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ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
Plataformas Marítimas
de Perfuração e
de Produção
E&P-CORP/ENGP/IPSA
SUZUKI / ROBERTO
E&P-CORP / ENGP / IPSA
INTRODUÇÃO:
Esta segunda edição das Instruções Gerais Para Instalações em Atmosferas Explosivas
– Instru-Ex, revista e ampliada, apresenta informações e recomendações, que visam
prevenir riscos de incêndios e explosões, colaborando assim, para a melhoria do nível de
Segurança das instalações nas Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção de
Petróleo/Gás da E&P e consequentemente, do pessoal nelas embarcado.
É recomendável que esta Instru-Ex seja amplamente divulgada nas áreas de Projeto,
Construção e Montagem, Operação e Manutenção, Inspeção, Segurança Industrial e,
especialmente, à bordo de cada Unidade Marítima.
Comentários e sugestões para melhoria são sempre bem vindos para possível inclusão em
futuras edições, que podem ser encaminhados para os autores:
Esta Segunda edição, bem como as futuras edições desta Instru-Ex serão disponibilizadas no
Portal do E&P, http://portal.ep.petrobras.com.br ou caminho Petro-Net > Sites Internos > Órgãos >
E&P-NET > E&P-CORP > Produtos e Serviços > Manuais Técnicos > Instru-Ex e também SINPEP
da E&P-Sede, MT-11-00005, http://www.ep.petrobras.com.br/SINPEP/acesso.htm
ÍNDICE
Cap. 1 Regras e Regulamentos Aplicáveis
1.1 Autoridade com Jurisdição
2.1 Definições
2.2 Classificação em Zonas
2.3 Classificação de Áreas
2.4 Relação de Áreas Classificadas Típicas
2.4.1 Extensão da Classificação de Áreas
2.4.2 Áreas Classificadas em Plataformas de Perfuração
2.4.3 Áreas Classificadas em Unidades de Produção de Óleo/Gás
5.1 Definições
5.2 Fluxograma para Classificação de Área de Ambientes Confinados
ou Semi-confinados
5.2.1 Área confinada, semi-confinada ou área aberta?
5.3 Aberturas, acessos e condições de ventilação que afetam a
extensão
das Áreas Classificadas
5.4 Alarme de falha de ventilação e/ou exaustão
5.5 Requisitos de Segurança para o Sistema de Ventilação e Ar-
Condicionado
5.6 Ventilação Adequada
5.7 Pressurização de Ambientes (purga)
5.8 Contaminação Cruzada de Ambientes Não-Classificados
5.8.1 Recomendações para Evitar Contaminação Cruzada de Ambientes
5.8.2 Sistema de Drenagem
5.8.3 Contami nação de Sistemas de Água por Gás
5.8.4 Exemplo de contaminação cruzada de ambientes não-classificados
6.1 Definições
6.2 Aplicação e Instalação de Equipamento Pressurizado
6.3 Exemplos típicos de Equipamentos Pressurizados
6.3.1 Motor de Perfuração de Corrente Contínua (DC), tipo aberto
6.3.2 Painéis de Instrumentação e Consoles de Comando
12.1 Containers
12.2 Equipamentos Temporários
12.3 Aterramento
12.4 Inspeção Inicial e Final - Estanqueidade
12.5 Alimentação de Energia
Siglas Usuais
Referência Bibliográfica
Capítulo 1
Regras e Regulamentos Aplicáveis
O termo “Autoridade com Jurisdição” tem ampla abrangência, uma vez que a autoridade,
sua jurisdição e também a sua responsabilidade variam largamente. Em se tratando de
matéria de segurança, a autoridade pode ser federal, marítima, Ministério do Trabalho,
etc., ou até mesmo o proprietário da unidade, a depender do alcance da legislação
aplicável. Vide tabela-resumo 1-1, no final deste capítulo, indicando a Autoridade e as
regras aplicáveis para as unidades marítimas.
Regras aplicáveis:
Formalmente, as regras aplicáveis quanto à classificação de áreas são aquelas definidas no
seu projeto de construção original porém, devido à desatualização das regras então
adotadas para a maioria daquelas unidades mais antigas, utilizar doravante a melhor
prática, tomando como referência a Norma PETROBRAS N-2154, ref. Bibliográfica
[17A] complementada com requisitos aplicáveis da API RP 505-B [9D] e também da IEC
61892-7 [11G] – vide item 1.4 – Atualização de Plano de Áreas Classificadas.
Regras aplicáveis:
- IMO MODU CODE (79 ou 89) [3], vigente na época de sua contratação/construção ou
grande conversão - capítulo 6 (“Machinery and Electrical Installations in Hazardous
Areas for all Types of Units)
- Livro de Regras da Sociedade Classificadora, (itens específicos para unidades móveis
marítimas offshore - MOU, MODU, vigente na época de sua construção). Por sua vez
estas regras chamam ou se referem a requisitos específicos indicados nas regras para
construção de navios de aço, SOLAS, etc.
A DNV e LR, além da API RP 505, também admitem a IP-Code, Part 15 [13].
Nota 4: Os requerimentos constantes no IMO MODU Code e também nos livros de regras das
Sociedades Classificadoras estão, em geral, harmonizados com as prescrições da IEC,
série IEC-60079, quanto à classificação de área e à utilização de equipamentos elétricos
e sua instalação, nestas áreas; vide Apêndice B para maiores explicações quanto a estas
regras
Nota 5: Embora a regra IMO MODU-Code, tenha sido criada originalmente para Unidades Móveis
de Perfuração (Mobile Offshore Drilling Unit), os requisitos aplicáveis valem também as
para unidades flutuantes de produção tipo semi-submersíveis, FPSO ou FSO, derivados
de navios petroleiros (vide Apêndice B).
c) Componentes nacionais:
Critério de aceitação da Sociedade Classificadora, que normalmente aceita o
Certificado de Conformidade, emitido segundo a Portaria 176/2000.
Nota 7 (**) - Por Unidade marítima importada, entende-se também aquelas unidades de nossa
frota, com bandeira estrangeira e as unidades estrangeiras operadas pela
PETROBRAS, em regime de ADMISSÃO TEMPORÁRIA.
A IEC vem emitindo as normas da série 61892, na tentativa de uniformização das regras
aplicáveis à indústria do petróleo offshore, a partir da consolidação das regras gerais da
série IEC 60079, 60092, junto com as regras da IMO MODU CODE [3]
Dessa forma, toda e qualquer revisão/atualização destes Planos, em unidade marítima, fixa
ou móvel, deve ser executada seguindo a filosofia de classificação de áreas em Zonas, e
os critérios da IEC 61892-7 [11G].
Os equipamentos e instalações típicas que representam fonte de risco e classificam área, estão
indicados no capítulo 2 – Áreas Classificadas, onde também, está indicada a correspondência
entre as normas NEC e IEC.
Obs.: No caso de unidades sobre jaquetas, os módulos de produção são, de modo geral,
transparentes ao vento, de modo que estes critérios não são aplicáveis de modo generalizado,
na maioria dos compartimentos ou módulos;
Algumas das máquinas comumente existentes à bordo, que não devem ser instaladas em
áreas classificadas, estão indicadas no Cap. 15 – Instalações de Máquinas em Áreas
Classificadas.
http://164.85.208.62/scsse/sl/aplic/publico/
caminho: E&P-SSE > Serv. Compartilhado > Sondagem e Logística > Programação e
Controle > Inspetoria Naval
Essas Diretrizes são revisadas e atualizadas periodicamente; a versão atualizada pode ser
acessada, via Intranet, no Portal do E&P-CORP, http://portal.ep.petrobras.com.br/Portal/,
Caminho: Produtos & Serviços > Padronização e Normatização > Principais Produtos >
Diretrizes para Projetos de Instalações de Produção > Marítimas.
Vide também requisitos das Diretrizes [2] quanto à documentação técnica, indicados no
Capítulo 19 – Gerenciamento da Documentação referente à áreas Classificadas:
- Plano de áreas classificadas - conteúdo, conforme Anexo S-002 [2F];
- Lista de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos em Áreas Classificadas – conteúdo
conforme Anexo E-003 [2F];
- Manual de Operação da Unidade, forma e conteúdo, conforme [2G];
Vide também demais requisitos das Diretrizes, quanto à deteção e alarme de falha à terra
em circuitos e desligamento de motores com falha à terra em áreas classificadas Zona 1
[2B].
IEC – série 61892 [11] equipamentos e instalações elétricas em unidades marítimas, fixas
e móveis de perfuração e produção de petróleo.
API RP 505, ref. [9], Prática Recomendada para classificação de áreas em instalações de
petróleo, classificadas segundo critérios de Zona; essa norma é praticamente uma cópia da
RP-500, editada em 1996, harmonizada com a filosofia das normas internacionais IEC.
O texto desta Portaria, ou sua subsequente em vigor (*), pode ser acessado no site do
CEPEL http://www.cepel.br/~ecps/176ex.htm
No site da SMS poderão ser consultados, por OCC nacional, os certificados para diversas
classes de equipamentos: http://www.sms.petrobras.com.br (Caminho: SMS > Segurança
> Atmosferas Explosivas > Equipamentos Ex Certificados).
1.5.8- INFORM-Ex:
Informativo do Programa Atmosfera Explosiva, inclusive edições anteriores, também pode
ser acessado através do site da SMS, acima, no mesmo caminho acima: (SMS >
Informativos > Inform- Ex). Para receber futuras edições por mala direta, via correio
eletrônico, cadastrar-se enviando nota para a chave EU45 no Lotus Notes.
SONDA de UNIDADE de
“AUTORIDADE COM PERFURAÇÃO ou PRODUÇÃO
JURISDIÇÃO” COMPLETAÇÃO
JACK- SEMI- Sonda SEMI- FIXA FPSO
sobre os Equipamentos e Instalações em UP SUB Modula- SUB Jaque FSO
Atmosferas Explosivas da Unidade da/SPM -ta
Classif. Classif. Gerente Classif. Gerente Classif.
è da Em - da Em - Da da Em - Da
Unidade
Embar-
barcação barcação Unidade barcação cação
Tabela 1.1- Autoridade c/ Jurisdição sobre equip. e instalações “Ex” das unidades segundo regras
aplicáveis
*1 – Estas regras, por sua vez , chamam ou se referem a outras Regras consagradas tais como IEC-60079
[11], API-14F[9B], NFPA St 37[7C], St-78 [7B], etc.
*4 - Sondas Moduladas, SPM e Jaquetas não são classificadas por não se tratar de Embarcação
Capítulo 2
Áreas Classificadas Típicas
2.1. Definições
Assim, Áreas Classificadas são todos aqueles espaços ou regiões tridimensionais onde
pode ocorrer presença de gases e líquidos inflamáveis, que podem formar uma atmosfera
inflamável (explosiva).
“Fonte de Risco”: Para o propósito de classificação de área uma fonte de risco [17A] é
definida como um ponto ou local no qual uma substância pode ser liberada para formar
uma atmosfera inflamável/explosiva. A fonte de risco é classificada conforme se segue:
Fonte de risco de
Zona 0:
ZONA 2 grau contínuo
raio 3m
(1,5m além ZONA 0
da zona 1)
Fonte de risco de
grau secundário Zona 1:
ZONA 2
Zona 2:
O conceito de classificação em Zonas é adotado, também, pelo IMO MODU Code e pelas
Sociedades Classificadoras ABS, BV e DNV.
Na tabela abaixo, pode-se notar que a ZONA 2 (IEC) corresponde à DIVISÃO 2 (NEC-500), e
que a DIVISÃO 1 (NEC) corresponde às ZONAS 1 e 0. Assim, um equipamento projetado
para a ZONA 1 não pode ser aplicado diretamente na DIVISÃO 1 considerada Zona 0.
Na tabela abaixo, pode-se notar que a ZONA 2 (IEC) corresponde à DIVISÃO 2 (NEC-500), e
que a DIVISÃO 1 (NEC) corresponde às ZONAS 1 e 0. Assim, um equipamento projetado
para a ZONA 1 não pode ser aplicado diretamente na DIVISÃO 1, sem que seja feita uma
melhor avaliação do grau de risco da área.
A tabela mostra, também, que o artigo 505 da NEC, editado em 1996, adota a mesma
classificação de área que é utilizada pelas normas européias /internacionais (IEC).
NOTAS:
Nota: Vide item 19.1– Plano de Áreas Classificadas, no Cap. 19, quanto às informações que o
Plano deve conter, bem como os Documentos Complementares que contém informações
importantes para o desenvolvimento do projeto de Classificação de Áreas da unidade.
Esse mapeamento resulta no Plano conforme exemplificado nas figuras 19.4 (Vista do
convés principal) e complementado pela vista em perfil na figura 19.3, para o caso da
plataforma PETROBRAS-V. Uma visualização tri-dimensional dessas áreas classificadas,
para a mesma plataforma, está mostrada na figura 19.5.
2.3.4. Eventos catastróficos como por exemplo, vazamento descontrolado de gás por
blowout ou ruptura de vaso ou tubulação de alta pressão contendo hidrocarbonetos, não
devem ser considerados na execução do Plano de Áreas Classificadas, uma vez que
levariam a uma classificação bem mais rigorosa e ampla, sendo escopo de estudo
denominado de Análise de Riscos.
Para estes “eventos catastróficos” são previstos meios de deteção de gás, desligamento
manual e/ou automático, seletivo e seqüencial de fo ntes de ignição, parada de ventilação,
fechamento de poços, etc. conforme configuração dos Sistemas de Parada de Emergência
(ESD). Vide Cap. 18.
Exceto por razões operacionais, não devem existir portas de acesso ou outras aberturas
entre um compartimento cons iderado área não-classificada e uma área classificada ou entre
um compartimento classificado como Zona 2 e outro classificado como Zona 1;
Qualquer sala, mesmo sem fonte de risco, será considerada área classificada com o mesmo
grau de risco (zona) ou com grau de risco maior (se não houver ventilação), se houver
qualquer abertura ou porta que comunique com alguma área classificada adjacente, a
menos que haja ventilação forçada, pressurizando tal sala para impedir o ingresso de
eventual gás.
Vide item 5.3 – Aberturas, acessos e condições de ventilação que afetam a extensão das Áreas
Classificadas, do Capítulo 5.
a1. Plataforma de trabalho (convés de perfuração; “drill floor”), raio gerado a partir da
Mesa Rotativa; (vide Zona 2 complementar conforme ítem 2.4.1.2 a1 ou a2)
a2. Cabine do Sondador, Escritório do Sondador, Sala de Painéis e qualquer outro
compartimento confinado no drill floor, quando não isolado/pressurizado para
purga.
a3. Área semi-confinada na subestrutura da torre {região abaixo do piso do drill- floor e
da mesa rotativa onde possa acumular bolsões devido à presença de fontes de risco
como calha de retorno de lama aberta, preventor de erupção (BOP) em jack-up´s,
a boca de sino (“bell niple”); junta telescópica para semi-submersível}
a4.Qualquer área confinada no drill- floor que tenha passagem ou abertura de
comunicação com a subestrutura indicada no item a3 acima
a5. Calha aberta de retorno de lama de perfuração
f) Outros:
a1. Área além da zona 1 em torno da mesa rotativa, estendido até os limites das
anteparas quebra-vento e cobertura do guincho de perfuração, até a altura da
antepara quebra-vento + 1,5m, para convés de perfuração (drill- floor) semi-
confinado.
a2. Áreas em torno da mesa rotativa, até o contorno da torre de perfuração, com altura
de 3m, para convés de perfuração (drill floor) aberto, sem quebra-vento;
a3. Áreas 1,5 m além das áreas Zona 1 especificadas acima;
a4. Antecâmara (“air-lock”) formando barreira com duas portas, entre uma Zona 1 e
área não-classificada;
a5. Área em torno do “Choke e Kill Manifold”;
a6. Área em torno do funil de descarte de cascalhos de lama
a7. Espaços em torno de fontes de risco secundária como flanges, conexões, válvulas,
contendo hidrocarbonetos ou lama de retorno, etc.
a8. Qualquer área confinada ou semi-confinada, adequadamente ventilada, que
contenha fontes de risco de grau secundário.
a9. Qualquer área confinada ou semi-confinada, adequadamente ventilada, com acesso
direto a qualquer Zona 1.
a10. Áreas externas num raio de 1,5 m além da fronteira de qualquer saída de
ventilação ou acesso a espaço Zona 2, como por exemplo:
- Portas, janelas, escotilhas
g) Outros:
d1. Qualquer área confinada ou semi- confinada, sem ventilação, com acesso direto
a qualquer área classificada como Zona 2; *
d2. Qualquer área confinada ou semi-confinada, com ventilação adequada,
contendo fonte de risco de grau primário; *
2.4.3.4 Para unidades com Sonda Modulada (SM) ou Sonda de Completação (SPM)
Estes tipos de unidade têm requisitos adicionais, conforme regras das classificadoras,
superpondo/unindo as áreas classificadas típicas, como abaixo:
(c) área no convés livre sobre e adjacentes ao teto dos tanques de carga *
(*) Notas:
- O espaço sobre o convés principal do navio, na região acima dos tanques de carga de
petróleo é classificado como Zona 2 em toda a sua largura e 3m além da sua extensão no
comprimento sobre os tanques de carga, até uma altura de 3m, conforme API RP-505 –
vide figura adiante (a norma IEC 60092-500 é aplicável apenas para navio petroleiro,
especificando uma altura de 2,4m para Zona 2)
- Nessa situação, com ventilação natural dificultada pelo confinamento por obstáculos e
possível formação de bolsões nas cavernas entre perfis estruturais, abaixo desse piso do
módulo de produção/utilidades, toda essa região deve ser classificada como Zona 1.
- Para a planta de processamento são válidas as áreas descritas nos itens 2.4.2.1 a 2.4.2.3,
acima.
Zona 2, em convés de navio petroleiro – detalhe do cilindro com raio de classificação 6m Zona 1 +
4m Zona 2, que classifica área em torno de respiro de tanque de carga
Nota: Estas figuras da norma IEC-60092-502 são aqui mostradas para facilidade de consulta.
Vide o texto integral dessa norma, que está disponível para acesso on-line
na página NTE-NET, ENGENHARIA/SL/DTL : http://164.85.47.150
26
Classificação de áreas típica em FPSO , errata da figura 90 – API RP-505,
Nota: Esta figura da norma API RP-505 é aqui mostrada para facilidade de consulta.
Vide o texto integral dessa norma, que está disponível para acesso on-line
na página NTE-NET, ENGENHARIA/SL/DTL : http://164.85.47.150
27
E&P-CORP / ENGP / IPSA
Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas
Capítulo 3
Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas
Neste capítulo é apresentada uma Tabela prática para seleção de equipamentos “Ex”.
São indicados quais os tipos de proteção “Ex” permitidos nas Zonas 0, 1, 2 e
apresentado um resumo dos métodos de instalação.
Classe I G
SALA DE BATERIAS Grupo B Grupo IIC Grupo IIC
(Hidrogênio) Temp. T1 Temp. T1 (450°C) Temp. T1
Classe I G
ACETILENO Grupo A Grupo IIC Grupo IIC
Temp. T2 Temp T2 (300°C) Temp T2
Classe I G
PAIOL DE TINTAS Grupo C Grupo IIB Grupo IIB
Temp. T3 Temp T3 (200°C) Temp T3
0 Div. 1 IS ia Zona 0, IS ia, 1, ia ***
ZONA
**
1 Div. 1 Zona 1 2
2 Div. 2 Zona 2 3
x - O Grupo IIA não é adequado para atmosferas com Hidrogênio, Acetileno, e nem para
vapores emanados de paiol de tintas.
(*) Várias Plataformas de Perfuração foram aprovadas com equipamentos da classe de temperatura
T2 (300ºC), segundo o critério então vigente na época de construção destas Unidades.
(**) IS - Intrinsecamente seguro
(***) Alguns equipamentos de origem européia, de fabricação mais recente, já têm vindo com
designação de acordo com a Diretiva ATEX 100a (94/9/EC) [27A], que entrará em vigor a partir de
jun/2003. Além de não fazer menção ao termo “zona” que não é indicado explicitamente, o
usuário deve verificar a Categoria do equipamento (cujo número não corresponde ao número da
Zona) identificando marcação conforme tabela abaixo que, vem seguida da letra “G”, designativa
de grupo de Gases e Vapores (Vide mais informações no item A.4 - Exemplo de Marcação de
equipamentos “Ex” de origem européia, do Apêndice A):
NOTAS:
a) Equipamento certificado para o Grupo B (NEC 500) atende* Grupos C e D.
c) Equipamento certificado para o Grupo IIC (IEC/ABNT) atende* Grupo IIB e IIA.
f) Embora o gás sulfídrico (H2 S, temp. ignição 260 o C) esteja classificado no grupo “C”
da NEC 500 (“equivalente” ao grupo IIB da IEC), a concentração da mistura explosiva
é muito acima da concentração letal para o homem, portanto, é enfocada a toxidez e
não, a explosividade; “Em misturas de H2 S e gás natural, é recomendado que a mistura
seja considerada Grupo D se o volume de H2 S constitui menos de 25% da mistura”
[9D].
i) As divisões “1” da NEC têm correspondência com as Zonas “0” e “1”; a divisão “2”
NEC corresponde à zona “2”, da IEC.
k) NEC 505: A partir de 1996 a NEC adotou a filosofia de zonas, harmonizando com a
norma IEC, coexistindo em paralelo com a NEC 500.
Em Áreas Classificadas devem ser tomadas precauções para prevenir a ignição de vapores
inflamáveis eventualmente presentes.
Fontes de ignição de origem não elétrica incluem, porém não limitadas somente a:
* Nota: Vide informações sobre formação de bissulfeto de ferro pirofórico, em tanques de carga e
dutos, no cap. 23 do ISGOTT [10];
Especial atenção deve ser dada aos mancais de bombas de óleo e motores elétricos de
acionamento dessas bombas e outros equipamentos que manuseiem produtos inflamáveis,
cujos skids normalmente ficam dentro de braçolas de contenção, para coleta de drenagem,
que ficam com resíduos de petróleo.
Motores do tipo segurança aumentada devem ter relé de proteção contra sobrecargas, rotor
bloqueado, de modo a desliga- lo, antes que atinja temperatura superficial que possa causar
ignição de atmosfera explosiva (abaixo do tempo tE especificado para a categoria T3, 200
o
C). Vide item 13.8 Motores Elétricos, no Cap. 13 Inspeção e Manutenção de Equipamentos
Observação:
Para as unidades de produção marítimas, as Diretrizes para Projetos [2A] estabelecem
requisitos para equipamentos elétricos que necessitam operar durante uma parada de
emergência, assim como para os sistemas de iluminação essencial e de emergência. Vide
item 2.3 – Classificação de Áreas, no Capítulo 2.
Uma vez mapeada a classificação de áreas da unidade, a mesma deve ser usada como base
para a seleção adequada de equipamentos.
Nota: Para alguns tipos de proteção como, por exemplo, pressurizado (Ex-p), segurança
aumentada (Ex-e), somente a classificação de área e a temperatura de ignição é
requerida, pois o tipo de proteção independe do grupo de gases/vapores.
Certificado de Conformidade:
Equipamentos elétricos e eletrônicos e respectivos acessórios de instalação, devem ser
adequados para a atmosfera explosiva correspondente, atestado através de Certificado de
Conformidade, emitido por Organismo de Certificação Credenciada (OCC) independente.
Nota: Para verificar lista de equipamentos certificados no SBC, vide sites para consulta on-line no
item 1.56, Capítulo 1.
SÍMBOLO NORMAS
TIPO DE PROTEÇÃO IEC/ABNT DEFINIÇÃO IEC/ (ABNT)
Dentre os diversos tipos de proteção existentes, os únicos que dependem do Grupo de Gás
são o “Ex-d” e o “Ex-i”. Portanto, quando se especificar qualquer um destes tipos de
proteção, deve-se citar, também, o Grupo de Gás para o qual eles devem atender e a classe
de temperatura.
ATENÇÃO!
Observações:
- O BV admite, também, o tipo de proteção “Ex-ib”
- Em geral, circuitos/fiação para circuitos IS (“Ex-ia”) que transitam em bandejamentos com
cabos de potência, devem ter armadura ou trança metálica.
- Cabos de circuitos intrinsecamente seguros não devem ser misturados dentro de um cabo
múltiplo que também atenda a outros circuitos não intrinsecamente seguros (NIS), exceto, se
blindados separadamente.
- Os terminais e cabos IS devem ser identificados na cor azul.
- Os terminais e cabos IS devem ser fisicamente separados dos demais terminais NIS por placa
isolante ou uma distância maior que 50 mm.
- Cabos de circuitos intrinsecamente seguros devem ser aterrados em um único ponto (vide
cap.4).
Nota: Para motores de segurança aumentada deve ser especificada uma proteção
adequada contra sobrecorrente para evitar sobreelevação de temperatura
decorrente de sobrecarga ou curto-circuito, rotor bloqueado, ou defeitos nos mancais.
O relé de proteção deve desligar o motor com tempo inferior ao tempo tE especificado,
correspondente ao tempo necessário para o motor atingir a temperatura de ignição do
grupo de gases correspondente ao local da instalação, com o rotor travado, partindo da
temperatura de operação com potência nominal.
Recomenda-se o emprego de motores elétricos com proteção “Ex”, no mínimo do tipo não
acendível, Ex-n; e tipo de segurança aumentada, Certificado como “Ex-e”, com proteção
adequada contra sobrecorrente.
Ø cabo armado com blindagem ou armadura metálica, deverá ter armadura aterrada nas
duas extremidades
Ø cabos não devem ter emenda; se inevitável, utilizar emenda dentro de caixa de junção
de tipo aprovado para a área. A existência de tais caixas em cabos de potência deverá
ser documentada em diagramas.
Ø penetração de cabos, em sistemas com eletrodutos, deve utilizar unidade seladora com
massa de vedação.
Ø Cabos singelos sem capa de proteção, não armados, somente são admitidos em
sistemas com eletrodutos.
Ø Cabos com armadura metálica passando por área Zona 1, devem ter as duas
extremidades aterradas
Ø Cabos de força DC alimentados por SCR´s que possuam armadura metálica, esta deve
ser de material não magnético (bronze, cobre), aterrada.
Ø Cabos flexíveis, em geral não são admitidos em zona 1, exceto sob considerações
especiais/aprovação da Classificadora.
Neste sistema o cabo elétrico é instalado dentro de eletrodutos que são roscados
diretamente nos furos dos invólucros à prova de explosão, conferindo eficiente proteção ao
cabo contra danos físicos.
Os eletrodutos devem ser metálicos, com construção rígida e com resis tência suficiente
para suportar a pressão de eventual explosão interna; para instalação em zona 1.
Acessórios e conexões nos eletrodutos, como por exemplo, conduletes, união, nipple,
luva, joelho, etc., devem ser do tipo aprovado para zona 1; acessórios instalados entre a
unidade seladora e o invólucro deve ser do mesmo diâmetro do eletroduto; em zona 2, tais
acessórios montados em invólucros que não contenham elemento centelhante são
dispensados de ser do tipo à prova de explosão.
Um mínimo de cinco fios de rosca deve garantir a conexão entre o eletroduto e invólucro e
entre o eletroduto e conexões (cinco fios em ambas as partes, macho e fêmea) as
conexões devem ser encaixadas firmemente em toda a rosca. As roscas devem ser do tipo
cônicas NPT.
Após a instalação dos cabos no eletrodutos, as unidades seladoras devem ser preenchidas
com massa seladora; o material selador é uma mistura de compostos que, aplicado de
forma líquida, endurece após a cura e sela o eletroduto de modo permanente - deve ser de
um tipo aprovado;
A espessura da massa seladora deve ser igual ao diâmetro interno do eletroduto, mas nunca
inferior a 16mm.
- NFPA 70 [7E], também conhecido como NEC (National Electric Code) ou código de
instalações elétricas dos EUA; dividida em vários Artigos;
• Artigo 500 – Equipamentos e Instalação de fiação/cabeação em áreas classificadas
segundo o conceito de Classe, Divisão.
• Artigo 501 – Equipamentos e instalações em áreas classificadas Classe I (Gases e
Vapores)
• Artigo 504 - Instalação de equipamentos e fiação do tipo Segurança Intrínseca
• Artigo 505 – Equipamentos e Instalação de fiação/cabeação em áreas classificadas,
Classe I (gases e vapores), e divisão por Zonas.
“Podemos dizer que o Sistema com eletrodutos metálicos, unidades seladoras e invólucros à
prova de explosão apresenta a desvantagem de que o nível de segurança é muito
dependente da qualidade de quem faz a montagem da instalação industrial, pois aumenta a
probabilidade de existência de não conformidades, como por exemplo, critérios
inadequados de aplicação de unidades seladoras, unidades seladoras sem massa,
invólucros com falta de parafusos, etc.” [1]
Conduite roscado
Plugue
Massa de
selagem
Nipl e ou conduite
(a) Corte de uma Unidade Seladora sem dreno. (b) Foto e corte de uma Unidade Seladora com dreno.
Reproduzido de [15] Reproduzido de [14A]
Fig. 3.1- Unidade Seladora para cabos em eletrodutos - As unidades seladoras são utilizadas nos sistemas de
cabo e eletroduto para minimizar a passagem de gases e vapores e evitar a propagação de chama de
uma parte da instalação elétrica para outra através do eletroduto..
As instalações elétricas em Áreas Classificadas podem ser executadas com cabos, sem uso
dos eletrodutos.
NOTA:
No sistema com cabos sem eletrodutos, a penetração e fixação de cabo armado, com ou
sem trança metálica, a invólucros à prova de explosão (Ex-d) deve ser efetuada através de
prensa-cabos também do tipo “Ex-d”. A figura abaixo ilustra a chegada de cabo armado
com armadura metálica à caixa metálica “Ex-d”, mostrando a interligação entre a trança
metálica do cabo e o invólucro, através do prensa-cabo. Vide fig. abaixo.
Capa externa
Fita de aço ou
armadura trançada
Cone de trava
da armadura
Invólucro do
equipamento
A trança ou armadura metálica do cabo é
aterrada à carcaça do equipamento através do Capa interna
cone de trava do prensa-cabo. do cabo
Fig. 3.2- Fixação de cabo armado, com armadura metálica em caixa metálica à prova de explosão
(“Ex-d”), através de prensa-cabo “Ex-d”. Reproduzido de [15]
Na representação à esquerda (a) da figura acima observa-se o sistema com cabo (com ou
sem armadura metálica de proteção), entrada indireta. Neste caso o cabo elétrico é fixado
a um invólucro plástico do tipo segurança aumentada (“Ex-e”) por meio de prensa-cabo
plástico, também do tipo “Ex-e”; nestes casos, a selagem da passagem de cabos entre as
caixas Ex-e e Ex-d é feita através de bucha de passagem ou, selagem de fábrica através de
massa epoxi ou equivalente.
Nota-se, também, que a caixa plástica é dotada de borneira específica (identificada pelas
cores verde e amarela), que permite a instalação de cabo terra, para continuidade do
aterramento em elementos plásticos. No caso de cabo com armadura (trança) metálica,
esta borneira é o ponto onde a trança do cabo deverá ser ligada.
Capa externa
trava
Fig. 3.4- Fixação de cabo armado, sem armadura metálica, em invólucro plástico do tipo
segurança aumentada (“Ex-e”), através de prensa-cabo plástico segurança aumentada
“Ex-e”. Reproduzido de [15]
Capítulo 4
Aterramento em Áreas Classificadas
Tais falhas podem gerar centelhas elétricas que podem constituir-se em fonte de ignição
na presença de gases e também, risco de choque elétrico para as pessoas em contato com
a carcaça dos equipamentos.
ADVERTÊNCIA!
Funções do Aterramento:
• aterramento deve limitar a tensão (“voltagem”) que pode estar presente entre a carcaça
metálica de um equipamento com falha de isolamento e a estrutura da plataforma. A
corrente deve ser drenada pelo cabo de aterramento ao invés de circular pelo corpo de
uma pessoa que possa estar em contacto com o equipamento.
Terra – para efeito geral, é a massa metálica da estrutura ou casco da unidade marítima.
A estrutura contínua de módulos que são montados e soldados, tendo uma conexão
permanente à estrutura principal, jaqueta, é considerada “terra”. Módulos de perfuração
e outras partes que não sejam soldadas à estrutura metálica principal devem ser providas de
ligação ao anel de aterramento, para torná- los equipotencial à terra.
Condutor de Aterramento - Elemento que liga qualquer parte da instalação a ser aterrada
a um anel de aterramento ou à terra.
Nota: Terra para efeito de descargas atmosféricas, refere-se ao mar, para onde escoa
qualquer raio que atinja a estrutura metálica, que mantém contato com a água salgada.
Deve-se garantir uma conexão elétrica efetiva e permanente para evitar o aparecimento de
arcos ou centelhas causados por um aterramento não eficaz, quando da ocorrência de
correntes de defeito.
NOTA:
Notas:
Para instalações existentes, o cabo de aterramento pode ser dispensado se houver contato
metálico adequado entre a carcaça do equipamento elétrico e a estrutura do casco, seja através
de solda, fixação por parafuso ou rebite, com raspagem da pintura, ou com uso de arruela dentada
para garantir proteção adequada em caso de curto-circuito, exceto nos sistemas com neutro
solidamente aterrado e nas Unidades do tipo FPSO e FSO.
Métodos de aterramento:
(a) Método de aterramento por contato metálico - utilizado, por exemplo, em motores,
transformadores e painéis elétricos montados diretamente em jazentes no piso ou em
anteparas de aço, como ilustrado na figura abaixo:
Fig. 4.2 (a) A utilização de arruela dentada torna mais efetivo o contato físico, obtido quando o
equipamento é aparafusado diretamente na estrutura.
Fig. 4.2 (b) – Aterramento de motores, painéis e transformadores, por contacto metálico
Um anel de aterramento visível, com cabo de cobre, isolado em PVC verde, e protegida
contra danos mecânicos, interligando todas as principais estruturas metálicas, deverá ser
instalado em plataformas que tenham sistemas solidamente aterrados, ou aterrados através
de baixa resistência, conforme Norma PETROBRAS N-2222 [17D]. Recomendado
também para skids com equipamentos elétricos, instalados sobre tanques de carga em
FPSO ou FSO
Para unidades fixas moduladas (plataformas fixas de jaqueta) deve ser previsto um
anel de aterramento para cada módulo. Todos os anéis de aterramento de módulos
adjacentes devem ser interligados entre si em pelo menos dois pontos a partir das barras de
terra integrantes do anel de aterramento de cada módulo. O anel de aterramento de cada
módulo deve ser conectado à barra de aterramento da estrutura metálica principal (jaqueta)
em pelo menos dois pontos.
Deve ser adotado cabo de cobre com seção nominal de 95 mm2 nas seguintes situações:
Para unidades do tipo FPSO e FSO deve ser previsto um anel de aterramento para todo o
convés de produção, salas de painéis e CCM’s elétricos, sala de bombas de exportação de
óleo, praça de máquinas e “turret”. O anel de aterramento interno do “turret” deverá ser
conectado à estrutura metálica do “turret” e ao anel de aterramento principal no convés de
produção através de anel coletor com escovas (“slip-ring”) montado na junta rotativa
(“swivel”) dedicado para aterramento. Deve ser adotado cabo com seção nominal de 95
mm2 nas seguintes situações:
Todos os skids de processo formando uma unidade pacote (hood) devem ter anel de
aterramento interno individual, conectado ao anel de aterramento principal.
Notas:
“Cabos em Áreas Classificadas devem ser do tipo armado. Onde estes cabos passam
através das fronteiras de tais locais, eles devem ser instalados com dispositivos do tipo
estanque a gás. Nenhuma emenda é permitida em Área Classificada, exceto para circuitos
intrinsecamente seguros.” [4B] item 4/5B7.1.3
Capa externa
Fita de aço ou
armadura trançada
Cone de trava
da armadura
Fig. 4.7 – Aterramento de armadura metálica de cabo armado, em caixa metálica à prova de
explosão (“Ex-d”), através de prensa-cabo “Ex-d”, com anéis de trava/aterramento.
Reproduzido de [15]
Com o uso cada vez mais frequente de invólucros e caixas plásticas, com proteção do tipo
segurança aumentada, “Ex-e”, utilizando prensa-cabos em plástico, o aterramento da
armadura metálica do cabo passa a ser feito pelo método indireto, dentro da caixa que
tenha terminal de aterramento interno específico para interligar partes metálicas (vide
figura 3.3, Cap. 3), ou, caso não haja tal terminal, com presilha/braçadeira ou terminal de
aterramento externo, conforme figura abaixo.
Ferramentas Manuais Portáteis devem ser efetivamente aterrados através dos cabos de
alimentação (vide cap. 8).
Nas primeiras plataformas flutuantes adotou-se de modo geral o sistema com neutro
isolado de terra, sistema isolado, partindo das mesmas regras então adotadas pelo SOLAS
para navios tankers, conforme acima e também pelas Classificadoras.
Sistema com neutro aterrado por alta resistência vem sendo adotado mais
recentemente, com correntes de defeito à terra de até 5 Amperes em baixa tensão, e de
até 10 a 20 Amperes, em média tensão, tipicamente.
Ocorre que, quando surge este primeiro defeito, as outras duas fases sadias tem a sua
tensão fase-terra aumentada (multiplicada por √3 = 1,73), porque o neutro “virtual” do
sistema desloca-se para a outra fase defeituosa. Assim, as outras duas fases tem maior
suscetibilidade de sofrer um outro curto-circuito para a terra, com sobretensões maiores
se a falha for intermitente interagindo com as capacitâncias distribuídas no sistema. A
falha de uma segunda fase para a terra, fecha um curto-circuito bi- fásico.
O sistema pode suportar um primeiro defeito, durante horas, dias, semanas... porém o
isolamento de cabos e enrolamentos de máquinas sofre um stress maior durante esse
período, podendo encurtar sua vida útil, além daquela maior chance de curto-circuito bi-
fásico, daí a necessidade de se localizar e eliminar o defeito rapidamente – vide item 4.2.1.
Potencial de ignição: essas correntes de defeito em sistemas isolados por alta resistência,
ou correntes de carga capacitiva em sistemas isolados, ainda que de baixo valor, são
suficientes para provocar centelhas com potencial de ignição em atmosferas explosivas,
especialmente se houver falha à terra intermitente.
Nota de orientação:
Visando priorizar a continuidade operacional da instalação, sem o desligamento automático de
cargas que pode provocar “shut-down” em cascata, as cargas em Baixa Tensão nos sistemas
isolados de terra ou aterrados por alta resistência, não devem permanecer operando por longo
período (algumas horas) quando da ocorrência do primeiro defeito de falta à terra. Os
sistemas de Baixa tensão devem ter monitoração contínua de falta à terra para identificação e
rápida eliminação manual do primeiro defeito e portanto, devem ser operados sob supervisão
regular de pessoal qualificado; 2.15.2.1 [2B].
Com correntes de defeito dessa magnitude, o risco de centelhamento por mau contato no
ponto de aterramento é bastante reduzido, porém não eliminado, daí a importância de
realizar um bom aterramento, em áreas classificadas.
A proteção de falta à terra deve desligar os motores alimentados por CCM e os alimentadores
do CDC normal para motores instalados em áreas classificadas zona 1 (Baixa Tenxão)
A proteção de falta à terra deve alarmar na ECOS, com registro de eventos (vide Nota 4 do
item 2.5 – Telas da ECOS). “ Notas da Tabela 7 [2B].
Na publicação IEC 60079-11 [11E], a energia para ignição de uma mistura de Classe IIA,
pode ocorrer com centelha obtida a partir de uma corrente tão baixa quanto 0,8 Amperes,
com tensão de 24 VCC, em um circuito com resistor, pág. 117 ou corrente de descarga
capacitiva de capacitor de 0,25 µF (micro-Farad) com tensão aplicada de 100 Volts DC,
3.2 O requisito do parágrafo 3.1 não impede, sob condições aprovadas pela
Classificadora, o uso de sistema limitado e aterrado localmente:
a) nos sistemas de proteção catódica por corrente impressa;
Para navios construídos após 1.out.94, o requisito do parágrafo 3.1 não impede o uso de
sistema limitado e aterrado localmente, desde que qualquer corrente resultante não
percorra diretamente em qualquer espaço perigoso (área classificada).
Qualquer defeito fase-terra deve ser rapidamente investigado e eliminado, para evitar sua
evolução para um curto-circuito bi- fásico, com altíssimas correntes, que pode ocorrer em
qualquer circuito, podendo abrir arcos em qualquer local da plataforma.
Em geral dispositivos detetores de falta à terra devem ser instalados em todos os quadros
de distribuição geral (600/480/220/110 Volts AC), normalmente exigidos pelas
Classificadoras:
“Um sistema de detecção de falta para terra no quadro elétrico deve ser fornecido para
cada sistema de distribuição e de potência elétrica que seja isolado da fonte principal de
potência, por meio de transformadores ou outros dispositivos.
Para sistemas aterrados por alta impedância alarmes visual e sonoro devem ser
fornecidos em locais normalmente guarnecidos.” [4A ], item 22.11.4.
Em circuitos de baixa tensão, trifásicos, o detetor mais comum tem três lâmpadas que,
em condições normais apresentam brilho igual e, quando de algum defeito de uma fase
para terra, a lâmpada correspondente a essa fase defeituosa é apagada ou tem um brilho
muito menor que as outras duas. Um botão de teste manual para desconectar o “terra”
permite comparar brilhos, com a situação normal; o operador precisa monitorar pois não
existe alarme para este tipo.
Outro dispositivo comum é um relé detetor de terra que monitora a tensão no resistor de
aterramento, que tem tensão elevada quando circula corrente de defeito de uma fase à terra.
Obs.: Em média tensão, são previstos relés de proteção que atuam desligando e isolando o
circuito defeituoso rapidamente (vide item 4.2.2.3).
Para ambos os sistemas (neutro isolado ou aterrado por alta resistência) não deve
haver desligamento das cargas conectadas, exceto para os motores instalados em áreas
classificadas, zona 1, alimentados diretamente a partir de CDC´s normal ou CCM
normal de BT, que devem ter desligamento seletivo automático quando de falta à terra.
Nos demais casos, deve ser garantida uma rápida e eficiente detecção e alarme, o mais
discriminativo possível quanto ao alimentador/CCM defeituoso com sinalização de
faltas à terra (vide Nota abaixo).
Em sistemas de grande porte com múltiplas saídas qualquer defeito à terra deve ser
alarmado e sinalizado na ECOS, com registro de eventos para permitir a rápida
localização e desligamento manual do circuito defeituoso (Vide nota abaixo).
Os painéis abaixo devem ter ala rme de falta à terra na ECOS (o alarme deve ser
resumido, identificando qual CCM ou Quadro defeituoso), sinalização local com
lâmpada piloto e um conjunto de lâmpadas de teste com botão de verificação. Deve
ser instalado um sistema de pesquisa de defeito, que não obrigue o desligamento das
saídas para identificação do alimentador defeituoso.
Sistema de detecção com injeção de corrente pulsante ou arranjo similar, para
possibilitar detecção através de alicate-amperímetro portátil específico.
O arranjo na saída dos cabos (interno ou externo) deve permitir fácil acesso,
identificação e folga entre os mesmos para “clampar” ou “abraçar” os cabos com o
amperímetro alicate específico.
A sinalização de defeito e lâmpadas de teste com botã o de verificação deve ser instalada
em cada semi-barra, quando da existência de disjuntor “tie”.
Para ambos os sistemas, neutro isolado ou aterrado por alta resistência, deve
ser garantido um desligamento seletivo instantâneo no caso de qualquer falha à
terra, bem como um eficiente sistema de localização e sinalização do circuito
com defeito.”
Item 2.15.1 [2B].
“A tensão de saída AC das UPS e Retificadores (positivo e negativo) deve ser isolada da terra,
com sistema de detecção e alarme de falta à terra, em cada semi-barra, que deve ser sinalizada
na ECOS; Deve haver meios e facilidades que permitam detecção manual (vide item 2.15.2.1)
para rápido isolamento do defeito.” Item 2.13 [2B].
O circuito defeituoso deve ser identificado e rapidamente eliminado o defeito, para evitar o
progresso para curto-circuito direto entre os dois pólos.
Exceções:
Sistemas de partida (motor de arranque) de motores diesel, também não devem ser
aterrados; porém, alguns fabricantes adotam conjuntos de partida com o polo negativo
acoplados mecanicamente à carcaça metálica do motor de arranque; aterramento localizado
que é aceitável segundo as Classificadoras.
Sistema de Telecom (rádio enlace, multiplex, central telefônica, etc.), com aterramento do
pólo positivo do retificador/bateria e sensor de fuga à terra no pólo negativo.
- Não devem ser utilizados trenas ou cabos de material sintético.” [10] item 7.2.2
Para maiores detalhes, consultar o ISGOTT [10], capítulos 20 e 7.4.3.
“A mais importante precaução que deve ser tomada para evitar um risco de descarga
eletrostática é manter todos os objetos metálicos interligados; a interligação elimina o
risco de descargas entre objetos de metal, que podem estar muito energizados e, portanto,
ser muito perigosos.”
Condutores para “bonding” são necessários para vasos, tubulações, válvulas e acessórios,
dutos de ventilação/exaustão que não estejam permanentemente conectados à estrutura da
unidade, ou que não tenha continuidade elétrica assegurada em emendas, para efeito de
proteção contra descargas devido à eletricidade estática, conforme figura 4.11.
Estruturas metálicas diversas, vasos, tanques e “skids” de equipamentos não elétricos, não
soldados à estrutura de unidade marítima, devem ser aterrados com cabo de seção nominal
de 25 mm2 , no mínimo; vide Norma N-2222 [17D].
Nota: O ponto de aterramento em vasos deve ser previsto no projeto do fabricante do vaso
ou, se executado no campo, deve ser especificado/aprovado por profissional habilitado
(PH).
Para garant ir a continuidade elétrica um cordão de solda de filete é aceitável; para “skids”
e estruturas o cordão de solda deverá ter um comprimento mínimo de 10 (dez) cm.
Onde as cordoalhas de aterramento forem utilizadas, elas deverão ser claramente visíveis,
protegidas contra danos mecânicos e do tipo que não seja afetada por produtos corrosivos e
pintura, tanto quanto possível.
Fig 4.12 – Solda + parafusos de fixação dos Fig 4.13 – Solda + parafuso “U” ou
Flanges asseguram contato metálico Braçadeira metálica asseguram
Com a estrutura. contato direto com a estrutura.
“Qualquer ignição perigosa devido a uma diferença no potencial elétrico para a terra (no
caso, a estrutura metálica da plataforma) deve ser efetivamente controlada. Isto pode
requerer o uso de correias condutoras, aterramento de equipamento de carga e descarga
de fluido combustível e da mangueira e o aterramento do helicóptero, antes do
abastecimento. Todas as precauções contra ignição devido à descarga de eletricidade
estática devem estar de acordo com o NFPA-77.” [4 A], item 20.17
As máquinas de pintura do tipo “airless” spray devem ser firmemente aterradas, inclusive
suas mangueiras e pistolas, para descarga de estática. (vide cap. 17 ).
“ D-6 Navios com Casco Metálico. Se existir um contato elétrico entre o casco metálico e
o mastro metálico ou outra superestrutura metálica de adequada altura que atenda as
recomendações da Seção D-2, nenhuma outra proteção contra raio é necessária. Barcos
com objetos não aterrados ou não condutores projetados acima do mastro metálico ou
superestrutura devem ter estes objetos aterrados ou protegidos com um condutor de
aterramento, respectivamente, de maneira a protegê-los.”
NOTA:
A Seção D-2 do NFPA 78 dispõe sobre as recomendações para instalação de mastros para
proteção contra descargas atmosféricas
Aterramento complementar por meio de hastes de aterramento nem aumenta nem diminui
a probabilidade de ser golpeado, nem reduz a possibilidade de ignição do conteúdo.
Aterramento adicional é necessário, entretanto, onde não houver aterramento direto.”
As orientações quanto à proteção de estruturas contendo vapores ou gases inflamáveis ou
líquidos que podem liberar vapores inflamáveis estão descritas no item 6.1.2 do NPFA 78
[7B] a saber:
“Certos tipos de estruturas usadas para armazenar líquidos que podem produzir vapores
inflamáveis ou usados para armazenar gases infamáveis estão essencialmente auto
protegidos contra danos de descarga de um raio e não necessitam proteção adicional.
Estruturas metálicas que são eletricamente contínuas, seladas para prevenir o vazamento
de líquidos, vapores ou gases e de adequada espessura para resistir a descarga direta do
raio, de acordo com 6.3.2, estão inerentemente auto protegidas.”
“6-3.2 Chapa de aço. Chapas de aço com espessura menor que 3/8 in. (4.8 mm) pode ser
perfurada por descargas severas e não devem ser consideradas como protegidas contra
descargas diretas de raios.”
Aterramento de Guindastes:
Partes móveis de guindastes, tendo rolamentos cujas superfícies de contato com as partes
fixas sejam do tipo metal para metal serão consideradas aterradas por estarem conectadas
eletricamente uma à outra, através da superfície do rolamento, conforme o artigo 610-61
do NEC [12B]
Blindagem ou trança metálica de proteção de cabos elétricos não devem ficar isolados,
devendo ser aterrados, porquanto poderão ter alto potencial induzida pelo energização do
próprio cabo e também transmissão de radar/radio próximo.
Todas as emendas de cabo com blindagem e/ou armadura metálica, deverão ter assegurada
a continuidade elétrica dessa mesma blindagem e armadura.
Capítulo 5
Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados
5.1 - Definições
NOTA:
Área Confinada :
“Por área confinada , entende-se o espaço tridimensional (sala, prédio) fechado por mais
do que 2/3 (dois terços) da área superficial projetada no plano e de tamanho suficiente
para permitir a entrada de pessoas. Para um prédio típico, isto requer a existência de
mais do que 2/3 (dois terços) de paredes, teto e/ou piso” [17A] .
Ambiente confinado
ou Semi-confinado
Adequadamente N
ventilado?
(1)
Existe Existe
N Fonte de Risco N
de Grau Primário ? Fonte de Risco?
(2) (2)
II
S S
VI Existe
S abertura comunicante
ZONA 1
com Área Classif.
vizinha ?
Existe N
Fonte de Risco de N
Grau Secundário ?
(2)
S Existe N
abertura comunicante VII
com Área Classif .
adjacente ?
Existe S
S
abertura para
Zona 1? ÁREA
NÃO-CLASSIFICADA
N
I
ZONA 2 ZONA 1 A
Continua na
página seguinte
Notas:
(1) – Refira-se ao item 5.6 – Ventilação adequada.
(2) – Refira-se ao item 2.1 – Fonte de Risco, no capítulo 2.
x - Identifica o compartimento na Fig. 5.2, classificado segundo este caminho.
Vem da página
A anterior
O ambiente O ambiente
tem sobrepressão por tem sobrepressão por
N ventilação forçada em ventilação forçada em
N
relação à Área relação à Área
Classificada ? Classificada ?
(3)* (3)*
S S
O ambiente O ambiente
N tem alarme de perda tem alarme de perda N
ZONA 2 ZONA 1
da ventilação? da ventilação ?
22
(5) (5)
S S
A porta é
A porta é
estanque a gás , com
N estanque a gás, com N
fechamento automático, ZONA 2
fechamento automático ?
formando barreira
III de ar?
S S
IV
V
ÁREA ÁREA
NÃO-CLASSIFICADA NÃO-CLASSIFICADA
Desde que mantida com Desde que mantida com
pressão positiva pressã o positiva
Fig. 5.1- Fluxograma para Classificação de Área de ambientes confinados ou semi-confinados (continuação)
Notas:
Obs.: A figura acima, foi repetida em formato maior, no Anexo 1, no final deste capítulo,
com o propósito de obter melhor resolução quando impresso em papel.
Partindo-se da premissa de grupo de gases mais leves que o ar, pela definição de área
confinada em 5.1 (regra dos 2/3), tendo como exemplo uma sala na forma de cubo com 4m:
- se o piso não for totalmente vazado por grades para o mar, mesmo que vazado em
grande parte de sua área, não poderá ser considerado como “aberto”.
- Se em um ambiente considerado aberto, p. ex., com piso + teto + antepara, vier a ser
instalado um container temporário na sua vizinhança, o ambiente passa a ter
ventilação limitada e a classificação de áreas pode comprometer áreas bem maiores se
nesta área, antes aberta, houver uma fonte de risco e aberturas para outros
compartimentos ou cogumelos de ventilação, etc.
“Exceto por razões operacionais, não devem existir portas ou outros acessos entre:
- uma Área não-classificada e uma Área Classificada ou, entre
- uma Área Zona 2 e uma Área Zona 1.[6A]
Onde existam tais portas ou outras aberturas, qualquer área confinada tendo acesso
direto a qualquer área Zona 1 ou Zona 2, passam a ter a mesma classificação, exceto se:
a) Um espaço confinado, sem fonte de risco, com acesso direto a qualquer Zona 1 (Fig.
5.3) pode ser considerado Zona 2 se:
- O acesso estiver com porta estanque a gás (gas-tight), abrindo para a Zona 2 e
- Ventilação seja tal que o fluxo de ar com a porta aberta ocorra da Zona 2 para o
espaço da Zona 1 e,
- Perda da ventilação seja alarmada em uma estação de controle guarnecida.
Para os diagramas acima e os mostrados nos itens (b) e (c) abaixo, referir-se à seguinte
legenda:
Fonte de risco
NOTA:
b) Um espaço confinado, sem fonte de risco, com acesso direto a qualquer Zona 2 (Fig.
5.4) não é considerado classificado se:
- O acesso estiver com porta estanque a gás, do tipo fechamento automático, que abra
para a Área não classificada.
- Ventilação seja tal que o fluxo de ar com a porta aberta ocorra da Área não-
classificada para Zona 2, auxiliando o fechamento automático da porta e,
- Perda da ventilação seja alarmada em uma estação de controle guarnecida, com
presença constante ou permanente de pessoas.
c) Um espaço confinado, sem fonte de risco, com acesso direto a qualquer Zona 1 (Fig.
5.5 e 5.6) não é considerado classificado se:
- O acesso tiver duas portas estanques a gás, do tipo fechamento automático, formando
uma barreira de ar ou uma única porta estanque a gás, de fechamento automático, que
abra para dentro do local seguro e que não tenha nenhum gancho de trava que a
mantenha na posição aberta. (Ver nota 2 das Considerações sobre a barreira de ar).
- O espaço tenha sobrepressão por ventilação forçada em relação à Área Classificada e,
- Perda da ventilação seja alarmada em uma estação de controle guarnecida.
Ou, alternativamente:
Quando a perda de ventilação for detectada, deve ser ativado alarme visual e sonoro em
sala de controle ou local permanentemente guarnecido;
Ação para restaurar a ventilação deve ser tomada sem demora; quando houver
programação devem ser acionados os ventiladores stand-by.
Se for detetada a presença de gás na vizinhança da área onde houver falha na ventilação,
ou falha na exaustão do próprio compartimento, fontes de ignição devem ser
desenergizadas imediatamente.
Pelo motivo de não ser classificado, tais ambientes ambientes podem conter equipamentos
elétricos de uso industrial comum ou equipamentos com superfícies quentes.
1) A barreira de ar (“air lock”) deve ter espaçamento mínimo de 1,5 metro e máximo de
2,5 metros, entre portas [4B].
Os dutos de entrada de ar deverão ser dotados de pelo menos dois sensores de gás
(votação 2 de 2), os quais deverão automaticamente parar a ventilação e isolar o
ambiente, caso dois destes sensores detectem alta concentração de gás (60% do
L.I.I. confirmado);
.....”
API RP505:
- Área fechada pode ser considerada como adequadamente ventilada se a taxa de
ventilação provida seja de pelo menos quatro vezes a taxa de ventilação requerida para
diluir a concentração de emissões fugitivas estimadas, para abaixo de 25% do LEL.
ABS Steel Vessel - sala de baterias, deve ser ventilado com sistema de alta capacidade
que permita uma troca a cada 2 minutos (30 trocas por hora).
ABS MODU:
- Área classificada em espaços confinados (tanque de lama ativo, aberto, em
plataformas de perfuração, por exemplo deve ser ventilado com sistema de alta
capacidade que permita uma troca a cada 2 minutos (30 trocas por hora).
DNV - MOU:
- 12 trocas por hora é normalmente considerado suficiente para ventilar
compartimentos fechados, considerados Áreas Classificadas.
- 6 trocas para espaços confinados, considerados Áreas não-classificadas.
Recomendação:
Em geral, os valores acima referem-se a áreas que contenham somente fontes de risco de
grau secundário; desta forma, para Áreas Classificadas em espaços confinados,
recomenda-se adotar as seguintes taxas mínimas de ventilação:
Área Adjacente (área não classificada, desde que mantida pressurizada) – 12 trocas/h
O sistema de ventilação deve ser capaz de assegurar uma sobrepressão mínima suficiente
para que haja fluxo de ar por todas as portas e aberturas possíveis, com as mesmas todas
abertas; a velocidade deve ser maior que a velocidade de correntes de ar externas, porém
não deve ser tão alta a ponto de dificultar a abertura ou fechamento de portas.
No caso de sala ou laboratório com analisadores (fontes de risco interno), tal ventilação
deve reduzir a concentração original de gás ou vapor inflamável para um nível seguro e
manter este nível.
Se existir no compartimento algum dispositivo que consuma ar, tal como um compressor, o
sistema de pressurização deve levar em conta esta demanda adicional, a menos que o
suprimento de ar para tal equipamento seja efetuado por outra fonte independente.
Estanqueida de de anteparas:
- Anteparas que separam áreas classificadas de áreas não-classificadas devem ser de aço,
estanques a gás (sem furos, aberturas ou janelas que as comuniquem entre si); atender aos
requisitos de segurança e prescrições do SOLAS [21]. Vide Capítulo 16 – Anteparas
Divisórias de Áreas Classificadas
- Quando um duto de ventilação atravessar uma área classificada, este duto deverá ter
uma sobrepressão em relação a essa área.
- Quando um duto de exaustão com pressão negativa, atravessar uma área classificada de
“maior risco”, deverá ser utilizado “duto estrutural” devido à possibilidade de aspiração
de gases em caso de corrosão/abertura de frestas nas emendas de chapas. Vide fig.6.2,
cap. 6.
Nota: Considera-se como “estrutural”, o duto cuja espessura da chapa for maior que
3/16” (4,8 mm). O ABS Steel/97 admite 3,0 mm. Vide ilustração típica na Fig. 6.1, cap. 6
onde é mostrada a travessia de um duto em Área Classificada.
Tomadas de Ventilação
- Motor de ventilador de área classificada, montado no fluxo de ar, deve ser do tipo
“Ex”, porquanto na partida, pode estar envolto em atmosfera explosiva vindo pelo duto
já que o ventilador estaria em repouso, exceto, quando houver exaustor no
compartimento, programado para partir antes, com temporização para retardar a
partida do ventilador em sequência, após um período de purga ou arraste de gases
eventualmente presentes no duto do ventilador, por pressão negativa no compartimento.
- Abertura para entrada de ventilação/exaustão natural de área classificada, como portas
de passagem não-estanques, janelas, venezianas, penetração aberta de
tubulação/cabos, etc., também classifica a área ao seu redor do lado externo.
- As descargas de exaustão de área classificada deve ser instalada ao ar livre, onde possa
haver diluição rápida na corrente de ar natural; evitando-se locais com obstáculos ou
barreiras à essa circulação natural.
“além dos requisitos dispostos neste item, o sistema de drenagem deverá atender as recomendações contidas
na Especificação Técnica “Critérios Gerais para Projetos de Óleo/Gás/Águas Oleosas (ET-3000.00-1200-
PCI-002).
Os sistemas de coleta de drenagem aberta devem ser independentes e ter suas descargas separadas. Para
evitar que haja transferência de gás para o coletor de área não classificada, o coletor da drenagem de área
segura deverá ser mergulhado em profundidade maior do que o da área classificada.
O sistema de coleta da drenagem fechada dos tanques de diesel deverá ser isolado do sistema de coleta
de drenagem fechada pressurizada.
A rede de drenagem deverá ser dividida em coletores e subcoletores e cada um, antes de se juntar ao
coletor principal, ou seja, aquele que estiver ligado ao tubo de despejo, deverá ser provido de um sifão.
O projeto do encaminhamento das linhas do sistema de drenagem, oriundos de áreas classificadas, não
deverá considerar o uso de conexões, quando da passagem pelo interior de compartimentos não
classificados.
...........
A drenagem do heliponto deverá atender aos requisitos da NORMAN, emitida pela Diretoria de Portos e
Costas.O sistema de drenagem deverá ser independente, possuir sifão e ser alinhado diretamente ao Tubo de
Despejo.
A drenagem dos laboratórios e oficinas, deverão ser providos de sifão com selo d’água.
O projeto de drenagem das Instalações Flutuantes deverá considerar as diversas condições de operação
daUunidade.
No caso dos FSOs e FPSOs, além das posições de TRIM e BANDA decorrentes das condições ambientais, as
condições de operação de offloading deverão ser consideradas.”
Sistema de Refrigeração:
Linha de água de refrigeração (intercooler em compressores de gás, p.exemplo) podem ser
contaminada com gás, a partir de vazamentos nos tubos desses trocadores, podendo
romper em qualquer local devido à sobrepressão. Os vasos de make-up desses sistemas
devem ter suspiros monitorados por sensores de gás. Vide item 7.2.4 – Cap. 7.
As Áreas Classificadas em regiões confinadas deverão ser mantidas com pressão negativa,
para evitar a expansão das áreas de risco para compartimentos vizinhos.
Fig. 5.7- Arranjo original, onde por pressurização positiva a sala “A” é mantida como não-
classificada
+++++++++
++++++++
+++++++++
++++++++
LEGENDA:
++ ÁREA NÃO-CLASSIFICADA
++ (DESDE QUE MANTIDA COM PRESSÃO POSITIVA COM VENTILAÇÃO
FORÇADA)
Para este arranjo são as seguintes as maneiras possíveis de contaminação da Área Não-
classificada:
Fig. 5.8- Diagrama exemplificando como ocorre a contaminação cruzada de Área Não-
classificada (Classificação do compartimento da esquerda), em função da inversão do sentido de
rotação do Ventilador e do Exaustor da Área Classificada originais (compartimento da direita).
INSTRU-Ex_cap5.doc
ANEXO 1
Capítulo 6
Pressurização de Equipamentos em Áreas Classificadas
6.1 - Definições
Equipamentos pressurizados utilizam-se da técnica de manter, no interior do invólucro,
uma pressão positiva superior à pressão atmosférica (sobrepressão), de modo que se
houver presença de mistura inflamável ao redor do equipamento esta não entre em contato
com partes que possam causar ignição. Para os equipamentos descritos adiante,
considera-se não há fonte de risco que libere gás ou vapor inflamável no interior do
invólucro, como no caso de analisadores de gás conectados ao processo (para este caso,
vale a técnica da diluição contínua, referida também na norma NBR 5420 [16G]).
Esta sobrepressão pode ser mantida com ou sem fluxo contínuo do gás de proteção, que
pode ser ar, gás inerte ou algum outro tipo de gás adequado. Normalmente utiliza-se, como
gás de proteção, ar limpo, seco, não contaminado e vindo de uma fonte confiável.
Geralmente o ar que cumpre esses requisitos é o ar de instrumentos. O gás de proteção
pode ser utilizado para ventilação, purga, diluição ou pressurização, como abaixo:
Equipamentos do tipo pressurizado (Ex-p), normalmente não são certificados por OCC. A
aprovação e aceitação da instalação desse tipo de proteção é analisada, caso a caso, pela
“Autoridade com Jurisdição”. Em geral, as Classificadoras aceitam os critérios de
purga/pressurização, conforme IEC 60079-2 [11D] ou NFPA 496 [7A].
- Invólucro sem fonte de risco interna, com fonte de ignição interna, instalado em
Zona 1: Pressurização tipo “PX” (IEC);
- Invólucro sem fonte de risco interna, com fonte de ignição interna, instalado em
Zona 2: Pressurização tipo “PZ” (IEC);
- Invólucro sem fonte de risco interna, sem fonte de ignição interna, instalado em
Zona 1: Pressurização tipo “PY” (IEC).
Nota:
Como alternativa à técnica de pressurização direta dos painéis, quando vários painéis e
equipamentos são concentrados em um determinado local, dentro ou adjacente a área
classificada, pode-se utilizar a pressurização do compartimento; o que permite a reunião
de vários painéis do tipo comum, CCM com gavetas extraíveis, etc., no seu interior, com
algumas restrições e proteções. Vide item 5.6 no Cap. 6, Pressurização de ambientes
(purga).
Para este tipo de equipamento, o grau de proteção mínimo deve ser de IP-44,
normalmente selados com guarnição de borracha, etc., para garantir boa vedação.
A purga deve ser ligada a linha de ar de instrumentação (limpo e seco), pois a linha de ar
de serviço normal arrasta muita umidade e óleo, impregnando o interior dos equipamentos,
podendo provocar curto-circuito ou mau contato interno.
Intertravamentos:
Em caso de porta/tampa de acesso que possa ser aberta sem o uso de ferramentas, a
proteção tipo “PX” deve ter intertravamento para desenergização do equipamento, quando
da abertura;
Quando requerido, a proteção tipo “PX” deve ter intertravamento que assegure que os
equipamentos internos sem proteção, sejam energizados somente após decorrido tempo
suficiente para purga e renovação de volume 5 vezes, no mínimo, o volume de ar interno
do painel, com seqüência de partida monitorada por pressostato e/ou chave de fluxo e
temporizador.
Placas de Aviso:
Deve ser considerado um retardo na abertura do painel, com tempo suficiente para
assegurar que elementos com alta temperatura superficial se resfriem e a energia
armazenada em elementos como capacitores se descarreguem a um nível seguro, incapaz
de provocar uma ignição na presença de gás; quando requerido, os painéis devem ter
placa de aviso indicando o retardo a ser observado após a desenergização do equipamento.
A pressurização permite a
montagem de vários comutadores
comuns na porta e instrumentos e
sinaleiras comuns, atrás da janela
de vidro.
Notas:
- Para motores do tipo aberto, tipo motor DC de perfuração, cujo interior fica exposto à
atmosfera explosiva sem a purga do blower (blower permanece desligado quando motor
principal estiver fora de uso) alguns fabricantes fornecem resistor "encapsulado" num bloco de
alumínio dissipador, de forma a limitar a temperatura abaixo dos 200 °C.
INSTRU-Ex 2002_cap6.doc
Capítulo 7
Sistema de Deteção de Gás
Neste capítulo são indicados os requisitos gerais para detetores de gás e os níveis de
alarme quando da deteção de gás comb ustível ou gás tóxico. São apresentadas
recomendações gerais quanto à aplicação dos detetores de gás, inclusive em salas de
baterias.
O Sistema fixo de deteção de CH4 deve prover alarme visua l e sonoro na Sala de Controle
e no Convés de Perfuração. O Sistema deve indicar, claramente, o local onde o gás for
detectado.
O Sistema fixo de deteção de CH4 deve possuir pelo menos 2 detetores redundantes, ou
mais, conforme região e dispersão de acordo com direção de ventos, nos seguintes locais:
Vide demais características físicas, químicas, efeitos físicos e precauções recomendadas, conforme descrito
nas normas Petrobras N-2282 [17H] e N-2351[17I] e seus Anexos.
O Sistema fixo de deteção de gás tóxico deve possuir sensores de H2 S (gás sulfídrico),
redundantes, instalados nos seguintes locais das plataformas de perfuração:
Uma vez comprovada a existência de H2S no fluido produzido, deve ser instalado um
sistema de deteção fixo com sensores distribuídos nos seguintes locais, conforme N-2282
[17H]:
O Sistema fixo de deteção de gás tóxico deve prover alarme visual e sonoro na Sala de
Controle e no Convés de Perfuração,
Normalmente, são dois os níveis de alarme, a saber: 8 e 20 ppm, sendo que o alarme deve
soar com freqüência diferente para cada nível, ou com sinalizador visual de cores
diferentes, claramente identificados pelo nível.
Vide planos de contingência definidos nas normas N-2282 e N-2351 (faixas entre 8 e 49 e
acima de 50 ppm).
É recomendável que o Sistema de Deteção de H2 S não só alarme, mas também que atue
desligando, por exemplo, o Sistema de Ventilação e Ar Condicionado das Acomodações,
automaticamente, caso seja detectado gás H2 S na entrada das Acomodações.
“5.2.1 Sensores
- Deverão ser instalados sensores de gás hidrogênio nos dutos de exaustão de salas de
baterias. A atuação de um sensor indicando 20% do L.II. deverá ser sinalizada na sala de
controle ou onde estiver instalado o monitor/controlador, desde que o local seja
permanentemente assistido e adicionalmente partir os exaustores reservas. A deteção de
gás por dois sensores em um nível de 60% de L.I.I. deverá adicionalmente inibir a carga
profunda das baterias. ”
Vide também item 7.1.2 e referências indicadas, quanto à toxidez do Gás Sulfídrico.
“....
Os detetores de gás, devem ser do tipo autonômo com saídas analógicas de 0-20 mA,
onde a faixa 0-4 mA será utilizada para envio de diagnósticos para a ECOS. A lógica
destes detetores deverá ser executada por software, em consonância com a Filosofia de
Segurança, e executada pelo PLC de F&G.
Não é aceitável o uso de redes para interligação de detetores externos de Fogo e Gás.
....” item 2.2.6 [2D].
Da mesma forma deverá ser previsto um sistema de monitoração de gás (CH4 ) causando
alarme na sala de controle, no circuito de reposição de água do sistema de água de
aquecimento.
Nota:
Com relação à proteção de turbocompressores e turbogeradores instalados em
invólucros (“hood”) nas Unidades Marítimas, vide requisitos específicos das Diretrizes
para Projeto do E&P-CORP [2A], transcritos no item 15.6 Turbinas a Gás, Cap. 15
Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas.
Os detetores de gás não são do tipo intrinsecamente seguro, assim, todos os detetores
devem ter Certificados de Conformidade (vide tabela 3.1 no Cap. 3), segundo o grupo de
gás correspondente.
Deve ser observado que, independentemente de seu uso como instrumento de leitura ou
para alarme, os detetores de gás combustível, tanto portáteis quanto do tipo fixos, por não
serem do tipo “intrinsecamente seguro” não devem ser usados em atmosferas explosivas
diferente daquele para o qual foi Certificado; como exemplo, um instrumento
certificado para grupo de gás combustível geral IIA, pode ser perigoso se utilizado com
hidrogênio ou acetileno.
Sensores do tipo infra-vermelho, embora mais caros, são mais confiáveis e estáveis e
podem dar uma resposta mais rápida, fator importante para sistemas de deteção de gás
requeridos para iniciar alarmes ou parada de emergência de equipamentos (ESD); em
geral podem medir concentrações elevadas até 100%. Utiliza o princípio da comparação
de absorção de um feixe de raios infra-vermelhos pelo gás sendo amostrado, com um feixe
similar, de um gás padrão de referência.
Sensor do tipo inf ra-vermelho não deve ser utilizado em salas de baterias, que deve
ser conforme abaixo:
Sala de Baterias:
Nestas salas os sensores devem ser instalados no teto e/ou na entrada do duto de exaustão
do compartimento, por ser o hidrogênio mais leve que o ar, densidade 0,07 (vide Cap. 14
Compartimento de Baterias).
Detetor para sala de baterias deve ser certificado para o grupo IIC, T1, Zona 1 (IEC) ou
Classe I, Divisão 1, Grupo B (NEC).
Os sensores do tipo Catalítico são muito afetados por fatores externos, requerendo
calibração e troca frequente dos elementos sensores. As calibrações, necessariamente
frequentes, também consomem parte de sua vida útil, que pode se extinguir com apenas 5
a 6 calibrações.
Tal sensor é baseado no princípio de um filamento aquecido que faz parte de um circuito
elétrico balanceado. Uma amostra da atmosfera a ser monitorada é continuamente
colocada sobre o filamento por difusão, devido ao efeito de convecção do calor dos
filamentos. Quando a mistura de gás ou vapor inflamável com o ar, entra em contacto com
o filamento aquecido, ocorre uma combinação do gás combustível com o oxigênio,
modificando a resistência elétrico do filamento, cuja variação proporcional à concentração
de gás combustível presente na atmosfera é medida para indicar a concentração do gás (%).
• A calibração de detetores instalados em salas de baterias deve ser feita com kit de
teste padrão de Hidrogênio (não recomendado usar outro gás para calibração com
fator de conversão);
Capítulo 8
Trabalhos em Áreas Classificadas
8.1- Definições
Trabalho a Frio – “trabalho que não envolve o uso ou produção de chamas, calor ou
centelhas” [17E]
Como exemplos de trabalho a quente citam-se aqueles realizados com solda a arco
elétrico, ferro de solda, maçarico, pré-aquecimento, corte a fogo e qualquer outro trabalho
envolvendo ferramentas portáteis que liberem fagulha ou centelhas, como agulheiro,
lixadeira, furadeira, esmeril, etc.
Permissão para Trabalho deverá ser emitida para todo e qualquer trabalho de
“manutenção, montagem, desmontagem, construção, inspeção ou reparo de equipamentos
ou sistemas a serem realizados no âmbito da Companhia e seus empreendimentos que
envolvam riscos de acidentes com lesão pessoal, danos à saúde, danos materiais, agressão
ao meio ambiente ou descontinuidade operacional” [17E]. Vide também o Padrão
SINPEP E&P- PE-27-01507 - MS – PT, da UN-BC.
Devem ser consideradas alternativas, tais como, trabalhos a frio ou remoção da peça a ser
trabalhada para outro espaço seguro da unidade.
NOTA:
Um vaso aberto para manutenção, mesmo após drenado e purgado, não pode ser
considerado como uma área segura (não-classificada). Para que seja atendida tal condição,
é necessário que todos os resíduos, líquidos ou sólidos sejam removidos, inclusive as
incrustações nas paredes e desgaseificado ou inertizado.
Como normalmente faz-se necessária uma iluminação artificial para a conclusão deste
procedimento de limpeza, a área permanece classificada até a total limpeza/
desgaseificação do equipamento.
A tensão do circuito não poderá ser religada até que o trabalho tenha sido completado e as
medidas de segurança tenham sido restabelecidas inteiramente. Tais trabalhos, incluindo
trocas de lâmpadas, somente poderão ser executados por eletricista autorizado.
Luminárias portáteis:
Os erros mais comuns dos usuários são a utilização do cabo como elemento de
sustentação e maus tratos, notadamente pelas quedas e impactos. As principais
deficiências devidas aos fabricantes são: a não utilização de vidro com as características
físico-químicas exigidas e selagem inadequada entre câmaras.
...
É notório que apenas uma parcela dos equipamentos produzidos no país possui o
Certificado de Conformidade. Apesar de obrigatoriedade da apresentação do mesmo para
se comercializar o equipamento elétrico e eletrônico destinado ao uso em atmosferas
explosivas, eles continuam sendo vendidos graças à desinformação dos usuários e
sistemática displicência dos fabricantes desinteressados em qualidade e segurança do
usuário.” [25]
Vide histórico de acidentes no mesmo artigo “Áreas Classificadas e Instalações Elétricas
Provisórias o Dia-a-Dia das Obras” [25].
(*) Nota: Um dos requisitos para a Certificação de equipamento elétrico portátil é o ensaio de
queda livre, além do ensaio de impacto de corpo caindo sobre o equipamento, para verificação da
resistência mecânica dos equipamentos previsto na IEC 60079-0 e NBR 9518 [16], conforme
reprodução parcial, abaixo:
Os equipamentos elétricos portáteis, pronto para uso, devem cair quatro vezes de uma
altura de 1 m em uma superfície horizontal de concreto. A posição de queda da amostra
deve ser selecionada pelo laboratório credenciado ....
Os ensaios de impacto e queda não devem produzir danos que invalidem o tipo de
proteção do equipamento elétrico. Danos superficiais, marcas na pintura, quebra de aletas
de resfriamento ou outras partes similares do equipamento elétrico e pequenas mossas
devem ser ignorados. A cobertura de proteção dos ventiladores externos e as telas podem
sofrer deformação, porém os deslocamentos ou deformações não devem causar atrito com
as partes móveis.”
O uso de luminária tipo portátil com rabicho deve ser evitado, especialmente, para entrada
em compartimentos com grande possibilidade de atmosfera explosiva, pois, mesmo que
Certificado, além do risco da luminária não estar em perfeito estado de conservação e
integridade “Ex”, introduz-se mais um risco adicional representado pelo próprio cabo
elétrico móvel sendo arrastado/pisoteado (avaria, curto-circuito, etc.).
Luminária de corpo metálico deverá ter sua carcaça e grade de proteção aterradas, através
do terceiro condutor interno do cabo de ligação, que deverá estar firmemente conectado
ao terceiro pino de aterramento do plugue. Qualquer falha de isolamento interno para a
base/grade metálica deve ser drenada para o cabo terra, caso contrário, poderá haver
centelhamento ao encostar a grade “energizada” em partes metálicas/pisos.
O cabo de ligação deverá ser do tipo armado, com três condutores, enchimento e capa
externa de proteção, construção robusta, devendo estar em perfeito estado de conservação.
O cabo não deve conter emendas, nem falhas de isolamento, nem avarias na capa de
proteção externa; o cabo deve ser lançado em local sem risco de avaria/esmagamento,
para não provocar curto-circuito/centelhas.
A entrada do cabo na luminária deve ser feita com prensa-cabo do tipo adequado (à prova
de explosão ou equivalente) com firme prensagem e vedação.
O conjunto plugue-tomada deverá ser provido do terceiro pino, para aterramento da grade
metálica; deve estar montado fora de Área Classificada, sempre que possível para afastar
centelhas; caso contrário, tal conjunto deverá ser do tipo aprovado, certificado “Ex”.
Caso se utilize conjunto “Ex”, deve ser dado preferência a conjuntos com proteções
adicionais como p.ex.: inserção do plugue só é permitido com chave desligada, a chave só
liga se o plugue estiver encaixado. O conjunto, mesmo que estanque a água, deve ser
montado em caixa ou local abrigado, etc. (Vide Apêndice A, fig. A-4)
Lanternas de mão:
“Em julho de 1983 o API – AMERICAN PETROLEUM INSTITUTE, através de sua publicação nº
2212, admitiu, após pesquisas e ensaios em diversos laboratórios, que a utilização de
lanternas comuns, com até (3) três pilhas em série (pilhas de zinco-carbono), não se
constituía num risco para aplicação em atmosferas explosivas de Grupo IIA do IEC
(Grupo D do NEC) e portanto, era desnecessária a aplicação de lanternas do tipo à prova
de explosão, certificadas.”
“Observação:
Essa conclusão do API trouxe uma certa dúvida relacionada com o seguinte fato: os
ensaios conduzidos pelos diversos laboratórios, conforme acima mencionado, foram feitos
com lanternas de fabricação americana. Será que as lanternas brasileiras teriam o mesmo
comportamento quando submetidas aos mesmos ensaios que foram feitos nos E.U.A.?
Imaginamos que a utilização de lanternas de fabricação doméstica estariam sob suspeita
até que fossem feitos aqui no Brasil, ensaios similares aqueles que fundamentaram os
resultados obtidos pelo API.”
Ferramentas elétricas portáteis que produzam fagulhas tais como esmeril, lixadeira,
furadeira, não devem* ser utilizadas em Áreas Classificadas.
Megôhmetro (megger), teste de alto potencial (Hi-pot) e outros instrumentos de alta tensão,
não devem* ser utilizados. Atenção especial deve ser dada quando de medição de
circuitos ou condutores a partir de painéis instalados em Áreas não-classificadas, que
poderão ter a outra extremidade do cabo terminando em Áreas Classificadas, podendo
inadvertidamente provocar centelhas ou descargas nestes locais.
Lava-jatos :
Máquinas de solda:
Diversos:
“Os aparelhos de pequeno porte de uso pessoal e que funcionam a pilhas, tais como
relógios, aparelhos contra surdez e marca-passos, não constituem font es de ignição
significativas.” Segundo ISGOTT [10].
Capítulo 9
Equipamentos de Comunicação Interna e Externa em
Áreas Classificadas
Não poderá ser instalado em área classificada, devido ao alto potencial existente na
mesma e possibilidade de descarga ignitiva, durante transmissão.
Mesmo uma antena que esteja com seu transmissor desligado, também pode apresentar
alto potencial, induzido de antena transmissora vizinha.
Além disto, em geral tais antenas são equipadas com amplificador “booster”, sintonizador
ou acoplador do tipo comum, normalmente montados junto às antenas.
Nota:
GMDSS – Global Maritime Distress and Safety System é um sistema de chamada em situações de perigo, baseado em
tecnologia digital, desenvolvido pelo IMO em atendimento à emenda SOLAS de 1988
“Durante as transmissões por rádio em médias e altas freqüências (300 khz – 30 Mhz), é
irradiada uma quantidade significativa de energia capaz de induzir em “receptores” não
aterrados (paus de carga, estais de mastros, massame, etc.) situados num raio de 500
metros da antena transmissora, um potencial elétrico suficiente para gerar uma descarga
ignitiva. As transmissões podem, também, formar arco sobre a superfície dos isoladores
de antenas que estiverem recobertos de uma camada de sal, sujeira ou água. É
recomendado, por conseguinte que:
“O uso de Estação Rádio de Navio durante transferência de carga pode ser perigosa.
Transmissão de rádio não deve ser permitido durante períodos onde houver possibilidade
de presença de gás na região das antenas, mastro ou outros acessórios similares.
As comunicações por VHF e UHF são de baixa energia e portanto, não produzem o
mesmo risco potencial, conforme apresentado pela antena transmissora principal de uma
estação de Navio. Assim, estes meios de comunicação podem ser usados, mesmo quando
navios estão atracados lado a lado”
“O uso de radar envolve a operação de equipamentos elétricos que não são do tipo
intrinsecamente seguro. Dependendo do porte relativo dos dois navios, durante as
operações de transferência de carga, o feixe do radar de um navio pode fazer a varredura
de convés de outro navio e se próximo o suficiente, pode criar densidade de energia
potencialmente perigosa, na presença de gás inflamável .
9.3 – Radar
Antena de radar não pode ser instalada em área classificada, por utilizar equipamentos do
tipo comum (motor de giro, etc.)
Antenas de radar de banda S, 10 cm devem ser desligadas, num raio de 50 metros, devido
à alta energia induzida (vide item 9.2.1), válido inclusive para barcos de apoio ao lado de
unidades FPSO, em transferência de carga.
Não podem ser instalados em áreas classificadas, por terem equipamentos/boosters do tipo
comum (vide item 9.2.1).
Também, o DIP SUSEMA-7008/95, de 24/02/95 determina que os telefones celulares para uso
em áreas classificadas no âmbito da Companhia devem ter Certificado de Conformidade e
possuir um tipo de proteção adequado à aplicação em atmosferas potencialmente, como
por exemplo, ser do tipo segurança intrínseca.
Alem disto, existe o risco de centelhamento durante uma troca de bateria ou curto-circuito
no fundo da mesma em eventual contacto com objetos metálicos como moedas ou
chaveiro, no bolso do portador.
Portanto, telefone celular do tipo comum não poderá ser utilizado em Áreas Classificadas.
Capítulo 10
Obras de Modificação ou Ampliação
§ Remanejamento de equipamentos;
Caso a planta venha a ser certificada, na documentação de compra deve constar que o fabricante
da unidade pacote deve obter junto à sociedade classificadora, a certificação dos equipamentos da
unidade, que só deve ser recebida pela Petrobras mediante apresentação do certificado.
Para Unidades Pacote completas como, por exemplo, skids de geração, além da certificação (type
approved) dos motores acionadores e geradores, deve constar na documentação de compra que o
fornecedor deve obter aprovação e fornecer o Certificado da Unidade completa, incluindo seu
hood, montagem, periféricos e instalação interna e proteções.
- Deve ser considerada a classificação de áreas no local da instalação existente, ao redor do hood,
e também a classificação de áreas no interior do hood.
- Para unidades flutuantes, os equipamentos agregados a unidades pacote importadas, devem ser
certificados por Laboratório reconhecido internacionalmente. Em qualquer hipótese, devem ser
fornecidos os correspondentes Certificados de Conformidade, de proteção “Ex”, a ser submetido à
Sociedade Classificadora e atendendo à Portaria INMETRO 176/2000. [2E.]
Uma cópia deste Certificado deverá ficar arquivada a bordo, à disposição do Vistoriador
da Classificadora, quando requisitado.
Um criterioso planejamento da obra, subsidiado também por análise de riscos, deve ser
elaborado, previamente ao início das obras, prevendo os procedimentos de emergência,
frente à algumas contingências de operação (vazamento de gás, parada de emergência -
ESD, etc.).
Além dos riscos inerentes (trabalhos a quente, etc.) deve ser analisado se a fase de obra
pode comprometer a classificação de áreas e indicados os procedimentos necessários para
bloquear toda a ventilação/exaustão, fechar todas as portas, passagens e escotilhas, etc.,
frente a essas contingências;
- Trabalhos de limpeza/pintura;
NOTAS:
1) Consultar, também, o capítulo (11) – Erros mais comuns, encontrados nas instalações elétricas das
Áreas Classificadas das Plataformas.
2) Consultar também o capítulo 13 – Inspeção e Manutenção de Equipamentos e Instalações em Áreas
Classificadas
3) Consultar também o Capítulo 8 – Trabalhos em Áreas Classificadas
4) Consultar também o Capítulo 12 – Containers e Equipamentos de Terceiros Embarcados
Temporariamente
5) Consultar também o Capítulo 16 – Anteparas Divisórias em Áreas Classificadas
6) Consultar também o Cap. 5 – Classificação de Áreas em Ambientes Confinados
7) Consultar Também o Cap. 17 – item 17.8 Trabalhos de Pintura
8) Consultar também o Cap. 19 – item 19.3 Manual de Operação da Unidade.
Capítulo 11
Erros mais Comuns em Equipamentos e Instalações “Ex”
São listados a seguir os erros mais comuns encontrados nas instalações em áreas
classificadas:
NOTA:
d) Unidade seladora faltando massa seladora (vide item 3.5.1, Cap. 3);
e) Falta de unidades seladoras ou aplicadas de forma irregular (vide item 3.5.1, Cap. 3);
g) Uso de prensa-cabo do tipo à prova de tempo (não do tipo “Ex”) (vide item 3.5.1,
Cap. 3);
j) Furo de entrada reserva – sem o bujão adequado para vedação (vide item A.2.2,
Apêndice A);
n) Idem, sem pressurização, desregulado, sem placa de aviso para manter pressurizado
(vide item 6.3.2 Cap. 6);
- furo para passagem de tubo, cabo elétrico, mangueira, etc., sem vedação;
- Portas estanques a gás, com fechamento automático, sem a mola ou com mola
fraca, gaxeta de vedação gasta/faltante, instalação de gancho de trava para
manter porta aberta para facilitar trânsito; mangueira atravessada impedindo
fechamento de porta;
- Escotilhas que ficam mantidas abertas para facilitar manuseio de material ou para
promover melhor iluminação, ou para melhor ventilação/exaustão;
- Pontas de cabo soltas ou não (mal) isoladas, função desconhecida, circuitos desfeitos
e abandonados, etc.
NOTA:
Consultar, também, o Cap.10 – Obras de Modificação ou Ampliação, quanto aos cuidados que
devem ser tomados quando da realização de obras que possam afetar as Áreas Classificadas.
Capítulo 12
Containers e Equipamentos de Terceiros Embarcados
Temporariamente, Equipamentos Fixos ou Móveis
12.1 – Containers
Containers não devem ser instalados em áreas classificadas, ou mesmo vizinho a tais áreas
para não obstruir a ventilação natural do local. Containers não podem obstruir rota de
fuga e nem obstruir acesso a estações de combate a incêndio ou outras estações de
controle.
Exemplos típicos:
- Container Alojamento, Oficina, Escritório, etc.;
- Unidade de Perfilagem (Schlumberger/similares);
- Laboratório de Geologia e Mud-Logging;
- Laboratório de Lama;
- Almoxarifados de obra, etc.
Todos os sensores e instrumentos periféricos que fazem parte do pacote desses containers,
de serviços especializados, normalmente terceirizados, devem ser instalados como se fosse
instalação permanente, obedecendo as regras aplicáveis às áreas classificadas, passagem de
cabos e tubings nas anteparas estanques a gás, fogo e inundação, etc.
12.3 - Aterramento
Essa ligação direta ao casco visa também garantir continuidade elétrica para que não
ocorra centelhamento em flanges e outros elementos metálicos não-condutores, em caso
de falha de isolamento e curto-circuito em algum circuito/componente que esteja montado
no skid.
Este aterramento deverá ser feito através de cabo de cobre, conectado a olhais/terminais na
carcaça do equipamento e ligando-o diretamente à malha de aterramento da plataforma.
Em unidades flutuantes tipo semi-submersível ou jack-up, onde em geral não existe “anel
de aterramento”, a solda direta ou fixação com parafusos de qualquer skid ou container
metálico, substitui o cabo de aterramento, (Vide capítulo 4 – Aterramento em Áreas
Classificadas).
Não somente na inspeção inicial, como também durante todo o prazo de execução dos
serviços contratados, os equipamentos deverão atender aos requisitos de segurança de
instalações em atmosferas explosivas, sem avarias nem ligações improvisadas. Vide
Capítulo 11 – Erros Mais Comuns em Equipamentos e Instalações “Ex” e também Cap. 16
– Anteparas Divisórias de Áreas Classificadas.
Utilizar bujão cego no lugar dos prensa-cabos removidos, bloquetes cegos para vedar
passagens de MCT, etc., sendo obrigação da Contratada retornar às condições originais,
com segurança.
A alimentação elétrica dos containers (todos os níveis de tensão) deve ser derivada de
painéis não essenciais e deve ter desligamento automático em caso de ESD-3,
Além disso, os containers não podem ter luminárias autônomas com bateria incorporada,
que permaneçam energizadas quando de falta da alimentação de energia da plataforma em
condição normal ou em condição de emergência (ESD), exceto se a referida luminária for
do tipo aprovado para uso em áreas classificadas, Zona 1, grupo IIA, T3, como acima.
A alimentação dos containers, mesmo que temporária, deve ser feito através de Estação de
Tomadas apropriada evitando-se ligações provisórias, sem a proteção adequada.
As tomadas instaladas em áreas externas devem ser do tipo segurança aumentada, plugue
intertravado com chave, abrigadas em caixas à prova de chuva, com porta e abertura
na parte inferior para entrada de cabos.
Áreas de serviço externa ou interna, deve ter conjunto de tomadas fixas de modo a
atender qualquer estação de serviço temporária, com um cabo de comprimento de 25
metros, sem necessidade de atravessar portas estanques ou escadas entre decks. Junto a
cada estação de tomadas elétricas, instalar uma tomada de ar-comprimido de serviço
(vide ET-3000.00-5100-941-PCI-001 Critérios Gerais para Projetos de Utilidades Não-
Elétricas).
As estações devem ficar, sempre que possível, fora de qualquer área classificada”. [2B]
Containers ou skids que contenham equipamentos mecânicos com motores de combustão interna
não devem ser instalados em áreas classificadas; mesmo para instalação em área não-classificada,
devem ser previstos meios para desligamento e isolamento em casos de emergência, vazamento de
gás na Unidade, atendendo requisitos de segurança da Classificadora.
Capítulo 13
Inspeção e Manutenção de Equipamentos e Instalações
Elétricas em Áreas Classificadas
Neste capítulo é apresentado um roteiro recomendado para Inspeção de Equipamentos e
Instalações em áreas classificadas. São também apresentadas recomendações quanto a
procedimentos de Manutenção de Equipamentos do tipo “Ex”.
Nenhuma modificação poderá ser feita nas características de segurança dos equipamentos
que se fundamentam em técnicas de segregação, pressurização, purga ou outros métodos
que garantam a segurança, sem a permissão do engenheiro ou técnico responsável
Além das Manutenções Preventivas dos equipamentos elétricos “Ex”, executadas pelo
pessoal de Manutenção, deverá ser realizada uma inspeção de equipamentos elétricos
instalados em atmosferas explosivas. Vide os roteiros apresentados nos Anexos B da
Norma PETROBRAS N-2510.
Durante a inspeção dos equipamentos ou instalações elétricas, atenção especial deverá ser
dada quanto a danos mecânicos, como:
Nota:
- Vide lista de não-conformidades típicas no item 11.1 Erros mais Comuns em Equipamentos,
Capítulo 11
Verificar anteparas e pisos de aço estanques a gás, se não existem aberturas ou passagens
deixadas abertas ou com selo danificado que comprometam a vedação (exemplo: furo para
passagem de cabo removido, aberto, sem bujão de vedação), comunicando salas
adjacentes.
Notas:
- Vide lista de não-conformidades típicas no item 11.2 Erros mais Comuns em Instalações,
Capítulo 11.
- Vide item 16.2 Estanqueidade, no Capítulo 16 – Anteparas Divisórias de Áreas Classificadas.
Verificar se não foram realizadas obras ou modificações que possam ter comprometido ou
ampliado as áreas classificadas originais.
Notas:
- Vide recomendações no Capítulo 12 – Containers e Equipamentos de Terceiros Embarcados
Temporariamente.
- Vide também recomendações no Capítulo 10 – Obras de Modificação ou Ampliação.
Verificar estado geral dos dutos, longas de emenda se não estão rasgadas, polias e correias
de motores e ventiladores se não estão frouxos, patinando.
Verificar estado dos detetores, se não saturados, sua localização; verificar se detetores não
estão com by-pass (inspeção local se não está coberto/pintura, jumps, inibidos ou “forced”
em PLCs, etc.); verificar se do tipo adequado.
Notas:
- Vide recomendações no item 5.7 Contaminação Cruzada de Ambientes Não-Classificados,
Capítulo 5 – Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados.
- Vide também lista de não-conformidades típicas no item 11.2 Erros mais Comuns em
Instalações, Capítulo 11
Nota:
- Vide recomendações no capítulo 6 – Pressurização de Equipamentos em Áreas Classificadas.
Nota:
- Vide recomendações no Capítulo 14 – Compartimentos de Baterias.
Nota:
- Vide Cap. 17 – Armazenamento e Manuseio de Material Inflamável – Trabalhos de Pintura
utilizar quando possível, caixa de junção tipo Ex para fazer a emenda. Em não
havendo tal possibilidade, empregar método que assegure conexão firme, sem
possibilidade de sobretemperatura ou centelhamento, por exemplo, com uso de
terminais do tipo Sindal apropriados, devidamente isolados com fita de auto- fusão e
fita isolante.
São listadas, a seguir, algumas providências que devem ser tomadas em todos os serviços
de manutenção. Estas providências são preliminares e adicionais aquelas que para cada
tipo de técnica de proteção são indispensáveis:
Para equipamentos do tipo “à Prova de Explosão”, dada sua ampla utilização, chama-se a
atenção para os seguintes pontos:
A junta usinada não deve ser raspada com ferramentas metálicas, deve-se
utilizar somente material plástico/madeira.
Quando as juntas não tiverem gaxeta, elas podem ser protegidas pela
aplicação externa de graxa, composto selante que não endureça ou fita que
não endureça.
Nota: tais recursos para vedação contra umidade, não devem ser empregados
em equipamentos para uso em ambiente com gases do grupo IIC
(acetileno/hidrogênio); para uso em ambiente com gases do grupo IIB (exemplo:
paiol de tintas), deve ser evitado ou verificado por especialista.
Gaxetas: “Se uma gaxeta de material compressível ou elástico é necessária para evitar a
penetração de umidade ou poeira,ou para evitar a saída de algum líquido, ela deve ser
considerada como um item adicional e não como parte integrante da junta à prova de
explosão. A gaxeta deve estar colocada de maneira a garantir o atendimento aos valores
do comprimento e interstício da junta à prova de explosão prescritos nas Tabelas 1 e do
Anexo A (ver figuras 10 a 13 do Anexo B). Este requisito não se aplica às entradas de
cabos e condutores” [16D].
A substituição dessas gaxetas/anéis de vedação deve ser feita com o mesmo material e
dimensões originais, conforme consta na certificação do equipamento.
A furação de invólucros é uma modificação e não deve ser executada sem referência aos
desenhos certificados pelo fabricante; as caixas à prova de explosão de pequeno porte,
botoeiras, lâmpada piloto, etc, em geral tem espessura maior nos pontos previstos para
furação para entrada e saída de cabos; outros locais não previstos pelo fabricante, paredes
do fundo e laterais, por exemplo, com espessura menor não devem ser furadas.
Motores de Média tensão devem ter proteção para desligamento imediato em caso de falha
à terra.
Motores de baixa tensão em área classificada, Zona 1, deve ser desligado, em caso de falta
à terra. Vide item 4.2 Aterramento de Sistemas Elétricos, no Cap. 4.
Capítulo 14
Compartimentos de Baterias
Neste capítulo são apresentadas as recomendações das Classificadoras quanto à
localização de bancos de baterias, segundo sua capacidade. São indicadas as
recomendações quanto à ventilação de salas com baterias, devido à alta explosividade
do hidrogênio, gás que é liberado durante processo de carga da bateria.
Tabela 14.1 - Recomendação para Abrigo das Baterias, Segundo a Capacidade do Carregador
de Baterias ( em Kw) ou Capacidade do Banco de Baterias (em Kwh)
NOTAS:
“As baterias não devem ser instaladas no mesmo painel do retificador e sim em um
ambiente separado, tanto em função da classificação de áreas devido ao hidrogênio, bem
como devido à corrosividade dos vapores dos eletrólitos que danificam as placas e demais
componentes eletrônicos do retificador
” [2B] – Ítem 2.13.4.
• * Caixa de bateria também deve ser adequadamente ventilada, com venezianas nas
laterais opostas, tampa com tubo de suspiro tipo “pescoço de ganso” ou “chapéu
chinês”, com descarga a não menos que 1,25m da tampa, que deve ser do tipo
basculante com contra-peso.
• * Armário ou caixa deverão ser forradas com manta de chumbo, para conter derrame
de solução/eletrólito e evitar corrosão da caixa.
Classificação de Áreas:
As luminárias, detetores de gás e outros equipamentos elétricos instalados interior da sala
de baterias deverão ser do tipo aprovado, certificado para o Grupo de Gás Hidrogênio -
Grupo IIC, T1 (450°C), Zona 1, de preferência do tipo segurança aumentada.
• Caixas de baterias de médio porte, com suspiro, montados ao ar livre ou em local com
boa ventilação natural, não classificam a área em sua volta.
• As baterias não devem ser instaladas em Áreas Classificadas (que não as geradas pelas
próprias baterias em compartimentos fechados), devido à possibilidade de
centelhamento nos terminais durante desconexão de cargas, queda de ferramentas, etc..
No caso de utilização de baterias reguladas à válvula o ambiente em que serão instaladas deve
possuir temperatura máxima de 25°C; o equipamento de condicionamento de ar deve ser do
tipo adequado para essa atmosfera explosiva.
O hidrogênio é um gás mais leve que o ar, densidade 0,07, portanto, com tendência para
acúmulo em qualquer bolsão no teto;
Sala de bateria deve ter ventilação natural, com dutos ou aberturas diretamente no teto ou
mais próximo ao teto (os trechos de dutos devem ser verticais ou inclinados a não mais
que 45° da vertical); Estes dutos não devem conter nenhum acessório como damper ou
flap que possa impedir a livre passagem de gases ou mistura explosiva. Deverá haver
entrada natural de ar junto ao piso.
Quando for impraticável ou insuficiente a ventilação natural, deve ser instalada exaustão
mecânica, com sucção no topo da sala e aberturas para entrada de ar, junto ao piso.
- As salas adjacentes que tenha porta ou qualquer outra comunicação com sala de
baterias, usualmente salas dos carregadores de baterias ou UPS vizinha, devem ser
mantidas com ventilação forçada e pressurização positiva em relação à sala de
bateria (quando aberta a porta, o fluxo de ar nessa porta ingressa na sala de
baterias).
- O motor elétrico do exaustor e/ou ventilador deve ser montado fora do fluxo, para
prevenir que gás hidrogênio penetre no interior do motor;
“Deverão ser instalados sensores de gás hidrogênio nos dutos de exaustão de salas de
baterias. A atuação de um sensor indicando 20% do L.II. deverá ser sinalizada na sala de
controle ou onde estiver instalado o monitor/controlador, desde que o local seja
permanentemente assistido e adicionalmente partir os exaustores reservas. A deteção de
gás por dois sensores em um nível de 60% de L.I.I. deverá adicionalmente inibir a carga
profunda das baterias. ” item 5.2.3.1 2[2A].
Vários acidentes dessa natureza tem sido reportados, até mesmo com
baterias de pequeno porte, guardadas em armários ou estojos portáteis, que
também podem reter hidrogênio no seu interior, mesmo desconectado do
respectivo carregador.
Notas:
1 - Embora os sistemas de corrente contínua não seja aterrado em unidades marítimas, alguns
fabricantes de motor de arranque para motor diesel (exemplo, grupo diesel-gerador de
emergência), já vem de fábrica com o negativo aterrado na carcaça do próprio motor DC.
2 - O pólo positivo de sistemas de Telecom (enlace de rádio, PABX, multiplex, etc.) deve ser
referenciado ao terra (48 Volts), com deteção de fuga no pólo (-48V).
Os bancos de baterias, não devem ser cobertos com lonas para proteção
dos invólucros. A cobertura com lona possibilita formar bolsões de
hidrogênio sob a mesma, aumentando em muito o risco de explosão
em caso de eventual centelha. Utilizar quando necessário, aparador de
amianto sob o ponto de trabalho a quente para proteger as baterias.
INSTRU-Ex_2002-cap14.doc
Capítulo 15
Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas
Máquina essencial à segurança da Unidade não pode ser instalada dentro de qualquer área
classificada nem em sala de máquinas de categoria A (vide cap. 16), que contenha
máquinas de combustão.
Motores a gás não podem ser instalados em Área Classificada de outras fontes vizinhas,
devido a alta temperatura da descarga/manifold que pode inflamar mistura explosiva
externa; em caso de aspiração de gases, o motor pode sofrer avarias por
detonação/sobrevelocidade.
Em caso de shut-down, provocado pela deteção de gás confirmado (60% LEL) no interior
do hood, a linha de gás combustível deve ter duplo bloqueio com uma das válvulas
solenóide montadas externamente ao hood (vide item 15.5); o gás residual no trecho
de tubulação no interior do hood até o regulador de gás do motor deve ser aliviado (vent),
através de válvula tipo blow-down (BDV). O vent deverá ser levado para fora do hood em
local seguro, para dispersão do gás. (vide na figura 15.2, instalação típica para BDV).
O óleo lubrificante e o interior do carter do motor pode ser contaminado por gás em caso
de vazamento nos anéis de segmento, portanto, o respiro do carter, bem como respiro do
tanque de óleo lubrificante se houver, também deve ser conduzido para fora do hood, em
local seguro, para dispersão do gás; tais respiros classificam a área ao seu redor.
Fig. 15.1 – Exemplo típico de encamisamento de linha de gás combustível [6C], para
equipamentos em ambientes confinados.
15.3 – Compressores de Ar
Além disto, a falha na partida pode também vazar gás para o exterior, em torno do
equipamento; existindo o risco de ignição por alguma fonte de ignição externa, próxima
do forno.
Uma vez as superfícies quentes associadas a tais equipamentos são inevitáveis, não é usual
classificar a área ao redor dos mesmos, porém, pelas razões acima, recomenda-se a não
instalação de equipamentos elétricos comuns, próximos ao forno.
“Os equipamentos que operem com chama direta, não devem ser instalados em áreas
classificadas. Estes equipamentos devem ser isolados da área de processo por anteparas,
no mínimo A0. As dimensões das anteparas devem ser determinadas considerando o
disposto no estudo de dispersão de gás.” [2A], item 9.1.
Nas plataformas, as turbinas a gás são utilizadas para acionamento de compressores de gás
e geradores de energia elétrica.
Quando a turbina estiver operando, a taxa de fluxo de ar no casulo usualmente deverá ser
suficiente para purgar qualquer pequeno vazamento de gás que possa ocorrer, tipicamente
90 trocas de ar por hora.
A deteção por dois sensores a 20% do L.I.I. deverá, adicionalmente, ligar o sistema
reserva de ventilação sem desligar o sistema normal. A deteção de gás por 2 sensores,
na concentração de 60% do L.I.I. deverá adicionalmente parar a turbina.
Os respiros dos tanques de óleo lubrificante e do óleo hidráulico, que além de liberar
vapores de hidrocarbonetos à alta temperatura na saída do demister, pode ser contaminado
pelo gás do compressor, através dos selos de mancais, por exemplo.
Todos esses respiros bem como o vent da linha de suprimento de gás (saída da válvula
blowdown) devem ser conduzidos para fora do hood, em área segura. Tais respiros, junto
com os exaustores do hood, classificam a área ao seu redor.
Além disso, em turbinas com bombas de pós- lube acionadas por baterias (motor de
corrente contínua), considerar também a área classificada no interior do compartimento de
baterias e descarga de exaustão do mesmo, quando agregados no skid da turbina.
Gás exaustão
Exaustor hood
Hood da turbina
Turbina Gerador
Vent em local
seguro
Válv. controle
Válv. Shutdown
Sala da
turbina
Válv. Blowdown
Linha de gás
Válv. Shutdown
Fig. 15.2 – Exemplo típico de instalação de válvula de blowdown em linhas de alimentação de gás;
Mesmo que estes equipamentos e tubulações, como por exemplo o duto de exaustão e o
silencioso de motores diesel, possuam isolamento térmico que “limite” a sua temperatura
superficial a no máximo 200 ºC, a instalação não é recomendada devido ao fato de o
isolamento se deteriorar com as intempéries e adversidades ambientais, podendo provocar
a ignição de uma atmosfera potencialmente explosiva.
Além disso, as fagulhas lançadas a partir das descargas de máquinas de combustão interna
podem provocar ignição de atmosfera explosiva.
Auto-ignição
“Petróleos líquidos quando suficientemente aquecidos, entram em ignição sem que lhes
seja aplicada chama. Este processo de auto-ignição é mais comum quando um óleo
combustível ou um óleo lubrificante, sob pressão, é lançado pulverizado sobre uma
superfície aquecida. Isto também ocorre quando o óleo derrama sobre revestimentos
isolantes térmicos, se vaporiza e entra em combustão. Estes são dois exemplos de fatores
responsáveis por graves incêndios já ocorridos em praças de máquinas. As linhas de
alimentação de óleo exigem atenção especial para evitar que o óleo seja pulverizado em
virtude de vazamentos. Revestimentos térmicos, quando saturados de óleo, devem ser
removidos e o pessoal deve ser protegido de qualquer ignição de vapores durante os
trabalhos de remoção”. [10]
Capítulo 16
Anteparas Divisórias de Áreas Classificadas
Neste capítulo são indicadas as classes de anteparas e pisos que separam áreas
classificadas de áreas não-classificadas e de outras áreas de risco. São indicadas as
principais recomendações para manter as anteparas estanques a gás.
O livro de regras do IMO MODU CODE [3], dispõe sobre a proteção estrutural contra
incêndio, a serem seguidas por todas as Unidades marítimas móveis.
Uma antepara ou convés separando espaços adjacentes, sendo um deles uma Área
Classificada, deve ser do tipo conforme abaixo:
Toda antepara ou piso que separa uma Área Classificada de uma Estação de Controle(*)
ou Praça de Máquinas categoria A(**), adjacentes, deve ser do tipo A-60. Para demais
espaços adjacentes a uma Área Classificada a antepara pode ser do tipo A-0.
Quando uma Área Classificada está localizada num convés e a Praça de Máquinas
categoria A em outro imediatamente acima ou abaixo, o convés que divide estes espaços
(teto/piso divisório) deve ser, também, do tipo A-60.
Observações:
(**) Praça de Máquinas categoria A são todos os espaços que contém motores do tipo
combustão interna usados:
- para propulsão principal ou
- para outros propósitos onde tais motores tenham uma potência total não inferior
a 375 kW (500 HP) ou que contenham caldeira a óleo ou unidades alimentadas
a óleo.
É a divisão formada por anteparas ou “decks” que atendem aos seguintes requisitos,
segundo o SOLAS [21]:
Obs.: Antepara A-60 constitui-se da antepara de aço (A-0), com revestimento de massa
resistente a fogo pelo tempo indicado, conforme acima.
“ Penetrações
Sempre que necessário penetrar uma parede ou piso classificado por tubulações, dutos,
bandejas ou cabos, deverá ser garantida a integridade, quanto à classificação, desta
divisória no ponto de penetração. Para tanto, deverão ser usados materiais selantes a
prova de fogo, devidamente homologados para a vedação das penetrações, prevenindo
assim, a propagação de fogo.” Item 3.3.1
Nas penetrações de paredes corta-fogo Classe A por dutos de ventilação, deverão ser
instalados “dampers” corta-fogo, de acordo com o SOLAS.
“As portas e janelas deverão seguir a classificação das anteparas em que estejam
localizadas. As portas corta-fogo deverão ser providas de dispositivo de fechamento
automático.
Não deverão ser instaladas janelas em anteparas corta-fogo Classe A-60.” ( item 3.3.2 )
16.2 - Estanqueidade
Todas as anteparas de aço que separam uma área classificada de outra não-classificada
(ou com menor classificação) devem ser do tipo “estanque a gás”. Isto inclui também
todas as penetrações de cabos elétricos e tubos nesta antepara que devem ser estanques a
gás.
Não podem existir aberturas ou furos de passagem de cabos removidos, sem vedação.
Quando cabo elétrico ou tubo for removido, as aberturas nas anteparas devem ser vedadas
por bujão estanque ou soldadas. MCT’s abertos, desocupados por cabos removidos,
devem ser selados com bloquetes cegos.
Nota:
Vide também item 12.4 Inspeção Inicial/Final – Estanqueidade, no Cap. 12 Containers e
Equipamentos de Terceiros Embarcados Temporariamente.
Todas as portas que dão acesso direto a áreas classificadas, ou portas de áreas que devem
ser mantidas com pressão diferencial, devem ser do tipo “estanque a gás”, com guarnição
de neoprene ou vedação equivalente.
As portas não podem ser providas de dispositivos para retenção na posição aberta, tais
como gancho ou similar.
Portas separando áreas com diferentes pressões, devem abrir para a área de maior pressão.
Desta forma, o fluxo de ventilação favorece o fechamento automático da porta e assim,
ajuda a manter a pressão diferencial entre estes compartimentos.
Essas portas deverão ter dispositivos tipo mola para fechamento automático. As portas
devem abrir na direção da área não-classificada, ou na direção da área de menor
classificação.
Nota:
Portas estanques à inundação (watertight) ou estanques a fogo (fire door class A) podem ser
consideradas como estanques a gás (gastight), conforme a norma IEC 60092-502 [11F]
Capítulo 17
Armazenamento e Manuseio de Material Inflamável –
Trabalhos de Pintura
O material em uso tais como trincha, rolo, balde aberto, etc., deve ser armazenado também
em paiol.
Cartazes adesivos como o mostrado no Apêndice C, deverão ser afixados junto às portas e
aberturas dos compartimentos onde se localizam os Paióis de Tintas.
Nota:
Cartazes adesivos (Apêndice C), deverão ser afixados junto nos tanques e na área onde
este sistema estiver instalado.
Cilindros de GLP para chama piloto do queimador devem ser mantidos em local bem
ventilado.
Cartazes adesivos como o mostrado no Apêndice C, deverão ser afixados na área próxima
aos cilindros (Grupo IIA, T3 - 200°C).
17.4 – Acetileno
O óleo diesel marítimo tem Ponto de Fulgor superior a 60 ºC, sendo considerado Líquido
Combustível. Segundo este critério, o óleo diesel marítimo não classifica área.
Observação: o óleo diesel terrestre para caminhões tem baixo ponto de fulgor, sendo considerado
inflamável.
Apesar do óleo diesel marítimo não ser Inflamável, é recomendado a sinalização com
cartazes adesivos, junto aos seguintes locais:
- tanque diário;
- tanque de granel;
- áreas próximas a tomadas de recebimento; suspiros e tubos de sondagem de tanques.
Outros materiais combustíveis como graxa, lubrificantes, óleo, etc, embora não
classifiquem área, não devem ser armazenados em ambientes confinados, próximos a
estufas ou outros equipamentos de alta temperatura.
Qualquer produto inflamável com baixo ponto de fulgor (altamente volátil) para
uso/consumo a bordo, deverá ser armazenado fechado/selado, no Paiol de Tintas, ou em
outro local reservado para isso, protegido, amarrado para prevenir quedas por movimentos
da embarcação e adequadamente ventilado, conforme procedimento definido pela
unidade.
Nota:
Para estimativa do volume de troca de ar no compartimento, vide método prático, indicado
no Cap. 5, item 5.6 - Ventilação Adequada.
Assegurar que ventilador ou exaustor provisório ou de instalação fixa, arrastem para a área
externa livre e, não arrastem nem expulsem vapores para outros compartimentos
confinados vizinhos ou para local próximo ao cogumelo de algum outro ventilador que
assim, pode aspirar e contaminar outro compartimento.
A limpeza do material de pintura em uso, como rolos, trinchas deverá ser executada em
local aberto
Capítulo 18
Requisitos Adicionais para Plataformas de Perfuração
Quando a Unidade for realizar testes de produção, devem ser tomadas as precauções,
como seguem:
- Caso não seja possível atender as condições acima, desligar os ventiladores fechando
seus dampers e desligar, no CCM ou painel de alimentação, os equipamentos com
fontes de ignição que estejam dentro do raio de classificação gerados por esses skids
temporários.
Documentação:
No caso de um “blow-out”, toda a torre ou toda a plataforma pode ser envolvida com uma
nuvem de gás, passando muito além dos limites das Áreas Classificadas indicadas no
Plano; quando deverá ser acionado o sistema de parada de emergência (ESD).
Apesar dos trechos intermediários da torre serem considerados como Área não-classificada
pelas regras das Classificadoras, é recomendado instalar equipamentos do tipo aprovado
para ZONA 2 (pelo menos) em toda a extensão da torre, devido à possibilidade da nuvem
de gás tomá- la totalmente.
Meios de Desligamento:
Existem, entretanto, cargas que não devem ser desligadas mesmo em situações de
emergência operacional. Alguns desse serviços deverão estar operacionais após uma
parada de emergência (vide IMO MODU Code):
Considerar também a direção dos ventos predominantes, que deve favorecer o arraste de
qualquer vazamento na Jaqueta para longe do alojamento da plataforma.
A Área Classificada gerada pela jaqueta pode envolver parte do casco da plataforma,
criando Áreas Classificadas Adicionais para a plataforma. Neste caso, é recomendável
emitir Plano de Áreas Classificadas específica para a locação, incorporando todas as
recomendações e precauções cabíveis, conforme abaixo:
Capítulo 19
Documentação referente à Áreas Classificadas
Neste capítulo são listadas as informações que devem constar nos Planos de
Classificação de Área, incluindo legenda e procedimentos operacionais. É sugerida a
Lista de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos em Áreas Classificadas para a
rastreabilidade dos mesmos. É sugerida a sinalização das áreas classificadas com
cartazes padronizados. São abordados os meios para divulgação dos Planos e de
Avisos referentes a Áreas Classificadas.
Com relação aos procedimentos para mapeamento das fontes de risco e elaboração/criação
do Plano de Áreas Classificadas vide cap. 2 – Áreas Classificadas Típicas.
“Plano de Áreas Classificadas, deverá ser indicado sobre o arranjo geral, em cada
nível, cuja Legenda deve conter informações análogas às mostradas no ANEXO A.
Representar as áreas classificadas em cada nível, com nome e tag dos equipamentos
e fontes de risco, incluindo cortes e vistas laterais.
O Plano de Áreas Classificadas deverá ter formato adequado para que um único
desenho consolide todas as plantas, vistas e cortes, permitindo assim facilidade de
consulta e afixação em locais públicos da plataforma;
Localização de portas, janelas e quaisquer outras passagens entre estas áreas com
indicação do sentido de abertura de portas ou de barreira de ar (“air-lock”), se houver.
Indicação, em Nota, quanto aos Alarmes de Falha de Ventilação/Pressurização ou falha de
Exaustão ou Alarme de Pressão diferencial entre Área Classificada e outra Área não-
classificada, adjacentes – indicar o local onde sinaliza o alarme.
Indicar nas Plantas de Convés a localização de todos os Cogumelos de Ventilação e de
Exaustão, Forçada ou Natural, de Áreas Classificadas e salas vizinhas; indicar a função,
tag e o compartimento atendido por esses ventiladores/exaustores.
OOO ZONA 0
LEGENDA
OOO
OOO
ÁREA NÃO-CLASSIFICADA (desde que mantida com pressão positiva por ventilação forçada)
ÁREA NÃO-CLASSIFICADA
P ÁREA A SER MANTIDA COM PRESSURIZAÇÃO NEGATIVA (através de exaustão forçada, para não
contaminar os compartimentos vizinhos)
Obs.
Para evitar-se o congestionamento no desenho, a representação da Zona 0 (interior de vasos,
etc.) é em geral, dispensada pelas Classificadoras, por ficar envolvido na zona 1 correspondente;
Recomendado sua indicação para arranjos/cortes de FPSO/FSO mostrando os tanques de carga
de petróleo, e corte de vasos de grande porte.
Nota 1: essas anteparas estanques a gás deverão ter todas as penetrações de tubo ou cabos
elétricos vedadas contra passagem de gás/fogo. todas as portas nestas anteparas deverão ter
mola para fechamento automático, sem dispositivo de retenção na posição aberta, e permanecer
fechadas durante a operação da plataforma para manter o diferencial de pressão entre os
compartimentos adjacentes.
Arranjo Geral
A localização no convés dos suspiros de tanques nos pontoons e colunas, que não devem
estar contidos ou muito próximos a áreas classificadas.
A localização de oficinas de solda, corte e outras áreas de trabalho a quente que devem ser
mantidos a com o maior afastamento possível de áreas de processo/classificadas.
Conforme formulário Anexo da norma N-2155 [17G], que deve conter a lista com os
equipamentos e elementos considerados como fonte de risco, substância manuseada e
parâmetros operacionais (pressão,vazão,temperatura) e demais dados pertinentes.
Motor Parâmetros
EQUIPAMENTO/ CARACTERÍSTICAS CERTIFICADO DE CONFORMIDADE de Circuitos
LOCAL INSTALADO Intrinsecam
Grau de Proteção IP
Validade (Nota 1)
Função/ Sistema
Fabricante/país
(Grupo, Zona)
Equipamento
Tensão (V)
associados,
especiais
proteção
Pacote
TAG
Obs.
Item
(a)Prensa-cabo descrito no
Convés Principal, skid da
1
Motor da Bomba de ..
proteção = 5 seg
XWEG – Brasil
Ref. XPTO-...
Cepel/Labex
MB-211111
99-XXX...
dez/2001
BR-Ex-e ...
T3 (200 C)
t E - 7 seg ;
IP-W-55
Unid. ...
item xx
Motor
Ex-e
N/A
N/A
N/A
480
IIA
22
Notas:
(1) As cópias dos Certificados de Conformidade e respectivos Anexos, devem ser fornecidas, reunidas em
um data-book
(2) Todos os acessórios de instalação do tipo aprovado para atmosferas explosivas (prensa-cabos, caixas de
junção e similares) devem ser indicados junto com o equipamento correspondente ao qual está
agregado, referenciando apenas o item correspondente.
(3) Devem ser listados os equipamentos elétricos e eletrônicos, instrumentos, instalados em áreas externas
não classificadas e que necessitem operar durante uma situação de emergência, ESD-3 listar também as
luminárias essenciais conectadas a UPS/baterias instaladas em áreas externas não-classificadas
(4) para circuitos do tipo intrinsecamente seguro, deve ser anexado uma memória de cálculo, com resumo
do circuito e os componentes e circuitos associados considerados
(5) Para as luminárias, devem ser indicados o tipo e a potência máxima (W) das lâmpadas, para o qual
foram certificadas
(6) Para motores elétricos acionados por conversor de freqüência, deverá ser fornecido o Certificado de
Conformidade do conjunto (conversor + motor)
(7) Os dados acima devem ser fornecidos armazenados em banco de dados (Access ou compatível);
19.5.1 – Sinalização
Todas as Áreas Classificadas da plataforma
deverão estar devidamente sinalizadas com
cartazes (adesivo em vinil ou placa), como o
mostrado ao lado (Vide arquivo no Apêndice
C, sugerido para a Norma N-2567 [17F], ora
em elaboração.
Além da demarcação nos respectivos locais, deverá ser feita ampla divulgação, afixando em
Painéis em locais públicos (corredores de alojamento, etc.), os desenhos de Arranjo de Áreas
Classificadas (desenho 2-D) com Plano/Vistas Laterais e sugerido exibir também o arranjo
tridimensional (3-D), conforme exemplificado abaixo, para o caso específico da plataforma
PETROBRAS-V:
Noções gerais sobre Áreas Classificadas deverão, preferencialmente, ser abordadas quando
do embarque do pessoal na plataforma, durante a Palestra de Segurança (“Briefing”). Nesta
ocasião deverão ser enumerados os locais considerados Áreas Classificadas e mostrados os
cartazes adesivos utilizados para a identificação/demarcação dos mesmos.
Instruções quanto aos cuidados requeridos especialmente para a execução de serviços com
eletricidade e de serviços a quente nestas áreas, incluindo o uso de ferramental apropriado,
deverão ser abordados na Palestra de Segurança.
Na ocasião, as pessoas embarcadas, principalmente os visitantes, deverão ser informadas sobre os perigos
potenciais associados ao uso de equipamentos elétricos ou eletrônicos do tipo não-aprovados em Áreas
Classificadas, tais como os telefones celulares do tipo comum, atualmente de uso generalizado.
Apêndice A
SÍMBOLO NORMAS
TIPO DE PROTEÇÃO IEC/ABNT DEFINIÇÃO IEC/ (ABNT)
Notas:
(*) Não é aceito pelas Classificadoras em virtude da inflamabilidade do óleo isolante.
(**) Não é comumente utilizado – tecnologia antiga.
ATENÇÃO!
NOTA:
Um guia prático para seleção de equipamentos elétricos “Ex”, para as diversas Áreas
Classificadas de Plataformas de Perfuração ou Produção é mostrado na Tabela 3.1- Guia
prático para seleção de equipamentos “Ex”, no cap. 3.
GRUPOS DESCRIÇÃO
NOTA:
Limites de inflamabilidade
Durante o processo de evaporação de um líquido inflamável com a formação de uma
mistura acima da superfície livre do líquido acontecem fases diferentes de concentração, de
tal modo que, com baixa concentração, a mistura ainda não é inflamável.
NOTA:
Dessa forma o invólucro à prova de explosão deve ser construído com um material
metálico resistente, normalmente alumínio ou liga de metal leve, e deve possuir um
interstício estreito e longo para que os gases quentes desenvolvidos durante uma possível
explosão, possam ser resfriados, garantindo a integridade da atmosfera ao redor,
conforme ilustra a figura abaixo, reproduzida de [1]:
Por exemplo, o Interstício Máximo para gases do Grupo IIA (propano) é de 0,4 mm (para
L= 25 mm e invólucro com volume entre 100 e 500 cm3 ) e de 0,1 mm para gases do Grupo
IIC (hidrogênio), para L< 25 mm e invólucro com volume entre 100 e 500 cm3 .
De um modo geral, os invólucros À Prova de Explosão, quando construídos com juntas
flangeadas (filosofia americana), são facilmente reconhecidos pelo elevado número de
parafusos.
ADVERTÊNCIA!
Invólucros à prova
de explosão –
tampas flangeadas
e roscadas
Invólucros com
tampas roscadas
devem ter, pelo
menos, 5 fios de
rosca
perfeitamente
encaixados.
Fig. A2- Representação [1] e fotos [15] de invólucros à prova de explosão, com tampa flangeada
(esquerda) e tampa roscada (direita)
Os equipamentos À Prova de Explosão apresentam limitações e desvantagens , como por
exemplo:
- Invólucros geralmente muito pesados e volumosos;
- Dificuldade para manutenção e instalação, principalmente no caso de juntas
flangeadas;
- Invólucro não vedado à entrada de umidade por condensação e água, que, no caso de
manutenção inadequada, pode levar a falhas para terra ou curto-circuito interno
principalmente no caso de juntas flangeadas, sendo que:
- NBR 5363/77 não permite colocação de gaxeta;
- NBR 5363/88 permite gaxeta compressível ou elastomérico como item adicional,
não fazendo parte integrante da junta à prova de explosão (projeto modificado). A
gaxeta deve ser colocada de maneira que possa garantir o atendimento aos valores
de comprimento e interstício da junta à prova de explosão.
- A caixa não pode ser aberta na área, para isso é necessário desligar a alimentação
elétrica.
- Em ambiente marinho, os invólucros de alumínio montados na região exposta a névoa
salina, se dissolvem com o tempo quando em contato com suporte/estrutura de aço,
por efeito corrosão galvânica.
Essa técnica se baseia no fato de tornar estes equipamentos mais seguros, através de
medidas construtivas adicionais e específicas a cada tipo de equipamento. Para o caso de
uma caixa de terminais de ligação, são indicadas abaixo as medidas de melhoria capazes
de tornar o dispositivo como sendo de segurança aumentada, minimizando a probabilidade
de ocorrência de centelhamento ou alta temperatura
(Este exemplo foi reproduzido do Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e
de Petróleo, ref. [1], onde podem ser encontrados mais exemplos para outros tipos de equipamentos):
PARTES QUE PODERIAM SE TORNAR COMO DE RISCO MEDIDAS CONSTRUTIVAS PARA MINIMIZAR O RISCO
DE IGNIÇÃO
Centelhamento entre terminais Aumento nas distâncias de isolação e
escoamento
Centelhamento por vibração de contacto Terminais anti-afrouxantes
Dano ao cabo durante aperto e consequente Não é permitido terminais com cantos vivos que
sobreaquecimento possam cortar os condutores, torcê-los ou
deformá-los durante aperto normal em serviço
Tabela A4- Melhorias capazes de tornar os terminais de ligação elétrica como do tipo “Ex-e”
Legenda
Fig. A3- Exemplo de melhorias que podem conferir características de “segurança aumentada” em
Luminária em corpo plástico (tipo Ex-e), para zonas 1 e 2. Reproduzido de [14B]
Nota:
Luminárias com cobertura/globo plástico em policarbonato não devem ser instaladas em locais
expostos a vapores de alta temperatura, como, por exemplo, sobre as peneiras de lama.
Equipamentos elétricos Ex com tipo de proteção combinada como, por exemplo, segurança
aumentada e à prova de explosão também são disponíveis. Neste caso, o equipamento que
é centelhante em condições normais de operação é instalado num invólucro metálico à
prova de explosão e a parte não centelhante, como os terminais de ligação são instalados
num invólucro de segurança aumentada (material plástico, por exemplo), sendo que a
ligação entre os dois compartimentos é feita na própria fábrica, através de buchas de
passagem seladas.
Para esta combinação a marcação é feita com a união das letras correspondentes à
simbologia, como por exemplo, Ex-de (= Ex -d + Ex-e). Neste tipo de proteção combinada
encontramos, por exemplo, tomadas e plugues, botoeiras de comando de motores, unidades
de controle e sinalização, pequenos interruptores e disjuntores, etc. Vide fig. A4.
Fig. A5- Analogia de Circuito de Segurança Intrínseca com circuito hidráulico: Manipulação e
armazenamento de energia controlada. Reproduzida da apostila SENSE [8]
Exemplos de aplicação:
“Toda mistura explosiva possui uma energia mínima de ignição (MIE – Minimum
Ignition Energy) que abaixo deste valor é impossível provocar a detonação da atmosfera
explosiva.” [8]
Dentro deste princípio, a energia total que o circuito intrinsecamente seguro pode conter
deve ser menor que a mínima energia de ignição MIE.
Para se ter uma idéia da ordem de grandeza do valor da energia mínima capaz de inflamar uma
atmosfera potencialmente explosiva, Vide os gráficos abaixo. Nestes gráficos estão mostradas em
(a) as curvas corrente mínima de ignição X tensão para um circuito resistivo e em (b) as curvas
capacitância X tensão mínima de ignição para um circuito capacitivo.
As curvas, para cada grupo de gases, são levantadas utilizando-se um dispositivo centelhador,
instalado dentro de uma câmara contendo uma amostra de gás inflamável, e variando-se os
valores dos parâmetros elétricos do circuito (por exemplo tensão da fonte de alimentação e
resistência para circuitos resistivos (a)). Observa-se que os gases dos grupo IIC necessitam de
menor energia para se inflamar (40 µJ, micro-Joule) em relação ao gases dos grupos IIA (320 µJ)
e IIB (160 µJ).
(a) (b)
Circuito resistivo – Para uma tensão de 24VDC uma Circuito capacitivo – Uma corrente de descarga capacitiva
corrente da ordem de 0,8 A é suficiente para inflamar de capacitor de 0,25 µF com tensão aplicada de 100 V DC
uma atmosfera com gases do Grupo IIA. é capaz de inflamar uma atmosfera com gases do Grupo IIA.
Fig. A7 – Curvas corrente mínima de ignição X tensão (a) e curvas capacitância X tensão
mínima de ignição (b). Figuras reproduzidas de IEC 60079-11 [11E]
Categoria “ia”: Esta categoria é mais rigorosa e prevê que o equipamento possa sofrer até
dois (2) defeitos consecutivos e simultâneos mantendo um fator de segurança 1,5 aplicado
sobre tensões e correntes, visando a incapacidade de provocar a ignição. Equipamentos de
segurança intrínseca categoria “ia” podem ser utilizados em Zona 0.
Para uma instalação ser executada com a proteção da Segurança Intrínseca temos que
interfacear o elemento de campo (equipamento do tipo “Ex- ia”, tais como transmissores de
corrente, sensores de proximidade, etc.) com o instrumento de controle/sinalização, através
de um limitador de energia. Na analogia mostrada na fig. A5, o limitador de energia está
representado por uma válvula ou barreira.
Os circuitos SI (Intrinsecamente Seguros) são conectados aos circuitos comuns NSI (Não
Intrinsecamete Seguros) através de “equipamentos intrinsecamente seguros associados”.
Estes equipamentos associados, que devem ser instalados fora de áreas classificadas,
contêm um circuito limitador de energia, como por exemplo, as barreiras
intrinsecamente seguras.
Fig.A8 –
I Barreira Diagrama mostrando a
SI Curto-circuito aqui localização de equipa-
V
não provoca ignição mento “Ex -i” em Área
L Classificada e de
C Equipamentos
Fonte de R associados (fonte de
Equipamento alimentação e da
alimentação Ex-i barreira SI) em Área
Não-classificada.
fusível Resistor
Fig. A9 – Esquema simplificado de
uma Barreira de Segurança Intrínseca.
Diodo
Zener Para equip.
O Resistor limita a Corrente elétrica e o
“Ex-i”
Diodo Zener limita a tensão entregue ao
equipamento de segurança intrínseca.
NOTA:
Os equipamentos devem possuir uma marcação de temperatura para orientar sua aplicação
em uma atmosfera específica de gás ou vapor. Esta marcação, ilustrada na tabela abaixo,
utiliza números de identificação, conforme as normas americanas – NEC e as normas
Internacionais (IEC), com as quais se harmonizam as Normas brasileiras – ABNT. Os
livros de regras das Sociedades Classificadoras (ABS, BV e DNV) fazem referência à IEC
e NEC (EUA).
NOTA:
Fig. A10- Símbolo para equipamentos “Ex” de origem européia, adotado também por fabricantes
brasileiros
É estabelecido naquela norma que os equipamentos elétricos devem ser marcados na parte
principal do invólucro, num local visível. Esta marcação deve ser legível e durável,
levando-se em conta inclusive, possível corrosão química.
A marcação deve incluir:
1- nome do fabricante ou a sua marca registrada;
2- A identificação do modelo ou tipo;
3- símbolo BR-Ex que indica que o equipamento elétrico ou seu protótipo foi
ensaiado e certificado por um laboratório credenciado, conforme normas
brasileiras, e é apto para uso em atmosfera explosiva de gás, ou está
especificamente associado com tal equipamento;
4- símbolo correspondente ao tipo de proteção;
5- símbolo do grupo do equipamento elétrico;
6- Para equipamentos elétricos do grupo II, o símbolo indicativo da classe de
temperatura, ou a temperatura máxima de superfície em graus C, ou ambas.
Quando a marcação incluir ambas, a classe de temperatura deve ser indicada
por último entre parênteses. Ex.: T1 ou 250° C ou 350° (T1). Se o equipamento
elétrico tiver temperatura máxima de superfície maior do que 450° deve ser
marcado somente com a temperatura;
7- número de série, se utilizado, exceto para:
- acessórios para conexões (prensa-cabo, eletroduto, placas cegas, placas
adaptadoras, plugues, tomadas e buchas de passagem);
- equipamentos muito pequenos nos quais há limitação de espaço;
Br Ex ia IIC T6
CERTIFICAÇÃO TEMPERATURA
PROTEÇÃO GRUPO
TIPO DE PROTEÇÃO
XPTO 500
LOGOTIPO II 2 G Ex edm IIC T4
DO PTB 98 ATEX 2125 01502
FABRICANTE AC 220V-10% -254V+6% 50-60 Hz
DC 200V-250V ±10% IP 660,088A
1x8 W 81-IEC-6040-1 G5 Ta ≤ 50°
Made in (País de Origem)
12 13
14 15
1 – Nome/Logotipo do Fabricante
2 – Marcação indicativa de Proteção para atmosfera explosiva
3 – Modelo e referência do produto
4 – Grupo de Indústria
I – Mineração,
II – Outras (indústrias de superfície)
5 – Categoria do Equipamento, conforme ATEX 100a:
1 - Zona 0; A menção “zona” não é indicada explicitamente; o usuário deve
2 - Zona 1; identificar a marcação conforme tabela ao lado que, para grupo
de gases e vapores, vem seguida da letra “G” referida abaixo no
3 - Zona 2 item 6, ( 1G, 2G ou 3G )
* vários países/fabricantes já vêm adotando esta marcação que entrará em vigor a partir de
jun/2003, conforme a Diretiva ATEX 100A [26A], juntamente com a Diretiva ATEX 118A [26B].
NOTAS:
(*) Marcações para equipamentos à prova de explosão.
(**) Marcação conforme a edição 1996 do NEC, que se alinha com os conceitos prescritos
nas normas internacionais (IEC).
Na página Listagens deste site podem ser consultadas as listas de produtos certificados
pelos Organismos de Certificação Credenciados pelo INMETRO (CEPEL, CERTUSP e
UCIEE), com seus respectivos números de certificados e validade, por Laboratório:
- CEPEL: http://www.cepel.br
- CERTUSP: http://www.iee.usp.br
- UCIEE: http://www.uciee.org
Todo equipamento elétrico, independente de ser adequado ou não para aplicação em uma
atmosfera explosiva, possui uma proteção inerente capaz de evitar, principalmente, danos
físicos às pessoas (ex.: choque elétrico, ferimento, etc.) e danos ao próprio equipamento,
quer seja pela penetração de corpos sólidos estranhos, quer seja pela penetração de água.
Embora o Grau de Proteção não seja específico para equipamentos elétricos para uso em
atmosferas inflamáveis, ele poderá constar como uma característica adicional para
determinados Tipos de Proteção.
O primeiro dígito (X), refere-se à proteção contra penetração de objetos sólidos, inclusive
mão/dedos, enquanto o segundo dígito (Y) refere-se à proteção contra a penetração de
água. Por exemplo, um equipamento com proteção IP-54 significa que o mesmo é
protegido contra poeira e contato como também contra penetração de água projetada de
qualquer direção.
IP-X Y
1º D Í G I T O 2º D Í G I T O
Proteção contra penetração de objetos sólidos Proteção contra penetração de líquidos
Apêndice B
Unidades Marítimas Móveis – Obrigações Legais
A Marinha brasileira exige que as Unidades Marítimas Móveis em operação no país sejam
classificadas. Os Certificados de Classe assim como os Certificados Estatutários deverão
ser emitidos por Sociedades Classificadoras autorizadas pela Marinha.
VIII SS-29 SONGA STAR PANAMÁ 1976 DNV -> ABS PRC MARIMBÁ
(EX BELFORD DOLFIN) 1988
IX SS-15 - PANAMÁ 1982 ABS -> BV BV CORVINA
1995
X SS-16 - LIBÉRIA 1982 ABS ABS PERFURAÇÃO
XIX SS-42 TREASURE STAWINNER PANAMÁ 1983 ABS -> BV BV MARLIM (UEP-2)
(EX ARETHUSA WINNER) 100Kbbl, 770m
(EX PENROD-78) 1995
XXI SS-17 SEDCO STAFLO PANAMÁ 1967 LR -> ABS PRC MARIMBÁ
1988 LESTE
XXII SS-05 SEDCO 135 F PANAMÁ 1967 ABS PRC MORÉIA
Tabela 1.2- Unidades Marítimas Móveis operadas pela PETROBRAS (fonte: E&P-SSE/SC-SL/PRGC –dez/01)
Classificadoras:
ABS - American Bureau of Shipping LR - Lloyd’s Register
DNV - Det Norske Veritas
BV - Bureau Veritas PRC* - Panamá Register Corporation
* Agente do governo Panamenho
+ +
Os requisitos aplicáveis para a obtenção do Certificado de Classe das unidades marítimas , incluem, dentre
outros, aqueles referentes a equipamentos e instalações elétricas em Áreas Classificadas Estes requisitos
estão indicados nos livros de Regras de cada uma das Classificadoras, vigentes na época de construção. Por
exemplo, em caso de classificação ABS, uma unidade de produção deverá atender aos requisitos do
“Guide” que por sua vez, refere-se a itens do ABS-MODU, que também, por sua vez, refere-se a itens
específicos do ABS-Steel Vessels (Navios de Aço). As demais classificadoras seguem aprox. a mesma
estrutura de regras aplicáveis .
Embora exista hoje um código mais recente (MODU CODE 89), toda e qualquer modificação
que não seja considerada uma “grande conversão” (modificação que não altera a
característica operacional da Unidade), de Unidades construídas até 05/91, deverá atender
o IMO MODU CODE 79.
Os requerimentos constantes no IMO MODU Code e também nos livros de regras das Sociedades
Classificadoras estão, em geral, harmonizados com as prescrições da INTERNATIONAL
ELECTROTECHNICAL COMMISSION (IEC), série IEC-60079, quanto à classificação de área e à
utilização de equipamentos elétricos nestas áreas.
Apêndice C
O arquivo anexo na página está no formato “Corel Draw, versão 5.0, editável)
Frases alternativas,
conforme o objetivo
ou local
(vide sugestões
abaixo)
Apêndice D
Principais Características de Algumas Substâncias Inflamáveis
Notas:
- Vide características de demais substâncias na referência bibl. [1] e IEC 79-20;
*** Gás Natural – composição variável conforme origem, campo de produção e estágios
de tratamento/separação, faixas típicas:
- Metano 70 a 95%
- Etano 5 a 13%
- Propano 0,2 – 9%
- Butano 0 a 7% (e mais pesados)
PERIGO
T1 T2 T3 T4 T5 T6
Tmax* 450 oC 300 oC 200 oC 135 oC 100 oC 85 oC
Grupo
I Metano (grisu)
II A Ácido Acetico Álcool Gasolina Aldeido
PERIGO
- Vide Tabela 3.1 Guia Prático para Seleção de Equipamentos “Ex”, no Capítulo 3.
Apêndice E
Parágrafo 1° Estabelecer a data de 01 de agosto de 2001 para que os produtos ostentem a nova
identificação da Certificação do Sistema Brasileiro de Certificação, estabelecida
pela Resolução n° 02, de 11 de dezembro de 1997, do Conselho Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO, publicada na Diário
Oficial da União de 08 de março de 1998.
Art. 2° Estabelecer que os certificados, expedidos após a publicação desta Portaria, serão
válidos se emitidos por Organismo de Certificação Credenciado pelo INMETRO
(OCC)
Art. 3° Dispensar, da obrigatoriedade de certificação da conformidade, no âmbito do SBC,
as unidades marítimas importadas que objetivam a lavra de petróleo ou o transporte
de produtos inflamáveis, para trabalho "off shore", às quais são validos os critérios
para aceitação dos fornecedores e as certificações adotada pelas sociedades
classificadoras.
Art. 6° Estabelecer que a inobservância das disposições contida nesta Portaria acarretará
aplicação, a seus infratores, das penalidades previstas no art. 8° , da lei n° 9.933,
de 20 de dezembro de 1999.
Art. 7° Publicar esta Portaria no Diário Oficial da União, quando iniciará sua vigência,
ficando revogado a Portaria INMETRO n° 121, de 24 de julho 1996.
NORMA No REV. N o
REGRA ESPECÍFICA PARA EQUIPAMENTOS NIE-DINQP-096 01
ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS
POTENCIALMENTE EXPLOSIVAS APROVADA EM PÁGINA
FEV/00 01/13
SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Campo de Aplicação
3 Responsabilidade
4 Documentos Complementares
5 Siglas e Abreviaturas
6 Definições
7 Condições Gerais
8 Condições Específicas
9 Modelo de Certificação
10 Utilização de Laboratório de Ensaio
11 reconhecimento das Atividades de Certificação
12 Controle dos Produtos Certificados
13 Obrigações da Empresa Licenciada
14 Encerramento da Fabricação e/ou Importação
Anexo A – Certificação de Equipamentos Elétricos Fabricados no Exterior
Anexo B – Identificação da Certificação no Âmbito do SBC
1 OBJETIVO
Nota: Equipamentos elétricos para utilização em Zona 2, excetuando-se os não acendíveis, quando
construídos de acordo com os requisitos de norma referente a equipamento de uso industrial
e que em condições normais de serviço não produzam arcos, centelhas ou superfícies
quentes que possam provocar a ignição da atmosfera explosiva, não necessitam ser
certificados. Estes equipamentos elétricos devem estar em um invólucro que possua um grau
de proteção IP54 e resistência mecânica adequado para uma área não classificada com
condições ambientais equivalentes. Este tipo de equipamento não requer marcação especial,
mas deve estar claramente identificado, ou no próprio equipamento ou na documentação.
2 CAMPO DE APLICAÇÃO
3 RESPONSABILIDADE
4 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
4-1 Gerais
NIE-DINQP-047 Critérios para o Credenciamento de Organismo de Certificação de Produto
NIE-DINQP-067 Critério para Seleção e Utilização de Laboratórios de Ensaios
NBR ISO 8402 Gestão da Qualidade e Garantia da Qualidade - Terminologia
ABNT ISO/IEC Guia 2:1998 Normalização e Atividades Relacionadas - Vocabulário Geral
IEC 60079-2:1983 Electrical apparatus for explosive gas atmospheres - electrical apparatus -
Type of protection 'p'
EN 50016:1995 Electrical apparatus for potentially explosive atmospheres - Pressurized
apparatus 'p'
4-11 Prensa-Cabos
NBR 10861:1989 Prensa-cabos
4-16 Terminologia
NBR 8370:1998 Equipamentos e instalações elétricas para atmosferas explosivas -
Terminologia
Nota: As normas técnicas devem ser utilizadas na ordem de prevalência descrita no Termo de
Referência do Sistema Brasileiro de Certificação.
5 SIGLAS E ABREVIATURAS
6 DEFINIÇÕES
Para fins desta Norma, são adotadas as definições de 6.1 à 6.11, complementadas pelas contidas na
NBR 8370, na NBR ISO 8402 e no ABNT ISO/IEC Guia 2.
6.4 Lote
Conjunto de equipamentos ou dispositivos com características idênticas pertencentes ao mesmo
modelo, série ou tipo (o menos coletivo dos três), produzidos pelo mesmo fabricante na mesma
unidade fabril.
REV. PÁGINA
NIE-DINQP-096
01 05/13
6.9 Série
Designação dada pelo fabricante que identifica a versão do modelo.
7 CONDIÇÕES GERAIS
7.2 O uso da identificação da certificação no âmbito do SBC nos equipamentos elétricos utilizados
em atmosferas potencialmente explosivas está vinculada à concessão de licença emitida pelo OCP,
conforme previsto nesta Norma, e aos compromissos assumidos pela empresa através do contrato de
licença para o uso da Marca de Conformidade firmado com o mesmo.
7.3 A licença para uso da Marca de Conformidade, deve conter os seguintes dados:
a) razão social, nome fantasia, endereço completo e CNPJ da empresa licenciada;
b) dados completos do OCP;
c) número da licença para o uso da Marca de Conformidade, data de emissão e validade da licença;
d) identificação da certificação;
e) assinatura do responsável pelo OCP;
f) anexo contendo os tipos e modelos dos produtos com os respectivos códigos do projeto e normas
técnicas correspondentes, conforme estabelecido nesta Norma.
g) a inscrição: "Esta licença está vinculada a um contrato e para o endereço acima citado".
REV. PÁGINA
NIE-DINQP-096
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7.4 A empresa licenciada tem responsabilidade técnica, civil e penal referente aos produtos por ele
fabricados ou importados, bem como a todos os documentos referentes à certificação, não havendo
hipótese de transferência desta responsabilidade.
7.5 A licença para o uso da Marca de Conformidade, bem como sua utilização sobre os produtos,
não transfere, em nenhum caso, a responsabilidade do licenciado para o INMETRO e/ou OCP.
7.8 Caso haja revisão das normas que servem de referência para a concessão da licença para o uso
da Marca de Conformidade, o INMETRO estabelecerá prazo para a adequação às novas exigências.
8 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
8.1 A Marca de Conformidade deve ser colocada nos equipamentos elétricos para atmosferas
potencialmente explosivas, de forma visível, através da impressão desta Marca nos produtos
certificados, conforme estabelecido no Anexo B desta Norma.
8.2 A empresa licenciada deve apor a Marca de Conformidade em todos os equipamentos elétricos
para atmosferas potencialmente explosivas certificados.
8.3 A empresa licenciada deve implementar um controle para a identificação dos produtos que
ostentam a Marca de Conformidade, devendo o INMETRO ser informado mensalmente sobre este
controle. O OCP deve verificar a rastreabilidade dos produtos certificados com base nas
informações recebidas do INMETRO e nos controles da empresa licenciada.
8.4 Caso o equipamento elétrico para atmosferas potencialmente explosivas certificado venha a ter
alguma modificação no seu memorial descritivo, a empresa licenciada, antes de sua
comercialização, deve comunicar formalmente ao OCP que, por deliberação da Comissão de
Certificação, decidirá pela necessidade de obtenção de extensão do escopo da licença para o uso da
Marca de Conformidade.
8.5 No caso de o OCP exigir a apresentação de solicitação de extensão o escopo da licença para o
uso da Marca de Conformidade, os equipamentos elétricos para atmosferas potencialmente
explosivas pertinentes à esta só poderão ser comercializados à partir do momento em que o OCP
aprovar a extensão.
8.6 Quando o fornecedor desejar estender a licença para modelos ou tipo e série adicionais do
mesmo produto, atendendo às mesmas normas técnicas, poderá solicitar ao OCP a extensão da
mesma. Deverá ser feita para um determinado modelo, tipo ou série (o menos coletivo dos três)
uma solicitação para cada fábrica.
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9 MODELO DE CERTIFICAÇÃO
Esta Norma estabelece a possibilidade de escolha entre três modelos distintos de certificação para a
obtenção da licença para o uso da Marca de Conformidade. É responsabilidade do solicitante
formalizar junto ao OCP o modelo que deverá ser utilizado para a certificação dos seus produtos.
9.1.1.1 O solicitante deve formalizar, em formulário fornecido pelo OCP, sua opção pelo modelo
de certificação que abrange a avaliação e o acompanhamento do Sistema da Qualidade do fabricante
do produto objeto da solicitação, bem como a realização dos ensaios previstos nas pertinentes
normas técnicas relacionadas no item 4 desta Norma em amostras coletadas na fábrica e no
comércio.
Nota: A solicitação é feita para um determinado modelo fabricado e para uma determinada fábrica,
conforme os requisitos da normas técnicas aplicáveis. Diferentes modelos que possuam
exatamente as mesmas características que definem o tipo de proteção podem, a critério do
OCP, ser incluídos em uma mesma solicitação.
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9.1.5.1 Cumpridos todos os requisitos exigidos nesta Norma, o OCP apresenta o processo à
Comissão de Certificação, estabelecida conforme a NIE-DINQP-047.
9.1.5.3 No caso da solicitação ser aprovada pela Comissão de Certificação, o OCP comunica ao
solicitante o número de sua licença. Caso contrário, o OCP encaminha ao solicitante o parecer da
Comissão de Certificação.
9.1.5.4 A licença para o uso da Marca de Conformidade só deve ser concedida após a assinatura do
contrato entre o OCP e o solicitante, ocasião da liberação da comercialização.
9.1.9.1 Após a concessão da licença para o uso da Marca de Conformidade, o controle desta é
realizado exclusivamente pelo OCP, o qual planeja novas auditorias e ensaios, para constatar se as
condições técnico-organizacionais que deram origem à concessão inicial da licença estão sendo
mantidas.
9.1.9.2 O OCP deve programar e realizar, no mínimo, uma auditoria por ano, em cada empresa
licenciada, podendo haver outras, desde que haja deliberação da Comissão de Certificação do OCP,
baseada em evidências que as justifiquem. Nesta Auditoria devem ser verificados todos os itens
relacionados no item 9.1.1.2 desta Norma.
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9.1.9.3 O OCP deve realizar anualmente, para cada empresa licenciada, um ensaio completo em
amostras de todos os equipamentos elétricos e acessórios para atmosferas potencialmente
explosivas certificados, para a avaliação da conformidade as pertinentes normas técnicas
relacionadas no item 4 desta Norma. Para a realização destes ensaios devem ser realizadas coletas
no comércio e na linha de produção do equipamento, preferencialmente na área de expedição.
9.1.9.4 O OCP deve estabelecer procedimento para a coleta de amostras no comércio e na fábrica,
de maneira a possibilitar a realização dos ensaios previstos nas pertinentes normas técnicas
relacionadas no item 4 desta Norma nos equipamentos elétricos para atmosferas potencialmente
explosivas certificados.
9.2.1.1 O solicitante deve formalizar, em formulário fornecido pelo OCP, sua opção pelo modelo
de certificação que abrange o ensaio de tipo (ensaio a 100%) em todos os produtos fabricados sob
encomenda (produção não seriada).
9.2.2.1 O OCP deve acordar com o solicitante a realização dos ensaios previstos nas pertinentes
normas técnicas relacionadas no item 4 desta Norma, em todos os equipamentos elétricos para
atmosferas potencialmente explosivas objeto da solicitação.
9.3.1.1 O solicitante deve formalizar, em formulário fornecido pelo OCP, sua opção pelo modelo
de certificação que avalia a conformidade de um lote do produto.
9.3.3 Ensaios
9.3.3.1 Os ensaios de tipo devem ser executados em 6 % do lote, com um mínimo de uma unidade.
O OCP poderá solicitar uma quantidade maior de amostras para a execução de todos os ensaios
exigidos pela norma. Todo o lote deve ser rejeitado caso haja reprovação em algum ensaio de tipo.
9.3.3.2 Os ensaios de rotina devem ser realizados em 100 % do lote. Toda peça reprovada no ensaio
de rotina deverá ser excluída do lote.
12.1 O controle dos produtos certificados é executado pela empresa licenciada sob sua inteira e
única responsabilidade.
12.2 O controle dos produtos certificados deve ter por objetivo verificar e assegurar a conformidade
dos equipamentos elétricos para atmosferas potencialmente explosivas às respectivas normas
técnicas relacionadas no item 4 desta Norma.
12.3 A empresa licenciada deve fazer as verificações e os ensaios de rotina para assegurar a
conformidade do equipamento elétrico para atmosferas potencialmente explosivas produzido as
normas técnicas relacionadas no item 4 desta Norma.
13.1 Acatar as condições estabelecidas nas respectivas normas técnicas relacionadas no item 4 desta
Norma, nas disposições legais e nas disposições contratuais referentes ao licenciamento,
independente de sua transcrição.
13.3 Facilitar ao OCP ou ao seu contratado, mediante comprovação desta condição, os trabalhos de
auditoria e acompanhamento, assim como a realização de ensaios e outras atividades de certificação
previstas nesta Norma.
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13.4 Acatar as decisões pertinentes a certificação tomadas pelo OCP e pelo INMETRO.
13.5 Manter as condições técnico-organizacionais que serviram de base para a obtenção da licença
para o uso da Marca de Conformidade
A empresa, detentora da licença para o uso da Marca de Conformidade, que cessar definitivamente
a fabricação ou importação de um modelo de equipamento elétrico para atmosferas potencialmente
explosivas deve comunicar este fato imediatamente ao OCP que, por sua vez, notifica esta
ocorrência à Comissão de Certificação do OCP e ao INMETRO.
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/Anexos
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A-1 Generalidades
A-1.1 Equipamentos elétricos fabricados no exterior devem atender a esta Norma. Situações
especiais são previstas em A-2.
A-1.2 Quando necessário, as atividades realizadas no exterior devem ser complementadas sob
responsabilidade do OCP.
A-2.3 No caso de certificado de produto emitido por organismo de certificação que não adota as
normas da IEC ou da CENELEC, a declaração do OCP, referida em A-2.2, deverá observar que o
produto só poderá ser instalado segundo as normas pertinentes compatíveis com as normas segundo
as quais o produto foi certificado.
A-2.4 Outras situações de equipamentos importados não explicitadas anteriormente, poderão ser
consideradas como especiais, desde que avaliadas como tais pelo INMETRO. Esta avaliação deverá
ser feita dentro de um prazo de 60 (sessenta) dias a partir da data da solicitação para a emissão da
declaração.
A-2.5 As declarações deverão ser emitidas pelos OCP dentro de um prazo de 30 (trinta) dias
consecutivos, após o recebimento da documentação. Como solicitante se entende a pessoa jurídica
constante na Proforma Invoice e/ou na Declaração de Importação.
A-2.7 Os casos em que o OCP julgar necessário, a emissão da declaração ficará sujeita a aprovação
de sua Comissão de Certificação.
/Anexo B
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B-1 Na marcação do produto certificado devem constar as informações estabelecidas na NBR 9518.
B-2 Para pequenos componentes, quando não houver condições para a marcação como indicado na
Figura, é permitida a indicação do logo do INMETRO e do OCP sem seus respectivos nomes. Não
havendo condições para esta marcação, a mesma deverá ostentar, no mínimo, os campos 3
(Símbolos) e 4 (Número do certificado).
1 2
Legenda:
1 - Identificação do fornecedor;
2 - Identificação do modelo ou tipo;
3 - Símbolos: BR-Ex, tipo de proteção, grupo do equipamento elétrico, classe
de temperatura e/ou temperatura máxima de superfície e marcações adicionais exigidas
pela norma específica para o respectivo tipo de proteção;
4 - Número do certificado, incluindo as letras “X” ou “U”, quando aplicável.
E&P-CORP / ENGP / IPSA
Siglas Usuais
Siglas Usuais
BV - BUREAU VERITAS
Referência Bibliográfica
[3] – IMO MODU CODE /89 – International Maritime Organization – Code for the
Construction and Equipment of Mobile Offshore
Drilling Units
http://www.imo.org/home_noflash.html (*2)
[4B] - Rules for Building and Classing – STEEL VESSELS/97 (Part 4 – Machinery,
Equipment and Systems)
[4C] – Rules for Building and Classing Mobile Offshore Drilling Units –
ABS MODU /97
[6A] – DNV- DET NORSKE VERITAS - Rules for Classification of Mobile Offshore
Units, July 1998 (Part 5 Chapter 3 – Drilling Units and Other Units for
Offshore Operations)
[6B] - Rules for Classification of Mobile Offshore Units, January 1994 (Part 4
Chapter 4 –Electrical Installations)
[6C] – Rules for Classification of Mobile Offshore Units, January 1996 (Part 5
Chapter 4 – Oil Production and Storage Units)
[7] - National Fire Protection Association – NFPA acesso on-line na página http://164.85.47.150
[7A] - NFPA 496 - Purged and Pressurized Enclosures for Electrical Equipment in
Hazardous (Classified) Locations
[9B] – API RP 14F – Recommended Practice for Design and Installation of Electrical
Systems for Offshore Production Platforms
[10] – INTERNATIONAL SAFETY GUIDE FOR OIL TANKERS & TERMINALS – ISGOTT –
4ª Edição, novembro 1996 (tradução)
http://www.sms.petrobras.com.br caminho SMS > Segurança > ISGOTT
[14] – STAHL
http://portal.ep.petrobras.com.br/Portal/Conteudo/EpCorp/ProdutosEServicos/PadronizacaoENormatizacao/P
rincipaisProdutos/SINPEP/gesemp11AAa.htm
[20] – SHIP TO SHIP TRANSFER GUIDE (Petroleum) – OCIMF -Third edition 1997
http://portal.ep.petrobras.com.br/Portal/Conteudo/EpCorp/ProdutosEServicos/PadronizacaoENormat
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