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Pensando na cidade em que moro atualmente (Vila Velha, no Espirito Santo), decidi nomear a minha cidade

como Vila Nova, por se tratar de algo que idealizei observando o ambiente em que vivo.
Primeiramente, essa cidade seguiria o modelo de sustentável, compacta e humanizada – ou pelo menos será
idealizada para tal objetivo. As ruas serão estreitas e priorizarão a circulação de pedestres. Todo o projeto urbano
procuraria misturar diferentes usos, combinando-os em distâncias possíveis de serem cobridas a pé ou de bicicleta,
com a intenção de criar uma cidade para pessoas ao invés de carros. Isso seria possivel com a divisão do território
em distritos, entre os quais esses serviços seriam distribuidos igualmente.
A produção de energia seria feita exclusivamente por meios limpos (eólica, maremotriz ou solar, principalmente)
buscando o mínimo impacto possível no meio ambiente. Além disso, a expansão da mancha urbana seria
controlada por políticas habitacionais constantemente atualizadas, buscando sempre um crescimento organizado
e planejado.
Quanto às edificações (públicas e privadas) seria priorizado um número reduzido de andares, variando de acordo
com o lugar em que for construído – por exemplo, na orla da praia o máximo seria 4 andares, sujeito a multa e
outras penalidades. Além disso, os shopping centers não se estabeleceriam em Vila Nova. Seriam construídos para
exercer sua função diferentes plazas arborizados (a exemplo do Shopping Downtown, na Barra da Tijuca), também
seguindo o padrão de poucos pavimentos. Acredito que esses ambientes, ao contrário dos shoppings como
conhecemos atualmente, proporcionam uma interação maior entre os habitantes, e até mesmo entre eles e o
ambiente que os envolve. Tal medida também amenizaria o risco de criar ambientes isolados, perigosos e
desérticos nos entornos dessas áreas comerciais, que é o que normalmente acontece nas grandes cidades
atualmente.
Além disso, a setorização seria evitada, buscando mesclar ao máximo espaços públicos e privados com as mais
diferentes funções. Escolas, supermercados, comércios, residências, estariam todos integrados naquele espaço,
proporcionando também um fluxo de pessoas 24 horas por dia, e, consequentemente, proporcionando mais
segurança também.
Em destaque no planejamento urbano estariam os parques, praças e demais áreas verdes utilizadas como
espaços públicos. Esses espaços devem ser adequadamente conservados e receber um grande investimento do
Estado, possibilitando aproveitar ao máximo seu potencial de melhorar a qualidade de vida dos habitantes da
região, servindo como um espaço para o estabelecimento de atividades de todos os tipos (esportes, cultura,
religião, lazer, descanso) – tendo, claro, um espaço reservado para os pets. Somado a todos esses motivos,
também podemos mencionar uma maior integração do ambiente urbano com o ambiente natural graças a
instalação desses parques pela cidade.
Apesar do caráter predominantemente planejado dessa cidade que idealizei, políticas seriam elaboradas para
evitar um excessiva padronização no aspecto visual dos edifícios e dos espaços públicos, com a intenção de expor
diversidade e criatividade nos espaços elaborados, tornando Vila Nova um ambiente sempre capaz de surpreender
e empolgar aqueles que passarem por lá.
Vila Nova foi pensada para uma realidade onde não existe desemprego, desigualdade social e capitalismo
selvagem. Infelizmente isso está longe de ser a realidade de nossa sociedade atual, mas ainda podemos nos
permitir imaginar um lugar onde tudo isso seria possível.

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