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TERMO DE REFERÊNCI A P AR A ELABORAÇ ÃO DE

ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCO P ARA PORTO S

Este Termo de Ref erência tem como obj etivo orientar a elaboração de Estud o
de Análise de Risco para Portos, o qual deve ser apresentado obedecendo à
seguinte itemização básica e respect ivos detalhes:

1. CONDI ÇÕES GER AI S

1.1 Além da documentação constante dest e Termo de Ref erência , o INEA


poderá solicitar ao responsável pelo empreendimento quaisquer outras
inf ormações necessárias à análise do que lhe f oi requer ido.

1.2 Dever á ser inf ormada imediatamente ao INEA qualquer alteração havida
nos dados apresent ados, ou a subst ituição do Representante Legal, quer
durante a vigência de quaisquer das licenças ambient ais, quer dur ante a
análise de requer imento a el e encaminhado.

2. CONDI ÇÕES DE AP RESENTAÇ ÃO

2.1 Os documentos deverão ser apresentados em português, em 02 (duas)


vias: uma impressa em f ormato A-4 e outra em meio digit al ( texto em *.DOC
ou *.PDF e desenhos em *.JPG ou *.PDF), detalhados segundo o disposto nest e
Termo de Ref erência .

2.2 As plantas deverão ser apr esent adas em 02 (duas) vias: uma em pape l
dobrado no f ormato A -4, de f orma a permitir a inserção nos processos
INEA e outra em meio digital (*.JPG ou *. PDF).

2.3 Todos os projetos e plantas deverão ter o nome completo, a assinatura e


o número de registro no Conselho Regional de Classe, dos prof i ssionais
habilitados e responsáveis pela sua elaboração.

3. RESPONS ABILID AD E TÉCNI C A

3.1 O Estudo de Análise de Risco deve ser datado e assinado por todos os
prof issionais envolvidos em sua elaboração, qualif icados através do nom e
completo, graduação e r egistro prof issional no respect ivo Conselho
Regional de Classe.
3.2 A equipe que elaborar o Estudo de Análise de Risco deverá ter pelo
menos um prof issional qualif icado como Engenheir o Químico ou
Engenheiro de Segurança, com conhecimento e exper iência comp rovado s
sobre a matéria e outro prof issional ligado ao projeto, à área de operação
ou de manutenção da instalação .
3.3 Constat ada a imper ícia, negligência, sonegação de inf ormações ou
omissão de qualquer dos pr of issionais envolvidos na elaboração do
Estudo de Análise de Risco, o Inst itut o Estadual do Ambiente - INEA
deverá comunicar imediatamente o f ato ao Conselho Regional de Classe
competente para apuração e aplicação das penalidades cab íveis.

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4. APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCO

O Estudo de Aná lise de Risco deverá ser apresentado a o INEA em f orma


de Relatór io, obedecendo a itemização e detalhes explicitados nos itens
4.1 a 4.9.

4.1 DADOS GERAIS SO BRE A REGIÃO ONDE SE PRETENDE LOCALIZAR


OU ENCONTRA-SE LOCALIZADO O PORTO

Apresentar os dados gera is sobre a r egião, incluindo mapas e plantas de


localização, em escala, indicando todas as instalações próximas e, em
especial, as ocupações sensíveis (residências, creches, escolas, cadeias,
presídios, ambulatór ios, casas de saúde, hospitais e af ins).

4.2 DESCRIÇÃO DA INSTALAÇÃO E SISTEMAS

4.2.1 A instalação deve ter um detalhamento, fazendo -se uma descrição do seu
uso e relacionando - se todas as substâncias que poder ão ser transf eridas
da embarcação ou para a embarcação.

4.2.2 Indicar para cada substância, a periodicid ade de atracação da


embarcação, a maior quantidade a ser embarcada ou desem barcada e a
descr ição dos recursos a empregar na carga ou descarga.

4.2.3 Considerar com o parte da instalação os caminhões, tr ens e outros


veículos, ut ilizados para o recebimento o u expedição das substâncias,
materiais ou pr odutos, que tenham de estacionar ou transitar na ár ea de
dom ínio da instalação.

4.2.4 Relacionar os disposit ivos e recursos de segurança ut ilizados para


eliminar ou reduzir os ef eitos de eventuais ocorrências ac identais.

4.3 CARACTERIZAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS RELACIONADAS

Apresentar as Fichas de Inf ormação de Segurança de Produto Quím ico –


FISPQ, de todas as substâncias e produt os.

As FISPQs devem conter:

 Nome ou marca comercial, com posição (quando o pr oduto f or


constit uído por mais de uma substância), designação química,
sinoním ia, f órmula bruta ou estrutural;
 Número da O NU (UN number) e do CAS (Chemical Abstracts Ser vice
dos EUA);

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 Propr iedades (massa molecular, estado f ísico, aparência, odor, ponto


de f usão, pon to de ebulição, pressão de vapor, densidade relat iva ao
ar e à água, solubilidade em água e em outros solventes);
 Reat ividade (instabilidade, incompat ibilidade com outros materiais,
condições para d ecomposição e os r espect ivos produtos gerados,
capacidade para polimerizar descontrolad amente);
 Riscos de incêndio ou explosão (pont o de f ulgor, ponto de auto -
ignição, limites de i nf lamabilidade, atuação como agente oxidante);
 Riscos toxicológicos e ef eitos tóxicos (ação sobre o organismo humano
pelas diversas vi as - respir atória, cutânea, oral; atuação na f orma de
gás ou vapor, névoa, poeira ou f umo; IDLH, LC 5 0 , LC L O ; LD's; potencial
mutagênico, teratog ênico e carcinogênico).

4.4 TRANSPORTE TERRESTRE

Inf ormar como as substâncias tóxicas ou inf lamáveis, constant es do


levantamento realizado, entrarão ou sair ão da instalação, isto é, os meios
de transporte, as vias empreg adas, a car ga e a f requência.

4.5 IDENTIFICAÇÃO DOS CENÁRIOS ACIDENTAIS, SEUS EVENTOS


INICIADORES E CO NSEQ UÊNCI AS

4.5.1 Empregar uma Análise Pre lim inar de Perigos (APP) para a identif icação
de todos os cenários acidentais possíveis de ocorrer, independentemente
da f requência esper ada para os cenár ios. Essa ident if icação dos cenár ios
acidentais poderá ser auxiliada por outros métodos como a Análise
Hist órica e o HAZOP.

4.5.2 Contemplar a embarcação que está carregando ou descar regando, as


embarcações de apoio à atracação e desatracação, os recursos par a
carga e descarga e a área destinada temporariamente à movimentação.

4.5.3 Incluir no Estudo de Análise de Risco os possíveis acidentes com as


embarcações dur ant e o seu trajeto em águas de jurisdição do Estado do
Rio de Janeiro, a ut ilização de embarcações auxiliares e os
procedimentos para atracação e desatracação.

4.5.4 A APP deve analisar a possí vel geração de produtos tóxicos em


decorrência de incêndio e sua incidência sobre as pessoas.

4.5.5 Levant ar as causas dos possíveis eventos acidentais e as suas


respect ivas conseq uências e avaliar qualitat ivament e a f requência de
ocorrência de cada cenár io e da sever idade das consequências .

4.5.6 Apresentar o result ado da Análise Prelim inar de Per igos em f orma de
planilha, conf orme constante do modelo Anexo.

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4.6 TOLERABILI DADE DOS RISCOS

Os riscos proporcionados pela instalação serão considerados tolerá veis


se nenhuma ocupação sensível f or ating ida por um cenár io de sever idade
catastróf ica.

4.7 REVI SÃO DO ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCO

No caso da Análise Preliminar de Per igos detectar a possibilidade de um a


ocupação sensível ser atingida por um cenár io de sever idade
catastróf ica, deve -se pesquisar o que pode ser f eito para que a ocupaçã o
sensível não seja at ingida.

4.8 MEDIDAS PREVENTIVAS E MITIGADORAS

No caso de f icar demonstrado que os r iscos são ou poderão ser toler áveis
devem ser consolidadas e relaci onadas às medidas preventivas e
mitigadoras levantadas pela Análise Pr eliminar de Per igos, ref eridas aos
números de cenár io (coluna 8 do Anexo).

4.9 CONCLUSÕES

Apresentar uma síntese do Estudo de Análise de Risco com as


respect ivas conclusões.

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ANEXO

PL ANILH A DE APRESENTAÇ ÃO D A AN ÁLISE PRELIMIN AR DE PERIGOS

Análise Preliminar de Perigos – APP


Empreendimento:
Área Preparado por Data

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)


Perigos Causas Modos de Efeitos Categoria de Categoria de Recomendações Cenário
Detecção Frequência Severidade

Co l un a ( 1) per i g os s ã o os e v en t os ac id e nt a is q ue ap res e n tam a pos s i b il i d ad e d e


c aus ar d a nos às pes s oas .

Co l un a ( 2) ap o nt ar as c a us as d os e v e nt os ac id e nt a is , in c l us i v e err os h um an os .

Co l un a ( 3) i nf or m a r a pr e v is ã o d e i ns trum e nt aç ã o e d e pr es enç a de p es s o as c om
es s e f im es p ec íf ic o .

Co l un a ( 4) i nf or m ar qu a is os ef e i tos es p er ad os . As s in a l ar os c e nár i os q u e p os s am
at i ng ir oc u p aç õ es s e ns í v e is (res i d ênc i as , c rec h es , es c o l as , c ad e i as ,
pr es í di os , am bu la t ór io s , c as as de s a ú de , h o s p it a is ou af i ns ).

Co l un a ( 5) os c e nár i os ac i de n ta is de v em s er c las s if ic ad os em c ate go ri as q u a li ta t i vas


de f r e q uê nc ia ; as c at e gor i as d e f req u ênc i a n ã o s ão t o ta lm ent e
pa dr o ni za d as , m as o s eu n úm ero n ã o d e v e s er i nf er i or a q ua tr o, i nd o da
c at e gor i a " ex tr em am ent e r em ot a" a t é a c a te g ori a "f r eq u en t e " .( E x em pl o
T abe l a 1)

Co l un a ( 6) os c e nár i os ac i de n ta is de v em s er c las s if ic ad os em c ate go ri as q u a li ta t i vas


de s e v er id a de ; as c at e gor i as d e s e ve r i da d e n ã o s ã o t ot a lm ent e
pa dr o ni za d as , m as o s eu n úm e ro n ã o d e v e s er i nf er i or a q ua tr o, i nd o da
c at e gor i a " d es p r e zí v e l " a té a c at e g ori a "c a t as tr óf ic a ". De v e - s e to m ar por
bas e qu e um c enár i o c at as tr óf ic o im pl ic a na p os s ib i l id a de d e m orte d e
um a o u m a is p es s o as . (E x em pl o T ab e la 2)

Co l un a ( 7) pr o p or as r ec om en daç ões ta n to no s e nt i do pre v e nt i v o q u an t o n o s en t id o


c or r et i v o.

Co l un a ( 8) atr i bu ir um núm er o s eq u enc i a l a c ad a um dos c en ár i os , n ã o s ó c om o


r ef er ênc i a n o t ex to do r e la tó ri o , m as tam bém par a f ac i l it ar o
des d ob r am en to de u m c enár i o em v ár i o s , s im ul tâ n eos , o u em um a
s eq u ênc i a ( ef e it o do m inó) . D e ve h a ve r u m des ta q ue p ara os c en ár i os
ac id e nt a is c uj os ef e it o s p os s am s e f a ze r s e n tir f or a d a i ns t a laç ã o.

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Tabela 1: Exemplos de Categorias de Frequência

CATEGORIA DENOMINAÇÀO DESCRIÇÃO

Co nc ei t ua lm en te pos s í v e l, m as ex trem am ent e


E xt r e ma me nt e
A im pro v á ve l d e oc orr er ao lo n go da v id a ú t il d a
Re mot a
i ns t a laç ã o.
Nã o es pe ra d o oc o rrer ao lo n go da v id a ú t il d a
B Re mot a
i ns t a laç ã o.
Pou co P os s í v e l qu e oc orr a a t é um a ve z a o lo n go da v i d a út i l
C
P rov áv el da ins t al aç ão .
Es per a do oc orr er m ais d e um a v e z a o l on g o da v id a
D P ro v áv el
út i l d a i ns t a laç ã o.
Es per a do oc orr er vár i as v e ze s ao lo n go da v i da ú t i l
E Fr equ ent e
da ins t al aç ão .

Tabela 2: Exemplos de Categorias de Severidade

C AT E G O R I A DENOMINAÇÃO DESCRIÇÃO / CARACTERÍSTICAS

 Sem danos ou danos insignificantes aos equipamentos e


propriedade;
 Não ocorrem lesões, o máximo que pode ocorrer são casos de
I De sp r ez ív e l primeiros socorros ou atendimento médico menor;
 S e m c om p r o m e t i m e n t o s i g n i f i c a t i v o e x t r a - m u r o s e d o m e i o
ambiente.
 Danos leves aos equipamentos e a propriedade;
 Lesões leves em funcionários, em terceiros e/ou em pessoas
e xt r a - m u r o s ;
II M argin al
 Comprometimento do meio ambiente, porém passível de
controle através de equipamentos e medidas operacionais
adequadas.
 Danos severos aos equipamentos e a propriedade, levando à
parada ordenada da Unidade e/ou perda de disponibilidade do
sistema;
 L e s õ e s d e g r a v i d a d e m o d e r a d a e m p e s s o a s e xt r a - m u r o s , c o m
III Cr í t i c a possibilidade de vítimas fatais;
 Danos substanciais ao meio ambient e;
 Exige ações corretivas imediatas para evitar seu
desdobramento em catástrofe.
 Danos irreparáveis aos equipamentos e à propriedade, levando
à parada desordenada da Unidade e/ou sistema (reparação
lenta ou impossível);
IV Cat a st róf i c a  Provoca mortes ou lesões graves em pessoas extra-muros;
 Severa degradação ambiental, com alterações populacionais
e/ou estruturais.

O bs er vaç ã o: P a ra c l as s if i ca ç ão de um c en ár io em um a dad a ca teg or i a d e


sev e rid ad e não é n ec e ss á ri o q ue tod o s o s a sp e cto s p r ev ist os n a ca teg or i a
est e ja m in clu ído s no s p os s ív ei s ef ei tos d est e a ci de nte .

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