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Valdecir Luccas
(ITAL)
'10.37885/230613460
RESUMO
Consumidores de chocolates exigentes buscam por produtos com alta qualidade e infor-
mações sobre a origem dos ingredientes utilizados em sua elaboração e sustentabilidade
da cadeia produtiva. Para atender este público, a categoria de chocolates “bean to bar” se
destaca, usualmente traduzida por “do grão de cacau à barra de chocolate”. Este tipo de
chocolate é, em geral, elaborado em pequenos lotes e produzidos em uma mesma empresa,
com o objetivo de controlar todo o processo de produção e obter um produto com sabor carac-
terístico. Os equipamentos utilizados são específicos, sendo utilizada uma escala menor de
produção com escolha cuidadosa do cacau de origem controlada e conhecida. Deste modo,
pode-se estabelecer que o chocolate “bean to bar” apresenta maior valor agregado quando
comparado ao convencional. Neste trabalho serão abordadas as principais etapas envolvidas
no processamento de chocolates “bean to bar”, em especial à etapa de maturação, uma das
mais importantes para o desenvolvimento de aroma e sabor característicos deste produto.
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DESENVOLVIMENTO
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Atualmente, o termo “bean to bar” possui um significado mais amplo, referindo-se à produ-
ção de chocolate em pequenos lotes, com todas as etapas de sua produção realizadas em
uma única empresa e com modo de produção que valorize a sustentabilidade da sua cadeia
produtiva. Essa produção geralmente ocorre em menor escala do que a produção conven-
cional, utilizando-se de equipamentos específicos e com cuidadosa seleção das amêndoas
de cacau (origem controlada e conhecida), permitindo a obtenção de chocolates com sabor
e aroma característico e de maior valor agregado (GILLER, 2017)
Na Figura 1 é apresentado um diagrama do histórico da produção de chocola-
tes, desde os primeiros relatos sobre o cacau (1500 a.C) até a produção de chocolate
“bean to bar” (1997).
Figura 1. Linha do tempo do cacau até o chocolate “bean to bar” (BURGON, 2023).
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Características botânicas, variedades e cultivo do cacau
O cacaueiro (Theobroma cacao L.), é uma planta nativa da América do Sul originalmente
adaptada ao clima tropical, crescendo em áreas com temperaturas médias de 25°C, vegeta-
ção densa, solos férteis e bem drenados. Quando cultivada com exposição ao sol, o cacaueiro
possui, em geral, copa de 4 a 6 metros de diâmetro e altura de 5 a 8 metros, podendo chegar
a 20 metros em condições de extrativismo (SENAR, 2018). Dados recentes mostram que
a produção de cacau se encontra concentrada em países localizados próximos à linha do
equador, como Costa do Marfim, Gana, Camarões, Nigéria, Brasil, Equador, Indonésia e
Papua Nova Guiné (MODA; BOTEON; RIBEIRO, 2019). As principais subespécies de cacau
são: Theobroma cacao subsp. Cacao (cacau Criollo, originário da América Central e do Sul)
e Theobroma cacao subsp. sphaerocarpum (cacau Forastero ou Amelonado, ocorrendo
naturalmente na região central da Amazônia e nas Guianas). O cacau Trinitário é um híbrido
resultante do cruzamento das espécies Criollo e Forastero, originado em Trinidad e Tobago
e atualmente difundida na América Central e América do Sul (LACHENAUD; MOTAMAYOR,
2017; BEKELE et al., 2020).
O fruto de cacau é composto por casca, placenta e sementes (denomindas amêndoas
após a fermentação). A casca, também chamada de pericarpo possui três camadas distintas:
- exocarpo, de espessura variável, consistência macia/esponjosa e pode ser pigmentado; -
mesocarpo, composto por células semi-lenhosas com diferentes níveis de dureza, variando
de acordo com o genótipo; - endocarpo, ligado à mucilagem no fruto jovem, possui aspecto
liso/carnoso e sua espessura varia de acordo com a variedade genética (GUTIÉRREZ, 2017).
Existem diferentes sistemas de cultivo utilizados para o cacau. Em regiões de clima
seco, o cultivo em pleno sol é adotado, podendo ser combinado com sistemas de irrigação
automática. O sistema de cultivo conhecido como “cabruca” ou agroflorestal envolve o plantio
do cacaueiro com espaçamento de 3x3 metros entre as árvores maiores, o que reduz a ex-
posição solar, com realização de podas regulares. Embora o sistema “cabruca” possa reduzir
o rendimento na colheita, ele permite a utilização comercial de outros produtos gerados por
espécies florestais, alimentícias e frutíferas, como frutas, flores, cascas, óleos, sementes e
cipós (MACHADO, 2019). Além desses sistemas, as comunidades locais também utilizam
o sistema extrativista, onde os frutos são colhidos principalmente de cacaueiros nativos,
presentes nas florestas.
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Processamento de amêndoas de cacau para produção de chocolate
Pré-processamento do cacau
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acidez das amêndoas e são reduzidas as contaminações por micro-organismos e fungos,
evitando odores desagradáveis, mofo interno e formação de micotoxinas. (DZELAGHA;
NGWA; BUP, 2020).
Durante o armazenamento as amêndoas de cacau devem ficar em ambiente com umi-
dade relativa entre 65 a 70% para manter suas propriedades físico-químicas após a secagem
e prevenir o crescimento microbiológico (TOMPSON et al.,2012). Geralmente são colocadas
em sacos de juta de 60 a 65 kg, longe de odores fortes, para preservar o sabor delicado do
chocolate. Durante o transporte, as amêndoas devem ser separadas de outras cargas e os
contêineres devem estar limpos e bem ventilados. Antes da venda, as amêndoas devem ser
verificadas quanto à sua qualidade, incluindo fermentação adequada, ausência de odores
estranhos e limites aceitáveis de defeitos e umidade (GILLER, 2017).
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(110 – 140 ºC), ocorre a diminuição da presença de ácidos voláteis, como o ácido acético,
levando à diminuição da acidez das amêndoas. É importante salientar que este processo
não ocorre diminuição significativa de outros ácidos orgânicos, como o oxálico, o cítrico, o
tartárico, o succínico e o lático. Além disso, reações químicas como a degradação de pro-
teínas, a reação de Maillard e a caramelização de açúcares ocorrem, contribuindo para o
aroma, o sabor e a cor do chocolate produzido (GUTIÉRREZ, 2017; PEROTTI et al., 2020).
Existem dois métodos principais de torrefação: a torrefação de grãos inteiros e a torrefa-
ção de nibs. A torrefação de grãos inteiros facilita a separação das cascas, requerendo mais
energia e aumentando a perda de gorduras que deveriam permanecer nas cascas. A tor-
refação de nibs, por sua vez, requer um pré-tratamento para soltar as cascas antes da
torrefação. A remoção completa das cascas é importante para evitar danos às máquinas de
moagem e manter a qualidade do chocolate (GUTIÉRREZ, 2017).
As amêndoas de cacau torradas são moídas e refinadas, obtendo-se uma massa de
cacau com granulometria final de cerca de 20 a 25 µm. Nesta etapa são usados moinhos de
pinos, de martelos, de esferas ou de rolos. A massa resultante passa por um processo de
temperagem antes de sua comercialização em sacos de 25 kg (MOUNJOUENPOU et al.,
2018). Para a obtenção da torta e da manteiga de cacau, a massa (líquor) de cacau é sub-
metida à prensagem hidráulica. A torta resultante contém cerca de 47 e 56% (10 a 20%) de
manteiga de cacau, sendo moída em moinhos de rolos para a produção do cacau em pó
(BECKETT; FOWLER; ZIEGLER, 2017).
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consiste na agitação continua da massa refinada a temperatura constante, geralmente 60
ºC para chocolate ao leite e branco, podendo ser maior para chocolates amargos. O tempo
de conchagem vai depender, sobretudo, das características do equipamentos utilizado e da
qualidade final desejada para o chocolate. Na conchagem ocorre a redução da viscosidade
da massa devido à agitação constante e ao calor gerado por fricção e os principais objeti-
vos são o desenvolvimento do sabor, a eliminação de ácidos voláteis, o desenvolvimento
da cor, a estabilização da viscosidade e a redução do teor de umidade da massa final
(GUTIÉRREZ, 2017).
O processo de conchagem é dividido em três fases: a primeira fase envolve o cisalha-
mento e o revestimento das partículas sólidas com uma fina película de gordura, além da
evaporação da umidade e remoção de compostos voláteis; na segunda fase, conhecida como
fase plástica ou pastosa, ocorre a finalização da remoção de umidade e a intensificação do
sabor, sendo essencial manter a temperatura estável; por fim, na terceira fase, denominada
fase líquida, a massa de chocolate é liquefeita e homogeneizada para obter uma consistência
adequada. A correta execução da conchagem desempenha um papel crucial na obtenção
de um chocolate de qualidade com características desejadas (GUTIÉRREZ, 2017).
A fabricação das barras de chocolate é iniciada pela temperagem ou pré-cristalização,
processo crucial para obter características como brilho, textura crocante e derretimento
suave na boca. Em geral, entre 2 e 4% de fase lipídica presente na massa é cristalizada
durante este processo, sendo influenciada por fatores como temperatura, tempo (taxa) e
agitação. A manteiga de cacau exibe um polimorfismo complexo, com presença de até seis
formas polimórficas distintas, sendo a Forma Beta (β) a mais estável e desejada na fabricação
de chocolate. O índice de temperagem ou Temperaíndex indica a cristalização adequada
do chocolate e pode ser medido em um equipamento denominado Temperímetrro, deseja-
velmente deve ficar entre 4 e 6 dentro da escala do equipamento.
A temperagem pode ser realizada em temperadeiras industriais que controlam a taxa de
resfriamento do produto de forma precisa, mas também pode ser feita manualmente em uma
bancada de granito. Especialistas em temperagem podem avaliar o grau de temperagem do
chocolate pela sensação ao esfregar uma pequena quantidade nos lábios (AFOAKWA, 2016).
O processo de fabricação do chocolate “bean to bar”, por sua vez, diferencia-se por
ser um processo artesanal, com uso de poucos equipamentos de características mais sim-
ples. As principais etapas (GILLER, 2017) são a torrefação, quebra e seleção das amêndoas
de cacau; moagem e refino da massa de cacau; maturação, temperagem e moldagem,
resfriamento e desmoldagem do chocolate.
As amêndoas de cacau selecionadas (com origem rastreável) são torradas em fornos
convencionais ou automáticos (torrefação), sendo o tempo e a temperatura variáveis, de
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acordo com a experiência do fabricante (chocolatier). A seguir é realizada a quebra das
amêndoas torradas e a remoção das cascas e dos gérmens (sopradores ou peneiras) e as
amêndoas de cacau torradas e quebradas são adicionadas em um moinho de pedras (gra-
nito ou basalto) conhecido por “melanger” (Figura 2). Nestes moinhos de pedras, a massa
de cacau é moída e refinada até atingir consistência líquida (líquor de cacau) e adicionada
de ingredientes, como o açúcar demerara orgânico (RESENBLUM, 2006).
Figura 2. “Melanger”, máquina utilizada na etapa de refino e conchagem do chocolate “bean to bar”. Fonte: Adaptado de GILLER, 2017
Atualmente, as principais melangers comercializadas para fabricação do chocolate “bean to bar” são originarias da Índia (SPECTRA,
2023) e dos Estados Unidos (DCM, 2023; COCOATOWN, 2023), geralmente equipamentos com capacidade variando de 2 a 35 kg,
velocidades de 0 a 2880 rpm, controles de temperatura e possibilidade de uso para outras amêndoas, como castanhas, nozes, sementes,
gergelim, entre outros.
A maturação dos chocolates “bean to bar” é uma das principais etapas que diferenciam
estes produtos dos chocolates convencionais e os produtores de chocolates notam uma
melhora significativa ao maturar o chocolate antes da tempera. O uso do líquor de cacau
obtido a partir do cacau fino permite a presença de precursores aromáticos à massa, sendo
observados após o armazenamento da massa de cacau em local protegido da luz e do calor
por tempo variável, dependendo da experiência do chocolatier. Notas florais e frutadas se
tornam mais pronunciadas e seu aroma mais intenso.As práticas de maturação não possuem
um consenso em relação às técnicas, sendo que o tempo varia de um a seis meses. Ao final
do período, observa-se uma cristalização mais estável que contribui com uma melhor expe-
riência sensorial dos consumidores (MONTEIRO, 2023; KOWALSKI et al., 2023).
A massa de chocolate maturada é temperada por meio de aquecimento e resfriamento
em condições controladas e depositada em moldes, com diferentes formatos e tamanhos
para posterior comercialização (GILLER, 2017).
Na Figura 3 é apresentado um fluxograma sumarizando as principais etapas do pro-
cessamento convencional de chocolate e do processamento do chocolate “bean to bar”.
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Figura 3. Fluxograma comparando processamento do chocolate convencional e do chocolate “bean to bar”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os chocolates “bean to bar” utilizam processos de produção com maior controle nas
etapas de produção, desde a lavoura de cacau até a produção das barras de chocola-
te. O processo de produção deste tipo de chocolate preza pela sustentabilidade da cadeia
de produção, ocorrendo em menor escala quando comparada com a produção convencional,
utilizando equipamentos diferentes do processo convencional, com funcionamento mais
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simples, iniciando com a escolha cuidadosa de amêndoas de cacau de origem controlada
e conhecida, conferindo ao produto maior valor agregado. No processamento do chocolate
“bean to bar” a etapa de maturação é uma das mais importantes para o desenvolvimento
de aroma, sabor e intensidade característicos, sendo mais pronunciados do que nos cho-
colates convencionais.
Agradecimentos
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