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1. Introdução
O presente trabalho, aborda aspectos relacionado ao estudo de agro-ecologia, interessando a sua
importância, aplicação, função e seus princípios. Agro-ecologia é entendida como um campo de
conhecimentos, de natureza multidisciplinar, que pretende contribuir na construção de estilos de
agricultura de base ecológica e na elaboração de estratégias de desenvolvimento rural, tendo
como referência os ideais da sustentabilidade numa perspectiva multidimensional de longo
prazo. Agro-ecologia é uma nova abordagem que integra os conhecimentos científicos
(agronómicos, veterinários, zootécnicos, ecológicos, sociais, económicos e antropológicos) aos
conhecimentos populares, para a compreensão, avaliação e implementação de sistemas agrícolas,
com vistas à sustentabilidade
A aplicação dessa visão mecanicista e reducionista aos sistemas naturais e especialmente à
agricultura, apesar de proporcionarem extraordinários ganhos de produtividade, redução de
preços e superáveis na produção de alimentos, produziram efeitos negativos, tais como
degradação do solo, desperdício e uso exagerado de água, poluição do ambiente, dependência de
insumos externos e perda da diversidade genética.
2. Agro-ecologia
A agro-ecologia, é uma nova forma de abordar a agricultura, onde a natureza, o homem e todas
as suas relações, são entendidos de forma integrada, convidando técnicos e agricultores a
tomarem novas posturas e adquirirem novos valores. A agro-ecologia é vista por muitos como
uma nova ciência, ou seja, conhecimentos e métodos que orientam uma agricultura de base
ecologia, capaz de se sustentar ao longo do tempo (ALTIERI, 2002).
Ainda na concepção de ALTIERI (2004, p.19), a interacção dos elementos formadores do agro-
ecossistema resulta em efeitos benéficos, pois:
Cria uma cobertura vegetal contínua para a protecção do solo;
Assegura constante produção de alimentos;
Fecha os ciclos de nutrientes e garante o uso eficaz dos recursos locais;
Contribui para a conservação do solo e dos recursos hídricos;
Intensifica o controlo biológico de pragas fornecendo habitat para os inimigos naturais;
(ALTIERI, 2004, p.19)
ecológica, económica, social, cultural, política e ética. A proposta da agro-ecologia é fazer uma
contraposição ao agronegócio.
As práticas agro-ecológicas se baseiam na pequena propriedade, na mão-de-obra familiar, em
sistemas produtivos complexos e diversos, adaptados às condições locais e em redes regionais de
produção e distribuição de alimentos.
De acordo com PRIMAVESI (19920, o alimento orgânico pode ser agro-ecológico ou não.
Alimentos orgânicos não fazem uso de produtos químicos sintéticos, ou geneticamente
modificados, e produtos orgânicos industrializados devem ser produzidos sem ingredientes
químicos artificiais, como os corantes e aromatizantes.
Produtos orgânicos não deixam de serem produzidos nos moldes da agricultura convencional ou
da monocultura. Os produtos orgânicos apenas não usam da química industrial como principal
meio de combate à pragas e de fonte de fertilizantes para adubação. Portanto, não se pode
confundir agro-ecologia com “agricultura sem veneno” ou “agricultura orgânica”, por exemplo,
até porque estas nem sempre tratam de enfrentar os problemas presentes em todas as dimensões
da sustentabilidade (PRIMAVESI, 1992).
também, proteínas, que são ‘construtoras de tecidos’ no organismo. Possuem alto teor de ferro,
vitaminas tipo B e fibras (BARRETO, 19950.
De acordo (MOREIRA, 1988), o uso de leguminosas traz algumas vantagens importantes para o
solo e para as plantas, quando comparado com o processo convencional de produção:
Cobertura do solo, evitando o seu aquecimento;
Controle da erosão;
Controle das plantas espontâneas indesejadas;
Equilíbrio biológico;
Conservação da umidade no solo;
Incorporação de nitrogênio ao sistema, através da fixação biológica do N Atmosférico;
Ciclagem de nutrientes das camadas mais profundas do solo para a superfície, colocando-
os na zona onde as plantas cultivadas conseguem retirá-los.
A rega deve ser bem feita e drenagem se for preciso, no caso de solo que tem facilidade de
encharcar. O que importa realmente é como e o quanto de água será oferecido as plantas. O
excesso de água afecta a aeração do solo e a respiração das raízes, provoca a lavagem de
nutrientes, e ainda favorece a maioria das doenças de plantas Deve-se regar a horta como se
fosse uma chuva (CENTRO ECOLÓGICO, 2005).
Fig.2: Na rega
Fonte: ELIELDA (2018)
Quanto mais protegermos e colocarmos adubo orgânico nas hortas, naturalmente ocorrerão
mudanças na qualidade do solo que propiciam o aparecimento de espécies menos agressivas e
menos competidoras com as hortaliças (GORGA, 2014).
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2.4.7.1. Compostagem
Segundo PRIMAVESI (1990), a compostagem é um processo que pode ser utilizado para
transformar diferentes tipos de resíduos orgânicos em adubo que, quando adicionado ao solo,
melhora as suas características. Proporcionam mais vida ao solo e a ainda diminui o lixo
contribuindo para melhoria das condições na comunidade.
Fig.5: compostagens
Fonte: ELIELDA (2018)
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2.4.7.2. Biofertilizante
De acordo com KIEHL (1985), os biofertilizantes podem ser feitos com qualquer tipo de matéria
orgânica fresca. Na maioria das vezes se utiliza esterco, mas também pode-se usar somente
restos vegetais.
O autor acima citado, diz que, o esterco bovino é o que apresenta mais fácil de fermentação, por
já virem inoculados com uma bactéria decompositora muito eficiente. Em todos os casos, é
conveniente acrescentarmos cana-de-açúcar para darmos condições da bactéria se desenvolver
com maior velocidade.
O biofertilizante pode ser enriquecido com cinzas, pois além de melhorar o produto final, irá
favorecer a uma fermentação mais eficiente. Como o biofertilizante é um produto vivo, os
microrganismos do biofertilizante podem entrar em luta com os que estão atacando a planta e
destruí-los ou paralisá-lós (KIEHL, 1985).
Fig.5: Biofertilizante
Fonte: ELIELDA (2018)
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Conclusão
Durante a pesquisa de agro-ecologia, notou-se que a agro-ecologia é uma nova abordagem que
integra os conhecimentos científicos que engloba agronómicos, veterinários, zootécnicos,
ecológicos, sociais, económicos e antropológicos) aos conhecimentos populares, para a
compreensão, avaliação e implementação de sistemas agrícolas, com vistas à sustentabilidade.
Quanto a aplicação de a agro-ecologia é um processo que requere uma produção continuo e
respeitando o sistema ecológico.
A agro-ecologia, nota-se uma importância no caso dos seus alimento, além de respeitarem o
meio ambiente, são mais saudáveis e saborosos, pois são livres de agro-tóxicos, hormônios e
outros produtos químicos. Abaixo seguem algumas vantagens nutricionais: Leites e carnes,
incluindo frango de origem orgânica ou agro-ecológica, possuem maior quantidade de ácido
graxo ómega 3 e menos ácido graxo saturado do que os de origem convencional (
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Referências bibliográficas
11. SOUZA, J. L. P. Manual de horticultura orgânica. Viçosa: Aprenda Fácil, 2003. 564 p.
13. SOUZA, J. L.; RESENDE, P. Manual de horticultura orgânica. 2. ed. Viçosa, MG: Aprenda
Fácil, 2006. 843 p.
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Índice
1. Introdução....................................................................................................................................3
2. Agro-ecologia..............................................................................................................................4
2.4.7.1. Compostagem...................................................................................................................16
2.4.7.2. Biofertilizante...................................................................................................................17
Conclusão......................................................................................................................................18
Referências bibliográficas.............................................................................................................19