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PETROBRAS

INSTRUÇÕES GERAIS PARA INSTALAÇÕES EM

ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Plataformas Marítimas
de Perfuração e
de Produção

E&P-CORP/ENGP/IPSA
SUZUKI / ROBERTO
E&P-CORP / ENGP / IPSA

INTRODUÇÃO:

Esta segunda edição das Instruções Gerais Para Instalações em Atmosferas Explosivas
– Instru-Ex, revista e ampliada, apresenta informações e recomendações, que visam
prevenir riscos de incêndios e explosões, colaborando assim, para a melhoria do nível de
Segurança das instalações nas Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção de
Petróleo/Gás da E&P e consequentemente, do pessoal nelas embarcado.

Foram indicadas as práticas correntes, regras e regulamentos aplicáveis, com relação ao


projeto e instalação; e também consolidadas as informações e a boa prática recomendada
para operação, manutenção e inspeção de equipamentos e instalações em Áreas
Classificadas (Atmosferas Potencialmente Explosivas).

É recomendável que esta Instru-Ex seja amplamente divulgada nas áreas de Projeto,
Construção e Montagem, Operação e Manutenção, Inspeção, Segurança Industrial e,
especialmente, à bordo de cada Unidade Marítima.

Comentários e sugestões para melhoria são sempre bem vindos para possível inclusão em
futuras edições, que podem ser encaminhados para os autores:

- Eng. Hélio Kanji SUZUKI - E&P-CORP/ENGP/IPSA


Telefone: (21) 2534-2875 ; via rota: 814-2875
Fax: (21) 2534-2361 ; via rota: 814-2361
Chave de Correio: W012 – Notes
e-mail: suzuki@petrobras.com.br

- Eng. ROBERTO Gomes de Oliveira - UN-RIO/ATP-RO/ISUP


Telefone: (21) 3876-1644 ; via rota: 816-1644
Fax: (21) 3876-1652 ; via rota: 816-1652
Chave de Correio: W03A – Notes
e- mail: robertogo@petrobras.com.br

Esta Segunda edição, bem como as futuras edições desta Instru-Ex serão disponibilizadas no
Portal do E&P, http://portal.ep.petrobras.com.br ou caminho Petro-Net > Sites Internos > Órgãos >
E&P-NET > E&P-CORP > Produtos e Serviços > Manuais Técnicos > Instru-Ex e também SINPEP
da E&P-Sede, MT-11-00005, http://www.ep.petrobras.com.br/SINPEP/acesso.htm

Os autores não poderiam deixar de manifestar seu agradecimento ao Eng° Dácio de


Miranda Jordão, da SUSEMA, pelo apoio e incentivo recebidos. Várias referências do
livro Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e de
Petróleo: Atmosferas Explosivas, do qual o Eng° Dácio é o autor, foram aqui
reproduzidas, , enriquecendo o conteúdo destas Instruções. Tais referências estão contidas
em caixas de texto em itálico e com fundo em roxo, conforme este modelo de texto.

SEGUNDA EDIÇÃO: Fevereiro 2002

Instru-EX 2002 Instruções Gerais para Instalações em Atmosferas Explosivas


a
2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção I
E&P-CORP / ENGP / IPSA

ÍNDICE
Cap. 1 Regras e Regulamentos Aplicáveis
1.1 Autoridade com Jurisdição

1.2 Plataformas Fixas

1.3 Unidades Flutuantes


1.4 Atualização de Planos de Áreas Classificadas
1.5 Acompanhamento das Atualizações
1.5.1 Legislação aplicável às Unidades Flutuantes
1.5.2 Diretrizes para Projetos de Instalações Marítimas de Produção
1.5.3 Normas PETROBRAS
1.5.4 Normas Internacionais (IEC) e Estrangeiras (API)
1.5.5 Normas ABNT
1.5.6 Portaria INMETRO Nº 176/2000 e Regra Específica DINQP
1.5.7 Equipamentos Certificados
1.5.8 INFORM-Ex
1.5.9 Instru-Ex – Instruções Gerais para Instalações em Atmosferas
Explosivas-Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção
Tab.1.1 Autoridade com Jurisdição

Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

2.1 Definições
2.2 Classificação em Zonas
2.3 Classificação de Áreas
2.4 Relação de Áreas Classificadas Típicas
2.4.1 Extensão da Classificação de Áreas
2.4.2 Áreas Classificadas em Plataformas de Perfuração
2.4.3 Áreas Classificadas em Unidades de Produção de Óleo/Gás

Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

3.1 Guia Prático para Seleção de Equipamentos “Ex”


3.2 Fontes de Ignição
3.3 Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas
3.3.1 Tipos de proteção de equipamentos para uso em Áreas Classificadas
3.4 Equipamentos elétricos permitidos em Zona 0, Zona 1 e Zona 2
3.5 Instalações permitidas em Áreas Classificadas
3.5.1 Sistema com eletrodutos (filosofia americana)
3.5.2 Sistema com cabos

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a
2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção II
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Cap. 4 Aterramento em Áreas Classificadas


4.1 Aterramento de equipamentos
4.1.1 Partes metálicas expostas não-condutoras
4.1.2 Anel de aterramento
4.1.3 Aterramento de blindagem e armadura metálica de cabos
4.1.4 Equipamentos móveis que transitam em Áreas Classificadas
4.1.5 Equipamentos Transportáveis, Máquinas de Solda
4. 2 Aterramento de Sistemas Elétricos
4.2.1 Detetores de falta para terra nos sistemas isolados
4.2.2 Aterramento de Sistema Elétrico em Baixa Tensão
4.2.3 Aterramento de Sistema Elétrico em Média Tensão
4.2.4 Aterramento de Sistema de Corrente Contínua e UPS
4.2.5 Eletricidade Estática
4.3.1 Acumulação de Eletricidade Estática
4.3.2 Descarga de Eletricidade Estática
4.3.3 Contato metálico para descarga de eletricidade estática
4.3.4 Precauções quando de reabastecimento de helicópteros
4.3.5 Trabalhos de Pintura
4.3.6 Descargas Atmosféricas
4.3.7 Tensões Induzidas

Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

5.1 Definições
5.2 Fluxograma para Classificação de Área de Ambientes Confinados
ou Semi-confinados
5.2.1 Área confinada, semi-confinada ou área aberta?
5.3 Aberturas, acessos e condições de ventilação que afetam a
extensão
das Áreas Classificadas
5.4 Alarme de falha de ventilação e/ou exaustão
5.5 Requisitos de Segurança para o Sistema de Ventilação e Ar-
Condicionado
5.6 Ventilação Adequada
5.7 Pressurização de Ambientes (purga)
5.8 Contaminação Cruzada de Ambientes Não-Classificados
5.8.1 Recomendações para Evitar Contaminação Cruzada de Ambientes
5.8.2 Sistema de Drenagem
5.8.3 Contami nação de Sistemas de Água por Gás
5.8.4 Exemplo de contaminação cruzada de ambientes não-classificados

Cap. 6 Pressurização de Equipamentos em Áreas Classificadas

6.1 Definições
6.2 Aplicação e Instalação de Equipamento Pressurizado
6.3 Exemplos típicos de Equipamentos Pressurizados
6.3.1 Motor de Perfuração de Corrente Contínua (DC), tipo aberto
6.3.2 Painéis de Instrumentação e Consoles de Comando

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2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção III
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Cap. 7 Sistema de Detecção de Gás

7.1 Plataformas de Perfuração


7.1.1 Gás combustível – Metano CH4
7.1.2 Gás Tóxico – Gás Sulfídrico H2S
7.2 Unidades de Produção
7.2.1 Gás Combustível
7.2.2 Gás Tóxico
7.2.3 Seleção de Sensores
7.2.4 Contaminação de Sistemas de Água por Gás
7.3 Detector de Gás – Recomendações
7.3.1 Sensor do tipo Infra-Vermelho
7.3.2 Sensor do tipo Catalítico
7.3.2.1 Indicação Falsa do Sensor tipo Catalítico

Cap. 8 Trabalhos em Áreas Classificadas


8.1 Definições
8.2 Trabalhos a Quente em Áreas Classificadas
8.3 Manutenção em Vasos
8.4 Trabalhos com Eletricidade
8.5 Equipamentos Portáteis

Cap. 9 Equipamentos de Comunicação Interna e Externa em Áreas


Classificadas
9.1 Equipamentos Fixos
9.2 Antena transmissora, antena receptora com booster / acoplador VHF,
UHF, SSB, HF (GMDSS)
9.2.1 Operações de FPSO, FSO
9.2.1.1 Aterramento da Antena do Transmissor Principal MF/HF
9.2.1.2 Desligamento do Radar de alta Energia
9.3 Radar
9.4 Rádio Transceptor UHF, VHF ou Rádio Portátil
9.5 Antena de Comunicações por Satélite
9.6 Circuito Fechado de Televisão
9.7 Telefone Celular
9.8 EPIRB e Rádio VHF Flutuante

Cap. 10 Obras de Modificação ou Ampliação

10.1 Modificações que Afetam a Segurança da Embarcação


10.2 Instalação adicional de Skid de Equipamentos em Unidade Pacote
10.3 Instalação de Equipamento Adicional ou Substituição
10.4 Classificação de Áreas durante Obras de Modificação, Ampliação ou
Manutenção

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2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção IV
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Cap. 11 Erros mais comuns em Equipamentos e Instalações “Ex”

11.1 Erros mais Comuns em Equipamentos e Cabos


11.2 Erros mais Comuns em Instalações

Cap. 12 Containers e Equipamentos de Terceiros Embarcados


Temporariamente, Equipamentos Fixos ou Móveis

12.1 Containers
12.2 Equipamentos Temporários
12.3 Aterramento
12.4 Inspeção Inicial e Final - Estanqueidade
12.5 Alimentação de Energia

Cap. 13 Inspeção e Manutenção de Equipamentos e Instalações


Elétricas em Áreas Classificadas

13.1 Qualificação da mão-de-obra


13.2 Modificações em Equipamentos, pelo Campo
13.3 Inspeção de Equipamentos e Instalações Elétricas em Áreas
Classificadas
13.3.1 Roteiros de Inspeção
13.3.2 Inspeção Visual de Equipamentos
13.3.3 Inspeção da Estanqueidade de Anteparas de Áreas
Classificadas
13.3.4 Inspeção de Instalações Adicionais ou Provisórias
13.3.5 Inspeção de Ventiladores / Exaustores e Dutos de
Compartimentos Classificados e Adjacentes
13.3.6 Inspeção de Equipamentos Pressurizados
13.3.7 Inspeção de Salas de Baterias
13.3.8 Inspeção de Locais para Armazenamento de Material
Inflamável – Paiol de Tintas
13.4 Remoção Temporária de um Equipamento “Ex”
13.5 Remoção Definitiva de um Equipamento “Ex”
13.6 Manutenção de Equipamentos e Instalações e m Áreas
Classificadas
13.6.1 Teste de Isolamento
13.6.2 Observações Gerais sobre a Manutenção de Equipamentos
“Ex”
13.6.3 Considerações sobre a Manutenção de Equipamentos à
Prova de Explosão
13.6.4 Procedimentos de Manutenção
13.7 Troca de Lâmpadas
13.8 Motores Elétricos

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2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção V
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Cap. 14 Compartimentos de Baterias

14.1.1.1 Recomendações quanto à Localização de Bancos de Baterias


14.1.1.2 Ventilação de Salas de Baterias
14.1.1.3 Detetor de Gás Hidrogênio

Cap. 15 Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas

15.1 Motor Diesel


15.2 Motor a Gás
15.3 Compressores de Ar
15.4 Aquecedores, Fornos e Caldeiras
15.5 Turbinas a Gás
15.6 Blindagem, Isolamento Térmico e Partes Quentes de
Equipamentos

Cap. 16 Anteparas Divisórias de Áreas Classificadas

16.1 Proteção Estrutural contra Incêndio


16.2 Estanqueidade
16.2.1 Portas Estanques a Gás

Cap. 17 Armazenamento e Manuseio de Material Inflamável –


Trabalhos de Pintura

17.1 Tintas e Solventes


17.2 Querosene de Aviação
17.3 GLP (Unidade Piloto de Queimador)
17.4 Acetileno
17.5 Óleo Diesel e Outros Materiais Combustíveis
17.6 Materiais Inflamáveis Armazenados em Pequenas
Quantidades
17.7 Produtos Químicos
17.8 Trabalhos de Pintura ou Limpeza com uso de Solventes

Cap. 18 Requisitos Adicionais para Plataformas de Perfuração

18.1 Testes de Produção em Plataformas de Perfuração


18.2 Precauções para Situações de Emergência - “Kick” em Plataformas
de Perfuração
18.2.1 Torre de Perfuração
18.2.2 Área sob o Cantilever (Para Plataformas tipo Jack-up)
18.2.3 Subestrutura da Torre
18.2.4 Sistema de Parada de Emergência (ESD)
18.3 Posicionamento da Plataforma sobre Jaqueta de Produção –
Precauções

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2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção VI
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Cap. 19 Documentação referente à Áreas Classificadas

19.1 Plano de Áreas Classificadas - Conteúdo e Legenda


19.1.1 Documentos Complementares
19.2 Lista de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos em Áreas
Classificadas
19.3 Manual de Operação da Unidade
19.4 Registro de Manutenção/Inspeção de Equipamentos e
Instalações
19.5 Sinalização de Áreas Classificadas e Divulgação dos Planos
19.5.1 Sinalização
19.5.2 Divulgação dos Planos
19.6 Informações sobre Áreas Classificadas

Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas


Classificadas
A.1 Equipamentos elétricos permitidos em Áreas Classificadas
A.2 Tipos de proteção de equipamentos para uso em Áreas
Classificadas
A.2.1 Classificação em grupos
A.2.2 Equipamentos à prova de explosão – Ex-d
A.2.3 Equipamentos de segurança aumentada – Ex-e
A.2.4 Combinação das proteções
A.2.5 Equipamentos de segurança intrínseca – Ex-i
A.3 Classe de temperatura
A.4 Marcação de equipamentos Ex
A.4.1 Exemplo de Marcação de Equipamento de Origem Brasileira
A.4.2 Exemplo de Marcação de Equipamento de Origem Européia
A.4.3 Exemplo de Marcação de Equipamento de Origem Americana
A.5 Certificação de conformidade INMETRO
A.6 Sites “Ex”
A.7 Especificação para compra de equipamentos “Ex”
padronizados
A.8 Grau de proteção

Apêndice B – Unidades Marítimas Móveis – Obrigações Legais


B.1 Certificados de Classe
B.2 Certificados Estatutários
B.3 IMO MODU Code

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2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção VII
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Apêndice C – Placa de Sinalização de Área Classificada

Apêndice D – Principais Características de Algumas Substâncias


Inflamáveis

Siglas Usuais

Referência Bibliográfica

Apêndice E – Portaria INMETRO 176/2000 (texto)


- Regra Específica DINQP

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2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção VIII
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Cap. 1 Regras e Regulamentos Aplicáveis

Capítulo 1
Regras e Regulamentos Aplicáveis

Neste capítulo é identificada a “Autoridade com Jurisdição” e as regras aplicáveis para


os Equipamentos e Instalações em atmosferas explosivas (“Ex”), para os vários tipos
de Unidades Marítimas de Perfuração, Completação e de Produção. São feitas
recomendações quando de atualização e revisão do Plano de Áreas Classificadas. São
indicados os sites para consulta ao texto das regras vigentes e páginas de atualização.

1.1- Autoridade com Jurisdição

As plataformas móveis engajadas em atividades de exploração e produção de petróleo


offshore são reconhecidas como Embarcações, portanto, sujeitas a toda a legislação
marítima aplicável ao tipo de atividade a que as mesmas se propõem a exercer.

O termo “Autoridade com Jurisdição” tem ampla abrangência, uma vez que a autoridade,
sua jurisdição e também a sua responsabilidade variam largamente. Em se tratando de
matéria de segurança, a autoridade pode ser federal, marítima, Ministério do Trabalho,
etc., ou até mesmo o proprietário da unidade, a depender do alcance da legislação
aplicável. Vide tabela-resumo 1-1, no final deste capítulo, indicando a Autoridade e as
regras aplicáveis para as unidades marítimas.

1.2- Plataformas fixas

Autoridade com Jurisdição:


Em se tratando de plataforma fixa de produção sobre jaqueta, SPM – Sonda de Produção
Marítima ou sonda de perfuração do tipo SM - Sonda Modulada, que não têm
Classificação, o termo Autoridade com jurisdição para aprovar Instalações e
Equipamentos para atmosferas explosivas (“Ex”), recai sobre o proprietário da Unidade,
portanto, o Gerente da Unidade como seu preposto, na ausência de Norma
Regulamentadora (NR) do Ministério do Trabalho, ou equivalente, quanto ao assunto.

Regras aplicáveis:
Formalmente, as regras aplicáveis quanto à classificação de áreas são aquelas definidas no
seu projeto de construção original porém, devido à desatualização das regras então
adotadas para a maioria daquelas unidades mais antigas, utilizar doravante a melhor
prática, tomando como referência a Norma PETROBRAS N-2154, ref. Bibliográfica
[17A] complementada com requisitos aplicáveis da API RP 505-B [9D] e também da IEC
61892-7 [11G] – vide item 1.4 – Atualização de Plano de Áreas Classificadas.

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2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção 1
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Cap. 1 Regras e Regulamentos Aplicáveis

Equipamentos e acessórios de instalação:

Os equipamentos elétricos, acessórios e componentes, para atmosferas explosivas,


comercializados e utilizados no Brasil,devem ter Certificado de Conformidade,
atendendo às prescrições da Portaria 176/2000 do INMETRO [19] , ou sua
subseqüente em vigor (vide item A.5, no Apêndice A).

Vide também, “Unidade Pacote”, no item 1.3

1.3- Unidades Flutuantes

Autoridade com Jurisdição :


Em se tratando de unidades flutuantes móveis, de perfuração e/ou de produção (Jack-up,
Semi-submersível, FPSO, FSO), a Autoridade com Jurisdição sobre equipamentos e
instalações “Ex” para atmosferas explosivas, é a Sociedade Classificadora, certificadora
da Embarcação (formalmente, a autoridade é o governo do país de bandeira da
embarcação que, normalmente é representada pela própria Classificadora certificadora da
embarcação ou PRC – vide Apêndice B).

Qualquer obra de modificação de arranjo, utilidades ou de processo que possa afetar a


segurança da Embarcação, como p. ex., criação de novas aberturas ou passagens entre
compartimentos, ampliação das áreas classificadas, ou instalação de equipamentos
adicionais ou tubulação de processo que representem novas fontes de risco ou instalação de
equipamento adicional em áreas classificadas, deve ser submetido à aprovação prévia da
Classificadora. Devem ser fornecidos o Memorial Descritivo (MD), desenhos revisados da
unidade, incluindo, dentre outros (**):
• Lista de equipamentos elétricos a acrescentar em áreas classificadas (*);
• Plano de Áreas Classificadas, revisado;
• Plano de Ventilação, arranjo de dutos e aberturas, se alterado nessa áreas.

Nota 1: Vide Cap. 10 - Obras de Modificação ou Ampliação.

Nota 2 (*): Os equipamentos elétricos e seus acessórios, acrescentados em obras de ampliação


e que estejam dentro de áreas classificadas, deverão ter seu Certificado de Conformidade,
arquivados a bordo da unidade, para exibição ao Inspetor da Classificadora, quando requisitado.
De maneira análoga, os equipamentos substitutos daqueles removidos por avaria/reposição, etc.,
deverão ter seu Certificado de Conformidade arquivado a bordo.

Nota 3 (**): Vide Procedimento no Padrão SINPEP E&P PP-37-0003 - Certificação de


Projetos, Materiais e Instalações em Unidades Flutuantes de Produção [18A].

Regras aplicáveis:

- IMO MODU CODE (79 ou 89) [3], vigente na época de sua contratação/construção ou
grande conversão - capítulo 6 (“Machinery and Electrical Installations in Hazardous
Areas for all Types of Units)
- Livro de Regras da Sociedade Classificadora, (itens específicos para unidades móveis
marítimas offshore - MOU, MODU, vigente na época de sua construção). Por sua vez
estas regras chamam ou se referem a requisitos específicos indicados nas regras para
construção de navios de aço, SOLAS, etc.

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a
2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção 2
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Cap. 1 Regras e Regulamentos Aplicáveis

- Livro de Regras da Sociedade Classificadora referente à Unidades de Produção que


além de seus itens específicos para classificação de áreas e instalações em áreas
classificadas, determinam que a classificação de áreas seja complementada ou de
acordo com a norma API RP 500 ou 505 (no caso do ABS);

A DNV e LR, além da API RP 505, também admitem a IP-Code, Part 15 [13].

Nota 4: Os requerimentos constantes no IMO MODU Code e também nos livros de regras das
Sociedades Classificadoras estão, em geral, harmonizados com as prescrições da IEC,
série IEC-60079, quanto à classificação de área e à utilização de equipamentos elétricos
e sua instalação, nestas áreas; vide Apêndice B para maiores explicações quanto a estas
regras

Nota 5: Embora a regra IMO MODU-Code, tenha sido criada originalmente para Unidades Móveis
de Perfuração (Mobile Offshore Drilling Unit), os requisitos aplicáveis valem também as
para unidades flutuantes de produção tipo semi-submersíveis, FPSO ou FSO, derivados
de navios petroleiros (vide Apêndice B).

Nota 6: A norma IEC-61892-7 incorpora as regras existentes e estende a interpretação, onde


aplicável, dos requisitos da IMO MODU-Code, também para unidades de Produção.
Esta norma não é aplicável para navios petroleiros; vide item 2.4.2.5 Unidades tipo
FPSO, FSO

Equipamentos e Acessórios de Instalação:

a) Unidades marítimas importadas, componentes/sobressalentes fabricados no exterior,


importados sob o regime de admissão temporária previsto no REPETRO** (antes
conhecido como transhipment”)

A Portaria 176/2000 do INMETRO, dispensou da “obrigatoriedade da certificação


de conformidade, no âmbito do SBC, as unidades marítimas importadas que objetivam
a lavra de petróleo ou o transporte de produtos inflamáveis, para trabalho “off shore”,
às quais são válidos os critérios para aceitação dos fornecedores e certificações
adotada pelas sociedades classificadoras”, que usualmente, aceitam os Certificados
emitidos por Organismos estrangeiros (UL, FM, CSA, PTB, BASEEFA, CESI e outros,
reconhecidos internacionalmente).

b) Unidade Pacote – equipamentos elétricos ou componentes elétricos fabricados no


exterior, que fazem parte de máquinas, equipamentos ou instalações do tipo “skid
mounted” (unidades industriais pré- montadas, formando um conjunto completo, com
atributos predominantemente não elétricos (exceto geração) ou

b1) importação de lotes até 25 (vinte e cinco):

Norma NIE-DINQP-096 define que em tais situações especiais, não necessitam de


certificação no âmbito do SBC, mas de uma declaração emitida por OCP após o
atendimento cumulativo das seguintes situações:

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a
2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção 3
E&P-CORP / ENGP / IPSA
Cap. 1 Regras e Regulamentos Aplicáveis

a) produtos e fábricas devem ter o certificado de conformidade do produto e o


certificado do sistema da qualidade (ISO 9001 ou ISO 9002) da unidade onde foi
fabricado e que englobe o produto em questão,
b) apresentada a Proforma Invoice e/ou Declaração de Importação emitida pela
Receita Federal e
c) para o mesmo equipamento e solicitante, cada OCP só poderá emitir uma
declaração a cada três meses, atestando ter analisado e aprovado a documentação
anterior.

c) Componentes nacionais:
Critério de aceitação da Sociedade Classificadora, que normalmente aceita o
Certificado de Conformidade, emitido segundo a Portaria 176/2000.

Nota 7 (**) - Por Unidade marítima importada, entende-se também aquelas unidades de nossa
frota, com bandeira estrangeira e as unidades estrangeiras operadas pela
PETROBRAS, em regime de ADMISSÃO TEMPORÁRIA.

REPETRO é o Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de bens


destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de Petróleo e de Gás
Natural (Decreto 3.161, 2-9-99); REPETRO Reposição (Transhipment) que pode
ser aplicado , ainda, às máquinas e equipamentos, sobressalentes, ferramentas e
aparelhos e outras partes e peças destinadas a garantir a operacionalidade dos
bens admitidos temporariamente.

Nota 8 - Independentemente de sua destinação, o fornecedor de qualquer produto/material


estrangeiro importado para comercialização no Brasil, deverá atender a Portaria 176
do INMETRO, ou sua subsequente em vigor.

1.4- Atualização de Planos de Áreas Classificadas

Muitas unidades marítimas, particularmente as mais antigas, foram projetadas e construídas


com base em normas/regras americanas (NEC, USCG, etc.), assim, seus Planos de Áreas
Classificadas originais foram criados dentro da classificação: Classe I, Divisão 1 ou 2
(conforme o local), com os mais diversos raios de classificação (desde 1,5 até 15 metros).

Considerando-se a tendência para a uniformização das regras específicas para


equipamentos e instalações em atmosferas explosivas, as regras das Sociedades
Classificadoras estão também se alinhando cada vez mais com as normas internacionais
IEC, série 60079 e 60092 (Instalações em Navios) e com a IMO MODU Code.

A IEC vem emitindo as normas da série 61892, na tentativa de uniformização das regras
aplicáveis à indústria do petróleo offshore, a partir da consolidação das regras gerais da
série IEC 60079, 60092, junto com as regras da IMO MODU CODE [3]

Dessa forma, toda e qualquer revisão/atualização destes Planos, em unidade marítima, fixa
ou móvel, deve ser executada seguindo a filosofia de classificação de áreas em Zonas, e
os critérios da IEC 61892-7 [11G].

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a
2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção 4
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Cap. 1 Regras e Regulamentos Aplicáveis

A atualização do plano de áreas classificadas deve ser realizada, incorporando todas as


modificações efetuadas ao longo da vida da unidade, de arranjo, de processo, de
ventilação, aberturas e acessos, etc., incluindo novos compartimentos, skids e
equipamentos de risco.

As informações que devem constar no Plano de Áreas Classificadas, bem como


recomendações para verificação de interferências e não-conformidades estão indicadas no
Capítulo 19 – Gerenciamento da Documentação;

Os equipamentos e instalações típicas que representam fonte de risco e classificam área, estão
indicados no capítulo 2 – Áreas Classificadas, onde também, está indicada a correspondência
entre as normas NEC e IEC.

No cap. 10 Obras de Modificação ou Ampliação constam recomendações quanto a execução


de modificações que afetem a segurança da unidade. No item 11.2 - Erros Mais Comuns em
Instalações constam referências de modificações, sem a observância das regras, que afetam a
segurança da unidade

Quanto aos critérios de classificação de áreas em compartimentos confinados, valem as regras


da IMO MODU Code junto com as regras da Classificadora da embarcação. De modo geral,
a “fusão” de tais regras foi reunida no Cap. 5 – Ventilação e Classificação de Áreas em
Ambientes Confinados, onde foi incluído fluxograma para classificação de compartimento
confinado e no Cap. 16 – Anteparas Divisórias.

Obs.: No caso de unidades sobre jaquetas, os módulos de produção são, de modo geral,
transparentes ao vento, de modo que estes critérios não são aplicáveis de modo generalizado,
na maioria dos compartimentos ou módulos;

Equipamentos e Instalações em Atmosferas Explosivas:

Devido existência à bordo de equipamentos de diversas origens, certificados segundo


diferentes normas, no item 3.1 Guia Prático para Seleção de Equipamentos “Ex - pode ser
encontrada a correspondência para aplicação, no Cap. 3 – Equipamentos e Instalações
Permitidas em Áreas Classificadas, onde também são indicados os métodos de instalação
para equipamentos “Ex”.

Algumas das máquinas comumente existentes à bordo, que não devem ser instaladas em
áreas classificadas, estão indicadas no Cap. 15 – Instalações de Máquinas em Áreas
Classificadas.

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Cap. 1 Regras e Regulamentos Aplicáveis

1.5- Acompanhamento das Atualizações

1.5.1- Legislação aplicável às Unidades Flutuantes

http://164.85.208.62/scsse/sl/aplic/publico/
caminho: E&P-SSE > Serv. Compartilhado > Sondagem e Logística > Programação e
Controle > Inspetoria Naval

1.5.2- Diretrizes para Projetos de Instalações Marítimas de Produção


Para as Instalações Marítimas de Produção, as Diretrizes para Projetos da E&P-CORP são
documentos que vêm consolidando o conhecimento e a experiência da E&P e norteando o
desenvolvimento de novos projetos. Estas Diretrizes para Projeto contêm, também,
requisitos quanto à execução de instalações e utilização de equipamentos elétricos em áreas
classificadas.

Para facilidade de referência, estas Instruções contém a reprodução de textos relevantes


das Diretrizes do E&P-CORP - revisão de dezembro/2001, onde cabível e estão contidas
em caixas de texto em itálico e com fundo hachurado de amarelo, conforme este modelo
de texto.

Essas Diretrizes são revisadas e atualizadas periodicamente; a versão atualizada pode ser
acessada, via Intranet, no Portal do E&P-CORP, http://portal.ep.petrobras.com.br/Portal/,
Caminho: Produtos & Serviços > Padronização e Normatização > Principais Produtos >
Diretrizes para Projetos de Instalações de Produção > Marítimas.

Vide também requisitos das Diretrizes [2] quanto à documentação técnica, indicados no
Capítulo 19 – Gerenciamento da Documentação referente à áreas Classificadas:
- Plano de áreas classificadas - conteúdo, conforme Anexo S-002 [2F];
- Lista de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos em Áreas Classificadas – conteúdo
conforme Anexo E-003 [2F];
- Manual de Operação da Unidade, forma e conteúdo, conforme [2G];

Vide também demais requisitos das Diretrizes, quanto à deteção e alarme de falha à terra
em circuitos e desligamento de motores com falha à terra em áreas classificadas Zona 1
[2B].

1.5.3- Normas PETROBRAS

A Norma PETROBRAS N-2154 - Classificação de Áreas para Instalações Elétricas em


Regiões de Perfuração e Produção - Procedimento, fixa as condições exigíveis para a
classificação de áreas em sondas de perfuração marítimas e terrestres, instalações de
produção marítimas e terrestre onde gases e líquidos inflamáveis são processados,
manuseados e/ou armazenados.
Acesso on- line na homepage da ENGENHARIA: http://nortec.segen.petrobras.com.br/.

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Cap. 1 Regras e Regulamentos Aplicáveis

1.5.4- Normas Internacionais (IEC) e Estrangeiras (API, NFPA, etc.):

Acesso através do site da ENGENHARIA: http://164.85.47.150/ (instalar visualizador,


seguindo instruções no próprio site > Coleções > API ou > IEC, etc. ).

IEC – série 60079 [11] equipamentos e instalações em atmosferas explosivas, divididas


em várias Partes (anteriormente denominadas IEC série 79)

IEC – série 60092 [11] equipamentos e instalações elétricas para navios

IEC – série 61892 [11] equipamentos e instalações elétricas em unidades marítimas, fixas
e móveis de perfuração e produção de petróleo.

API RP 505, ref. [9], Prática Recomendada para classificação de áreas em instalações de
petróleo, classificadas segundo critérios de Zona; essa norma é praticamente uma cópia da
RP-500, editada em 1996, harmonizada com a filosofia das normas internacionais IEC.

API RP 500, Prática Recomendada para classificação de áreas em instalações de petróleo,


classificadas segundo terminologia e critérios de classificação de áreas por Classe, Grupo e
Divisão, baseados na filosofia americana da NEC.

API RP 14F, Prática Recomendada para projeto e instalações elétricas em plataformas de


produção offshore, onde são indicados os requisitos para instalação de painéis e acessórios
à prova de explosão, com fiação dentro de eletrodutos; exemplos típicos de montagem.

NFPA 70 – também conhecido como NEC (National Electric Code) ou código de


instalações elétricas dos EUA; dividida em vários Artigos;
- Artigo 500 – Equipamentos e Instalação de fiação/cabeação em áreas classificadas
segundo o conceito de Classe, Divisão.
- Artigo 501 – Equipamentos e instalações em áreas classificadas Classe I (Gases e
Vapores)
- Artigo 504 - Instalação de equipamentos e fiação do tipo Segurança Intrínseca
- Artigo 505 – Equipamentos e Instalação de fiação/cabeação em áreas classificadas,
Classe I (gases e vapores), e divisão por Zonas.

1.5.5- Normas ABNT


A série de normas da ABNT, Equipamentos e Instalações Elétricas para Atmosferas
Explosivas, listadas na referência [16], derivam das normas IEC;
acesso on- line na página: http://sintec1.segen.petrobras.com.br/ntbnet/

1.5.6- Portaria INMETRO Nº 176/2000 e Regra Específica DINQP

O texto desta Portaria, ou sua subsequente em vigor (*), pode ser acessado no site do
CEPEL http://www.cepel.br/~ecps/176ex.htm

Regra específica para Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas:


http://www.cepel.br/~ecps/096ex.pdf

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E&P-CORP / ENGP / IPSA
Cap. 1 Regras e Regulamentos Aplicáveis

1.5.7- Equipamentos Certificados

No site da SMS poderão ser consultados, por OCC nacional, os certificados para diversas
classes de equipamentos: http://www.sms.petrobras.com.br (Caminho: SMS > Segurança
> Atmosferas Explosivas > Equipamentos Ex Certificados).

Também, as listas de produtos certificados, com seus respectivos números de certificados


e validade, podem ser consultadas por Laboratório:
- CEPEL: http://www.cepel.br
- CERTUSP: http://www.iee.usp.br
- UCIEE: http://www.uciee.org

1.5.8- INFORM-Ex:
Informativo do Programa Atmosfera Explosiva, inclusive edições anteriores, também pode
ser acessado através do site da SMS, acima, no mesmo caminho acima: (SMS >
Informativos > Inform- Ex). Para receber futuras edições por mala direta, via correio
eletrônico, cadastrar-se enviando nota para a chave EU45 no Lotus Notes.

1.5.9- Instru-Ex - Instruções Gerais para Instalações em Atmosferas


Explosivas – Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção

As atualizações dessa Instru-Ex podem ser acessadas no Portal do E&P-CORP,


http://portal.ep.petrobras.com.br/Portal/, Caminho: Produtos & Serviços > Padronização e
Normatização > Principais Produtos > Manuais Técnicos > Instru-Ex, ou

através do Sistema Informatizado de Padronização do E&P, SINPEP, caminho:


http://www.ep.petrobras.com.br/SINPEP/acesso.htm padrão MT-11-00005.

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Cap. 1 Regras e Regulamentos Aplicáveis

SONDA de UNIDADE de
“AUTORIDADE COM PERFURAÇÃO ou PRODUÇÃO
JURISDIÇÃO” COMPLETAÇÃO
JACK- SEMI- Sonda SEMI- FIXA FPSO
sobre os Equipamentos e Instalações em UP SUB Modula- SUB Jaque FSO
Atmosferas Explosivas da Unidade da/SPM -ta
Classif. Classif. Gerente Classif. Gerente Classif.
è da Em - da Em - Da da Em - Da
Unidade
Embar-
barcação barcação Unidade barcação cação

IMO MODU CODE X X - X - X


R CRITÉRIOS
PARA MODU/ MOU X X - X - -
E CLASSIFICA-
ÇÃO DE ÁREAS
Classificadora [4C] [6A]
Regra PRODUÇÃO - X - X
G E
OFFSHORE da
Classificadora [4A] [6C]
R APLICAÇÃO DE
IEC-61892-7 (R) (R) (R) (R) (R) (R)
EQUIPAMENTOS
A ELÉTRICOS EM
ÁREAS
IEC-60092-502 - - - - - X *5
CLASSIFICADAS
API RP 505 [9D] ou X X
A PETROBRAS N-2154
[17A]
P Regras para Navios de Aço
da própria etc.) [4B] *1
X X - X - X

L Aplicável para instalação de material de linha


IEC-60079-14 [11B]
I MÉTODO DE
INSTALAÇÃO
européia/internacional, p.ex..: equipamentos e caixas do
tipo “segurança aumentada” em material plástico, etc.
C API RP 14 F ref.
Aplicável para instalação de material de linha americana,
como p. ex.: equip. e caixas do tipo à prova de explosão
Á Bibliográfica [9B]
em alumínio, tubul. rígida com unidade de selagem, etc.
V IEC 61892-7 Instalação offshore geral (R)
Atender a Portaria INMETRO N° 176/2000
E CERTIFICAÇÃO
MATERIAL ADQUIRIDO
NO BRASIL (Fabricante
Equipamentos, Materiais e Acessórios “Ex” fabricados,
L DE
EQUIPAMEN-
Nacional ou Estrangeiro) e/ou estrangeiro comercializados, no Brasil, devem ter
Certificado de Conformidade INMETRO
TOS E MATERIAL IMPORTADO Critérios Critérios Critérios Critérios
MATERIAIS *2 (REPETRO Reposição da Classifi da Classifi da Classifi da
“EX” - TRANSHIPMENT) cadora cadora
- cadora
- Classifi
cadora
Vistoria de Instalações e
MANUTENÇÃO Equipamentos “EX” e
“Exame de Certificados
X X - X - X
& INSPEÇÃO DE
INSTALAÇÕES EX”, durante Vistorias de
“EX” Classe da Embarcação *3
Norma PETROBRAS-2510 Procedimento recomendado para executar
[17B]
Inspeção de Equipamentos e Instalações

Tabela 1.1- Autoridade c/ Jurisdição sobre equip. e instalações “Ex” das unidades segundo regras
aplicáveis

*1 – Estas regras, por sua vez , chamam ou se referem a outras Regras consagradas tais como IEC-60079
[11], API-14F[9B], NFPA St 37[7C], St-78 [7B], etc.

*2 - Critérios de aceitação pela Classificadora:


(a) para material nacional à Certificação de Conformidade segundo a Portaria 176/2000 [19]
(b) para material estrangeiro à Certificação por laboratório internacionalmente reconhecido, tanto para
linha americana quanto européia.

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Cap. 1 Regras e Regulamentos Aplicáveis

*3 - Certificados “Ex” exigidos durante construção da unidade - para instalações adicionais, os


Certificados “Ex” dos novos equipamentos/materiais incorporados ao longo da vida da unidade, são
exigidos durante Vistoria de Classe da Embarcação

*4 - Sondas Moduladas, SPM e Jaquetas não são classificadas por não se tratar de Embarcação

*5- Critérios para classificação de áreas em espaços internos de navios petroleiros.

(R) – Recomendado sua adoção

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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

Capítulo 2
Áreas Classificadas Típicas

Neste capítulo são apresentados os conceitos de classificação de áreas por Zona


segundo as normas IEC. São também listados os locais/equipamentos típicos que
classificam a área em Unidades de Perfuração e Produção

2.1. Definições

“Área Classificada (devido a atmosferas explosivas de gás): Área na qual uma


atmosfera explosiva de gás está presente ou na qual é provável sua ocorrência a ponto de
exigir precauções especiais para a construção, instalação e utilização de equipamento
elétrico.” [16A] .

“Atmosfera Explosiva de gás: Mistura com ar, sob condições atmosféricas, de


substâncias inflamáveis na forma de gás, vapor ou névoa, na qual , após a ignição, a
combustão se propaga através da mistura não consumida.” [16A].

Assim, Áreas Classificadas são todos aqueles espaços ou regiões tridimensionais onde
pode ocorrer presença de gases e líquidos inflamáveis, que podem formar uma atmosfera
inflamável (explosiva).

Tais atmosferas explosivas podem surgir a partir de operações de perfuração ou testes de


produção em poços e, também, em torno de equipamentos e instalações de produção onde
gases e líquidos inflamáveis são armazenados, processados ou manuseados.

“Fonte de Risco”: Para o propósito de classificação de área uma fonte de risco [17A] é
definida como um ponto ou local no qual uma substância pode ser liberada para formar
uma atmosfera inflamável/explosiva. A fonte de risco é classificada conforme se segue:

“Fonte de Risco de Grau Contínuo” : A liberação da substância ocorre continuamente por


longos períodos ou freqüentemente por curtos períodos;

“Fonte de Risco de Grau Primário”: A liberação da substância ocorre periodicamente ou


ocasionalmente, em condições normais de operação, ou é causada por operações de reparo,
manutenção freqüente, rompimento, falha no equipamento de processo, condições que
sejam anormais porém previstas.

“Fonte de Risco de Grau Secundário”: A liberação da substância ocorre em condições


anormais de operação ou causada por rompimento, falha no equipamento de processo, que
sejam anormais porém previstas, ou infreqüentes por curtos períodos.

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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

Na maioria dos casos, em áreas abertas, adequadamente ventiladas:


• Fonte de Risco de Grau Contínuo resulta em Zona 0;
• Fonte de Risco de Grau Primário resulta em Zona 1;
• Fonte de Risco de Grau Secundário resulta em Zona 2.

Fonte de risco de Representação de ZONAS


grau primário nos Planos de Classificação
ZONA 1 de Áreas
(raio 1,5m)

Fonte de risco de
Zona 0:
ZONA 2 grau contínuo
raio 3m
(1,5m além ZONA 0
da zona 1)
Fonte de risco de
grau secundário Zona 1:

ZONA 2

Zona 2:

Fig. 2.1- Representação, em corte, de áreas classificadas geradas por um tanque de


armazenamento de líquido inflamável, com respiro (vent ),

2.2. Classificação em Zonas

As áreas são classificadas em ZONAS , conforme a probabilidade de ocorrência dessa mistura


explosiva em:

- Continuamente Presente ⇒ Zona 0


Onde uma mistura explosiva ar/gás está continuamente presente ou presente por longos
períodos.
(ex.: interior de vaso separador, superfície de líquido inflamável em tanques, etc.)

- Freqüentemente Presente ⇒ Zona 1


Onde é provável ocorrer uma mistura explosiva ar/gás, durante operação normal)
(ex.: sala de peneiras de lama, sala de tanques de lama, Mesa Rotativa, respiro de
equipamento de processo, etc.)

- Acidentalmente Presente ⇒ Zona 2


Onde é pouco provável ocorrer uma mistura explosiva ar/gás, em condições normais
de operação ou, caso ocorra, será por um breve período de tempo.
(ex.: válvulas, flanges e acessórios de tubulação para líquidos ou gases inflamáveis )

Classificação segundo as normas internacionais (IEC) série 60079 [11]

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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

O conceito de classificação em Zonas é adotado, também, pelo IMO MODU Code e pelas
Sociedades Classificadoras ABS, BV e DNV.

Na tabela abaixo, pode-se notar que a ZONA 2 (IEC) corresponde à DIVISÃO 2 (NEC-500), e
que a DIVISÃO 1 (NEC) corresponde às ZONAS 1 e 0. Assim, um equipamento projetado
para a ZONA 1 não pode ser aplicado diretamente na DIVISÃO 1 considerada Zona 0.

Na tabela abaixo, pode-se notar que a ZONA 2 (IEC) corresponde à DIVISÃO 2 (NEC-500), e
que a DIVISÃO 1 (NEC) corresponde às ZONAS 1 e 0. Assim, um equipamento projetado
para a ZONA 1 não pode ser aplicado diretamente na DIVISÃO 1, sem que seja feita uma
melhor avaliação do grau de risco da área.

A tabela mostra, também, que o artigo 505 da NEC, editado em 1996, adota a mesma
classificação de área que é utilizada pelas normas européias /internacionais (IEC).

FREQUÊNCIA ATMOSFERA ATMOSFERA CONDIÇÕES


CONTÍNUA INTERMITENTE ANORMAIS
IEC (série 60079) ZONA 0 ZONA 1 ZONA 2
NEC (Art. 500 /EUA) DIVISÃO 1 DIVISÃO 2

NEC (Art. 505*) ZONA 0 ZONA 1 ZONA 2


* Harmonizada com a IE C-60079, a partir de 1996.

NOTAS:

1) A Zona 2 é uma área de menor risco ou de menor classificação em


relação à Zona 1.

2) A Zona 1 é uma área de menor risco ou de menor classificação em


relação à Zona 0.

2.3. Classificação de Áreas

2.3.1. A Classificação de Áreas está baseada em eventos e situações associadas com as


operações normais da Plataforma, ou seja, ocorrência de evaporação em sistemas de
manuseio de substâncias inflamáveis para retirada de amostras, pequenos vazamentos
através de flanges e gaxetas (emissões fugitivas) de equipamentos da planta de produção,
vazamento de substâncias inflamáveis durante manutenção, operações de intervenção de
poços, etc.

A Classificação de áreas deve ser feita preferencialmente por equipe multidisciplinar


(processo, utilidades, segurança, elétrica, etc.) envolvida nas atividades de projeto,
operação e manutenção da unidade, coordenada por profissional com experiência nesta
área.

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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

Para novas instalações ou modificações em unidades existentes, a Classificação de Áreas


deve ser efetuada antes que o projeto e o layout de equipamentos esteja concluído. Neste
estágio pode ser possível fazer consideráveis melhorias a um baixo custo. A classificação
de áreas deve ser sempre revisada e os desenho s atualizados, na conclusão do projeto e
antes de qualquer modificação de unidade existente.

Nota: Vide item 19.1– Plano de Áreas Classificadas, no Cap. 19, quanto às informações que o
Plano deve conter, bem como os Documentos Complementares que contém informações
importantes para o desenvolvimento do projeto de Classificação de Áreas da unidade.

2.3.2. O Plano de Áreas Classificadas é construído a partir do levantamento e


mapeamento individual de cada equipamento com seus periféricos que seja considerado
como fonte de risco (vide mapa de risco na figura 2.1). Esses equipamentos são
representados sobre a desenho de arranjo geral da unidade com os respectivos contornos de
áreas de risco (forma e dimensões), formando assim, um mapa de risco de presença de
mistura inflamável na instalação.

Esse mapeamento resulta no Plano conforme exemplificado nas figuras 19.4 (Vista do
convés principal) e complementado pela vista em perfil na figura 19.3, para o caso da
plataforma PETROBRAS-V. Uma visualização tri-dimensional dessas áreas classificadas,
para a mesma plataforma, está mostrada na figura 19.5.

2.3.3. Figuras típicas de Classificação de Áreas:

A metodologia para a classificação de áreas está expressa em normas técnicas e a mais


difundida ho je nas instalações de E&P é a API RP 505 [9D], com classificação segundo o
conceito de ZONAS (0, 1 e 2) da IEC. Nas instalações mais antigas, em geral, adotou-se
a API RP 500, parte B [9], com classificação segundo o conceito de DIVISÃO (1 e 2),
antes da vigência da RP 505, em 1996 (vide item 1.5.4, no Cap. 1).

Algumas companhias de petróleo européias, alternativamente, adotam a norma IP-Code


Part 15 [13], também aceita pelas Sociedades Classificadoras para classificação de áreas.

Estas normas se baseiam em figuras de classificação de áreas para


equipamentos/instalações típicas de Perfuração e Produção; as mesmas apresentam
também alguns métodos alternativos para estimativa do raio de classificação, de
instalações específicas, baseado na taxa de liberação estimada (função da pressão,
volumes, taxas de falhas em selos, etc.) e na taxa de dispersão em função da volatilidade,
densidade e as condições de ventilação local, para áreas abertas.

Nas instalações da PETROBRAS sem certificação por Sociedade Classificadora como


plataformas fixas, deve ser adotada a norma N-2154 [17A] (vide item 1.2, no Cap. 1).
Nota: Vide endereço dos sites de acesso às normas que contém vários exemplos de figuras de
classificação de áreas, ao final do Capítulo 1.

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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

2.3.4. Eventos catastróficos como por exemplo, vazamento descontrolado de gás por
blowout ou ruptura de vaso ou tubulação de alta pressão contendo hidrocarbonetos, não
devem ser considerados na execução do Plano de Áreas Classificadas, uma vez que
levariam a uma classificação bem mais rigorosa e ampla, sendo escopo de estudo
denominado de Análise de Riscos.

Para estes “eventos catastróficos” são previstos meios de deteção de gás, desligamento
manual e/ou automático, seletivo e seqüencial de fo ntes de ignição, parada de ventilação,
fechamento de poços, etc. conforme configuração dos Sistemas de Parada de Emergência
(ESD). Vide Cap. 18.

2.3.5. Equipamentos elétricos essenciais / iluminação essencial e de emergência:

Além dos Sistemas de Parada de Emergência, para as novas unidades de produção


marítimas, as Diretrizes do E&P-CORP [2A] estabelecem requisitos para equipamentos
elétricos que necessitam operar durante uma parada de emergência, assim como para os
sistemas de iluminação essencial e de emergência:

Com o objetivo de minimizar a probabilidade de ignição de hidrocarbonetos que possam ser


liberados para a atmosfera, provenientes de equipamentos, tubulações etc, a seguinte ação
deverá ser considerada:
- Todos os equipamentos elétricos que necessitem operar durante uma parada de emergência
de nível 3 (ESD-3) e que estejam localizados em área aberta deverão ser adequados, no
mínimo, para operar em áreas classificadas como “Grupo IIA, Zona 2, T3”, mesmo se
localizados em áreas não-classificadas, a menos que possam ser automaticamente
desenergizados, quando da presença de gás na área do equipamento. Para iluminação de
emergência, deverão ser utilizados equipamentos do tipo segurança aumentada. Atenção
deverá ser dada para a nota 2 do item 4.3”

Os equipamentos elétricos instalados em salas de baterias, inclusive no caso de utilização de


baterias seladas, deverão possuir no mínimo a classificação “Grupo IIC, Zona 2, T1”. Caso
não possam ser desenergizados deverá ser considerada a classificação de Zona 1.” Item 4.8
[2A]

“Iluminação Essencial: É a iluminação mínima exigida para garantir a segurança na realização


dos trabalhos, que se fizerem necessários, na Instalação, quando da ocorrência de uma parada
de emergência nível 3T (ESD-3T). Esta iluminação deverá ser alimentada pelo gerador de
emergência através dos painéis essenciais e ser adequada para operar em áreas classificadas
como “Grupo IIA, Zona 2, T3”, mesmo em áreas não-classificadas, exceto dentro das salas
ventiladas mecanicamente.

Iluminação de Emergência: É a iluminação mínima exigida para garantir a segurança na


realização do abandono da Instalação e/ou realização dos trabalhos, que se fizerem necessários,
durante a fase de transição entre a parada do gerador de energia elétrica principal e o de
emergência. Esta iluminação deverá ser alimentada pelo gerador de emergência durante ESD-
3T. No caso de falta de energia proveniente do gerador de emergência, a iluminação de
emergência deverá ser alimentada pela fonte transitória de energia. Deverá ser adequada para
operar em áreas classificadas como “Grupo IIA, Zona 2, T3”, devendo ser do tipo segurança
aumentada, exceto no interior do módulo de acomodações.” Item 4.6 [2A]

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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

2.4. Relação de Áreas Classificadas Típicas

Determinadas áreas e compartimentos devem, se assim indicado pelas circunstâncias, ser


classificados como área de maior grau de risco (Zona) e/ou com raio maior, que aqueles
indicados nos exe mplos abaixo.

Determinados equipamentos com altas pressões, grandes vazamentos em potencial podem


requerer maiores dimensões para as áreas classificadas do que aqueles indicados nos
exemplos abaixo:

Determinadas áreas e compartimentos podem, sob determinadas circunstâncias e/ou


quando forem tomadas precauções especiais, ser classificadas como área de menor grau de
risco que aquele indicado nos exemplos abaixo.

2.4.1. Extensão da Classificação de Áreas:

Entende-se por extensão de classificação de área os limites da área de risco de presença de


mistura explosiva em uma instalação. A magnitude desta extensão depende de diversos
fatores relacionados não só com a substância inflamável em questão, mas também com
fatores externos, tais como: condições de ventilação, porte e tipo do equipamento de
processo, etc.

Se o equipamento considerado como fonte de risco for instalado em compartimento


confinado ou semi-confinado, todo o volume deste compartimento torna-se área
classificada, mesmo que este seja bem ventilado. Em áreas confinadas, valem as regras
do IMO MODU CODE e da própria Classificadora.

Áreas Adjacentes a áreas classificadas:

Exceto por razões operacionais, não devem existir portas de acesso ou outras aberturas
entre um compartimento cons iderado área não-classificada e uma área classificada ou entre
um compartimento classificado como Zona 2 e outro classificado como Zona 1;

Qualquer sala, mesmo sem fonte de risco, será considerada área classificada com o mesmo
grau de risco (zona) ou com grau de risco maior (se não houver ventilação), se houver
qualquer abertura ou porta que comunique com alguma área classificada adjacente, a
menos que haja ventilação forçada, pressurizando tal sala para impedir o ingresso de
eventual gás.

Vide item 5.3 – Aberturas, acessos e condições de ventilação que afetam a extensão das Áreas
Classificadas, do Capítulo 5.

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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

2.4.2. Áreas Classificadas em Plataformas de Perfuração

2.4.2.1. Zona 0 inclui:

a) O espaço interno de tanques fechados e tubulações para lama de perfuração ativa,


lama de perfuração sub-balanceada* (under-balanced) assim como óleo e gás
produzidos, como por exemplo tubos de respiro de gás do desgaseificador e outros
espaços onde uma mistura de óleo/gás/ar possa estar continuamente presente ou
presente por longos períodos.

2.4.2.2. Zona 1 inclui:

a) Espaços em torno da mesa rotativa, e espaços que contenham qualquer parte


aberta do sistema de circulação e tratamento de lama de retorno do poço, até
o tanque de lama:

a1. Plataforma de trabalho (convés de perfuração; “drill floor”), raio gerado a partir da
Mesa Rotativa; (vide Zona 2 complementar conforme ítem 2.4.1.2 a1 ou a2)
a2. Cabine do Sondador, Escritório do Sondador, Sala de Painéis e qualquer outro
compartimento confinado no drill floor, quando não isolado/pressurizado para
purga.
a3. Área semi-confinada na subestrutura da torre {região abaixo do piso do drill- floor e
da mesa rotativa onde possa acumular bolsões devido à presença de fontes de risco
como calha de retorno de lama aberta, preventor de erupção (BOP) em jack-up´s,
a boca de sino (“bell niple”); junta telescópica para semi-submersível}
a4.Qualquer área confinada no drill- floor que tenha passagem ou abertura de
comunicação com a subestrutura indicada no item a3 acima
a5. Calha aberta de retorno de lama de perfuração

a6. Sala (casaria) das Peneiras de Lama

a7. Sala dos Tanques de Lama

a8. Área em torno do Tanque de Lama da Peneira, Dessiltadores, Desgaseificador e


Desareadores, respectivas bombas de processamento de lama, manifold e respiros
correspondentes
a9. Área em torno do Separador de Gás e correspondente respiro (no topo da torre de
perfuração)
a10. Tanque de Manobra de poço (“trip tank”) e bomba correspondente
a11. descarga da linha do “diverter”
a12. Área sob o Cantilever (unidades tipo Jack-Up)

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a
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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

b) Espaços em torno dos cogumelos de exaustores de compartimentos


classificados como Zona 1, incluindo o espaço interno de dutos; por exemplo,
são os seguintes estes espaços típicos:

b1. Sala de tanques de lama;


b2. Sala (casaria) das Peneiras de Lama;
b3.Sala das bombas de processamento de lama (dessiltador, desgaseificador e
desareador);
b4. Sala de baterias;
b5. Paiol de tintas;

c) Em áreas abertas, a área de 1,5m em torno de qualquer abertura de acesso ou


de ventilação de compartimentos classificados como Zona 1, por exemplo, citados
nos itens (a) e (b) acima:

c1. Portas, janelas, escotilhas


c2. Aberturas em pisos, tetos ou anteparas para passagem de cabos elétricos, tubulação;
c2. Suspiros ou aberturas para exaustão e/ou ventilação natural

d) Espaços em torno dos equipamentos fixos ou temporários, de testes de


produção da formação:

d1. Vaso Separador de Teste de Produção e tubulação (manifold) correspondente;


d2. Tanque de Aferição e respiro, Medição de Vazão e tubulação correspondente;
d3. Skid da bomba do tanque de aferição;
d4. Juntas Rotativas para tubulação de óleo e gás, na base da lança do queimador;
d5. Queimador

Quando a plataforma realiza testes de produção, mudando a atividade fim


(de perfuração para produção), novas zonas de risco devem ser
consideradas, geradas pelos equipamentos/skids temporários listados acima,
que não podem ser localizados junto a cogumelos de ventilação e outras
aberturas para praça de máquinas e para outros ambientes confinados.

Vide precauções descritas no item 18.1 do Cap. 18 – Testes de


Produção em Plataformas de Perfuração.

* e) Perfuração sub-balanceada (under-balanced)

Na perfuração subbalanceada, a lama de retorno pode conter óleo e gás; todos os


vasos e separadores devem ser classificados internamente como Zona 0, e
externamente como Zona 1.

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a
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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

f) Outros:

f1. Qualquer área confinada ou semi-confinada, sem ventilação adequada, com


acesso direto a qualquer Zona 2; *
f2. Qualquer área confinada ou semi-confinada, com ventilação adequada, com
fonte de risco de grau primário. *
f3. Salas de Baterias (Vide capítulo 14);
f4. Área em torno dos Tanques de Armazenamento de Querosene de Aviação, da
Bomba de Abastecimento e Carretel de mangueira;
f5. Paiol de tintas;**
f6. Área Depósito de Cilindros de Acetileno;**
f7. Área Depósito de Cilindros de GLP;**
* Vide item 5.3 Aberturas, Acessos e Condições de Ventilação que afetam a Extensão
das Áreas Classificadas, no Capítulo 5 – Ventilação e Classificação de Áreas em
Ambientes Confinados

** Vide Capítulo 17 – Armazenamento e Manuseio de Material Inflamável

2.4.2.3. Zona 2 inclui:

a1. Área além da zona 1 em torno da mesa rotativa, estendido até os limites das
anteparas quebra-vento e cobertura do guincho de perfuração, até a altura da
antepara quebra-vento + 1,5m, para convés de perfuração (drill- floor) semi-
confinado.
a2. Áreas em torno da mesa rotativa, até o contorno da torre de perfuração, com altura
de 3m, para convés de perfuração (drill floor) aberto, sem quebra-vento;
a3. Áreas 1,5 m além das áreas Zona 1 especificadas acima;
a4. Antecâmara (“air-lock”) formando barreira com duas portas, entre uma Zona 1 e
área não-classificada;
a5. Área em torno do “Choke e Kill Manifold”;
a6. Área em torno do funil de descarte de cascalhos de lama
a7. Espaços em torno de fontes de risco secundária como flanges, conexões, válvulas,
contendo hidrocarbonetos ou lama de retorno, etc.
a8. Qualquer área confinada ou semi-confinada, adequadamente ventilada, que
contenha fontes de risco de grau secundário.
a9. Qualquer área confinada ou semi-confinada, adequadamente ventilada, com acesso
direto a qualquer Zona 1.
a10. Áreas externas num raio de 1,5 m além da fronteira de qualquer saída de
ventilação ou acesso a espaço Zona 2, como por exemplo:
- Portas, janelas, escotilhas

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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

- Aberturas em pisos, tetos ou anteparas para passagem de cabos elétricos,


tubulação
- Suspiros ou abertura para exaustão e/ou ventilação natural

Obs.: Tubulação fechada, totalmente soldada, sem flange, conexões válvulas ou


outros acessórios similares, não devem ser considerados como fontes de risco.

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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

2.4.3. Áreas Classificadas em Unidades de Produção de Óleo/Gás

2.4.3.1 Zona 0 inclui, por exemplo:

a1. Áreas internas a equipamentos de processo contendo gases ou vapores inflamáveis;


a2. Áreas internas a vasos de pressão ou tanques de armazenamento;
a3. áreas em torno de respiros que liberem gases ou vapores continuamente ou por longos
períodos;
a4. áreas acima e próximas de superfícies de líquidos inflamáveis em geral.

2.4.3.2 Zona 1 inclui, por exemplo, espaços em torno de:

- Área de cabeça de poço

- QCDC (linhas de óleo e gás)

- Conector de riser de produção, de exportação, de injeção de gás

- Árvores de Natal secas

- Equipamentos para armazenamento e processamento de óleo e gás:


- Tanque de armazenamento de líquido inflamável
- Tanque de armazenamento de líquido combustível (QAV, etc.)
- Vaso de pressão de hidrocarbonetos, em geral (Separadores de Alta e Baixa
Pressão, Dessalgadora, Surge Drum)
- Distribuidor ou coletor
- Respiros, vents,
- Válvulas de alívio (PSV´s, Diafragmas, etc.) e respectivas descargas
- Lançador ou Recebedor de PIG
- Lançador ou Recebedor de esferas e raspador
- Unidade de Remoção de H2 S
- Unidade de desidratação de gás (glicol)
- Sistema de Lançamento através de linha (TFL)
- Desidratador, estabilizador e unidade de recuperação de hidrocarbonetos
- Equipamento de armazenamento de água contaminada com gás inflamável
(hidrociclones e caissons)

- Unidade de Injeção de Produtos Químicos (metanol, etc.)

- Bombas de Transferência de Óleo

- Compressor de gás, compressor recuperador de vapor


- respect. respiros de tanques deóleo lubricante, óleo hidráulico (contamináveis
através de selos em mancais),
- trocadores de calor, intercooler

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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

- Motor a gás, Turbinas:


- Vent das válvulas de blow-down (BDV) de despressurização das linhas de gás
combustível;
- Vent de tanque de óleo hidráulico, tanque de óleo lubrificante, quando
contaminável com gás através de selo dos mancais, etc.;
- Respiro de Carter de motor a gás;
- Filtros e Unidades de tratamento de gás combustível
- interior do hood, conforme a condição de ventilação e proteções existentes, pode
ser considerado zona 2

- Drenos fechados e abertos de vasos e skids

- Válvulas e atuadores de válvulas de hidrocarbonetos

- Espaços em torno de mangotes flexíveis, com hidrocarbonetos

- Espaços em torno de pontos de tomada de amostras (válvulas, etc.)

- Espaços em torno de selo de bombas compressores e similares, no caso de fonte de risco


de grau primário.

- Etc., (vide API RP-505, N-2154)

b) Espaços em torno dos cogumelos de exaustores de compartimentos


classificados como Zona 1, incluindo o espaço interno de dutos; como exemplos
típicos exaustor de:

b1. Sala de baterias;


b2. Paiol de tintas;
b3. Sala de bombas de exportação de óleo

c) Em áreas externas, a área de 1,5m em torno de qualquer abertura de acesso ou


de ventilação de compartimentos classificados como Zona 1, incluindo, por
exemplo, citados nos itens (a) e (b) acima:

c1. Portas, janelas, escotilhas


c2. Aberturas em pisos, tetos ou anteparas para passagem de cabos elétricos, tubulação
c2. Suspiro ou abertura para exaustão e/ou ventilação natural

g) Outros:

d1. Qualquer área confinada ou semi- confinada, sem ventilação, com acesso direto
a qualquer área classificada como Zona 2; *
d2. Qualquer área confinada ou semi-confinada, com ventilação adequada,
contendo fonte de risco de grau primário; *

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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

d3. Qualquer área confinada ou semi-confinada, sem ventilação, contendo fonte de


risco de grau secundário; *
d4. Salas de Baterias (Vide capítulo 14)
d5. Área em torno dos Tanques de Armazenamento de Querosene de Aviação, da
Bomba de Abastecimento e Carretel de mangueira.
d6. Paiol de tintas**
d7. Área Depósito de Cilindros de Acetileno**

* Vide item 5.3 Aberturas, Acessos e Condições de Ventilação que afetam a


Extensão das Áreas Classificadas, no Capítulo 5 – Ventilação e Classificação
de Áreas em Ambientes Confinados
** Vide Capítulo 17 – Armazenamento e Manuseio de Material Inflamável

2.4.3.3 Zona 2 inclui, por exemplo:

a1. Áreas 1,5 m além das áreas Zona 1 especificadas acima.


a2. Antecâmara (“air-lock”) formando barreira com duas portas, entre uma Zona 1 e
área não-classificada
a3. Espaços em torno de fontes de risco secundária como flanges, conexões, válvulas,
queixo-duro, etc.
a4. Qualquer área confinada ou semi-confinada, adequadamente ventilada, que
contenha fontes de risco de grau secundário.
a5. Qualquer área confinada ou semi-confinada, adequadamente ventilada, com acesso
direto a qualquer Zona 1.
a6. Áreas externas num raio de 1,5 m além da fronteira de qualquer saída de ventilação
ou acesso a espaço Zona 2, como por exemplo:
- Portas, janelas, escotilhas
- Aberturas em pisos, tetos ou anteparas para passagem de cabos elétricos,
tubulação
- Suspiros ou abertura para exaustão e/ou ventilação natural

- Equipamento de armazenamento de água contaminada com gás inflamável


(hidrociclones e caissons)

Obs.: Tubulação fechada totalmente soldada, sem flange, conexões válvulas ou


outros acessórios similares não devem ser considerados como fontes de risco.

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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

2.4.3.4 Para unidades com Sonda Modulada (SM) ou Sonda de Completação (SPM)

Vide item 2.4.1 - Plataforma de Perfuração, observando onde houver correspondência na


classificação de áreas, conforme exemplos abaixo:

- área do convés da mesa e subestrutura do mastro – “correspondente” ao convés de


perfuração e subestrutura da torre de perfuração;
- tanque do fluido de completação de retorno “correspondente” ao tanque de lama de
perfuração.

2.4.3.5 Unidades tipo FPSO, FSO

Estes tipos de unidade têm requisitos adicionais, conforme regras das classificadoras,
superpondo/unindo as áreas classificadas típicas, como abaixo:

- embarcação para armazenamento (navio petroleiro);


- planta de processamento de óleo/gás, no convés de produção;
- torre do swivel;
- poço do turret para ancoragem e conexão dos risers de produção/exportação
- utilidades, etc.

As áreas classificadas típicas de navios petroleiros, conforme definido na IEC 60092-502


[11F], que também inclui as figuras de classificação de áreas correspondentes, são:

(a) vent/suspiro de tanques de carga de petróleo, atmosférico ou com válvula de vácuo-


pressão, tipicamente, cilindro vertical com raio de classificação de 10m (Zona 1
esfera e cilindro raio 6m + Zona 2 com cilindro raio 4 m ).

(b) boca de visita de tanques de carga, boca de ulagem (medição), Zona 1

(c) área no convés livre sobre e adjacentes ao teto dos tanques de carga *

(d) espaços confinados/cofferdam imediatamente adjacentes (acima, abaixo ou


lateralmente) a tanques de carga, Zona 1; respiros desses espaços no convés

(e) sala de bombas de carga/transferência de óleo, Zona 1

(f) etc (vide IEC acima).

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Cap. 2 Áreas Classificadas Típicas

(*) Notas:

- O espaço sobre o convés principal do navio, na região acima dos tanques de carga de
petróleo é classificado como Zona 2 em toda a sua largura e 3m além da sua extensão no
comprimento sobre os tanques de carga, até uma altura de 3m, conforme API RP-505 –
vide figura adiante (a norma IEC 60092-500 é aplicável apenas para navio petroleiro,
especificando uma altura de 2,4m para Zona 2)

- Em havendo módulo de produção ou módulo de utilidades com piso fechado, montado


sobre o convés principal, então a classificação se estende além desses 3m; a área
classificada ocupa todo esse vão, entre o convés principal do navio (teto do tanque de
carga) até o piso daquele convés de produção/utilidades montado acima;

- Nessa situação, com ventilação natural dificultada pelo confinamento por obstáculos e
possível formação de bolsões nas cavernas entre perfis estruturais, abaixo desse piso do
módulo de produção/utilidades, toda essa região deve ser classificada como Zona 1.

- Para a planta de processamento são válidas as áreas descritas nos itens 2.4.2.1 a 2.4.2.3,
acima.

- Para as utilidades (ventilação/exaustão de salas de baterias, salas de bombas de carga,


etc.) são válidas as áreas descritas nos itens 2.4.2.2 a 2.4.2.3, acima.

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Zona 1 em convés de navio petroleiro:

Zona 2, em convés de navio petroleiro – detalhe do cilindro com raio de classificação 6m Zona 1 +
4m Zona 2, que classifica área em torno de respiro de tanque de carga

Nota: Estas figuras da norma IEC-60092-502 são aqui mostradas para facilidade de consulta.
Vide o texto integral dessa norma, que está disponível para acesso on-line
na página NTE-NET, ENGENHARIA/SL/DTL : http://164.85.47.150

26
Classificação de áreas típica em FPSO , errata da figura 90 – API RP-505,

Nota: Esta figura da norma API RP-505 é aqui mostrada para facilidade de consulta.
Vide o texto integral dessa norma, que está disponível para acesso on-line
na página NTE-NET, ENGENHARIA/SL/DTL : http://164.85.47.150

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

Capítulo 3
Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

Neste capítulo é apresentada uma Tabela prática para seleção de equipamentos “Ex”.
São indicados quais os tipos de proteção “Ex” permitidos nas Zonas 0, 1, 2 e
apresentado um resumo dos métodos de instalação.

3.1 – Guia Prático para Seleção de Equipamentos “Ex”

Um guia prático para seleção ou verificação da adequação de equipamentos elétricos “Ex”,


de diferentes origens, para as diversas Áreas Classificadas de Plataformas de Perfuração ou
Produção é mostrado na tabela abaixo:

(linha americana) (linha internacional) (linha européia UE)

NEC – IEC 60079-1 segundo a Diretiva


ARTIGO 500 ABNT NBR 5388 ATEX 100a
NEC 505/96
Classe I G (gases, vapores)
PRODUÇÃO E Grupo D Grupo IIA x Grupo IIA
PERFURAÇÃO
(em geral)
Temp. T3 Temp. T3 (200°C) * Temp. T3 (200 o C)

Classe I G
SALA DE BATERIAS Grupo B Grupo IIC Grupo IIC
(Hidrogênio) Temp. T1 Temp. T1 (450°C) Temp. T1
Classe I G
ACETILENO Grupo A Grupo IIC Grupo IIC
Temp. T2 Temp T2 (300°C) Temp T2
Classe I G
PAIOL DE TINTAS Grupo C Grupo IIB Grupo IIB
Temp. T3 Temp T3 (200°C) Temp T3
0 Div. 1 IS ia Zona 0, IS ia, 1, ia ***
ZONA
**
1 Div. 1 Zona 1 2
2 Div. 2 Zona 2 3

Tabela 3.1- Guia prático para seleção de equipamentos “Ex”

x - O Grupo IIA não é adequado para atmosferas com Hidrogênio, Acetileno, e nem para
vapores emanados de paiol de tintas.

(*) Várias Plataformas de Perfuração foram aprovadas com equipamentos da classe de temperatura
T2 (300ºC), segundo o critério então vigente na época de construção destas Unidades.
(**) IS - Intrinsecamente seguro

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

(***) Alguns equipamentos de origem européia, de fabricação mais recente, já têm vindo com
designação de acordo com a Diretiva ATEX 100a (94/9/EC) [27A], que entrará em vigor a partir de
jun/2003. Além de não fazer menção ao termo “zona” que não é indicado explicitamente, o
usuário deve verificar a Categoria do equipamento (cujo número não corresponde ao número da
Zona) identificando marcação conforme tabela abaixo que, vem seguida da letra “G”, designativa
de grupo de Gases e Vapores (Vide mais informações no item A.4 - Exemplo de Marcação de
equipamentos “Ex” de origem européia, do Apêndice A):

Zona 0 – equipamento Categoria 1


Zona 1 – equipamento Categoria 2 EEx de IIA T3 II 2 G
Zona 2 – equipamento Categoria 3

NOTAS:
a) Equipamento certificado para o Grupo B (NEC 500) atende* Grupos C e D.

b) Equipamento certificado para o Grupo C (NEC 500) atende* Grupo D.

c) Equipamento certificado para o Grupo IIC (IEC/ABNT) atende* Grupo IIB e IIA.

d) Equipamento certificado para o Grupo IIB atende* Grupo IIA.


* deve-se observar também a classe de temperatura, Ver tabela no Apêndice D

e) Grupo I da IEC (Metano) aplicável à área de mineração, xisto (Grisú).

f) Embora o gás sulfídrico (H2 S, temp. ignição 260 o C) esteja classificado no grupo “C”
da NEC 500 (“equivalente” ao grupo IIB da IEC), a concentração da mistura explosiva
é muito acima da concentração letal para o homem, portanto, é enfocada a toxidez e
não, a explosividade; “Em misturas de H2 S e gás natural, é recomendado que a mistura
seja considerada Grupo D se o volume de H2 S constitui menos de 25% da mistura”
[9D].

g) Os laboratórios americanos FM (Factory Mutual) e UL (Underwriters Laboratories)


emitem suas próprias normas para certificação.

h) Para equipamentos fabricados nos EUA com etiqueta (LABEL ou LISTED) da UL ou


FM, as Sociedades Classificadoras, em sua maioria, dispensam a apresentação de
certificados.

i) As divisões “1” da NEC têm correspondência com as Zonas “0” e “1”; a divisão “2”
NEC corresponde à zona “2”, da IEC.

j) Querosene de aviação (Querojato) na área do heliponto corresponde ao Grupo IIA, T3.

k) NEC 505: A partir de 1996 a NEC adotou a filosofia de zonas, harmonizando com a
norma IEC, coexistindo em paralelo com a NEC 500.

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

3.2 – Fontes de Ignição

Em Áreas Classificadas devem ser tomadas precauções para prevenir a ignição de vapores
inflamáveis eventualmente presentes.

Os equipamentos mecânicos e máquinas quando instalados em áreas classificadas, devem


ser construídos e instalados de modo a prevenir o risco de ignição a partir do
centelhamento, devido à formação de eletricidade estática ou fricção entre partes móveis e
a partir de pontos quentes de partes expostas, como dutos de descargas de exaustão de
máquinas de combustão interna, e outras emissões de fagulhas.

Nota: vide demais informações no Capítulo 15 – Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas.

Fontes de ignição de origem não elétrica incluem, porém não limitadas somente a:

• centelha ou fagulha geradas mecanicamente:


• esmeril;
• lixadeira;
• impacto de peças ferrosas;
• impacto de hélice de ventilador;
• chama exposta (maçarico, caldeira, forno, etc.) e gases de combustão;
• gases quentes inclusive partículas/fagulhas (descarga de motor de combustão);
• brasa de cigarro;
• Superfície quente (temperatura superficial elevada - acima de 200 °C), que pode
provocar combustão espontânea de mistura inflamável, como por exemplo:
• tubulação de descarga de motor de combustão interna (motor diesel, a gás);
• caldeira;
• fricção/atrito de mancal ou rolamento de motor, sem lubrificação;
• fricção de brocas de furadeiras, abertura de roscas
• ferro de solda;
• estufas de aquecimento;
• forno de aquecimento, forno de tratamento;
• etc.
• Compressão adiabática;
• Descarga de eletricidade estática acumulada em:
• Correias;
• Máquinas e pistolas de pintura;
• Escovas;
• Reações exotérmicas (ex.: bissulfeto de ferro* em contacto com o ar);

* Nota: Vide informações sobre formação de bissulfeto de ferro pirofórico, em tanques de carga e
dutos, no cap. 23 do ISGOTT [10];

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

Especial atenção deve ser dada aos mancais de bombas de óleo e motores elétricos de
acionamento dessas bombas e outros equipamentos que manuseiem produtos inflamáveis,
cujos skids normalmente ficam dentro de braçolas de contenção, para coleta de drenagem,
que ficam com resíduos de petróleo.

Tais motores devem ter proteção de sobrecarga, complementado se possível, com


monitoração de temperatura dos mancais e dos enrolamentos.

É recomendado um acompanhamento sistemático dos mancais e outras partes móveis,


tanto do motor quanto do equipamento acionado, para evitar o sobre-aquecimento dos
mancais que, se levado ao rubro, pode resultar em incêndio; graves incêndios têm sido
reportados na indústria do petróleo, por tais motivos.

Motores do tipo segurança aumentada devem ter relé de proteção contra sobrecargas, rotor
bloqueado, de modo a desliga- lo, antes que atinja temperatura superficial que possa causar
ignição de atmosfera explosiva (abaixo do tempo tE especificado para a categoria T3, 200
o
C). Vide item 13.8 Motores Elétricos, no Cap. 13 Inspeção e Manutenção de Equipamentos

Fontes de ignição de origem elétrica incluem, porém não limitados somente a:

• Equipamento elétrico do tipo comum, sem proteção para atmosfera explosiva;


• Arco elétrico:
- Solda;
- contato elétrico;
- ferramenta portátil, centelhas nas escovas do rotor;
• Correntes circulantes, proteção catódica, pontos quentes ou arcos em pontos com
falha de contacto elétrico;
• Centelhas devido a curto-circuito, falha de isolação, etc.;
• Descarga atmosférica, raios;
• Radio freqüência (RF) ondas eletromagnéticas; 104 a 3x1012 Hz
• Radiação ionizante;
• Corona;
• Etc.

Observação:
Para as unidades de produção marítimas, as Diretrizes para Projetos [2A] estabelecem
requisitos para equipamentos elétricos que necessitam operar durante uma parada de
emergência, assim como para os sistemas de iluminação essencial e de emergência. Vide
item 2.3 – Classificação de Áreas, no Capítulo 2.

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

3.3 – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

Uma vez mapeada a classificação de áreas da unidade, a mesma deve ser usada como base
para a seleção adequada de equipamentos.

Os equipamentos elétricos por sua própria natureza podem se constituir em fonte de


ignição, quer pelo centelhamento normal de seus contatos, ou pelo aquecimento provocado
pela passagem da corrente ou mesmo por causa de alguma falha no circuito.

Portanto, equipamentos elétricos ou outros que possam se constituir em fonte de


ignição não devem ser instalados em Áreas Classificadas, a menos que seja
estritamente essencial sua instalação neste local;

Em Áreas Classificadas apenas poderão ser empregados Equipamentos


Elétricos especialmente construídos para uso em atmosferas
potencialmente explosivas, com Certificado de Conformidade que ateste a
adequação do mesmo para a atmosfera do local.

Também, os equipamentos devem ser instalados conforme requisitos das


normas aplicáveis e mantidos adequadamente para assegurar a integridade
da proteção “Ex”.

Os equipamentos e acessórios instalados em áreas classificadas devem ter a respectiva


documentação e certificados de conformidade verificados e arquivados em um data-book.
Vide item 19.2 Lista de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos em Áreas Classificadas, Cap. 19

Especificação de equipamentos elétricos para uso em atmosferas explosivas - para


especificar adequadamente, as seguintes informações são necessárias:

(a) Classificação de área do local da instalação segundo a probabilidade de ocorrência


de atmosfera explosiva (Zona 0, 1 ou 2) – vide Cap. 2;

(b) Temperatura de ignição do gás ou vapor presente:


O equipamento elétrico deve ser especificado de maneira que a temperatura
máxima de superfície não irá atingir a temperatura de ignição de gás ou vapor que
possa estar presente; os equipamentos são identificados segundo a classe de
temperatura em T1, T2, T3, T4, T5 ou T6 para o qual foram certificadas (vide
tabela A-5 no Apêndice A);

(c) Grupo de gases ou vapores da substância inflamável, quando aplicável, em


função do tipo de proteção do equipamento elé trico (Ex-d ou Ex-i); vide Tabela
3.1 do Cap. 3 e item A.2.1 do Apêndice A;

Nota: Para alguns tipos de proteção como, por exemplo, pressurizado (Ex-p), segurança
aumentada (Ex-e), somente a classificação de área e a temperatura de ignição é
requerida, pois o tipo de proteção independe do grupo de gases/vapores.

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

(d) Influência externa e Temperatura ambiente


Equipamentos elétricos devem ser protegidos de influências externas (por exemplo,
corrosão ou danos por penetração de água, reações químicas, efeitos térmicos e
mecânicos). A integridade da proteção deve ser assegurada para operação dentro
das condições especificadas para uso.

Os equipamentos elétricos devem ser utilizados dentro dos limites de temperatura


ambiente para o qual foram projetados; se a marcação do equipamento elétrico
não inclui referência, estes devem ser utilizados na faixa de –20 o C a + 40 o C.

Certificado de Conformidade:
Equipamentos elétricos e eletrônicos e respectivos acessórios de instalação, devem ser
adequados para a atmosfera explosiva correspondente, atestado através de Certificado de
Conformidade, emitido por Organismo de Certificação Credenciada (OCC) independente.

Nota: Para verificar lista de equipamentos certificados no SBC, vide sites para consulta on-line no
item 1.56, Capítulo 1.

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

3.3.1– Tipos de Proteção de Equipamentos para Uso em Áreas


Classificadas

Os tipos de proteção para equipamentos “Ex”, conforme a IEC/ABNT, a simbologia


associada, definição e Normas aplicáveis estão relacionados na tabela 3.2 a seguir:
Os requerimentos constantes nos livros de regras das Sociedades Classificadoras (ABS,
BV e DNV) e da IMO estão em conformidade com as prescrições da normas internacionais
(IEC 60079).

SÍMBOLO NORMAS
TIPO DE PROTEÇÃO IEC/ABNT DEFINIÇÃO IEC/ (ABNT)

À Prova de explosão Capaz de suportar explosão interna sem


Explosion proof ou Ex-d permitir que essa explosão se propague para IEC 60079.1
Flameproof o meio externo. (NBR 5363)
(Vide A.2.2 e A.2.4, no Apêndice “A”)
Invólucros com pressão positiva interna,
Pressurizado superior à pressão atmosférica, de modo que IEC 60079.2
Pressurized ou Purged Ex-p se houver presença de mistura inflamável ao
(Vide cap. 6) redor do equipamento esta não entre em (NBR 5420)
contato com partes que possam causar uma
ignição. (Vide cap. 6)
Imerso em óleo (*) Ex-o IEC 60079.6
Oil-filled / Oil- immersed (NBR 8601)
Imerso em areia (**) Ex-q As partes que podem causar centelhas ou
Sand or alta temperatura se situam em um meio IEC 60079.5
powder filled isolante. -
Imerso em resina Ex- m
resin-moulded / IEC 60079.18
Encapsulation -
Medidas construtivas adicionais são
Segurança Ex-e aplicadas a equipamentos que em condições IEC 60079.7
aumentada normais de operação não produzem arcos,
Increased safety centelhas ou altas temperaturas. (NBR 9883)
(Vide A.2.3 e A.2.4, no Apêndice “A”)
Dispositivo ou circuito que em condições
Segurança intrínseca Ex- ia normais ou anormais (curto-circuito, etc) de IEC 60079.11
Intrinsically-safe operação não possui (NBR 8447)
Ex- ib energia suficiente para inflamar a atmosfera
explosiva.
(Vide A.2.5, no Apêndice “A”)
Dispositivo ou circuito que em condições
Não-acendível Ex-n normais de operação não são capazes de IEC 60079.15
Non-incendive provocar a igniç ão de uma atmosfera -
explosiva de gás, bem como não é provável
que ocorra algum defeito que seja capaz de
causar a inflamação dessa atmosfera.
Especial Ex-s Usado para casos ainda não previstos em -
norma.
Tabela 3.2- Tipos de proteção para equipamentos “Ex”
Notas:

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

(*) Não é aceito pelas Classificadoras em virtude da inflamabilidade do óleo isolante.


(**) Não é comumente utilizado – tecnologia antiga.

Dentre os diversos tipos de proteção existentes, os únicos que dependem do Grupo de Gás
são o “Ex-d” e o “Ex-i”. Portanto, quando se especificar qualquer um destes tipos de
proteção, deve-se citar, também, o Grupo de Gás para o qual eles devem atender e a classe
de temperatura.

ATENÇÃO!

Equipamentos “Ex” construídos e certificados para uso em Zona 1, como


por exemplo os do tipo À Prova de Explosão (Ex-d), podem ser utilizados
em Zona 2, porém o contrário não é válido, ou seja, equipamentos
certificados para Zona 2, como os do tipo Não-acendível (Ex-n), não
podem ser utilizados em Zona 1, pois são de concepção mais simples
(requisitos construtivos menos rigorosos que os adotados para Zona 1).

3.4 - Equipamentos Elétricos Permitidos em Zona 0, Zona 1 e Zona 2

Os tipos de proteção para equipamentos elétricos permitidos para instalação em Áreas


Classificadas (Zona 0, Zona 1 e Zona 2) são os seguintes, conforme os livros de regras das
Sociedades Classificadoras, da IMO MODU CODE, em geral harmonizadas com as
prescrições da Normalização Internacional (IEC 60079-14):

Para unidades de Perfuração, vide também, as recomendações no Cap. 18.2- Precauções


para Situações de Emergência - “Blow-out” ou “Kick” em Plataformas de Perfuração, do
cap. 18.

ZONA 0 – Equipamentos permitidos

- Somente equipamentos do tipo intrinsecamente seguros (IS) certificados para Zona 0


(“Ex- ia”), com circuito e fiação associada IS (baixa energia acumulada).

Observações:
- O BV admite, também, o tipo de proteção “Ex-ib”
- Em geral, circuitos/fiação para circuitos IS (“Ex-ia”) que transitam em bandejamentos com
cabos de potência, devem ter armadura ou trança metálica.
- Cabos de circuitos intrinsecamente seguros não devem ser misturados dentro de um cabo
múltiplo que também atenda a outros circuitos não intrinsecamente seguros (NIS), exceto, se
blindados separadamente.
- Os terminais e cabos IS devem ser identificados na cor azul.
- Os terminais e cabos IS devem ser fisicamente separados dos demais terminais NIS por placa
isolante ou uma distância maior que 50 mm.
- Cabos de circuitos intrinsecamente seguros devem ser aterrados em um único ponto (vide
cap.4).

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

ZONA 1 – Equipamentos permitidos

- Equipamentos e circuitos intrinsecamente seguros, certificados para Zona 0 (“Ex- ia” ou


“Ex- ib”)
- Equipamentos Á prova de explosão, certificados (“Ex-d”)
- Equipamentos do tipo invólucro pressurizado (“Ex-p”)
- Equipamentos de segurança aumentada, certificados (“Ex-e”)

Nota: Para motores de segurança aumentada deve ser especificada uma proteção
adequada contra sobrecorrente para evitar sobreelevação de temperatura
decorrente de sobrecarga ou curto-circuito, rotor bloqueado, ou defeitos nos mancais.

O relé de proteção deve desligar o motor com tempo inferior ao tempo tE especificado,
correspondente ao tempo necessário para o motor atingir a temperatura de ignição do
grupo de gases correspondente ao local da instalação, com o rotor travado, partindo da
temperatura de operação com potência nominal.

ZONA 2 – Equipamentos permitidos

- Todos os equipamentos aprovados para Zona 0


- Todos os equipamentos aprovados para Zona 1.
- (**) Equipamentos de tipo que assegure ausência de centelhas, arcos ou pontos quentes
durante operação normal (temperatura de superfície menor que 200 °C)
- (**) Motores de indução do tipo gaiola, fechados;

(**) Para Zona 2, algumas Classificadoras admitem o emprego de equipamentos do tipo


industrial comum, sem ser do tipo com proteção “Ex”. Evitar tais equipamentos em áreas
classificadas de plataformas marítimas, onde os raios de classificação de Zona 1 e 2
praticamente se confundem (1,5 e 3 metros).

Recomenda-se o emprego de motores elétricos com proteção “Ex”, no mínimo do tipo não
acendível, Ex-n; e tipo de segurança aumentada, Certificado como “Ex-e”, com proteção
adequada contra sobrecorrente.

3.5 – Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

A instalação de equipamentos, acessórios e cabos elétricos deve atender as regras


específicas de segurança em instalações em Áreas Classificadas, como por exemplo:

Ø cabo armado com blindagem ou armadura metálica, deverá ter armadura aterrada nas
duas extremidades

Ø cabos não devem ter emenda; se inevitável, utilizar emenda dentro de caixa de junção
de tipo aprovado para a área. A existência de tais caixas em cabos de potência deverá
ser documentada em diagramas.

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

Ø penetração de cabos, em sistemas com eletrodutos, deve utilizar unidade seladora com
massa de vedação.

Ø Cabos singelos sem capa de proteção, não armados, somente são admitidos em
sistemas com eletrodutos.

Ø acessórios de instalação também devem ser do tipo aprovado (prensa-cabos, bujão


selador, caixa de junção, conjunto tomada-plugue, etc.).

Ø Cabos com armadura metálica passando por área Zona 1, devem ter as duas
extremidades aterradas

Ø Cabos de força DC alimentados por SCR´s que possuam armadura metálica, esta deve
ser de material não magnético (bronze, cobre), aterrada.

Ø O tipo e a especificação dos cabos elétricos de força, controle e instrumentação, para


uso naval, devem ser aprovados pela Classificadora.

Ø Cabos flexíveis, em geral não são admitidos em zona 1, exceto sob considerações
especiais/aprovação da Classificadora.

A norma internacional IEC-60079.14 [11B] estabelece os requisitos para a montagem e a


instalação elétrica em atmosferas potencialmente explosivas. Nela encontramos os métodos
de montagem e instalação que são utilizados pela filosofia americana (eletrodutos
metálicos + caixas à prova de explosão + unidades seladoras), como também pela filosofia
européia (cabos + prensa-cabos), ou sistema misto que compatibiliza a instalação de
painéis do tipo “à prova de explosão com entrada direta de cabos, sem eletrodutos”; vide
também a série IEC-61892 [11G].

3.5.1 – Sistema com Eletrodutos (filosofia americana)

Este método é utilizado apenas para instalação de equipamentos do tipo à prova de


explosão – “Ex-d”.

Neste sistema o cabo elétrico é instalado dentro de eletrodutos que são roscados
diretamente nos furos dos invólucros à prova de explosão, conferindo eficiente proteção ao
cabo contra danos físicos.

Os eletrodutos devem ser metálicos, com construção rígida e com resis tência suficiente
para suportar a pressão de eventual explosão interna; para instalação em zona 1.

Acessórios e conexões nos eletrodutos, como por exemplo, conduletes, união, nipple,
luva, joelho, etc., devem ser do tipo aprovado para zona 1; acessórios instalados entre a
unidade seladora e o invólucro deve ser do mesmo diâmetro do eletroduto; em zona 2, tais
acessórios montados em invólucros que não contenham elemento centelhante são
dispensados de ser do tipo à prova de explosão.

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Para ligação de equipamentos sujeitos à vibração ou locais de acesso/montagem


dificultada, podem ser utilizados conduites flexíveis, do tipo aprovado (até 0,9 m).

Os eletrodutos devem ser providos de unidades seladoras como segue:

Fronteira de área classificada:


• na entrada ou saída de uma área classificada para outra não classificada, inclusive
na penetração em anteparas de áreas de diferente classificação; a unidade seladora
pode ser aplicada em qualquer um dos lados da fronteira que limita as áreas.
• na transição entre zona 1 e zona 2;

Na entrada/saída de invólucros à prova de explosão:


• instalado a não mais que 450 mm de qualquer invólucro contendo uma fonte de ignição
em operação normal (disjuntores, fusíveis, contactores, resistor, ou qualquer outro
equipamento que possa produzir arcos, centelhas ou alta temperatura);
• na entrada de qualquer invólucro contendo luva, união, juntas ou terminações onde o
diâmetro do eletroduto seja de 50 mm ou maior.
• No caso de dois ou mais invólucros estarem interligados através de niples ou pedaços
de eletroduto, e de ser necessária a colocação de unidade seladora, é permitido que
apenas uma unidade seladora seja aplicada entre os invólucros, desde que estes não
estejam separados por mais de 90 cm entre si.

Um mínimo de cinco fios de rosca deve garantir a conexão entre o eletroduto e invólucro e
entre o eletroduto e conexões (cinco fios em ambas as partes, macho e fêmea) as
conexões devem ser encaixadas firmemente em toda a rosca. As roscas devem ser do tipo
cônicas NPT.

Em sistemas onde o eletroduto for utilizado como condutor de proteção, especialmente em


sistemas solidamente aterrados, a junção roscada deve ser adequada para suportar a
corrente de defeito à terra que pode retornar pelo eletroduto, com o circuito adequadamente
protegido por fusíveis ou disjuntores.

Após a instalação dos cabos no eletrodutos, as unidades seladoras devem ser preenchidas
com massa seladora; o material selador é uma mistura de compostos que, aplicado de
forma líquida, endurece após a cura e sela o eletroduto de modo permanente - deve ser de
um tipo aprovado;

A espessura da massa seladora deve ser igual ao diâmetro interno do eletroduto, mas nunca
inferior a 16mm.

A utilização de Unidade Seladora é necessária para minimizar a migração de gases e


vapores e evitar a propagação de chama de uma parte da instalação elétrica para outra
através do eletroduto; as unidades seladores devem ser especificadas para a posição de
montagem (vertical ou horizontal) aplicável.

Nota: Para métodos de montagem e instalação, vide:

- Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e de Petróleo [1]

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

onde é ilustrado o método de instalação de cabos e equipamentos com eletrodutos, com


vários exemplos típicos de aplicação.

- API RP 14F [9B], Prática Recomendada para projeto e instalações elétricas em


plataformas de produção offshore, onde são indicados os requisitos para instalação de
painéis e acessórios à prova de explosão, com fiação dentro de eletrodutos; também
mostrados exemplos típicos de montagem.

- NFPA 70 [7E], também conhecido como NEC (National Electric Code) ou código de
instalações elétricas dos EUA; dividida em vários Artigos;
• Artigo 500 – Equipamentos e Instalação de fiação/cabeação em áreas classificadas
segundo o conceito de Classe, Divisão.
• Artigo 501 – Equipamentos e instalações em áreas classificadas Classe I (Gases e
Vapores)
• Artigo 504 - Instalação de equipamentos e fiação do tipo Segurança Intrínseca
• Artigo 505 – Equipamentos e Instalação de fiação/cabeação em áreas classificadas,
Classe I (gases e vapores), e divisão por Zonas.

“Podemos dizer que o Sistema com eletrodutos metálicos, unidades seladoras e invólucros à
prova de explosão apresenta a desvantagem de que o nível de segurança é muito
dependente da qualidade de quem faz a montagem da instalação industrial, pois aumenta a
probabilidade de existência de não conformidades, como por exemplo, critérios
inadequados de aplicação de unidades seladoras, unidades seladoras sem massa,
invólucros com falta de parafusos, etc.” [1]

Conduite roscado
Plugue

Massa de
selagem

Fibra para bloqueio

Nipl e ou conduite

(a) Corte de uma Unidade Seladora sem dreno. (b) Foto e corte de uma Unidade Seladora com dreno.
Reproduzido de [15] Reproduzido de [14A]

Fig. 3.1- Unidade Seladora para cabos em eletrodutos - As unidades seladoras são utilizadas nos sistemas de
cabo e eletroduto para minimizar a passagem de gases e vapores e evitar a propagação de chama de
uma parte da instalação elétrica para outra através do eletroduto..

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

As atividades de manutenção em equipamentos para atmosferas explosivas


só podem ser efetuadas por pessoal especialmente treinado. No caso
particular de invólucros À Prova de Explosão com juntas flangeadas
planas deve-se garantir que os todos os parafusos estejam instalados e
corretamente torqueados, respeitando-se o gap* para o Grupo de Gás para
o qual o invólucro foi construído. (*) vide Apêndice “A”

3.5.2- Sistema com Cabos

As instalações elétricas em Áreas Classificadas podem ser executadas com cabos, sem uso
dos eletrodutos.

NOTA:

O sistema de instalação com cabos, sem eletrodutos, apresenta vantagens


como a facilidade para instalação e para modificações futuras em relação
ao sistema com eletrodutos metálicos. Neste sistema a chegada ao
invólucro é feita diretamente através de prensa-cabos, dispensando o uso
de unidade seladora.

No sistema com cabos sem eletrodutos, a penetração e fixação de cabo armado, com ou
sem trança metálica, a invólucros à prova de explosão (Ex-d) deve ser efetuada através de
prensa-cabos também do tipo “Ex-d”. A figura abaixo ilustra a chegada de cabo armado
com armadura metálica à caixa metálica “Ex-d”, mostrando a interligação entre a trança
metálica do cabo e o invólucro, através do prensa-cabo. Vide fig. abaixo.

Capa externa

Fita de aço ou
armadura trançada
Cone de trava
da armadura

Invólucro do
equipamento
A trança ou armadura metálica do cabo é
aterrada à carcaça do equipamento através do Capa interna
cone de trava do prensa-cabo. do cabo

Fig. 3.2- Fixação de cabo armado, com armadura metálica em caixa metálica à prova de explosão
(“Ex-d”), através de prensa-cabo “Ex-d”. Reproduzido de [15]

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

Vide também fig. 3.3 (a) e, no capítulo 4, os métodos de aterramento de armadura


metálica de cabos elétricos (fig. 4.7) e aterramento de circuitos Intrinsecamente Seguros
(fig. 4.8).

A normalização IEC admite os seguintes tipos de entrada de cabos em invólucros, além do


sistema de cabo em eletrodutos:
- Entrada direta em invólucro “Ex-d”, com uso de prensa-cabo “Ex-d”, conforme fig.
3.2 e fig. 3.3 (b) abaixo.
- Entrada indireta em caixa plástica do tipo segurança aumentada, através de prensa-
cabo do tipo “Ex-e”, conforme fig. 3.3 (a) abaixo.

(a) Entrada indireta (b) Entrada direta (c) Cabo em


em caixa de em caixa à prova eletroduto em caixa
segurança aumentada de explosão à prova de explosão

Fig. 3.3- Tipos de entrada de cabos em invólucros, conforme a normalização IEC


Fotos reproduzidas de [14A]
Figuras adaptadas do Manual de Instalações Elétricas
Em Indústrias Químicas, Petroquímicas e de Petróleo [1]

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Cap. 3 Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas

Na representação à esquerda (a) da figura acima observa-se o sistema com cabo (com ou
sem armadura metálica de proteção), entrada indireta. Neste caso o cabo elétrico é fixado
a um invólucro plástico do tipo segurança aumentada (“Ex-e”) por meio de prensa-cabo
plástico, também do tipo “Ex-e”; nestes casos, a selagem da passagem de cabos entre as
caixas Ex-e e Ex-d é feita através de bucha de passagem ou, selagem de fábrica através de
massa epoxi ou equivalente.

Nota-se, também, que a caixa plástica é dotada de borneira específica (identificada pelas
cores verde e amarela), que permite a instalação de cabo terra, para continuidade do
aterramento em elementos plásticos. No caso de cabo com armadura (trança) metálica,
esta borneira é o ponto onde a trança do cabo deverá ser ligada.

Capa externa

trava

Fig. 3.4- Fixação de cabo armado, sem armadura metálica, em invólucro plástico do tipo
segurança aumentada (“Ex-e”), através de prensa-cabo plástico segurança aumentada
“Ex-e”. Reproduzido de [15]

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Cap. 4 Aterramento em Áreas Classificadas

Capítulo 4
Aterramento em Áreas Classificadas

Neste capítulo são apresentadas as funções do aterramento e os métodos de


aterramento de segurança contra choques elétricos e para prevenção contra
centelhamento. São apresentados conceitos de aterramento de sistemas de geração e
distribuição. São apresentados conceitos e proteção contra descarga de eletricidade
estática e descargas atmosféricas.

4.1- Aterramento de Equipamentos

A alta salinidade presente em instalações elétricas em atmosfera marinha contribui para a


falha no isolamento dos equipamentos elétricos, com possibilidade de curto-circuito e fuga
de corrente para a carcaça metálica dos equipamentos.

Tais falhas podem gerar centelhas elétricas que podem constituir-se em fonte de ignição
na presença de gases e também, risco de choque elétrico para as pessoas em contato com
a carcaça dos equipamentos.

ADVERTÊNCIA!

Nenhum equipamento elétrico instalado em Área Classificada poderá ter


partes vivas expostas.

Funções do Aterramento:

• aterramento deve limitar a tensão (“voltagem”) que pode estar presente entre a carcaça
metálica de um equipamento com falha de isolamento e a estrutura da plataforma. A
corrente deve ser drenada pelo cabo de aterramento ao invés de circular pelo corpo de
uma pessoa que possa estar em contacto com o equipamento.

• Um outro objetivo do aterramento de equipamento é fornecer um caminho de baixa


resistência ou baixa impedância para as correntes de falha (curto-circuito) para a
“terra”.

• Cargas estáticas acumuladas em vasos, tubulações que manuseiem fluidos inflamáveis


devem ser escoadas para a estrutura da plataforma, eliminando possíveis fontes de
ignição.

• Tensões induzidas em elementos metálicos, como trechos de tubulação, trança


metálica de cabos elétricos, etc., devem ser eliminadas, referenciado-as ao terra.

• Aterramento destinado à compatibilidade eletromagnética (CEM) para evitar


interferências de/para equipamentos eletrônicos sensíveis.

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Cap. 4 Aterramento em Áreas Classificadas

• Aterramento para circuitos intrinsecamente seguros, que deve assegurar potencial de


terra e proteção em caso de falha nos sistemas intrinsecamente seguros. Deve ser
independente do aterramento de segurança.

Nota: aterramento de circuitos intrinsecamente seguros, podem ser combinados com


aterramento para instrumentos – vide fig. 4.8.

Terra – para efeito geral, é a massa metálica da estrutura ou casco da unidade marítima.
A estrutura contínua de módulos que são montados e soldados, tendo uma conexão
permanente à estrutura principal, jaqueta, é considerada “terra”. Módulos de perfuração
e outras partes que não sejam soldadas à estrutura metálica principal devem ser providas de
ligação ao anel de aterramento, para torná- los equipotencial à terra.

Aterramento - significa ligar intencionalmente qualquer equipamento ou skid ao casco da


embarcação ou estrutura metálica da plataforma.

Anel de Aterramento - conjunto constituído por barras de aterramento interligadas através


de condutores com o objetivo de manter a equipotencialidade das partes metálicas não
condutoras dos equipamentos e das estruturas, onde for o caso.

Condutor de Aterramento - Elemento que liga qualquer parte da instalação a ser aterrada
a um anel de aterramento ou à terra.

Condutor de Proteção - condutor adicional que interliga as partes metálicas não


energizadas dos equipamentos elétricos à barra de aterramento do painel alimentador (Ex.:
quarto condutor de cabo trifásico).

Nota: Terra para efeito de descargas atmosféricas, refere-se ao mar, para onde escoa
qualquer raio que atinja a estrutura metálica, que mantém contato com a água salgada.

4.1 .1- Partes Metálicas Expostas Não-condutoras


As partes metálicas não destinadas a conduzir corrente elétrica, tais como, invólucros de
painéis e equipamentos elétricos, carcaças de motores, de luminárias fixas ou portáteis,
eletrodutos, carcaça metálica de instrumentos e transdutores elétricos e eletrônicos,
blindagem e armadura metálica de cabos elétricos, bandejamento (calhas) de cabos e
outros, deverão ser efetivamente aterradas.

Deve-se garantir uma conexão elétrica efetiva e permanente para evitar o aparecimento de
arcos ou centelhas causados por um aterramento não eficaz, quando da ocorrência de
correntes de defeito.

NOTA:

Um efetivo aterramento significa ligar diretamente (galvanicamente) a


carcaça dos equipamentos ao casco metálico da plataforma, eliminando o
risco de centelhamento e de choque elétrico.

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Cap. 4 Aterramento em Áreas Classificadas

Fig. 4.1 – Diagrama de Aterramento de Segurança (Equipotencialização)

Todos os equipamentos elétricos devem ser aterrados através de condutor de aterramento


ou condutor de proteção; vide requisitos na norma Petrobras N-2222 [17D].

Notas:

Para instalações existentes, o cabo de aterramento pode ser dispensado se houver contato
metálico adequado entre a carcaça do equipamento elétrico e a estrutura do casco, seja através
de solda, fixação por parafuso ou rebite, com raspagem da pintura, ou com uso de arruela dentada
para garantir proteção adequada em caso de curto-circuito, exceto nos sistemas com neutro
solidamente aterrado e nas Unidades do tipo FPSO e FSO.

Deve ser previsto um plano de manutenção e inspeção periódica do sistema de aterramento de


segurança.

A medição de resistência de contacto entre a carcaça de um equipamento e a estrutura, medindo


de superfícies metálicas sem pintura, deve fornecer leitura “0,0” (zero) para qualquer
megôhmetro 100/250 Volts e menor ou igual que 1 Ω (um ohm) com qualquer multímetro
(ohmiter). Aterramento de circuitos intrinsecamente seguros e respectivas blindagens de cabo,
deve ser menor que 1 Ω.

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Cap. 4 Aterramento em Áreas Classificadas

Métodos de aterramento:

(a) Método de aterramento por contato metálico - utilizado, por exemplo, em motores,
transformadores e painéis elétricos montados diretamente em jazentes no piso ou em
anteparas de aço, como ilustrado na figura abaixo:

Fig. 4.2 (a) A utilização de arruela dentada torna mais efetivo o contato físico, obtido quando o
equipamento é aparafusado diretamente na estrutura.

Fig. 4.2 (b) – Aterramento de motores, painéis e transformadores, por contacto metálico

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Cap. 4 Aterramento em Áreas Classificadas

(b) Método do condutor de aterramento - utilizado, por exemplo, em:


- quadros elétricos de distribuição (Fig. 4.3);
- painéis montados em anteparas não metálicas (Fig. 4.4);
- equipamentos montados em amortecedor de vibração de borracha (fig. 4.5)

Fig. 4.3 Aterramento de Quadros de Distribuição

Fig. 4.4 - aterramento de painéis montados em forros ou anteparas não metálicas

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Fig 4.5 – aterramento de equipamentos montados em amortecedor de vibração isolante;


devem ser empregados também para equipamentos de perfuração como flow line cleaner,
peneira de lama, mud-cleaner, interligando a parte móvel à parte fixa soldada na estrutura;
alternativamente, os motores elétricos de tais equipamentos podem ter aterramento
assegurado através de um quarto condutor, protegido em conduíte flexível;

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4.1.2 - Anel de Aterramento

Um anel de aterramento visível, com cabo de cobre, isolado em PVC verde, e protegida
contra danos mecânicos, interligando todas as principais estruturas metálicas, deverá ser
instalado em plataformas que tenham sistemas solidamente aterrados, ou aterrados através
de baixa resistência, conforme Norma PETROBRAS N-2222 [17D]. Recomendado
também para skids com equipamentos elétricos, instalados sobre tanques de carga em
FPSO ou FSO

Para unidades fixas moduladas (plataformas fixas de jaqueta) deve ser previsto um
anel de aterramento para cada módulo. Todos os anéis de aterramento de módulos
adjacentes devem ser interligados entre si em pelo menos dois pontos a partir das barras de
terra integrantes do anel de aterramento de cada módulo. O anel de aterramento de cada
módulo deve ser conectado à barra de aterramento da estrutura metálica principal (jaqueta)
em pelo menos dois pontos.
Deve ser adotado cabo de cobre com seção nominal de 95 mm2 nas seguintes situações:

a) anel de aterramento de cada módulo;


b) interligação entre os anéis de aterramento dos módulos adjacentes;
c) anel principal de aterramento dos conveses;
d) interligações entre as barras de aterramento dos painéis e o anel de aterramento do
módulo;
e) interligações entre os anéis principais dos conveses e entre estes e as barras de
aterramento da jaqueta ou da perna.

Para unidades do tipo FPSO e FSO deve ser previsto um anel de aterramento para todo o
convés de produção, salas de painéis e CCM’s elétricos, sala de bombas de exportação de
óleo, praça de máquinas e “turret”. O anel de aterramento interno do “turret” deverá ser
conectado à estrutura metálica do “turret” e ao anel de aterramento principal no convés de
produção através de anel coletor com escovas (“slip-ring”) montado na junta rotativa
(“swivel”) dedicado para aterramento. Deve ser adotado cabo com seção nominal de 95
mm2 nas seguintes situações:

a) anel de aterramento do convés da planta de produção;


b) interligação entre os anéis de aterramento;
c) interligação entre as barras de aterramento dos painéis/CCM’s e o anel de
aterramento.
d) Interligação entre o anel de aterramento e o casco metálico.

Todos os skids de processo formando uma unidade pacote (hood) devem ter anel de
aterramento interno individual, conectado ao anel de aterramento principal.

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Fig. 4.6 – Anel de Aterramento recomendado para FPSO/FSO

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Notas:

- Para unidades do tipo Semi-submersível, a dispensa do “anel de


aterramento” e do cabo de aterramento dedicado é válido apenas para
sistemas de geração e/ou distribuição com neutro isolado ou
aterrado por alta resistência (correntes de fuga à terra menor ou
igual a 10 A).

- Para sistema aterrado através de baixa resistência (correntes de


falha da ordem de 200 a 400 A) ou sistema com neutro solidamente
aterrado (corrente de falha da ordem de até 50.000 Amperes), deve-
se assegurar um caminho de baixa resistência para retorno ao ponto
neutro do sistema, para que as correntes de curto-circuito não abram
arco por contato de aterramento pobre e nem escoem por elementos
estruturais do casco ou tubulação de processo.

4.1.3 - Aterramento de Blindagem e Armadura Metálica de Cabos

“Cabos em Áreas Classificadas devem ser do tipo armado. Onde estes cabos passam
através das fronteiras de tais locais, eles devem ser instalados com dispositivos do tipo
estanque a gás. Nenhuma emenda é permitida em Área Classificada, exceto para circuitos
intrinsecamente seguros.” [4B] item 4/5B7.1.3

Todas as terminações de cabos armados com blindagem, armadura ou trança metálica, em


área classificada, deve ter essa armadura/trança efetivamente aterrada. Essa armadura,
blindagem ou trança deve ser aterrada em ambas as extremidades do cabo, exceto nos
ramais de alimentação de carga terminados em áreas não-classificadas, onde poderá ser
aterrada na extremidade de suprimento de energia; vide diagrama esquemático na figura
4.1.

Blindagem de cabo de circuitos intrinsecamente seguros também deve ser efetuada em um


único ponto. Vide fig. 4.9 mostrando o método de aterramento de circuitos
Instrinsecamente Seguros.

A continuidade elétrica da armadura em toda a extensão do cabo, particularmente nas


conexões e derivações, deve ser assegurada. As Classificadoras vêm aceitando cabos sem
armadura metálica, em áreas classificadas.

Quando do emprego de equipamentos com invólucros de alumínio, do tipo à prova de


explosão (Ex-d), utiliza-se prensa-cabo à prova de explosão, com anéis cônicos para aterrar
a armadura metálica do cabo. Vide fig. 4.7 abaixo.

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Capa externa

Fita de aço ou
armadura trançada
Cone de trava
da armadura

A trança ou armadura metálica do cabo é Invólucro do


aterrada à carcaça metálica do equipamento equipamento
através do cone de trava do prensa-cabo.
Capa interna
do cabo

Fig. 4.7 – Aterramento de armadura metálica de cabo armado, em caixa metálica à prova de
explosão (“Ex-d”), através de prensa-cabo “Ex-d”, com anéis de trava/aterramento.
Reproduzido de [15]

Com o uso cada vez mais frequente de invólucros e caixas plásticas, com proteção do tipo
segurança aumentada, “Ex-e”, utilizando prensa-cabos em plástico, o aterramento da
armadura metálica do cabo passa a ser feito pelo método indireto, dentro da caixa que
tenha terminal de aterramento interno específico para interligar partes metálicas (vide
figura 3.3, Cap. 3), ou, caso não haja tal terminal, com presilha/braçadeira ou terminal de
aterramento externo, conforme figura abaixo.

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Obs.: o trilho é aterrado/soldado na estrutura


metálica

Fig. 4.8 Métodos de aterramento da malha metálica de cabos elétricos


Quando um cabo armado com armadura (trança) metálica chega a uma caixa plástica do tipo
segurança aumentada através de prensa-cabo plástico também de segurança aumentada, o
aterramento da trança metálica do cabo pode ser feito conforme um dos métodos indicados acim a,
caso a caixa não tenha terminal apropriado para aterramento conforme mostrado na fig. 3.3 (a), no
capítulo 3 - Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas.

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Fig. 4.9 – Método de aterramento de Circuito Intrinsecamente Seguro, separado da malha de


Aterramento de proteção [22]

4.1.4 - Equipamentos Móveis que transitam em Áreas Classificadas

Para equipamentos montados sobre estruturas não metálicas ou equipamentos móveis ou


deslizantes sobre trilhos, como por exemplo, pórtico-rolante, top-drive na torre de
perfuração, estes deverão ter cabo de aterramento dedicado, que acompanhe os
movimentos do equipamento, instalado em paralelo ao cabo de energia ou ter o quarto
condutor adicional que siga dentro do mesmo cabo de alimentação ou ter cabo com capa
com armadura metálica, ligando o equipamento ao casco.

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4.1.5 - Equipamentos Transportáveis, Máquinas de Solda

Containers e respectivos painéis/equipamentos internos devem ser efetivamente aterrados


(vide cap. 12).

Ferramentas Manuais Portáteis devem ser efetivamente aterrados através dos cabos de
alimentação (vide cap. 8).

Equipamentos Transportáveis como máquinas de solda devem ser aterrados conforme


figura abaixo:

Fig. 4.10 Aterramento de Máquina de Solda

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4.2- Aterramento de Sistemas Elétricos

O aterramento de sistema está principalmente relacionado com a proteção de equipamentos


elétricos e a confiabilidade de sistemas elétricos.

Neutro Solidamente Aterrado: em instalações industriais terrestres é comum utilizar-se


sistema aterrado, com o quarto condutor de neutro solidamente aterrado; a falha de
qualquer fase para a carcaça aterrada de um equipamento faz circular uma alta corrente de
curto-circuito que faz desligar o disjuntor (ou abrir o fusível) do circuito defeituoso para
isolar rapidamente o defeito e evitar maiores danos como a queima de cabos elétricos, por
exemplo. Os skids de equipamentos montados sobre pisos/jazentes de concreto, requerem
conexão de cabo de aterramento dedicado para a malha de aterramento local.

Em Navios Petroleiros, segundo o SOLAS [21], não é permitida a circulação de altas


correntes de defeito pelo casco da embarcação, que podem provocar centelhas com erosão
da estrutura podendo culminar em explosão, em caso de arco em skid de bombas,
tanque/vaso com óleo/gás. Assim, todos os circuitos de geração e distribuição, circuitos
de força e iluminação em navios para transporte de inflamáveis, são isolados de terra.

Nas primeiras plataformas flutuantes adotou-se de modo geral o sistema com neutro
isolado de terra, sistema isolado, partindo das mesmas regras então adotadas pelo SOLAS
para navios tankers, conforme acima e também pelas Classificadoras.

Sistema com neutro aterrado por alta resistência vem sendo adotado mais
recentemente, com correntes de defeito à terra de até 5 Amperes em baixa tensão, e de
até 10 a 20 Amperes, em média tensão, tipicamente.

Vantagens dos Sistemas Isolados ou Aterrados por Alta Resistência:

Segurança Pessoal: o sistema isolado oferece maior segurança aos mantenedores,


porquanto, na ocorrência de curto fase-terra acidental, durante testes/manutenção em
gavetas e painéis, não ocorre a abertura de violentos arcos/explosões que ocorrem em
sistemas solidamente aterrados e que podem ocasionar graves queimaduras. Observar
que, mesmo num sistema isolado de terra, as capacitâncias distribuídas pelos componentes
do sistema fazem do casco um neutro virtual - tal corrente é suficiente para eletrocutar
pessoas, em caso de choque.

Continuidade Operacional: assim, em sistema de baixa tensão com neutro isolado ou


isolado por alta resistência, quando uma fase apresentar curto-circuito para a “terra” não
circula corrente elevada, portanto, não atua nenhum disjuntor ou fusível desligando o
circuito. O sistema continua operacional, não ocorrendo o desligamento do circuito
defeituoso o que poderia resultar em parada/perda de produção.

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Ocorre que, quando surge este primeiro defeito, as outras duas fases sadias tem a sua
tensão fase-terra aumentada (multiplicada por √3 = 1,73), porque o neutro “virtual” do
sistema desloca-se para a outra fase defeituosa. Assim, as outras duas fases tem maior
suscetibilidade de sofrer um outro curto-circuito para a terra, com sobretensões maiores
se a falha for intermitente interagindo com as capacitâncias distribuídas no sistema. A
falha de uma segunda fase para a terra, fecha um curto-circuito bi- fásico.

O sistema pode suportar um primeiro defeito, durante horas, dias, semanas... porém o
isolamento de cabos e enrolamentos de máquinas sofre um stress maior durante esse
período, podendo encurtar sua vida útil, além daquela maior chance de curto-circuito bi-
fásico, daí a necessidade de se localizar e eliminar o defeito rapidamente – vide item 4.2.1.

Potencial de ignição: essas correntes de defeito em sistemas isolados por alta resistência,
ou correntes de carga capacitiva em sistemas isolados, ainda que de baixo valor, são
suficientes para provocar centelhas com potencial de ignição em atmosferas explosivas,
especialmente se houver falha à terra intermitente.

Nota de orientação:
Visando priorizar a continuidade operacional da instalação, sem o desligamento automático de
cargas que pode provocar “shut-down” em cascata, as cargas em Baixa Tensão nos sistemas
isolados de terra ou aterrados por alta resistência, não devem permanecer operando por longo
período (algumas horas) quando da ocorrência do primeiro defeito de falta à terra. Os
sistemas de Baixa tensão devem ter monitoração contínua de falta à terra para identificação e
rápida eliminação manual do primeiro defeito e portanto, devem ser operados sob supervisão
regular de pessoal qualificado; 2.15.2.1 [2B].

Com correntes de defeito dessa magnitude, o risco de centelhamento por mau contato no
ponto de aterramento é bastante reduzido, porém não eliminado, daí a importância de
realizar um bom aterramento, em áreas classificadas.

“A proteção de falta à terra deve isolar instantaneamente o circuito defeituoso em circuitos e


alimentadores de Média tensão

A proteção de falta à terra deve desligar os motores alimentados por CCM e os alimentadores
do CDC normal para motores instalados em áreas classificadas zona 1 (Baixa Tenxão)

A proteção de falta à terra deve alarmar na ECOS, com registro de eventos (vide Nota 4 do
item 2.5 – Telas da ECOS). “ Notas da Tabela 7 [2B].

Na publicação IEC 60079-11 [11E], a energia para ignição de uma mistura de Classe IIA,
pode ocorrer com centelha obtida a partir de uma corrente tão baixa quanto 0,8 Amperes,
com tensão de 24 VCC, em um circuito com resistor, pág. 117 ou corrente de descarga
capacitiva de capacitor de 0,25 µF (micro-Farad) com tensão aplicada de 100 Volts DC,

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pág. 121. Vide os referidos gráficos no Apêndice A do Instru-Ex, item A.2.5 –


Equipamentos de Segurança Intrínseca – Ex- i (Fig. A7).

O SOLAS-97, Cap. II-1 especifica:


“3.1 Sistema de distribuição com retorno pelo casco não deve ser usado para qualquer
finalidade em petroleiro, seja para força, aquecimento ou iluminação em qualquer navio,

3.2 O requisito do parágrafo 3.1 não impede, sob condições aprovadas pela
Classificadora, o uso de sistema limitado e aterrado localmente:
a) nos sistemas de proteção catódica por corrente impressa;

b) nos sistemas aterrados localmente e limitados a uma região, ou

c) nos dispositivos de monitoração do nível de isolamento, desde que a corrente de


circulação não exceda a 30 mA sob a condição mais desfavorável

Para navios construídos após 1.out.94, o requisito do parágrafo 3.1 não impede o uso de
sistema limitado e aterrado localmente, desde que qualquer corrente resultante não
percorra diretamente em qualquer espaço perigoso (área classificada).

Sistema de distribuição aterrado não deve ser usado em petroleiro. A Classificadora


(Administração) pode excepcionalmente permitir o aterramento do neutro para sistemas
de potência de 3.000 V (fase-fase) ou acima, desde que qualquer corrente resultante não
percorra qualquer espaço perigoso.”

Em unidades marítimas temos poucos casos de aterramento localizado, a saber:


- Proteção catódica
- transformadores de controle, de potencial (TP) e de corrente (TC) no interior dos
painéis elétricos, visando segurança pessoal.
- Ponto de retorno de máquina de solda, local
- Instrumentação, Aterramento de circuitos intrinsecamente seguros
- Aterramento de terra de ignitor de piloto para queimador, etc.
- Transformador de iluminação
- Sistemas de Telecom (rádio enlace, multiplex, central telefônica)

4.2.1 - Detetores de falta para terra nos sistemas isolados

Qualquer defeito fase-terra deve ser rapidamente investigado e eliminado, para evitar sua
evolução para um curto-circuito bi- fásico, com altíssimas correntes, que pode ocorrer em
qualquer circuito, podendo abrir arcos em qualquer local da plataforma.

Em geral dispositivos detetores de falta à terra devem ser instalados em todos os quadros
de distribuição geral (600/480/220/110 Volts AC), normalmente exigidos pelas
Classificadoras:

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Cap. 4 Aterramento em Áreas Classificadas

“Um sistema de detecção de falta para terra no quadro elétrico deve ser fornecido para
cada sistema de distribuição e de potência elétrica que seja isolado da fonte principal de
potência, por meio de transformadores ou outros dispositivos.
Para sistemas aterrados por alta impedância alarmes visual e sonoro devem ser
fornecidos em locais normalmente guarnecidos.” [4A ], item 22.11.4.

Em circuitos de baixa tensão, trifásicos, o detetor mais comum tem três lâmpadas que,
em condições normais apresentam brilho igual e, quando de algum defeito de uma fase
para terra, a lâmpada correspondente a essa fase defeituosa é apagada ou tem um brilho
muito menor que as outras duas. Um botão de teste manual para desconectar o “terra”
permite comparar brilhos, com a situação normal; o operador precisa monitorar pois não
existe alarme para este tipo.

Outro dispositivo comum é um relé detetor de terra que monitora a tensão no resistor de
aterramento, que tem tensão elevada quando circula corrente de defeito de uma fase à terra.

Obs.: Em média tensão, são previstos relés de proteção que atuam desligando e isolando o
circuito defeituoso rapidamente (vide item 4.2.2.3).

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“2.15.2.1 Detecção e Alarme de Falta à Terra na ECOS

Para ambos os sistemas (neutro isolado ou aterrado por alta resistência) não deve
haver desligamento das cargas conectadas, exceto para os motores instalados em áreas
classificadas, zona 1, alimentados diretamente a partir de CDC´s normal ou CCM
normal de BT, que devem ter desligamento seletivo automático quando de falta à terra.

Nos demais casos, deve ser garantida uma rápida e eficiente detecção e alarme, o mais
discriminativo possível quanto ao alimentador/CCM defeituoso com sinalização de
faltas à terra (vide Nota abaixo).

Em sistemas de grande porte com múltiplas saídas qualquer defeito à terra deve ser
alarmado e sinalizado na ECOS, com registro de eventos para permitir a rápida
localização e desligamento manual do circuito defeituoso (Vide nota abaixo).

O alarme deve incluir todos os CDC´s, CCM´s e Quadros de Distribuição conectados à


geração principal, auxiliar e emergência, UPS e respectivos Quadros de Distribuição,
Retificadores e respectivos Quadros de Distribuição.

Os alarmes devem ser discriminativos, identificando qual saída ou alimentador


defeituoso nos CDC´s principais.

Os painéis abaixo devem ter ala rme de falta à terra na ECOS (o alarme deve ser
resumido, identificando qual CCM ou Quadro defeituoso), sinalização local com
lâmpada piloto e um conjunto de lâmpadas de teste com botão de verificação. Deve
ser instalado um sistema de pesquisa de defeito, que não obrigue o desligamento das
saídas para identificação do alimentador defeituoso.
Sistema de detecção com injeção de corrente pulsante ou arranjo similar, para
possibilitar detecção através de alicate-amperímetro portátil específico.
O arranjo na saída dos cabos (interno ou externo) deve permitir fácil acesso,
identificação e folga entre os mesmos para “clampar” ou “abraçar” os cabos com o
amperímetro alicate específico.
A sinalização de defeito e lâmpadas de teste com botã o de verificação deve ser instalada
em cada semi-barra, quando da existência de disjuntor “tie”.

- CCM´s (principal, emergência)


- Quadros de Distribuição de secundário de transformadores BT-BT (principal e
emergência),
- Quadros de distribuição de todas as UPS
- Quadros de distribuição de corrente contínua” [2B]

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4.2.2 - Aterramento de Sistema Elétrico em Baixa Tensão

O sistema com neutro isolado deve ser utilizado preferencialmente em FPSO’s e


FSO’s visando evitar circulação de corrente pelo casco, durante faltas à terra,
na região dos tanques de petróleo (Exigência das Sociedades Classificadoras).

O aterramento por alta resistência deve ser utilizado preferencialmente nas


demais Unidades Marítimas de Produção, que não armazenem Petróleo.
...
As saídas do CDC de emergência devem ter alarme na ECOS, sem desligamento
em caso de falta à terra.” Item 2.15.2.1 [2B].

4.2.3 - Aterramento de Sistema Elétrico em Média Tensão

“Para Unidades Marítimas de Produção que armazenem petróleo como FPSOs


e FSOs, deve ser utilizado preferencialmente o aterramento por alta resistência,
restrito à áreas não classificadas. Dessa forma, o aterramento da geração e as
eventuais cargas em média tensão devem estar fisicamente localizados fora de
qualquer área classificada, de modo a assegurar que não haverá retorno de
corrente pelo casco em zonas perigosas. Essa exigência só poderá ser
modificada com autorização explícita da Sociedade Classificadora.

Alternativamente para os FPSOs e FSOs poderá ser utilizado o sistema com


neutro isolado. Vide prescrições quanto ao anel de aterramento no item 2.15.3.

O aterramento por alta resistência deve ser utilizado preferencialmente nas


demais Unidades Marítimas de Produção, que não armazenem Petróleo.

Para ambos os sistemas, neutro isolado ou aterrado por alta resistência, deve
ser garantido um desligamento seletivo instantâneo no caso de qualquer falha à
terra, bem como um eficiente sistema de localização e sinalização do circuito
com defeito.”
Item 2.15.1 [2B].

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4.2.4 - Aterramento de Sistema de Corrente Contínua e UPS

“A tensão de saída AC das UPS e Retificadores (positivo e negativo) deve ser isolada da terra,
com sistema de detecção e alarme de falta à terra, em cada semi-barra, que deve ser sinalizada
na ECOS; Deve haver meios e facilidades que permitam detecção manual (vide item 2.15.2.1)
para rápido isolamento do defeito.” Item 2.13 [2B].

Os circuitos de bateria, de carregadores de bateria e painéis de distribuição de corrente


contínua, devem ser isolados de terra, ou seja, nem o terminal positivo, nem o terminal
negativo poderão ser aterrados ou ligados à estrutura metálica da plataforma.

Usualmente, os retificadores de maior porte, têm um circuito de alarme visual/sonoro de


falha à terra, identificando qual polo (positivo ou negativo) que apresente defeito para a
terra.

O circuito defeituoso deve ser identificado e rapidamente eliminado o defeito, para evitar o
progresso para curto-circuito direto entre os dois pólos.

Motores de Corrente Contínua: Em unidades de perfuração, a saída dos retificadores


(SCR) que acionam os motores de corrente contínua é também isolada de terra. Eventual
defeito para a terra de um dos pólos é sinalizado no medidor DC Ground, no sistema Ross
Hill.

Exceções:

Exceção é feita para o circuito de proteção catódica de corrente impressa, onde é


necessário a ligação, ou aterramento do negativo do retificador ao casco a ser protegido; o
positivo do retificador é ligado aos anodos.

Sistemas de partida (motor de arranque) de motores diesel, também não devem ser
aterrados; porém, alguns fabricantes adotam conjuntos de partida com o polo negativo
acoplados mecanicamente à carcaça metálica do motor de arranque; aterramento localizado
que é aceitável segundo as Classificadoras.

Sistema de Telecom (rádio enlace, multiplex, central telefônica, etc.), com aterramento do
pólo positivo do retificador/bateria e sensor de fuga à terra no pólo negativo.

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4.3 - Eletricidade Estática

A eletricidade estática constitui um risco de incêndio e explosão durante o manuseio de


petróleo (óleo cru e derivados líquidos). Algumas operações podem dar lugar à
acumulação de cargas elétricas, as quais podem ser repentinamente liberadas em descargas
eletrostáticas, com energia suficiente para inflamar uma mistura inflamável de gás de
hidrocarbonetos com ar.

4.3.1- Acumulação de Eletricidade Estática

No caso do petróleo, os produtos claros são, em geral, considerados como


acumuladores de eletricidade estática, devido à sua baixa condutividade. Os
acumuladores estáticos incluem:
- querosenes de aviação;
- óleo diesel claro;
- óleo lubrificante
- gasolinas naturais;
- querosenes;
- solventes;
- gasolina automotiva e de aviação;
- naftas;
- gasóleos pesados;

Quando medindo, sondando, amostrando ou imergindo equipamentos, todas as cargas em


tanques não-inertizados, independente da classificação de sua volatilidade, devem ser
observadas as seguintes precauções, de modo a evitar os riscos associados com a possível
acumulação de cargas elétricas nas sondas, tal como as trenas de metal arriadas no
interior do tanque:
- As trenas de metal ou outros dispositivos de medição/amostragem que podem atuar
como condutor elétrico, através de todo seu comprimento, deve ser efetivamente
aterrada ou conectada antes da introdução no interior do tanque, até após a sua
retirada.

- Não devem ser utilizados trenas ou cabos de material sintético.” [10] item 7.2.2
Para maiores detalhes, consultar o ISGOTT [10], capítulos 20 e 7.4.3.

Os produtos escuros não são classificados como acumuladores estáticos, devido ao


fato de terem suficiente condutividade elétrica que redistribui rapidamente as cargas
elétricas separadas durante manuseio, para impedir uma acumulação de eletricidade
estática. Como exemplos de produtos escuros, temos:
- óleo cru;
- óleo combustível;

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4.3.2- Descarga de Eletricidade Estática [10]

Riscos de descargas eletrostáticas:

“Em resumo, descargas eletrostáticas podem ocorrer como consequência da acumulação


de cargas em:
• Líquidos ou sólidos não condutores como, por exemplo, um óleo acumulador estático
(tal com o querosene) bombeado para o interior de um tanque, ou um cabo de
polipropileno.
• Condutores líquidos ou sólidos eletricamente isolados como, por exemplo, neblinas,
borrifos ou partículas em suspensão no ar ou uma barra de metal pendurada na
extremidade de um cabo de fibra sintética.”

“A mais importante precaução que deve ser tomada para evitar um risco de descarga
eletrostática é manter todos os objetos metálicos interligados; a interligação elimina o
risco de descargas entre objetos de metal, que podem estar muito energizados e, portanto,
ser muito perigosos.”

4.3.3 - Contato metálico para Descarga de Eletricidade Estática

O risco de descargas devidas ao acúmulo da eletricidade estática em decorrência do fluxo


de fluidos pode ser evitado se a resistência elétrica entre tanques de armazenamento /
plantas de processo / tubulações e a estrutura da unidade for menor do que 1 Mohm (106
ohm).

Condutores para “bonding” são necessários para vasos, tubulações, válvulas e acessórios,
dutos de ventilação/exaustão que não estejam permanentemente conectados à estrutura da
unidade, ou que não tenha continuidade elétrica assegurada em emendas, para efeito de
proteção contra descargas devido à eletricidade estática, conforme figura 4.11.

Nota: O “bonding” pode ser dispensado quando os vasos, tubulações, válvulas e


acessórios estiverem conectados à estrutura da unidade, diretamente ou via seus
suportes, soldados, aparafusados ou conectados via estojos em flanges ou grampo
tipo “U”, desde que a resistência máxima entre interligações e de trechos de
tubulações para terra seja menor que o valor de 1 Mohm, porém, para assegurar
baixos valores mesmo com a deterioração de contacto, é recomendado o valor
abaixo de 10 Ω Ohms, medido com multímetro DC [Prática Recomendada].

Estruturas metálicas diversas, vasos, tanques e “skids” de equipamentos não elétricos,


diretamente soldados à estrutura de unidade marítima, não necessitam de condutor de
aterramento.

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Cap. 4 Aterramento em Áreas Classificadas

Estruturas metálicas diversas, vasos, tanques e “skids” de equipamentos não elétricos, não
soldados à estrutura de unidade marítima, devem ser aterrados com cabo de seção nominal
de 25 mm2 , no mínimo; vide Norma N-2222 [17D].

Nota: O ponto de aterramento em vasos deve ser previsto no projeto do fabricante do vaso
ou, se executado no campo, deve ser especificado/aprovado por profissional habilitado
(PH).

Para garant ir a continuidade elétrica um cordão de solda de filete é aceitável; para “skids”
e estruturas o cordão de solda deverá ter um comprimento mínimo de 10 (dez) cm.

Onde as cordoalhas de aterramento forem utilizadas, elas deverão ser claramente visíveis,
protegidas contra danos mecânicos e do tipo que não seja afetada por produtos corrosivos e
pintura, tanto quanto possível.

Figura 4.11 Descarga de Eletricidade Estática (Medidas Preventivas)

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Cap. 4 Aterramento em Áreas Classificadas

Fig 4.12 – Solda + parafusos de fixação dos Fig 4.13 – Solda + parafuso “U” ou
Flanges asseguram contato metálico Braçadeira metálica asseguram
Com a estrutura. contato direto com a estrutura.

4.3.4 - Precauções quando de reabastecimento de helicópteros

“Qualquer ignição perigosa devido a uma diferença no potencial elétrico para a terra (no
caso, a estrutura metálica da plataforma) deve ser efetivamente controlada. Isto pode
requerer o uso de correias condutoras, aterramento de equipamento de carga e descarga
de fluido combustível e da mangueira e o aterramento do helicóptero, antes do
abastecimento. Todas as precauções contra ignição devido à descarga de eletricidade
estática devem estar de acordo com o NFPA-77.” [4 A], item 20.17

Assim, um cabo de aterramento deverá ser ligado ao helicóptero para “descarga de


estática”, distante da boca de abastecimento, antes de colocar a mangueira de
abastecimento. Idem, para aterrar tanques de transferência móveis, antes de qualquer
conexão de mangueira para transferência.

4.3.5 – Trabalhos de Pintura

As máquinas de pintura do tipo “airless” spray devem ser firmemente aterradas, inclusive
suas mangueiras e pistolas, para descarga de estática. (vide cap. 17 ).

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Cap. 4 Aterramento em Áreas Classificadas

4.4 - Descargas Atmosféricas

Havendo um contato elétrico entre o casco metálico da Plataforma e o mastro ou outra


estrutura metálica de altura adequada (torre de perfuração, flare, lança de guindaste),
nenhuma outra proteção adicional contra os efeitos de descargas atmosféricas é necessária.
Descargas elétricas que atinjam a Plataforma são drenadas para o mar, através de sua
estrutura metálica.

Dessa forma, a Plataforma e o pessoal nela embarcado estão inerentemente protegidos,


conforme o NFPA 78 – Lightning Protection Code [7B], item D-6 e D-10:

“ D-6 Navios com Casco Metálico. Se existir um contato elétrico entre o casco metálico e
o mastro metálico ou outra superestrutura metálica de adequada altura que atenda as
recomendações da Seção D-2, nenhuma outra proteção contra raio é necessária. Barcos
com objetos não aterrados ou não condutores projetados acima do mastro metálico ou
superestrutura devem ter estes objetos aterrados ou protegidos com um condutor de
aterramento, respectivamente, de maneira a protegê-los.”
NOTA:
A Seção D-2 do NFPA 78 dispõe sobre as recomendações para instalação de mastros para
proteção contra descargas atmosféricas

“D-10.1- Navios quase invariavelmente são construídos com mastros, estruturas


treliçadas, superestruturas, casco, chaminés e conjunto de mastros, chaminés, e antenas
de rádios usualmente fornece a zona de proteção recomendada na seção D-1.2. Então,
navios e o pessoal embarcado estão usualmente inerentemente protegidos contra dos
efeitos dos raios. Nos casos onde houver falta de adequada zona de proteção, eles devem
ser corrigidos de acordo com a seção D-1.2, se acompanhados de mudanças na
quantidade ou altura de mastros, ou de acordo com a seção 6-3.3 se pelos cabos de
proteção suspensos lançados entre mastros.”

Proteção de equipamentos específicos contra descargas atmosféricas [9A], item 5.4.1:

“Tanques metálicos, equipamentos e estruturas comumente encontrados na indústria do


petróleo que estejam em contato direto com a terra têm provado estar suficientemente bem
aterrados para fornecer a segura propagação para a terra da descarga elétrica dos raios.

Aterramento complementar por meio de hastes de aterramento nem aumenta nem diminui
a probabilidade de ser golpeado, nem reduz a possibilidade de ignição do conteúdo.
Aterramento adicional é necessário, entretanto, onde não houver aterramento direto.”
As orientações quanto à proteção de estruturas contendo vapores ou gases inflamáveis ou
líquidos que podem liberar vapores inflamáveis estão descritas no item 6.1.2 do NPFA 78
[7B] a saber:

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Cap. 4 Aterramento em Áreas Classificadas

“Certos tipos de estruturas usadas para armazenar líquidos que podem produzir vapores
inflamáveis ou usados para armazenar gases infamáveis estão essencialmente auto
protegidos contra danos de descarga de um raio e não necessitam proteção adicional.
Estruturas metálicas que são eletricamente contínuas, seladas para prevenir o vazamento
de líquidos, vapores ou gases e de adequada espessura para resistir a descarga direta do
raio, de acordo com 6.3.2, estão inerentemente auto protegidas.”

“6-3.2 Chapa de aço. Chapas de aço com espessura menor que 3/8 in. (4.8 mm) pode ser
perfurada por descargas severas e não devem ser consideradas como protegidas contra
descargas diretas de raios.”

Obs.: As notas acima aplicam-se a vasos em local descampado; em plataformas


usualmente existe a proteção de outras estruturas adjacentes mais elevadas, como por
exemplo, torres ou guindastes, que servem de proteção adicional para os equipamentos no
convés.

Aterramento de Guindastes:
Partes móveis de guindastes, tendo rolamentos cujas superfícies de contato com as partes
fixas sejam do tipo metal para metal serão consideradas aterradas por estarem conectadas
eletricamente uma à outra, através da superfície do rolamento, conforme o artigo 610-61
do NEC [12B]

4.5 - Tensões Induzidas

Estruturas metálicas, trechos de tubulação, proteção guarda-corpo, não deverão ficar


isolados do casco, porquanto poderão ter potencial induzido por transmissão de rádio de
Estação Navio (HF/SSB), radar de alta energia (banda S), etc.

Blindagem ou trança metálica de proteção de cabos elétricos não devem ficar isolados,
devendo ser aterrados, porquanto poderão ter alto potencial induzida pelo energização do
próprio cabo e também transmissão de radar/radio próximo.

Todas as emendas de cabo com blindagem e/ou armadura metálica, deverão ter assegurada
a continuidade elétrica dessa mesma blindagem e armadura.

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Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

Capítulo 5
Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

Neste capítulo é apresentado um fluxograma simplificado para determinação da


classificação de área de um compartimento confinado; são mostrados critérios de
purga (pressurização) de ambientes e salas de controle e recomendações quanto à
localização de cogumelos de ventilação. São apresentadas recomendações para evitar
contaminação cruzada de áreas não-classificadas e mostrado um exemplo típico de
contaminação de áreas adjacentes.

5.1 - Definições

As Áreas confinadas, classificadas, devem ser ventiladas adequadamente.


Onde aplicável, a ventilação mecânica deve ser tal que a Área Classificada confinada seja
mantida com pressão negativa em relação à Área Classificada de “menor risco”.

As áreas confinadas, não classificadas, adjacentes a áreas classificadas, devem ser


mantidas com sobrepressão em relação à essas áreas classificadas, se houver comunicação
entre as mesmas.

NOTA:

- A falha / falta de ventilação em ambientes confinados (Área não-


classificada ou Zona 2), adjacentes a ambientes em Área Classificada
(Zona 2 ou Zona 1) deverá ser alarmada em estação de controle.

- O Sistema de alarme de falha / falta de ventilação deverá ser testado


periodicamente. Instruções para a execução destes testes devem
constar no Sistema de Controle de Manutenção utilizado.

As condições de ventilação são um dos fatores mais importantes a ser considerado na


Classificação de Áreas.

Área Confinada :
“Por área confinada , entende-se o espaço tridimensional (sala, prédio) fechado por mais
do que 2/3 (dois terços) da área superficial projetada no plano e de tamanho suficiente
para permitir a entrada de pessoas. Para um prédio típico, isto requer a existência de
mais do que 2/3 (dois terços) de paredes, teto e/ou piso” [17A] .

Área com Ventilação Natural:


“Ambiente que não possui nenhum obstáculo ao movimento do ar. Ambiente aberto para o
meio externo em todas as direções” [17 A]

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Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

5.2 Fluxograma para Classificação de Área de Ambientes Confinados


ou Semi-confinados

Ambiente confinado
ou Semi-confinado

Adequadamente N
ventilado?
(1)

Existe Existe
N Fonte de Risco N
de Grau Primário ? Fonte de Risco?

(2) (2)
II
S S

VI Existe
S abertura comunicante
ZONA 1
com Área Classif.
vizinha ?

Existe N
Fonte de Risco de N
Grau Secundário ?
(2)

S Existe N
abertura comunicante VII
com Área Classif .
adjacente ?

Existe S
S
abertura para
Zona 1? ÁREA
NÃO-CLASSIFICADA
N
I

ZONA 2 ZONA 1 A
Continua na
página seguinte

Fig. 5.1- Fluxograma para Classificação de Área de ambientes confinados ou semi-confinados

Notas:
(1) – Refira-se ao item 5.6 – Ventilação adequada.
(2) – Refira-se ao item 2.1 – Fonte de Risco, no capítulo 2.
x - Identifica o compartimento na Fig. 5.2, classificado segundo este caminho.

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Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

Vem da página
A anterior

Zona 2 Sala adjacente é Zona 1


Zona 1 ou Zona 2 ?
(4)

O ambiente O ambiente
tem sobrepressão por tem sobrepressão por
N ventilação forçada em ventilação forçada em
N
relação à Área relação à Área
Classificada ? Classificada ?
(3)* (3)*
S S

O ambiente O ambiente
N tem alarme de perda tem alarme de perda N
ZONA 2 ZONA 1
da ventilação? da ventilação ?
22
(5) (5)

S S

A porta é
A porta é
estanque a gás , com
N estanque a gás, com N
fechamento automático, ZONA 2
fechamento automático ?
formando barreira
III de ar?

S S
IV
V

ÁREA ÁREA
NÃO-CLASSIFICADA NÃO-CLASSIFICADA
Desde que mantida com Desde que mantida com
pressão positiva pressã o positiva

Fig. 5.1- Fluxograma para Classificação de Área de ambientes confinados ou semi-confinados (continuação)
Notas:

(3) – Refira-se ao item 5.7 – Pressurização de ambientes.


(4) – Refira-se ao item 5.3 – Aberturas, acessos e condições de ventilação que afetam a
extensão das Áreas Classificadas, e item 16.2.1 - Portas Estanques a Gás, no cap.16 -
Anteparas Divisórias de Áreas Classificadas.
(5)- Em caso de falha da ventilação/exaustão deve existir sistema de alarme visual e sonoro
sinalizando em sala de controle permanentemente guarnecido, para tomar ações para
necessárias.
(*) – A Ventilação mecânica, com vazão maior que a Exaustão assegura a pressurização
positiva do compartimento confinado considerado, em relação a Sala adjacente classificada
ou, alternativamente, a Sala adjacente classificada pode ser pressurizada negativamente.
Esta pressurização negativa pode ser obtida com vazão de exaustão mecânica maior que a
de ventilação, tipicamente na proporção 2:1.

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Fig. 5.2 – Exemplos de classificação de área de compartimentos confinados;


O número dentro do círculo indica qual o caminho para classificação do compartimento,
seguindo o procedimento do fluxograma da figura 5.1.

Obs.: A figura acima, foi repetida em formato maior, no Anexo 1, no final deste capítulo,
com o propósito de obter melhor resolução quando impresso em papel.

5.2.1 Área confinada , semi-confinada ou área aberta ?

Partindo-se da premissa de grupo de gases mais leves que o ar, pela definição de área
confinada em 5.1 (regra dos 2/3), tendo como exemplo uma sala na forma de cubo com 4m:

- em havendo piso + teto + duas anteparas (ou piso + 3 anteparas), o ambiente é


considerado confinado.

- se o piso não for totalmente vazado por grades para o mar, mesmo que vazado em
grande parte de sua área, não poderá ser considerado como “aberto”.

- Janelas ou portas em anteparas, pisos ou tetos gradeados devem ser amplamente


utilizados pois favorecem a diluição, porém, devido às reduzidas dimensões relativas
dessas aberturas, não devem ser consideradas para considerar o ambiente “aberto”.

- Em unidades móveis, mesmo as áreas consideráveis como abertas, no convés


principal, apresentam muitos obstáculos à sua volta, que podem dificultar a
diluição/dispersão de gás por ventilação natural, podendo ser considerado área com
ventilação limitada; considerar os skids de equipamentos que podem formam
obstáculos elevados formando uma barreira de muitos elementos em bloco, portanto.

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Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

- Se em um ambiente considerado aberto, p. ex., com piso + teto + antepara, vier a ser
instalado um container temporário na sua vizinhança, o ambiente passa a ter
ventilação limitada e a classificação de áreas pode comprometer áreas bem maiores se
nesta área, antes aberta, houver uma fonte de risco e aberturas para outros
compartimentos ou cogumelos de ventilação, etc.

- O julgamento quanto à classificação do ambiente, confinado, semi-confinado, ou


aberto, é portanto, dependente da boa prática e bom senso, no julgamento.

5.3 - Aberturas, acessos e condições de ventilação que afetam a extensão


das Áreas Classificadas

As prescrições a seguir estão harmonizadas com a norma IEC-61892-7 [11G].

“Exceto por razões operacionais, não devem existir portas ou outros acessos entre:
- uma Área não-classificada e uma Área Classificada ou, entre
- uma Área Zona 2 e uma Área Zona 1.[6A]

Onde existam tais portas ou outras aberturas, qualquer área confinada tendo acesso
direto a qualquer área Zona 1 ou Zona 2, passam a ter a mesma classificação, exceto se:

a) Um espaço confinado, sem fonte de risco, com acesso direto a qualquer Zona 1 (Fig.
5.3) pode ser considerado Zona 2 se:

- O acesso estiver com porta estanque a gás (gas-tight), abrindo para a Zona 2 e
- Ventilação seja tal que o fluxo de ar com a porta aberta ocorra da Zona 2 para o
espaço da Zona 1 e,
- Perda da ventilação seja alarmada em uma estação de controle guarnecida.

Fig.5.3- Espaço confinado adjacente a Zona 1

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Para os diagramas acima e os mostrados nos itens (b) e (c) abaixo, referir-se à seguinte
legenda:

Fonte de risco

NOTA:

- A Ventilação mecânica, com vazão maior que a Exaustão (mecânica


ou natural), assegura a pressurização positiva nos compartimentos
confinados.

- Similarmente, a Exaustão mecânica, com vazão 50 a 100% maior que


a Ventilação mecânica (ou natural), assegura a pressurização negativa
nos compartimentos confinados.

b) Um espaço confinado, sem fonte de risco, com acesso direto a qualquer Zona 2 (Fig.
5.4) não é considerado classificado se:

- O acesso estiver com porta estanque a gás, do tipo fechamento automático, que abra
para a Área não classificada.
- Ventilação seja tal que o fluxo de ar com a porta aberta ocorra da Área não-
classificada para Zona 2, auxiliando o fechamento automático da porta e,
- Perda da ventilação seja alarmada em uma estação de controle guarnecida, com
presença constante ou permanente de pessoas.

Fig.5.4- Espaço confinado adjacente a Zona 2

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c) Um espaço confinado, sem fonte de risco, com acesso direto a qualquer Zona 1 (Fig.
5.5 e 5.6) não é considerado classificado se:

- O acesso tiver duas portas estanques a gás, do tipo fechamento automático, formando
uma barreira de ar ou uma única porta estanque a gás, de fechamento automático, que
abra para dentro do local seguro e que não tenha nenhum gancho de trava que a
mantenha na posição aberta. (Ver nota 2 das Considerações sobre a barreira de ar).
- O espaço tenha sobrepressão por ventilação forçada em relação à Área Classificada e,
- Perda da ventilação seja alarmada em uma estação de controle guarnecida.

Fig.5.5- Espaço confinado adjacente a Zona 1

Ou, alternativamente:

Fig.5.6- Espaço confinado adjacente a Zona 1

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Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

5.4 Alarme de falha de ventilação e/ou exaustão:

Quando a perda de ventilação for detectada, deve ser ativado alarme visual e sonoro em
sala de controle ou local permanentemente guarnecido;

Ação para restaurar a ventilação deve ser tomada sem demora; quando houver
programação devem ser acionados os ventiladores stand-by.

Se for detetada a presença de gás na vizinhança da área onde houver falha na ventilação,
ou falha na exaustão do próprio compartimento, fontes de ignição devem ser
desenergizadas imediatamente.

Se for detetado gás na tomada de aspiração do ventilador do compartimento pressurizado,


o ventilador deve ser automaticamente desligado.

Pelo motivo de não ser classificado, tais ambientes ambientes podem conter equipamentos
elétricos de uso industrial comum ou equipamentos com superfícies quentes.

5.4.1 Sensores de falha de Ventilação/Exaustão:

Recomendável utilizar alarmes como por exemplo pressostato diferencial entre os


compartimentos ou chave de fluxo montados na entrada dos dutos; Os alarmes baseados
em intertravamentos ou contacto auxiliar de contactor no demarrador, indicando
funcionamento do ventilador/exaustor não detetam, por exemplo, eventual patinação da
polia ou rompimento de correias do motor, inversão de rotação do motor ou mesmo
dampers fechados por falha qualquer.

5.4.2 Considerações sobre a barreira de ar:

1) A barreira de ar (“air lock”) deve ter espaçamento mínimo de 1,5 metro e máximo de
2,5 metros, entre portas [4B].

2) Onde o arranjo de ventilação do ambiente que se pretende manter seguro for


considerado suficiente pela Sociedade Classificadora para prevenir qualquer ingresso
de gás do compartimento adjacente à Zo na 1, as duas portas de fechamento automático
formando a barreira de ar podem ser substituídas por uma única porta, estanque a gás,
de fechamento automático, que abra para dentro do local seguro (o fluxo de ar ajuda a
manter a porta fechada) e que não tenha nenhum gancho de trava que a mantenha na
posição aberta. Tal consideração consta no livro de regras do IMO MODU Code/89,
item 6.3.1 [3] e das principais Classificadoras. A barreira de ar deve ser mantida
pressurizada, podendo ser através de derivação do mesmo duto que atende o
compartimento principal, não-classificado.

5.4.3 Ventilação de Salas de Baterias

Vide recomendações no cap. 14.2 Ventilação de Salas de Baterias, Cap. 14 -


Compartimento de Baterias.

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5.5 – Requisitos de Segurança para o Sistema de Ventilação e


Ar-Condicionado
As Diretrizes para Projeto do E&P-CORP [2A] item 8, estabelecem o seguinte:
“Todas as áreas da Instalação deverão ser providas de ventilação visando a
segurança, para as diversas operações, considerando as condições atmosféricas,
situações operacionais normais e de emergência, devendo atender aos critérios da
norma Petrobrás N-2079 – Critérios de Segurança para Projeto de Ventilação e
Ar Condicionado em Unidades Marítimas.

Um mesmo duto de ventilação não deve atender a compartimentos de


classificações diferentes entre si, devendo ser separados, entre outros, conforme os
seguintes crité rios:
a) Sistemas que atendam salas que abriguem equipamentos de serviços
essenciais, de sistemas que atendam salas que abriguem equipamentos de
serviços normais;
b) Sistemas que atendam salas providas de combate a incêndio por
inundação com sistema de CO 2 , de sistemas que atendam as acomodações;
c) Sistemas de exaustão de salas de baterias e laboratórios com risco de
contaminação, de outros sistemas;
d) .............
Em áreas abertas ou semi-abertas deverá ser utilizada sempre que possível a
ventilação natural. Onde a ventilação natural não for suficiente para assegurar
condições ambientais seguras será necessário complementá-la por meio de
ventilação mecânica, conforme critérios descritos na Especificação Técnica de
Requisitos Mecânicos para Equipamentos de Processo (ET- 3000.00-1200-600-
PCI-001).

Os compartimentos fechados que tenham aberturas a menos de 3 (três) metros do


limite de áreas classificadas para instalações elétricas deverão ser providos de
pressurização positiva monitorada.

As condições de funcionamento da ventilação mecânica e ar condicionado


deverão ser continuamente monitoradas e as falhas deverão causar sinalização
remota, na sala de controle ou onde estiver instalado o monitor/controlador.

Os compartimentos fechados, que abriguem fontes de gases ou vapores inflamáveis


deverão ser providos de pressão inferior aos ambientes adjacentes.

O alojamento não deverá ter controle de pressurização, exceto se estiver


adjacente a uma área classificada;

O ar externo aspirado para o sistema de ventilação e ar condicionado deverá ser


tomado de área segura, no mínimo, a 3,0 metros de distância de área
classificada e a 4,5 metros da exaustão dos sistemas de ventilação e descarga
de gases de produtos de combustão;

Os dutos de entrada de ar deverão ser dotados de pelo menos dois sensores de gás
(votação 2 de 2), os quais deverão automaticamente parar a ventilação e isolar o
ambiente, caso dois destes sensores detectem alta concentração de gás (60% do
L.I.I. confirmado);
.....”

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5.6 - Ventilação Adequada

API RP505:
- Área fechada pode ser considerada como adequadamente ventilada se a taxa de
ventilação provida seja de pelo menos quatro vezes a taxa de ventilação requerida para
diluir a concentração de emissões fugitivas estimadas, para abaixo de 25% do LEL.

- Os compartimentos de bombas de carga em FPSO devem ser continuamente ventiladas


a uma taxa igual ou acima de 20 trocas de ar/hora. (obs. Se a taxa de renovação for
menor que 20, perda de ventilação não for alarmada e se não forem instalados
detetores de gás, então, ao invés de Zona 1, será considerado Zona 0 (vide fig. 90 API
RP-505 [9D].

ABS Guide - Facilities:


- a capacidade dos ventiladores deve ser tal que o espaço seja adequadamente
ventilado, conforme definido na API RP 500.

ABS Steel Vessel - sala de baterias, deve ser ventilado com sistema de alta capacidade
que permita uma troca a cada 2 minutos (30 trocas por hora).

ABS MODU:
- Área classificada em espaços confinados (tanque de lama ativo, aberto, em
plataformas de perfuração, por exemplo deve ser ventilado com sistema de alta
capacidade que permita uma troca a cada 2 minutos (30 trocas por hora).

DNV - MOU:
- 12 trocas por hora é normalmente considerado suficiente para ventilar
compartimentos fechados, considerados Áreas Classificadas.
- 6 trocas para espaços confinados, considerados Áreas não-classificadas.

BV: - Offshore Units


- 12 trocas por hora para espaços confinados, em particular aqueles associados com a
produção de gases de hidrocarbonetos; 8 trocas por hora para outros
compartimentos.

IP-Code, Part 15:


- 12 trocas por hora, sem áreas estagnadas, para áreas fechadas ou abrigadas que
contenham somente fontes de risco de grau secundário ou aberturas para zona 2.
- hood de turbinas: pelo menos 90 trocas por hora, em funcionamento, 12 trocas por
troca em stand-by (zona 2); item 8.8 [13].

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Recomendação:

No dimensionamento considerar também o número mínimo de trocas de ar em função da


necessidade de extração de calor, que em salas com bombas/utilidades, em geral, superam
as taxas mínimas indicadas acima.

Em geral, os valores acima referem-se a áreas que contenham somente fontes de risco de
grau secundário; desta forma, para Áreas Classificadas em espaços confinados,
recomenda-se adotar as seguintes taxas mínimas de ventilação:

ZONA 1 - 30 trocas por hora, sem áreas estagnadas, pressão negativa

ZONA 2 - 12 trocas por hora, sem áreas estagnadas, pressão negativa

Área Adjacente (área não classificada, desde que mantida pressurizada) – 12 trocas/h

- Em ambientes Zona 1, recomendado distribuir por dois ventiladores (ou 2 exaustores)


dimensionados no regime 2 x 50% (2 x 15 trocas/hora), ao invés 1 x 100% (1 x 30
trocas/hora) da capacidade total.

- Em geral, os diagramas de ventilação ou no Manual da Plataforma, estão indicados o


número de trocas de ar dos compartimentos.

- Para ambientes fechados como sala de tanques de lama em unidades de perfuração,


deve-se adotar taxa mínima de 100 trocas por hora para arraste de vapores de alta
temperatura (critério predominante: reduzir calor, desconforto e eventual toxidez).

5.1.1.1 Método Prático para estimar o número de trocas de ar no ambiente


(Em não havendo dados de projeto ou folha de dados, estimar da forma abaixo):

- Manter as portas e demais aberturas do compartimento, nas condições normais de operação.


- Manter ligados os ventiladores e exaustores, conforme condições normais de operação
- Manter os dampers e flaps de ventilação/exaustão nas condições normais de operação; verificar se não
há bolsões com áreas estagnadas, sem renovação.
- Com o uso de um anemômetro portátil, medir a velocidade do fluxo de ar em cada uma das bocas dos
dutos, janelas e demais aberturas existentes, procurando interferir o menos possível no próprio fluxo –
observador posicionando-se fora do fluxo (tomar de 5 a 6 medições em diferentes posições para obter
média).
- Calcular a área de cada uma dessas aberturas (em m 2), e multiplicar pela velocidade em m/s, para obter
a vazão em m 3/s, daquela abertura.
- A Vazão Total é obtida somando-se todas as entradas (ou todas as saídas), que devem ser valores
próximos .
- Estimar o Volume Útil do com partimento, deduzindo do volume total, o volume estimado de
equipamentos internos.
No. Trocas / hora = Vazão Total x 3.600 /Volume Útil

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Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

5.7 - Pressurização de ambientes (purga)

Recurso geralmente empregado para purga de Salas de Controle, adjacentes a áreas


classificadas no campo, onde podem ser reunidos vários painéis e equipamentos do tipo
comum, CCM´s com gaveta extraível, etc. que, do contrário, em sendo do tipo com
proteção “Ex” (“à prova de explosão” ou equivalente), seriam de difícil operação e
manutenção, além do maior espaço necessário.

O sistema de pressurização positiva pode incluir equipamento de condicionamento de ar,


quando requerido para componentes eletrônicos, painéis de instrumentação, etc.

Exemplos típicos de instalações em áreas classificadas ou adjacentes, no campo:


- Cabine de controle de Turbo-Compressor, Moto-gerador
- Cabine de controle/MCC auxiliares de Turbo- gerador
- Escritórios do Sondador (Dog-House) em unidades de perfuração

Ventilação com pressão positiva é baseada no princípio de que um compartimento ou sala


localizado numa Área Classificada pode ser purgado com ar limpo tomado de local remoto,
não classificado.

O fluxo de ventilação deve ser contínuo e deve assegurar pressão positiva no


compartimento para evitar o ingresso de gás do ambiente circundante.

O sistema de ventilação deve ser capaz de assegurar uma sobrepressão mínima suficiente
para que haja fluxo de ar por todas as portas e aberturas possíveis, com as mesmas todas
abertas; a velocidade deve ser maior que a velocidade de correntes de ar externas, porém
não deve ser tão alta a ponto de dificultar a abertura ou fechamento de portas.

Em locais abertos, convém adotar-se antecâmaras (airlock), com sobrepressão mínima de


0,1” H2 O (0,25 mbar) que previne ingresso de ar externo para velocidades do vento até
aprox. 3,5 m/s [11G]; para salas sem air- lock, com portas diretamente para área aberta,
considerar sobrepressão que assegure proteção para prevenir o ingresso de ar externo para
os ventos predominantes (tipicamente 10 m/seg no mar).

Vide critérios de pressurização de compartimentos na norma IEC 61892-7 [11G]; Em


geral, as Sociedades Classificadoras admitem tal forma de purgar um ambiente para torná-
lo ambiente não-classificado, desde que haja monitoração de pressão diferencial ou
mesmo, alarme de falha do ventilador, quando se tratar de sala de controle.

Em geral, as salas de controle pressurizadas não contém fontes de risco interna; as


mesmas devem ser construídas com anteparas no mínimo A-0, estanques a gás, e com
portas/air- lock mantidas fechadas por molas de fechamento automático; nestas situações,
em caso de perda da ventilação, eventual migração de atmosfera explosiva para o seu
interior pode ocorrer de forma lenta e normalmente, não é necessário desenergizar
imediatamente as cargas/painéis elétricos.

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Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

Detetor de gás deverá monitorar a tomada de ar do ventilador devendo desligar e alarmar


quando da ocorrência de gás.

Para falha da pressurização, vide item 5.4 acima;

Fig. 5.7 – Exemplo de pressurização de cabine de controle de Turbo-compressor


(legenda + + indicando área não classificada, desde que mantida com pressão positiva por
ventilação forçada, vide cap. 19).

5.7.1. Salas de Cont role com Fontes de Risco interna

Típico para sala com analisadores/laboratórios.

O critério para projeto de ventilação é referenciado no NFPA 496 [7A].d

No caso de sala ou laboratório com analisadores (fontes de risco interno), tal ventilação
deve reduzir a concentração original de gás ou vapor inflamável para um nível seguro e
manter este nível.

Se existir no compartimento algum dispositivo que consuma ar, tal como um compressor, o
sistema de pressurização deve levar em conta esta demanda adicional, a menos que o
suprimento de ar para tal equipamento seja efetuado por outra fonte independente.

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Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

5.8 – Contaminação Cruzada de Ambientes Não-Classificados

5.8.1 - Recomendações Adicionais para Evitar Contaminação Cruzada de


Ambientes

Estanqueida de de anteparas:

- Anteparas que separam áreas classificadas de áreas não-classificadas devem ser de aço,
estanques a gás (sem furos, aberturas ou janelas que as comuniquem entre si); atender aos
requisitos de segurança e prescrições do SOLAS [21]. Vide Capítulo 16 – Anteparas
Divisórias de Áreas Classificadas

Dutos de Ventilação e Exaustão:

- O interior do duto de exaustão de uma área classificada tem a mesma classificação do


compartimento do qual ele aspira.

- Quando um duto de ventilação atravessar uma área classificada, este duto deverá ter
uma sobrepressão em relação a essa área.

- Quando um duto de exaustão com pressão negativa, atravessar uma área classificada de
“maior risco”, deverá ser utilizado “duto estrutural” devido à possibilidade de aspiração
de gases em caso de corrosão/abertura de frestas nas emendas de chapas. Vide fig.6.2,
cap. 6.

Nota: Considera-se como “estrutural”, o duto cuja espessura da chapa for maior que
3/16” (4,8 mm). O ABS Steel/97 admite 3,0 mm. Vide ilustração típica na Fig. 6.1, cap. 6
onde é mostrada a travessia de um duto em Área Classificada.

- Dutos de ventilação/exaustão de compartimentos classificados (Zona 1 ou Zona 2)


devem ser completamente separados daqueles sistemas que atendem compartimentos
não-classificados.

- Dutos de ventilação/exaustão de compartimentos classificados como Zona 1 devem ser


completamente separados daqueles sistemas que atendem compartimentos Zona 2.

O compartilhamento de ventiladores insuflando dutos para


compartimentos de diferentes classificações ou de área classificada para
não classificada, através do recurso ao uso de dampers isolando essas
salas, quando da parada do ventilador, não deve ser adotado.

Os dampers, que teoricamente “segregam” os compartimentos, são


passíveis de falha dos acionadores pneumáticos/solenóides, podendo
falhar na posição aberta, permitindo contaminação cruzada de ambientes.

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Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

Tomadas de Ventilação

- As tomadas de ar de ventilação devem ser localizadas em área não-classificada,


distante pelo menos 3 m da fronteira de qualquer área classificada.

- Motor de ventilador de área classificada, montado no fluxo de ar, deve ser do tipo
“Ex”, porquanto na partida, pode estar envolto em atmosfera explosiva vindo pelo duto
já que o ventilador estaria em repouso, exceto, quando houver exaustor no
compartimento, programado para partir antes, com temporização para retardar a
partida do ventilador em sequência, após um período de purga ou arraste de gases
eventualmente presentes no duto do ventilador, por pressão negativa no compartimento.
- Abertura para entrada de ventilação/exaustão natural de área classificada, como portas
de passagem não-estanques, janelas, venezianas, penetração aberta de
tubulação/cabos, etc., também classifica a área ao seu redor do lado externo.

- Os ventiladores e exaustores de áreas classificadas e salas adjacentes não poderão ter


função invertida sob risco de comprometer todo o esquema de pressurização relativa
entre compartimentos, contaminando áreas inicialmente não-classificadas (exemplo:
sentido de rotação do motor invertida na religação). Vide exemplo no item 5.7.3.
- Nota: Ventilador / exaustor dito “Ex” deve ser construído com material não centelhante. O
motor elétrico do ventilador ou exaustor deverá ter proteção do tipo “Ex”.

Descargas de Exaustão Mecânica:

- A descarga de exaustão natural ou forçada, de área não-classificada deve estar


localizada em área não-classificada.

- A descarga de exaustor de uma área classificada, deve estar localizada em área de


menor risco (ou não-classificado, na ausência dessa mesma descarga); exemplo:
descarga de exaustor de zona 2, não deve estar dentro de área classificada gerada por
exaustor vizinho de zona 1.
Nota: Zona 2 é considerada área de menor risco em relação à Zona 1.

- As descargas de exaustão de área classificada deve ser instalada ao ar livre, onde possa
haver diluição rápida na corrente de ar natural; evitando-se locais com obstáculos ou
barreiras à essa circulação natural.

- A descarga de exaustão mecânica de área classificada deve ser direcionada ou apontada


para cima para facilitar a dispersão; evitar cogumelo que aponte para o piso ou
“paredão”, “espalhando” aleatoriamente gás eventualmente presente.

- Descarga de exaustor de área classificada, classifica a área ( 3 m ao seu redor).

5.8.2 - Sistema de Drenagem


“Para evitar riscos de contaminação cruzada devem ser tomadas precauções especiais
quanto à drenagem em áreas classificadas. Sistemas de tubulação de esgoto/drenagem
devem ser projetadas de modo a impedir a comunicação direta entre áreas classificadas e
não-classificadas e entre áreas classificadas de diferentes riscos” (zonas diferentes). [3]

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Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

As Diretrizes do E&P-CORP [2A], no item 7 estabelecem:

“além dos requisitos dispostos neste item, o sistema de drenagem deverá atender as recomendações contidas
na Especificação Técnica “Critérios Gerais para Projetos de Óleo/Gás/Águas Oleosas (ET-3000.00-1200-
PCI-002).

Os sistemas de coleta de drenagem aberta devem ser independentes e ter suas descargas separadas. Para
evitar que haja transferência de gás para o coletor de área não classificada, o coletor da drenagem de área
segura deverá ser mergulhado em profundidade maior do que o da área classificada.

O sistema de coleta da drenagem fechada dos tanques de diesel deverá ser isolado do sistema de coleta
de drenagem fechada pressurizada.

A rede de drenagem deverá ser dividida em coletores e subcoletores e cada um, antes de se juntar ao
coletor principal, ou seja, aquele que estiver ligado ao tubo de despejo, deverá ser provido de um sifão.

Todos os equipamentos, inclusive os itinerantes, que contenham ou manuseiem fluidos combustíveis ou


inflamáveis, deverão possuir dispositivo de contenção, para possíveis vazamentos.

O projeto do encaminhamento das linhas do sistema de drenagem, oriundos de áreas classificadas, não
deverá considerar o uso de conexões, quando da passagem pelo interior de compartimentos não
classificados.
...........
A drenagem do heliponto deverá atender aos requisitos da NORMAN, emitida pela Diretoria de Portos e
Costas.O sistema de drenagem deverá ser independente, possuir sifão e ser alinhado diretamente ao Tubo de
Despejo.

A drenagem dos laboratórios e oficinas, deverão ser providos de sifão com selo d’água.

O projeto de drenagem das Instalações Flutuantes deverá considerar as diversas condições de operação
daUunidade.

No caso dos FSOs e FPSOs, além das posições de TRIM e BANDA decorrentes das condições ambientais, as
condições de operação de offloading deverão ser consideradas.”

5.8.3 – Contaminação de Sistemas de Água por Gás

Sistema de Refrigeração:
Linha de água de refrigeração (intercooler em compressores de gás, p.exemplo) podem ser
contaminada com gás, a partir de vazamentos nos tubos desses trocadores, podendo
romper em qualquer local devido à sobrepressão. Os vasos de make-up desses sistemas
devem ter suspiros monitorados por sensores de gás. Vide item 7.2.4 – Cap. 7.

Sistema de água de aquecimento x água quente:


Devem ser previstos sistemas de água de aquecimento independentes, um para áreas classificadas e outro
para áreas não classificadas. O sistema de água de aquecimento não poderá ser interligado com os locais
considerados seguros, tais como alojamento e casario.

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Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

5.8.4 - Exemplo de Contaminação Cruzada de Ambientes


Não-classificados

As Áreas Classificadas em regiões confinadas deverão ser mantidas com pressão negativa,
para evitar a expansão das áreas de risco para compartimentos vizinhos.

Como ilustração consideremos o diagrama abaixo (vista lateral e planta), mostrando um


exemplo típico onde temos uma Área Classificada (Zona 2) em ambiente confinado,
adjacente a um outro Não-classificado, na praça de máquinas.

Fig. 5.7- Arranjo original, onde por pressurização positiva a sala “A” é mantida como não-
classificada

+++++++++
++++++++

+++++++++
++++++++

LEGENDA:

ÁREA CLASSIFICADA ( ZONA 2)

++ ÁREA NÃO-CLASSIFICADA
++ (DESDE QUE MANTIDA COM PRESSÃO POSITIVA COM VENTILAÇÃO
FORÇADA)

Nota: a fonte de risco está na sala “B”

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Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

Neste arranjo temos o seguinte:

- Pressurização negativa (representada pelo símbolo ) na Área Classificada (sala


“B”), garantida por uma vazão de ar de exaustão maior que a de ventilação, no
compartimento classificado.
- Porta que comunica os dois compartimentos do tipo estanque a gás e de fechamento
- automático, abrindo para a Área Não-classificada.
- Área confinada Não-classificada (sala “A”) mantida com sobrepressão em relação à
Área Classificada adjacente. A pressurização deste ambiente está representada no
diagrama pelo símbolo “+”.
- Falha/falta de ventilação na Área Não-classificada alarmada em estação de controle.

Para este arranjo são as seguintes as maneiras possíveis de contaminação da Área Não-
classificada:

- Parada do Exaustor “E1” da Área Classificada;


- Parada do Ventilador “V2” da Área Não-classificada;
- Porta que comunica os dois compartimentos mantida aberta;
- Inversão do sentido de rotação tanto do Exaustor “E1” (que passa agora a funcionar
como Ventilador) quanto do Ventilador “V1” (que passa agora a funcionar como
Exaustor) da Área Classificada, conforme mostrado no diagrama abaixo. Este
procedimento inadequado que altera o sentido do fluxo de ar faz com que o
compartimento adjacente (sala A), antes uma Área Não-classificada se torne agora,
também, uma Área Classificada.

Fig. 5.8- Diagrama exemplificando como ocorre a contaminação cruzada de Área Não-
classificada (Classificação do compartimento da esquerda), em função da inversão do sentido de
rotação do Ventilador e do Exaustor da Área Classificada originais (compartimento da direita).

INSTRU-Ex_cap5.doc

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ANEXO 1

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Cap. 5 Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados

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Cap. 6 Pressurização de Equipamentos em Áreas Classificadas

Capítulo 6
Pressurização de Equipamentos em Áreas Classificadas

Neste capítulo são apresentadas algumas definições sobre equipamentos


pressurizados, requisitos de instalação dos mesmos e exemplificadas algumas
aplicações típicas em unidades marítimas.

6.1 - Definições
Equipamentos pressurizados utilizam-se da técnica de manter, no interior do invólucro,
uma pressão positiva superior à pressão atmosférica (sobrepressão), de modo que se
houver presença de mistura inflamável ao redor do equipamento esta não entre em contato
com partes que possam causar ignição. Para os equipamentos descritos adiante,
considera-se não há fonte de risco que libere gás ou vapor inflamável no interior do
invólucro, como no caso de analisadores de gás conectados ao processo (para este caso,
vale a técnica da diluição contínua, referida também na norma NBR 5420 [16G]).

Esta sobrepressão pode ser mantida com ou sem fluxo contínuo do gás de proteção, que
pode ser ar, gás inerte ou algum outro tipo de gás adequado. Normalmente utiliza-se, como
gás de proteção, ar limpo, seco, não contaminado e vindo de uma fonte confiável.
Geralmente o ar que cumpre esses requisitos é o ar de instrumentos. O gás de proteção
pode ser utilizado para ventilação, purga, diluição ou pressurização, como abaixo:

Equipamento ventilado : “Equipamento, como os motores, que requerem fluxo de ar para


dissipação de calor assim como para prevenir a entrada de gases inflamáveis, vapores ou
poeiras.” [7A]

Purga: “Passagem de volume suficiente de gás de proteção, através de um invólucro


pressurizado e seus dutos, antes da energização do equipamento, a fim de reduzir
qualquer atmosfera explosiva de gás a uma concentração bem abaixo do seu limite
inferior de inflamabilidade.” [16A]

6.2 - Aplicação e Instalação de Equipamento Pressurizado

A técnica de pressurização de equipamentos de tipo industrial comum, para emprego em


áreas classificadas, é muito utilizada nos equipamentos tipo “fora-de-série”, como por
exemplo, motores de grande potência, onde os requisitos de certificação
(projeto/construção/protótipo de testes) de motor do tipo “`a prova de explosão”, para
fabricação unitária ou em pequenas quantidades, tornaria o custo impraticável.

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Cap. 6 Pressurização de Equipamentos em Áreas Classificadas

Técnica também muito empregada para instalação de painéis ou estações remotas de


instrumentação, PLC, instalados no campo dentro ou próximo de áreas classificadas; usual
também para instalação de consoles de operação, em locais onde normalmente não
caberiam ou seria impraticável a instalação de painéis do tipo “à prova de explosão” ou
equivalente, com muitas botoeiras, sinalizadores, instrumentos, etc. (vide exemplo na
figura 6.3).

Equipamentos do tipo pressurizado (Ex-p), normalmente não são certificados por OCC. A
aprovação e aceitação da instalação desse tipo de proteção é analisada, caso a caso, pela
“Autoridade com Jurisdição”. Em geral, as Classificadoras aceitam os critérios de
purga/pressurização, conforme IEC 60079-2 [11D] ou NFPA 496 [7A].

Tais normas definem alguns aspectos construtivos, proteções, alarmes e intertravamentos


mínimos, conforme o tipo de Pressurização requerido; como exemplo, para painéis ou
invólucros sem fontes de risco que possam liberar gás ou vapor inflamável no seu interior,
considera-se o tipo de pressurização segundo a combinação abaixo:

- Invólucro sem fonte de risco interna, com fonte de ignição interna, instalado em
Zona 1: Pressurização tipo “PX” (IEC);

- Invólucro sem fonte de risco interna, com fonte de ignição interna, instalado em
Zona 2: Pressurização tipo “PZ” (IEC);

- Invólucro sem fonte de risco interna, sem fonte de ignição interna, instalado em
Zona 1: Pressurização tipo “PY” (IEC).

A norma brasileira correspondente é a NBR-5420 [16G].

Nota:

Como alternativa à técnica de pressurização direta dos painéis, quando vários painéis e
equipamentos são concentrados em um determinado local, dentro ou adjacente a área
classificada, pode-se utilizar a pressurização do compartimento; o que permite a reunião
de vários painéis do tipo comum, CCM com gavetas extraíveis, etc., no seu interior, com
algumas restrições e proteções. Vide item 5.6 no Cap. 6, Pressurização de ambientes
(purga).

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Cap. 6 Pressurização de Equipamentos em Áreas Classificadas

6.3 - Exemplos típicos de Equipamentos Pressurizados

6.3.1 - Motor de Perfuração de corrente contínua (DC), tipo aberto

Os motores DC de perfuração são do tipo


industrial, comum, aberto. Na foto ao lado é
mostrado o motor com seu ventilador de
refrigeração, que também pressuriza a
carcaça.

O motor de corrente contínua produz muito


centelhamento no comutador/ escovas durante
seu funcionamento, portanto, é necessário
impedir a penetração de gases inflamáveis,
por meio de pressurização do seu interior, com
tomada remota de ar, de área não-
classificada, conforme fig. 6.2

Fig. 6.1- Motor DC com ventilador de refrigeração montado na carcaça

Pressão positiva no duto que atravessa


Área Classificada (com ventilador
instalado fora da área classificada)

Neste exemplo, caso não existisse o


ventilador superior, a aspiração do
ventilador inferior provocaria vácuo no
duto e este duto deveria então, ser
estrutural, devido à possibilidade de
aspiração de gases em caso de corrosão /
abertura de frestas na emendas do próprio
duto. Considerar como estrutural o duto
cuja chapa tenha espessura maior ou igual
que 3/16” (4,8 mm). O ABS Steel/97
admite 3,0 mm como estrutural.

Fig. 6.2- Sistema de captação de ar para refrigeração e pressurização do motor DC do guincho de


Perfuração e da mesa rotativa, do tipo industrial comum, aberto, instalado em Área
Classificada.
A falha de qualquer blower de ventilação/pressurização dos motores DC do guincho de
perfuração ou da mesa rotativa implica em alarme visual no Console do Sondador Ross
Hill, instalado no drill-floor, através de uma chave de fluxo instalada no duto (“vane-
switch”), desligando o motor e impedindo a entrada em funcionamento até a restauração da
ventilação, para prevenir a “queima” do motor devido à sobretemperatura.
O alarme deverá ser testado, periodicamente.

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Cap. 6 Pressurização de Equipamentos em Áreas Classificadas

6.3.2- Painéis de Instrumentação e Consoles de Comando

Requisitos para instalação de equipamentos pressurizados:

Em geral, os consoles e painéis, com componentes comuns montados internamente, são


purgados através de linhas de ar-comprimido. O fluxo de ar-comprimido deve ser
controlado de modo a forçar uma passagem de ar pelas frestas e interstícios de eixos,
prensa-cabos, etc., compensando os vazamentos e mantendo o interior pressurizado.

Para este tipo de equipamento, o grau de proteção mínimo deve ser de IP-44,
normalmente selados com guarnição de borracha, etc., para garantir boa vedação.

A purga deve ser ligada a linha de ar de instrumentação (limpo e seco), pois a linha de ar
de serviço normal arrasta muita umidade e óleo, impregnando o interior dos equipamentos,
podendo provocar curto-circuito ou mau contato interno.

Os dispositivos de controle (regulador, filtro e manômetro) devem, preferencialmente, ser


montados na lateral do próprio painel, permitindo fácil monitoração da condição de
pressurização; o manômetro deve ter marcação da pressão recomendada para ajuste
(tipicamente 0,25” H2 O, ou 0,5 mbar); o filtro deve ter copo transparente para permitir a
monitoração e extração de umidade/óleo eventualmente acumulado no copo.

Intertravamentos:

Em caso de porta/tampa de acesso que possa ser aberta sem o uso de ferramentas, a
proteção tipo “PX” deve ter intertravamento para desenergização do equipamento, quando
da abertura;

Quando requerido, a proteção tipo “PX” deve ter intertravamento que assegure que os
equipamentos internos sem proteção, sejam energizados somente após decorrido tempo
suficiente para purga e renovação de volume 5 vezes, no mínimo, o volume de ar interno
do painel, com seqüência de partida monitorada por pressostato e/ou chave de fluxo e
temporizador.

Placas de Aviso:

Quando instalados em área classificada, os painéis ou equipamentos pressurizados devem


ter afixadas placas de aviso quanto ao tipo de proteção:

“ATENÇÃO – PAINEL PRESSURIZADO


NÃO ABRIR ENQUANTO ENERGIZADO, A MENOS QUE HAJA CERTEZA DE
QUE NÃO HÁ MISTURA EXPLOSIVA PRESENTE”.

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Cap. 6 Pressurização de Equipamentos em Áreas Classificadas

Deve ser considerado um retardo na abertura do painel, com tempo suficiente para
assegurar que elementos com alta temperatura superficial se resfriem e a energia
armazenada em elementos como capacitores se descarreguem a um nível seguro, incapaz
de provocar uma ignição na presença de gás; quando requerido, os painéis devem ter
placa de aviso indicando o retardo a ser observado após a desenergização do equipamento.

Fig. 6.3- Console do Sondador


do Sistema

SCR Ross Hill, de plataformas de


perfuração, instalado em Zona 2.

A pressurização permite a
montagem de vários comutadores
comuns na porta e instrumentos e
sinaleiras comuns, atrás da janela
de vidro.

Como acessórios, usualmente são requeridos:

- Filtro de ar na linha de entrada;


- Válvula reguladora de pressão/manômetro (tipicamente, pressão de 0,25” coluna dágua
ou 0,5 mbar) ou válvula de controle de fluxo para compensar vazamentos
- Válvula de alívio de pressão (em geral 1,5x a pressão de trabalho) ou válvula de esfera
de purga contínua, com corta-chama se requerido.
- Pressostato diferencial (ou manômetro), para alarme ou desligamento quando da falha
da pressurização.
- Placas de aviso, conf. acima;

O alarme deve ser testado, periodicamente.

Exemplos de aplicações típicas de equipamentos pressurizados:

• Painéis Remotas de PLC (Sistema de Controle de Intertravamento e Segurança,


Deteção de Fogo & Gás, etc.);

• Painel de Controle da Tocha;

• Painel de Controle de Forno;

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Cap. 6 Pressurização de Equipamentos em Áreas Classificadas

• Câmeras de Televisão comum montados em áreas de processo, dentro de cúpulas


pressurizadas;

• Monitor de Televisão montado dentro de caixa pressurizada;

• Console de Instrumentos de Perfuração (Martin-Decker);

• Console do Sondador (controle do SCR Ross Hill para perfuração);

• Console de Controle do Top-Drive para perfuração;

• Console do Sistema E-Mud (TOTCO) / Drill- Watch (Martin Decker), para


instrumentos de perfuração;

• Pedal do Acelerador do Guincho de Perfuração;

• Console Local da Bomba de Lama (Sala das Bombas de Lama)

Notas:

- Para adaptações em equipamentos do tipo comum, existem kits para purga/pressurização,


pré-fabricados, para adaptação em consoles e painéis.

- Para equipamentos pressurizados é comum a utilização de resistência de aquecimento interno


como desumidificador. Resistências não são produzidas com proteção Ex-d, além de
apresentar alta temperatura superficial.

- Para motores do tipo aberto, tipo motor DC de perfuração, cujo interior fica exposto à
atmosfera explosiva sem a purga do blower (blower permanece desligado quando motor
principal estiver fora de uso) alguns fabricantes fornecem resistor "encapsulado" num bloco de
alumínio dissipador, de forma a limitar a temperatura abaixo dos 200 °C.

INSTRU-Ex 2002_cap6.doc

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Cap. 7 Sistema de Deteção de Gás

Capítulo 7
Sistema de Deteção de Gás

Neste capítulo são indicados os requisitos gerais para detetores de gás e os níveis de
alarme quando da deteção de gás comb ustível ou gás tóxico. São apresentadas
recomendações gerais quanto à aplicação dos detetores de gás, inclusive em salas de
baterias.

7.1 - Plataformas de Perfuração

7.1.1 - Gás Combustível - Metano CH4

Em plataformas de perfuração o gás combustível de ocorrência mais comum é o gás


natural, composto basicamente de gás metano (CH4 ), cujo L.I.I. (Limite Inferior de
Inflamabilidade) ou L.E.L. (Lower Explosive Limit) é de 5% (em volume). Os alarmes
deverão ocorrer nos níveis de:

a) 20% do L.E.L. : 10.000 ppm


b) 60% do L.E.L. : 30.000 ppm.

O Sistema fixo de deteção de CH4 deve prover alarme visua l e sonoro na Sala de Controle
e no Convés de Perfuração. O Sistema deve indicar, claramente, o local onde o gás for
detectado.

O Sistema fixo de deteção de CH4 deve possuir pelo menos 2 detetores redundantes, ou
mais, conforme região e dispersão de acordo com direção de ventos, nos seguintes locais:

• No circuito aberto de retorno de lama, na calha de retorno de lama;


• Drill-Floor (convés de perfuração);
• Subestrutura da torre, abaixo da mesa rotativa;
• Peneiras de Lama;
• Compartimento dos tanques de la ma;
• Tomadas de ar para ventilação e combustão de motores;
• Tomadas de ar para ventilação e ar-condicionado das Acomodações;
• Tomadas de aspiração para compressores de ar;
• Outros locais onde requerido/possível acumulação de gas.

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Cap. 7 Sistema de Deteção de Gás

7.1.2 - Gás Tóxico – Gás Sulfídrico H2S

H2 S é mais pesado que o ar, densidade 1,19, portanto, a deteção se torna


mais efetiva próximo ao piso.

O nível de concentração mínima para tornar-se explosivo é da ordem de


4% (correspondente a 40.000 ppm), muito acima da concentração letal
para o ser humano (vide quadro abaixo).

Temperatura de ignição de 270 o C, grupo T3, IIB, com faixa de


inflamabilidade entre 4 e 45,5% em volume [11H].

“Em baixas concentrações, o gás sulfídrico tem odor forte e


desagradável, semelhante ao de ovo podre. Para concentrações
entre 8 e 50 ppm, provoca perda de olfato em até 1 hora e
problemas nos olhos e garganta a seguir; entre 100 e 150 ppm na
atmosfera provoca perda de olfato em até 15 min., podendo
causar a morte a partir de 8 horas de exposição; 200 ppm podem
causar morte do indivcíduo a partir de 4 horas de exposição. A
concentração letal é de 600 ppm; neste teor o H2S mata em
instantes.” [17H].

Vide demais características físicas, químicas, efeitos físicos e precauções recomendadas, conforme descrito
nas normas Petrobras N-2282 [17H] e N-2351[17I] e seus Anexos.

Vide também no ISGOTT [10], capítulo 16 – Toxidez do Petróleo e Substâncias Associadas.

O Sistema fixo de deteção de gás tóxico deve possuir sensores de H2 S (gás sulfídrico),
redundantes, instalados nos seguintes locais das plataformas de perfuração:

• No circuito aberto de retorno de lama, na calha de retorno de lama;


• Drill-Floor (plataforma de perfuração);
• Subestrutura da torre, abaixo da mesa rotativa; Bell- nipple;
• Moon pool;
• Peneiras de Lama;
• Compartimento dos tanques de lama;
• Compartimento das bombas de lama;
• Tomadas de ar para ventilação e ar-condicionado das Acomodações;
• Tomadas de ar para compressores de ar;
• Outros locais onde requerido/possível acumulação de H2 S.

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Cap. 7 Sistema de Deteção de Gás

Uma vez comprovada a existência de H2S no fluido produzido, deve ser instalado um
sistema de deteção fixo com sensores distribuídos nos seguintes locais, conforme N-2282
[17H]:

- manifold e cabeça de teste;


- área dos vasos separadores;
- Bell nipple;

O Sistema fixo de deteção de gás tóxico deve prover alarme visual e sonoro na Sala de
Controle e no Convés de Perfuração,

O Sistema deve indicar, claramente, o local onde o gás for detectado.

Normalmente, são dois os níveis de alarme, a saber: 8 e 20 ppm, sendo que o alarme deve
soar com freqüência diferente para cada nível, ou com sinalizador visual de cores
diferentes, claramente identificados pelo nível.

Vide planos de contingência definidos nas normas N-2282 e N-2351 (faixas entre 8 e 49 e
acima de 50 ppm).

É recomendável que o Sistema de Deteção de H2 S não só alarme, mas também que atue
desligando, por exemplo, o Sistema de Ventilação e Ar Condicionado das Acomodações,
automaticamente, caso seja detectado gás H2 S na entrada das Acomodações.

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Cap. 7 Sistema de Deteção de Gás

7.2 – Unidades de Produção

7.2.1 – Gás Combustível

Para os Sistemas de deteção de gases combustíveis e de gases tóxicos das Unidades


Marítimas de Produção, as Diretrizes para Projeto do E&P-CORP [2A] prescrevem

Obs.: Vide demais recomendações quanto à otimização da quantidade/localização de sensores no


complemento do item 5.2.2 da Filosofia de Segurança para Instalações Marítimas de Produção
[2A].

“5. Sistema de Deteção de Incêndio e Gás


Este sistema têm como objetivo detectar a ocorrência de incêndio e o acúmulo de
gases/vapores inflamáveis ou tóxicos, alertando a população da instalação da presença de
condições de risco, permitindo ações de controle para minimizar a probabilidade do
aumento de efeitos indesejados.

Os circuitos elétricos do sistema de deteção (incêndio e gás) e de combate a incêndio,


conforme descrito no capítulo 12 “ Sistema de Intertravamento de Segurança”, deverão ser
monitorados para que fugas à terra, curto-circuitos, falta de corrente e defeito nos
dispositivos destes sistemas, provoquem alarmes característicos na sala de controle da
Instalação.”.

“5.2.1 Sensores

Os sensores deverão fornecer sinais elétricos correspondentes aos níveis de concentração


de gás detectados na área monitorada. Deverão ocorrer alarmes na sala de controle
central sempre que forem detectados níveis de 20% e 60% do L.I.I. (Limite Inferior de
Inflamabilidade), para gases combustíveis e de 8 ppm e 20 ppm no ar, para H2 S..”

“5.2.2 Localização dos sensores

Objetivando a localização dos sensores, um estudo de dispersão de gases deverá ser


elaborado considerando-se entre outros aspectos: pontos de vazamentos de gás; freqüência
de ocorrência de vazamentos; quantidade e condições de processo do gás liberado; análise
de custo x benefício etc.”

Obs.: Vide demais recomendações quanto à otimização da quantidade/localização de sensores no


complemento do item 5.2.2 da Filosofia de Segurança para Instalações Marítimas de Produção
[2A].

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Cap. 7 Sistema de Deteção de Gás

“5.2.3.1. Deteção de Gás Combustível

A atuação de um ou mais sensores indicando concentração de 20% do L.I.I. de gás,


ativará simplesmente alarme na sala de controle central da Instalação ou onde estiver
instalado o monitor/controlador, desde que o local seja permanentemente assistido.

A atuação simultânea de dois sensores indicando concentração de 60% do L.I.I. de gás


significará gás confirmado a 60% do L.I.I. e iniciará as ações de controle apropriadas
conforme a situação, tais como:
- Alarme na sala de controle central ou onde estiver instalado o monitor/controlador,
desde que o local seja permanentemente assistido e em toda a Instalação;
- Desligamento de equipamentos elétricos não adequados para funcionamento na
presença de gás;
- Atuação do sistema de parada de emergência de nível 3 (ESD-3);
- etc.

- Deverão ser instalados sensores de gás hidrogênio nos dutos de exaustão de salas de
baterias. A atuação de um sensor indicando 20% do L.II. deverá ser sinalizada na sala de
controle ou onde estiver instalado o monitor/controlador, desde que o local seja
permanentemente assistido e adicionalmente partir os exaustores reservas. A deteção de
gás por dois sensores em um nível de 60% de L.I.I. deverá adicionalmente inibir a carga
profunda das baterias. ”

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Cap. 7 Sistema de Deteção de Gás

7.2.2 – Gás Tóxico

Vide também item 7.1.2 e referências indicadas, quanto à toxidez do Gás Sulfídrico.

“5.2.3.2. Gases Tóxicos (H2 S)

A atuação de um único sensor indicando concentração de gás no ar de 8 ppm ou acima,


ativará simplesmente alarme na sala de controle central da Instalaçã ou onde estiver
instalado o monitor/controlador, desde que o local seja permanentemente assistido.

A atuação simultânea de dois sensores indicando concentração de 8 ppm de gás no ar,


significará gás confirmado a 8ppm e além de alarmar na sala de controle da Instalação,
deverá iniciar ações, tais como:

- Alarmar em toda a Instalação;


- Partir ventilação reserva, (quando for o caso);
- etc.

A atuação simultânea de dois sensores indicando concentração de 20ppm de gás no ar


significará gás confirmado a 20ppm e iniciará as ações de controle apropriadas conforme a
situação, tais como:
- Alarme na sala de controle central e em toda a Instalação;
- Atuação do sistema de parada de emergência de nível 3 (ESD-3);
- etc.”

Os sensores deverão ser do tipo eletro-catalítico e adequados para operar em área


classificada como “ Grupo IIC, T1”.

7.2.3 Seleção dos Sensores

“ Seleção dos Sensores


Os sensores de gás combustível deverão ser do tipo pontual, com deteção por Infra-
vermelho. Nas áreas de conexão de risers poderão ser utilizados sensores de visada, com
deteção por Infra-Vermelho, devendo a configuração ser discutida e aprovada pela
PETROBRAS. A área interna do Turret de FPSOs deverá ser protegida por sensores de gás
pontual.

Os sensores de H2 S e H2 deverão ser do tipo eletro-catalítico.”


Item 5.2.4 [2A]

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Cap. 7 Sistema de Deteção de Gás

“....
Os detetores de gás, devem ser do tipo autonômo com saídas analógicas de 0-20 mA,
onde a faixa 0-4 mA será utilizada para envio de diagnósticos para a ECOS. A lógica
destes detetores deverá ser executada por software, em consonância com a Filosofia de
Segurança, e executada pelo PLC de F&G.

Não é aceitável o uso de redes para interligação de detetores externos de Fogo e Gás.
....” item 2.2.6 [2D].

7.2.4 – Contaminação de Sistemas de Água por Gás

“ Contaminação de Sistemas de Água por Gás


Os vasos de expansão do sistema de refrigeração deverão ser monitorados por sensores de
gás (CH4 ) através de seus respiros, causando alarme na sala de controle, identificando
contaminação no circuito de água.

Da mesma forma deverá ser previsto um sistema de monitoração de gás (CH4 ) causando
alarme na sala de controle, no circuito de reposição de água do sistema de água de
aquecimento.

Deverão ser monitorados os ambientes onde ocorra a estagnação prolongada de água


produzida, com alarme na sala de controle, identificando presença de H2 S.” Item 5.3 [2A]

Nota:
Com relação à proteção de turbocompressores e turbogeradores instalados em
invólucros (“hood”) nas Unidades Marítimas, vide requisitos específicos das Diretrizes
para Projeto do E&P-CORP [2A], transcritos no item 15.6 Turbinas a Gás, Cap. 15
Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas.

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Cap. 7 Sistema de Deteção de Gás

7.3 - Detetor de Gás – Recomendações

Os detetores de gás não são do tipo intrinsecamente seguro, assim, todos os detetores
devem ter Certificados de Conformidade (vide tabela 3.1 no Cap. 3), segundo o grupo de
gás correspondente.

Deve ser observado que, independentemente de seu uso como instrumento de leitura ou
para alarme, os detetores de gás combustível, tanto portáteis quanto do tipo fixos, por não
serem do tipo “intrinsecamente seguro” não devem ser usados em atmosferas explosivas
diferente daquele para o qual foi Certificado; como exemplo, um instrumento
certificado para grupo de gás combustível geral IIA, pode ser perigoso se utilizado com
hidrogênio ou acetileno.

7.3.1 - Sensor do tipo Infra-Vermelho:

Para reposição, substituição de sistemas existentes, é recomendado especificar e instalar


sensores de gás combustível baseados no princípio infra-vermelho (IR), pontual.

Sensores do tipo infra-vermelho, embora mais caros, são mais confiáveis e estáveis e
podem dar uma resposta mais rápida, fator importante para sistemas de deteção de gás
requeridos para iniciar alarmes ou parada de emergência de equipamentos (ESD); em
geral podem medir concentrações elevadas até 100%. Utiliza o princípio da comparação
de absorção de um feixe de raios infra-vermelhos pelo gás sendo amostrado, com um feixe
similar, de um gás padrão de referência.

Sensor do tipo inf ra-vermelho não deve ser utilizado em salas de baterias, que deve
ser conforme abaixo:

Sala de Baterias:

Em salas de baterias, os detetores instalados para ativar o sistema de ventilação/exaustão


devem ser do tipo Catalítico, pois, o detetor baseado no princípio Infra-Vermelho, não é
sensível ao Hidrogênio, gás altamente explosivo, produzido durante a carga das baterias;

Nestas salas os sensores devem ser instalados no teto e/ou na entrada do duto de exaustão
do compartimento, por ser o hidrogênio mais leve que o ar, densidade 0,07 (vide Cap. 14
Compartimento de Baterias).

Limites de Inflamabilidade do Hidrogênio: 4% a 75,6% (100% LIE = 40.000 ppm)

Detetor para sala de baterias deve ser certificado para o grupo IIC, T1, Zona 1 (IEC) ou
Classe I, Divisão 1, Grupo B (NEC).

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Cap. 7 Sistema de Deteção de Gás

7.3.2 Sensor do tipo Catalítico:

Os sensores do tipo Catalítico são muito afetados por fatores externos, requerendo
calibração e troca frequente dos elementos sensores. As calibrações, necessariamente
frequentes, também consomem parte de sua vida útil, que pode se extinguir com apenas 5
a 6 calibrações.

Tal sensor é baseado no princípio de um filamento aquecido que faz parte de um circuito
elétrico balanceado. Uma amostra da atmosfera a ser monitorada é continuamente
colocada sobre o filamento por difusão, devido ao efeito de convecção do calor dos
filamentos. Quando a mistura de gás ou vapor inflamável com o ar, entra em contacto com
o filamento aquecido, ocorre uma combinação do gás combustível com o oxigênio,
modificando a resistência elétrico do filamento, cuja variação proporcional à concentração
de gás combustível presente na atmosfera é medida para indicar a concentração do gás (%).

7.3.2.1 - Indicação Falsa do Sensor tipo Catalítico:

“Uma falsa indicação ocorrerá numa atmosfera já dentro da faixa de inflamabilidade.


Significa que se uma concentração de gás acima do limite inferior de inflamabilidade é
aspirado pelo instrumento, o ponteiro do medidor irá defletir rapidamente até o fundo
de escala (isto é, 100% LEL) e pode então “zerar” a indicação logo em seguida. Caso
ocorra esta rápida deflexão e queda brusca para zero e, em não sendo percebido,
poderá causar a falsa impressão de que não há gás presente no ambiente. Isto
porque, a contínua aspiração de tal mistura rica em gás, causa a “queima” do filamento
do sensor, possivelmente em um tempo tão curto quanto 10 a 20 segundos.”, conforme
IP CODE Part 15 [13].

• o sensor de gás combustível catalítico não é capaz de detectar gás em atmosfera


inerte, devido a ausência de oxigênio necessária para ocorrer a reação no filamento.

• Em atmosfera deficiente de oxigênio (< 18%), haverá falsa indicação (risco


portanto, dentro de voids, cofferdams fechados sem ventilação, onde a corrosão
interna pode ter consumido parte do oxigênio ao longo do tempo e também dentro
de vasos e tanques).

• Também, não haverá indicação na presença de névoas combustíveis, sprays,


borrifos de lubrificantes, etc.

• Atmosferas com água/vapor, pode apresentar problemas similares e leituras


imprecisas com a possibilidade de condensação dentro do instrumento.

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Cap. 7 Sistema de Deteção de Gás

• “Envenenamento” - “Em áreas onde ocorrem soldas, pulverizações, pintura,


lavagem , presença de solventes, agentes de combate a incêndio e exaustões de
máquinas, levam estatisticamente a falha deste tipo de sensor.” [24] . Vide análise
comparativa dos tipos de sensores no mesmo trabalho dessa referência.

• Tais ambientes prejudicam e provocam erros de leitura nos sensores, devido ao


depósito de agentes não totalmente queimados, ficando resíduos no filamento, com
o conseqüente erro na leitura ou mesmo a não deteção de gás presente.

• Os detetores de gás são calibrados com um tipo determinado de gás ou mistura de


gases (cilindro padrão) e pode não ter resposta acurada para outros gases.

• O mesmo detetor catalítico para gás combustível (metano, propano, etc.) é


normalmente utilizado em ambientes com hidrogênio; embora seja possível sua
calibração, com cilindros contaminados com gás padrão, metano ou propano,
utilizando-se curvas de compensação e fatores de conversão; os fabricantes não
asseguram precisão nessa calibração e podem ocorrer grandes erros de leitura, da
ordem de (-50%) a (+100%), portanto:

• A calibração de detetores instalados em salas de baterias deve ser feita com kit de
teste padrão de Hidrogênio (não recomendado usar outro gás para calibração com
fator de conversão);

• A curva de compensação de sensores deve ser específica ao modelo referido, não


devendo ser adaptado para sensor de outro fabricante.

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Cap. 8 Trabalhos em Áreas Classificadas

Capítulo 8
Trabalhos em Áreas Classificadas

Neste capítulo são indicadas as precauções a serem tomadas para a execução de


trabalhos com eletricidade e trabalhos a quente. Um resumo das precauções e
impedimentos quanto ao uso de equipamentos ou ferramentas portáteis que se
constituem em fontes de ignição.

8.1- Definições

Trabalho a Frio – “trabalho que não envolve o uso ou produção de chamas, calor ou
centelhas” [17E]

Trabalho a Quente – “trabalho que envolve o uso ou produção de chamas, calor ou


centelhas” [17E]

“Trabalho a quente é qualquer trabalho envolvendo soldagens ou fogo e outros trabalhos


incluindo certas furações e operações de esmerilhamento, trabalhos elétricos e o uso de
equipamentos elétricos não intrinsecamente seguros, que podem produzir centelhamento”
[10]

Como exemplos de trabalho a quente citam-se aqueles realizados com solda a arco
elétrico, ferro de solda, maçarico, pré-aquecimento, corte a fogo e qualquer outro trabalho
envolvendo ferramentas portáteis que liberem fagulha ou centelhas, como agulheiro,
lixadeira, furadeira, esmeril, etc.

Permissão para Trabalho deverá ser emitida para todo e qualquer trabalho de
“manutenção, montagem, desmontagem, construção, inspeção ou reparo de equipamentos
ou sistemas a serem realizados no âmbito da Companhia e seus empreendimentos que
envolvam riscos de acidentes com lesão pessoal, danos à saúde, danos materiais, agressão
ao meio ambiente ou descontinuidade operacional” [17E]. Vide também o Padrão
SINPEP E&P- PE-27-01507 - MS – PT, da UN-BC.

8.2- Trabalhos a Quente em Áreas Classificadas

Deve ser levado em conta a possibilidade da presença de vapores de hidrocarbonetos no


ambiente/local e a existência de fontes potenciais de ignição para o trabalho a quente.

Os trabalhos a quente não podem ser realizados em áreas classificadas.

Devem ser consideradas alternativas, tais como, trabalhos a frio ou remoção da peça a ser
trabalhada para outro espaço seguro da unidade.

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Cap. 8 Trabalhos em Áreas Classificadas

NOTA:

Excepcionalmente, quando não existirem outros meios viáveis de


execução dos trabalhos a frio, ou inevitável o seu adiamento até uma
oportunidade com condição de operação segura, o trabalho a quente pode
ser executado, previamente autorizado pelo gerente/coordenador da
unidade, desde que a área tenha sido, antes, tornada segura e certificada
como livre de gás, com explosímetro, por Técnico de Segurança
autorizado. Devem ser tomadas precauções adicionais, tais como,
controle/retenção de fagulhas com lonas e neblina d´água, manter a área
de trabalho com ventilação adequada, e tomar leituras em intervalos
regulares, para monitorar as condições do ambiente, se livre de gás.

Anteparas de Tanques de Combustível / Lubrificantes, Praça de Máquinas:


Nenhum trabalho a quente deve ser executado diretamente em anteparas, tetos de tanques
ou tubulação de combustível, de óleo diesel, de óleo lubrificante ou dentro de um raio de
1m dessas anteparas/pisos/tetos. Da mesma forma, num raio de 4,5 m de qualquer
sondagem, suspiro desses tanques. Trabalhos a quente, em praça de máquinas de
motores diesel, sala de compressores, etc., onde normalmente se acumulam resíduos
oleosos no piso e drenos só podem ser realizados com limpeza para remoção de todos
esses resíduos.

8.3 - Manutenção em vasos

Um vaso aberto para manutenção, mesmo após drenado e purgado, não pode ser
considerado como uma área segura (não-classificada). Para que seja atendida tal condição,
é necessário que todos os resíduos, líquidos ou sólidos sejam removidos, inclusive as
incrustações nas paredes e desgaseificado ou inertizado.

Como normalmente faz-se necessária uma iluminação artificial para a conclusão deste
procedimento de limpeza, a área permanece classificada até a total limpeza/
desgaseificação do equipamento.

Vide procedimento SINPEP E&P PE-27-01510 - MS - TANQUES – LIMPEZA, da UN-


BC.

8.4 - Trabalhos com Eletricidade

Nenhum equipamento elétrico ou caixa à prova de explosão ou de segurança


aumentada poderá ser aberto, sem que tenha sido previamente desenergizado,
desligando a chave/disjuntor e retirando os fusíveis no quadro de alimentação
remoto, com a afixação da etiqueta de segurança para não ser religado.

A tensão do circuito não poderá ser religada até que o trabalho tenha sido completado e as
medidas de segurança tenham sido restabelecidas inteiramente. Tais trabalhos, incluindo
trocas de lâmpadas, somente poderão ser executados por eletricista autorizado.

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Cap. 8 Trabalhos em Áreas Classificadas

É também admissível restaurar a alimentação para o equipamento, para fins de testes


durante um período de reparo ou de alterações, sob as mesmas condições de segurança.

Para execução de reparos ou ajustes, em havendo risco de formação de atmosfera


explosiva, é recomendável remover o equipamento para bancada, em local seguro.

Em geral, somente os equipamentos elétricos do tipo “Intrinsecamente Seguro”


adequadamente instalado, poderão ser reparados, ou abertos para calibração/ajuste, com a
Unidade em operação normal. O equipamento ou circuito do tipo intrinsecamente seguro é
identificado pela marca Ex- ia ou Ex-ib.

8.5 - Equipamentos Portáteis

Luminárias portáteis:

“Alguns fabricantes de luminárias portáteis “à prova de explosão” geralmente adicionam


um punho metálico revestido de borracha nas luminárias de linha destinadas à instalação
fixa, e a batizam de “luminária portátil”. Logo, a portabilidade fica comprometida devido
à não consideração do peso da mesma quanto à manejabilidade em campo.
Nota: Existem outros requisitos para que estes simples equipamentos possam ser
utilizados nas áreas classificadas e que não estejam sendo atendidos pelos próprios
fabricantes? A resposta lamentavelmente é sim...

Os erros mais comuns dos usuários são a utilização do cabo como elemento de
sustentação e maus tratos, notadamente pelas quedas e impactos. As principais
deficiências devidas aos fabricantes são: a não utilização de vidro com as características
físico-químicas exigidas e selagem inadequada entre câmaras.
...
É notório que apenas uma parcela dos equipamentos produzidos no país possui o
Certificado de Conformidade. Apesar de obrigatoriedade da apresentação do mesmo para
se comercializar o equipamento elétrico e eletrônico destinado ao uso em atmosferas
explosivas, eles continuam sendo vendidos graças à desinformação dos usuários e
sistemática displicência dos fabricantes desinteressados em qualidade e segurança do
usuário.” [25]
Vide histórico de acidentes no mesmo artigo “Áreas Classificadas e Instalações Elétricas
Provisórias o Dia-a-Dia das Obras” [25].

Luminária que não possua plaqueta de marcação “Ex” do fabricante,


com número do Certificado de Conformidade rastreável, jamais deve
ser utilizada em atmosfera explosiva, mesmo que tenha toda a
aparência de ser do tipo à prova de explosão (*).

A Luminária, de tipo aprovado e certificado, deve conter lâmpada de


tipo e potência máxima indicada na plaqueta (temperatura máxima de
superfície está condicionada à potência da lâmpada para a qual a
luminária foi certificada).

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Cap. 8 Trabalhos em Áreas Classificadas

(*) Nota: Um dos requisitos para a Certificação de equipamento elétrico portátil é o ensaio de
queda livre, além do ensaio de impacto de corpo caindo sobre o equipamento, para verificação da
resistência mecânica dos equipamentos previsto na IEC 60079-0 e NBR 9518 [16], conforme
reprodução parcial, abaixo:

“9.4.3.2 Ensaio de Queda

Os equipamentos elétricos portáteis, pronto para uso, devem cair quatro vezes de uma
altura de 1 m em uma superfície horizontal de concreto. A posição de queda da amostra
deve ser selecionada pelo laboratório credenciado ....

9.4.3.3 - Critérios de Aceitação

Os ensaios de impacto e queda não devem produzir danos que invalidem o tipo de
proteção do equipamento elétrico. Danos superficiais, marcas na pintura, quebra de aletas
de resfriamento ou outras partes similares do equipamento elétrico e pequenas mossas
devem ser ignorados. A cobertura de proteção dos ventiladores externos e as telas podem
sofrer deformação, porém os deslocamentos ou deformações não devem causar atrito com
as partes móveis.”

O uso de luminária tipo portátil com rabicho deve ser evitado, especialmente, para entrada
em compartimentos com grande possibilidade de atmosfera explosiva, pois, mesmo que
Certificado, além do risco da luminária não estar em perfeito estado de conservação e
integridade “Ex”, introduz-se mais um risco adicional representado pelo próprio cabo
elétrico móvel sendo arrastado/pisoteado (avaria, curto-circuito, etc.).

Luminária de corpo metálico deverá ter sua carcaça e grade de proteção aterradas, através
do terceiro condutor interno do cabo de ligação, que deverá estar firmemente conectado
ao terceiro pino de aterramento do plugue. Qualquer falha de isolamento interno para a
base/grade metálica deve ser drenada para o cabo terra, caso contrário, poderá haver
centelhamento ao encostar a grade “energizada” em partes metálicas/pisos.

O cabo de ligação deverá ser do tipo armado, com três condutores, enchimento e capa
externa de proteção, construção robusta, devendo estar em perfeito estado de conservação.

O cabo não deve conter emendas, nem falhas de isolamento, nem avarias na capa de
proteção externa; o cabo deve ser lançado em local sem risco de avaria/esmagamento,
para não provocar curto-circuito/centelhas.

A entrada do cabo na luminária deve ser feita com prensa-cabo do tipo adequado (à prova
de explosão ou equivalente) com firme prensagem e vedação.

O conjunto plugue-tomada deverá ser provido do terceiro pino, para aterramento da grade
metálica; deve estar montado fora de Área Classificada, sempre que possível para afastar
centelhas; caso contrário, tal conjunto deverá ser do tipo aprovado, certificado “Ex”.
Caso se utilize conjunto “Ex”, deve ser dado preferência a conjuntos com proteções
adicionais como p.ex.: inserção do plugue só é permitido com chave desligada, a chave só
liga se o plugue estiver encaixado. O conjunto, mesmo que estanque a água, deve ser
montado em caixa ou local abrigado, etc. (Vide Apêndice A, fig. A-4)

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2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção 109
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Cap. 8 Trabalhos em Áreas Classificadas

Lanternas de mão:

A respeito da utilização de lanternas portáteis de até 3 pilhas de 1,5 Volt, o Manual de


Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e de Petróleo [1], esclarece o
seguinte:

“Em julho de 1983 o API – AMERICAN PETROLEUM INSTITUTE, através de sua publicação nº
2212, admitiu, após pesquisas e ensaios em diversos laboratórios, que a utilização de
lanternas comuns, com até (3) três pilhas em série (pilhas de zinco-carbono), não se
constituía num risco para aplicação em atmosferas explosivas de Grupo IIA do IEC
(Grupo D do NEC) e portanto, era desnecessária a aplicação de lanternas do tipo à prova
de explosão, certificadas.”

“Observação:
Essa conclusão do API trouxe uma certa dúvida relacionada com o seguinte fato: os
ensaios conduzidos pelos diversos laboratórios, conforme acima mencionado, foram feitos
com lanternas de fabricação americana. Será que as lanternas brasileiras teriam o mesmo
comportamento quando submetidas aos mesmos ensaios que foram feitos nos E.U.A.?
Imaginamos que a utilização de lanternas de fabricação doméstica estariam sob suspeita
até que fossem feitos aqui no Brasil, ensaios similares aqueles que fundamentaram os
resultados obtidos pelo API.”

NOTA: Já existem à venda no Brasil lanternas do tipo segurança aumentada, certificadas


segundo INMETRO, adequadas para utilização em Zona 1.

Ferramentas Portáteis ou Equipamentos Transportáveis (Elétricas ou


Pneumáticas):

Ferramentas elétricas portáteis que produzam fagulhas tais como esmeril, lixadeira,
furadeira, não devem* ser utilizadas em Áreas Classificadas.

Ferramentas pneumáticas portáteis que possam produzir fagulhas ou altas temperaturas


(>200 o C) durante sua operação tais como lixadeira, furadeira, rosqueadeira, corte,
agulheiro, etc., não devem* ser utilizados em Áreas Classificadas.

Ferro de solda, Secador:


Ferro de solda e secadores do tipo secador de cabelos ou de algum outro tipo para secagem
de componentes tais como luva termoplástica e outros com alta temperatura, não devem*
ser utilizados.

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Cap. 8 Trabalhos em Áreas Classificadas

Megôhmetro (megger), teste de alto potencial (Hi-pot):

Megôhmetro (megger), teste de alto potencial (Hi-pot) e outros instrumentos de alta tensão,
não devem* ser utilizados. Atenção especial deve ser dada quando de medição de
circuitos ou condutores a partir de painéis instalados em Áreas não-classificadas, que
poderão ter a outra extremidade do cabo terminando em Áreas Classificadas, podendo
inadvertidamente provocar centelhas ou descargas nestes locais.

Flash e Câmeras Fotográficas com flash:

Estes equipamentos não devem* ser utilizados em Áreas Classificadas.

Além do centelhamento na descarga para disparo do flash existe a possibilidade do próprio


clarão do flash sensibilizar os detetores de incêndio que monitoram áreas da planta,
provocando parada de emergência (ESD). Quando necessário, em locais monitorados por
detetores UV, os mesmos devem ter by-pass de sua função, antes de tirar fotos com flash.

Lava-jatos :

Estes equipamentos deverão permanecer afastados de Áreas Classificadas, devido ao motor


elétrico comum, tanque pressurizado e, principalmente, à caldeira de aquecimento com
chama aberta. Não devem* ser utilizados em Área Classificada. Recomendável
instalar tubulação rígida com engate rápido para mangueira, com máquina instalada
remotamente em local seguro.

Máquinas de solda:

As tomadas de solda não poderão ser instaladas em Áreas Classificadas. Precaução


especial deve ser tomada quando do uso de equipamentos com arco elétrico, assegurando
que a conexão do aterramento esteja bem próximo do local de trabalho (ponto de solda),
com o cabo terra de retorno conectado diretamente na peça a ser soldada e no ponto de
retorno de solda, de modo a evitar qualquer circulação de corrente de retorno pelo casco ou
qualquer outro caminho como por exemplo, tubulação, etc.

* Vide NOTA do item 8.2

Vide figura 4.11 Aterramento de Máquina de Solda no Capítulo 4.

Diversos:
“Os aparelhos de pequeno porte de uso pessoal e que funcionam a pilhas, tais como
relógios, aparelhos contra surdez e marca-passos, não constituem font es de ignição
significativas.” Segundo ISGOTT [10].

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Cap. 9 Equipamentos de Comunicação Interna e Externa em Áreas Classificadas

Capítulo 9
Equipamentos de Comunicação Interna e Externa em
Áreas Classificadas

Neste capítulo são indicadas as restrições e limitações para o uso de equipamentos de


comunicação interna e externa. São apresentadas as precauções para operações de
FPSO e FSO.

9.1 - Equipamentos Fixos

Todos os equipamentos de comunicações fixos, telefones, alto- falantes, estação de


intercom, em áreas classificadas, deverão ser do tipo aprovado para atmosferas explosivas.

Os equipamentos de comunicação interna como Intercom permanecem ligados,


alimentados por baterias próprias, mesmo após uma parada de emergência.

“Com o objetivo de minimizar a probabilidade de ignição de hidrocarbonetos que possam


ser liberados para a atmosfera, provenientes de equipamentos, tubulações etc, a seguinte
ação deverá ser considerada:
Todos os equipamentos elétricos que necessitem operar durante uma parada de
emergência de nível 3 (ESD-3) e que estejam localizados em área aberta deverão ser
adequados, no mínimo, para operar em áreas classificadas como “Grupo IIA, Zona 2,
T3”, mesmo se localizados em áreas não-classificadas, a menos que possam ser
automaticamente desenergizados, quando da presença de gás na área do equipamento.
Para iluminação de emergência, deverão ser utilizados equipamentos do tipo segurança
aumentada. ....” [2 A], Item 4.8

Desta forma, as estações e alto-falantes do Sistema Intercom e ramal telefônico, lâmpadas


sinalizadoras, cornetas ou campainhas de alarme geral etc., consideradas essenciais para
coordenar ações durante situações de emergência, instalados fora dos compartimentos de
máquinas e das acomodações devem ser do tipo “Ex”.

Nota: Na ocorrência de um ESD-3 Total o gerador de emergência permanece funcionando

9.2 - Antena transmissora, antena receptora com booster/acoplador


VHF, UHF, SSB, HF (GMDSS)

Não poderá ser instalado em área classificada, devido ao alto potencial existente na
mesma e possibilidade de descarga ignitiva, durante transmissão.

Mesmo uma antena que esteja com seu transmissor desligado, também pode apresentar
alto potencial, induzido de antena transmissora vizinha.

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Cap. 9 Equipamentos de Comunicação Interna e Externa em Áreas Classificadas

Além disto, em geral tais antenas são equipadas com amplificador “booster”, sintonizador
ou acoplador do tipo comum, normalmente montados junto às antenas.

Nota:
GMDSS – Global Maritime Distress and Safety System é um sistema de chamada em situações de perigo, baseado em
tecnologia digital, desenvolvido pelo IMO em atendimento à emenda SOLAS de 1988

9.2.1 - Operações de FPSO, FSO

9.2.1.1 – Aterramento da Antena do Transmissor Principal MF/HF

As antenas do transmissor principal da Estação de Navio ( MF/HF, SSB, ou MF/HF de


GMDSS) de petroleiros, devem ser aterradas, através de chaves dedicadas instaladas na
estação, durante qualquer operação de carga/descarga, à semelhança de navio petroleiro
quando atracado em terminais (vide check- list “Orientações para o Preenchimento da
Lista de Verificação de Segurança de Navio/Terminal”), Apêndice A do ISGOTT [10].

“Durante as transmissões por rádio em médias e altas freqüências (300 khz – 30 Mhz), é
irradiada uma quantidade significativa de energia capaz de induzir em “receptores” não
aterrados (paus de carga, estais de mastros, massame, etc.) situados num raio de 500
metros da antena transmissora, um potencial elétrico suficiente para gerar uma descarga
ignitiva. As transmissões podem, também, formar arco sobre a superfície dos isoladores
de antenas que estiverem recobertos de uma camada de sal, sujeira ou água. É
recomendado, por conseguinte que:

• Todos os estais, paus de carga e seus pertences sejam aterrados. As roldanas,


articulações e mancais das lanças devem ser tratados com graxa à base de grafite
para assegurar a continuidade elétrica.
• Não devem ser permitidas transmissões em períodos em que haja probabilidade de
existir um gás inflamável na região onde ficam situadas as antenas transmissoras.”
ISGOTT [10]

A potência irradiada nas antenas de tais transmissores é capaz de acender lâmpadas


fluorescentes próximas – A publicação Ship to Ship Transfer Guide [20] reforça que:

“O uso de Estação Rádio de Navio durante transferência de carga pode ser perigosa.
Transmissão de rádio não deve ser permitido durante períodos onde houver possibilidade
de presença de gás na região das antenas, mastro ou outros acessórios similares.

As antenas de rádio transmissão principais deverão ser aterrados em ambos os navios e


nenhum navio deve utilizar enquanto próximos. Equipamentos de comunicação por
satélite podem ser usados, entretanto, os riscos descritos abaixo devem ser levados em
conta:

Equipamentos de comunicação por satélite operam normalmente na frequência de 1.6


GHz e a potência gerada é considerada por apresentar baixo risco de ignição. Entretanto,
este equipamento não deve ser usado quando houver a presença de gás inflamável nas
vizinhanças das antenas.

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Cap. 9 Equipamentos de Comunicação Interna e Externa em Áreas Classificadas

As comunicações por VHF e UHF são de baixa energia e portanto, não produzem o
mesmo risco potencial, conforme apresentado pela antena transmissora principal de uma
estação de Navio. Assim, estes meios de comunicação podem ser usados, mesmo quando
navios estão atracados lado a lado”

9.2.1.2 - Desligamento do Radar de Alta Energia

“O uso de radar envolve a operação de equipamentos elétricos que não são do tipo
intrinsecamente seguro. Dependendo do porte relativo dos dois navios, durante as
operações de transferência de carga, o feixe do radar de um navio pode fazer a varredura
de convés de outro navio e se próximo o suficiente, pode criar densidade de energia
potencialmente perigosa, na presença de gás inflamável .

Banda X - Radiação proveniente de radar operando em frequências acima de 9000 MHz


(3cm) pode ser considerada segura numa distância acima de 10 metros. A potência
irradiada não deve apresentar nenhum risco de ignição, desde que a antena esteja
posicionada acima da subestrutura. Radar operando na banda de 3 cm, normalmente é
seguro, mas deve ser evitado seu uso.

Banda S - Em frequências mais baixas, como em radar de 10 cm, a possibilidade de arcos


induzidos em partes estruturais de navios está presente num raio de até 50 metros. Como
consequência, radar de 10 cm não deve ser usado quando houver a possibilidade de uma
antena (scanner) apontar diretamente para ou próximo ao convés de carga de um outro
navio.” [20]

9.3 – Radar

Antena de radar não pode ser instalada em área classificada, por utilizar equipamentos do
tipo comum (motor de giro, etc.)

Antenas de radar de banda S, 10 cm devem ser desligadas, num raio de 50 metros, devido
à alta energia induzida (vide item 9.2.1), válido inclusive para barcos de apoio ao lado de
unidades FPSO, em transferência de carga.

9.4 - Rádio Transceptor UHF, VHF ou Rádio Portátil

Deverá ser do tipo Certificado como intrinsecamente seguro.

9.5 - Antena de Comunicações por Satélite

Não podem ser instalados em áreas classificadas, por terem equipamentos/boosters do tipo
comum (vide item 9.2.1).

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Cap. 9 Equipamentos de Comunicação Interna e Externa em Áreas Classificadas

9.6 – Circuito Fechado de Televisão

As câmeras e equipamentos associdados, controle de giro/zoom, devem ser do tipo


aprovado para atmosferas explosivas.

Monitores de vídeo, devem ser enclausurados em gabinetes pressurizados com purga;

Vide capítulo 6 – Pressurização de Equipamentos em Áreas Classificadas.

9.7 - Telefone Celular

Sobre a utilização de telefone celular em Áreas Classificadas o Manual de Instalações


Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e de Petróleo [1] esclarece o seguinte:

“...Experiências já feitas demonstram que durante a operação desse tipo de telefone, há


um fluxo de energia que é suficiente para causar a inflamação de uma atmosfera
potencialmente explosiva. Desse modo, em diversas empresas que processam, manuseiam
e/ou armazenam produtos inflamáveis existe proibição de sua prática.”

Também, o DIP SUSEMA-7008/95, de 24/02/95 determina que os telefones celulares para uso
em áreas classificadas no âmbito da Companhia devem ter Certificado de Conformidade e
possuir um tipo de proteção adequado à aplicação em atmosferas potencialmente, como
por exemplo, ser do tipo segurança intrínseca.

Alem disto, existe o risco de centelhamento durante uma troca de bateria ou curto-circuito
no fundo da mesma em eventual contacto com objetos metálicos como moedas ou
chaveiro, no bolso do portador.

Portanto, telefone celular do tipo comum não poderá ser utilizado em Áreas Classificadas.

9.8 - EPIRB e Rádio VHF Flutuante


Usualmente, tais equipamentos de emergência, não são do tipo intrinsecamente seguro.

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Cap. 10 Obras de Modificação ou Ampliação

Capítulo 10
Obras de Modificação ou Ampliação

Neste capítulo são apresentadas recomendações para consultar e submeter planos à


Classificadora, previamente à realização de obras que possam afetar as áreas
classificadas de unidades móveis.

10.1 – Modificações que Afetam a Segurança da Embarcação

Consultar a Sociedade Classificadora, certificadora da Embarcação, previamente à


realização de qualquer obra que possa afetar a segurança da embarcação e suas áreas
classificadas, aumentando suas fronteiras ou criando nova comunicação entre
compartimentos estanques, ou instalação de novas fontes de risco, como exemplo,
podemos citar:

§ Modificação ou ampliação de convés ou antepara;

§ Remanejamento de equipamentos;

§ Acréscimo de equipamentos de ventilação / exaustão; ou extensão de dutos

§ Inversão da função de ventilador para exaustor ou vice- versa

§ Criação de novas aberturas de passagem, portas ou janelas

§ Fechamento / remanejamento das aberturas existentes em convés, anteparas e dutos de


ventilação / exaustão, suspiros de tanques e escotilhas.

§ Instalação de equipamentos de processo, vasos ou acessórios como válvulas, que


representem fonte de risco, gerando novas Áreas Classificadas.

Tais modificações ou ampliações quando não projetadas/executadas, sem uma análise


criteriosa das implicações no plano de classificação de áreas, podem comprometer as
instalações originais, previamente existentes nesses locais, que podem ter ficado
envolvidas nestas áreas classificadas estendidas, como por exemplo, podemos citar:

- equipamentos do tipo comum pré-existentes nestas Áreas;


- suspiros (vents) de tanques ou escotilhas de acesso ou de carga;
- aspiração de ventiladores;

v Vide também recomendações no item 1.3 – Unidades Flutuantes, no Cap. 1 – Regras e


Regulamentos Aplicáveis.

v Vide também procedimento PP-37-0003 – Certificação de Projetos, Materiais e Instalações em


Unidades Flutuantes de Produção [18A].

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Cap. 10 Obras de Modificação ou Ampliação

10.2 Instalação adicional de Skid de Equipamento em Unidade Pacote:


Vide prescrições das Diretrizes do E&P-CORP, conforme abaixo:

“3.3.1 Certificação da Sociedade Classificadora

Caso a planta venha a ser certificada, na documentação de compra deve constar que o fabricante
da unidade pacote deve obter junto à sociedade classificadora, a certificação dos equipamentos da
unidade, que só deve ser recebida pela Petrobras mediante apresentação do certificado.

Para equipamentos da embarcação, quando sujeitos à certificação de acordo com as regras da


Sociedade Classificadora, deve ser fornecido o certificado de aprovação (type approved)
correspondente:

Para Unidades Pacote completas como, por exemplo, skids de geração, além da certificação (type
approved) dos motores acionadores e geradores, deve constar na documentação de compra que o
fornecedor deve obter aprovação e fornecer o Certificado da Unidade completa, incluindo seu
hood, montagem, periféricos e instalação interna e proteções.

- Deve ser fornecida documentação aprovada prevendo as interfaces com os sistemas de


segurança da embarcação, alívio e despressurização, etc.

- Deve ser considerada a classificação de áreas no local da instalação existente, ao redor do hood,
e também a classificação de áreas no interior do hood.

- Os equipamentos elétricos e eletrônicos e sua instalação em área classificada devem atender as


prescrições das normas IEC 60079 E 61892-7, quanto aos equipamentos, instalações e acessórios
de instalação e as regras da Sociedade Classificadora.”

- Para unidades flutuantes, os equipamentos agregados a unidades pacote importadas, devem ser
certificados por Laboratório reconhecido internacionalmente. Em qualquer hipótese, devem ser
fornecidos os correspondentes Certificados de Conformidade, de proteção “Ex”, a ser submetido à
Sociedade Classificadora e atendendo à Portaria INMETRO 176/2000. [2E.]

Quando se tratar de obras de modificação de vulto, recomenda-se que seja elaborada e


fornecida a Lista de Equipamentos elétricos e eletrônicos em áreas classificadas, para
posterior rastreamento, conforme abaixo:

“4. Documentação do Projeto de Detalhamento


4.5 Elétrica
Lista de equipamentos elétricos e eletrônicos em áreas classificadas, incluindo tabela com nome,
tag, função, sistema, fabricante, tipo, tensão, potência nominal, grau de proteção, tipo de proteção
Ex, grupo de gases, classe de temperatura, número do Certificado de Conformidade, Entidade
certificadora (OCC), parâmetros (máximos/de projeto/real) de circuito intrinsecamente seguro (V, I,
P, C, L, R), relação Ip/In, tempo tE para proteção de motores de segurança aumentada, incluindo os
acessórios de instalação certificados, conforme Anexo E-03 (*);

- Databook com Certificados de conformidade de proteção Ex dos equipamentos elétricos e


acessórios de instalação para atmosferas explosivas”. [2F]

(*) Nota: O Anexo E-03 daquela Diretriz está reproduzido no Cap. 19 .

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Cap. 10 Obras de Modificação ou Ampliação

10.3 Instalação de Equipamento Adicional ou Substituição

Qualquer equipamento elétrico novo, adicional ou instalado em substituição/reposição


de anterior/original, em Áreas Classificadas, deverá ter um Certificado conclusivo, de
tipo aprovado para uso em atmosferas explosivas.

Uma cópia deste Certificado deverá ficar arquivada a bordo, à disposição do Vistoriador
da Classificadora, quando requisitado.

10.4 Classificação de Áreas durante Execução de Obras ou Manutenção

RISCOS DURANTE A EXECUÇÃO DE OBRAS OU MANUTENÇÃO À BORDO

Analisar o impacto de obras que possa comprometer os critérios de


segurança considerados na Classificação de Áreas, principalmente quando
de obras de modificação, ampliação ou atividades de manutenção,
executadas com a unidade em operação.

Um criterioso planejamento da obra, subsidiado também por análise de riscos, deve ser
elaborado, previamente ao início das obras, prevendo os procedimentos de emergência,
frente à algumas contingências de operação (vazamento de gás, parada de emergência -
ESD, etc.).

Além dos riscos inerentes (trabalhos a quente, etc.) deve ser analisado se a fase de obra
pode comprometer a classificação de áreas e indicados os procedimentos necessários para
bloquear toda a ventilação/exaustão, fechar todas as portas, passagens e escotilhas, etc.,
frente a essas contingências;

Devem ser analisados os aspectos e impactos, evitando os riscos ou minimizado o tempo


de exposição aos riscos gerados por instalações ou condições temporárias/provisórias
durante a obra ou mesmo em atividades de manutenção de grande porte/impacto; as
situações de risco como exemplificadas abaixo, devem ser evitadas e caso necessário,
devem ser criteriosamente consideradas nesse planejamento:

- contaminação cruzada de áreas não classificadas, devido à aberturas temporárias em


anteparas que separam estes ambientes de áreas classificadas (furos para passagem de
tubos, lançamento de novos cabos elétricos, passagem/montagem de equipamentos,
etc.) - tais aberturas devem ser imediatamente fechadas e as penetrações de tubos e
cabos seladas; não devem ficar abertos, aguardando a conclusão final da obra;

- inversão temporária de função de ventilador/exaustor para extração de fumaça de


trabalhos a quente, vapores de pintura, etc. – verificar se não compromete a
pressurização positiva requerida para ambientes adjacentes, e pressurização negativa para
áreas classificadas;.

- abertura de portas e escotilhas estanques a gás/fogo/inundação, para passagem de


cabos elétricos provisórios para ferramentas portáteis, mangueiras de ar-comprimido,

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Cap. 10 Obras de Modificação ou Ampliação

mangueiras de oxigênio e acetileno, mangotes para ventilação/exaustão provisória


em ambientes fechados, cabos de solda, etc. – as portas e passagens estanques devem
ser mantidas fechadas para não comprometer a pressurização positiva/negativa nem a
estanqueidade.

- painéis comuns de tomadas provisórias para ferramentas portáteis, luminárias


portáteis, etc. - estes painéis, mesmo que do tipo “à prova de explosão” ou proteção
equivalente, devem ser desconectados em condição de emergência (ESD); painéis
provisórios devem ficar fora de qualquer área classificada e, em nenhuma hipótese
podem ser ligados a painéis derivados de barramentos de emergência;

- containers de obra (escritório, oficinas, almoxarifados) – devem ser instalados fora


de áreas de risco e alimentados por painéis que devem ser desconetados
em condição de emergência (ESD);

- máquinas de solda temporárias, estufas de eletrodo e outras máquinas provisórias -


não podem ser instaladas em áreas classificadas e devem ser desconectados em ESD;
máquinas de solda devem ter aterramento de retorno e carcaça adquados; em
unidades tipo FPSO/FSO, não pode haver retorno da corrente de solda pelo casco da
embarcação, vide ítem 4.1.5, cap. 4.

- cabos de solda, cabos elétricos lançados diretamente no piso ou convés; os cabos


com isolamento danificado provocam curto-circuito em poças de água durante as
chuvas – devem ser lançados sobre bandejas de cabos elétricos, ou amarrados em
suportes, nunca sobre pipeway ou tubulação contendo hidrocarbonetos.

- Raqueteamento ou by-pass de redes;

- By-pass de proteções - Interferência nos sistemas de segurança da unidade com


inibição de proteções e monitoração, enquanto durar execução de serviços de solda,
fumaça, etc. (sensores de fogo, fumaça, etc.);

- By-pass de detetores de gás, enquanto durar trabalhos de pintura ou trabalhos de


manutenção com liberação de hidrocarbonetos;

- Trabalhos de limpeza/pintura;

NOTAS:
1) Consultar, também, o capítulo (11) – Erros mais comuns, encontrados nas instalações elétricas das
Áreas Classificadas das Plataformas.
2) Consultar também o capítulo 13 – Inspeção e Manutenção de Equipamentos e Instalações em Áreas
Classificadas
3) Consultar também o Capítulo 8 – Trabalhos em Áreas Classificadas
4) Consultar também o Capítulo 12 – Containers e Equipamentos de Terceiros Embarcados
Temporariamente
5) Consultar também o Capítulo 16 – Anteparas Divisórias em Áreas Classificadas
6) Consultar também o Cap. 5 – Classificação de Áreas em Ambientes Confinados
7) Consultar Também o Cap. 17 – item 17.8 Trabalhos de Pintura
8) Consultar também o Cap. 19 – item 19.3 Manual de Operação da Unidade.

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Cap. 11 Erros mais Comuns em Equipamentos e Instalações “Ex”

Capítulo 11
Erros mais Comuns em Equipamentos e Instalações “Ex”

Neste capítulo são apresentados os erros mais comuns encontrados em equipamentos


e nas instalações para atmosferas explosivas, com o objetivo de subsidiar roteiro de
inspeção.

Além dos componentes avariados, como:

- globos de vidro de luminárias quebrados por manuseio de andaimes,


- rachaduras ou fendas em partes metálicas,
- visor de lâmpadas piloto/instrume ntos rachados, etc.,

São listados a seguir os erros mais comuns encontrados nas instalações em áreas
classificadas:

NOTA:

Precauções especiais devem ser tomadas quando da execução de serviços


temporários ou manutenção, com a unidade em operação, quando são
utilizadas luminárias portáteis e painéis de ligação provisórias; Estes
devem ter proteção “Ex” se usadas em área classificada.

11.1 – Erros mais Comuns em Equipamentos e Cabos


a) “Falta de parafuso ou parafusos frouxos em tampas de invólucros à prova de
explosão (vide item A.2.2, Apêndice A);

b) Dimensões dos interstícios acima do máximo permitido em invólucros à prova de


explosão (do tipo flangeado); superfície retificada do flange amassada, borracha de
silicone no interstício(vide item A.2.2, Apêndice A);. Corrosão acentuada nas juntas
flangeadas;

c) Conexões de aterramento frouxas ou inexistentes(vide Cap. 4);

d) Unidade seladora faltando massa seladora (vide item 3.5.1, Cap. 3);

e) Falta de unidades seladoras ou aplicadas de forma irregular (vide item 3.5.1, Cap. 3);

f) Equipamento à prova de explosão para Grupo IIA (metano) aplicado em área de


Grupo IIC (sala de baterias) (vide item 3.1, Cap. 3);

g) Uso de prensa-cabo do tipo à prova de tempo (não do tipo “Ex”) (vide item 3.5.1,
Cap. 3);

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Cap. 11 Erros mais Comuns em Equipamentos e Instalações “Ex”

h) Uso de prensa-cabo de bitola inadequada ( cabo folgado permitindo passagem de ar);

i) Vedação de tampa ou conexão de eletrodutos, com menos de 5 fios rosqueados (vide


item A.2.2, Apêndice A); furo para entrada roscada com comprimento axial menor
que 8 mm;

j) Furo de entrada reserva – sem o bujão adequado para vedação (vide item A.2.2,
Apêndice A);

k) Modificações não autorizadas que podem comprometer a integridade do painel,


como por exemplo, furação de invólucro à prova de explosão pelo campo para:
- instalação de botoeira/piloto adicional,
- furação adiciona l na parede lateral ou no fundo da caixa, onde a parede tem
espessura menor e não comporta o mínimo de 5 fios de rosca para entrada de
eletroduto, por exemplo.
- Furação na tampa ou no corpo do painel para fixar conector de aterramento ou
similar;

l) Luminária com lâmpada diferente do especificado e aprovado; (Lâmpada de maior


potência implica em maior temperatura) (vide ítem A-3, no Apêndice A);

m) Equipamentos pressurizados/purgado por ar-comprimido, saturados de água ou óleo


arrastado pela linha de ar (vide item 6.3.2 Cap. 6);

n) Idem, sem pressurização, desregulado, sem placa de aviso para manter pressurizado
(vide item 6.3.2 Cap. 6);

o) Alarmes de equipamento pressurizado desativado/removido (vide item 6.3.2 Cap. 6).

p) Caixas do tipo “à prova de explosão” em alumínio, corroídos, perdendo a integridade


“Ex” da carcaça, juntas flangeadas ou roscas com interstícios grandes;

q) Painéis/Caixas de junção do tipo à prova de explosão, com cabo removido e prensa-


cabo com furo aberto;

r) Caixas do tipo “à prova de explosão”, com juntas flangeadas pintadas;

s) Caixas do tipo “à prova de explosão”, furadas para instalação de cabo de


aterramento;

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Cap. 11 Erros mais Comuns em Equipamentos e Instalações “Ex”

11.2 - Erros mais Comuns em Instalações

11.2.1. Contaminação Cruzada de Ambientes

Possibilidade de contaminação cruzada entre áreas classificadas e não-classificadas na


ocorrência de gás, através da:

a) Criação de comunicação direta entre compartimentos classificado e não-


classificado através de:

- furo para passagem de tubo, cabo elétrico, mangueira, etc., sem vedação;

- prensa-cabo com cabo removido e furo aberto;

- MCT com cabo removido e bloquetes de vedação faltantes;

- Portas estanques a gás, com fechamento automático, sem a mola ou com mola
fraca, gaxeta de vedação gasta/faltante, instalação de gancho de trava para
manter porta aberta para facilitar trânsito; mangueira atravessada impedindo
fechamento de porta;

- Escotilhas que ficam mantidas abertas para facilitar manuseio de material ou para
promover melhor iluminação, ou para melhor ventilação/exaustão;

- Duto de ventilação ou exaustão furados por corrosão, cujas aberturas comunicam


compartimentos com diferentes classificações;

- Alarmes de exaustão, chaves de fluxo desligadas;

- Falha no fechamento/abertura de dampers de ventilação/exaustão.

Vide Capitulo 5 – Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados.

b) Inversão de Função de Ventilador para Exaustor ou Vice-Versa, comprometendo


todo o sistema de pressurização (positiva/negativa) entre compartimentos adjacentes,
e permitindo contaminação cruzada (vide exemplo no capítulo 5.7.3)

c) Ventiladores e exaustores com interferência entre si, ventilador aspirando de área


classificada, gerada por descarga de exaustor vizinho.

d) Obras de ampliação que estendem áreas classificadas que acabam envolvendo:

- equipamentos do tipo comum, pré-existentes nesta área estendida, anteriormente não-


classificada;
- Suspiros ou vents de tanques ou escotilhas de acesso ou de carga para convés de
máquinas;
- Aspiração de ventiladores; etc.

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Cap. 11 Erros mais Comuns em Equipamentos e Instalações “Ex”

11.2.2. Cabos Elétricos:

- Emenda em cabos elétricos dentro de Áreas Classificadas, cabos com isolamento


avariado e reconstituído;

- Pontas de cabo soltas ou não (mal) isoladas, função desconhecida, circuitos desfeitos
e abandonados, etc.

- Cabos de instalações provisórias sem proteção.

11.2.3 Instalações Temporárias

Instalações temporárias de determinados equipamentos móveis, sem proteção “Ex”,


como os listados abaixo, em Áreas Classificadas:

- Container ou paiol de tinta, improvisado em local fechado, sem ventilação ou com


ventilação deficiente;
- container e instalações adicionais sem proteção adequada ;
- container escritório e/ou almoxarifados, provisórios;
- laboratório de Geologia e sensores
- containers de Mud- Logging e instalação sensores, detetores de gás, instrumentos
diversos que são lançados provisoriamente;
- laboratório de Lama;
- bebedouro do tipo escritório em Áreas Classificadas;
- aparelhos de ar condicionado tipo residencial montados em containers, dentro de
áreas classificadas; etc.
- Máquinas de solda, estufas para eletrodos
- Painéis de tomadas para obras, do tipo comum
- Ferramentas portáteis com cabos com emendas e isolamento avariado
- Gambiarras e luminárias portáteis do tipo comum

NOTA:
Consultar, também, o Cap.10 – Obras de Modificação ou Ampliação, quanto aos cuidados que
devem ser tomados quando da realização de obras que possam afetar as Áreas Classificadas.

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Cap. 8 Trabalhos em Áreas Classificadas

Capítulo 12
Containers e Equipamentos de Terceiros Embarcados
Temporariamente, Equipamentos Fixos ou Móveis

Neste capítulo são indicados os cuidados a serem observados quando do


posicionamento de Containers; É recomendado o aterramento seguro de
equipamentos e containers de terceiros; É recomendada inspeção inicial e periódica
de segurança das instalações, mesmo que temporárias. Recomendado também
inspeção final quando do encerramento de contratos e remoção dos equipamentos.

12.1 – Containers

Containers não devem ser instalados em áreas classificadas, ou mesmo vizinho a tais áreas
para não obstruir a ventilação natural do local. Containers não podem obstruir rota de
fuga e nem obstruir acesso a estações de combate a incêndio ou outras estações de
controle.

Containers e similares, com equipamentos elétricos do tipo comum


montados internamente, não devem ser instalados em Áreas Classificadas.
Em geral, tais containers contêm equipamentos comuns, como por
exemplo, ar-condicionado de janela tipo residencial, bebedouro, janelas e
passagens de cabo não-estanques, estufas, equipamentos de laboratório,
tomadas e interruptores tipo residencial “pial” de plástico, etc.

Exemplos típicos:
- Container Alojamento, Oficina, Escritório, etc.;
- Unidade de Perfilagem (Schlumberger/similares);
- Laboratório de Geologia e Mud-Logging;
- Laboratório de Lama;
- Almoxarifados de obra, etc.

12.2 – Equipamentos Temporários

Os equipamentos e painéis Próprios, de Terceiros e de Contratadas, mesmo que


temporários, para instalação em Áreas Classificadas deverão ser do tipo Aprovado, com
Certificação por OCC, e deverão ser instalados adequadamente, com prensa-cabos e
acessórios do tipo “Ex”, como se fosse instalação definitiva. Também, o equipamento
deverá ser adequadamente aterrado à estrutura metálica.

Todos os sensores e instrumentos periféricos que fazem parte do pacote desses containers,
de serviços especializados, normalmente terceirizados, devem ser instalados como se fosse
instalação permanente, obedecendo as regras aplicáveis às áreas classificadas, passagem de
cabos e tubings nas anteparas estanques a gás, fogo e inundação, etc.

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Cap. 8 Trabalhos em Áreas Classificadas

O caráter de temporário ou extemporâneo não isenta nenhum equipamento ou instalação


dos requisitos de segurança exigidos pela Sociedade Classificadora para instalações fixas,
particularmente, das exigências para exposição a uma atmosfera explosiva, em área
classificada.

12.3 - Aterramento

Aterrar, em Plataformas Marítimas com casco metálico, significa conectar galvanicamente


(contato metálico direto) a carcaça dos equipamentos à estrutura de aço da Unidade.

O aterramento assegura proteção para pessoas contra choque elétrico, ao igualar o


potencial das partes metálicas não condutoras, ao mesmo potencial da estrutura do casco.

Essa ligação direta ao casco visa também garantir continuidade elétrica para que não
ocorra centelhamento em flanges e outros elementos metálicos não-condutores, em caso
de falha de isolamento e curto-circuito em algum circuito/componente que esteja montado
no skid.

Todos os painéis e equipamentos elétricos, luminárias, acessórios de instalação como


como caixas de conexão, eletrodutos montados no container devem ser aterrados à
estrutura metálica do container que por sua vez, deverá ser efetivamente aterrado à
estrutura metálica da Unidade ou casco metálico da embarcação. Vide item 4.1.1 Partes
metálicas Expostas não-condutoras

Este aterramento deverá ser feito através de cabo de cobre, conectado a olhais/terminais na
carcaça do equipamento e ligando-o diretamente à malha de aterramento da plataforma.

Em unidades flutuantes tipo semi-submersível ou jack-up, onde em geral não existe “anel
de aterramento”, a solda direta ou fixação com parafusos de qualquer skid ou container
metálico, substitui o cabo de aterramento, (Vide capítulo 4 – Aterramento em Áreas
Classificadas).

12.4 - Inspeção Inicial e Final - Estanqueidade

Antes de iniciar serviços ou ativar os equipamentos e instalações temporárias, os mesmos


deverão ser inspecionados por profissional qualificado da área elétrica e pelo Técnico de
Segurança.

Além de atender às exigências quanto à Classificação de Áreas, tais instalações, mesmo


que provisórias ou temporárias, não poderão afetar a integridade de anteparas estanques a
gás e fogo, e de anteparas estanques à inundação, para quando navegando
(travessia/furos para passage m de cabos ou mangueiras em anteparas estanques à
inundação ou gás).

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Cap. 8 Trabalhos em Áreas Classificadas

Não somente na inspeção inicial, como também durante todo o prazo de execução dos
serviços contratados, os equipamentos deverão atender aos requisitos de segurança de
instalações em atmosferas explosivas, sem avarias nem ligações improvisadas. Vide
Capítulo 11 – Erros Mais Comuns em Equipamentos e Instalações “Ex” e também Cap. 16
– Anteparas Divisórias de Áreas Classificadas.

Quando do encerramento dos serviços/Contrato, os equipamentos são removidos e


retirados os cabos elétricos/tubings ou mangueiras de instrumentação, etc. Assim, a
estanqueidade das anteparas deverá ser recuperada e preservada, vedando todas as
passagens de cabos e mangueiras temporárias, que ficarem abertas após a sua remoção.

Utilizar bujão cego no lugar dos prensa-cabos removidos, bloquetes cegos para vedar
passagens de MCT, etc., sendo obrigação da Contratada retornar às condições originais,
com segurança.

Exemplos de Instalações Temporárias, terceirizadas, com cabeação provisória, em


plataformas de perfuração:
- Mud-Logging - Sensores de densidade, temperatura, nível em tanques de lama, etc.
- Sensores de gás na área das peneiras e tanques de lama, sensores de strokes das bombas
de lama, etc.
- Mud Cleaner e similares
- Unidade de Perfilagem, etc.

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12.5 – Alimentação de energia

No container e painéis dos equipamentos temporários, deverá estar identificado o número


do painel e chave/disjuntor de onde provém a alimentação correspondente para permitir
rápido desligamento, em situação de emergência.

A alimentação elétrica dos containers (todos os níveis de tensão) deve ser derivada de
painéis não essenciais e deve ter desligamento automático em caso de ESD-3,

Quando a alimentação de container for derivada de painel essencial, conectado ao gerador


de emergência (por exemplo, containers de unidades de mergulho), o mesmo deve atender
os requisitos abaixo:

“1.3. Equipamentos Elétricos em Áreas Classificadas


... Equipamentos elétricos instalados em áreas externas não classificadas e que
operem durante uma situação de emergência (ESD-3), devem no mínimo ser
apropriados para o uso em áreas classificadas como Grupo IIA, Zona 2, T3, a
menos que sejam automaticamente desligados quando da presença de gás na área
do equipamento, conforme definido na ET-3000.00-5400-947-PCI-001 – Filosofia
de Segurança.” [2B]

“2.12.1 Iluminação Geral


Luminárias de emergência conectadas a sistema de UPS ou baterias, instaladas em áreas
externas não classificadas, devem ser adequadas para Zona 1, Grupo IIA, T3, do tipo
segurança aumentada.

Luminárias essenciais conectadas ao transformador de iluminação no barramento de


emergência, instaladas em áreas externas não classificadas, devem ser adequadas para
Zona 2, Grupo IIA, T3.” [2B]

Além disso, os containers não podem ter luminárias autônomas com bateria incorporada,
que permaneçam energizadas quando de falta da alimentação de energia da plataforma em
condição normal ou em condição de emergência (ESD), exceto se a referida luminária for
do tipo aprovado para uso em áreas classificadas, Zona 1, grupo IIA, T3, como acima.

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A alimentação dos containers, mesmo que temporária, deve ser feito através de Estação de
Tomadas apropriada evitando-se ligações provisórias, sem a proteção adequada.

Para os novos projetos, as Diretrizes para Projeto do E&P-CORP [2B], especificam:

“2.19. Estação de tomadas elétricas

Devem ser previstas estações de tomadas apropriadas para atendimento às máquinas de


solda, estufas, containers temporários, ferramentas portáteis e outros, com seguintes
tensões:
(a) 480 Volts, trifásico, 60 Amperes, 4 Pólos 3+T
(b) 220 Volts, trifásico, 30 Amperes, 4 Pólos 3+T
(c) 220 Volts, monofásico, 30 Amperes, 3 pinos 2+T
(d) 127 Volts AC, monofásico, 16 Amperes, 3 pinos 2 + T

As estações devem ser automaticamente desligadas em ESD-3, com contactor na saída do


alimentador do CDC/painel ou UVT com rearme manual.

As tomadas instaladas em áreas externas devem ser do tipo segurança aumentada, plugue
intertravado com chave, abrigadas em caixas à prova de chuva, com porta e abertura
na parte inferior para entrada de cabos.

Áreas de serviço externa ou interna, deve ter conjunto de tomadas fixas de modo a
atender qualquer estação de serviço temporária, com um cabo de comprimento de 25
metros, sem necessidade de atravessar portas estanques ou escadas entre decks. Junto a
cada estação de tomadas elétricas, instalar uma tomada de ar-comprimido de serviço
(vide ET-3000.00-5100-941-PCI-001 Critérios Gerais para Projetos de Utilidades Não-
Elétricas).

As áreas de convés para Embarque Temporário de containers e as Áreas de Carga,


devem ter duas estações de tomadas, cada.

As estações devem ficar, sempre que possível, fora de qualquer área classificada”. [2B]

Containers ou skids que contenham equipamentos mecânicos com motores de combustão interna
não devem ser instalados em áreas classificadas; mesmo para instalação em área não-classificada,
devem ser previstos meios para desligamento e isolamento em casos de emergência, vazamento de
gás na Unidade, atendendo requisitos de segurança da Classificadora.

- Vide Capítulo 15 Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas;

- Para referência, vide orientações na NORSOK Z-105 [27A].

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Cap. 13 Inspeção e Manutenção de Equipamentos e Instalações Elétricas em Áreas Classificadas

Capítulo 13
Inspeção e Manutenção de Equipamentos e Instalações
Elétricas em Áreas Classificadas
Neste capítulo é apresentado um roteiro recomendado para Inspeção de Equipamentos e
Instalações em áreas classificadas. São também apresentadas recomendações quanto a
procedimentos de Manutenção de Equipamentos do tipo “Ex”.

13.1 - Qualificação da Mão-de-obra

Todos os equipamentos e instalações em áreas classificadas, incluindo cabos, eletrodutos e


acessórios, deverão ser mantidos em boas condições.

“A integridade da proteção, proporcionada pelo projeto dos equipamentos elétricos à


prova de explosão ou intrinsecamente seguros, pode ser comprometida por procedimentos
incorretos de manutenção. Mesmo as simples operações de manutenção e reparos devem
ser cumpridas em estrita concordância com as instruções do fabricante, de modo a
assegurar que cada equipamento permaneça na sua condição segura. Isto é
particularmente relevante no caso de luminárias à prova de explosão, onde um
fechamento incorreto, após uma simples troca de lâmpada, pode comprometer a
integridade do equipamento.” [10]

A Inspeção e Manutenção de equipamentos e instalações elétricas em Atmosferas


Explosivas devem ser executadas somente por pessoal qualificado, em cujo treinamento
tenha sido incluída instrução sobre os vários tipos de proteção e práticas de instalação,
além dos conceitos mais importantes de classificação de áreas.

13.2- Modificações em Equipamentos, pelo Campo

Nenhuma modificação ou acréscimo poderá ser feita em qualquer equipamento certificado.

Equipamento elétrico do tipo aprovado e certificado para atmosferas


explosivas, não poderá sofrer modificações pelo campo, principalmente,
receber nova furação no corpo ou na tampa de invólucros à prova de
explosão; a furação de invólucros é uma modificação e não deve ser
executada sem referência aos desenhos certificados pelo fabricante.

Nenhuma modificação poderá ser feita nas características de segurança dos equipamentos
que se fundamentam em técnicas de segregação, pressurização, purga ou outros métodos
que garantam a segurança, sem a permissão do engenheiro ou técnico responsável

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Cap. 13 Inspeção e Manutenção de Equipamentos e Instalações Elétricas em Áreas Classificadas

13.3- Inspeção de Equipamentos e Instalações Elétricas em Áreas


Classificadas

Todos os equipamentos, sistemas e instalações deverão ser inspecionados logo após


instalados. Em seguida a qualquer reparo, ajuste ou modificação, aquelas partes da
instalação que tenham sofrido intervenções, deverão ser verificadas.

Periodicamente, especialmente durante e após grandes paradas/obras, é recomendável


realizar um ciclo de inspeção completa, dos equipamentos e instalações, munido dos
seguintes planos atualizados:
- Áreas Classificadas
- Arranjo dos Equipamentos de Processo (fontes de risco)
- Fluxograma do processo
- Diagrama e Arranjo de Ventilação

13.3.1- Roteiros de Inspeção

Além das Manutenções Preventivas dos equipamentos elétricos “Ex”, executadas pelo
pessoal de Manutenção, deverá ser realizada uma inspeção de equipamentos elétricos
instalados em atmosferas explosivas. Vide os roteiros apresentados nos Anexos B da
Norma PETROBRAS N-2510.

Nestas Rotinas para Inspeção também são levadas em consideração as verificações


quanto à correta adequação de equipamentos “Ex” para as Áreas Classificadas
consideradas. Assim, verificações como abaixo, fazem parte das rotinas para inspeção de
equipamentos do tipo “Ex-d”, Ex-e” e “Ex-p”:

- O equipamento é adequado à classificação de área ?;

- O equipamento possui placa de marcação de certificação, o grupo/zona estão corretos?;


Nota:
- Vide Tabela 3.1 Guia Prático para Seleção de Equipamentos “Ex”, no capítulo 3 –
Equipamentos e Instalações Permitidas em Áreas Classificadas.

13.3.2 - Inspeção Visual de Equipamentos

Durante a inspeção dos equipamentos ou instalações elétricas, atenção especial deverá ser
dada quanto a danos mecânicos, como:

- rachaduras ou fendas nas partes metálicas;


- vidros rachados ou quebrados;
- falhas na massa em torno de vidros emassados nas caixas à prova de explosão;
- tampas de caixas à prova de explosão, para assegurar que estejam com todos os
parafusos apertados, que parafusos não se perderam, e que não existam juntas
estranhas, entre superfícies metálicas casadas (silicone, juntas borracha adicionadas,
etc.);
- falta de aterramento da armadura de cabos;

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Cap. 13 Inspeção e Manutenção de Equipamentos e Instalações Elétricas em Áreas Classificadas

- falta de aterramento da carcaça em invólucros metálicos


- Esforços nos cabos que possam causar fratura ou danos à capa ou isolamento,
- Prensa-cabos do tipo comum (à prova de tempo), prensa-cabos folgados, etc.

Especial precauç ão e cuidados devem ser tomados quanto às tampas tipo


flange de invólucros à prova de explosão. As tampas deverão ser
totalmente fechadas, com todos os parafusos bem torqueados ou 5 fios de
rosca para tampas roscadas.

Nota:
- Vide lista de não-conformidades típicas no item 11.1 Erros mais Comuns em Equipamentos,
Capítulo 11

13.3.3 – Inspeção da Estanqueidade de Anteparas de Áreas Classificadas

Verificar anteparas e pisos de aço estanques a gás, se não existem aberturas ou passagens
deixadas abertas ou com selo danificado que comprometam a vedação (exemplo: furo para
passagem de cabo removido, aberto, sem bujão de vedação), comunicando salas
adjacentes.

Examinar condição de vedação de portas estanques a gás, etc.

Notas:
- Vide lista de não-conformidades típicas no item 11.2 Erros mais Comuns em Instalações,
Capítulo 11.
- Vide item 16.2 Estanqueidade, no Capítulo 16 – Anteparas Divisórias de Áreas Classificadas.

13.3.4 – Inspeção de Instalações Adicionais ou Provisórias

Verificar se equipamentos adicionais ou temporários sem proteção, tais como skids,


containers, paióis, etc., foram instaladas em áreas classificadas, inadequadamente.

Verificar se a ampliação de área classificada devido aos skids ou equipamentos adicionais


que sejam fonte de risco está envolvendo equipamentos elétricos/eletrônicos de uso
comum, não adequados para a nova classificação do local.

Verificar se não foram realizadas obras ou modificações que possam ter comprometido ou
ampliado as áreas classificadas originais.

Notas:
- Vide recomendações no Capítulo 12 – Containers e Equipamentos de Terceiros Embarcados
Temporariamente.
- Vide também recomendações no Capítulo 10 – Obras de Modificação ou Ampliação.

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13.3.5 – Inspeção de Ventiladores / Exaustores e Dutos de


Compartimentos Classificados e adjacentes.

Confirmar o sentido de rotação das máquinas, se preservadas as funções de ventilador e


exaustor, sem inversão de sua função (ventilação para pressurização positiva de
compartimentos e exaustão para pressurização negativa).

Verificar estado geral dos dutos, longas de emenda se não estão rasgadas, polias e correias
de motores e ventiladores se não estão frouxos, patinando.

Em havendo dampers nos dutos de ventilação/exaustão, verificar seu funcionamento


correto, abertura e fechamento segundo o intertravamento programado; verificar se não
estão “emperrados”.

Verificar o funcionamento de alarmes de falha de ventilação ou exaustão, previstos no


projeto (dependendo da instalação o alarme pode ser baseado em chave de fluxo,
pressostato diferencial, relés de sobrecarga, relés de subcorrente nos CCMs, etc.).

Verificar se não foram criadas obstruções ou instalados containers ou outros obstáculos


que impeçam a circulação natural e dispersão rápida em torno de exaustores, portas e
janelas de áreas classificadas, etc.

Detetores de gás nas tomadas de aspiração de ventiladores:

Verificação funcionamento e atuação dos detetores de gás nas tomadas de ar de ventilação


e pressurização de compartimentos/salas de controle com purga. Verificar relatórios e
registros de última calibração.

Verificar estado dos detetores, se não saturados, sua localização; verificar se detetores não
estão com by-pass (inspeção local se não está coberto/pintura, jumps, inibidos ou “forced”
em PLCs, etc.); verificar se do tipo adequado.

Notas:
- Vide recomendações no item 5.7 Contaminação Cruzada de Ambientes Não-Classificados,
Capítulo 5 – Ventilação e Classificação de Áreas em Ambientes Confinados.
- Vide também lista de não-conformidades típicas no item 11.2 Erros mais Comuns em
Instalações, Capítulo 11

13.3.6 - Inspeção de Equipamentos Pressurizados

- Examinar estado geral dos equipamentos e painéis purgados/pressurizados, borrachas


de vedação.
- Verificar se o sistema de purga, válvula reguladora de pressão e demais acessórios
funcionam corretamente
- Verificar se o alarme de falha de purga ou pressurização funciona corretamente
- Verificar se o interior dos painéis purgados com ar-comprimido não estão
“encharcados” com excesso de óleo ou água arrastados pela linha de ar-comprimido.

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Cap. 13 Inspeção e Manutenção de Equipamentos e Instalações Elétricas em Áreas Classificadas

- Verificar existência de placas de aviso quanto à pressurização e abertura após


desenergização; marcação da pressão a ajustar no manômetro

Nota:
- Vide recomendações no capítulo 6 – Pressurização de Equipamentos em Áreas Classificadas.

13.3.7 - Inspeção de Salas de Baterias

- Verificar sentido de rotação de exaustor e ventilador, alarme de falha quando existente.


- Verificar a condição de pressurização negativa do compartimento,quando houver; ao
abrir qualquer porta, o ar de sala vizinha deve ingressar na sala de bateria.
- Verificar condição de ventilação natural ou forçada, para diluição de gás hidrogênio,
que se acumula no teto; verificar duto se favorece exaustão natural e se não há
nenhuma obstrução ou damper emperrado ou inativo.
- Verificar estado dos equipamentos, luminárias, e especialmente equipamentos
centelhantes como interruptor e tomadas, e se adequados para grupo hidrogênio (IIC,
Temp. T1)
- Se houver detetor de gás para ativar ventilação, confirmar se é do tipo catalítico e seu
funcionamento (calibração); verificar se localizados junto ao teto, fora de correntes de
ventilador insuflando.
- Verificar se não existem ligações provisórias ou carregadores portáteis, para chupeta,
dentro da sala.

Nota:
- Vide recomendações no Capítulo 14 – Compartimentos de Baterias.

13.3.8 - Inspeção de Locais para Armazenamento de Material Inflamável


– Paiol de Tintas

- Verificar condições favoráveis de ventilação natural de paiol de tintas


- Verificar existência de luminárias, equipamentos centelhantes como interruptores e
tomadas comuns dentro de paiol de tintas fechado ou ao lado de cilindros de acetileno,
tanques de querojato, etc.
- Verificar se ao lado de cilindros em uso não existem janelas ou cogumelos de
ventilação que possam aspirar eventual vazamento nas mangueiras.

Nota:
- Vide Cap. 17 – Armazenamento e Manuseio de Material Inflamável – Trabalhos de Pintura

13.4 - Remoção temporária de um equipamento “Ex”


Quando um equipamento situado em uma Área Classificada for removido temporariamente
de serviço, como por exemplo a remoção de luminária avariada para reparo na bancada, e

- em havendo a necessidade de continuidade do circuito para as luminárias adjacentes,

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Cap. 13 Inspeção e Manutenção de Equipamentos e Instalações Elétricas em Áreas Classificadas

utilizar quando possível, caixa de junção tipo Ex para fazer a emenda. Em não
havendo tal possibilidade, empregar método que assegure conexão firme, sem
possibilidade de sobretemperatura ou centelhamento, por exemplo, com uso de
terminais do tipo Sindal apropriados, devidamente isolados com fita de auto- fusão e
fita isolante.

- em não havendo necessidade de continuidade do circuito e podendo desligar o


mesmo, isolar as pontas do cabo entre si e a terra, prender etiqueta de identificação
nesta extremidade e desenergizar o circuito, desligando a chave e removendo os
fusíveis do circuito desativado, instalando etiqueta de identificação.

Nenhum condutor vivo poderá ficar desprotegido ou exposto em Áreas


Classificadas; condutor de circuitos desativados devem ser removidos de
área classificada, ou devidamente cortados e isolados para evitar-se
acidentes.

13.5- Remoção Definitiva de um Equipamento “Ex”

Quando um equipamento situado em uma Área Classificada for retirado definitivamente de


serviço, a fiação a ele associada deverá ser removida da Área Classificada, removendo
todos os cabos do bandejamento de cabos.
Quando houver necessidade de prosseguir o circuito para atender a qualquer outro
equipamento, este circuito deverá terminar corretamente em caixa de junção adequada à
classificação de área (caso alguma parte permaneça vivo para atender qualquer outro
equipamento). Caso seja cabo de força, tal caixa deverá ser indicada no diagrama
correspondente.

13.6 - Manutenção de Equipamentos e Instalações em Áreas


Classificadas
A Manutenção de equipamentos e instalações elétricas em Atmosferas Explosivas deve ser
executada somente por pessoal treinado e qualificado para estes tipos de equipamento
“Ex”.

13.6.1 - Teste de Isolamento

Testes de isolamento deverão ser realizados somente quando não houver


presença de mistura de gás inflamável, inclusive na outra ponta dos
circuitos e cabos, devido possibilidade de centelhamento, em qualquer
ponto da instalação.

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Cap. 13 Inspeção e Manutenção de Equipamentos e Instalações Elétricas em Áreas Classificadas

13.6.2 – Observações Gerais sobre a Manutenção de Equipamentos “Ex”

São listadas, a seguir, algumas providências que devem ser tomadas em todos os serviços
de manutenção. Estas providências são preliminares e adicionais aquelas que para cada
tipo de técnica de proteção são indispensáveis:

- Antes de iniciar os trabalhos leia atentamente os documentos relativos às manutenções


prévias e/ou documentos do fabricante do equipamento com recomendações gerais;

- Obtenha autorização formal para liberação da área de trabalho;

- Leia atentamente e siga as orientações contidas nas etiquetas do equipamento. Elas


contêm informações importantes para início dos trabalhos tais como, tempo para
abertura do invólucro ou forma que deve ser efetuada a limpeza;

- Isole os circuitos energizados, retire os fusíveis ou proteja;

- Verifique a compatibilidade das ferramentas e instrumentos necessários aos serviços.


Nunca improvise. Cuidado, eles podem ser uma fonte de ignição!;

- Não altere a localização de um equipamento do tipo comum, sem antes verificar a


classificação de áreas do novo local;

- Sempre que possível, retire o equipamento e faça a manutenção em bancada em local


seguro, fora da Área Classificada.

- Reporte todas as atividades desenvolvidas. Procure listar serviços realizados, peças


substituídas, características elétricas, condições visuais e outras informações
importantes na proteção;

- Divulgue e discuta informações sobre acidentes ocorridos em outras Unidades. As


experiências, causas, efeitos e soluções de outros podem ser úteis no seu amb iente;

- Mantenha um arquivo com informações sobre sinistros publicados e discuta com a


equipe as possíveis causas e procedimentos para prevenção;

- Mantenha a equipe de manutenção com treinamento atualizado.

13.6.3 – Considerações sobre a Manutenção de Equipamentos à Prova de


Explosão

Para equipamentos do tipo “à Prova de Explosão”, dada sua ampla utilização, chama-se a
atenção para os seguintes pontos:

a) Para invólucros à prova de explosão com tampa flangeada:


- Todos os parafusos devem estar no lugar e com torque adequado.

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- Como o comprimento de junta (“L”) e o interstício máximo experimental seguro


(“i”) variam em função do grupo de gás, estas dimensões devem ser verificadas,
conforme valores tabelados, NBR 5363 [16D] como, por exemplo :

• Gases do grupo IIA (metano), i = 0,4 mm (para L = 25 mm e invólucro com


volume entre 100 e 500 cm3 );

• Gases do grupo IIC (hidrogênio), i = 0,1 mm (para L < 25 mm e invólucro entre


100 e 500 cm3 )

A superfície das juntas dos flanges deverá estar totalmente plana,


retificada, não podendo ter mossas ou rebarbas que aumentem o “gap” ou
interstício de resfriamento do gás; rugosidade média < 6,3 µm.

A junta usinada não deve ser raspada com ferramentas metálicas, deve-se
utilizar somente material plástico/madeira.

Proteção contra corrosão e penetração de umidade:

As superfícies usinadas das juntas à prova de explosão não devem ser


pintadas;

Para proteção contra corrosão, pode-se aplicar uma fina camada de


vaselina industrial nessas superfícies usinadas das juntas e nos parafusos
de montagem, desde que a graxa seja do tipo quimicamente inerte e que
não resseque com o tempo.

Quando as juntas não tiverem gaxeta, elas podem ser protegidas pela
aplicação externa de graxa, composto selante que não endureça ou fita que
não endureça.

Borracha de silicone poderá ser aplicada do lado externo, mas somente


após o aperto de todos os parafusos da tampa, para assegurar
estanqueidade à água, em equipamentos expostos à intempérie; recurso
admitido para equipamentos instalados em ambiente com gases do grupo
IIA; a superfície interna das juntas não pode ser impregnada com
borracha de silicone ou similar que possa aumentar o interstício dessa
junta.

Nota: tais recursos para vedação contra umidade, não devem ser empregados
em equipamentos para uso em ambiente com gases do grupo IIC
(acetileno/hidrogênio); para uso em ambiente com gases do grupo IIB (exemplo:
paiol de tintas), deve ser evitado ou verificado por especialista.

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Gaxetas: “Se uma gaxeta de material compressível ou elástico é necessária para evitar a
penetração de umidade ou poeira,ou para evitar a saída de algum líquido, ela deve ser
considerada como um item adicional e não como parte integrante da junta à prova de
explosão. A gaxeta deve estar colocada de maneira a garantir o atendimento aos valores
do comprimento e interstício da junta à prova de explosão prescritos nas Tabelas 1 e do
Anexo A (ver figuras 10 a 13 do Anexo B). Este requisito não se aplica às entradas de
cabos e condutores” [16D].

A substituição dessas gaxetas/anéis de vedação deve ser feita com o mesmo material e
dimensões originais, conforme consta na certificação do equipamento.

b) Juntas Roscadas/Entrada de Eletroduto ou prensa-cabo:


Para invólucros à prova de explosão com junta roscada, o passo de rosca deve ser maior
que 0,7 mm e o número de filetes de rosca acoplados deve ser de no mínimo 5 e
comprimento axial mínimo de 8 mm da rosca;

A furação de invólucros é uma modificação e não deve ser executada sem referência aos
desenhos certificados pelo fabricante; as caixas à prova de explosão de pequeno porte,
botoeiras, lâmpada piloto, etc, em geral tem espessura maior nos pontos previstos para
furação para entrada e saída de cabos; outros locais não previstos pelo fabricante, paredes
do fundo e laterais, por exemplo, com espessura menor não devem ser furadas.

13.6.4 – Procedimentos de Manutenção

As instruções para execução de manutenção preventiva nos equipamentos “Ex” deverão


estar registradas em documentos específicos do Sistema de Controle de Manutenção
utilizado.

Rotina especial deverá ser utilizada para manutenção de equipamentos


elétricos do tipo “Ex-d” (à prova de explosão), de modo que o
equipamento mantenha e preserve a sua integridade e função.

Estes procedimentos baseiam-se nas instruções de catálogos de equipamentos e na Norma


N-2510 – Inspeção e Manutenção de Instalação Elétrica em Atmosfera Explosiva.

13.7- Troca de Lâmpadas


Luminária do tipo “Ex-d” (à prova de explosão) e “Ex-e” (segurança aumentada) são
certificadas para o tipo e potência da lâmpada indicada na plaqueta do equipamento.

Nenhuma lâmpada de tipo diferente ou de potência maior que a original


especificada poderá ser utilizada na substituição – lâmpada de maior
potência poderá causar aumento de temperatura, que pode ultrapassar a
máxima temperatura superficial admissível para a classe de temperatura da
luminária, podendo torná-la inadequada para uso em atmosferas
explosivas, para a qual foi certificada.

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13.8 – Motores Elétricos

Todos os dispositivos de proteção deverão ser verificados quanto à forma de atuação e


calibração;

Motores de Média tensão devem ter proteção para desligamento imediato em caso de falha
à terra.

Motores de baixa tensão em área classificada, Zona 1, deve ser desligado, em caso de falta
à terra. Vide item 4.2 Aterramento de Sistemas Elétricos, no Cap. 4.

Para motores instalados em áreas classificadas, o tempo máximo de desligamento do


dispositivo de proteção não pode, em caso de sobrecarga ou de rotor bloqueado, ultrapassar
o tempo indicado na certificação do protótipo; para motores do tipo segurança aumentada
a proteção deverá desligar o motor em tempo inferior ao tempo tE indicado na placa de
identificação do motor; a relação Ia/In também deverá ser indicada na placa do motor.

Fig. 13.1 – Diagrama ilustrando a Fig. 13.2 – Valores mínimos do tempo


determinação do tempo tE , adaptado de [16E] tE de motores de segurança
tE – tempo necessário para que o enrolamento do aumentada , em função da relação
motor, quando percorrido pela sua corrente de arranque corrente de arranque Ia/In (corrente de
(ou rotor bloqueado), atinja a sua temperatura limite, rotor bloqueado), adaptado de [16E].
partindo da temperatura atingida em serviço nominal e
considerando a temperatura ambiente no seu valor
máximo.
A – temperatura ambiente máxima admissível
B – temperatura em regime nominal
T3 – limite máximo (200 oC)

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Cap. 14 Compartimento de Baterias

Capítulo 14
Compartimentos de Baterias
Neste capítulo são apresentadas as recomendações das Classificadoras quanto à
localização de bancos de baterias, segundo sua capacidade. São indicadas as
recomendações quanto à ventilação de salas com baterias, devido à alta explosividade
do hidrogênio, gás que é liberado durante processo de carga da bateria.

14.1 - Recomendações quanto à Localização de Bancos de Baterias

Todas as baterias do tipo aberta, recarregáveis, liberam hidrogênio, gás de


alta explosividade , durante o seu processo de carga (flutuação ou carga
rápida), o que classifica as salas de baterias, onde são reunidos vários
bancos de baterias.

Perigosa concentração de gás hidrogênio ocorre após um prolongado


“black-out”, quando todas as baterias são recarregadas simultaneamente,
em modo de carga profunda.

Tabela 14.1 - Recomendação para Abrigo das Baterias, Segundo a Capacidade do Carregador
de Baterias ( em Kw) ou Capacidade do Banco de Baterias (em Kwh)

LOCAL RECOMENDADO PARA ABRIGO DAS BATERIAS, SEGUNDO O PORTE

Grande Médio Pequeno


Capacidade Acima de 2 kW Entre 0,2 kW e 2 kW, Menor ou igual a
Carregador Inclusive 0,2 kW
(ABS/BV)
Capacidade Acima de 20 kWh Entre 5 kWh e 20 kWh Menor ou igual a
Bateria
(DNV)
5 kWh
- Baterias devem ser - Em salas de baterias ou - Em caixas de
instaladas em salas baterias*, em local
reservadas exclusivamente - Em armários* ou adequado, exceto
Localização do Banco

para baterias; nas acomodações


- Em caixas* no (a menos que
de Baterias

- Poderão ser instaladas em compartimento do sejam do tipo


armários* adequadamente gerador de emergência, seladas).
ventilados, no convés ao ar praça de máquinas ou
livre , caso não seja
disponível uma sala - Outro local apropriado,
exclusiva para baterias. desde que o ambiente
seja adequadamente
ventilado
Classificação Sala de Baterias: Zona 1 Sala de Baterias: Zona 1 Interior Caixa: Zona 2
Recomendada Suspiros e Saída Exaustão: Zona 1 + 2 Interior do armário/suspiro: Zona 2
pelo Instru-Ex

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Cap. 14 Compartimento de Baterias

NOTAS:

• Determinação da Capacidade do Carregador de Baterias, em kW:

Capacidade (kW) = V.I / 1000,


onde V = tensão de saída do Carregador/retificador (Volts)
I = corrente nominal do Carregador (Amperes)

• Determinação da Capacidade do banco de Baterias, em kWh

Capacidade (kWh) = V.Ah / 1000


onde V = tensão nominal do banco de baterias (Volts)
Ah = capacidade nominal em Amperes x hora da bateria

• Para determinar a capacidade total, para efeito de classificação ou localização,


considerar a soma das capacidades individuais de cada banco de baterias, reunidos na
mesma sala ou armário.

“As baterias não devem ser instaladas no mesmo painel do retificador e sim em um
ambiente separado, tanto em função da classificação de áreas devido ao hidrogênio, bem
como devido à corrosividade dos vapores dos eletrólitos que danificam as placas e demais
componentes eletrônicos do retificador
” [2B] – Ítem 2.13.4.

• * Armário para baterias deve ser adequadamente ventilado, com venezianas de


entrada de ar na parte inferior e também na parte superior ou duto com suspiro a não
menos que 0,9m do topo do armário; não deve ser instalado nenhum outro equipamento
elétrico no seu interior.

• Quando as baterias estiverem arranjadas em várias prateleiras, as baterias devem ter


espaçamento igual ou maior que 50mm, na frente e atrás, para permitir livre circulação
de ar.

• * Caixa de bateria também deve ser adequadamente ventilada, com venezianas nas
laterais opostas, tampa com tubo de suspiro tipo “pescoço de ganso” ou “chapéu
chinês”, com descarga a não menos que 1,25m da tampa, que deve ser do tipo
basculante com contra-peso.

• * Armário ou caixa deverão ser forradas com manta de chumbo, para conter derrame
de solução/eletrólito e evitar corrosão da caixa.

• Em unidades flutuantes todos os elementos devem fixados, ou quando em caixa, devem


ser calçados com blocos de madeira entre si, para prevenir movimentos.

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Cap. 14 Compartimento de Baterias

Classificação de Áreas:
As luminárias, detetores de gás e outros equipamentos elétricos instalados interior da sala
de baterias deverão ser do tipo aprovado, certificado para o Grupo de Gás Hidrogênio -
Grupo IIC, T1 (450°C), Zona 1, de preferência do tipo segurança aumentada.

Os equipamentos do tipo Ex-d (à prova de explosão) são, em geral incompatíveis com


este grupo de gases, devido ao pequeníssimo interstício (gap de 0,1 mm) para eixos
rotativos ou juntas flangeadas – vide fig. A-5, no Apêndice A; Recomendado utilizar
equipamentos do tipo Segurança Aumentada, que independe do grupo de gás.

Equipamentos construídos para Grupo IIA (Metano – gás natural),


usualmente especificados para as plataformas, não podem ser instalados
em salas de baterias - atmosferas com Hidrogênio.

• As salas de baterias são áreas classificadas, incluindo o raio de 3 m (1,5m Zona 1 +


1,5m Zona 2) em torno de qualquer exaustão dessas salas (natural ou mecânico).

• Em torno dos armários de baterias de maior capacidade, montados ao ar livre, a área


em volta das venezianas/suspiros dos armários, num raio de 1,5 m Zona 2.

• Caixas de baterias de médio porte, com suspiro, montados ao ar livre ou em local com
boa ventilação natural, não classificam a área em sua volta.

• As baterias não devem ser instaladas em Áreas Classificadas (que não as geradas pelas
próprias baterias em compartimentos fechados), devido à possibilidade de
centelhamento nos terminais durante desconexão de cargas, queda de ferramentas, etc..

Baterias reguladas à válvula:


Bateria do tipo regulada à válvula em caso de excesso de carga e sobrepressão interna
liberam hidrogênio para o ambiente, portanto, a sala deve ser considerada área
classificada, quando alimentadas por retificador com potência acima de 2kW.

No caso de utilização de baterias reguladas à válvula o ambiente em que serão instaladas deve
possuir temperatura máxima de 25°C; o equipamento de condicionamento de ar deve ser do
tipo adequado para essa atmosfera explosiva.

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14.2 - Ventilação de Salas de Baterias

O hidrogênio é um gás mais leve que o ar, densidade 0,07, portanto, com tendência para
acúmulo em qualquer bolsão no teto;

Sala de bateria deve ter ventilação natural, com dutos ou aberturas diretamente no teto ou
mais próximo ao teto (os trechos de dutos devem ser verticais ou inclinados a não mais
que 45° da vertical); Estes dutos não devem conter nenhum acessório como damper ou
flap que possa impedir a livre passagem de gases ou mistura explosiva. Deverá haver
entrada natural de ar junto ao piso.

Quando for impraticável ou insuficiente a ventilação natural, deve ser instalada exaustão
mecânica, com sucção no topo da sala e aberturas para entrada de ar, junto ao piso.

- As salas de baterias devem ser mantidas com pressurização negativa de modo a


prevenir contaminação de hidrogênio para compartimentos adjacentes.

- As salas adjacentes que tenha porta ou qualquer outra comunicação com sala de
baterias, usualmente salas dos carregadores de baterias ou UPS vizinha, devem ser
mantidas com ventilação forçada e pressurização positiva em relação à sala de
bateria (quando aberta a porta, o fluxo de ar nessa porta ingressa na sala de
baterias).

- O motor elétrico do exaustor e/ou ventilador deve ser montado fora do fluxo, para
prevenir que gás hidrogênio penetre no interior do motor;

- Exaustor/ventilador de material não centelhante.

- Os dutos de exaustão e ventilação que atendem a sala de baterias devem ser


completamente independentes dos dutos que atendem qualquer outro compartimento;
não devem ser utilizados dampers ou outros meios para isolar compartimentos de
diferentes classificações. Em caso de falha ou desligamento de ventilação forçada,
não deve haver damper que obstrua a entrada de ar natural.

Devem ser previstos ventiladores de insuflamento e exaustores para a sala de baterias. Na


sala de carregador de baterias, somente ventilação mecânica é necessária, sendo a
instalação realizada no exterior da sala.

A ventilação deverá promover um mínimo de 30 trocas de ar por hora, nas salas de


baterias; Vide também critério da IEC 61892-7 [11G], que prevê um mínimo de
extração de ar como segue**:
Q = 110 x I x n
Onde
Q - é a quantidade de ar expelida em litros/hora
I - é a máxima corrente forçada pelo carregador durante a formação de gás, porém não
menor que um-quarto (1/4) da máxima corrente possível, em Amperes.
N - é o número de células em série

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** Em salas de baterias de grande capacidade (como p. exemplo, bateria de UPSs para


sistemas de iluminação de emergência, acionamento de bombas de pós- lube de turbinas,
operação/proteção de subestações de média tensão, etc.), deve-se verificar ambos os
critérios; também, devem ser previstos exaustor e ventilador reservas.

Baterias do tipo níquel-cadmio, chumbo-cálcio, chumbo-selênio também produzem


hidrogênio, embora em menor quantidade em relação ao chumbo-ácido, porém suficiente
para formar uma mistura explosiva. Mesmo critério aplicável a baterias do tipo reguladas
à válvula (“selada”), já que muitos modelos têm válvula de alívio para descarregar o gás
excessivo devido à sobrecarga.

O hidrogênio é um gás altamente explosivo, mais leve que o ar. Em


salas de baterias, não devem ser instalados interruptores, tomadas ou
outros componentes centelhantes; chave ou disjuntor para
iluminação interna de sala de baterias, deve estar montado em local
seguro, fora da sala ou nos painéis de distribuição remotos. Além de
afastar a fonte de centelhas, também evita-se o risco de substituição
por tipo inadequado quando de alguma avaria de qualquer
componente montado dentro de sala de bateria.

Todos os compartimentos e caixas de baterias


deverão ser identificados com a placa de aviso
[ref. 17F]

As baterias ou bancos deverão ser identificados


pela função (rádio, telefone, etc) e pelo tipo da
bateria (chumbo-ácida, alcalina, etc) com o objetivo
de evitar a mistura ou adição de soluções
diferentes.

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14.3 Detetor de Gás Hidrogênio


O detetor de gás combustível, do tipo infravermelho, não deteta o hidrogênio;
instalar detetor do tipo catalítico, em salas de baterias (vide capítulo 7).

O detetor de gás não é equipamento do tipo intrinsecamente seguro, portanto, a


necessidade do Certificado de Conformidade para o grupo de gás correspondente (IIC, T1,
Zona 1).

O L.I.I. (Limite Inferior de Inflamabilidade) ou LEL (Lower Explosive Limit) do gás


Hidrogênio é de 4% em volume. Portanto, 20% do L.I.I. ou LEL corresponde a 0,8% ou
8.000 ppm, assim como 60% corresponde a 24.000 ppm.

“Deverão ser instalados sensores de gás hidrogênio nos dutos de exaustão de salas de
baterias. A atuação de um sensor indicando 20% do L.II. deverá ser sinalizada na sala de
controle ou onde estiver instalado o monitor/controlador, desde que o local seja
permanentemente assistido e adicionalmente partir os exaustores reservas. A deteção de
gás por dois sensores em um nível de 60% de L.I.I. deverá adicionalmente inibir a carga
profunda das baterias. ” item 5.2.3.1 2[2A].

O espaço livre no interior da bateria contém gás hidrogênio ainda retido


que, à menor faísca na proximidade das válvulas na tampa, pode explodir
o corpo da bateria, arremessando ácido sulfúrico em todas as direções, no
caso de bateria chumbo-ácida.

Nos trabalhos de manutenção das baterias, seja dentro de salas ou caixas


no convés, além do uso de EPI adequado, devem ser tomadas precauções
adicionais para evitar o faiscamento próximo às mesmas (abertura de arco
na desconexão de bornes com corrente elétrica, curto-circuito provocado
por ferramentas não- isoladas para desconectar os bornes, etc).

Vários acidentes dessa natureza tem sido reportados, até mesmo com
baterias de pequeno porte, guardadas em armários ou estojos portáteis, que
também podem reter hidrogênio no seu interior, mesmo desconectado do
respectivo carregador.

Notas:

1 - Embora os sistemas de corrente contínua não seja aterrado em unidades marítimas, alguns
fabricantes de motor de arranque para motor diesel (exemplo, grupo diesel-gerador de
emergência), já vem de fábrica com o negativo aterrado na carcaça do próprio motor DC.

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2 - O pólo positivo de sistemas de Telecom (enlace de rádio, PABX, multiplex, etc.) deve ser
referenciado ao terra (48 Volts), com deteção de fuga no pólo (-48V).

Em havendo necessidade de carga profunda ou “chupetada” em baterias, através de


carregadores provisórios do tipo portátil, os mesmos nunca devem ser levados para
dentro da sala de baterias devido à atmosfera explosiva. Conectar o carregador
provisório nos terminais do cabo de saída para a bateria, no lado do retificador ou quadro
com chave, fora da sala de baterias.

Em havendo qualquer atividade de manutenção (trabalho a frio/trabalho a


quente) em salas de baterias, recomendável que todos os ventiladores e
exaustores sejam ligados, inclusive os reservas; os carregadores devem
ser mantidos em modo flutuação, com o mínimo de corrente.

Os bancos de baterias, não devem ser cobertos com lonas para proteção
dos invólucros. A cobertura com lona possibilita formar bolsões de
hidrogênio sob a mesma, aumentando em muito o risco de explosão
em caso de eventual centelha. Utilizar quando necessário, aparador de
amianto sob o ponto de trabalho a quente para proteger as baterias.

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Cap. 15 Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas

Capítulo 15
Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas

Neste capítulo são apresentadas as recomendações e restrições quanto à utilização de


máquinas (motores diesel, motores a gás, compressores de ar, turbinas, etc) em Áreas
Classificadas. Também são feitas considerações sobre a blindagem, isolamento
térmico de partes quentes de equipamentos.

Máquina essencial à segurança da Unidade não pode ser instalada dentro de qualquer área
classificada nem em sala de máquinas de categoria A (vide cap. 16), que contenha
máquinas de combustão.

Para unidades flutuantes a instalação adicional de determinados skids de equipamentos


deve ter o projeto previamente aprovado previamente pela Sociedade Classificadora;

Para equipamentos da embarcação, quando sujeitos à certificação de acordo com as regras


da Sociedade Classificadora, deve ser fornecido o certificado de aprovação (type approved)
correspondente. (vide Cap. 1 e também item 10.2 do Cap. 10 Obras de Modificação ou
Ampliação)

Fontes de Ignição de origem não elétrica:

Os equipamentos mecânicos e máquinas quando instalados em áreas classificadas, devem


ser construídos e instalados de modo a prevenir o risco de ignição a partir do
centelhamento, devido à formação de eletricidade estática ou fricção entre partes móveis e
a partir de pontos quentes de partes expostas, como dutos de descargas de exaustão de
máquinas de combustão interna, e outras emissões de fagulhas.

Vide item 3.2 Fontes de Ignição, Capítulo 3.

Vide também item Ferramentas Portáteis e Transportáveis – Capítulo 8.

15.1 – Motor diesel

Devido ao fato de gases e componentes do sistema de exaustão de motores diesel standard


poderem atingir temperaturas elevadas (da ordem de 400 a 500 ºC) em condições nominais
de potência, além da possibilidade de emissão de fagulhas na descarga, os motores diesel
não devem ser instalados em Área Classificada.

As Sociedades Classificadoras em geral, abrem exceção, permitindo instalação de motor


diesel em área classificada, com uma série de restrições e requisitos de segurança que, na
prática, significa criar um novo compartimento estanque a fogo, não-classificado, como
por exemplo os requisitos do DNV [6C], B101:

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Cap. 15 Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas

“Motores de combustão interna não devem, geralmente, ser instalados em Áreas


Classificadas. No entanto, havendo a necessidade de instalar motor de combustão interna
em área classificada, será aceita a pressurização do compartimento onde o mesmo for
instalado, de modo a tornar o ambiente em área não-classificada, devendo ser atendidos,
no mínimo, os seguintes critérios:

- o ar para pressurização é tomado de área segura;


- um sistema de alarme é instalado para indicar perda do ar de pressurização;
- um sistema de barreira de ar (“air-lock”) com portas de fechamento automático;
- descarga do sistema de exaustão localizada em área não-classificada;
- entrada de ar para combustão localizada em área não-classificada;
- parada automática deve ser providenciada para prevenir sobrevelocidade do motor no
evento de ingestão acidental de gases inflamáveis.”

Motor diesel para uso em Zona 2:

Para aplicações específicas, existem fabricantes de conjuntos “power unit”, certificados


por classificadoras para uso em Zona 2, grupo IIA.
Essa adaptação para uso em Zona 2, inclui várias funções e proteções, como por exemplo:

- Limitação da temperatura do manifold coletor, da tubulação de descarga e também dos


gases de descarga, a um máximo de 200o C (T3), através da circulação de água naqueles
elementos, especialmente desenhados para tal;
- Circuito fechado com radiador, palhetas de ventilador anti-centelhantes e correias anti-
estática
- Corta-fagulhas na tubulação de descarga
- Aspiração de ar com corta-chamas
- Suspiro do Carter com corta-chamas
- Válvula para corte do ar de combustão em caso de:
- alta temperatura na exaustão (200 o C) e na água de refrigeração
- sobrevelocidade (motor dispara em aspirando gás).
- etc.

15.2 – Motor a Gás

Motores a gás não podem ser instalados em Área Classificada de outras fontes vizinhas,
devido a alta temperatura da descarga/manifold que pode inflamar mistura explosiva
externa; em caso de aspiração de gases, o motor pode sofrer avarias por
detonação/sobrevelocidade.

Filtros e válvulas da linha de alimentação de combustível classificam a área, portanto,


recomendável que os motores sejam instalados em hood no convés aberto e que tais
elementos como tratador e filtro/drenos de condensado sejam instalados do lado
externo do hood; deve ser minimizado o número de conexões flangeadas, passíveis
de vazamento de gás no interior do hood.

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Cap. 15 Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas

Os dispositivos para geração de centelhas como magnetos, distribuidores, bobinas e velas


devem ser do tipo blindado com adequada proteção mecânica e isolamento adequado para
prevenir arcos (flashover); da mesma forma, os cabos devem ser blindados e fixados
firmemente.

Em caso de shut-down, provocado pela deteção de gás confirmado (60% LEL) no interior
do hood, a linha de gás combustível deve ter duplo bloqueio com uma das válvulas
solenóide montadas externamente ao hood (vide item 15.5); o gás residual no trecho
de tubulação no interior do hood até o regulador de gás do motor deve ser aliviado (vent),
através de válvula tipo blow-down (BDV). O vent deverá ser levado para fora do hood em
local seguro, para dispersão do gás. (vide na figura 15.2, instalação típica para BDV).

O óleo lubrificante e o interior do carter do motor pode ser contaminado por gás em caso
de vazamento nos anéis de segmento, portanto, o respiro do carter, bem como respiro do
tanque de óleo lubrificante se houver, também deve ser conduzido para fora do hood, em
local seguro, para dispersão do gás; tais respiros classificam a área ao seu redor.

Motor a gás, se instalado em ambientes confinados, deve ser enclausurado em um “hood”,


com a tubulação de gás encamisada por um duto, com exaustão mecânica desse interstício;
deve ser instalada deteção de gás na saída desse exaustor, e algumas outras proteções
intrínsecas ao equipamento, conforme as regras das Classificadoras (detetor de
sobrepressão no carter, etc.); vide também NFPA 37 [7C].

Fig. 15.1 – Exemplo típico de encamisamento de linha de gás combustível [6C], para
equipamentos em ambientes confinados.

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Cap. 15 Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas

15.3 – Compressores de Ar

Em geral, compressores de ar não devem ser instalados dentro de Áreas Classificadas.

Além dos componentes elétricos incorporados (pressostatos, válvulas solenóides), deve-se


afastar o risco do compressor aspirar e acumular gás no respectivo vaso.

Em compressores eventualmente utilizados para abastecer cilindros para máscaras


autônomas para respiração, deve ser instalado detetor de gás combustível e tóxico, na
aspiração do mesmo.

15.4 – Aquecedores, Fornos e Caldeiras


Aquecedores, fornos e caldeiras devem ser considerados como fontes de ignição devido ao
fato de apresentarem chama exposta e, em alguns casos, superfícies suficientemente
quentes que podem causar ignição de eventual gás vazado de alguma fonte de risco na
vizinhança, que atinja essa mesma superfície.

Entretanto, os elementos da linha de alimentação de gás como válvulas de controle e


moduladoras, flanges de conexões e acessórios, que podem formar uma espécie de
manifold, classificam a área ao seu redor e devem portanto, ser instalados suficientemente
afastados dos pontos de chama aberta do equipamento suprido.

O histórico de acidentes ocorridos na indústria do petróleo mostra que os maiores riscos


estão associados à eventual falha de ignição da chama piloto em fornos e tratadores de
óleo; ao ocorrer a falha na tentativa de partida, o gás inunda o interior da câmara e pode
provocar explosão interna, se não houver purga adequada, antes de nova tentativa de
partida.

Além disto, a falha na partida pode também vazar gás para o exterior, em torno do
equipamento; existindo o risco de ignição por alguma fonte de ignição externa, próxima
do forno.

Uma vez as superfícies quentes associadas a tais equipamentos são inevitáveis, não é usual
classificar a área ao redor dos mesmos, porém, pelas razões acima, recomenda-se a não
instalação de equipamentos elétricos comuns, próximos ao forno.

“Os equipamentos que operem com chama direta, não devem ser instalados em áreas
classificadas. Estes equipamentos devem ser isolados da área de processo por anteparas,
no mínimo A0. As dimensões das anteparas devem ser determinadas considerando o
disposto no estudo de dispersão de gás.” [2A], item 9.1.

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Cap. 15 Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas

15.5– Turbinas a Gás

Turbinas a gás, instalados em ambientes confinados ou semi- confinados, classificam o


local onde estão instaladas devido à probabilidade de vazamento de gás nas linhas de
alimentação de gás, vasos e componentes associados.

Nas plataformas, as turbinas a gás são utilizadas para acionamento de compressores de gás
e geradores de energia elétrica.

As turbinas ficam normalmente enclausuradas num casulo (“hood”) com isolamento


acústico e com sistema de ventilação independente e com fluxo de ar suficiente para
remoção de calor do hood.

Quando a turbina estiver operando, a taxa de fluxo de ar no casulo usualmente deverá ser
suficiente para purgar qualquer pequeno vazamento de gás que possa ocorrer, tipicamente
90 trocas de ar por hora.

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Cap. 15 Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas

As Diretrizes para Projeto do E&P-CORP [2A] estabelecem o seguinte:

“Proteção para Equipamentos Enclausurados (Turbogerador e Turbocompressor)


....
Deverão ser instalados sensores de gás combustível (utilizando-se a lógica de votação
2 de 2) na entrada e na saída do sistema de ventilação do invólucro da turbina e do
compressor.

Deverão ser instalados detectores de gás combustível nas linhas de alimentação de


gás das turbinas dos turbogeradores, onde houver conexões flangeadas. O tipo dos
detectores deverá ser conforme definido no item 5.

A deteção de concentração de 20% do Limite Inferior de Inflamabilidade (L.I.I.) de


gás na entrada do sistema de ventilação, deverá alarmar na sala de controle, e a
deteção de gás por 2 sensores a 60% do L.I.I. deverão adicionalmente fechar o
damper para a máquina.

A deteção de concentração de 20% do Limite Inferior de Inflamabilidade, (L.I.I.) de


gás na saída do sistema de ventilação por um único sensor deverá alarmar na Sala de
Controle Central da Instalação.

A deteção por dois sensores a 20% do L.I.I. deverá, adicionalmente, ligar o sistema
reserva de ventilação sem desligar o sistema normal. A deteção de gás por 2 sensores,
na concentração de 60% do L.I.I. deverá adicionalmente parar a turbina.

Caso essa deteção de concentração alta (60% do L.I.I.) se verifique no invólucro do


compressor, deverá, adicionalmente, fechar as válvulas de bloqueio de entrada e
saída de gás de processo e despressurizar a unidade de compressão.

Todos os equipamentos elétricos localizados no interior do invólucro das turbinas,


que continuarem energizados após a parada do sistema de ventilação do invólucro,
deverão ser apropriados para operação em áreas classificadas como "Grupo IIA,
Zona 1, T3.

Uma válvula de "shutdown" e uma válvula de "blowdown" de atuação automática


deverão ser instaladas na tubulação de suprimento de gás para a turbina, para
aumentar sua proteção e limitar o volume residual na linha de suprimento de gás.
Estas válvulas deverão ser atuadas pelo sistema de "parada” da turbina.” [2A] item
3.1.6

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Cap. 15 Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas

Os respiros dos tanques de óleo lubrificante e do óleo hidráulico, que além de liberar
vapores de hidrocarbonetos à alta temperatura na saída do demister, pode ser contaminado
pelo gás do compressor, através dos selos de mancais, por exemplo.

Todos esses respiros bem como o vent da linha de suprimento de gás (saída da válvula
blowdown) devem ser conduzidos para fora do hood, em área segura. Tais respiros, junto
com os exaustores do hood, classificam a área ao seu redor.

Além disso, em turbinas com bombas de pós- lube acionadas por baterias (motor de
corrente contínua), considerar também a área classificada no interior do compartimento de
baterias e descarga de exaustão do mesmo, quando agregados no skid da turbina.

Gás exaustão

Exaustor hood

Hood da turbina

Anel de gás dos


Ar de bicos injetores
Combustão

Turbina Gerador

Vent em local
seguro
Válv. controle
Válv. Shutdown
Sala da
turbina

Válv. Blowdown

Linha de gás

Válv. Shutdown

Fig. 15.2 – Exemplo típico de instalação de válvula de blowdown em linhas de alimentação de gás;

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Cap. 15 Instalação de Máquinas em Áreas Classificadas

15.6 - Blindagem, Isolamento Térmico e Partes Quentes de Equipamentos

Em Áreas Classificadas não devem ser instalados equipamentos e tubulações cuja


temperatura superficial seja superior a 200 ºC (classe T3 IEC). Dessa forma, descargas
de motores diesel, motores a gás e turbinas, caldeiras e tubulações que contenham
superfícies aquecidas, etc, não devem ser instaladas dentro de Áreas Classificadas, devido
à possibilidade de ignição de alguma mistura explosiva eventualmente presente.

Mesmo que estes equipamentos e tubulações, como por exemplo o duto de exaustão e o
silencioso de motores diesel, possuam isolamento térmico que “limite” a sua temperatura
superficial a no máximo 200 ºC, a instalação não é recomendada devido ao fato de o
isolamento se deteriorar com as intempéries e adversidades ambientais, podendo provocar
a ignição de uma atmosfera potencialmente explosiva.

Além disso, as fagulhas lançadas a partir das descargas de máquinas de combustão interna
podem provocar ignição de atmosfera explosiva.

Em sendo inevitável, adotar medidas de redução de temperatura da descarga como por


exemplo, tubulação de descarga molhada, instalação de corta-fagulhas.

Auto-ignição
“Petróleos líquidos quando suficientemente aquecidos, entram em ignição sem que lhes
seja aplicada chama. Este processo de auto-ignição é mais comum quando um óleo
combustível ou um óleo lubrificante, sob pressão, é lançado pulverizado sobre uma
superfície aquecida. Isto também ocorre quando o óleo derrama sobre revestimentos
isolantes térmicos, se vaporiza e entra em combustão. Estes são dois exemplos de fatores
responsáveis por graves incêndios já ocorridos em praças de máquinas. As linhas de
alimentação de óleo exigem atenção especial para evitar que o óleo seja pulverizado em
virtude de vazamentos. Revestimentos térmicos, quando saturados de óleo, devem ser
removidos e o pessoal deve ser protegido de qualquer ignição de vapores durante os
trabalhos de remoção”. [10]

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Cap. 16 Anteparas Divisórias de Áreas Classificadas

Capítulo 16
Anteparas Divisórias de Áreas Classificadas

Neste capítulo são indicadas as classes de anteparas e pisos que separam áreas
classificadas de áreas não-classificadas e de outras áreas de risco. São indicadas as
principais recomendações para manter as anteparas estanques a gás.

16.1 - Proteção Estrutural contra Incêndio

O livro de regras do IMO MODU CODE [3], dispõe sobre a proteção estrutural contra
incêndio, a serem seguidas por todas as Unidades marítimas móveis.

Uma antepara ou convés separando espaços adjacentes, sendo um deles uma Área
Classificada, deve ser do tipo conforme abaixo:

Toda antepara ou piso que separa uma Área Classificada de uma Estação de Controle(*)
ou Praça de Máquinas categoria A(**), adjacentes, deve ser do tipo A-60. Para demais
espaços adjacentes a uma Área Classificada a antepara pode ser do tipo A-0.

Quando uma Área Classificada está localizada num convés e a Praça de Máquinas
categoria A em outro imediatamente acima ou abaixo, o convés que divide estes espaços
(teto/piso divisório) deve ser, também, do tipo A-60.

Observações:

(*) Estações de Controle são aqueles espaços nos quais:


- equipamentos de navegação principal ou de rádio estão instalados, ou
- onde o sistema de monitoração de incêndio ou os equipamentos de controle de
incêndio estão localizados, ou
- onde os controles do sistema de posicionamento dinâmico ou sistemas de
extinção de fogo servindo vários locais estão situado, ou
- estação de controle centralizado do lastro em unidades estabilizadas por
colunas.
- Sala de controle da Instalação,
- Controle de poços, Sistemas de Deteção e Alarme Fogo & Gás, etc.

(**) Praça de Máquinas categoria A são todos os espaços que contém motores do tipo
combustão interna usados:
- para propulsão principal ou
- para outros propósitos onde tais motores tenham uma potência total não inferior
a 375 kW (500 HP) ou que contenham caldeira a óleo ou unidades alimentadas
a óleo.

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Cap. 16 Anteparas Divisórias de Áreas Classificadas

Antepara ou Piso Classe “A”:

É a divisão formada por anteparas ou “decks” que atendem aos seguintes requisitos,
segundo o SOLAS [21]:

- devem ser construídas de aço ou outro material equivalente;


- devem ser convenientemente reforçadas;
- devem ser construídas de forma que sejam capazes de prevenir a passagem de
fumaça e fogo ao final de uma hora de teste padrão de fogo;
- devem ser isoladas com materiais incombustíveis aprovados, tais que a
temperatura média do lado oposto à da exposição de fogo não aumentará mais
que 139 ºC acima da temperatura original, nem a temperatura, em qualquer
ponto, incluindo qualquer junta, aumentará mais que 180ºC acima da
temperatura original, dentro do tempo listado abaixo:

Classe “A-60” : 60 min


Classe “A-30” : 30 min
Classe “A-15” : 15 min
Classe “A-0” : 0 min

Obs.: Antepara A-60 constitui-se da antepara de aço (A-0), com revestimento de massa
resistente a fogo pelo tempo indicado, conforme acima.

As Diretrizes do E&P-CORP [2A] estabelecem que:

“Os pisos e anteparas da área de instalação de Bombas de Combate a Incêndio deverão


ser classificados, no mínimo, como divisória classe "A-0", devendo passar para "A-60" se
acima, abaixo ou em área adjacente, houver equipamentos que manuseiem fluidos
inflamáveis ou combustíveis.” (item 9.1)

“ Penetrações
Sempre que necessário penetrar uma parede ou piso classificado por tubulações, dutos,
bandejas ou cabos, deverá ser garantida a integridade, quanto à classificação, desta
divisória no ponto de penetração. Para tanto, deverão ser usados materiais selantes a
prova de fogo, devidamente homologados para a vedação das penetrações, prevenindo
assim, a propagação de fogo.” Item 3.3.1

Nas penetrações de paredes corta-fogo Classe A por dutos de ventilação, deverão ser
instalados “dampers” corta-fogo, de acordo com o SOLAS.

“As portas e janelas deverão seguir a classificação das anteparas em que estejam
localizadas. As portas corta-fogo deverão ser providas de dispositivo de fechamento
automático.
Não deverão ser instaladas janelas em anteparas corta-fogo Classe A-60.” ( item 3.3.2 )

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Cap. 16 Anteparas Divisórias de Áreas Classificadas

16.2 - Estanqueidade

Todas as anteparas de aço que separam uma área classificada de outra não-classificada
(ou com menor classificação) devem ser do tipo “estanque a gás”. Isto inclui também
todas as penetrações de cabos elétricos e tubos nesta antepara que devem ser estanques a
gás.

Não podem existir aberturas ou furos de passagem de cabos removidos, sem vedação.
Quando cabo elétrico ou tubo for removido, as aberturas nas anteparas devem ser vedadas
por bujão estanque ou soldadas. MCT’s abertos, desocupados por cabos removidos,
devem ser selados com bloquetes cegos.

Adicionalmente, tais penetrações deverão também atender às especificações adicionais de


estanqueidade quanto a fogo, e também de estanqueidade quanto a alagamento por
inundação, durante navegação, se aplicável.

Normalmente, as Classificadoras aceitam passagem de cabo em anteparas, com luva


roscada com prensa-cabo tipo “Ex”, ou dispositivos de passagem conhecidos como MCT
(multi-cable transit), do tipo aprovado.

Nota:
Vide também item 12.4 Inspeção Inicial/Final – Estanqueidade, no Cap. 12 Containers e
Equipamentos de Terceiros Embarcados Temporariamente.

16.2.1 - Portas Estanques a Gás

Todas as portas que dão acesso direto a áreas classificadas, ou portas de áreas que devem
ser mantidas com pressão diferencial, devem ser do tipo “estanque a gás”, com guarnição
de neoprene ou vedação equivalente.

As portas não podem ser providas de dispositivos para retenção na posição aberta, tais
como gancho ou similar.

Portas separando áreas com diferentes pressões, devem abrir para a área de maior pressão.
Desta forma, o fluxo de ventilação favorece o fechamento automático da porta e assim,
ajuda a manter a pressão diferencial entre estes compartimentos.

Essas portas deverão ter dispositivos tipo mola para fechamento automático. As portas
devem abrir na direção da área não-classificada, ou na direção da área de menor
classificação.

Nota:
Portas estanques à inundação (watertight) ou estanques a fogo (fire door class A) podem ser
consideradas como estanques a gás (gastight), conforme a norma IEC 60092-502 [11F]

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Cap. 16 Anteparas Divisórias de Áreas Classificadas

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Cap. 17 Armazenamento e Manuseio de Material Inflamável – Trabalhos de Pintura

Capítulo 17
Armazenamento e Manuseio de Material Inflamável –
Trabalhos de Pintura

Neste capítulo são indicadas as recomendações quanto ao armazenamento e manuseio


de substâncias inflamáveis comumente encontradas nas plataformas marítimas. São
apresentadas recomendações quanto a trabalhos de pintura ou limpeza.

Em unidades flutuantes, todos os materiais inflamáveis devem estar armazenados em recipientes


protegidos e adequadamente amarrados para prevenir derrame acidental, em caso de navegação
movimentos da unidade (pitch/roll) ou inclinação inesperada da unidade.

17.1 – Tintas e Solventes

Tintas e solventes devem ser armazenados em paiol de tintas, localizado ao ar livre,


construído com telas ou grades, para boa ve ntilação natural..

O material em uso tais como trincha, rolo, balde aberto, etc., deve ser armazenado também
em paiol.

Em paiol de tintas, não devem ser instalados interruptores, tomadas


ou outros componentes centelhantes; chave ou disjuntor para
iluminação interna de paiol de tintas, deve estar montado em local
seguro, fora da sala ou nos painéis de distribuição remotos. Além de
afastar a fonte de centelhas, também evita-se o risco de substituição
por tipo inadequado quando de alguma avaria de qualquer
componente montado dentro de paiol.

- Equipamentos construídos para Grupo IIA (Metano, gás natural),


usualmente especificados para as plataformas, não podem ser
instalados em paiol de tintas.

- Especificação: luminárias, interruptor e outros equipamentos elétricos


deverão ser do tipo aprovado e certificado para o Grupo IIB, T3 (200
°C).

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Cap. 17 Armazenamento e Manuseio de Material Inflamável – Trabalhos de Pintura

Cartazes adesivos como o mostrado no Apêndice C, deverão ser afixados junto às portas e
aberturas dos compartimentos onde se localizam os Paióis de Tintas.

17.2 – Querosene de Aviação

A área em torno do tanque de querosene, da bomba e do carretel com bico, do sistema de


reabastecimento de helicópteros é considerada como área classificada. Especificar
equipamentos certificados para o Grupo IIA, T3 (200°C).

Nota:

- Vide item 4.3.4 Precauções quando de reabastecimento de helicópteros – Capítulo 4 –


Aterramento em Áreas Classificadas.

Cartazes adesivos (Apêndice C), deverão ser afixados junto nos tanques e na área onde
este sistema estiver instalado.

17.3 – GLP (Unidade Piloto de Queimador)

Cilindros de GLP para chama piloto do queimador devem ser mantidos em local bem
ventilado.

Cartazes adesivos como o mostrado no Apêndice C, deverão ser afixados na área próxima
aos cilindros (Grupo IIA, T3 - 200°C).

17.4 – Acetileno

Cilindros de Acetileno para oxi-corte devem ser armazenados amarrados, em local


aberto, bem ventilado, sem equipamentos elétricos próximos; devem ficar afastados de
qualquer boca de ventilação ou janelas e aberturas de oficina de solda e outros locais
confinados para onde possa ingressar acetileno em caso de vazamento ou rompimento de
mangueiras. Os cilindros devem ser usados individualmente, com válvula contra
retrocesso e não devem ser interligados por manifold ou equivalente formando bateria ou
central de acetileno.

- Equipamentos construídos para Grupo IIA (Metano, gás natural),


usualmente especificados para as plataformas, não podem ser
instalados em regiões com acetileno

- Qualquer equipamento elétrico instalado dentro do raio de


classificação de Acetileno, deverá ser do tipo aprovado, certificado
para o Grupo de Gás Acetileno Grupo IIC, T2 (300°C).

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Cap. 17 Armazenamento e Manuseio de Material Inflamável – Trabalhos de Pintura

17.5 – Óleo Diesel e Outros Materiais Combustíveis

O óleo diesel marítimo tem Ponto de Fulgor superior a 60 ºC, sendo considerado Líquido
Combustível. Segundo este critério, o óleo diesel marítimo não classifica área.

Observação: o óleo diesel terrestre para caminhões tem baixo ponto de fulgor, sendo considerado
inflamável.

Apesar do óleo diesel marítimo não ser Inflamável, é recomendado a sinalização com
cartazes adesivos, junto aos seguintes locais:
- tanque diário;
- tanque de granel;
- áreas próximas a tomadas de recebimento; suspiros e tubos de sondagem de tanques.

Outros materiais combustíveis como graxa, lubrificantes, óleo, etc, embora não
classifiquem área, não devem ser armazenados em ambientes confinados, próximos a
estufas ou outros equipamentos de alta temperatura.

17.6 – Materiais Inflamáveis Armazenados em Pequenas Quantidades

Qualquer produto inflamável com baixo ponto de fulgor (altamente volátil) para
uso/consumo a bordo, deverá ser armazenado fechado/selado, no Paiol de Tintas, ou em
outro local reservado para isso, protegido, amarrado para prevenir quedas por movimentos
da embarcação e adequadamente ventilado, conforme procedimento definido pela
unidade.

17.7 – Produtos Químicos

A área em volta do skid da unidade de injeção de aditivos químicos, e respectivos tanques


de armazenamento, em unidades de produção, deve ser considerada como área
classificada;

Produtos químicos inflamáveis pouco voláteis à temperatura ambiente, usados como


aditivos para lama de perfuração, devem ser armazenados em tambores ou vasilhames
lacrados, em área reservada para tanto no convés exposto, bem ventilado e afastado de
fontes de ignição, observadas as proteções necessárias para derrame/drenagem, etc.

Para verificar inflamabilidade, volatilidade e toxidade, de fluidos utilizados na


perfuração/completação, consultar o site “Segurança de Produtos Químicos
(SINPROQUI), no Portal do E&P-CORP, http://portal.ep.petrobras.com.br/Portal/,
caminho > Produtos e Serviços > Gestão do Conhecimento > Informativos > Segurança de
Produtos Químicos.

Vide também, o Site do SMS, http://www.sms.petrobras.com.br (Caminho: SMS >


Segurança > Fichas de Segurança de Produtos Petrobras).

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Cap. 17 Armazenamento e Manuseio de Material Inflamável – Trabalhos de Pintura

17.8 – Trabalhos de Pintura ou Limpeza com Uso de Solventes

Os serviços de limpeza e pintura com rolo ou “spray”, com o uso de solventes, em


qualquer local fechado ou semi-confinado, pode formar uma atmosfera explosiva,
potencialmente perigosa, se não houver arraste para extração dos vapores ou renovação de
ar adequada, até a cura ou secagem da tinta aplicada.

O uso de spray com ar-comprimido, em áreas internas deve ser evitado.

As máquinas de pintura do tipo “airless spray”, devem ser firmemente aterradas,


inclusive as mangueiras e pistolas e também as peças sendo pintadas que podem
acumular eletricidade estática se isoladas; o aterramento deve descarregar a
eletricidade estática, evitando assim, eventual centelhamento que possa causar
ignição.

Os detetores de gás combustível e tóxico, podem ser contaminados ou envenenados pelos


trabalhos de pintura em sua volta; portanto, deve ser analisada a necessidade de sua
proteção, conforme o caso. Vide capitulo 7 Sistema de Detecção de Gás.

Recorrer a instalação de ventiladores e/ou exaustores provisórios, motor do tipo à prova de


explosão - “Ex”, de material não centelhante, em bom estado, para executar trabalhos de
pintura em ambientes confinados ou semi-confinados, para assegurar pelo menos 30 trocas
de ar por hora (renovação de ar no compartimento), devendo ser monitorado
freqüentemente pelo TS quanto ao Limite de Inflamabilidade e possível intoxicação.

Nota:
Para estimativa do volume de troca de ar no compartimento, vide método prático, indicado
no Cap. 5, item 5.6 - Ventilação Adequada.

Assegurar que ventilador ou exaustor provisório ou de instalação fixa, arrastem para a área
externa livre e, não arrastem nem expulsem vapores para outros compartimentos
confinados vizinhos ou para local próximo ao cogumelo de algum outro ventilador que
assim, pode aspirar e contaminar outro compartimento.

A limpeza do material de pintura em uso, como rolos, trinchas deverá ser executada em
local aberto

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Cap. 18 Requisitos Adicionais para Plataformas de Perfuração

Capítulo 18
Requisitos Adicionais para Plataformas de Perfuração

Neste capítulo são indicadas as precauções recomendadas quando da realização de


testes de produção e quando em situações de emergência (kick), em unidades de
perfuração. São apresentadas, também, as precauções recomendadas quando do
posicionamento de jack-up sobre jaqueta, face à possibilidade de regiões seguras da
plataforma ficarem dentro do raio de áreas classificadas geradas pelas instalações da
jaqueta.

18.1- Testes de Produção em Plataformas de Perfuração

Durante os testes de produção de poços ocorre a presença de gás na Unidade devido ao


manuseio de óleo/gás.

Devido à utilização temporária de equipamentos de teste de produção, como os


relacionados abaixo, novas áreas de risco são geradas no convés principal. Torna-se
necessária uma precaução especial, pois, nem sempre tais áreas são indicadas no plano
original de áreas classificadas:

- Vaso Separador de teste;


- Tanque de Aferição e Skid de Bombas de óleo;
- Manifold do Separador de Teste;
- Queimador de teste
- Base da Lança do Queimador, juntas rotativas de óleo e gás (BB e BE);
- Aquecedor de óleo ou caldeira.

Quando a Unidade for realizar testes de produção, devem ser tomadas as precauções,
como seguem:

- Posicionar corretamente o skid do vaso separador de teste e o tanque de aferição:


• Longe de bocas de ventilação,
• Longe de qualquer equipamento em uso, com fonte de ignição,
• Longe de portas e aberturas para o convés de máquinas e acomodações.
• Recomendado reservar um local, a ser demarcado no convés, atendendo as
condições acima, visto que estes equipamentos são móveis e embarcam somente
por ocasião dos testes; Não pode ficar por conta da escolha do guindasteiro, o
posicionamento de tais equipamentos em qualquer área livre.

- Caso não seja possível atender as condições acima, desligar os ventiladores fechando
seus dampers e desligar, no CCM ou painel de alimentação, os equipamentos com
fontes de ignição que estejam dentro do raio de classificação gerados por esses skids
temporários.

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Cap. 18 Requisitos Adicionais para Plataformas de Perfuração

- Desligar equipamentos não-essenciais, fechar portas e outras aberturas, próximas aos


skids e manifolds de gás/óleo destes equipamentos de teste.

- Conectar mangueira para afastar o suspiro do Tanque de Aferição, direcionando-o


para a torre ou outro local mais adequado, especialmente em unidades do tipo jack-
up, onde tais suspiros ficam muito próximos a guindastes, etc.

- Aterrar solidamente ao casco da embarcação, os Skids do Tanque de Aferição,


Bomba de Óleo, Vaso Separador de Teste, com ligação de cabo terra (ou ponto de
solda do skid ao casco);

- Abrir todas as janelas e tampas da cobertura do Skid Separador de teste, para


dispersão de gases vazados, se houver tampas de proteção;

Documentação:

- Consultar o Plano de Áreas Classificadas atualizado, específico da unidade. Fazer


constar no mesmo as áreas classificadas geradas por equipamentos de teste de
produção e também, as informações complementares quanto às restrições
operacionais para a realização de testes, especialmente para evitar contaminação por
gás em compartimentos com aberturas e cogumelos de ventilação, próximos a estes
equipamentos de teste.

- Fazer constar no Manual da Unidade os procedimentos acima, bem como, as placas


de aviso cabíveis nos ventiladores/equipamentos a serem desligados durante os testes
de produção.

18.2- Precauções para Situações de Emergência - “KICK” em


Plataformas de Perfuração

Em caso de “ kick” no poço, seguir as ações conforme Plano de Contingência da unidade;


Minimizar a possibilidade de contaminação de compartimentos, iniciando por fechar
todos as escotilhas e acessos abertos para a praça de máquinas, acomodações; desligar a
ventilação de compartimentos que não tenham cargas/equipamentos essenciais, fechar
entrada de ventilação das acomodações, etc., desligar equipamentos não-essenciais que
possam se constituir em fontes de ignição.

18.2.1 - Torre de Perfuração

No caso de um “blow-out”, toda a torre ou toda a plataforma pode ser envolvida com uma
nuvem de gás, passando muito além dos limites das Áreas Classificadas indicadas no
Plano; quando deverá ser acionado o sistema de parada de emergência (ESD).

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Cap. 18 Requisitos Adicionais para Plataformas de Perfuração

O convés de perfuração é considerado ZONA 1 em torno da mesa rotativa, limitado pelas


anteparas “quebra-vento” no contorno do drill- floor e até a altura da cobertura da casaria
do guincho (ZONA 2 estendida). No topo da torre, a descarga do separador de gás classific a-a
como ZONA 1, também.

Apesar dos trechos intermediários da torre serem considerados como Área não-classificada
pelas regras das Classificadoras, é recomendado instalar equipamentos do tipo aprovado
para ZONA 2 (pelo menos) em toda a extensão da torre, devido à possibilidade da nuvem
de gás tomá- la totalmente.

Meios de Desligamento:

Devido à grande quantidade de luminárias na torre de perfuração e no drill floor, e da


exposição das mesmas à avarias por impacto devido ao manuseio de tubos da coluna de
perfuração, todos os circuitos de iluminação da torre deverão ter meios de serem
desenergizados com dispositivos para desligamento remoto (chave/disjuntor montado em
área segura) ou chaves com proteção “Ex”, quando instaladas no próprio drill-floor,
mesmo que todas as luminárias sejam do tipo “Ex”.

Da mesma forma, todos os painéis e equipamentos não-essenciais no drill- floor ou área


adjacente, deverão ter meios de desligamento remoto, em área segura, cortando
alimentação nos painéis e CCMs de onde se origina a energia; para tanto deverão ter
identificação adequada.

18.2.2 - Área sob o Cantilever (para as Plataformas tipo Jack-up)

Manter fechadas todas as escotilhas e demais aberturas de acesso aos compartimentos no


convés de máquinas (áreas não-classificadas), sondagem de tanques etc., durante
operações de perfuração e testes de produção.

Todos os equipamentos instalados no teto do cantilever ou, instalado no convés sob o


Cantilever deverão ser do tipo aprovado para ZONA 2, pelo menos .

18.2.3 - Subestrutura da Torre

Todos os equipamentos instalados na subestrutura abaixo do drill- floor, em torno da


Calha da Peneira, do Bell Nipple, do BOP, deverão ser do tipo aprovado para ZONA 1.

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Cap. 18 Requisitos Adicionais para Plataformas de Perfuração

18.2.4 - Sistema de Parada de Emergência (ESD)

Nas plataformas de perfuração, as áreas de risco de formação de atmosfera explosiva


podem se estender além daquelas identificadas no Plano de Áreas Classificadas, em
condições excepcionais de operação, como blow-out. Arranjos especiais devem ser
providos para facilitar a desconexão seletiva de determinadas cargas.

Tendo em vista que as plataformas de perfuração foram construídas em diferentes


estaleiros e diferentes épocas e segundo regras também diferentes, cada unidade tem sua
própria configuração para o sistema de parada de emergência, para comandar a desconexão
seletiva de determinados grupos de cargas, frente a situações de emergência como
incêndio, gás, etc., às vezes sub-dividido ainda conforme a região do sinistro.

Verificar no Manual de Operação da unidade, o sistema de parada de emergência,


sequência de desligamento, bem como a localização e quantidade de botoeiras, para a
unidade em questão; tipicamente temos botoeiras (ESD) divididos para desconexão de:

- Ventilação para Praça de Máquinas (para vazamento de gás, blow-out ou incêndio na


praça de máquinas, etc.)
- Ventilação e Ar-Condicionado para Acomodações (para vazamento de gás, blow-out
ou incêndio nas acomodações, etc.)
- Cargas não-essenciais (para desconectar eliminando possíveis fontes de ignição, em
caso de kick, blow-out);
- Válvulas, Bombas e Centrífugas de Óleo Combustível, etc.(para incêndio na praça de
máquinas, etc.)
- Motores Diesel dos geradores principais de energia elétrica (eliminar fontes de
ignição, em caso de blow-out, vazamento de gás, etc.)
- Motor diesel do gerador de emergência. (blow-out, vazamento de gás, etc.)

Existem, entretanto, cargas que não devem ser desligadas mesmo em situações de
emergência operacional. Alguns desse serviços deverão estar operacionais após uma
parada de emergência (vide IMO MODU Code):

- iluminação de emergência, rota de fuga 30 minutos;


- alarme geral; sistema de deteção de fogo e gás
- sistema de controle do B.O.P.;
- sistema de comunicação interna (Intercom);
- comunicação via rádio, etc.

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Cap. 18 Requisitos Adicionais para Plataformas de Perfuração

18.3- Posicionamento da Plataforma sobre Jaquetas de Produção –


Precauções

Sempre que viável, planejar o posicionamento da plataforma mantendo o maior


afastamento possível entre a mesma e a Jaqueta, de modo que a Área Classificada gerada
pelos módulos, manifolds de produção da Jaqueta venha a ter a menor interferência na
classificação de áreas da plataforma e vice-versa.

Considerar também a direção dos ventos predominantes, que deve favorecer o arraste de
qualquer vazamento na Jaqueta para longe do alojamento da plataforma.

A Área Classificada gerada pela jaqueta pode envolver parte do casco da plataforma,
criando Áreas Classificadas Adicionais para a plataforma. Neste caso, é recomendável
emitir Plano de Áreas Classificadas específica para a locação, incorporando todas as
recomendações e precauções cabíveis, conforme abaixo:

- Fechar, cobrindo com plástico ou equivalente tamponamento, os suspiros de tanques


de pré-carga na popa que tenham ficado envolto na Área Classificada da jaqueta
(aspiração de gases que vazem da Jaqueta, etc.)
- Manter fechadas as escotilhas de acesso a tanques de pré-carga e outros, na popa.
- Verificar se equipamentos e luminárias do tipo industrial comum (não adequados para
uso em atmosferas explosivas) na plataforma, não ficaram dentro da Área Classificada
da Jaqueta.
- Verificar se aspiração de ventiladores e demais aberturas de ventilação natural não
ficaram envoltos pelas Áreas Classificadas geradas pela Jaqueta. Instalar detetores de
gás, se aplicáve l. Alternativamente, cobrir ou fechar tais entradas.

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Cap. 18 Requisitos Adicionais para Plataformas de Perfuração

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Cap. 19 Documentação referente à Áreas Classificadas

Capítulo 19
Documentação referente à Áreas Classificadas

Neste capítulo são listadas as informações que devem constar nos Planos de
Classificação de Área, incluindo legenda e procedimentos operacionais. É sugerida a
Lista de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos em Áreas Classificadas para a
rastreabilidade dos mesmos. É sugerida a sinalização das áreas classificadas com
cartazes padronizados. São abordados os meios para divulgação dos Planos e de
Avisos referentes a Áreas Classificadas.

19.1- Plano de Áreas Classificadas – Conteúdo e Legenda

Com relação aos procedimentos para mapeamento das fontes de risco e elaboração/criação
do Plano de Áreas Classificadas vide cap. 2 – Áreas Classificadas Típicas.

Para a atualização/revisão de Plano em unidades existentes, vide item 1.4 Atualização de


Planos de Áreas Classificadas, no Cap. 1 Regras e Regulamentos Aplicáveis.

Os desenhos de Classificação de Áreas devem conter as seguintes informações, conforme


as Diretrizes do E&P-CORP [2F], Anexo S-02:

“Plano de Áreas Classificadas, deverá ser indicado sobre o arranjo geral, em cada
nível, cuja Legenda deve conter informações análogas às mostradas no ANEXO A.

Representar as áreas classificadas em cada nível, com nome e tag dos equipamentos
e fontes de risco, incluindo cortes e vistas laterais.

O Plano de Áreas Classificadas deverá ter formato adequado para que um único
desenho consolide todas as plantas, vistas e cortes, permitindo assim facilidade de
consulta e afixação em locais públicos da plataforma;

Para minimizar o risco de contaminação de ambientes seguros, áreas não-


classificadas, o Plano de Área Classificada deverá explicitar todas as recomendações
e restrições operacionais previstas em projeto, contendo as seguintes informações:

Indicar em Nota, onde exigida a Pressurização Negativa de Compartimentos


considerados como Áreas Classificadas; e quais Exaustores devem ser mantidos
permanentemente ligados para assegurar essa pressurização.

Indicar em Nota, onde exigida a Pressurização Positiva de Compartimentos não-


classificados, adjacentes a Áreas Classificadas, com porta de acesso ou outras
aberturas de comunicação entre os mesmos; indicar quais ventiladores devem ser
mantidos permanentemente ligados para assegurar essa pressurização

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Cap. 19 Documentação referente à Áreas Classificadas

“Indicar em Nota, onde exigida a Pressurização Positiva de Cabines de Controle, situados


dentro ou adjacente a área classificada; indicar na planta os pontos de tomada de
aspiração de ar para pressurização, bem como a existência de detecção de gás nessa
tomada. Indicar quais ventiladores devem ser mantidos permanentemente ligados para
assegurar essa pressurização.

Representar, no Plano, as Anteparas de aço, estanques a gás, que separam Áreas


Classificada de outra Área não-classificada, que não devem conter furos de
passagem/portas/janelas abertas.

Localização de portas, janelas e quaisquer outras passagens entre estas áreas com
indicação do sentido de abertura de portas ou de barreira de ar (“air-lock”), se houver.
Indicação, em Nota, quanto aos Alarmes de Falha de Ventilação/Pressurização ou falha de
Exaustão ou Alarme de Pressão diferencial entre Área Classificada e outra Área não-
classificada, adjacentes – indicar o local onde sinaliza o alarme.
Indicar nas Plantas de Convés a localização de todos os Cogumelos de Ventilação e de
Exaustão, Forçada ou Natural, de Áreas Classificadas e salas vizinhas; indicar a função,
tag e o compartimento atendido por esses ventiladores/exaustores.

Indicar os pontos de tomada de ventilação monitorados por detector de gás (combustível e


tóxico), e forma de atuação (fechamento de dampers, corte de ventiladores).

Indicar nas Plantas de Convés a localização de Escotilhas e outras aberturas no teto ou


piso, para manuseio de carga, em Áreas Classificadas ou em locais muito próximos às
mesmas;

Indicar, em Nota, os Procedimentos e Restrições Operacionais aplicáveis, quando houver


(Exemplo: Manter escotilha da sala ..... fechada durante operação da plataforma; Manter
ventilador da sala ..... ligado durante operação da plataforma, para pressurização da sala,
etc).
Indicar em Nota, o tag e função de todos os Painéis e Consoles de operação instalados em
área classificada, que devem ser mantidos permanentemente pressurizados/purgados;
indicar a função de alarme de falha de pressurização existente, e o local onde alarma

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Cap. 19 Documentação referente à Áreas Classificadas

OOO ZONA 0
LEGENDA
OOO
OOO

ZONA 1 Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é provável de ocorrer em


condições normais de operação do equipamento de processo.

ZONA 2 - Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é pouco provável de


ocorrer e, se ocorrer, é por curtos períodos, estando associado à operação anorma l do
equipamento de processo.

ÁREA NÃO-CLASSIFICADA (desde que mantida com pressão positiva por ventilação forçada)

ÁREA NÃO-CLASSIFICADA

P ÁREA A SER MANTIDA COM PRESSURIZAÇÃO NEGATIVA (através de exaustão forçada, para não
contaminar os compartimentos vizinhos)

ANTEPARA DE AÇO, estanque a gás (VER NOTA 1)


A0

Obs.
Para evitar-se o congestionamento no desenho, a representação da Zona 0 (interior de vasos,
etc.) é em geral, dispensada pelas Classificadoras, por ficar envolvido na zona 1 correspondente;
Recomendado sua indicação para arranjos/cortes de FPSO/FSO mostrando os tanques de carga
de petróleo, e corte de vasos de grande porte.

Nota 1: essas anteparas estanques a gás deverão ter todas as penetrações de tubo ou cabos
elétricos vedadas contra passagem de gás/fogo. todas as portas nestas anteparas deverão ter
mola para fechamento automático, sem dispositivo de retenção na posição aberta, e permanecer
fechadas durante a operação da plataforma para manter o diferencial de pressão entre os
compartimentos adjacentes.

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Cap. 19 Documentação referente à Áreas Classificadas

19.1.1 - Documentos Complementares:

São os documentos que contem informações importantes para o desenvolvimento do


projeto de Classificação de Áreas da Unidade e para a operação segura da unidade.

Arranjo Geral

Indicação da direção predominante dos ventos;

As informações referentes à todas as aberturas e escotilhas para passagem de carga,


cogumelos de ventilação, janelas, etc, conforme descrito acima são necessárias para
examinar a possibilidade de contaminação cruzada face à proximidade das diversas áreas
ou ambientes, devido às reduzidas dimensões físicas das plataformas;

- O cogumelo de ventilação deverá estar em local de livre circulação, a pelo menos 3


metros de qualquer Área Classificada;

- As descargas de exaustor de Área Classificada deverão lançar para local onde a


corrente de vento facilite a dispersão, evitando-se lançar descarga em ambientes semi-
confinados ou próximos a cogumelos de ventilação que possam aspirar gases
eventualmente presentes.

A localização no convés dos suspiros de tanques nos pontoons e colunas, que não devem
estar contidos ou muito próximos a áreas classificadas.

A localização de máquinas de combustão interna, suas chaminés e descargas (motor diesel,


caldeira, turbina, etc.) que devem ser mantidas a pelo menos 3m da fronteira de área
classificada.

A localização de oficinas de solda, corte e outras áreas de trabalho a quente que devem ser
mantidos a com o maior afastamento possível de áreas de processo/classificadas.

A localização e vistas de perfil de equipamentos, vasos e instalações que classificam a


área; indicando seus respiros, vents, válvulas de alívio e respectivas descargas, se
conduzidos para local afastado ou seguro; (PSV, BDV, etc.).

A localização das salas e compartimentos fechados, identificação da categoria das


anteparas e pisos divisórios de áreas classificadas,

A localização de portas, aberturas, janelas demais passagens em anteparas.

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Cap. 19 Documentação referente à Áreas Classificadas

Diagrama de Ventilação , com indicação de:

- Todas as entradas e saídas de ventiladores e exaustores mecânicos, capacidade de


vazão e pressão de cada máquina;

- Aberturas para ventilação e exaustão natural;

- O diagrama de ventilação deverá ser indicado sobre o Arranjo Básico, indicando a


localização de portas e escotilhas; indicação dos dutos e dampers e estanqueidade (se
fogo/gás/água); Nota: vide item 5.81. Recomendações adicionais para evitar
contaminação cruzada de ambientes, no Cap. 5.

- Tabela-resumo contendo o número de trocas de ar por hora em cada compartimento


(fluxo de ar) de Área Classificada e nas salas adjacentes não-classificadas;

- Indicação dos compartimentos pressurizados (positiva ou negativa) e indicação do tipo


e localização dos sensores para alarme de falha de pressurização/ventilação.

- Localização e indicação do sentido de abertura de portas ou de barreira de ar (“air-


lock”), se houver. As portas deverão abrir para o lado não-classificado ou para
classificação menor risco, de modo que a pressão positiva do lado não-classificado
auxilie o fechamento da porta. A porta divisória deverá ser provida de guarnição de
borracha para vedação e meios para fechamento automático.

Plano de Segurança, com indicação:

- Todos os pontos de aspiração de ventilação monitorados por detetor de gás,


destacadamente, a entrada para renovação de ar do alojamento, salas de controle e
atuação automática, como desligamento de ventilador e fechamento de dampers,
quando existentes;

- Estação de desligamento manual de ventiladores e parada de emergência (ESD).

Lista de Dados para Classificação de Áreas:

Conforme formulário Anexo da norma N-2155 [17G], que deve conter a lista com os
equipamentos e elementos considerados como fonte de risco, substância manuseada e
parâmetros operacionais (pressão,vazão,temperatura) e demais dados pertinentes.

A Lista de Dados acima deve ser preparada a partir da Lista de Equipamentos, do


Fluxograma de Processo e também do conhecimento do funcionamento dos equipamentos
do processo e atividades envolvidas.

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Cap. 19 Documentação referente à Áreas Classificadas

19.2 – Lista de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos em Áreas Classificadas

Para as novas unidades, as Diretrizes do E&P-CORP estabelecem que todos os equipamentos


e acessórios para uso em áreas classificadas sejam listadas, conforme modelo abaixo [2F],
Anexo E-003, para rastreamento;
“Todos os Certificados de equipamentos e acessórios para uso em atmosfera explosiva , deverão
ser reunidos em um “Databook”, mantido à bordo, para exibição/aprovação da Sociedade
Classificadora, quando requerido” [2F].

Motor Parâmetros
EQUIPAMENTO/ CARACTERÍSTICAS CERTIFICADO DE CONFORMIDADE de Circuitos
LOCAL INSTALADO Intrinsecam

Acessórios de Instalação Certificados (Nota 2)


(DADOS DE PLACA) ente
Seguros
(nota 4)
(V, I, C, L,
R, P)

tE, para motores Ex-e, tempo ajustado


Compartimento, Área / Skid Umidade

Ip/In, Tempo máximo de rotor travado


Área não-classificada (ESD-3 ou

No. Certificado de conformidade e


Potência Nominal (kW) (Nota 5)

Valores Máximos permitidos no circuito


Marcação Equipamento, condições

Valores do Equipamento/ componente

Valor total real, incluindo os circuitos


Carga Essencial) (Nota 3)

Entid ade Certificadora(OCC)


Classe de Temperatura (IEC)
Tipo de Proteção “Ex” (IEC)
Tipo/Modelo do fabricante
Classificação de Área

Grau de Proteção IP

Grupo de Gás (IEC)

Validade (Nota 1)
Função/ Sistema

Fabricante/país
(Grupo, Zona)
Equipamento

Tensão (V)

associados,
especiais

proteção
Pacote
TAG

Obs.
Item

(a)Prensa-cabo descrito no
Convés Principal, skid da

1
Motor da Bomba de ..

tempo de Ajuste relé


Grupo IIA, Zona 2

proteção = 5 seg
XWEG – Brasil

Ref. XPTO-...

Cepel/Labex
MB-211111

99-XXX...
dez/2001
BR-Ex-e ...
T3 (200 C)

t E - 7 seg ;
IP-W-55
Unid. ...

item xx
Motor

Ex-e

N/A
N/A

N/A
480

IIA
22

Notas:
(1) As cópias dos Certificados de Conformidade e respectivos Anexos, devem ser fornecidas, reunidas em
um data-book
(2) Todos os acessórios de instalação do tipo aprovado para atmosferas explosivas (prensa-cabos, caixas de
junção e similares) devem ser indicados junto com o equipamento correspondente ao qual está
agregado, referenciando apenas o item correspondente.
(3) Devem ser listados os equipamentos elétricos e eletrônicos, instrumentos, instalados em áreas externas
não classificadas e que necessitem operar durante uma situação de emergência, ESD-3 listar também as
luminárias essenciais conectadas a UPS/baterias instaladas em áreas externas não-classificadas
(4) para circuitos do tipo intrinsecamente seguro, deve ser anexado uma memória de cálculo, com resumo
do circuito e os componentes e circuitos associados considerados
(5) Para as luminárias, devem ser indicados o tipo e a potência máxima (W) das lâmpadas, para o qual
foram certificadas
(6) Para motores elétricos acionados por conversor de freqüência, deverá ser fornecido o Certificado de
Conformidade do conjunto (conversor + motor)
(7) Os dados acima devem ser fornecidos armazenados em banco de dados (Access ou compatível);

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Cap. 19 Documentação referente à Áreas Classificadas

19.3 – Manual de Operação da Unidade

No Manual de Operação da Unidade deverá haver descrição e precauções quanto às Áreas


Classificadas, conforme previsto nas Diretrizes para Projeto do E&P-CORP [2G], item
XI.2:

“ Descrever as áreas classificadas:

a) Descrever as recomendações e restrições operacionais previstas em projeto, para


minimizar o risco de contaminação de ambientes seguros e áreas não-classificadas;
b) Descrever as recomendações de projeto relacionadas aos requisitos de
exaustão/ventilação das áreas classificadas;
c) Indicar as áreas classificadas confinadas, onde é exigida a Pressurização Negativa;
d) Indicar onde é exigida a Pressurização Positiva de Compartimentos não-classificados,
adjacentes a Áreas Classificadas e pressurização de air-locks existentes;
e) Indicar onde é exigida a Pressurização Positiva de Cabines de Controle, situados
dentro ou adjacente a área classificada;
f) Indicar onde é exigida a Pressurização Positiva de Painéis ou Gabinetes de Controle
especialmente dos sistemas de segurança, instalados em área aberta ou convés de
máquinas;
g) Apresentar tabela-resumo, indicando o número mínimo de trocas de ar por hora em
cada compartimento de Áreas Classificadas e nas salas adjacentes, não classificadas,
pressurizadas;
h) Apresentar resumo com a capacidade de vazão dos ventiladores/exaustores, indicando
quais/quantos devem ser mantidos em condição normal de operação, para atender a
condição mínima de renovação;
i) Descrever o sistema de alarmes de falha de ventilação/exaustão, falha de
pressurização, baixa pressão diferencial entre uma área classificada e as áreas
adjacentes. Descrever os tipos de sensores, e suas localizações;
j) Identificar as anteparas e passagens que devem ser mantidas estanques a gás;
k) Identificar as portas, escotilhas e air-locks que devem ser mantidas fechadas, para
evitar contaminação cruzada”

19.4 Registro de Manutenção/Inspeção de Equipamentos e Instalações:


Deve ser previsto um Plano para Manutenção e Inspeção Periódica de Equipamentos e
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas (Vide recomendações no cap. 13), incluindo
por exemplo:

Procedimentos para execução de manutenção preventiva e inspeção periódica de


equipamentos e instalações, com base na Norma PETROBRAS N-2510 e com cadastro no
Sistema de Controle de Manutenção utilizado (SGE/RAST ou outro). Considerar:

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Cap. 19 Documentação referente à Áreas Classificadas

• Equipamentos “Ex” ou com proteção equivalente; verificar integridade desses


equipamentos, se avariados, mantidos adequadamente
• Equipamentos Pressurizados – checar sistema de purga e alarmes;
• Sistemas de alarme de falha/falta de ventilação em área confinada, não-classificada
ou de menor classificação, adjacente a área classificada;
• Verificar anteparas estanques quanto à existência de furos, passagens e verificar
procedimentos como a manutenção de portas fechadas para impedir eventual
contaminação.
• Sistemas de detecção de gás;
- Calibração dos sensores de gás combus tível, tóxico;
- Modo de atuação dos sensores de gás
- Existência de By-pass ou inibição por software, etc.
• Sistema de parada de emergência;
• Inspeções periódicas das instalações por área ou compartimento.
• Equipamentos e ferramentas portáteis, transportáveis em trabalhos temporários
• Instalações provisórias;

- Prever recomendações sobre a instalação, o uso, manutenção e procedimentos de


inspeção periódica de equipamentos em áreas classificadas, pressurização de
compartimentos e painéis.

19.5– Sinalização de Áreas Classificadas e Divulgação dos Planos

19.5.1 – Sinalização
Todas as Áreas Classificadas da plataforma
deverão estar devidamente sinalizadas com
cartazes (adesivo em vinil ou placa), como o
mostrado ao lado (Vide arquivo no Apêndice
C, sugerido para a Norma N-2567 [17F], ora
em elaboração.

Formatos sugeridos, conforme o local:


25 x 18 cm ou A4, aprox.
35 x 25 cm ou A3, aprox.
50 x 35 cm ou A2, aprox .

Fig. 19.2- Cartaz para sinalização de Áreas Classificadas

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Cap. 19 Documentação referente à Áreas Classificadas

19.5.2 – Divulgação dos Planos

Além da demarcação nos respectivos locais, deverá ser feita ampla divulgação, afixando em
Painéis em locais públicos (corredores de alojamento, etc.), os desenhos de Arranjo de Áreas
Classificadas (desenho 2-D) com Plano/Vistas Laterais e sugerido exibir também o arranjo
tridimensional (3-D), conforme exemplificado abaixo, para o caso específico da plataforma
PETROBRAS-V:

Fig. 19.3 – Plano de Áreas Classificadas da PETROBRAS-V: Vista de perfil

Fig. 19.4 – Plano de Áreas Classificadas da PETROBRAS-V: Vista do Convés Principal

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Cap. 19 Documentação referente à Áreas Classificadas

Vista superior bombordo - proa Vista superior - boreste


Fig. 19.5 – Arranjos tridimensionais da plataforma PETROBRAS-V, mostrando as áreas de risco

19.6 – Informações sobre Áreas Classificadas

19.6.1 – Palestra de Segurança (“Briefing”)

Todas as pessoas embarcadas na plataforma (visitantes, contratados e pessoal próprio)


devem ser informadas sobre os locais com possibilidade de existência de atmosfera
explosiva (Áreas Classificadas) e os procedimentos a serem observados quando da
execução de trabalhos nestas Áreas e necessidade de emissão de Permissão para Trabalho
(PT).

Noções gerais sobre Áreas Classificadas deverão, preferencialmente, ser abordadas quando
do embarque do pessoal na plataforma, durante a Palestra de Segurança (“Briefing”). Nesta
ocasião deverão ser enumerados os locais considerados Áreas Classificadas e mostrados os
cartazes adesivos utilizados para a identificação/demarcação dos mesmos.

Instruções quanto aos cuidados requeridos especialmente para a execução de serviços com
eletricidade e de serviços a quente nestas áreas, incluindo o uso de ferramental apropriado,
deverão ser abordados na Palestra de Segurança.

Não se deve FUMAR em Áreas Classificadas!


Uma proibição total de FUMAR a bordo de Plataformas é, em geral,
irrealista e inexeqüível e, pode ensejar o fumo às escondidas, inclusive em
Áreas Classificadas, se não houver demarcação visível. Pode haver,
entretanto, ocasiões em que, devido à natureza das operações será
necessária uma proibição total de fumar em áreas externas.

O(s) local(is) permitidos para fumar, deverão ser obrigatoriamente


indicados e identificados pelo TS e guarnecidos com cinzeiros.

Na ocasião, as pessoas embarcadas, principalmente os visitantes, deverão ser informadas sobre os perigos
potenciais associados ao uso de equipamentos elétricos ou eletrônicos do tipo não-aprovados em Áreas
Classificadas, tais como os telefones celulares do tipo comum, atualmente de uso generalizado.

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

Apêndice A

Neste apêndice são apresentados os aspectos construtivos dos principais tipos de


proteção “Ex” de equipamentos permitidos em Áreas Classificadas. São indicados
exemplos de marcação de equipamentos de diferentes origens e abordada a Certificação
de equipamentos “Ex”.

A.1 – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

Equipamentos elétricos ou outros equipamentos que possam constituir-se numa fonte de


ignição não devem ser instalados em Áreas Classificadas, a menos que seja estritamente
essencial sua instalação neste local, para a operação.

“Os equipamentos e dispositivos elétricos devem possuir características inerentes que os


tornam capazes de operar em atmosferas potencialmente explosivas, com o mínimo risco
de que causem a inflamação do ambiente onde estão instalados. Para isto são utilizadas
diversas técnicas construtivas que são aplicadas de forma a reduzir o risco de explosão ou
incêndio provocado pela sua operação.” [1].

Métodos de Prevenção [8]:

“Existem vários métodos de prevenção que permitem a instalação de equipamentos


elétricos geradores de faíscas elétricas e temperaturas de superfícies capazes de detonar a
atmosfera potencialmente explosiva.

Estes métodos de proteção baseiam-se em um dos princípios:

- Confinamento da explosão: este método evita a detonação da atmosfera, confinando a


explosão em um compartimento capaz de resistir a pressão desenvolvida durante uma
possível explosão, não permitindo a propagação para as áreas vizinhas. (Exemplo:
equipamentos à prova de explosão).

- Segregação da faísca: é a técnica que visa separar fisicamente a atmosfera


potencialmente explosiva da fonte de ignição. (Exemplo: equipamentos pressurizados,
imersos e encapsulados).

- Prevenção: neste método controla-se a fonte de ignição de forma a não possuir


energia elétrica e térmica suficiente para detonar a atmosfera explosiva. (Exemplo:
equipamentos intrinsecamente seguros).”

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

A.2– Tipos de Proteção de Equipamentos para Uso em Áreas


Classificadas

Os tipos de proteção para equipamentos “Ex”, conforme a IEC/ABNT, a simbologia


associada, definição e Normas aplicáveis estão relacionados na tabela abaixo:

SÍMBOLO NORMAS
TIPO DE PROTEÇÃO IEC/ABNT DEFINIÇÃO IEC/ (ABNT)

À Prova de explosão Capaz de suportar explosão interna sem


Flameproof Ex-d permitir que essa explosão se propague para IEC 60079.1
(Vide A.2.2 e A.2.4) o meio externo. (NBR 5363)
Invólucros com pressão positiva interna,
Pressurizado superior à pressão atmosférica, de modo que IEC 60079.2
Purged ou Ex-p se houver presença de mistura inflamável ao
pressurized redor do equipamento esta não entre em (NBR 5420)
(Vide cap. 6) contato com partes que possam causar uma
ignição.
Imerso em óleo (*) Ex-o IEC 60079.6
Oil filled (NBR 8601)
Imerso em areia (**) Ex-q As partes que podem causar centelhas ou IEC 60079.5
Sand or alta temperatura se situam em um meio -
powder filled Isolante.
Imerso em resina Ex- m IEC 60079.18
(**) resin-moulded -
Segurança Medidas construtivas adicionais são
aumentada Ex-e aplicadas a equipamentos que em condições IEC 60079.7
Increased safety normais de operação não produzem arcos,
(Vide A.2.3 e A.2.4) centelhas ou altas temperaturas. (NBR 9883)
Dispositivo ou circuito que em condições
Segurança intrínseca Ex- ia normais ou anormais (curto-circuito, etc.) de IEC 60079.11
intrinsically safety operação não possui (NBR 8447)
(Vide A.2.5) Ex- ib Energia suficiente para inflamar a atmosfera
explosiva.
Dispositivo ou circuito que em condições
Não-acendível Ex-n normais de operação não são capazes de IEC 60079.15
Non incendive provocar a ignição de uma atmosfera -
explosiva de gás, bem como não é provável
que ocorra algum defeito que seja capaz de
causar a inflamação dessa atmosfera.
Especial Ex-s Usado para casos ainda não previstos em -
norma.
Tabela A1- Tipos de proteção segundo a norma IEC

Notas:
(*) Não é aceito pelas Classificadoras em virtude da inflamabilidade do óleo isolante.
(**) Não é comumente utilizado – tecnologia antiga.

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

ATENÇÃO!

Equipamentos “Ex” construídos e certificados para uso em Zona 1, como


por exemplo os do tipo À Prova de Explosão (Ex-d), podem ser utilizados
em Zona 2, porém o contrário não é válido, ou seja, equipamentos
certificados para Zona 2, como os do tipo Não-acendível (Ex-n), não
podem ser utilizados em Zona 1, pois são de concepção mais simples
(requisitos construtivos menos rigorosos que os adotados para Zona 1).

NOTA:

Dentre os diversos tipos de proteção existentes, os únicos que dependem


do Grupo de Gás são o “Ex-d” e o “Ex- i”. Portanto, quando se especificar
qualquer um destes tipos de proteção, deve-se citar, também, o Grupo de
Gás para o qual eles devem atender e a classe de temperatura.

Um guia prático para seleção de equipamentos elétricos “Ex”, para as diversas Áreas
Classificadas de Plataformas de Perfuração ou Produção é mostrado na Tabela 3.1- Guia
prático para seleção de equipamentos “Ex”, no cap. 3.

A.2.1 – Classificação em Grupos

Na classificação em Grupos, mostrada na tabela abaixo, os diversos materiais são


agrupados pelo grau de periculosidade que proporcionam, conforme a normalização IEC.

GRUPOS DESCRIÇÃO

Grupo I Ocorre em minas onde prevalece os gases da família do metano (grisu) e


poeiras de carvão.
Grupo II Ocorre em indústrias de superfície (químicas, petroquímicas, farmacêuticas,
etc.), subdividindo-se em IIA, IIB e IIC:
Grupo IIA Ocorre em atmosferas explosivas, onde prevalece os gases da família do
propano (plataformas de perfuração e produção)
Grupo IIB Ocorre em atmosferas explosivas, onde prevalece os gases da família do
etileno
Grupo IIC Ocorre em atmosferas explosivas, onde prevalece os gases da família do
hidrogênio (incluindo o acetileno)
Tabela A2- Classificação IEC em Grupos

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

NOTA:

O Grupo de maior periculosidade é o Grupo IIC, seguido pelos Grupos IIB


e IIA, nesta ordem. Consequentemente, se um equipamento é projetado,
por exemplo para o Grupo IIB, poderá também ser instalado em locais
com possibilidade de ocorrência de gases do Grupo IIA, mas nunca em
locais com gases do Grupo IIC.

SUBSTÂNCIA IEC /ABNT NEC (500) /API O gás natural, de ocorrência


(NEC 505) comum nas instalações de
Grisú (metano) Grupo I Não classificado perfuração e de produção, é uma
Acetileno Grupo IIC Classe I – Grupo A composição principalmente de
Hidrogênio Classe I – Grupo B Metano, Etano, Propano, etc.
Etileno Grupo IIB Classe I – Grupo C ou seja, do Grupo IIA
Propano Grupo IIA Classe I – Grupo D (IEC/ABNT) ou Grupo D (NEC).
Tabela A3- Comparação entre as classificações das substâncias representativas de cada
família de gases segundo as normas IEC e NEC (500) – Vide também Apêndice D

Limites de inflamabilidade
Durante o processo de evaporação de um líquido inflamável com a formação de uma
mistura acima da superfície livre do líquido acontecem fases diferentes de concentração, de
tal modo que, com baixa concentração, a mistura ainda não é inflamável.

As concentrações abaixo do limite mínimo de explosividade (LEL – Lower Explosive Limit


ou L.I.I. – Limite Inferior de Inflamabilidade) não ocorre a explosão pois a mistura está
muito pobre, ou seja, muito oxigênio para pouco combustível.
Analogamente, quando a concentração aumenta muito, acima do limite máximo de
explosividade (UEL – Upper Explosive Limit ou L.S.I. – Limite Superior de
Inflamabilidade), também não ocorre mais a explosão devido ao excesso de combustível,
mistura muito rica.” [8]

Entre os Limites Inferior e Superior de Inflamabilidade há uma faixa denominada FAIXA


DE INFLAMABILIDADE que geralmente é expressa em porcentagem por volume ou em
gramas por metro cúbico, referidas a 20 ºC e à pressão de 1 bar.

NOTA:

As substâncias que possuem faixas de inflamabilidade amplas apresentam


maior risco, quando comparadas com outras que possuem faixas de
inflamabilidade menores, pois no caso de liberação para a atmosfera, o
tempo de permanência como mistura inflamável será tanto maior quanto
maior for a faixa de inflamabilidade da substância, considerando-se as
mesmas condições de liberação.

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

A.2.2 – Equipamentos À Prova de Explosão – Ex-d

Dos tipos de proteção existentes, os equipamentos À Prova de Explosão são os mais


antigos e conhecidos no Brasil, devido à forte influência de tecnologia e normalização
americana em nossas instalações mais antigas, para atmosferas explosivas.

“O fechamento hermético de todo equipamento elétrico é impraticável, uma vez que


dispositivos tais como chaves desligadoras, motores, disjuntores, etc. possuem partes
móveis que devem ser operadas através do invólucro, ou seja, são os eixos de motores,
manoplas de operação, eixos de botões de comando, etc., que devem ter folgas que
permitam a sua operação. Além disso, é necessário que haja acesso às partes internas do
equipamento para manutenção.

É praticamente impossível construir-se juntas roscadas totalmente estanques a gás. O


sistema de eletrodutos e o invólucro são submetidos a um processo de “respiração”
devido às diferenças de temperatura que ocorrem, por exemplo, durante o dia, e com isso
existe a probabilidade de que gases ou vapores inflamáveis vagarosamente penetrem no
interior do invólucro, criando uma mistura inflamável. Assim, basta que haja um
centelhamento para ocorrer uma ignição.” [1]
Este método de proteção baseia-se totalmente no conceito de confinamento. A fonte de
ignição pode permanecer em contato com a atmosfera explosiva, consequentemente pode
ocorrer uma explosão interna ao equipamento.

Dessa forma o invólucro à prova de explosão deve ser construído com um material
metálico resistente, normalmente alumínio ou liga de metal leve, e deve possuir um
interstício estreito e longo para que os gases quentes desenvolvidos durante uma possível
explosão, possam ser resfriados, garantindo a integridade da atmosfera ao redor,
conforme ilustra a figura abaixo, reproduzida de [1]:

Fig. A1- Invólucro à prova de explosão mostrando


o interstício e o comprimento de junta

O interstício máximo que pode ocorrer sem que


haja uma propagação da explosão para o meio
externo é determinado em laboratório e é
chamado de “Interstício Máximo Experimental
Seguro” (gap).

O comprimento de junta “L” e o Interstício Máximo


Experimental Seguro (“i”), são tabelados em
função do Grupo de Gás.

Por exemplo, o Interstício Máximo para gases do Grupo IIA (propano) é de 0,4 mm (para
L= 25 mm e invólucro com volume entre 100 e 500 cm3 ) e de 0,1 mm para gases do Grupo
IIC (hidrogênio), para L< 25 mm e invólucro com volume entre 100 e 500 cm3 .
De um modo geral, os invólucros À Prova de Explosão, quando construídos com juntas
flangeadas (filosofia americana), são facilmente reconhecidos pelo elevado número de
parafusos.

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ADVERTÊNCIA!

As atividades de manutenção em equipamentos para atmosferas explosivas


só podem ser efetuadas por pessoal especialmente treinado. No caso
particular de invólucros À Prova de Explosão com juntas flangeadas
planas deve-se garantir que os todos os parafusos estejam instalados e
corretamente torqueados, respeitando-se o Interstício ou “gap”.

“Observe-se que na Europa há uma preferência para se construir invólucros à Prova de


Explosão em que a junção corpo-tampa é feita através de uma junta roscada, ao invés da
junta flangeada. As juntas roscadas deverão possuir, pelo menos, 5 fios de rosca depois de
apertada. A maior vantagem neste tipo de junta é a não existência de um grande número de
parafusos, que, na maioria das vezes, se constitui numa dificuldade para a montagem e
manutenção, além de aumentarem a probabilidade de que existam invólucros com parafusos
faltantes e/ou frouxos” . [1]

Invólucros à prova
de explosão –
tampas flangeadas
e roscadas

Invólucros com
tampas roscadas
devem ter, pelo
menos, 5 fios de
rosca
perfeitamente
encaixados.

Fig. A2- Representação [1] e fotos [15] de invólucros à prova de explosão, com tampa flangeada
(esquerda) e tampa roscada (direita)
Os equipamentos À Prova de Explosão apresentam limitações e desvantagens , como por
exemplo:
- Invólucros geralmente muito pesados e volumosos;
- Dificuldade para manutenção e instalação, principalmente no caso de juntas
flangeadas;

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- Invólucro não vedado à entrada de umidade por condensação e água, que, no caso de
manutenção inadequada, pode levar a falhas para terra ou curto-circuito interno
principalmente no caso de juntas flangeadas, sendo que:
- NBR 5363/77 não permite colocação de gaxeta;
- NBR 5363/88 permite gaxeta compressível ou elastomérico como item adicional,
não fazendo parte integrante da junta à prova de explosão (projeto modificado). A
gaxeta deve ser colocada de maneira que possa garantir o atendimento aos valores
de comprimento e interstício da junta à prova de explosão.
- A caixa não pode ser aberta na área, para isso é necessário desligar a alimentação
elétrica.
- Em ambiente marinho, os invólucros de alumínio montados na região exposta a névoa
salina, se dissolvem com o tempo quando em contato com suporte/estrutura de aço,
por efeito corrosão galvânica.

A.2.3 – Equipamentos de Segurança Aumentada – Ex-e


Os equipamentos de segurança aumentada constituem-se numa alternativa ao uso
generalizado de equipamentos À Prova de Explosão, aplicável aos equipamentos que
normalmente não produzem centelhamento ou alta temperatura, como por exemplo,
motores de indução, luminárias, caixas de passagem e junção, etc.

Essa técnica se baseia no fato de tornar estes equipamentos mais seguros, através de
medidas construtivas adicionais e específicas a cada tipo de equipamento. Para o caso de
uma caixa de terminais de ligação, são indicadas abaixo as medidas de melhoria capazes
de tornar o dispositivo como sendo de segurança aumentada, minimizando a probabilidade
de ocorrência de centelhamento ou alta temperatura
(Este exemplo foi reproduzido do Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e
de Petróleo, ref. [1], onde podem ser encontrados mais exemplos para outros tipos de equipamentos):

PARTES QUE PODERIAM SE TORNAR COMO DE RISCO MEDIDAS CONSTRUTIVAS PARA MINIMIZAR O RISCO
DE IGNIÇÃO
Centelhamento entre terminais Aumento nas distâncias de isolação e
escoamento
Centelhamento por vibração de contacto Terminais anti-afrouxantes

Deteriorização de contacto por aquecimento Qualidade do Material condutor

Dano ao cabo durante aperto e consequente Não é permitido terminais com cantos vivos que
sobreaquecimento possam cortar os condutores, torcê-los ou
deformá-los durante aperto normal em serviço
Tabela A4- Melhorias capazes de tornar os terminais de ligação elétrica como do tipo “Ex-e”

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Legenda

1- corpo em resina poliester


reforçado com fibra de vidro
2- cobertura em policarbonato
3- trava
4- barra de intertravamento
5- reator indutivo ou eletrônico
6- chave com intertavamento
automático para troca de lâmpada
7- soquete mono-pino
8- gaxeta para proteção IP-66
9- prensa-cabo IP-66
10- trilho para montagem
11- suporte móvel
12- refletor interno
13- terminal de aterramento (“PE”)
14- terminal “strip”

O tipo de proteção segurança aumentada traz algumas vantagens, devido a possibilidade de


serem utilizados invólucros de plástico), fazendo com que os equipamentos (luminárias, caixas
de terminais de ligação, etc.) sejam mais leves, mais resistentes à corrosão em atmosfera
marinha e com maior grau de proteção quanto a penetração de umidade. Vide significado de
Grau de Proteção no item A7.

Fig. A3- Exemplo de melhorias que podem conferir características de “segurança aumentada” em
Luminária em corpo plástico (tipo Ex-e), para zonas 1 e 2. Reproduzido de [14B]

Nota:
Luminárias com cobertura/globo plástico em policarbonato não devem ser instaladas em locais
expostos a vapores de alta temperatura, como, por exemplo, sobre as peneiras de lama.

A.2.4 – Combinação das Proteções

Equipamentos elétricos Ex com tipo de proteção combinada como, por exemplo, segurança
aumentada e à prova de explosão também são disponíveis. Neste caso, o equipamento que
é centelhante em condições normais de operação é instalado num invólucro metálico à
prova de explosão e a parte não centelhante, como os terminais de ligação são instalados
num invólucro de segurança aumentada (material plástico, por exemplo), sendo que a
ligação entre os dois compartimentos é feita na própria fábrica, através de buchas de
passagem seladas.
Para esta combinação a marcação é feita com a união das letras correspondentes à
simbologia, como por exemplo, Ex-de (= Ex -d + Ex-e). Neste tipo de proteção combinada
encontramos, por exemplo, tomadas e plugues, botoeiras de comando de motores, unidades
de controle e sinalização, pequenos interruptores e disjuntores, etc. Vide fig. A4.

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

Tomada com chave à prova de explosão +


segurança aumentada (Ex-de)

- corpo em material plástico


- o plugue só pode ser inserido ou removido se
a chave estiver desligada (para não provocar
centelhamento na desconexão do plugue e
desgaste com consequente aquecimento).
- A chave só liga se o plugue estiver encaixado
no local para não expor terminais vivos
- A parte centelhante – contactos da chave -
está embutida em bloco selado, do tipo à
prova de explosão (Ex-d)
- O conjunto tem estanqueidade quanto a
penetração de umidade
Plugue
Tomada
Fig. A4- Tomada com chave à prova de explosão combinada com segurança aumentada e plugue
correspondente. Características de segurança aumentada. Reproduzido de [15]

A.2.5 – Equipamentos de Segurança Intrínseca – Ex-i


A segurança intrínseca é o método representativo do conceito de prevenção da ignição,
através da limitação da energia elétrica.

“O princípio básico da segurança


intrínseca é manipular e armazenar
baixa energia, de forma que o
circuito instalado em área
classificada nunca possua energia
suficiente (manipulada e
armazenada) capaz de provocar a
ignição da atmosfera potencialmente
explosiva.” [8]

Fig. A5- Analogia de Circuito de Segurança Intrínseca com circuito hidráulico: Manipulação e
armazenamento de energia controlada. Reproduzida da apostila SENSE [8]

Exemplos de aplicação:

• Instrumentação de campo que pode ter painéis e carcaças abertas para


ajustes/calibração, com circuito vivo. Eventual curto-circuito, por acidente ou avaria
por ferramenta, não provocaria centelha com energia suficiente para ignição (exemplo:
console Martin Decker para sondas de Perfuração quando isolados por barreiras).

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• Botoeira móvel pendente de ponte-rolante, do tipo comum, em caixa plástica, circuitos


de comando com interface de barreira IS. Isto evita o uso de botoeira em pesadas
caixas à prova de explosão, que dificultam o manuseio.

“Toda mistura explosiva possui uma energia mínima de ignição (MIE – Minimum
Ignition Energy) que abaixo deste valor é impossível provocar a detonação da atmosfera
explosiva.” [8]

A figura abaixo compara a curva do Hidrogênio com a do Propano, ilustrando a energia


da fonte de ignição que efetivamente provoca a detonação, em função da concentração da
mistura, ou seja, da quantidade de combustível em relação a quantidade de ar.

Fora do ponto de menor


energia (MIE), onde a explosão
é maior, a mistura necessita de
maior quantidade de energia
para provocar a ignição, ou
seja, a energia de ignição é
função da concentração da
mistura.

Figura reproduzida da Apostila


SENSE [8]

Fig. A6- Relação da Energia de Ignição em função da concentração

Os circuitos de Segurança Intrínseca devem ser projetados para manipular e armazenar


energia abaixo do limite mínimo de explosividade (LEL – Lower Explosive Limit) dos
gases representativos de cada família. Desta forma, mesmo em condições ano rmais de
funcionamento dos equipamentos (com uma ou duas falhas), os circuitos de Segurança
Intrínseca não devem provocar a ignição pois não possuem energia elétrica ou térmica
suficiente para isto, tornando a instalação segura e permitindo instalações até mesmo em
Zona 0 (dentro de tanques / vasos).

Dentro deste princípio, a energia total que o circuito intrinsecamente seguro pode conter
deve ser menor que a mínima energia de ignição MIE.

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Para se ter uma idéia da ordem de grandeza do valor da energia mínima capaz de inflamar uma
atmosfera potencialmente explosiva, Vide os gráficos abaixo. Nestes gráficos estão mostradas em
(a) as curvas corrente mínima de ignição X tensão para um circuito resistivo e em (b) as curvas
capacitância X tensão mínima de ignição para um circuito capacitivo.

As curvas, para cada grupo de gases, são levantadas utilizando-se um dispositivo centelhador,
instalado dentro de uma câmara contendo uma amostra de gás inflamável, e variando-se os
valores dos parâmetros elétricos do circuito (por exemplo tensão da fonte de alimentação e
resistência para circuitos resistivos (a)). Observa-se que os gases dos grupo IIC necessitam de
menor energia para se inflamar (40 µJ, micro-Joule) em relação ao gases dos grupos IIA (320 µJ)
e IIB (160 µJ).

(a) (b)
Circuito resistivo – Para uma tensão de 24VDC uma Circuito capacitivo – Uma corrente de descarga capacitiva
corrente da ordem de 0,8 A é suficiente para inflamar de capacitor de 0,25 µF com tensão aplicada de 100 V DC
uma atmosfera com gases do Grupo IIA. é capaz de inflamar uma atmosfera com gases do Grupo IIA.

Fig. A7 – Curvas corrente mínima de ignição X tensão (a) e curvas capacitância X tensão
mínima de ignição (b). Figuras reproduzidas de IEC 60079-11 [11E]

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Os equipamentos de segurança intrínseca “Ex- i” podem ser de duas categorias:

Categoria “ia”: Esta categoria é mais rigorosa e prevê que o equipamento possa sofrer até
dois (2) defeitos consecutivos e simultâneos mantendo um fator de segurança 1,5 aplicado
sobre tensões e correntes, visando a incapacidade de provocar a ignição. Equipamentos de
segurança intrínseca categoria “ia” podem ser utilizados em Zona 0.

Categoria “ib”: É menos rigorosa, possibilitando a instalação dos equipamentos apenas


nas Zonas 1 e 2, devendo assim assegurar a incapacidade de provocar a detonação da
atmosfera quando houver um (1) defeito no circuito, mantendo também o fator de
segurança como 1,5.

Instalação de equipamentos “Ex-i”:

Para uma instalação ser executada com a proteção da Segurança Intrínseca temos que
interfacear o elemento de campo (equipamento do tipo “Ex- ia”, tais como transmissores de
corrente, sensores de proximidade, etc.) com o instrumento de controle/sinalização, através
de um limitador de energia. Na analogia mostrada na fig. A5, o limitador de energia está
representado por uma válvula ou barreira.

Os circuitos SI (Intrinsecamente Seguros) são conectados aos circuitos comuns NSI (Não
Intrinsecamete Seguros) através de “equipamentos intrinsecamente seguros associados”.
Estes equipamentos associados, que devem ser instalados fora de áreas classificadas,
contêm um circuito limitador de energia, como por exemplo, as barreiras
intrinsecamente seguras.

No processo de certificação destes equipamentos são verificados a conformidade do


projeto com as normas, visando determinar a máxima energia enviada para o equipamento
de campo. Para as Barreiras de Segurança Intrínseca são fornecidos os valores máximos
dos parâmetros dos circuitos associados, tais como corrente (I), tensão (V), indutância (L),
capacitância (C) e resistência (R). Os valores destes parâmetros referentes ao equipamento
“Ex- i”, incluindo os cabos, não devem ultrapassar os valores máximos dos parâmetros da
barreira SI.

Fig.A8 –
I Barreira Diagrama mostrando a
SI Curto-circuito aqui localização de equipa-
V
não provoca ignição mento “Ex -i” em Área
L Classificada e de
C Equipamentos
Fonte de R associados (fonte de
Equipamento alimentação e da
alimentação Ex-i barreira SI) em Área
Não-classificada.

ÁREA NÃO-CLASSIFICADA ÁREA CLASSIFICADA


(alta energia manipulada/ armazenada) (baixa energia)

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fusível Resistor
Fig. A9 – Esquema simplificado de
uma Barreira de Segurança Intrínseca.
Diodo
Zener Para equip.
O Resistor limita a Corrente elétrica e o
“Ex-i”
Diodo Zener limita a tensão entregue ao
equipamento de segurança intrínseca.

“Para o aterramento dos circuitos de segurança intrínseca, devem ser observados os


requisitos funcionais do sistema e as recomendações do fabricante. Desse modo, eles podem
ser:
1- isolados da terra;
2- ligados a um ponto do condutor de equalização de potencial;
3- ligados à terra em um único ponto.” [1] – Vide fig. 4.8, no cap. 4.

Os equipamentos tipo “Ex- i” necessitam de uma Engenharia de Instalação, ou seja, a


instalação não é tão simples quanto a instalação de um equipamento do tipo “Ex-d”, por
exemplo. No projeto do circuito e cabeação associada, instalação e manutenção devem ser
seguidas as recomendações do fabricante e respeitados os limites dos parâmetros dos
circuitos e cabeação associados (V,I,L,C,R). A memória de cálculo deve ser
documentada – vide item 19.1 do Cap. 19 – Gerenciamento da Documentação referente a
áreas classificadas.

NOTA:

Equipamentos certificados para o tipo “Ex- i” , incluindo bateria do tipo


comum, não podem ter suas baterias substituídas por outras do tipo
alcalina ou lítio pois num curto-circuito, as baterias alcalinas desenvolvem
níveis de corrente muito superiores aquelas desenvolvidas pelas baterias
comuns.

A.3 - Classe de Temperatura

A Classe de Temperatura indica a temperatura máxima de superfície que um equipamento


elétrico pode atingir.

A temperatura máxima de superfície é a mais alta temperatura que é atingida em serviço


sob as mais adversas condições* (porém dentro de tolerâncias) por qualquer parte ou
superfície de um equipamento que seja capaz de provocar a ignição de uma atmosfera
inflamável ao redor do equipamento. [1]

* As mais adversas condições incluem sobrecargas ou defeitos previstos na respectiva


norma para o tipo de proteção.

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

Os equipamentos devem possuir uma marcação de temperatura para orientar sua aplicação
em uma atmosfera específica de gás ou vapor. Esta marcação, ilustrada na tabela abaixo,
utiliza números de identificação, conforme as normas americanas – NEC e as normas
Internacionais (IEC), com as quais se harmonizam as Normas brasileiras – ABNT. Os
livros de regras das Sociedades Classificadoras (ABS, BV e DNV) fazem referência à IEC
e NEC (EUA).

MÁX. TEMPERAT. CLASSE DE CLASSE DE


DE SUPERFÍCIE (ºC) TEMPERATURA TEMPERATURA
IEC / ABNT NEC
85 T6 T6
100 T5 T5
120 T4A Adequado para
instalações de
135 T4 T4 Perfuração e
160 T3C Produção de óleo
165 T3B e Gás (E&P)
180 T3A
200 T3 T3
215 T2D
230 T2C
260 T2B
280 T2A
300 T2 T2
450 T1 T1

Tabela A5- Classe de temperatura

NOTA:

Um equipamento certificado para uma determinada Classe de Temperatura


pode ser usado na presença de qualquer gás que tenha a temperatura de
ignição espontânea maior que a temperatura da categoria do equipamento,
desde que atenda ao critério do Grupo de Gás. Vide tabela 3.1, no cap. 3.

Assim, um equipamento de Classe de Temperatura T2 é adequado para


uso em atmosferas com gases cuja temperatura de ignição espontânea seja
maior que 300 ºC. Para esta atmosfera poderão ser utilizados, também,
equipamentos de Classe de Temperatura T3, T4, T5 e T6.

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

A.4 - Marcação de Equipamentos Ex

Todo e qualquer equipamento elétrico, eletrônico e acessório instalado em Área


Classificada deve ser do tipo Certificado, Aprovado para uso em Atmosferas Explosivas.

Tais equipamentos têm etiqueta ou plaqueta com símbolos,


acompanhados de informações referentes ao tipo de proteção e
às condições em que os mesmos devem ser utilizados. A figura
ao lado ilustra o símbolo estampado em etiquetas/
equipamentos certificados de origem européia (ATEX 100A –
94/9/EC).

Fig. A10- Símbolo para equipamentos “Ex” de origem européia, adotado também por fabricantes
brasileiros

O livro Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e de


Petróleo [1], parte 8, capítulo 13 dispõe sobre a Marcação dos Equipamentos “Ex”, a
saber:
“A Norma brasileira NBR 9518 estabelece os requisitos necessários para a marcação dos
equipamentos elétricos para atmosferas explosivas.

É estabelecido naquela norma que os equipamentos elétricos devem ser marcados na parte
principal do invólucro, num local visível. Esta marcação deve ser legível e durável,
levando-se em conta inclusive, possível corrosão química.
A marcação deve incluir:
1- nome do fabricante ou a sua marca registrada;
2- A identificação do modelo ou tipo;
3- símbolo BR-Ex que indica que o equipamento elétrico ou seu protótipo foi
ensaiado e certificado por um laboratório credenciado, conforme normas
brasileiras, e é apto para uso em atmosfera explosiva de gás, ou está
especificamente associado com tal equipamento;
4- símbolo correspondente ao tipo de proteção;
5- símbolo do grupo do equipamento elétrico;
6- Para equipamentos elétricos do grupo II, o símbolo indicativo da classe de
temperatura, ou a temperatura máxima de superfície em graus C, ou ambas.
Quando a marcação incluir ambas, a classe de temperatura deve ser indicada
por último entre parênteses. Ex.: T1 ou 250° C ou 350° (T1). Se o equipamento
elétrico tiver temperatura máxima de superfície maior do que 450° deve ser
marcado somente com a temperatura;
7- número de série, se utilizado, exceto para:
- acessórios para conexões (prensa-cabo, eletroduto, placas cegas, placas
adaptadoras, plugues, tomadas e buchas de passagem);
- equipamentos muito pequenos nos quais há limitação de espaço;

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

8 nome ou marca do Laboratório credenciado e a referência à certificação, na


seguinte forma: o ano da certificação seguido pelo número sequencial do
certificado naquele ano;

9 A letra “X” após a referência à certificação, quando o laboratório


credenciado achar necessário a indicação no certificado de condições
especiais para a utilização segura do equipamento;

10 A letra “U” após a referência à certificação, quando incluir componente que


não pode ser usado individualmente (cujo certificado dispensa novo ensaio),
quando da certificação do equipamento ou circuito de que faz parte;

11 Qualquer marcação adicional exigida pela norma específica para o respectivo


tipo de proteção;

12 Qualquer marcação normalmente requerida pelas normas brasileiras de


construção do equipamento elétrico.”

A.4.1 Exemplo de marcação de equipamento elétrico “Ex” de


origem brasileira

1) Equipamento elétrico em invólucro à prova de explosão (Ex-d) para o Grupo I e para


Grupo IIB, classe de temperatura T3:
BR Ex-d I/IIB T3

2) Luminária de segurança aumentada (Ex-e) combinado com tipo de proteção à prova de


explosão (Ex-d), para Grupo IIA e classe de temperatura T6:
BR Ex-ed IIA T6 CEPEL CE.Ex -235/92

Nota: marcação com a inclusão do Nº do CErtificado e do nome do Laboratório


CEPEL

Identificação no âmbito do SBC – Sistema Brasileiro


de Certificação:
1 – Identificação do fornecedor
2 - Identificação do modelo ou tipo;
3 – Símbolos: BR-Ex, tipo de proteção, grupo do equipamento
elétrico, classe de temperatura e/ou temperatura máxima de
superfície e marcações adicionais exigidas pela norma
específica para o respectivo tipo de proteção;
4 – Número do certificado, incluindo as letras “X” ou “U”, quando
aplicável.

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

Os principais itens da marcação, segundo a norma brasileira, estão mostrados na figura


abaixo, adaptada da apostila SENSE [8]:

Br Ex ia IIC T6

CERTIFICAÇÃO TEMPERATURA

Indica que a Certificação Indica a classe de temp eratura


é Brasileira de superfície do instrumento
T1 (450º), T2 (300º), T3 (200º),
T4 (135º), T5 (100º), T6 (85º)

PROTEÇÃO GRUPO

Indica que o equipamento Indica o grupo para o qual o


possui algum tipo de equipamento foi construído
proteção para atmosfera GRUPO IIC
potencialmente explosiva GRUPO IIB
GRUPO IIA

TIPO DE PROTEÇÃO

Indica o tipo de proteção que o equipamento possui:

“d” – À prova de Explosão


“p” – Pressurizado
“m” – Encapsulado
“o” – Imerso em Óleo
“q” – Imerso em Areia
“e” – Segurança Aumentada
“ia” – Segurança Intrínseca, categoria “a”
“ib” – Segurança Intrínseca, categoria “b”
“n” – Não Acendível

Fig. A11 – Marcação de equipamentos “Ex” de origem brasileira

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

A.4.2 Exemplo de marcação de equipamento elétrico “Ex” de origem européia*


1 6 3 7 8 9 10
2 4 5 11

XPTO 500
LOGOTIPO II 2 G Ex edm IIC T4
DO PTB 98 ATEX 2125 01502
FABRICANTE AC 220V-10% -254V+6% 50-60 Hz
DC 200V-250V ±10% IP 660,088A
1x8 W 81-IEC-6040-1 G5 Ta ≤ 50°
Made in (País de Origem)

12 13
14 15
1 – Nome/Logotipo do Fabricante
2 – Marcação indicativa de Proteção para atmosfera explosiva
3 – Modelo e referência do produto
4 – Grupo de Indústria
I – Mineração,
II – Outras (indústrias de superfície)
5 – Categoria do Equipamento, conforme ATEX 100a:
1 - Zona 0; A menção “zona” não é indicada explicitamente; o usuário deve
2 - Zona 1; identificar a marcação conforme tabela ao lado que, para grupo
de gases e vapores, vem seguida da letra “G” referida abaixo no
3 - Zona 2 item 6, ( 1G, 2G ou 3G )

6 – Tipo de Atmosfera Explosiva:


G (gás ou vapor);
D (poeiras combustíveis)
7 – Designativo de Equipamento com Proteção para Atmosfera Explosiva (Ex-)
8 – Tipo de Proteção (neste caso, combinando as proteções tipo “d”, “e ” e “m”)
9 – Grupo de Gás (IIC)
10 – Classe de Temperatura (T4)
11– Grau de Proteção, contra ingresso de sólidos/pó e água
12 – Nome do Laboratório, Ano e Número do Certificado de Conformidade
13 – Norma Aplicável
14 – Marcação da União Européia e no de identificação do Organismo de Certificação
(Notified Body)
15 – Temperatura ambiente (quando não indicado, o tipo de proteção é válido para a
faixa entre (–)20 e +40 o C).

* vários países/fabricantes já vêm adotando esta marcação que entrará em vigor a partir de
jun/2003, conforme a Diretiva ATEX 100A [26A], juntamente com a Diretiva ATEX 118A [26B].

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

A.4.3 - Exemplos de marcação de equipamento elétrico “Ex” de origem


americana:

Dois dos mais importantes laboratórios de testes para certificação de equipamentos


elétricos “Ex”, são o Underwriters Laboratories (UL) e o Factory Mutual (FM), ambos
americanos. Os equipamentos certificados por estes Laboratórios ostentam dizeres tais
como UL LISTED ou FM APPROVED , seguidos das informações requeridas pelo National
Electrical Code (NEC), conforme os exemplos abaixo listados:

a) UL LISTED Cl. I Div. 1 Gr. C&D (*)


Equipamento Certificado pelo Laboratório UL para gases da Classe I, Divisão 1,
Grupos C e D.

b) FM APPROVED Cl. I, Div. 2, Gr ABCD (*)


Equipamento Aprovado pelo Laboratório Factory M utual (FM) para gases da Classe I,
Divisão 2, Grupos A, B, C e D.

c) FM APPROVED Cl. I, Zone 1, Ex d IIC T6 (**)


Equipamento Aprovado pelo Laboratório Factory Mutual (FM) para Classe I, Zona 1,
com grau de proteção “à prova de explosão” (Ex-d) e máxima temperatura de
superfície 85 ºC (Classe de Temperatura T6).

NOTAS:
(*) Marcações para equipamentos à prova de explosão.
(**) Marcação conforme a edição 1996 do NEC, que se alinha com os conceitos prescritos
nas normas internacionais (IEC).

A.5 - Certificação de Conformidade INMETRO

A garantia de que o equipamento elétrico foi construído de acordo com as especificações


aplicáveis é obtida a partir da emissão de um Certificado de Conformidade. Este
certificado é emitido por um OCC – Organismo de Certificação Credenciado.

Está em vigor a Portaria 176/2000, do INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia,


Normalização e Qualidade Industrial, que mantém a obrigatoriedade da certificação para
todos os equipamentos, dispositivos e/ou componentes elétricos e eletrônicos, destinados à
aplicação em atmosferas explosivas, obrigando que os fornecedores tenham tido aprovação
do seu Sistema de Garantia da Qualidade, avaliado por um Organismo de Certificação
Credenciado - OCC, além dos ensaios de tipo que são feitos para cada tipo de proteção,
segundo as normas aplicáveis.

A aprovação do Sistema de Garantia de Qualidade dos fabricantes de equipamentos “Ex"


e o acompanhamento regular deste Sistema, através de auditorias, tem por objetivo
garantir a qualidade da fabricação dos produtos conforme o protótipo ensaiado e aprovado.

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

No Brasil os Organismos de Certificação Credenciados pelo INMETRO são os seguintes:


CEPEL, CERTUSP e UCIEE.

O Laboratório de Acionamentos e Segurança em Equipamentos Eletro-eletrônicos


(LABEX), pertencente ao Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) da
ELETROBRAS está credenciado para executar todos os ensaios previstos pelas normas
brasileiras, internacionais e da comunidade européia (CENELEC).

O escritório de Certificação da Universidade de São Paulo, denominado CERTUSP, é um


Órgão Oficial do Estado de São Paulo credenciado pelo INMETRO como Organismo de
Certificação de produtos, operando nas áreas de equipamentos para Atmosferas Explosivas
e Eletromédicos.

A União Certificadora é um organismo independente para certificação, avaliando e


controlando a conformidade para produtos, processos ou serviços e sistemas (ISO 9000,
QS 9000 e ISO 14000).

A.6 - Sites “Ex”

InternEx (http://www.internex.eti.br/ ) o site da comunidade “Ex” – o site é de interesse dos


profissionais que atuam no Projeto e Manutenção de equipamentos e instalações elétricas
para Atmosferas Explosivas.

Na página Listagens deste site podem ser consultadas as listas de produtos certificados
pelos Organismos de Certificação Credenciados pelo INMETRO (CEPEL, CERTUSP e
UCIEE), com seus respectivos números de certificados e validade, por Laboratório:
- CEPEL: http://www.cepel.br
- CERTUSP: http://www.iee.usp.br
- UCIEE: http://www.uciee.org

Na página Links Ex podem ser acessados os sites de vários Organismos de Certificação de


outros países, internacionalmente reconhecidos:
• CSA – Canadian Standard Association;
• UL – Underwriters Laboratories;
• FM – Factory Mutual
• PTB - Physikalisch Technische Bundesanstalt, etc.

A.7 - Especificação para Compra de Equipamentos “Ex” Padronizados

Encontram-se disponíveis na Intranet http://portal.ep.petrobras.com.br/Portal a


especificação para compra para diversos materiais elétricos “Ex” padronizados,
elaborados pela antiga GEMAT (ou caminho: E&P CORP > Padronização de Material >
PM-04 (Eletricidade), para visualizar as especificações (Requisições de Material).

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

A.8 - Grau de Proteção

Todo equipamento elétrico, independente de ser adequado ou não para aplicação em uma
atmosfera explosiva, possui uma proteção inerente capaz de evitar, principalmente, danos
físicos às pessoas (ex.: choque elétrico, ferimento, etc.) e danos ao próprio equipamento,
quer seja pela penetração de corpos sólidos estranhos, quer seja pela penetração de água.
Embora o Grau de Proteção não seja específico para equipamentos elétricos para uso em
atmosferas inflamáveis, ele poderá constar como uma característica adicional para
determinados Tipos de Proteção.

As normas brasileiras sobre Grau de Proteção estão baseadas em normas internacionais. A


simbologia a ser utilizada para a designação do Grau de Proteção de invólucros deve ser
composta de sigla IP, seguida de dois dígitos característicos do grau especificado, ou seja,
IP- XY.

O primeiro dígito (X), refere-se à proteção contra penetração de objetos sólidos, inclusive
mão/dedos, enquanto o segundo dígito (Y) refere-se à proteção contra a penetração de
água. Por exemplo, um equipamento com proteção IP-54 significa que o mesmo é
protegido contra poeira e contato como também contra penetração de água projetada de
qualquer direção.

IP-X Y

1º D Í G I T O 2º D Í G I T O
Proteção contra penetração de objetos sólidos Proteção contra penetração de líquidos

0 – não protegido 0 – não protegido


1 – objetos igual ou maior que 50 mm 1 – queda vertical de gotas de água
2 – objetos igual ou maior que 12,5 mm 2 – queda de água c/ inclin. de até 15º c/ a vert.
3 – objetos igual ou maior que 2,5 mm 3 – água aspergida (spray) /chuva
4 – objetos igual ou maior que 1,0 mm 4 – projeções de água em qualquer direção
5 – protegido contra poeira 5 – jatos de água
6 – totalmente protegido contra poeira 6 – ondas do mar / vagalhões
7 – protegido contra os efeitos de imersão
8 – protegido contra submersão

Tabela A6- Significado do 1º e 2º dígitos do Grau de Proteção

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Apêndice A – Equipamentos Elétricos Permitidos em Áreas Classificadas

A designação NEMA, como por exemplo, à prova de tempo, à prova de pingos e


respingos, à prova de chuva, etc., deve ser evitada, no entanto, muitas vezes é necessário
conhecer a proteção correspondente segundo as normas internacionais. A tabela abaixo
mostra esta correspondência. A mesma não deve ser utilizada para a converter a
classificação IEC para a classificação NEMA.

TIPOS DE PROTEÇÃO NOTA:


NEMA IEC
Os invólucros NEMA 7 são adequados para uso em
3 IP-54 Áreas Classificadas, Divisão I, Grupos A, B, C ou D, em
3R IP-54 locais abrigados.
3S IP-54
Um mesmo equipamento com proteção NEMA 7 (à
4 e 4X IP-55
prova de explosão) poderá ter uma outra etiqueta
5 IP-52 adicional relativa ao seu grau de proteção. Exemplo:
6 e 6P IP-67 NEMA 7 + NEMA 4 (à prova de explosão + à prova de
12 e 12K IP-52 jato d’água)

Tabela A7- Correspondência aproximada entre os


graus de proteção, da NEMA (EUA) para IEC

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Apêndice B – Unidades Marítimas Móveis – Obrigações Legais

Apêndice B
Unidades Marítimas Móveis – Obrigações Legais

Neste Apêndice são apresentados os requisitos Estatutários como Certificação de Classe


e IMO MODU CODE, aplicáveis às Unidades marítimas Móveis. É apresentada uma
tabela-resumo das unidades, com as respectivas Classificadoras e país de bandeira.

B.1 - Certificados de Classe:

As plataformas móveis engajadas em atividades de exploração e produção de petróleo


offshore são reconhecidas como Embarcações, portanto, sujeitas a toda a legislação
marítima aplicável ao tipo de atividade a que as mesmas se propõem a exercer.

A Marinha brasileira exige que as Unidades Marítimas Móveis em operação no país sejam
classificadas. Os Certificados de Classe assim como os Certificados Estatutários deverão
ser emitidos por Sociedades Classificadoras autorizadas pela Marinha.

Os Certificados de Classe atestam que as embarcações foram projetadas e construídas em


conformidade com padrões próprios (conhecidos como Regras) estabelecidos por
determinada Sociedade Classificadora.

As Sociedades Classificadoras ABS, DNV, BV e LR são responsáveis pela emissão dos


Certificados de Classe para toda a frota de Unidades Marítimas Móveis operadas pela
PETROBRAS.
PETROBRAS COD. NOME ANTERIOR PAÍS DE ENTREGA CLASSE CERTIFICAÇÃO OBS.
BANDEIRA ESTATUTÁRIA
I PA-01 - BRASIL 1968 ABS ABS " FLOTEL "

III PA-13 PENROD-68 BRASIL 1974 ABS ABS PERFURAÇÃO

IV PA-09 WESTERN STAR BRASIL 1969 - DPC - B. LIVRE PERFURAÇÃO


RINA - IOPP
V PA-16 - BRASIL 1978 ABS ABS PERFURAÇÃO

VI PA-26 - LIBÉRIA 1982 ABS ABS PERFURAÇÃO

VII SS-28 BENDORAN PANAMÁ 1977 DNV PRC BICUDO


(EX ATLANTIC-II)

VIII SS-29 SONGA STAR PANAMÁ 1976 DNV -> ABS PRC MARIMBÁ
(EX BELFORD DOLFIN) 1988
IX SS-15 - PANAMÁ 1982 ABS -> BV BV CORVINA
1995
X SS-16 - LIBÉRIA 1982 ABS ABS PERFURAÇÃO

XII SS-19 - PANAMÁ 1983 ABS -> BV BV LINGUADO


1995
XIII SS-20 - LIBÉRIA 1983 BV BV SALEMA/BIJUPIRÁ

XIV SS-21 - LIBÉRIA 1983 BV BV CARAVELA

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Apêndice B – Unidades Marítimas Móveis – Obrigações Legais

PETROBRAS COD. NOME ANTERIOR PAÍS DE ENTREGA CLASSE CERTIFICAÇÃO OBS.


BANDEIRA ESTATUTÁRIA
XV SS-18 - PANAMÁ 1983 ABS -> BV PRC PIRAÚNA
1995
XVI SS-23 - LIBÉRIA 1984 BV BV PERFURAÇÃO

XVII SS-22 - LIBÉRIA 1984 BV BV PERFURAÇÃO

XVIII SS-44 - LIBÉRIA 1994 DNV DNV MARLIM

XIX SS-42 TREASURE STAWINNER PANAMÁ 1983 ABS -> BV BV MARLIM (UEP-2)
(EX ARETHUSA WINNER) 100Kbbl, 770m
(EX PENROD-78) 1995

XX SS-33 FORTUNA UGLAND LIBÉRIA 1983 DNV DNV MARLIM

XXI SS-17 SEDCO STAFLO PANAMÁ 1967 LR -> ABS PRC MARIMBÁ
1988 LESTE
XXII SS-05 SEDCO 135 F PANAMÁ 1967 ABS PRC MORÉIA

XXIII SS-34 VINNI LIBÉRIA 1985 DNV DNV PERFURAÇÃO


(EX SAFE TRITONIA)

XXIV SS-10 PENROD 72 PANAMÁ 1975 ABS ABS ALBACORA


(EX INTREPID)

XXV SS-36 ZAPATA ARTIC PANAMÁ 1984 ABS ABS ALBACORA


100Kbbl/d, 575m

26 SS ILIAD PANAMÁ 1994 DNV DNV MARLIM (UEP-3)


100Kbbl/d, 990m

XXVII SS-8 P-71 PANAMÁ 1975 ABS ABS VOADOR


(EX PENROD-71) 45Kbbl/d, 530m

31 FPSO VIDAL DE NEGREIROS PANAMÁ 1974 ABS ABS ALBACORA


100Kbbl/d, 330m
308 444m3
32 FSO CAIRU PANAMÁ 1974 ABS ABS MARLIM - 160 m
298 904m3

XXXIII FPSO HENRIQUE DIAS PANAMÁ 1979 ABS ABS MARLIM


50Kbbl/d, 730m
294 134m3

XXXIV FPSO PRES. PRUDENTE DE PANAMÁ 1959 LR LR BARRACUDA


MORAES 35Kbbl, 840m
(EX PRES. JUSCELINO) 54 057m3

35 FPSO JOSÉ BONIFÁCIO PANAMÁ 1974 ABS ABS MARLIM (UEP-4)


100Kbbl/d, 860m
286 185m3

37 FPSO FRIENDSHIP L. PANAMÁ 1976 ABS ABS MARLIM, UEP5/FASE 2


(EX GRAND 150kbbl/d
CONCORDANCE)

38 FSO WORLD EMINENCE LIBÉRIA 1975 LR LR MARLIM SUL

40 SS DB-100 PANAMÁ 1979 ABS ABS MARLIM SUL


(McDERMOTT) 150000BBL
43 FPSO BARRACUDA
200kbbl/d
47 FSO EASTERN STRENGTH PANAMÁ 1976 LR LR MARLIM
(EX WORLD HERITAGE)
(EX CALAMUS)

48 FPSO ABS ABS CARATINGA

Tabela 1.2- Unidades Marítimas Móveis operadas pela PETROBRAS (fonte: E&P-SSE/SC-SL/PRGC –dez/01)
Classificadoras:
ABS - American Bureau of Shipping LR - Lloyd’s Register
DNV - Det Norske Veritas
BV - Bureau Veritas PRC* - Panamá Register Corporation
* Agente do governo Panamenho

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Apêndice B – Unidades Marítimas Móveis – Obrigações Legais

“ ABS – NAVIOS DE AÇO” “ABS-MODU” “ABS – GUIDE” for Building


and Classing Facilities On
Regra para Unidade Marítima Offshore Installations
móvel de Perfuração Regra para Unidade Marítima
de Produção

+ +

Fig. 1.1- Livros de regras do ABS, aplicáveis à unidades marítimas de E&P

Os requisitos aplicáveis para a obtenção do Certificado de Classe das unidades marítimas , incluem, dentre
outros, aqueles referentes a equipamentos e instalações elétricas em Áreas Classificadas Estes requisitos
estão indicados nos livros de Regras de cada uma das Classificadoras, vigentes na época de construção. Por
exemplo, em caso de classificação ABS, uma unidade de produção deverá atender aos requisitos do
“Guide” que por sua vez, refere-se a itens do ABS-MODU, que também, por sua vez, refere-se a itens
específicos do ABS-Steel Vessels (Navios de Aço). As demais classificadoras seguem aprox. a mesma
estrutura de regras aplicáveis .

B.2 – Certificados Estatutários


Os Certificados Estatutários (borda livre, IOPP – International Oil Pollution Prevention
Certificate, e Modu), também emitidos por Sociedades Classificadoras, são documentos
que atestam que a Embarcação atende aos requisitos de segurança operacional ditados
pelas convenções internacionais acatadas tanto pelo País de Bandeira como pelo País onde
a Embarcação estiver operando.

B.3 - IMO MODU CODE:

Os Certificados Estatutários também são emitidos por Sociedades Classificadoras (ABS,


DNV, BV e LR), com base em regras específicas. Para a obtenção do Certificado MODU,
um dos Certificados Estatutários, o livro de regras utilizado é o IMO MODU Code, para a
construção e utilização de equipamentos em unidades marítimas móveis, enfatizando
requisitos de segurança, aí incluídos os equipamentos e instalações elétricas em áreas
classificadas.

Em 1988 o Brasil passou a ser signatário da International Maritime Organization - IMO,


que é uma entidade inter- governamental (ONU), passando a exigir o cumprimento do
Mobile Offshore Drilling Units - MODU CODE 79, para as plataformas.

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Apêndice B – Unidades Marítimas Móveis – Obrigações Legais

Embora exista hoje um código mais recente (MODU CODE 89), toda e qualquer modificação
que não seja considerada uma “grande conversão” (modificação que não altera a
característica operacional da Unidade), de Unidades construídas até 05/91, deverá atender
o IMO MODU CODE 79.

As orientações contidas no capítulo 6 (“Machinery and Electrical Installations in


Hazardous Areas for all Types of Units) de ambos os códigos (edições 79 e 89), no entanto,
são bastante parecidas.

IMO MODU Code 79 IMO MODU Code 89

Fig. 1.2- Livros de regras da IMO Modu Code, edições 79 e 89

Os requerimentos constantes no IMO MODU Code e também nos livros de regras das Sociedades
Classificadoras estão, em geral, harmonizados com as prescrições da INTERNATIONAL
ELECTROTECHNICAL COMMISSION (IEC), série IEC-60079, quanto à classificação de área e à
utilização de equipamentos elétricos nestas áreas.

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Apêndice C – Placa de Sinalização de Áreas Classificadas

Apêndice C

O arquivo anexo na página está no formato “Corel Draw, versão 5.0, editável)

Frases alternativas,
conforme o objetivo
ou local
(vide sugestões
abaixo)

- PARA TRABALHAR NESTE LOCAL, SOMENTE COM PERMISSÃO PARA


TRABALHO (PT)

- MANTER TODAS AS PORTAS FECHADAS E EXAUSTOR LIGADO

- NÃO USE LUMINÁRIAS PORTÁTEIS QUE NÃO SEJAM CERTIFICADAS

- NÃO ENTRE COM VEÍCULO A PARTIR DAQUI

- NÃO USE TELEFONE CELULAR

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a
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Apêndice D – Principais Características de Algumas Substâncias Inflamáveis

Apêndice D
Principais Características de Algumas Substâncias Inflamáveis

Neste Apêndice são apresentadas as principais características de algumas substâncias


inflamáveis, mais comuns.

Densi- Ponto Limite de Tempera Classe Grupo Mic* Pmax


dade de Inflamabilidade tura de (mA) (bar)
Substância de
de Fulgor (% Volume) ignição **
vapor ( oC) Inferior Supe - ( oC) Tempe
rior ratura
(ar = 1)
Metano (gás) CH4 0,57 4.4 17 537 T1 IIA 7.1
Etano (gás) C2 H6 1,04 3,0 15,5 515 T1 IIA 70 7.8
Propano (gás) C3 H8 1,56 -104 1,7 10,9 470 T1 IIA 70 7.9
Butano (gás) C4 H10 2,05 -60 1,50 8,50 365 T2 IIA 80 8.0
Pentano (liq) C5 H10 2,48 <-20 1,40 8,00 285 T3 IIA 73 7.8
Hexano (liq) C6 H14 2,79 -21 1,20 7,4 233 T3 IIA 75
Heptano (liq) C7 H16 3,36 -4 1.1 6.7 215 T3 IIA 75
Octano (liq) C8 H18 3,84 12 0,80 6,50 210 T3 IIA
Acetileno (gás) C2 H2 0,90 -84 1,5 100 305 T2 IIC 24 10.6
Hidrogênio (gás) H2 0,07 4 77 560 T1 IIC 21 6.8
Sulfeto de H2 S 1,19 4 45,5 270 T3 IIB 7.4
hidrogênio (Gás
sulfídrico) (gás)
Gás natural *** Mistura T3 IIA
Petróleo mistura <-20 T3 IIA
Querosene 40 0,7 5 238 T3 IIA
Aviação
Nafta de petróleo mistura 2,50 <-17 1,1 5,9 288 T3 IIA

Tabela D-1 Principais Características de Algumas Substâncias Inflamáveis

Notas:
- Vide características de demais substâncias na referência bibl. [1] e IEC 79-20;

* Corrente mínima de ignição da mistura (teste do centelhador, conf. IEC 79-20)

**Pmáx – pressão máxima medida em explosão interna com o gás da referência;


Os valores indicados são meramente ilustrativos para comparação da pressão de explosão,
todas obtidas experimentalmente, sob as mesmas condições de teste; volume interno do
vaso de teste de 1,4 l, energia de ignição de 10J, etc., indicadas na referência [7D].

*** Gás Natural – composição variável conforme origem, campo de produção e estágios
de tratamento/separação, faixas típicas:
- Metano 70 a 95%
- Etano 5 a 13%
- Propano 0,2 – 9%
- Butano 0 a 7% (e mais pesados)

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Apêndice D – Principais Características de Algumas Substâncias Inflamáveis

Classificação de algumas substâncias conforme o grupo e classe de temperatura:

PERIGO

T1 T2 T3 T4 T5 T6
Tmax* 450 oC 300 oC 200 oC 135 oC 100 oC 85 oC
Grupo
I Metano (grisu)
II A Ácido Acetico Álcool Gasolina Aldeido
PERIGO

Amônia Etílico Diesel Acetico


Benzeno n-Butano Querosene
Acetona n-Alcool Óleo Com-
bustível
Eteno Butílico Hexano
Acetato Etila
Monóxido de
Carbono
Metanol
Propano
Tolueno
II B Éter
Etileno Etilico
Bissulfeto
II C de
Hidrogênio Acetileno Carbono

Tabela D-2 Classificação de algumas substâncias conforme o grupo e classe de


temperatura:

Os requisitos construtivos ficam mais restritivos na medida que aumenta o número e


ascende a letra, dentro do mesmo grupo (risco maior, interstícios menores);

Os requisitos construtivos ficam mais restritivos na medida que aumenta o número da


classe de temperatura (risco maior, gases que se inflamam com temperaturas menores)

* O equipamento construído para operar em atmosfera explosiva, deverá ter máxima


temperatura superficial limitada para a classe de temperatura da substância correspondente,
para não provocar a ignição da mistura inflamável.
Notas:
- os equipamentos com combinação de marcação de Grupo e Classe de Temperatura
assinaladas em AZUL CLARO + AZUL ESCURO, atendem ao grupo IIA-T3, para regiões de
perfuração e produção.

- Para salas de baterias, com hidrogênio, os equipamentos com combinação de marcação


assinaladas em AZUL ESCURO, atende ao grupo IIC T1.

- Vide Tabela 3.1 Guia Prático para Seleção de Equipamentos “Ex”, no Capítulo 3.

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Apêndice E – Portaria 176 INMETRO

Apêndice E

(a) Portaria n. 176, de 17-07-2000

(b) Regra Específica para Equipamentos Elétricos para Atmosferas Potencialmente


Explosivas - NORMA NIE0DINQP-096, fev-2000

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Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior- MDIC
Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial -
INMETRO
Portaria n. 176, de 17 de julho de 2000

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E


QUALIDADE INDUSTRIAL - INMETRO, no uso de suas atribuições legais, conferidas pela lei n°
5.966, de 11 de dezembro de 1973;
Considerando o termo de acordo, assinado entre a Secretaria de Direito Econômico (SDE) e o
INMETRO, em 22 de novembro de 1995, no qual o INMETRO é reconhecido como integrante do
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor , tendo como competência, entre outras, a de verificar
a conformidade de produtos às Normas e Regulamentos Técnicos;

Considerando a necessidade de que o projeto, a aquisição de materiais, a construção, a montagem


e o condicionamento das instalações elétricas, em atmosfera potencialmente explosivas , sejam
feitos de modo a atingir o nível de segurança adequado à preservação da vida, de bens e do meio
ambiente;

Considerando as disposições da Resolução n° 02, de 11 de dezembro de 1998, do Conselho


Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO;

Considerando a necessidade de não inviabilizar os mercados produtor e consumidor de


equipamentos elétricos para atmosferas explosivas;
Considerando as recomendações feitas pela Subcomissão Técnica de Equipamentos Elétricos
para Atmosferas Explosivas (SCT-EX), do Comitê Brasileiro de Certificação - CBC, constituída por
entidades representativas de fabricantes, consumidores e instituições técnico -cientificas, resolve:

Art. 1° Manter a obrigatoriedade de que todos os equipamentos elétricos, acessórios e


componentes , para atmosferas potencialmente explosivas, comercializados e
utilizados no Brasil, em atendimento à legislação vigente, salvo as exceções
previstas, ostentem a identificação da Certificação do Sistema Brasileiro de
Certificação - SBC , em conformidade com a Regra Especifica para a Certificação
de Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas (NIE DINQP 096)

Parágrafo 1° Estabelecer a data de 01 de agosto de 2001 para que os produtos ostentem a nova
identificação da Certificação do Sistema Brasileiro de Certificação, estabelecida
pela Resolução n° 02, de 11 de dezembro de 1997, do Conselho Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO, publicada na Diário
Oficial da União de 08 de março de 1998.

Parágrafo 2° Outras formas de identificação da certificação, no âmbito do Sistema Brasileiro de


Certificação, anteriormente definidas pelo CBC, permanecerão válidas até o prazo
determinado no parágrafo primeiro.

Art. 2° Estabelecer que os certificados, expedidos após a publicação desta Portaria, serão
válidos se emitidos por Organismo de Certificação Credenciado pelo INMETRO
(OCC)
Art. 3° Dispensar, da obrigatoriedade de certificação da conformidade, no âmbito do SBC,
as unidades marítimas importadas que objetivam a lavra de petróleo ou o transporte
de produtos inflamáveis, para trabalho "off shore", às quais são validos os critérios
para aceitação dos fornecedores e as certificações adotada pelas sociedades
classificadoras.

Art. 4° Dispensar, da obrigatoriedade de certificação de conformidade , no âmbito do SBC,


as situações especiais previstas na Regra Especifica para a Certificação de
Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas (NIE- DINQP 096).

Art. 5° Declarar que a fiscalização de comercialização dos produtos em conformidade com


as disposições contidas nesta Portaria, em todo o território nacional, ficará à cargo
do INMETRO e das entidades de direito publico com ele conveniadas.

Art. 6° Estabelecer que a inobservância das disposições contida nesta Portaria acarretará
aplicação, a seus infratores, das penalidades previstas no art. 8° , da lei n° 9.933,
de 20 de dezembro de 1999.

Art. 7° Publicar esta Portaria no Diário Oficial da União, quando iniciará sua vigência,
ficando revogado a Portaria INMETRO n° 121, de 24 de julho 1996.
NORMA No REV. N o
REGRA ESPECÍFICA PARA EQUIPAMENTOS NIE-DINQP-096 01
ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS
POTENCIALMENTE EXPLOSIVAS APROVADA EM PÁGINA
FEV/00 01/13

SUMÁRIO

1 Objetivo
2 Campo de Aplicação
3 Responsabilidade
4 Documentos Complementares
5 Siglas e Abreviaturas
6 Definições
7 Condições Gerais
8 Condições Específicas
9 Modelo de Certificação
10 Utilização de Laboratório de Ensaio
11 reconhecimento das Atividades de Certificação
12 Controle dos Produtos Certificados
13 Obrigações da Empresa Licenciada
14 Encerramento da Fabricação e/ou Importação
Anexo A – Certificação de Equipamentos Elétricos Fabricados no Exterior
Anexo B – Identificação da Certificação no Âmbito do SBC

1 OBJETIVO

Esta Norma estabelece os critérios adicionais para o credenciamento de organismos de certificação


de produto - equipamentos elétricos para atmosferas potencialmente explosivas.

Nota: Equipamentos elétricos para utilização em Zona 2, excetuando-se os não acendíveis, quando
construídos de acordo com os requisitos de norma referente a equipamento de uso industrial
e que em condições normais de serviço não produzam arcos, centelhas ou superfícies
quentes que possam provocar a ignição da atmosfera explosiva, não necessitam ser
certificados. Estes equipamentos elétricos devem estar em um invólucro que possua um grau
de proteção IP54 e resistência mecânica adequado para uma área não classificada com
condições ambientais equivalentes. Este tipo de equipamento não requer marcação especial,
mas deve estar claramente identificado, ou no próprio equipamento ou na documentação.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Esta Norma aplica-se a todas as UO da DINQP.

3 RESPONSABILIDADE

A responsabilidade pela revisão desta Norma é da DINQP/DICEP.


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4 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

4-1 Gerais
NIE-DINQP-047 Critérios para o Credenciamento de Organismo de Certificação de Produto
NIE-DINQP-067 Critério para Seleção e Utilização de Laboratórios de Ensaios
NBR ISO 8402 Gestão da Qualidade e Garantia da Qualidade - Terminologia
ABNT ISO/IEC Guia 2:1998 Normalização e Atividades Relacionadas - Vocabulário Geral

4-2 Verificação dos Requisitos Gerais


NBR 9518:1997 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Requisitos gerais
IEC 60079-0:1998 Electrical apparatus for explosive atmospheres - General requirements
EN 50014:1992 Electrical apparatus for potentially explosive atmospheres - General
requirements

4-3 Invólucros à Prova de Explosão


NBR 5363:1998 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Invólucros à prova de
explosão - Tipo de proteção 'd'
IEC 60079-1:1990 Electrical apparatus for explosive atmospheres - Construction and test of
flameproof enclosures of electrical apparatus
EN 50018:1994 Electrical apparatus for potentially explosive atmospheres - Flameproof
enclosure 'd'

4-4 Equipamentos com Segurança Intrínseca


NBR 8447:1989 Equipamentos para atmosferas explosivas - Segurança intrínseca - Tipo de
proteção 'i'
IEC 60079-11:1999 Electrical apparatus for explosive atmospheres - Construction and test of
intrinsically-safe and associated apparatus
EN 50020:1994 Electrical apparatus for potentially explosive atmospheres - Intrinsic safety 'i'

EN 50039 Electrical apparatus for potentially explosive atmospheres - Intrinsically safe


systems ‘i’

4-5 Equipamentos com Segurança Aumentada


NBR 9883:1995 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Segurança aumentada -
Tipo de proteção 'e'
IEC 60079-7:1990 Electrical apparatus for explosive atmospheres - construction and test of
electrical apparatus - Type of protection 'e'
EN 50019:1994 Electrical apparatus for potentially explosive atmospheres - Increased
safety 'e'

4-6 Equipamentos Pressurizados ou com Diluição Contínua


NBR 5420:1990 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Invólucros com
pressurização ou diluição contínua - Tipo de proteção ‘p’
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IEC 60079-2:1983 Electrical apparatus for explosive gas atmospheres - electrical apparatus -
Type of protection 'p'
EN 50016:1995 Electrical apparatus for potentially explosive atmospheres - Pressurized
apparatus 'p'

4-7 Equipamentos Imersos em Óleo


NBR 8601:1984 Equipamentos elétricos imersos em óleo para atmosferas explosivas
IEC 60079-6:1995 Electrical apparatus for explosive gas atmospheres - Oil-immersed apparatus
EN 50015:1994 Electrical apparatus for potentially explosive atmospheres - Oil immersion ‘o'

4-8 Equipamentos Imersos em Areia


IEC 60079-5:1997 Electrical apparatus for explosive gas atmospheres - Sand-filled apparatus
EN 50017:1994 Electrical apparatus for potentially explosive atmospheres - Powder filling ‘q’

4-9 Equipamentos Não Acendíveis


IEC 60079-15:1987 Electrical apparatus with type of protection 'n'

4-10 Equipamentos Encapsulados


IEC 60079-18:1992 Electrical apparatus with type of protection ‘m’ (encapsulation)
EN 50028:1987 Electrical apparatus for potentially explosive atmospheres -
Encapsulation ‘m’

4-11 Prensa-Cabos
NBR 10861:1989 Prensa-cabos

4-12 Lanternas para Mineiros


EN 50033:1986 Caplamps for mines susceptible to firedamp

4-13 Graus de Proteção de Invólucros


NBR 6146:1980 Invólucros de equipamentos elétricos - Proteção
NBR 9884:1987 Máquinas elétricas girantes - Graus de proteção proporcionados pelos
invólucros
IEC 60529:1989 Classification of degrees of protection provided by enclosures
IEC 34-5:1992 Rotating electrical machines - Classification of degrees of protection provided
by enclosures for rotating machines

4-14 Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas e Classificação de Áreas


NBR 5418:1995 Instalações elétricas em atmosferas explosivas
IEC 60079-14:1996 Electrical apparatus for explosive gas atmospheres - Electrical installations in
explosive gas atmospheres (other than mines)
IEC 60079-10:1995 Classification of hazardous areas
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4-15 Avaliação do Sistema da Qualidade


NBR ISO 9002:1994 Sistemas da qualidade - Modelo para garantia da qualidade em produção e
instalação

4-16 Terminologia
NBR 8370:1998 Equipamentos e instalações elétricas para atmosferas explosivas -
Terminologia

Nota: As normas técnicas devem ser utilizadas na ordem de prevalência descrita no Termo de
Referência do Sistema Brasileiro de Certificação.

5 SIGLAS E ABREVIATURAS

CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica


DICEP Coordenação Geral de Produtos
DINQP Diretoria de Normalização, Qualidade e Produtividade
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
SBC Sistema Brasileiro de Certificação
UO Unidade Organizacional

6 DEFINIÇÕES

Para fins desta Norma, são adotadas as definições de 6.1 à 6.11, complementadas pelas contidas na
NBR 8370, na NBR ISO 8402 e no ABNT ISO/IEC Guia 2.

6.1 Marca de Conformidade


Marca registrada, aposta ou emitida de acordo com os critérios estabelecidos pelo INMETRO, com
base nos princípios e políticas adotados no âmbito do SBC, indicando existir um nível adequado de
confiança de que os equipamentos elétricos para atmosferas potencialmente explosivas estão em
conformidade com as respectivas normas técnicas relacionadas no item 4 desta Norma.

6.2 Licença para o Uso da Marca de Conformidade


Documento emitido de acordo com os critérios estabelecidos pelo INMETRO, com base nos
princípios e políticas adotados no âmbito do SBC, pelo qual um OCP outorga a uma empresa,
mediante um contrato, o direito de utilizar a identificação da certificação no âmbito do SBC em
seus produtos, de acordo com esta Norma.

6.3 Organismo de Certificação de Produto-OCP


Organismo público, privado ou misto, sem fins lucrativos, de terceira parte, credenciado pelo
INMETRO, de acordo com os critérios por ele estabelecidos, com base nos princípios e políticas
adotados no âmbito do SBC.

6.4 Lote
Conjunto de equipamentos ou dispositivos com características idênticas pertencentes ao mesmo
modelo, série ou tipo (o menos coletivo dos três), produzidos pelo mesmo fabricante na mesma
unidade fabril.
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6.5 Equipamento Elétrico para Atmosferas Potencialmente Explosivas


Equipamentos elétricos, acessórios e componentes para instalação, construído de tal modo que, sob
condições específicas não causará explosão da atmosfera ao seu redor.

6.6 “Skid Mounted”


Unidades industriais pré-montadas, formando um conjunto completo, com atributos
predominantemente não elétricos (exceto geração).

6.7 Memorial Descritivo


Relatório fornecido pelo fabricante ou importador contendo a descrição das características
construtivas de um equipamento elétrico, indicando o modelo ou tipo e a série, para atmosferas
potencialmente explosivas.

6.8 Modelo ou Tipo


Designação dada pelo fabricante que diferencia produtos de uma mesma família de materiais.

6.9 Série
Designação dada pelo fabricante que identifica a versão do modelo.

6.10 Ensaio de Tipo


Ensaio realizado em uma ou mais unidades fabricadas segundo um certo projeto, para demonstrar
que este projeto satisfaz a certas condições especificadas.

6.11 Ensaio de Rotina


Ensaio ao qual é submetida cada unidade fabricada, durante ou após a fabricação, para verificar se
ela satisfaz a certas condições especificadas.

7 CONDIÇÕES GERAIS

7.1 A identificação da certificação no âmbito do SBC nos equipamentos elétricos utilizados em


atmosferas potencialmente explosivas tem por objetivo indicar a existência de nível adequado de
confiança de que o produto está em conformidade com normas técnicas específicas relacionadas no
item 4 desta Norma.

7.2 O uso da identificação da certificação no âmbito do SBC nos equipamentos elétricos utilizados
em atmosferas potencialmente explosivas está vinculada à concessão de licença emitida pelo OCP,
conforme previsto nesta Norma, e aos compromissos assumidos pela empresa através do contrato de
licença para o uso da Marca de Conformidade firmado com o mesmo.

7.3 A licença para uso da Marca de Conformidade, deve conter os seguintes dados:
a) razão social, nome fantasia, endereço completo e CNPJ da empresa licenciada;
b) dados completos do OCP;
c) número da licença para o uso da Marca de Conformidade, data de emissão e validade da licença;
d) identificação da certificação;
e) assinatura do responsável pelo OCP;
f) anexo contendo os tipos e modelos dos produtos com os respectivos códigos do projeto e normas
técnicas correspondentes, conforme estabelecido nesta Norma.
g) a inscrição: "Esta licença está vinculada a um contrato e para o endereço acima citado".
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7.4 A empresa licenciada tem responsabilidade técnica, civil e penal referente aos produtos por ele
fabricados ou importados, bem como a todos os documentos referentes à certificação, não havendo
hipótese de transferência desta responsabilidade.

7.5 A licença para o uso da Marca de Conformidade, bem como sua utilização sobre os produtos,
não transfere, em nenhum caso, a responsabilidade do licenciado para o INMETRO e/ou OCP.

7.6 Quando a empresa licenciada possuir catálogo, prospecto comercial ou publicitário, as


referências à identificação da certificação no âmbito do SBC só podem ser feitas para produtos
certificados, não podendo haver qualquer dúvida entre produtos certificados e não certificados.

7.7 Nos manuais técnicos, de instruções ou de informações ao usuário, referências sobre


características não incluídas nas pertinentes normas técnicas relacionadas no item 4 desta Norma
não podem ser associadas à identificação da certificação no âmbito do SBC ou induzir o usuário a
crer que tais características estejam garantidas por esta identificação.

7.8 Caso haja revisão das normas que servem de referência para a concessão da licença para o uso
da Marca de Conformidade, o INMETRO estabelecerá prazo para a adequação às novas exigências.

8 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

8.1 A Marca de Conformidade deve ser colocada nos equipamentos elétricos para atmosferas
potencialmente explosivas, de forma visível, através da impressão desta Marca nos produtos
certificados, conforme estabelecido no Anexo B desta Norma.

8.2 A empresa licenciada deve apor a Marca de Conformidade em todos os equipamentos elétricos
para atmosferas potencialmente explosivas certificados.

8.3 A empresa licenciada deve implementar um controle para a identificação dos produtos que
ostentam a Marca de Conformidade, devendo o INMETRO ser informado mensalmente sobre este
controle. O OCP deve verificar a rastreabilidade dos produtos certificados com base nas
informações recebidas do INMETRO e nos controles da empresa licenciada.

8.4 Caso o equipamento elétrico para atmosferas potencialmente explosivas certificado venha a ter
alguma modificação no seu memorial descritivo, a empresa licenciada, antes de sua
comercialização, deve comunicar formalmente ao OCP que, por deliberação da Comissão de
Certificação, decidirá pela necessidade de obtenção de extensão do escopo da licença para o uso da
Marca de Conformidade.

8.5 No caso de o OCP exigir a apresentação de solicitação de extensão o escopo da licença para o
uso da Marca de Conformidade, os equipamentos elétricos para atmosferas potencialmente
explosivas pertinentes à esta só poderão ser comercializados à partir do momento em que o OCP
aprovar a extensão.

8.6 Quando o fornecedor desejar estender a licença para modelos ou tipo e série adicionais do
mesmo produto, atendendo às mesmas normas técnicas, poderá solicitar ao OCP a extensão da
mesma. Deverá ser feita para um determinado modelo, tipo ou série (o menos coletivo dos três)
uma solicitação para cada fábrica.
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Nota: A Comissão de Certificação do OCP deverá determinar se a solicitação de extensão é


pertinente, devendo deliberar quanto à realização de novos ensaios nos modelos adicionais
do mesmo produto.

8.7 Equipamentos elétricos e acessórios para atmosferas potencialmente explosivas fabricados no


exterior devem atender aos requisitos desta Norma, da mesma forma que são tratados os nacionais,
e, em casos especiais, o descrito no Anexo A desta Norma.

9 MODELO DE CERTIFICAÇÃO

Esta Norma estabelece a possibilidade de escolha entre três modelos distintos de certificação para a
obtenção da licença para o uso da Marca de Conformidade. É responsabilidade do solicitante
formalizar junto ao OCP o modelo que deverá ser utilizado para a certificação dos seus produtos.

9.1 Modelo com Avaliação do Sistema da Qualidade do Fabricante e Ensaios no Produto

9.1.1 Solicitação da Certificação

9.1.1.1 O solicitante deve formalizar, em formulário fornecido pelo OCP, sua opção pelo modelo
de certificação que abrange a avaliação e o acompanhamento do Sistema da Qualidade do fabricante
do produto objeto da solicitação, bem como a realização dos ensaios previstos nas pertinentes
normas técnicas relacionadas no item 4 desta Norma em amostras coletadas na fábrica e no
comércio.

Nota: A condição de representante legal do fabricante do produto, estrangeiro ou nacional, deve


estar clara no formulário de solicitação.

9.1.1.2 Na solicitação deve constar, em anexo, a denominação do equipamento elétrico para


atmosferas potencialmente explosivas, o seu memorial descritivo e a documentação do Sistema da
Qualidade do fabricante, elaborada para o atendimento ao estabelecido nos seguintes itens:
a) análise crítica de contrato (cláusula 4.3 da NBR ISO 9002);
b) controle de documentos e de dados (cláusula 4.5 da NBR ISO 9002);
c) aquisição (cláusula 4.6 da NBR ISO 9002);
d) identificação e rastreabilidade de produto (cláusula 4.8 da NBR ISO 9002);
e) controle de processo (cláusula 4.9 da NBR ISO 9002);
f) inspeção e ensaios (cláusula 4.10 da NBR ISO 9002);
g) controle de equipamentos de inspeção, medição e ensaios (cláusula 4.11 da NBR ISO 9002);
h) situação da inspeção e ensaios (cláusula 4.12 da NBR ISO 9002);
i) controle de produto não-conforme (cláusula 4.13 da NBR ISO 9002);
j) ação corretiva e ação preventiva (cláusula 4.14 da NBR ISO 9002);
k) manuseio, armazenamento, embalagem, preservação e entrega (cláusula 4.15 da NBR ISO
9002);
l) controle de registros da qualidade (cláusula 4.16 da NBR ISO 9002).

Nota: A solicitação é feita para um determinado modelo fabricado e para uma determinada fábrica,
conforme os requisitos da normas técnicas aplicáveis. Diferentes modelos que possuam
exatamente as mesmas características que definem o tipo de proteção podem, a critério do
OCP, ser incluídos em uma mesma solicitação.
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9.1.2 Análise da Documentação


O OCP deve, no mínimo, efetuar a análise do Manual da Qualidade do fabricante e dos respectivos
procedimentos, inclusive aqueles inerentes às etapas de fabricação dos equipamentos elétricos para
atmosferas potencialmente explosivas objeto da solicitação.

9.1.3 Auditoria Inicial


Após análise e aprovação da solicitação e da documentação, o OCP, de comum acordo com o
solicitante, programa a realização da auditoria inicial do Sistema da Qualidade do fabricante, tendo
como referência os itens relacionados no item 9.1.1.2 desta Norma, e a coleta de amostras para a
realização do ensaio de tipo.

Nota: A apresentação de Certificado de Sistema da Qualidade emitido no âmbito do SBC, tendo


como referência a NBR ISO 9002, e sendo esta certificação válida para a linha de produção
dos equipamentos elétricos e acessórios objeto da solicitação, isenta o detentor deste
certificado das avaliações do Sistema da Qualidade previstas nesta Norma, enquanto o
mesmo tiver validade. Neste caso, o detentor do referido certificado deve disponibilizar ao
OCP todos os registros decorrentes desta certificação.

9.1.4 Ensaio de Tipo


Após a realização da auditoria inicial na fábrica, devem ser realizados, nos equipamentos elétricos
para atmosferas potencialmente explosivas objeto da solicitação, os ensaios estabelecidos nas
pertinentes normas técnicas relacionadas no item 4 desta Norma.

9.1.5 Apreciação do Processo de Certificação na Comissão de Certificação

9.1.5.1 Cumpridos todos os requisitos exigidos nesta Norma, o OCP apresenta o processo à
Comissão de Certificação, estabelecida conforme a NIE-DINQP-047.

9.1.5.2 A aprovação da concessão da licença para o uso da Marca de Conformidade nos


equipamentos elétricos para atmosferas potencialmente explosivas que tenham demonstrado
conformidade as pertinentes normas técnicas relacionadas no item 4 desta Norma é da competência
exclusiva da Comissão de Certificação.

9.1.5.3 No caso da solicitação ser aprovada pela Comissão de Certificação, o OCP comunica ao
solicitante o número de sua licença. Caso contrário, o OCP encaminha ao solicitante o parecer da
Comissão de Certificação.

9.1.5.4 A licença para o uso da Marca de Conformidade só deve ser concedida após a assinatura do
contrato entre o OCP e o solicitante, ocasião da liberação da comercialização.

9.1.9 Manutenção da Certificação

9.1.9.1 Após a concessão da licença para o uso da Marca de Conformidade, o controle desta é
realizado exclusivamente pelo OCP, o qual planeja novas auditorias e ensaios, para constatar se as
condições técnico-organizacionais que deram origem à concessão inicial da licença estão sendo
mantidas.

9.1.9.2 O OCP deve programar e realizar, no mínimo, uma auditoria por ano, em cada empresa
licenciada, podendo haver outras, desde que haja deliberação da Comissão de Certificação do OCP,
baseada em evidências que as justifiquem. Nesta Auditoria devem ser verificados todos os itens
relacionados no item 9.1.1.2 desta Norma.
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NIE-DINQP-096
01 09/13

9.1.9.3 O OCP deve realizar anualmente, para cada empresa licenciada, um ensaio completo em
amostras de todos os equipamentos elétricos e acessórios para atmosferas potencialmente
explosivas certificados, para a avaliação da conformidade as pertinentes normas técnicas
relacionadas no item 4 desta Norma. Para a realização destes ensaios devem ser realizadas coletas
no comércio e na linha de produção do equipamento, preferencialmente na área de expedição.

9.1.9.4 O OCP deve estabelecer procedimento para a coleta de amostras no comércio e na fábrica,
de maneira a possibilitar a realização dos ensaios previstos nas pertinentes normas técnicas
relacionadas no item 4 desta Norma nos equipamentos elétricos para atmosferas potencialmente
explosivas certificados.

9.1.9.5 Constatada alguma não-conformidade no ensaio para a manutenção da certificação, este


deve ser repetido para o atributo não conforme, não sendo admitida a constatação de qualquer não-
conformidade. A confirmação de não-conformidade no ensaio para a manutenção da certificação
acarreta na suspensão imediata da licença para o uso da Marca de Conformidade para o produto não
conforme.

9.2 Modelo com Ensaio de Tipo

9.2.1 Solicitação da Certificação

9.2.1.1 O solicitante deve formalizar, em formulário fornecido pelo OCP, sua opção pelo modelo
de certificação que abrange o ensaio de tipo (ensaio a 100%) em todos os produtos fabricados sob
encomenda (produção não seriada).

9.2.1.2 Na solicitação deve constar, em anexo, a denominação do equipamento elétrico para


atmosferas potencialmente explosivas e o seu memorial descritivo.

9.2.2 Ensaio de Tipo

9.2.2.1 O OCP deve acordar com o solicitante a realização dos ensaios previstos nas pertinentes
normas técnicas relacionadas no item 4 desta Norma, em todos os equipamentos elétricos para
atmosferas potencialmente explosivas objeto da solicitação.

9.3 Modelo com Certificação de Lote

9.3.1 Solicitação da Certificação

9.3.1.1 O solicitante deve formalizar, em formulário fornecido pelo OCP, sua opção pelo modelo
de certificação que avalia a conformidade de um lote do produto.

9.3.1.2 Na solicitação deve constar, em anexo, a identificação do lote objeto da mesma e o


memorial descritivo do equipamento elétrico para atmosferas potencialmente explosivas que
compõe o referido lote.

9.3.2 Análise da Documentação


O OCP deve, no caso de importador, confirmar na documentação de importação a identificação do
lote objeto da solicitação e, no caso de fabricante nacional, analisar o procedimento de
identificação do lote objeto da solicitação.
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9.3.3 Ensaios

9.3.3.1 Os ensaios de tipo devem ser executados em 6 % do lote, com um mínimo de uma unidade.
O OCP poderá solicitar uma quantidade maior de amostras para a execução de todos os ensaios
exigidos pela norma. Todo o lote deve ser rejeitado caso haja reprovação em algum ensaio de tipo.

9.3.3.2 Os ensaios de rotina devem ser realizados em 100 % do lote. Toda peça reprovada no ensaio
de rotina deverá ser excluída do lote.

10 UTILIZAÇÃO DE LABORATÓRIO DE ENSAIO

O OCP deve atender os critérios estabelecidos na NIE-DINQP-067 para a seleção e utilização de


laboratórios para a realização dos ensaios previstos nas respectivas normas técnicas relacionadas no
item 4 desta Norma.

11 RECONHECIMENTO DAS ATIVIDADES DE CERTIFICAÇÃO

Para o reconhecimento das atividades da certificação estabelecidas nesta Norma, mas


implementadas no exterior, o OCP deve manter os registros de que o organismo que executou estas
atividades atenda os mesmos critérios de credenciamento exigidos pelo INMETRO.

12 CONTROLE DOS PRODUTOS CERTIFICADOS

12.1 O controle dos produtos certificados é executado pela empresa licenciada sob sua inteira e
única responsabilidade.

12.2 O controle dos produtos certificados deve ter por objetivo verificar e assegurar a conformidade
dos equipamentos elétricos para atmosferas potencialmente explosivas às respectivas normas
técnicas relacionadas no item 4 desta Norma.

12.3 A empresa licenciada deve fazer as verificações e os ensaios de rotina para assegurar a
conformidade do equipamento elétrico para atmosferas potencialmente explosivas produzido as
normas técnicas relacionadas no item 4 desta Norma.

13 OBRIGAÇÕES DA EMPRESA LICENCIADA

13.1 Acatar as condições estabelecidas nas respectivas normas técnicas relacionadas no item 4 desta
Norma, nas disposições legais e nas disposições contratuais referentes ao licenciamento,
independente de sua transcrição.

13.2 Aplicar a Marca de Conformidade em todos os equipamentos elétricos para atmosferas


potencialmente explosivas certificados.

13.3 Facilitar ao OCP ou ao seu contratado, mediante comprovação desta condição, os trabalhos de
auditoria e acompanhamento, assim como a realização de ensaios e outras atividades de certificação
previstas nesta Norma.
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13.4 Acatar as decisões pertinentes a certificação tomadas pelo OCP e pelo INMETRO.

13.5 Manter as condições técnico-organizacionais que serviram de base para a obtenção da licença
para o uso da Marca de Conformidade

14 ENCERRAMENTO DA FABRICAÇÃO E/OU IMPORTAÇÃO

A empresa, detentora da licença para o uso da Marca de Conformidade, que cessar definitivamente
a fabricação ou importação de um modelo de equipamento elétrico para atmosferas potencialmente
explosivas deve comunicar este fato imediatamente ao OCP que, por sua vez, notifica esta
ocorrência à Comissão de Certificação do OCP e ao INMETRO.

________________________
/Anexos
REV. PÁGINA
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01 12/13

ANEXO A - CERTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS FABRICADOS NO


EXTERIOR

A-1 Generalidades

A-1.1 Equipamentos elétricos fabricados no exterior devem atender a esta Norma. Situações
especiais são previstas em A-2.

A-1.2 Quando necessário, as atividades realizadas no exterior devem ser complementadas sob
responsabilidade do OCP.

A-2 Situações especiais

A-2.1 São definidas como “situações especiais” os casos abaixo relacionados:


a) equipamentos elétricos ou componentes elétricos que fazem parte de máquinas, equipamentos
ou instalações do tipo “skid mounted”;
b) lotes de até 25 (vinte e cinco).

A-2.2 Importações de equipamentos, em situações especiais, não necessitam de certificação no


âmbito do SBC, mas de uma declaração emitida por OCP após o atendimento cumulativo das
seguintes condições:
a) os produtos e as fábricas devem ter, respectivamente, o certificado de conformidade do produto e
o certificado de sistema da qualidade (ISO 9001 ou ISO 9002) da unidade onde foi fabricado e
que englobe o produto em questão,
b) apresentada a Proforma Invoice e/ou a Declaração de Importação emitida pela Receita Federal e
c) para o mesmo equipamento e solicitante, cada OCP só poderá emitir uma declaração a cada três
meses, atestando ter analisado e aprovado a documentação anterior.

A-2.3 No caso de certificado de produto emitido por organismo de certificação que não adota as
normas da IEC ou da CENELEC, a declaração do OCP, referida em A-2.2, deverá observar que o
produto só poderá ser instalado segundo as normas pertinentes compatíveis com as normas segundo
as quais o produto foi certificado.

A-2.4 Outras situações de equipamentos importados não explicitadas anteriormente, poderão ser
consideradas como especiais, desde que avaliadas como tais pelo INMETRO. Esta avaliação deverá
ser feita dentro de um prazo de 60 (sessenta) dias a partir da data da solicitação para a emissão da
declaração.

A-2.5 As declarações deverão ser emitidas pelos OCP dentro de um prazo de 30 (trinta) dias
consecutivos, após o recebimento da documentação. Como solicitante se entende a pessoa jurídica
constante na Proforma Invoice e/ou na Declaração de Importação.

A-2.6 A declaração referida em A-2.2 deverá estar disponível no momento do desembaraço


alfandegário.

A-2.7 Os casos em que o OCP julgar necessário, a emissão da declaração ficará sujeita a aprovação
de sua Comissão de Certificação.

/Anexo B
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NIE-DINQP-096
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ANEXO B - IDENTIFICAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO NO ÂMBITO DO SBC

B-1 Na marcação do produto certificado devem constar as informações estabelecidas na NBR 9518.

B-2 Para pequenos componentes, quando não houver condições para a marcação como indicado na
Figura, é permitida a indicação do logo do INMETRO e do OCP sem seus respectivos nomes. Não
havendo condições para esta marcação, a mesma deverá ostentar, no mínimo, os campos 3
(Símbolos) e 4 (Número do certificado).

1 2

Legenda:
1 - Identificação do fornecedor;
2 - Identificação do modelo ou tipo;
3 - Símbolos: BR-Ex, tipo de proteção, grupo do equipamento elétrico, classe
de temperatura e/ou temperatura máxima de superfície e marcações adicionais exigidas
pela norma específica para o respectivo tipo de proteção;
4 - Número do certificado, incluindo as letras “X” ou “U”, quando aplicável.
E&P-CORP / ENGP / IPSA
Siglas Usuais

Siglas Usuais

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS


ABS - AMERICAN BUREAU OF SHIPPING
ABS MODU - AMERICAN BUREAU OF SHIPPING - MOBILE OFFSHORE DRILLING UNIT
API - AMERICAN PETROLEUM INSTITUTE

BV - BUREAU VERITAS

CSA - CANADIAN STANDARD ASSOCIATION


CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA
CENELEC - EUROPEAN COMMITTEE FOR ELECTROTECHNICAL STANDARDIZATION
CERTUSP - ESCRITÓRIO DE CERTIFICAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

DINQP - DIRETORIA DE NORMALIZAÇÃO, QUALIDA DE E PRODUTIVIDADE


DNV - DET NORSKE VERITAS

E&P-CORP - E&P CORPORATIVO


ENGP - GERÊNCIA GERAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DO E&P-CORPORATIVO

FPSO - FLOATING PRODUCTION STORAGE AND OFFLOADING


FSO - FLOATING STORAGE AND OFFLOADING

GMDSS GLOBAL MARITIME DISTRESS AND SAFETY SYSTEM

IEC - INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION


INTERNEX - SITE DA COMUNIDADE “EX”
IMO - INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION
INMETRO - INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE
INDUSTRIAL
IPSA - GERÊNCIA DE INSTALAÇÕES DE PRODUÇÃO DE SUPERFÍCIE E AUTOMAÇÃO
ISGOTT - INTERNATIONAL SAFETY GUIDE FOR OIL TANKERS & TERMINALS

LABEX - LABORATÓRIO DE ACIONAMENTOS E SEGURANÇA EM EQUIPAMENTOS


ELETRO-ELETRÔNICOS, DO CEPEL
LR - LLOYD’S REGISTER OF SHIPPING

MODU - MOBILE OFFSHORE DRILLING UNIT


MOU - MOBILE OFFSHORE UNIT

NEC - NATIONAL ELECTRICAL CODE


NEMA - NATIONAL ELECTRICAL MANUFACTORY ASSOCIATION
NFPA - NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION

PRC - PANAMA REGISTER CORPORATION

Instru-EX 2002 Instruções Gerais para Instalações em Atmosferas Explosivas


a
2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção 209
E&P-CORP / ENGP / IPSA
Siglas Usuais

SBC - SISTEMA BRASILEIRO DE CERTIFICAÇÃO


SINPEP - SISTEMA INFORMATIZADO DE PADRONIZAÇÃO DO E&P
SOLAS - SAFETY OF LIFE AT SEA
SPM - SONDA DE PRODUÇÃO MARÍTIMA
SM - SONDA MODULADA, PERFURAÇÃO

UCIEE - UNIÃO CERTIFICADORA DA INDÚSTRIA ELETRO-ELETRÔNICA


UN-BC - UNIDADE DE NEGÓCIO – BACIA DE CAMPOS
UN-RIO - UNIDADE DE NEGÓCIO – RIO DE JANEIRO
USCG - U.S. COAST GUARD

Instru-EX 2002 Instruções Gerais para Instalações em Atmosferas Explosivas


a
2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção 210
E&P-CORP / ENGP / IPSA
Referência Bibliográfica

Referência Bibliográfica

[1] – Jordão, Dácio de Miranda


MANUAL DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM INDÚSTRIAS QUÍMICAS, PETROQUÍMICAS
E DE PETRÓLEO: ATMOSFERAS EXPLOSIVAS; segunda edição

[2] - DIRETRIZES PARA PROJETOS DE INSTALAÇÕES MARÍTIMAS DE PRODUÇÃO


DO E&P-CORP,

Acesso on-line na página http://portal.ep.petrobras.com.br/Portal/, Caminho: Produtos & Serviços >


Padronização e Normatização > Principais Produtos > Diretrizes para Projetos de Instalações de
Produção > Marítimas (*1)

Para facilidade de referência, estas Instruções contém a reprodução de textos


relevantes das Diretrizes do E&P-CORP - revisão de dezembro/2001, onde cabível
[
e estão contidos em caixas de texto em itálico e com fundo hachurado de amarelo,
conforme este modelo de texto.

[2A] – FILOSOFIA DE SEGURANÇA PARA INSTALAÇÕES MARÍTIMAS DE PRODUÇÃO;


ET-3000.00-5400-947-PCI-001 (*1)

[2B] – CRITÉRIOS GERAIS PARA PROJETO BÁSICO DE ELETRICIDADE;


ET-3000.00-5140-700-PCI-001 (*1)

[2C] – CRITÉRIOS GERAIS PARA PROJETO DE UTILIDADES NÃO-ELÉTRICAS;


ET-3000.00-5100-941-PCI-001 (*1)

[2D] – SISTEMA DE CONTROLE E INTERTRAVAMENTO DE SEGURANÇA


ET-3000.00-1200-800-PCI-002 (*1)

[2E] – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM UNIDADES PACOTE


ET-3000.00-5140-700-PCI-002 (*1)

[2F] – REQUISITOS PARA DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA


ET-3000.00-1200-941-PCI-002 (*1)

[2G] – FORMA E CONTEÚDO DO MANUAL DE OPERAÇÃO DA EMBARCAÇÃO,


APLICÁVEL A UNIDADES SEMI-SUBMERSÍVEIS DE PRODUÇÃO ANCORADA
ET-3010.00-9300-940-PEB-001 (*1)

[3] – IMO MODU CODE /89 – International Maritime Organization – Code for the
Construction and Equipment of Mobile Offshore
Drilling Units
http://www.imo.org/home_noflash.html (*2)

Instru-EX 2002 Instruções Gerais para Instalações em Atmosferas Explosivas


a
2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção 211
E&P-CORP / ENGP / IPSA
Referência Bibliográfica

[4] – LIVROS DE REGRAS DO ABS - AMERICAN BUREAU OF SHIPPING (*2)

[4A] - Guide for Building and Classing – FACILITIES ON OFFSHORE INSTALLATIONS


2000

[4B] - Rules for Building and Classing – STEEL VESSELS/97 (Part 4 – Machinery,
Equipment and Systems)

[4C] – Rules for Building and Classing Mobile Offshore Drilling Units –
ABS MODU /97

[5] - LIVROS DE REGRAS DO BV – BUREAU VERITAS (*2)

[5A] – SAFETY FEATURES OF OFFSHORE UNITS AND INSTALLATIONS –


RULE NOTE - APRIL 1998

[5B] – ELECTRICAL SYSTEMS ON BOARD OFFSHORE UNITS AND


INSTALLATIONS – RULE NOTE, April 1998

[6] - LIVROS DE REGRAS DO DNV - DET NORSKE VERITAS (*2)

[6A] – DNV- DET NORSKE VERITAS - Rules for Classification of Mobile Offshore
Units, July 1998 (Part 5 Chapter 3 – Drilling Units and Other Units for
Offshore Operations)

[6B] - Rules for Classification of Mobile Offshore Units, January 1994 (Part 4
Chapter 4 –Electrical Installations)

[6C] – Rules for Classification of Mobile Offshore Units, January 1996 (Part 5
Chapter 4 – Oil Production and Storage Units)

[6D] – Technical Note – Fixed Offshore Installations – TN-B302

[7] - National Fire Protection Association – NFPA acesso on-line na página http://164.85.47.150

[7A] - NFPA 496 - Purged and Pressurized Enclosures for Electrical Equipment in
Hazardous (Classified) Locations

[7B] – NFPA 78, 780 - Lightning Protection Code

[7C] – NFPA 37 - Stationary Combustion Engines and Gas Turbines – 1998

[7D] – NFPA 68 – Guide for Venting of Deflagration

[7E] - NFPA 70 – Nationa l Electric Code (NEC)

Instru-EX 2002 Instruções Gerais para Instalações em Atmosferas Explosivas


a
2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção 212
E&P-CORP / ENGP / IPSA
Referência Bibliográfica

[8] – SENSE – Apostila de Segurança Intrínseca; 1994

[9] – NORMAS API – AMERICAN PETROLEUM INSTITUTE - http://164.85.47.150

[9A] – API RP 2003 – PROTECTION AGAINST IGNITIONS ARISING OUT OF STATIC,


LIGHTNING, AND STRAY CURRENTS – SIXTH EDITION

[9B] – API RP 14F – Recommended Practice for Design and Installation of Electrical
Systems for Offshore Production Platforms

[9C] – API RP 500 – Recommended Practice for Classification of Locations for


Electrical Installations at Petroleum Facilities Classified as
Class I, Division 1, and Division 2

[9D] – API RP 505 – Recommended Practice for Classification of Locations for


Electrical Installations at Petroleum Facilities Classified as
Class I, Zone 0, Zone 1, and Zone 2 – First Edition 1997

[10] – INTERNATIONAL SAFETY GUIDE FOR OIL TANKERS & TERMINALS – ISGOTT –
4ª Edição, novembro 1996 (tradução)
http://www.sms.petrobras.com.br caminho SMS > Segurança > ISGOTT

[11] – IEC – INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION


http://164.85.47.150

[11A] – 60079-10 - CLASSIFICATION OF HAZARDOUS AREAS

[11B] – 60079-14 - ELECTRICAL INSTALLATIONS IN EXPLOSIVE GAS ATMOSPHERES


(OTHERS THAN MINES)

[11C] – 60079-17- RECOMMENDATION FOR INSPECTION AND MAINTENANCE OF


ELECTRICAL INSTALLATIONS IN HAZARDOUS AREAS (OTHERS
THAN MINES)

[11D] – 60079-2 - ELECTRICAL APPARATUS FOR EXPLOSIVE GAS ATMOSPHERES -


TYPE OF PROTECTION “P”

[11E] – 60079.11- ELECTRICAL APPARATUS FOR EXPLOSIVE GAS ATMOSPHERES –


INTRINSIC SAFETY “I”

[11F] – 60092.502- ELECTRICAL INSTALLATIONS IN SHIPS – TANKERS – SPECIAL


FEATURES

[11G] – 61892-7- MOBILE AND FIXED OFFSHORE UNITS – ELECTRICAL


INSTALLATIONS – HAZARDOUS AREAS

[11H] – 60079-20 – DATA FOR FLAMMABLE GASES AND VAPOURS RELATING TO


THE USE OF ELECTRICAL APPARATUS

Instru-EX 2002 Instruções Gerais para Instalações em Atmosferas Explosivas


a
2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção 213
E&P-CORP / ENGP / IPSA
Referência Bibliográfica

[12] – NATIONAL ELECTRICAL CODE – NEC = NFPA 70 http://164.85.47.150

[12A] – NEC ARTIGO 500 HAZARDOUS (CLASSIFIED) LOCATIONS, segundo critério


CLASSE E DIVISÃO
- ARTIGO 501 – Equipamentos e instalações em áreas classificadas, Classe I
(Gases e Vapores)
-ARTIGO 504 – Instalação de equipamentos e fiação do tipo Segurança Intrínseca
-ARTIGO 505 – Equipamentos e Instalação de fiação/cabeação em áreas classificadas
Classe I (gases e vapores) e, divisão por critérios de ZONA, conf. IEC.

[12B] – NEC ARTIGO 610 – CRANES (GUINDASTES)

[13] – IP PART 15 – INSTITUTE OF PETROLEUM - AREA CLASSIFICATION CODE FOR


PETROLEUM INSTALLATIONS, 1990

[14] – STAHL

[14A] – STAHL – MAGAZINE october/97

[14B] – STAHL – EXLUX 6000 – A SHINING EXAMPLE

[15] - LEGRAND – ELECTRICAL EQUIPMENT FOR HAZARDOUS AREAS – 92/93 CATALOGUE

[16] – NORMAS ABNT http://sintec1.segen.petrobras.com.br/ntbnet/

[16A] - NBR 8370 – EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PARA


ATMOSFERAS EXPLOSIVAS - TERMINOLOGIA

[16B] - NBR 9518 – EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS EXPLOSIVAS –


REQUISITOS GERAIS - ESPECIFICAÇÃO

[16C] - NBR 5418 – INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

[16D] - NBR 5363 – EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS EXPLOSIVAS –


TIPO DE PROTEÇÃO “d” – ESPECIFICAÇÃO

[16E] - NBR 9883 – EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS EXPLOSIVAS –


SEGURANÇA AUMENTADA - TIPO DE PROTEÇÃO “e”

[16F] - NBR 8368 – EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS EXPLOSIVAS –


TEMPERATURA MÁXIMA DE SUPERFÍCIE
[16G] - NBR 5420 – EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS EXPLOSIVAS –
INVÓLUCROS COM PRESSURIZAÇÃO OU DILUIÇÃO CONTÍNUA -
TIPO DE PROTEÇÃO “p”
[16H] - NBR 8369 – MARCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS
EXPLOSIVAS
[16I] - NBR 8447 – EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS EXPLOSIVAS –
SEGURANÇA INTRÍNSECA - TIPO DE PROTEÇÃO “i”

Instru-EX 2002 Instruções Gerais para Instalações em Atmosferas Explosivas


a
2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção 214
E&P-CORP / ENGP / IPSA
Referência Bibliográfica

[17] NORMAS PETROBRAS http://nortec.segen.petrobras.com.br/ (*3)

[17A] – N-2154 - CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM


REGIÕES DE PERFURAÇÃO E PRODUÇÃO – PROCEDIMENTO (*3)

[17B] – N-2510 - INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA EM


ATMOSFERAEXPLOSIVA (*3)

[17C] - N-2040 – APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ELETRICIDADE (*3)

[17D] - N-2222 – PROJETO DE ATERRAMENTO EM PLATAFORMAS MARÍTIMAS (*3)

[17E] - N-2162 – PERMISSÃO PARA TRABALHO (*3)

[17F] - N-2567 – SINALIZAÇÃO DE ÁREAS CLASSIFICADAS (em elaboração )

[17G] - N-2155 – LISTA DE DADOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

[17H] - N-2282 – SEGURANÇA EM TESTE DE FORMAÇÃO E DE PRODUÇÃO NA


PRESENÇA DE GÁS SULFÍDRICO (H2 S)
[17I] - N-2351 – SEGURANÇA NA PERFURAÇÃO DE POÇOS NA
PRESENÇA DE GÁS SULFÍDRICO (H2 S)

[18] – PADRÃO SINPEP

[18A] – UN-BC PP-37-00003- CERTIFICAÇÃO DE PROJETOS, MATERIAIS


E INSTALAÇÕES EM UNIDADES FLUTUANTES DE PRODUÇÃO

[18B] – UN-BC PE-27-00150- MS – TANQUES - LIMPEZA

[18C] – E&P/NNE PE-21-00078 OPERAÇÃO COM H2 S

http://portal.ep.petrobras.com.br/Portal/Conteudo/EpCorp/ProdutosEServicos/PadronizacaoENormatizacao/P
rincipaisProdutos/SINPEP/gesemp11AAa.htm

[19] – PORTARIA INMETRO 176/2000


http://www.cepel.br/~ecps/176ex.htm

[19A] – REGRA ESPECÍFICA PARA EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS


EXPLOSIVAS
http://www.cepel.br/~ecps/096ex.pdf

[20] – SHIP TO SHIP TRANSFER GUIDE (Petroleum) – OCIMF -Third edition 1997

[21] – SOLAS - SAFETY OF LIFE AT SEA - IMO – EDIÇÃO CONSOLIDADA 1997

[22] – GUIDELINES FOR EARTHING IN MARITIME INSTALLATIONS – THE NORWEGIAN


ELECTRICAL SAFETY DIRECTORATE – JUL 1993

Instru-EX 2002 Instruções Gerais para Instalações em Atmosferas Explosivas


a
2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção 215
E&P-CORP / ENGP / IPSA
Referência Bibliográfica

[23] - PADRÃO SINPEP - E&P SEDE – MT-11-0005 ( INSTRU-EX)

http://portal.ep.petrobras.com.br/Portal/Conteudo/EpCorp/ProdutosEServicos/PadronizacaoENormat
izacao/PrincipaisProdutos/SINPEP/gesemp11AAa.htm

[24] – DETECÇÃO DE GÁS POR INFRAVERMELHO,


MORO, NILTON SÉRGIO (E&P-BC/GELOG/GERMAQ) – trabalho apresentado no
II Encontro de Manutenção da E&P, nov/96

[25] – Rangel Jr., Estellito


ÁREAS CLASSIFICADAS E INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PROVISÓRIAS – O DIA A DIA DAS
OBRAS – Trabalho apresentado no 2° EPIAEX.

[26A] DIRETIVA ATEX 100a 94-9-EC

[26B] DIRETIVA ATEX 137a – 1999/92/EC

[27] NORSOK TEMPORARY EQUIPMENT http://www.nts.no/norsok/, Standard, Z-015 Multidiscipline

Instru-EX 2002 Instruções Gerais para Instalações em Atmosferas Explosivas


a
2 Edição Plataformas Marítimas de Perfuração e de Produção 216

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