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Olá!
Olá, você já viu ou provavelmente está vendo o curso Arquitetura de Conteúdo - Ajus-
te seu conteúdo e monte uma grande apresentação.
Esperamos que você tenha gostado do curso e aprendido um pouco sobre como es-
truturar melhor uma apresentação. Mas agora é hora de se aprofundar nos conceitos
abordados nas vídeo-aulas e saber como continuar aprendendo.
Por isso montamos esse material com muito carinho. Um report com informações com-
plementares além de outros exemplos do que deve ou não ser feitos nas apresentações,
uma entrevista muito bacana com o pessoal da La Gracia e dicas de filmes, livros e links
para se manter sempre atualizado no assunto.
Fique a vontade!
Abraços,
Equipe Descola
Índice
1. Arquitetura de conteúdo 04
3. Apresentação X Documento 22
4. Expandindo o conhecimento 23
5. O Futuro da Educação 35
Arquitetura de Conteúdo
Organize a informação para oferecer uma
experiência saborosa.
“A arte e ciência de organizar informações de forma a que sejam fáceis de encon-
trar, gerir e utilizar. É uma disciplina desenvolvida em torno do usuário e a facilida-
de de uso é o aspecto mais importante da interação com as informações”.
(Christina Wotke entrevista Samantha Bailey - Unraveling the mysteries of metadata and
taxonomies. Boxes and Arrows).
Curiosidades
O termo “arquitetura de conteúdo”, ou “arqui-
tetura da informação”, surgiu em 1976, criado
por Richard Saul Wurman, arquiteto e designer
gráfico. Richard Saul Wurman é também criador
do TED, evento global com apresentações que,
como o próprio slogan do evento diz, trazem “ideias que valem ser compartilhadas”.
Ele cunhou o termo (arquitetura da informação) como reação a uma sociedade que
diariamente cria enormes quantidades de informação, mas com pouco cuidado ou
ordem. Sobre o tema ele escreveu o livro “Ansiedade da Informação”.
Inicialmente mais usada para o design impresso, mapas, guias e atlas, a arquitetura de
conteúdo teve seu uso estendido para outras áreas do design e, hoje, é quase sempre
associada ao web design e à usabilidade do usuário em sites e aplicativos.
Neste contexto, ela serve para facilitar o acesso aos conteúdos do site, de modo que a
navegação seja intuitiva e o usuário saiba aonde ir para encontrar o que procura.
O contraste serve para chamar a atenção do público para o que importa. Ele torna seu slide
mais atrativo visualmente e traz hierarquia organizacional entre os diferentes elementos. A
regra principal do contraste é “não seja tímido”. Se você coloca pouco contraste entre
duas ou mais informações, pode parecer um erro e gerar um conflito.
Então o ideal é diferenciar de maneira proposital para que todos consigam identificar a
diferença. Você pode criar contraste através das cores, tamanho, espessura, pode usar
fontes ou formas bem diferentes entre si.
Elementos que têm algo em comum devem estar juntos no layout. Se os elementos de
um slide estiverem mais organizados, tornam a sua leitura mais clara e fácil de entender.
Aproxime informações que pertencem ao mesmo assunto, mas sem amontoar. Crie es-
paços vazios entre os blocos de texto.
Evite:
• Colocar itens somente nos cantos e no meio da página. Quanto menos seus olhos
tiverem que viajar, melhor.
• Deixar quantidades iguais de espaços em branco entre os elementos, a não ser que
cada conjunto seja parte de um subgrupo.
• Relacionar elementos que não devam estar agrupados. Separe-os.
Uma linha imaginária que conduz o olhar do público por um caminho que você criou.
Esse é o papel do alinhamento, que deve ser consistente do início ao fim da apresenta-
ção. Por isso, é bom repetir o mesmo tipo de alinhamento em todos os slides que a in-
formação for parecida. Isso ajuda a facilitar a leitura, pois o público entende que aquela
informação vai estar sempre ali.
Evite usar mais de um alinhamento de texto por página (não centralize um texto e alinhe
o outro à direita/esquerda).
Em uma apresentação, a repetição é fundamental, pois deixa claro que os slides subse-
quentes fazem parte de uma mesma apresentação. Mas repetir não significa deixar tudo
igual. Para evitar que sua apresentação fique monótona, é interessante manter padrões de
tamanhos, estilos, mas variar a disposição dos elementos no slide de acordo com o assunto.
As capas de capítulo, por exemplo, podem ter um padrão bem diferente dos slides in-
ternos dos capítulos. Criar essas quebras ajuda a trazer movimento e chamar a atenção
para momentos importantes da apresentação.
A repetição pode ser aplicada na forma de plano de fundo, pode ser inserida através de
uma marca, na utilização de uma fonte específica, formas ou padrões de cores e imagens.
Lembre-se que seu papel, ao construir uma apresentação, é facilitar o trabalho de in-
terpretação do público. O trabalho duro é seu, o público deve bater o olho no slide
e entender as informações contidas nele. Por isso, todo cuidado é pouco, ainda mais
porque tudo acontece muito rápido: em questão de milésimos de segundos, os olhos
percorrem o slide saltando de um ponto de interesse para outro e pronto, o cérebro já
definiu um padrão de leitura e está processando as informações para tentar compreen-
der a mensagem.
Para não ter erro, aqui vão algumas dicas que poderão ajudá-lo nesse momento.
Mesmo assim, a leitura pode se tornar confusa e você tem recursos para facilitar, como
as animações do PowerPoint. Através da animação, você primeiro introduz um elemen-
to no slide, à direita, e depois, ao fazer surgir outro elemento, agora à esquerda, diz as
pessoas “ei, olhem para cá”.
Isso acontece porque nosso cérebro já vem “programado” para reconhecer pessoas,
principalmente expressões faciais, mais especificamente olhos e boca. Assim, ao fazer
uso desse tipo de imagem, dê preferência para que ela fique à esquerda, de modo que
não irá roubar a atenção do restante das informações.
Antes de acender o forno, separe todos os ingredientes que irá precisar. Ao abrir o
PowerPoint, você se depara com um slide em branco. Apesar do que muita gente faz,
NÃO É NELE QUE VOCÊ COMEÇA SUA APRESENTAÇÃO.
Para isso, “escrever como se fala” traz vários benefícios para sua apresentação:
• Cria conexão entre as informações, o que facilita tanto a compreensão do público
quanto o seu processo de lembrar do que vai ser dito, porque você começa a criar
uma história.
• Evita o efeito “colcha de retalhos”.
• Antecipa o treino do seu discurso, porque ao escrever, você já estará estudando o
que vai falar.
• Elimina os excessos que não estão gerando conexão.
• Quando pegar a apresentação no futuro, será fácil lembrar o que falou em cada
slide.
Discurso pronto? Ainda no word, quebre os textos em blocos pensando em como gos-
taria de dividir os seus slides.
Esqueça os padrões de caixas de texto já existentes. Prefira criar suas próprias caixas
de texto para ter mais liberdade. Para limpar, clique com o botão direito do mouse em
qualquer lugar livre do slide e selecione LAYOUT/ EM BRANCO.
Com o slide limpo, é hora de transferir os textos do Word™ para o PowerPoint™. Você
irá colocar os textos do seu Word™, primeiramente, no espaço da barra de anotações,
que fica logo abaixo do seu slide. Para ter acesso a essa área, basta puxar a linha cinza
para cima. Copie cada bloco de texto que você dividiu no Word e cole na barra de ano-
tações de cada um dos slides.
Selecione somente as informações que achar necessárias para ajudar as pessoas a en-
tenderem o que você vai falar. Prefira esquemas visuais para mostrar sua mensagem.
Isso ajuda o público a fixar mais rápido o que você quer dizer.
Use poucos textos e dê destaque para o que você quer que as pessoas vejam. Aproxime
informações correspondentes e planeje um fluxo de leitura entre aquelas que são com-
plementares. Pronto. Desse jeito você terá um roteiro consistente e poderá partir para a
etapa visual com tranquilidade e segurança.
• Entender o conteúdo.
Qual a mensagem do slide?
• Separar o que é fala, o que é texto para o slide e eliminar informações redundantes.
No slide ficam apenas textos de leitura rápida, como números ou frases que ajudarão o
público a compreender o assunto. Caso algum texto apareça mais de uma vez no slide,
elimine-o.
Conteúdo original
Muitos textos no slide só ajudam a tornar o conteúdo chato e tiram a atenção do que,
ou de quem realmente importa, o apresentador.
Bibliografia recomendada
Slide:ology - a arte e ciência para criar apresentações que im-
pressionam, de Nancy Duarte
http://bit.ly/1wovMWq
O cinema é sempre uma fonte de inspiração, tanto na forma como no conteúdo e a lista abai-
xo mostra isso. De documentários a comédias, é sempre possível aprender algo. Inspire-se!
Objectified
Poucos se atentam para isso, mas por trás dos objetos que nos
cercam no cotidiano, de escovas de dente a aparelhos tec-
nológicos, existem profissionais que levam em conta diversos
fatores na hora de desenhá-los: “está fácil de manusear?”, “é
leve?”, entre outras questões. Nesse sentido, existe um para-
lelo muito claro com as apresentações e a forma que nós as
produzimos. Em Objectified, de 2009, saiba mais e inspire-se
no processo criativo de grandes designers na hora de dese-
nhar os mais variados produtos.
Jobs
Uma das figuras mais lembradas quando falamos em design e
inovação de produtos é Steve Jobs, por ser ele, ainda hoje, a cara
da Apple. Nessa cinebiografia estrelada por Ashton Kutcher é
possível conhecer um pouco mais da sua história, bem como sua
quase obsessão em tornar fácil e acessível o uso dos seus produ-
tos. Em uma das cenas, por exemplo, é possível vê-lo discutindo
com um de seus colaboradores quando este diz que “a tipografia
não é uma questão importante”. Existem outros filmes e docu-
mentários sobre ele e que também merecem uma espiada.
Turbulências do Amor
Um casal recentemente separado se reencontra por acaso
dentro de um avião onde terão que ficar sentados lado a lado
durante sete horas. O filme se desenvolve entre diálogos bem
escritos e situações engraçadas, numa estrutura bem montada
e não linear que percorre aleatoriamente o tempo e nos ajuda
a entender mais sobre as turbulências desse amor enquanto
nos envolve de tal modo que não queremos desviar a atenção
por nada. E não é esse nosso objetivo em toda apresentação?
De tanto estudar e experimentar, criamos uma metodologia que, hoje, é a base de nos-
sas oficinas, laboratórios, consultorias, workshops e é claro, de nossas apresentações.
Nos últimos 6 anos, ouvimos e trocamos ideias, problemas e soluções com mais de 600
clientes, 2 mil alunos e incontáveis amigos. Essa troca é a nossa inspiração para inspirar
outras pessoas a revolucionar o jeito de comunicar ideias.
Se tivesse que falar as três coisas mais importantes para pensar uma apre-
sentação o que seria essencial quanto ao conteúdo, formato e dinâmica?
A primeira coisa é que comunicação significa troca, pôr em comum. Sendo assim, o
formato antigo: eu falo e você escuta, simplesmente não funciona. Um bom comuni-
cador precisa gerar uma troca de percepções, ideias, conceitos e pensamentos com
seu público, seja ele uma pessoa ou mil pessoas.
Quanto mais ele instigar o público a pensar sobre
Os slides são como balões o assunto, maior será a troca, ou seja, temos aí o
verdadeiro ato de comunicação.
de pensamento com a
A segunda coisa é: seus slides não são só pra você.
função de ajudar a contar Eles ajudam, principalmente, a facilitar a compre-
Dessa forma, nós podemos dizer ao público para onde olhar primeiro, qual o caminho
a seguir e onde finalizar o olhar. Resumindo, a arquitetura nos ajuda a conduzir o pensa-
mento das pessoas de acordo com o nosso objetivo.
Porque as pessoas que as fizeram, em geral, deixam o trabalho pesado para o público.
O conteúdo e o visual dos slides não são trabalhados de forma a facilitar a vida do pú-
blico. Os apresentadores falam desordenadamente, vão e voltam no assunto repetida-
mente e, às vezes, se perdem no meio do caminho. Somado a isso, mostram um monte
de slides feios, desagradáveis e carregados de informações complexas.
Dessa forma, o apresentador está deixando para o público o papel de decifrar o que
é relevante, tanto no que ele está falando, tanto no que está mostrando. Isso cansa a
mente da audiência e dá muito preguiça. O trabalho de deixar fácil e interessante é do
apresentador, não do público.
O universo das apresentações tem crescido muito nos últimos anos, bem como o nú-
mero de livros que tratam do assunto. Mas mesmo assim, ainda é um assunto relativa-
mente novo. Nós da La Gracia gostamos de beber de outras fontes de conhecimento,
tais como o design editorial, educação cognitiva e até mesmo semiótica, psicologia e
filosofia.
John Medina em seu “Aumente o poder do seu cérebro” traz 12 dicas sobre como aper-
feiçoar nossa máquina cerebral e dá diretrizes preciosas sobre o quanto de informação
nós conseguimos assimilar em uma apresentação.
Dale Carnegie com o seu “Como fazer amigos e influenciar pessoas” é best seller há
quase 80 anos e, até hoje, é livro de cabeceira de quem deseja melhorar a maneira de
se comunicar e, principalmente, aprender a “ouvir”, uma das habilidades mais escassas
e necessárias na comunicação atual.
Em meio a tantas ideias e tantos estudos, nossa principal função foi simplificar esses co-
nhecimentos densos e transformar em oficinas, workshops e palestras de poucas horas,
onde o participante aprende, de maneira prática, conceitos e diretrizes que o ajudarão
a aumentar o seu grau de autonomia na hora de fazer apresentações. Nossos alunos
costumam dizer que nós tiramos de seus olhos um véu de fumaça e levamos a eles maior
consciência sobre suas escolhas.
Cores, formas, imagens, tudo ganha maior sentido depois de você saber para quê serve
cada uma dessas coisas. Organizar ideias fica mais fácil quando você tem uma metodo-
logia. Apresentar-se em público é menos assustador quando você adquire maior conhe-
cimento sobre si mesmo. E são esses os três pilares que trabalhamos junto com nossos
alunos: conteúdo (o quê e como você conta), visual (o quê você mostra) e performance
(como você apresenta).
Essa questão do “não gosto do PowerPoint” surge muito mais por causa das apresen-
tações ruins que são vistas por aí do que pelo próprio software em si. Infelizmente, as
pessoas veem essas apresentações e acham que a culpa é do PowerPoint™ que, por sua
vez, não passa de uma ferramenta, assim como outras que existem por aí e que, sozi-
nhas, não resolvem o problema. Uma boa apresentação depende muito mais de quem a
cria do que da ferramenta utilizada em sua concepção. Ainda assim, é claro, você pode
se sentir mais à vontade trabalhando com uma ou outra ferramenta e aqui vamos indicar
algumas das que existem no mercado:
Keynote
Prezi
Bunkr e Emaze
Resolvemos falar dos dois juntos, pois, de certa maneira, eles se as-
semelham bastante. Podemos dizer que são ferramentas “pós-pre-
zi”. Partem da mesma ideia de uma plataforma online, colaborativa,
mas, apesar de presas ao “slide”, têm recursos visuais mais ricos e
acessíveis, podendo gerar resultados bem profissionais, desde que
usadas com sabedoria. Ambas são baseadas em HTML 5 e permi-
tem que você faça o upload da sua apresentação em PPT.
Canva
O Canva assemelha-se bastante aos dois anteriores, mas com um
diferencial. Com ele, você não cria só apresentações, mas diversos
tipos de materiais gráficos, on e offline, como flyers, capas para o
facebook, convites, etc.
Sites
Referências
TED.com
noteandpoint.com
pt.slideshare.net
Atente-se para o tipo de licença que a imagem oferece. Muitas imagens gratuitas são
restritas para usos internos, sem circulação comercial.
http://compfight.com/
http://www.flickr.com/creativecommons
http://www.sxc.hu/
http://www.freephotobank.org/main.php
http://www.freeimages.co.uk/
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Ícones
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Cores
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La Gracia
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