
a operação normal no ciclo de secagem (adsorção), existem três zonas separadas. A Zona de Equilíbrio, onde o
dessecante se encontra saturado com água, não sendo possível adsorver mais. A Zona de Transferência de Massa,
no qual existe um gradiente de concentração devido ocorrer quase toda a transferência de massa. Por fim, a Zona
Ativa, na qual o dessecante tem sua capacidade total de remoção de vapor de água e contém apenas a quantidade
de água residual que sobrou do ciclo de regeneração (FARAG et al., 2011).

FIGURA 4: ZONAS DE ADSORÇÃO

Fonte: Adaptado de Farag et al. (2011).

A utilização de sólidos dessecantes para a captação da água do gás natural nos processos de adsorção,
apresenta características como alta seletividade com o adsorbato, bem como potencial de regeneração que permite
seu uso por vários ciclos de adsorção (SANTOS et al., 2021). A seleção do dessecante deve ser embasada nos
custos dos equipamentos, vida útil, aplicabilidade para processar as necessidades, dentre outros
(GANDHIDASAN; AL-FARAYEDHI; AL-MUBARAK, 2001).
Para Manning e Thompson (1991), a escolha do dessecante necessita uma consideração cuidadosa dos
seguintes fatores:
1. Pressão, temperatura e composição do gás de entrada
2. Ponto de orvalho necessário da água de saída
3. Requisito de recuperação de hidrocarbonetos
4. Custos de capital e operacionais
Na indústria, os materiais dessecantes mais utilizados são os sólidos microporosos, como alumina ativada,
sílica gel e peneiras moleculares (GHANBARI; NIU, 2019). Alguns materiais novos têm demonstrado destaque
na adsorção de água, entre eles, a sílica mesoporosa e os MOFs (SANTOS et al., 2021).

3.2.1 Sólidos dessecantes

3.2.1.1 Alumina ativada

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A alumina ativada pode secar quase todos os gases e líquidos. Como dessecante, funciona por adsorção. Esse
material é uma forma muito porosa do óxido de alumínio de alta área superficial (100-400 m2/g) que adsorve
líquidos e gases sem qualquer alteração na forma. A água presente no ar adere na alumina à medida que o ar passa
por ela. As moléculas de água se fixam de modo que o ar é seco ao passar pelo filtro. Aquecendo a uma temperatura
entre 350 e 600 oF (177-316 oC), a alumina ativada pode ser regenerada para sua eficiência de adsorção original
(TAKBIRI et al., 2013). Segundo Gandhidasan, Al-Farayedhi e Al-Mubarak (2001), a escolha de um dessecante
apropriado é principalmente um exercício econômico. Comparada à sílica gel e às peneiras moleculares, a alumina
é o material mais barato. Porém, apresenta como principais desvantagens a co adsorção de hidrocarbonetos e a
reidratação.

Santos et al. (2021) descrevem a sílica mesoporosa e as estruturas metal-orgânicas (MOFs) como adsorventes
altamente porosos que surgem como alternativas promissoras para adsorção de água, pois apresentam alta
estabilidade química e mecânica, boa renovabilidade, suportam vários ciclos de adsorção/dessorção e possuem
alta seletividade e capacidade com a água.

3.2.1.2 Sílica

Existem diversos tipos de sílica. A sílica existe sob a forma cristalina e amorfa. Na sílica cristalina os átomos
de oxigênio e silício são agrupados dentro de um padrão regular que abrange todo o cristal. Já a sílica amorfa é o
resultado da ação de condições naturais ou artificiais sobre o dióxido de silício, formando sólidos genéricos sem
ordenação espacial dos átomos. Outros tipos como a sílica precipitada e a sílica gel são produzidas sinteticamente
(GOMES; FURTADO; DE SOUZA, 2018).
Algumas características da sílica mesoporosa têm despertado interesse na área acadêmica/industrial, tais
como, fácil manuseio, versatilidade, propriedades físico-químicas atrativas e por possuir grande interação com a
água (SANTOS et al., 2021). Já a sílica gel apresenta como principais vantagens a alta capacidade de adsorver
água, pode ser regenerada a baixa temperatura e não é catalítica para reações de conversão de enxofre. Possui,
ainda, alta capacidade de pentano e hidrocarbonetos superiores e pode ser usada para o processo combinado de
desidratação/recuperação de hidrocarbonetos. Como desvantagens, a sílica gel manifesta a tendência a quebrar
quando em contato com a água líquida (GANDHIDASAN; AL-FARAYEDHI; AL-MUBARAK, 2001).

3.2.1.3 MOFs (Metal-Organic Frameworks)

As estruturas metal-orgânicas (MOFs) têm despertado interesse no meio acadêmico – e mais recentemente na
indústria – devido suas propriedades como alta cristalinidade, microporosidade permanente, altas áreas superficiais
e possibilidade de funcionalização. Isso possibilitou aplicações em diferentes áreas, como adsorção de gás, catálise,
entrega de medicamentos, fotônica e outros (FREM et al., 2018).
Esses materiais são originados da combinação de fontes metálicas e ligantes orgânicos que coordenam os
centros metálicos, preferencialmente na exposição, para promover a polimerização e formar ligações. São, ainda,
uma classe emergente de materiais porosos que atuam como adsorventes/suportes devido à sua elevada capacidade
de adsorção de vapor de água, fácil ajuste de suas propriedades texturais, estabilidade e alta área superficial. Além
de alta estabilidade à água e capacidade de adsorção, também são regenerados a baixas temperaturas entre 80 e
150 oC, o que resultaria em economia de energia (SANTOS et al., 2021).

3.2.1.4 Peneiras moleculares

Mascarenhas, Oliveira e Pastore (2001) descrevem as peneiras moleculares como sólidos com porosidade
definida e com capacidade de distinção de moléculas por suas dimensões e geometrias. Esses materiais porosos
são conhecidos como zeólitos e têm, em sua composição, átomos de silício e alumínio. Os zeólitos apresentam
poros com aberturas de até 20Å, por isso, são chamados de microporos.
As peneiras moleculares estão entre os principais adsorventes sólidos, sendo amplamente utilizadas como uma
abordagem de desidratação quando é necessário o gás seco (teor de água < 1 ppm). A principal desvantagem do
uso de peneiras é a quantidade e o peso substanciais do dessecante sólido que são necessários para atender aos
padrões de venda do gás, devido à baixa densidade de poros. Há, ainda, a necessidade de uma grande quantidade
de energia para regenerar as peneiras (RAGUNATHAN; XU; WOOD, 2018).

A Tabela 1 expõe as características dos adsorventes abordados anteriormente.

Tabela 1 - Características dos adsorventes


Peneiras
Propriedade Sílicas Sílica gel Aluminas Zeólitos moleculares MOFs
(4Å a 5Å)

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Área de superfície 630-1300 750-830 210 300-800 650-800 1000-4000
(m2/g)

Volume de poro 0,40-0,45 0,40-0,45 0,21 0,27-0,45 0,27 0,53-1,36


(cm3/g)

Diâmetro do poro 20-80 21-23 26 20-500 Cavidades 3-56


(Å) 11,4Å em diâm.
com aberturas
circulares 4,2Å
em diâm.

Densidade aparente 720-800 721 801-881 690-1000 689-721 700-900


(Kg/m3)

Gravidade - 1,2 1,6 - 1,1 -


específica

Calor específico - 0,92 0,24 - 0,2 -


(KJ/Kg.oC)

Temperatura de 120-230 - 220-320 150-290 - 100-170


regeneração (oC)
Fonte: Adaptado de Gandhidasan; Al-Farayedhi e Al-Mubarak (2001); Santos et al. (2021).

3.2.2 Utilização dos sólidos dessecantes na desidratação do GN

Takbiri et al. (2013) prepararam alumina ativada nanoestruturada e alumina-sílica híbrida pelo método de
precipitação química para a desidratação do gás natural. No método citado, foi utilizada uma solução de cloreto
de alumínio, nitrato de alumínio e isobutanoato de alumínio como precursor na faixa de pH de 10 a 11, à
temperatura ambiente. A calcinação do precipitado seco a 700 oC por 3 h produziu alumina gama ativada com
nanoestrutura (≤ 10 nm). Eles deduziram a partir da isoterma de adsorção e dessorção que o efeito de vários
aditivos na estrutura do mesoporo é insignificante. A capacidade de sorção de umidade dos adsorventes foi medida
a 10% e 60% de umidade relativa. Foi possível observar que a capacidade de sorção da alumina ativada híbrida é
maior em relação à amostra não híbrida, apresentando uma sorção de 5,1% e 15,1% a 10% e 60% de umidade
relativa, respectivamente, ao passo que as aluminas sem sílica obtiveram percentuais inferiores. Essa capacidade
de sorção maior se deve a adição da sílica ao precursor, causando esfoliação na estrutura da alumina e aumentando
a acidez, consequentemente, expandindo a absorção de umidade.
A sílica gel foi objeto de estudo de Gandhidasan, Al-Farayedhi e Al-Mubarak (2001). Os autores analisaram
o projeto de um desidratador sólido de sílica gel de duas torres para secar um milhão de metros cúbicos padrão de
gás natural por dia, com o propósito de discutir os efeitos de vários parâmetros operacionais de projeto. Com o
intuito de realizar os cálculos, a capacidade útil de projeto para a sílica gel foi assumida como 0,08 e a velocidade
superficial do gás como 9 m/min. A pressão e a temperatura do gás de entrada e a temperatura de saída do
aquecedor foram fixadas. Foi observado que à medida que a pressão aumenta, a massa do dessecante necessária
para a desidratação diminui, bem como, à medida que a temperatura diminui, a massa necessária do dessecante
também diminui, contudo, a taxa de diminuição é insignificante para pressões acima de 6 MPa. Logo, o gás natural
resfriado e pressurizado reduz a massa do dessecante necessária para a desidratação. A velocidade superficial do
gás afeta nas dimensões do leito, à medida que a velocidade aumenta, o diâmetro diminui e o comprimento
aumenta. Além desses fatores, a partir da análise da regeneração de dessecantes fracos, verificou-se que quanto
maior a temperatura de regeneração, menores serão as quantidades necessárias de gás de regeneração.
Cadiau et al. (2017) utilizaram um sistema de mistura de gases para simular o gás natural, com o intuito de
aplicar uma estrutura metal-orgânica (MOF) fluorada hidroliticamente estável - AlFFIVE-1-Ni (KAUST-8) - para
a desidratação desse sistema. Os autores mostraram que a inclusão de cátions Al3+ (ou Fe3+) introduz sítios abertos
de coordenação de metal dentro dessas estruturas e aumenta sua afinidade com a água sem afetar a adsorção de
CO2, visto que, em determinada parte do estudo, eles abordam a adsorção de H2O e CO2 em correntes contendo
N2. A estrutura foi sintetizada hidrotermicamente utilizando pirazina, Ni(NO 3)2∙6H2O e Al(NO3)3∙9H2O sob
condições altamente ácidas (48% de HF aquoso), resultando em cristais de formato quadrado insolúveis em água
e solventes orgânicos comuns. A estabilidade em água de AlFFIVE-1-Ni e FeFFIVE-1-Ni foi validada pelas
semelhanças entre os padrões teóricos e experimentais de PXRD, demonstrando estabilidade em até 95% de
umidade relativa. As isotermas de adsorção de água para ambos os materiais apresentaram uma pronunciada
inclinação isotérmica de adsorção em pressões parciais muito baixas, indicando alta afinidade com água. No que
se refere às propriedades cíclicas de adsorção e dessorção e a avaliação de ativação e reativação do adsorvente

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AlFFIVE-1-Ni, essas revelaram uma desidratação completa e rápida por meio de um aquecimento a 105 oC sob
vácuo ou por uma lavagem com um gás menos adsorvível, como o N 2. Quando comparada a temperatura de
regeneração de desidratantes convencionais, como as zeólitas 3A, 4A e 5A, nota-se que o calor de sorção da água
em uma carga muito baixa, é maior que nos adsorventes MFFIVE-1-Ni (M = Al3+ ou Fe3+), o que resulta em altas
temperaturas de regeneração (~250 oC).
Foi proposto por Farag e colaboradores (2011) o estudo de desidratação de gás natural utilizando peneira
molecular 3A como sólido dessecante. Para isso, construíram uma unidade em escala piloto como simulação de
uma planta real existente para a Egyptian Western Desert Gas Company (WDGC). As variáveis estudadas no
experimento foram a variação da vazão de gás e a variação da concentração de vapor de água na entrada, já as
propriedades medidas foram a concentração de vapor de água de saída e a temperatura do leito em quatro
localidades diferentes. Os resultados obtidos neste estudo são pontuados abaixo.
● A porcentagem de remoção do vapor de água é baixa no início da adsorção, e então aumenta
gradativamente até ficar constante. Isso se deve à adsorção ser governada pela fisissorção. Observou-se também
que à medida que a vazão de gás de entrada aumenta, a porcentagem de remoção diminui, pois a carga de água
aumenta e ocorre a diminuição do tempo de contato entre o gás e as peneiras moleculares. Já o aumento da pressão
de alimentação leva a uma maior eficiência de desidratação.
● A temperatura aumenta com o tempo durante o processo, pois a adsorção de água é um processo
exotérmico.
● Com o aumento da taxa de fluxo de gás, a porcentagem máxima da remoção de vapor de água diminui.
Esse fator pode ser atribuído à diminuição do tempo de residência do gás à medida que sua vazão aumenta.
● A porcentagem de remoção de água aumenta com o aumento da concentração de vapor de água na entrada,
bem como, com a diminuição da vazão de entrada.

Os sólidos dessecantes supracitados foram vastamente estudados na remoção de água do gás natural. A Tabela
2 apresenta um compilado desses estudos, evidenciando o dessecante proposto, o tema no qual foi estudado e seus
respectivos autores.

Tabela 2 - Uso de sólidos dessecantes na desidratação do gás natural


Sólido dessecante Tema Referência

Sílica gel Desidratação de gás natural usando dessecantes sólidos Gandhidasan; Al-
Farayedhi; Al-
Mubarak, 2001

Sílica gel, Zeólita 13X Análise da desidratação de gases em sistema TSA com leito Nastaj; Ambrozek,
multicamadas de adsorventes sólidos 2015

Peneira molecular 3A Desidratação de gás natural por materiais dessecantes Farag et al., 2011

Zeólitas Desidratação de gás natural por peneira molecular em plantas Santos et al., 2017
offshore: impacto do aumento do teor de dióxido de carbono

Zeólitas LTA Síntese de membranas de zeólita LTA modificadas por Shirazian;


substrato para desidratação de gás natural Ashrafizadeh, 2015

Sílica gel KSMG; Avaliação comparativa de adsorventes para desidratação de Mel’nikov; Fedorova;
Zeólita NaA-BS gás natural em usina de gás natural liquefeito Gafarova, 2020

Peneiras moleculares Estudo experimental sobre desaguamento de gás por peneira Mohamadbeigy;
molecular Forsat; Binesh, 2007

Alumina ativada; Preparação de alumina ativada nanoestruturada e alumina- Takbiri et al., 2013
Alumina-sílica sílica híbrida por precipitação química para desidratação de
gás natural

Metal-Organic Estruturas metal-orgânicas fluoradas hidroliticamente Cadiau et al., 2017


Framework (MOF) estáveis para desidratação com eficiência energética
AlFFIVE-1-Ni
Fonte: Autoria própria (2022).

4. CONCLUSÃO

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Ao realizar o condicionamento do gás natural, faz-se necessário cumprir algumas especificações. O teor de
água no gás deve estar entre 6 e 7 lb/MMscf (i.e., de 6 a 7 lb de água por milhão de pés cúbicos padrão de gás
natural processado). Neste estudo, foram abordadas as técnicas de desidratação do gás natural por absorção com
glicol, apontando o trietilenoglicol (TEG) e por adsorção com dessecantes sólidos, apresentando a alumina ativada,
a sílica, as estruturas metal-orgânicas (MOFs) e as peneiras moleculares.
Foi possível observar do processo de absorção com o trietilenoglicol que a recuperação de metano foi de 90%.
Observou-se também a taxa de TEG e a temperatura de formação do hidrato. Para uma faixa de 53 a 70 L/h, o teor
de gás está na faixa aceitável, ou seja, utilizar uma vazão acima de 70 L/h pode não agregar valor financeiro
significativo à receita da venda do gás e deve-se utilizar no mínimo uma vazão de 53 L/h, pois valores abaixo desta
vazão podem não reduzir o teor de água até o limite especificado. Verificou-se, ainda, que para uma taxa de TEG
de 50 L/h e 70 L/h as temperaturas de formação de hidrato foram de -22,285 oC e -38,793 oC, respectivamente.
Dos estudos compilados do processo de adsorção com dessecantes sólidos, foram observados comportamentos
diferentes para cada adsorvente. A pesquisa onde se utilizou a alumina fez um comparativo entre alumina ativada
nanoestruturada e alumina-sílica híbrida, e como resultado, apresentou a capacidade de sorção da alumina híbrida
maior comparada a não híbrida, com valores de 5,1% e 15,1% para a umidade relativa de 10% e 60%,
respectivamente. O estudo da sílica gel apontou que a massa necessária do dessecante diminui à medida que a
pressão aumenta, assim como, à medida que a temperatura diminui. Analisando a regeneração do dessecante,
notou-se que quanto maior a temperatura de regeneração, menores serão as quantidades necessárias de gás de
regeneração. No trabalho que apresentou a estrutura metal-orgânica (MOF) KAUST-8, concluiu-se que o material
possui alta afinidade com a água e que houve uma desidratação completa e rápida, aquecendo-o a 105 oC. Por fim,
a obra que utilizou a peneira molecular 3A como dessecante sólido observou que a porcentagem de remoção de
água aumenta gradativamente ao longo da adsorção, até ficar constante; a temperatura aumenta com o tempo e que
a porcentagem máxima de remoção diminui com o aumento da taxa de fluxo de gás.
Foram observados alguns comparativos e algumas desvantagens entre os adsorventes. A alumina é o material
mais barato comparada à sílica gel e às peneiras moleculares. A sílica gel apresenta a desvantagem de possuir a
tendência de quebrar quando em contato com a água líquida; já as peneiras moleculares requerem quantidade e
peso substanciais de dessecante sólido para atender aos padrões de venda, e necessita de grande quantidade de
energia para regenerá-las.
Geralmente, a regeneração do TEG é menos exigente do que a dos adsorventes. Com isso, o método de
absorção consome menos energia. Outro fator que aponta a absorção com TEG ser mais eficiente é nos casos em
que a diferença de pressão insuficiente está disponível, em termos de demanda de energia, o método de absorção
é favorecido, devido ser quase duas vezes menos exigente (NETUSIL; DITL, 2011). Portanto, o método de
absorção com trietilenoglicol se mostra mais eficiente na desidratação do gás natural.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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