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Flannery O'Connor nasceu em Savannah,

Gergia, em 1925.
atóica devta, viveu a maior parte da sua vida
numa quita em Miedgevie, onde fazia criaçã
de pavões e escrevia.
Fi autora de dois rmces, Sangue Sábio e
O Céu É dos Volentos e trita e  cntos, aém de
inúmeras críticas e ensaios
�ando morreu, aos 39 ans, a América perdeu
uma das suas maiores escritras, no auge da sua
capacidade criativa
s seus contos competos, pubicads posta-
mente em 971, ram gaardoads com o
Nationa Book Award de cção.
Ú  N C

 Iren Némirvs: O Bai


 Iren Némirovs: Dav Gor
 Vladmir Nabokov: i, Dama, Vte
 adimir Nabokov: Ad ou Arr
 Cormac McCthy: A avess
 Dalton Trvisan: O Vmpiro  Cuba
 Dalton Trvisan: Nove nad empres
 Dalton Trvisan: A Poquinha
 Claric Lispctor: Um Sopro  d (Puações)
 Junot Dí: É sim Que A Pers
 Claric Lispctor: Laços  Família
 Iren Némirvs: O nho d Solio
 Dnis Johnson: Anjos
 Luigi Pirandllo: O Fai Maa Pcal
 admir Nabokov Ro na cuo
 Dalton Trvisan: ea Conjugal
 Dalton Trvi: A ombeta  Anjo nar
 Vadimir Nabokov: A rira V  Seban Knight
 Aic Munro Amad d
 Hjalmar Sõdrbrg: O fogo Séo
 Vadimir Nabokov: Loli
 Michl Houlcq: As Parcus Ementares
 Vladimir Nabokov: Pnin
 Cormac McCarthy: O Coelheiro
 Kat Atknson: d após d
 A. M. Homs: Assim para Nós Haja Pero
 humpa Lahiri: A Pníce
 ic Munro:   pag e Mulhes
 Rchl Kushnr: Os Lança-Cham
 Isaac Bábl: Contos e Diáos
 rmann Broch: A Moe  lio
 Elna Frrant: Crónic  Mal  Amor
 Margart Atwood: Ressurr
 Kathrin Ann Portr: A Te Inlinad e Ouos Contos
 Nathan Filr: O Choque d Qued
 Alic Munro Faos Sees
 Mgurit Duras: Morato Cantabi
 Mgurit Duras: Oos Azu Cabe Preto
 Saul Bllow: Agaa o D
 Michl Houllbcq: Pa
 Sau Bllow: Henrson, o i d Chuva

   
Relógio D Água Editores
Rua Syvio Rebelo nº 
 Lisboa
te!:   
f:   
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www.gidg.pt

©  by the May Flannery Connor Charitable Tst

Títuo: Um Diáro de Preces


Ttulo original: A Prayer Journal ()
Autora: Flannery Conno
Tradução: Paulo Fara
Edição com precio de Pedro Mexia
Revisão de texto: Anabela Prates Caalho
Capa: Carlos César Vasconceos (www.cvasconcelos.com)

©Relógio D Água Editores setembro de 

 texto deste livro segue o novo Acordo rtogáco (exceto o Precio).

As notas ram itas a pair das do editor original

Encomende os seus livros em:


wwgg.p
ISBN 978-989-6-433-7

Comsição e paginação: Relógio D' Água Editors


Impressão: Guide Aes Grácas, Lda.
Depósito Lega n.º: 37944/4
Flay O' C

Um Diário de Preces

 
 Mx

Tuçã 
u 
Ob  Fly O' Coo

Ín

Pefácio: Preces Atendidas 9

Um Diário de Preces 15

Fac-Síle 51
Preces Atendidas

Esritra atóia n Su prtestante, a inista nrteameri


ana Fanne 'Cnnr estava numa situaç priviegiaa para
esvenar auea espéie e «ristianism enuuei» ue a
reava D pnt e vista emgrá e siógi, a Bibe
bet s estas suistas stentava uma fé mnipresente e às vezes
estriente,uan nnamentaista Em terms utrinais, as
nções atóias e evangéias tinham um trn mum mas i
vergiam em nções esseniais, tant básias m sstiaas
E,aém  mais,'Cnnr n era apenas uma atóia,u uma
atóia pratiante tinha uma sóia frmaç teória, e Tmás
e uin e Rman Guarini, u seja,  seu atiism n
resutava apenas a euaç u a nviç mas e um ines
sante estu,aiás ntóri nas ezenas e reensões ue esreveu
sbre ivrs e tegia
Quatr ensais igis n vume Mystery and Manners
(1969) embam pr iss ue um «esritr atói» n é um
apgeta,um rtx, um autr pies u rertante Cer
ts setres atóis tavez preram uma mensagem «psitiva»,
mais e aes e prpaganda de  ue e prbematizaç;
mas Fanne era uma mista preupaa m  trabah, m
 «fazer» «crat  ue impiava experiênias munais,m
s urss e esrita riativa,u sitárias, m a via e eremi
ta,sem grane reaç m  mun ue n fsse pr arta Fi
assim ue, apesar a saúe ági e a mrte pree, pruziu
os roances e uas colectâneas e contos centras no cânone
aercano nuerosos artgos e conferêncas e a voluosa cor
responênca reuna em e Habit of Being 1979).
No ensao Te Curc an te Fiction Writer» Flanne
O'Connor partu e ua upla ou talvez tripla enição para
nterrogar o que seja sso u escrtor católco». Lebreos
que por eaos o século avia autores munalente conheci
os coo François Maurac Evelyn Waug ou Graa Greene
que era uitas vezes apresentaos como escritores catlicos»
seno que quase toos se sentiam ais à vontae co a esigna
ção católcos [que são] escritores» até porque o catoliciso»
não esgotava a sua teática ou não corresponia a toas as fases
as respectivas obs roanescas. os Estaos Unios o poeta
Robert Loell u os ois ou três ais importantes o século
aericano começou por publicar ivros e flego metasico cris
tão ebora as colectâneas subsequentes se tnham afastao to
talente essa matriz. Ficcionistas católicos como J. F. Poers
ou Walkr ercy tiveram aguma exposião miática ou aum
sucsso e estima as havia quem achass qu tinham um int
resse iminuto para eitores nãocrents. «Th Church an th
Fiction Writer» ixa caro que O'Connor recusa esse acantona
mento a cção católica e que não lhe intrssa prear a convr
tios. Ea sabe que escreve e que quer scrvr par protstants
e agnósticos e ateus os quais iz cearão aos textos com ex
pectativas e cóigos e leitura que iverem bastante as inten
ções originais a autora. O escritor catóico» ocupa por isso o
vértice e u tringulo: eparsequenteente co a incom
preensão a Igreja que conena crtos textos como masiao
subjectivistas iiossincráticos ou até perigosos; e te e s e
bater co a perplexiae ou a recusa o público não-crente que
suspeita sepre o católico como criatura ogática paroquial
ecante catequética.
O'Connor efeneu por isso que um «scritor católico» sério
se preocupa acima e tuo co a observação a especciae a
creibiliae a verae não ignorno aquilo qu parece super
cial e estereotipao porque sso correspone a uma manesta
10
ção imediatamente visível e signcativa da sociedade. Aquilo
que o escritor católico não deve fazer é separar a natureza da
Grça,o fato evidente do seu signcao enigmático. Os coni
tos que os romances e contos testemunham e reconstituem, tanto
os internos omo os exteriores, são metasics mesmo quano
pareem naturaistas ou grotescos. A onhecia ategoria a que
se chamou «groteso suista» agastava O'Connor,porque pareia
supor ue só as vidas suistas eram bizarrs,tavez por ausa o
ambiente reigioso; or o «groteso»,isto é,o paraoxo, o humor
negro, a istorço, umpriam na literatura uma não reaista:
ientavam o ma, o acasso, a faa, o pecao, se quisermos
izer assim. E faziam-no e uma fora intensa, «exageraa»,
uase revoante,e por isso insuseptve e inerena, esse e
feito tooga.  «grotsco» eixava ntio que o «ogma» ris
tão é uma hipótese possve sobre o «misrio» a humaniae.
De moo que quanto mais ogáio mais enigmátio, ou seja,
mais vraeiro.
 raoriário qu o juveni Um Diário de Preces ê ona
eses bats, bem omo e agumas úvias,om uma rmi
nao reo. Quano tinha 20 anos  esuava na Universia
e  wa, one euentava o prestigiao Iowa Writer's
Workshop,O'Connor manteve um iário (Janeiro e 1946Stmbro
e 1947), umas znas  ohas musrias num ausero r
no pauao. O texto integ fa-simiao só viu a uz em 2013,
exumao os papis a esriora. Ttase e um monóogo em
iáogo, um iário em forma e oraço, oço em forma e iá
rio,forma hôria e em interrogaço onstante.
O'Connor sentia que as orações raiionais no he serviam,
tavez porque não erm iálogos. «Quem me saiba ensinar a
rezar», escreve ea, enquanto se irige a Deus com exigênias
emperamentais: «make e a ystic, immediatel>*.  certo que
não há experiênias sobrenaturais em U Diário de Prces mas
notase a conheida impaiência os místios: a iarista queixa
se de que no sabe amar e e que não conhee a vontae e

*«f de mm uma mstica imediatamente».


eus; não aceita uma crença11de ndo sentimental; não quer
uma dvindade à sua imagem e semelhança; diz que às vezes
mantém a fé apenas por preguiça; declara a sua própria medio
cridade e indignidade; vacila entre a desesperança e a presun
ção; acusase de pensamentos eróticos e de ser tão «estúpida»
como as pessoas que ridiculariza; pede que eus a ajude a ser
uma escritoa a sério, e além do mais «santa de um modo iteli
gene»; rasga páginas do diário, que aliás termina com um za
gado «nada mais resta dizer acerca de mim». É quase o empe
ramento de uma Teresa de Ávila.
Bernanos e Bloy são dois dos autores católicos citaos,católi
cos exigentes, ferozes, de terra queimada. Foi esse catolicism
que Flanne O'Connor praticou no seu Sul hostil aos papistas,
e sabems que na altua em que mantinha este diário já esv 
escrever o romance Sangue Sábi (1952). É jusamente uma n
ço romanesca como a «suspensão da descrença» que aprxima
 oção dacção. Isso e uma «visão do muo»,a qual depd
spre e um «cncei e amr». U mr qu m O'Cr é
agrste e conriório: basta ver c a pósadolesce, qu
nunca terá uma vi amorosa,se refer a esej cmo um v
tae ou um torment,  à ausência de dsj como paz,e a «ac
to sxual» com act religios, qu, a sua forma agóstica, é
grotesc
Aos vintes, sta tão invulgar rapariga procura aquela «co
ança» que, assegura, é a base e uma via espiritual. Cisa
cil,a cnança, sendo a vida «traiçoeira» e «decepcionae».
As orações de Flanne O'Connor estão, cmo ela explica, ntre
a metasica e a terpêuica. Exprimem adoção, contrição, ac
ção de gaças, súplica, mas também testam verdades que hão-de
alimentar acção ainda por escrever: a ideia de que o infeo é
um conceito mais compreensível do que o céu, de que a Gça é
sem porquê, ou de que o pecado é bom porque orienta para a
salvação: «Concedeme a graça de ver a aridez e a idigêcia
dos lugares onde Tu não és adordo,ms profanado.»
O'Connor imaginase a dada altura septuagenária e ainda
com dúvidas; mas só viveria até aos 39. Quando regressou à
1 e cuidar de pavões, teve o pri
Georgia, onde iria escrever livros
meiro ataque de lúpus, doença fatal que, em certos momentos,
quase nos parece uma prece atendida.

Pero Mexa
13

Um Diário de Preces
ENTRADAS SEM DATA]

[ . ]* esrç ístic neste dmni, a invés de pensar em Ti


 

e de me sentir inspirada pel am r que tant desejaria sentir.


Meu bm Deus, nã cnsig amar-Te cm pretend. És 
crescente esgui de uma Lua que avist, e  meu eu é a smbra
da Terra que me impede de ver a Lua inteira. O crescente é muit
be , e talvez uma pess  cm eu nã deva  u nã pssa ver
mais; mas  que eu recei, meu b m Deus, é que a smbra d meu
eu se t e tã grande que bscureça a Lua iteira, e que eu julgue
a minha própria vaia pela smbra, que nada é.
Nã Te c nheç , meu Deus, p rque eu própria Te encubr . Pr
vr, auda-me a arredarme d caminh.
Desej muit triunfar n mund cm as cisas que pretend
evar a cab . DirigiTe preces a este respeit , esrçand a mente
e  s nervs, mergulhei num estad de tensã nerv sa e disse h,
meu Deus, p r v r» e tenh de cnseguir» e p r v r, pr
vr». Nã Te dirgi s meus pedids da maneira certa, sint.
D ravante, deixame pedire cm resignaçã   que nã é nem
pretende ser um a uxar das  rações, antes um rar men s bri
 , cm a cnsciência de que este enesi é causad pr uma âsia
daqui que desej, em ugar de uma cança espiritua. Nã
pretend zer c njeturas. Quer amar.
Oh, meu Deus, pr vr, desanuvia a minha mete.
*Aparntemente,
o vo, as primeiras págias do diário perderam-se.
caa
o m amo ma o a mna ana Mã  a a o
m amo ma o o 
o vo, ajam a na no ma no a coa  a 
co on  á
Não o ngar a oraõ acona q rz ao ongo
 oa a mnha va; ma nho tao a rezáa m a nr A
mna aenão é mr mo ga Am, tnoa a caa
nan Sno ma ona caloroa  amor a aqcme qano
o nso  qano crvo ta aavras ara T or vor
não xs q a xcaõ o cóogos a  rseto arr
am e súo se m nmnto O m ntcto é tão
mtao, Senhor, q ó m resta conar em T para me conr
vars na ena corrta
Por vor, aja toos aquee qe amo a ertarems os es
acmntos Proa-me or vor
18

Meu bm Deus, c abismada ate a prçã de cisas pelas


quais dev setir gratidã , em terms materiais; e, em terms
espirituais, teh a  prtuidade de ser ainda mais iz. P rém,
pareceme evidete que ã est u a traduzir esta  prtuidade em
cts palpáveis. u dizes, meu bm Deus, para pedirms a graça,
p is n s será dada. Eu peç -a. Cmpreed que ã me basta
pedia, que tenh de agir cm quem a deseja. Nem t ds  s
que dizem: Sehr, Seh r, mas sim aqueles que fzem a v tade
de Meu Pai. » P r vr, ajudame a c nhecer a v tade d meu
Pai  ã quer um ervsism escrupus, em sequer cje
turas negligetes, antes um c hecimet úcid , sesat ; e, de
p is dist , dáme uma v tade rte, para ser capaz de a vergar 
vtade d Pai.
Pr vr, deixa que  s pricípis cristãs impregem a mia
escrita, e, pr vr, z que haja text s sucietes da miha lavra
(dads  estampa) para que  s pricípi s cristãs s pssam im
pregar. em, h, Seh r, perder a miha fé. A mia mete ã
é rte. Deixase seduzir pr t d  géer de charlataice ie
ectual. Nã quer que seja  med a fazerme ir  igreja. Nã
quer agir cm uma c barde, cad jut de Ti só p rque te
h med d I. Devia pesar que, se tem  I , etã
p derei estar certa da existêcia d seu aut r. Os erudit s, p rém,
c seguem dissecar em meu beeci  s mtiv s que me levam
a temer  I , e daí extraem a cclusã de que  I ã
xt. Ma  acto o Io.
1 9 aa a a aca t, o
Io pac to a xqvl o q o é. S úva
porq o Io é a coa  apaêca a ta. ogo
agna o torto o aao, a ão congo aga a
ala caaa pa  ctal paa toa a ta
, a toa lovor a D. É ata qu  ão coga ag
' agu
a to. S cogo catografa o é co rgor,
o noo ctta p or coçara ogo a taçar pla
o para o apfço,  o bug vra oto, a dz
cêto caa xplar, a toa a poa aca o ta 
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23

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24

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nã e ige a eitáa a , n  e cnta, cne ai
eit  qe vite   qaiqe eit. Qe tan
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u aa Te agaece Tave  entient que nã e can e
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eixae ecuiaa Se e cae cnhece ta eta cia
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 Petu Sc
26

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aa  catóic qe a cnga t  ia. nenh
ie he qe ea a a aã, nã a eçã   a a
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7

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ã, e et ee n ii a anência   qae a anên
cia cnciente. Pi e, c hei e e cneva a inha f
e caia qan eta cniçõe e inencia ai? Nã
cnig ecia a nea aticae a inha ea qe
e  e it. á qaqe cia n ai ecônit e i
  ai n  qe a anência cnciente  qe nte 
etena entient a ete eeit. Tave ea i  qe e
eeia. e  e,  v,  qe ea i e ve a ta
caia qe  icóg exanaia c tanta avie e ex
icaia c tant eeaç. E,  v, nã eta qe
ea aqi a qe, tã aegeente, ee chaa catient
etanqe. Oh, Senh, eçe, cncee  ea c e, qe
nã tê a inteigência neceáia aa ia c it, eçTe,
cnceen a qaqe a, nã aa n ene ee,
a aa n efene e nó ói ei e ee n te
e exaina e  a avi. e  e, nã qe ec
i qe inventei a inha f aa atie a inha aqea. Nã
qer ter criad e à ina rória
8 iae, c tant e di
r aí. Pr vr, cncedee a raça neceária, , Senr, e 
qe nã eja tã dici de acança c Kaa dá a entender
29

e  e, n qe eeita  eeança, inte  


c eia. É tã fáci i qe tenh eeança  a ínga e
cega  cia eta aava. ch qe tave ó a
ceene a eeança e a e e cntate c a e
eeança. E e  eaia egiça aa eeea. P
v, nã e inia ea ena, Senh, e caia titíia. 
eeança, ,  cetaente a cia iente a f. Se
a  i, inca n eataent a f. eve e a cia
itiva qe e nnca enti. eve e a ça itiva, ca
cnti qê a itinçã ente eeança e f? tava e 
ena a cia, aa e e enti eiitaente cea. ch
qe nã  caa e ena a cia. a t  e ei
 aece iqeee e ecae n ei e gaça 
ea gaça enata qe exece  e eit, ea á qa . O
e eíit etá ent e a caixinha, e  e, n
n e ta caixa ent e ta caixa e e ta e e
ta. á it c a et a inha caixa. e  e,
 v, áe tant a qant e a ei e qe aeça
ençã a inha ate. P v, eixa qe aga  eane
e ta a cia qe e eia, aa qe e a enti ce
a. Ete ei, e tia anáie,  egíta. Nã haveá aneia
e cnta it, e  e? Nã haveá c gi a nó
e? E egha na cia ai vata? Oh, e 
e, qe eceve  ance,   ance. Qe e
it para atier um bm entiment
30 e também um mau ent
ent O mau entiment é  mai relevante O picólg di
em que é ete  entiment natura eixame atarme, meu
bm eu, e tda a cia aim «naturai Ajudame a incr
a na mnha bra aqui que é mai d que natural  ajudame
 amar a minha bra e a mtrarme inulgente cm ela r ete
tiv Se tiver e traahar aruamente para a criar, meu bm
eu, pi que eja cm e eu etivee a Teu erviç tava
e e ant e um m inteigente S ua palea remida,
 tave  cia vaga e mm que me acalenta eja a epeanç
31

e  e, e ceta eia i e catigaa ea nha


ta e caiae aa c . thg*, n an aa. Ee
he it, tigane qe ne  venava,  qe, e
a nã e tenha aga it, e etag a e. T it a
óit a caiae. Oh, Senh,  v, ta a inha en
te atenta a ete eeit. T  ia ç it, it, ea
ia centái ci aceca a ea. Faç qe e
ã  a eiit. P v, aae a ceene na
prátic c it  ee. ina naa tenh e qe e a 
gha. S etia, tã etia c a ea qe iicai
. P v, aae a eixa e e ai egíta, qe Te
a, e  e. Nã qe aa a via a ecae,
. Pc vah. P v, aae a ci a Ta Paava,
h, Senh.

* Um colega de Flanne O'Connor no curso de escrita criativa na Universidade de


Iowa.
32

/ [96]

Cncí qe it nã vae it c ei iet e açã.
 açã nã  eqe tã peeitaa c ete e ecit
   ip  ent, e it  eaia vaga paa 
ent. Iniciei a nva e a ia via epiita  tenh
cnança.   eta cnança, pecini e ceta tina e
aecente e e ceta tina entai. Nã  eci it paa
n fae entene  aea qe , a ee pc e
a a ee enti.  pc, aecee  iíc a inha
pea. Ua cia e qe e apecei eta eana  te i
a eana iaa   qe e ve cntanteente c aqi
 qe ee e. Nã a cncetiaçã  qe ee e, a 
eti cet,  eiã cet n ania cet.  cneqência
ete eici eta e ca eá, nataente,  ete e
iã  e ete n enti ai genín a paava. Peci e
cece. Tenh ieit, cei, a enta ete inteee p i
pópia, ee qe ete e inteee e cente na inha aa
ita e n qe a ant pa. «Salv a p, na ai pa
ha, eceve Ceige    a iaginaçã ncinava
apena nee ent, apena pa ee. V ceça pea aa,
e talve  n tepai qe ee exece tenha a a p
tniae; e, e qe it nã cea, teei á na ã a eh
cia, a nica eaente neceia. e te e eta e ta a
inha a. Tenh ana a e Bean. É altaente aa
vih. Seá qe aga ve aeei ea  qe ?
33

6//

eiciae   te eve aa aica a nó e


; cnt, ve qe e ata tã e  inha ea qe e
 iíve nã e aa e eíce  ea ceena,
n eci ent e qe  ç, qe ó qan etive veha
e caca  qe e eignaei a ee eítet. eignae a ee,
aecee, eia eignae  eeeança. eve have ag
ei e  nataente eíce ecaae  eiciae[. ]
Ee ei  egaente a aça. eve have aga a e
he ecaa, e qan ae qe eta aaix ee
níve. Tave ecee qe eta aaix ee níve ea
 iei a. ig qe e ata e  inha ea; a
a veae  qe  aaix e eíce. naei ee a
t ente a eeeança e a Sea, encaan iei
a e ei a ta, avaian qa ea e  eai
ai, qa ela e  enti ai cnáve, ai ecntaí
a. Nnca engiei  gane nac e naa. ei e ica
nevaente aqi e a. O te  e  a cia a; a,
e e, nã  ete nevi[.  É ag ca, gani,
agnâni. Te e e  úi. Ta a vite tê e e
viga.  vite te e e a única cia viga na na
via. O eca  vat e ceiç. Nnca cnegi acaa e
 ce, ne nnca  cnegi igei. Te e  vita.
Tave eta ecaaçã ea eaia iteáia  nã  ei
xa qe ete e iái e te hiócita.
Cm é qe pss vive  cm 34 é qe ei de vive Obviame
te, a única maeia de vive etamete é abica e td as ã
te vcaçã, e talve esse cami esteja ead, seja cm 
as cm eimia esta mina maneia exigete e cataespias
de e as cisas  qe tat amar a es sem eias  mes
 temp, qe tas as cisas qe paecem stas a esse am
 qe se ma excelente escrita T e qaqe êxit teá
teência a sime  caeça  incnscietemete, até Se alg
a ve cnsegi tame ma exceente escita, nã seá
rqe s ma excelete escita, mas sim qe es me
deix aecaa s ls e algmas as cisas qe Ele cai
samente esceve aa mim N mment atal, ã aece se
esta a sta Ee Nã cnsig esceve ma ina qe seja
Mas v ctina a teta  eis  qe ita E, em caa se
esti, iei ecare e Qem está a cia a a qan esta
ca nta e e Qem nã a está a cia naqee mment Ns
ias qe ce, egnt a mi esma se es alga ve
taá a escever aga cisa aa mi Ee etee a Sa
gaça; nã est tã ceta e qe e cncea a ta Tave e
nã me tena msta scientemete gata elas áivas ece
bias
Os eses a ce  excin s  estômag  amme
sbtaís Nã sei  qat tem, as ese qe sea aa
seme áme mita a, veme ive ees
Nã aveá qem me saiba ensina a ea?
35

/

C  ici ante a aa intençã[, ]a aa ta


e eaçã a a a[, ] a t[, ] a ea  qe .
Nete ent, int na inha aa a ceta a qe it
e agaa  nã n eixe cai e tentaçã.  qaiae a
hitóia  iniente. Taaha, taaha, taaha. e 
e, eixae taaha, igae a taaha. ee tant
e taaha. Se  e eca  a egiça, qe e caa
e  vence.
Etive a ee aga eta entaa.*

* O texto restnte nest pgin do dirio pree ter sido elimindo


36

2//7

Ning e e ate e cnhece ta a cia. Sente


e  ate. O eóni   ai  cente, e lá te a a
aõe.
37

/17

Seá qe aga ve e eignan a chaa eí


ce a nó e  e a i óia? Se e nã  it 
aqi qe te , nã eei ta cia qe aina nã  caa
e ve ne e eceve enaente? Vt atá e [.. . ]
Sã Tá [ . . ]* 

Rea cniea qe  tetante te e eeti;  catói


c te e e ete. ee, cei, qe, e tia anáie,
 tetante ta te e e ete; ,  catóic
nnca eve eeti, neaaente aceca a natea a eaçã
 he c e. It  inteeante. Sen  catici
 tei aa  nic ei e cnica a qe vae a ena
eten, n entene  catóic. E ta a tina
qe nega a iã nega ta e. O In, 
In itea,  a na nica eeança. Tien  In e
ie cveten na tea cetaente evataa, a
inv e ei evataa. O eca  a cia ótia, ee qe
recnheci c ta. C a e it a gente qe, e
tra a, nã chegaia á a e eixa e  ecnhece,
 e  tia a eóni enqant eóni e  atii
a eóni enqant picóg, ii ta e. Se
nã exite eca nete n, nã exite e n C. Nã
exite C. á qe era ai. P, e ente  ite

* O texto restte est pági do diário prece ter sido eimido


raos oouse popuar crer e38Deus á nesa fé uaer cosa
chocane Os caócos, no enano, precsa de aienar cere
zas, ano quano hes é possve, ou avez soene ano uano
deseja Eu Eu preciso de as aienar, as ao escrever esarei
a enar chocar as pessoas co Deus? Esarei a enar encaixáLo
à rça na nha escra, às rês ancadas? avez não haa ro
bea. Tavez, sendo eu a zêo, não haa probea Tavez eu
seja edíocre. Preria ser enos que edocre. Preria ser
nada Ua ibeci. No enano, não devo ensar assi.  edo
crdae, se é esse o eu casgo, é ago a que erei de e sube
er. Se é esse o eu casigo Se agua vez descobrir que , erá
chegado a aura de e subeer. Tere e ouvir uias oinões.
39

25/17

A soeniae os eus pensaenos esa noie! Será ue oas


esas ases soa ao eso, a coo e parece? Toas e cau
sa ua vaga náusea  ebora sse sinceras  época e eu não
renegue nenhu os eus arigos e é. Esa noie, iaginoe
eoricaente aos seena anos, a izer ue uo acabou, uo esá
erinao, as coisas são o ue são, se por isso esar ais ero
o ue hoje. Esta baixeza ora aos seena anos não será oerá
ve. Quero ua revolução agora, ua revoução aena, agua
coisa ue incua e i u asceiso sereno o sécuo xx uan
o passo iante a ercearia.
As eícias ineecuais e arísicas ue eus nos proporciona
são visões, e, seno visões, pagaos u preço por eas; e a see
a visão não acarrea necessariaente consigo ua see o soi
eno concoiane. Ohano para rás, vejo ue soi, não o eu
uinhão, as o suciene para he chaar soieno, ebora
haja u buoso sao a eu vor eu bo eus, por vor,
enviae a Tua Graça.
40

//7

Ten e esceve ue iei tae ista Nã n senti a


ncaia estética, as n senti  engenh estétic; cas cntá
i, sentiei a a siã cnstanteente  c hje A aa
va engenh cbe  ângu  abah e a aava estética cbe 
ângu a veae Ângu Vai se ua via inteia e uta se
atingi a cnsuaçã Quan uaue cisa está cncuía, nã a
es ssui Naa es ssui, excet a uta Csui
s tas as nssas vias e ssuir a uta, as sente uan
acaias essa uta e a ientas a ua cnsuaçã a
extei a esta via é ue ea te agu v Que se a eh
ista ue e seja ssíve, sb a batuta e Deus
Nã ue sentie sitáia ta a via, as as essas, a
recaes e Deus, aenas acentua a nssa siã eu
b Deus,  v, ajuae a tae ua atista,  v,
a ue iss e axie e Ti
41

15

Para anter o o conutor nu roance, te e haver ua


visão o uno subjacente, e o tea ais ioante no ue a
esta visão o uno i reseito é o conceito e aor  ivino,
natura e ervertio É rovaveente ossíve ier ue uano
ua visão o aor está resente  ua visão sucienteente
aa  naa ais é necessário acrescentar ara construir a cos
ovisão
Freu, Pous e Lawrence situaa o aor entro o ser hua
no, e não vae a ena ôr e causa esta escoha; contuo, tabé
não há necessiae e enir o aor ta coo ees o e 
soente enuanto esejo, ua ve ue isto iossibiia o aor
ivino, o ua, ebora ossa ser tabé eseo, é u género
irente e esejo É esejo ivino  e, situanose a o
hoe, consegue eeváo ao seu ataar O esejo huano e
Deus e os seus aicerces no inconsciente e rocura satiserse
na osse sica e outro ser huano Esta xação, nas suas ce
tas sensuais, é necessariaente assageira e esvanecese aos
oucos, ao que consitui u obre suceâneo aio ue o
inconsciente busca Quanto ais consciente o esejo e Deus se
toa, ais besuceia se oa a união co oura essoa, or
ue o enteniento areene a reação na sua reação co u
esejo ais granioso, e se ese enteniento estiver resente e
abas as ares, a rça ori no esejo e Deus toase ua
e benecia e oarse ivina O hoe oeo, isoao a
fé, incapaz de eevar o seu desejo
4 de Deus a m desejo conscien
te, anda-se na postura de ve o amor sico como um  em si
eso. Assim, omantizao, espoase nee, depois abordao com
ciniso. Ou, no caso do atista como Prost, anda-se na postu
a de compreender que é a única coisa que vale a ena ser vivida,
as vê este aor sem propósito, tuito, frustante, a vez
satisito o eseo. O conceito de Poust do deseo só podia ser
este, ua vez que ee z dee o onto supremo da existêcia 
que etivamente é  , as se na e sobetua aa o cul
in. Este eseo nase cad ve mis no inconsciente, té
ao espetivo âago, que é o Ino. Se úvia que o Ino se
situa no iconsciente, tal como o eseo e eus. O deseo de
eu tez ste  scosciêi qe é icosiete.
Stã ci   íio o o su i, cosont o to io
is oto.
A esão é o esutao a  negos ou os evotamos
ot o ao soetua, eseo  seconsciênci icon
iet  o i. No o   a são é  oç ou
o to  u oç, isto ão s ic, outo o i
aítio ão o. O to sex é u to igioso , quo
oco  u, é u to ostiço, ou, o ho os os, u
to io. out t ão o a  sot u o qu
ão ti o oti  xisti.  so ó o o
ti «ixoas»   to que o otio étio to
no que itá  se o seu seo o ua e out
s ui  eo i asto e us, ou sea, o invés  ca
e ia, te u eseo tihao e ccio o ao
sotu  ião co es. Me es, s estes únc
os e úta  vegas e oatiso oetio [ . . ]*
.

*A página seguinte do diário i eliminada


43

3015

Rasguei a últia entaa. Ea igna e , se úvia; as


inigna a essa que eu eveia se. By vei a eu encnt.
O ais hível, eis e  les,  sermos c p zes e eges
sa a nós ess, sen aina nós ess. Ele  u iceegue
lança cnta i aa e  casc  eu Titanic, e ese
e que  eu Titani que it e eaçs, as ecei e
que Bly nã sea  astante aa estui a ca ent e nós
 a ca  aina a Quea  He, aecee, e cetaente
 Peca Oiginal ent e nós. Pes suugál as nã
livans ee, es catêl e utilál as nunca atá
l. É icil eseas se; eu que a Gaça sea necessá
ia aa  ese. Su ua eíce  esíit, as há esean
ça. Su ua ciatua  esit, el ens, u sea, estu viva.
Entã e estes ts c que viv? Entã e eles? Nós, s vivs,
tees e aga elas tes ees. Estan ts, que hã e
eles e? Fi  eles, eu, que s sants ea. Nã, s
sants ea  eus, e eus eu els ts. Ees nã
tvea e se sueita à esa inigniae e eus. Ningu
cnsegue ta a fae  que Cist . Estes «Crists» e
ns eesentas e cataes e guea e e eas  «caa
he  Jesus; caa ulhe, aria»  ]teia causa náuseas
a Bly. Os estantes e nós eea a caaciae e vta.

2219  By nvant. via s  gan acicat a h


ia    ct   s tã int a nt  cisa
s  By aa  gha  xõs séias   s
 ntã stas nã s nga ant it t. O vã
i it ái  trs siitais  aqi  wa City t
cça a i  issa nvan ts s ias nã  c 
nsants hns na sa sqinh  n s gís
vê  caça s c a hóstia na ínga. Tav  Snh
s tnha aia  i   tnha st a aa l
i as stants aa ga n iv  g acca  By 
 égy   agns ts. É hív nsa a inha incs
ciência qa na aia si t. asia éi ara i
sint a s as inhas cs[] asia éi até aa
nta a c sa aa q   xctan ninharias. Nã
q sta cnnaa  icia ns s sntints 
açã a Cist. Q snti. Q aa Ach  S
nhr  ncainha na irçã q vi ta. Minha S
nha  ét Sc a r i.
45

23/9

Oh, Senho, eçoTe, z que eu Te eee. Sei  i 


io  etitue. Não en eeTe quno eno e
Ti,  i eeTe ontteente, en e Ti ontnte
ente, enti ee eeo  u ento e i, entio oo
u no ento e i. O eeo tei oo u 
o, e e ei  tição ue. É i  et eit
eve u eeo. Há u eeo,  é tto e io, u ee
o oto que tnee e n eit oque  eit é u
oi ot.  eit é u oi ot.  te é u oi
ot, ot o ntuez, não ot e uee. Tgo o
eu eeo oto  o ug eto, ] o ug oto one ee
eeo oei i iente,   eit. to ue o
eu to, o, e gç e eu, eete out ;  ão
e eve e n.  «vi» que ete eeo eee o e o
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u hoíve eute. M não  eu oho, que ei  vee.
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24/9

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47

259

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exígu que sea, as eixae cecê e cseá. Se e
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eaa, eu  eus, pque ea sae que Tu és tu  que ea
eea ese, e se sse sesata Tu seas a úca csa que ea
eseaia, e s ets e que ea se eche e sesate Tu és a
úica cisa que ea esea, e esea eseaTe ais e ais. As exi
gêcias ea sã absuas. É ua taça que que se ei, ua ia
tura estúpia e peguiçsa, ua ciatua éscia, que esea que
eus, que criu a Tea, sea seu Aae. Ieiataete.
Se eu a es cseguisse ce eus a iha ete. Se
a es cseguisse pesar Ee e só Ee e e ais aa.
48

269

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este á u xete e h e ecee 
g. Nã qe estes setets tcs e secs est
us e c e ves. He estei se u gut
 áv e hs e ve teg e e esets eótics.
N s est e cec e .
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