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Priscila Ferreira de Sales Amaral

Priscila Ferreira de Sales Amaral


DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO GERAL(DFG)

Nepomuceno 2024
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Unidade Nepomuceno
Direção geral
Tássio Spuri Barbosa
Direção adjunta
Luciano dos Reis Fabi
Coordenação do curso técnico integrado em Eletrotécnica
Israel Teodoro Mendes
Coordenação do curso técnico integrado em Mecatrônica
Jader Bosco Gomes
Coordenação do curso técnico integrado em Redes de Computadores
Gualberto Rabay Filho
Coordenação de Assuntos Acadêmicos
Cristhian Flamarion Gomes de Carvalho
Coordenação de Desenvolvimento Estudantil
Ana Flávia Martins da Mata
Projeto Gráfico e Diagramação
CDCOA
SUMÁRIO
Eixo Temático 1: 9
Cálculos Estequiométricos (Primeira parte)

Eixo Temático 2: 13
Cálculos Estequiométricos (Segunda parte)

Eixo Temático 3:
17
Soluções

Eixo Temático 4:
21
Concentração de Soluções

Eixo Temático 5:
24
Titulação

7
APRESENTAÇÃO
Este material didático-pedagógico foi preparado com a finalidade de dar um
suporte sobre assuntos de Química e que são trabalhados ao longo do primeiro
bimestre. Ele consiste em um e-book em formato digital que reúne conteúdos e
listas de exercícios. Ele surgiu da necessidade de adequação dos conteúdos ao
Novo Ensino Médio e na busca de se trabalhar diferentes temáticas sob
perspectivas contextualizadas e interdisciplinares. Para tanto, pensa-se em uma
fusão de conteúdos macroscópicos em uma visão microscópica.
Vale ressaltar que tudo que é proposto pode ser conduzido no ensino presencial
e no Ensino Remoto Emergencial (ERE).
Espero que este material continue auxiliando a docente e os estudantes da área.
Deixo meu afetuoso abraço e disponibilidade para auxiliar no que for necessário
e sanar possíveis dúvidas que possam surgir ao longo do ano.

Cordialmente,
Priscila Ferreira de Sales Amaral
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Eixo Temático 1:
Cálculos estequiométricos
(Primeira parte):
Introdução:
Na panificação tradicional, que emprega fermento biológico, após a mistura dos ingredientes ocorre uma
reação de fermentação que produz dióxido de carbono dentro da massa. São as bolhas formadas por esse gás que
conferem textura porosa ao pão. Quando a massa vai ao forno, o aquecimento provoca a expansão dessas bolhas,
resultando naqueles buraquinhos no interior de um pão.
A levedura conhecida cientificamente como Saccharomyces cerevisiae é um fungo unicelular capaz de obter
energia por meio da respiração na presença de gás oxigênio ou a partir da fermentação na ausência desse gás.
Quando ela se encontra em ambientes onde o gás oxigênio não está presente, realiza a fermentação ao degradar
carboidratos como a glicose, a frutose e a sacarose, por meio de reações químicas que geram a energia necessária
à sua sobrevivência. Essas reações químicas, além de produzirem energia, que é armazenada pelas leveduras na
forma de ATP, levam à produção de etanol (álcool etílico) e gás carbônico. O etanol, produzido na fermentação,
evapora, principalmente enquanto o pão está sendo assado. Após preparar a massa do pão, é necessário aguardar
alguns minutos antes de assá-la, uma vez que na reação há formação de muitas minúsculas bolhas constituídas de
gás carbônico no interior da massa, conferindo-lhe textura porosa. A equação química da transformação do
carboidrato glicose (C6H12O6) em etanol (C2H6O) e dióxido de carbono (CO2) na fermentação alcoólica é:
C6H12O6(aq) → 2 C2H6O(aq) + 2 CO2(g)
Nessa equação química, o coeficiente da glicose é 1 (que é subentendido quando outro número não é
explicitado), o do etanol é 2 e o do dióxido de carbono também é 2. Esses coeficientes informam que existe uma
proporção: um mol de moléculas de glicose transforma-se em dois mols de moléculas de etanol e dois mols de
moléculas de dióxido de carbono. Não importa quantas moléculas de glicose reajam, o número de moléculas de
etanol produzidas será o dobro e o número de moléculas de dióxido de carbono produzidas também.
Em qualquer amostra macroscópica de substância química molecular, há uma quantidade imensa de moléculas.
Assim, embora os coeficientes informem a proporção entre as moléculas de reagentes e produtos envolvidas na
transformação, é útil considerar que eles também indicam a proporção entre as quantidades em mols, denominada
proporção estequiométrica. Para exemplificar, consideremos que 6·1023 moléculas de glicose (isto é, 1 mol de
glicose) reajam. Como a quantidade de 6·1023 moléculas é 1 mol de moléculas, concluímos que a proporção
estequiométrica dessa reação é: 1 mol de glicose se transforma em 2 mol de etanol e 2 mol de dióxido de carbono.
Vale salientar que por produzir etanol, esse processo também é conhecido como fermentação alcoólica.
Essas leveduras são comercializadas como fermento biológico, que pode ser usado na panificação ou no preparo de
pizzas. Elas também são empregadas em processos industriais que envolvem a obtenção de etanol a partir de
vegetais ricos em carboidratos, como cana-de-açúcar, milho, beterraba, batata, trigo e mandioca.
Quando uma reação química é realizada com quantidades conhecidas de reagentes, é possível prever a
quantidade de produtos que será formada? E, de modo inverso, é possível fazer uma estimativa da quantidade de
reagentes necessária para obter certa quantia de produtos? Como veremos ao longo da aula, a resposta para essas
duas perguntas é sim. A partir das massas atômicas, listadas na Tabela Periódica, podemos calcular as massas
molares de cada reagente ou produto de uma reação química. Conhecendo essas massas molares e a equação
química do processo, podemos estabelecer relações matemáticas entre as quantidades de reagentes e de produtos
e, com base nelas, fazer previsões. Esse cálculo é denominado estequiometria ou cálculo estequiométrico (do grego
stoikheîon, “princípio”, e métron, “medida”) e é o tema desta aula.
Texto retirado da coleção adotada pelo CEFET/MG: MODERNA PLUS, Volume 3, páginas 70 e 71.
Sendo assim, em suma, o cálculo estequiométrico consiste de uma operação que permite calcular a massa, a
quantidade de matéria e volume das substâncias envolvidas em uma reação química, levando em consideração a
proporção das mesmas que é obtida por meio dos coeficientes estequiométricos da reação química.
OBSERVAÇÃO: A base de se realizar esses cálculos consiste em estabelecer uma regra de três simples em que na
primeira linha são colocadas as substâncias de acordo com sua proporção na reação química balanceada e na
segunda linha, os dados referentes à substância e a incógnita x para a substância (simples ou composta) que se
quer achar.

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a) Proporção entre as quantidades de matéria: É a proporção estabelecida pelos próprios coeficientes
estequiométricos.
Exemplo 1: Calcule a quantidade de oxigênio (O2), em número de mols, que é formada quando 15 mols de dióxido
de carbono são consumidos na reação de fotossíntese.
6 CO2(g) + 6H2O(l) --> C6H12O6(s) + 6O2(g)
Relacionar CO2 e O2: 6 6
15 x
Resposta: x=15 mol de O2

Exemplo 2: Determine a quantidade necessária de dióxido de carbono, em quantidade de matéria, para produzir 5
mol de glicose (C6H12O6):
6 CO2(g) + 6H2O(l) --> C6H12O6(s) + 6O2(g)
Relacionar CO2 e C6H12O6: 6 1
x 5
Resposta: x= 30 mol de CO2

B) Proporção entre número de moléculas: Realiza-se o cálculo em termos da quantidade de matéria e depois é
feita a conversão.
Relembrando... 1 mol= 6x1023 u (átomos, moléculas, íons ou elétrons).
Exemplo 1: Calcule o número de moléculas de água consumidas na formação de 10 mol de oxigênio durante a
fotossíntese.
6 CO2(g) + 6H2O(l) --> C6H12O6(s) + 6O2(g)
Relacionar moléculas de H2O com mol de O2:
6x (6x1023) moléculas 6
x 10
Resposta: x=6,0x1024 moléculas de H2O

Exemplo 2: Quantas moléculas de dióxido de carbono são consumidas na formação de 18x10 23 moléculas de
glicose?
6 CO2(g) + 6H2O(l) --> C6H12O6(s) + 6O2(g)
Relacionar moléculas de dióxido de carbono e moléculas de glicose:
6x(6x1023) moléculas 1x(6x1023) moléculas
x 18x1023 moléculas
Resposta: x=108x10 moléculas x=1,08x1025 moléculas
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C) Proporção entre massa e quantidade de matéria: Conversão baseada nas massas molares.
Exemplo 1: Determine a massa de dióxido de carbono, em gramas, consumidas quando são formados 20 mol de
glicose.
6 CO2(g) + 6H2O(l) --> C6H12O6(s) + 6O2(g)
Relacionar massa de dióxido de carbono e número de mol de glicose:
6x (44) g 1 mol
x 20 mol
Resposta: x= 5280 g de dióxido de carbono

D) Proporção entre volumes de gases e quantidade de matéria:


1 mol -- Ocupa o volume de 25 L (CATP) -- 22,4 L (CNTP)
Exemplo 1: Calcule o volume de CO2 consumido nas CNTP, em litros, na formação de 5 mol de glicose.
6 CO2(g) + 6H2O(l) --> C6H12O6(s) + 6O2(g)

Relacionar volume de dióxido de carbono e número de mol de glicose:


6x (22,4) L 1
x 5
Resposta: x=672 L de CO2(g)

NA HORA DO ENEM

(ENEM-2010) O flúor é usado na forma ampla na prevenção de cáries. Para reagir com a hidroxiapatita
[Ca10(PO4)6(OH)2] presente nos esmaltes dos dentes, o flúor forma a fluorapatita [Ca 10(PO4)6F2], um mineral mais
resistente ao ataque ácido decorrente da ação de bactérias específicas presentes nos açúcares das placas que
aderem aos dentes.
Disponível em: http://www.odontologia.com.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado).
A reação de dissolução de hidroxiapatita é:
[Ca10(PO4)6(OH)2](s) + 8 H+(aq) → 10 Ca2+(aq) + 6 HPO42-(aq) + 2 H2O(l)

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Dados: Massas molares em g/mol- [Ca10(PO4)6(OH)2]= 1004; HPO42-=96; Ca=40.
Supondo-se que o esmalte dentário seja constituído exclusivamente por hidroxiapatita, o ataque ácido que dissolve
completamente 1 mg desse material ocasiona a formação de, aproximadamente:
a) 0,14 mg de íons totais
b) 0,40 mg de íons totais
c) 0,58 mg de íons totais
d) 0,97 mg de íons totais
e) 1,01 mg de íons totais

Resolver os exercícios de 1 a 5 (volume 3) da página 73.

APLICANDO CONHECIMENTOS

1. O ácido fosfórico, H3PO4, empregado em alguns procedimentos odontológicos, pode ser produzido por meio
da reação entre ácido sulfúrico, H2SO4, e fosfato de cálcio, Ca3(PO4)2 (proveniente da rocha apatita), de acordo com
a reação assim equacionada:
3H2SO4(aq) + Ca3(PO4)2(aq) → 2H3PO4(aq) + 3CaSO4(s)
a) Que quantidades (em mol) de ácido sulfúrico e de fosfato de cálcio são necessárias para produzir 10 mol de
ácido fosfórico?
b) O sulfato de cálcio, CaSO4, outro produto da reação, é usado para fazer gesso, massa corrida e giz escolar.
Quantos mols de sulfato de cálcio são produzidos juntamente com 10 mol do ácido fosfórico?

2) A amônia, NH3, é um importante insumo para as indústrias químicas, sendo matéria-prima para a produção
de plásticos, fibras têxteis, corantes, ração para gado, fármacos, produtos de limpeza e espuma para colchões e
travesseiros. Determinada indústria de amônia produz 8,5 t diárias dessa substância, por meio da reação assim
equacionada:
N2(g) + 3H2 (g) → 2NH3(g)
a) Quantos mols de NH3 são produzidos por dia?
b) Estabeleça a proporção estequiométrica entre as quantidades (em mol) de reagentes e produto e utilize-a
para determinar as quantidades de reagentes utilizadas diariamente.
c) Use os resultados do item b para determinar as massas de reagentes utilizadas em um dia.
d) Estabeleça a proporção entre massas de reagentes e produto e use-a para determinar as massas de reagentes
utilizadas diariamente. O resultado está de acordo com o calculado em c? Por quê?

3) Um caminhão-tanque capotou na estrada, derramando nela 4,9 t de ácido sulfúrico, H2SO4. Os técnicos do
órgão de saneamento ambiental utilizaram cal viva, CaO, para neutralizar o ácido. Considerando a equação a seguir,
que representa a reação envolvida, determine a massa mínima de cal que deve ser empregada no processo.
CaO(s)+ H2SO4(l) → CaSO4(s)+ H2O(l)

4) O hipoclorito de sódio, NaClO, é uma substância comercializada, em solução aquosa, com o nome de água
sanitária, apresentando propriedades bactericidas e alvejantes. O sal é produzido por meio da reação química de
gás cloro, Cl2, com soda cáustica, NaOH, de acordo com a equação a seguir:
Cl2(g)+ 2NaOH(aq)→ NaCl(aq)+ NaClO(aq)+ H2O(l)
Quais são as massas de gás cloro e soda cáustica necessárias para a obtenção de 1,490 kg de hipoclorito de
sódio?

5) O manganês metálico pode, entre outras aplicações, ser usado para aumentar a resistência do aço, quando
incluído nessa liga. Pode-se obter manganês metálico por meio da reação entre dióxido de manganês, MnO 2
(proveniente do minério pirolusita), e alumínio metálico, segundo a equação:
3MnO2(s)+ 4Al(s)→ 2Al2O3(s)+ 3Mn(s)
Faça uma previsão da massa de MnO2 que precisa reagir para que sejam produzidas 5,0 t de manganês
metálico.

Exercícios retirados da coleção adotada pelo CEFET/MG: MODERNA PLUS, Volume 3, página 73.

Livro de referência:
Moderna plus: Ciências da Natureza e suas Tecnologias. -- 1. ed. -- São Paulo: Moderna, 2020. Vários
autores. Obra em 6 v. Observação: Para a construção da aula, foi adotado o volume 3.

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ATIVIDADE COMPLEMENTAR
“ CÁLCULOS ESTEQUIOMÉTRICOS NAS RECEITAS”

Proposta de atividade desenvolvida por estudantes que atualmente estão no terceiro ano do Curso Técnico
em Redes de Computadores (PEDRO, A.C.; NETO, D.S.F.; TRINDADE, L.R. de O.; DE OLIVEIRA, M.L.; LOPES,
T.G).

Pão de beijo de frigideira


Ingredientes:
4 colheres de sopa de polvilho azedo;
2 colheres de farinha de arroz;
½ colher de sopa de fermento químico;
Temperos à gosto;
1 colher de sopa de azeite;
8 colheres de sopa de água

Utensílios:
Tigela;
Medidores;
Fuê ou colher;
Frigideira.

Modo de preparo:
Misture os ingredientes secos, exceto o fermento. Após isso, acrescente os ingredientes molhados e mexa bem.
Se precisar, acrescente mais água ou polvilho. Em seguida, coloque o fermento e misture devagar. Depois, despeje
a receita na frigideira, tampe e deixe cozinhar. Vire quando estiver pronto e espere cozinhar o outro lado
também. Pronto, agora é só servir!

PARA FIXAR NA RECEITA

1. Conforme a receita acima e a equação abaixo, calcule a quantidade de receita de pão de beijo (Pb)
formado quando são colocadas 6 colheres de polvilho azedo (Pa).

4Pa + 2Fa + ½ Fq + 1Az + 8Ag ---> Pb


Resposta = 1,5 pães de beijo

2. Quantas colheres de água (Ag) são essenciais para formar 7 receitas de pães de beijo (Pb)?

4Pa + 2Fa + ½ Fq + 1Az + 8Ag ---> Pb


Resposta = 56 colheres de água

3. Quantas moléculas de azeite (Az) são necessárias para formar 5 receitas de pães de beijo (Pb)?
Considere que em cada colher possui 6x1023 moléculas.

4Pa + 2Fa + ½ Fq + 1Az + 8Ag ---> Pb


Resposta = 3 x 1024 moléculas de azeite

4. Calcule a massa da farinha de arroz (Fa) gasta, em gramas, ao produzir 9 receitas de pães de beijo
(Pb). Considere que a farinha de arroz (Fa) possui 14 u.

4Pa + 2Fa + ½ Fq + 1Az + 8Ag ---> Pb


Resposta= 504 gramas de farinha de arroz

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Eixo Temático 2:
Cálculos Estequiométricos
(Segunda Parte)
Introdução:
Em uma indústria sucroalcooleira (que produz açúcar e etanol a partir da cana) de pequeno porte, químicos e
engenheiros estão testando o protótipo em tamanho reduzido de um novo reator (recipiente em que se realizam
reações químicas) para obter etanol. Atualmente, o rendimento da produção de etanol nessa indústria é 48,0%. O
novo equipamento operará em condições distintas das atuais, visando melhorar esse rendimento. A sequência de
reações será a mesma empregada hoje: (1) hidrólise da sacarose existente no caldo de cana (garapa), que produz
glicose e frutose; (2) fermentação alcoólica da glicose; (3) fermentação alcoólica da frutose. Essas reações
ocorrem na presença de enzimas da levedura Saccharomyces cerevisiae e são assim equacionadas:
(1) C12H22O11(aq) + H2O(l) → C6H12O6(aq) + C6H12O6(aq)
Sacarose Glicose Frutose
(2) C6H12O6(aq) → 2C2H6O(aq) + 2CO2(g)
Glicose Etanol
(3) C6H12O6(aq) → 2C2H6O(aq) + 2CO2(g)
Frutose Etanol
As equações (2) e (3) são iguais porque a glicose e a frutose, apesar de serem substâncias diferentes,
têm fórmulas moleculares iguais. Diferentemente das condições ideais consideradas no Item 1, na prática, as
reações químicas são influenciadas por fatores como impurezas dos reagentes, variações dos parâmetros
reacionais (temperatura, agitação etc.) e reações indesejadas.
Em razão dessas influências, o rendimento das reações geralmente não é total, ou seja, é inferior a
100%. No teste, os químicos e engenheiros introduziram no reator 10,0 L de caldo de cana, no qual a concentração
de sacarose é 171 g/L (isto é, em cada litro de solução estão dissolvidos 171 gramas de sacarose). Transcorrido o
tempo necessário para a ocorrência das reações, o etanol produzido foi separado do restante do meio aquoso (que
contém produtos indesejados e sacarose que não reagiu) usando um mesmo equipamento empregado atualmente
pela empresa, que fornece uma mistura contendo 92,0% (em massa) de etanol, sendo o restante água e pequena
porcentagem de outras substâncias. Foram obtidos 550 g da mistura. Como determinar se o rendimento do
processo nesse novo reator é maior que o atual? Vamos discutir como isso é feito, aproveitando para trabalhar
pureza e rendimento.
Texto retirado na íntegra da colecção Moderna Plus, adotada pelo CEFET/MG- Campus Nepomuceno: volume
3, página 74.

REAGENTES QUE CONTÊM IMPUREZAS (PUREZA DOS REAGENTES)


Quando nem toda a massa do material participa da reação desejada, diz-se que o reagente é impuro. Quando
afirmamos que uma amostra contém impurezas, isso não significa necessariamente que ela apresenta sujeiras ou
substâncias tóxicas (embora isso possa acontecer). Significa que a amostra contém, além da substância de
interesse, outras que não são úteis ou não são o foco de atenção imediata. Denominamos pureza de uma amostra o
porcentual de sua massa que corresponde à substância de interesse. No exemplo dado, a pureza do etanol obtido é
92,0%. Podemos determinar a massa obtida de etanol (mobtida) utilizando a massa total da mistura obtida (550 g) e
sua pureza (92,0%), conduzindo a um resultado de 506 gramas.
Texto retirado na íntegra da colecção Moderna Plus, adotada pelo CEFET/MG- Campus Nepomuceno: volume
3, página 74.

Exercícios para exemplo:


1) Podemos determinar, mediante uma regra de três, a quantidade de ar necessária para obter 6,1.106 L de gás
nitrogênio. Esse volume representa 78% do volume do ar necessário. Qual será o volume de toda a amostra?

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Resolução:
Volume ----- Porcentagem
6,1.106 ------ 78%
x -------- 100%
Resposta: x= 7,8.106 L

2) A reação de obtenção de alumínio através da eletrólise é representada pela equação:


2 Al2O3(s) → 4 Al(s) + 3O2(g)
Considerando que apenas 50% da massa de bauxita corresponde ao óxido de alumínio, pede-se a massa do minério,
em kg, necessária à obtenção de 1,35 kg de alumínio metálico. Dados: Massas molares (g/mol) = Al=27; O=16
Resposta: 5,10 kg

RENDIMENTO DE REAÇÃO
Vamos agora determinar a massa de etanol que seria teoricamente obtida se a reação tivesse rendimento
total (100%), ou seja, caso se completasse sem que reações concorrentes tenham também consumido a sacarose e
sem que quaisquer fatores tenham impedido o processo de prosseguir até que toda a sacarose se transformasse
em etanol e dióxido de carbono. Conforme será visto em sala de aula, a reação apresenta um rendimento de 55%.
Esse resultado revela que o protótipo em pequena escala do novo reator tem rendimento (55,0%) maior que o atual
(48,0%). Se, ao implementar esse protótipo em tamanho real, os químicos e engenheiros químicos conseguirem
fazer com que o processo no novo reator reproduza esse rendimento mais elevado, a mudança terá um impacto
positivo na produção de etanol dessa indústria.
Assim como nessa reação, na prática, em muitas reações químicas, os reagentes não são totalmente
transformados em produtos, ou seja, tais reações não apresentam rendimento 100%. Há vários motivos possíveis
para o rendimento de uma reação não ser total. Um dos mais importantes é o fato de as reações tenderem à
situação de equilíbrio químico. Quando se diz que o rendimento de uma reação é 55%, significa relatar que apenas
55% da quantidade que se esperava obter é de fato obtida na prática.
Em resumo, podemos relatar que um rendimento reacional de 100% representa um processo que ocorre sem
reações concorrentes e sem que quaisquer fatores impeçam o processo de prosseguir até que os reagentes se
convertam em produtos. Para a realização dos cálculos considera-se o resultado teórico como o máximo que
poderia ser obtido se as condições experimentais permitissem rendimento total e o resultado experimental é
denominado rendimento do processo.

Exercícios para exemplos:

1) O cromo é um metal empregado, entre outras finalidades, na produção de aço inox e no revestimento
(cromação) de algumas peças metálicas. Esse metal é produzido por meio de uma reação que pode ser assim
equacionada:
Cr2O3(s) + 2 Al(s) → 2 Cr(s) + Al2O3(s)
Numa indústria metalúrgica que produz cromo, esse processo ocorre com rendimento de 75%. Quantos mols de
cromo metálico podem ser obtidos a partir de 50 mols de trióxido de dicromo e 100 mol de alumínio?
Resposta: 75 mol

2) (ENEM) Fator de emissão (carbon footprint) é um termo utilizado para expressar a quantidade de gases que
contribuem para o aquecimento global, emitidos por uma fonte ou processo industrial específico. Pode se pensar na
quantidade de gases emitidos por uma indústria, uma cidade ou mesmo por uma pessoa. Para o gás CO 2, a relação
pode ser escrita:
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑂2 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑂2 =
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙
O termo “quantidade de material” pode ser, por exemplo, a massa de material produzido em uma indústria
ou a quantidade de gasolina consumida por um carro em um determinado período. No caso da produção do cimento,
o primeiro passo é a obtenção do óxido de cálcio, a partir do aquecimento do calcário a altas temperaturas, de
acordo com a reação: CaCO3(s) → CaO(s)+ CO2(g). Uma vez processada essa reação, outros compostos inorgânicos são
adicionados ao óxido de cálcio, tendo o cimento formado 62% de CaO em sua composição.
Dados: Massas molares em g/mol: CO2= 44; CaCO3= 100; CaO=56.
Considerando as informações apresentadas no texto, qual é, aproximadamente, o fator de emissão de CO 2
quando 1 tonelada de cimento for produzida, levando se em consideração apenas a etapa de obtenção do óxido de
cálcio?
a) 4,9x10-4
b) 7,9x10-4
c) 3,8x10-1
d) 4,9x10-1
e) 7,9x10-1

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3) (ENEM-2015) O cobre presente nos fios elétricos e instrumentos musicais é obtido a partir da ustulação do
minério calcosita (Cu2S). Durante esse processo, ocorre o aquecimento desse sulfeto na presença de oxigênio, de
forma que o cobre fique “livre” e o enxofre se combine com o O2 produzindo SO2, conforme a equação química:


Cu2S(aq) + O2(g) → 2 Cu(l) + SO2(g)
As massas molares dos elementos Cu e S são, respectivamente, iguais a 63,5 g/mol e 32 g/mol.
CANTO, E.L. Minerais, minérios, metais: de onde vêm? Para onde vão?
São Paulo: Moderna, 1996 (adaptado).
Considerando que se queira obter 16 mols do metal em uma reação cujo rendimento é de 80%, a massa, em
gramas, do minério necessária para obtenção do cobre é igual a:
a) 955
b) 1018
c) 1590
d) 2035
e) 3180

REAGENTE LIMITANTE E REAGENTE EM EXCESSO

Se as quantidades em mols dos reagentes estiverem presentes exatamente na proporção estequiométrica,


então dizemos que não há excesso de nenhum deles. Contudo, se eles não estiverem presentes nessa proporção,
então um deles estará em excesso. Denomina-se reagente limitante o reagente consumido totalmente em uma
reação química. Após o consumo do reagente limitante não se pode formar mais produto na reação, ou seja, a
reação termina. Denomina-se reagente em excesso o reagente presente em uma quantidade superior à necessária
para reagir com a quantidade presente do reagente limitante.
Passos para se determinar o reagente limitante e o reagente em excesso:
1) Verificar se a equação química está balanceada;
2) Observar a estequiometria da reação;
3) Considerar a quantidade de um dos reagentes para se determinar a do outro reagente;
4) Verificar se o reagente no meio reacional está em uma quantidade superior ou inferior à estipulada no
cálculo estequiométrico:
Se a quantidade disposta no meio reacional é superior à estipulada no cálculo estequiométrico, o reagente
está em excesso.
Se a quantidade disposta no meio reacional é inferior à estipulada no cálculo estequiométrico, o reagente é
limitante.

Exercícios:
1) Suponha a reação entre: N2(g) + 3 H2(g) →NH3(g). Se forem colocados para reagir 10 mol de N2 e 40 mol de H2,
haverá excesso de 10 mol de H2. E, se forem colocados para reagir 20 mol de N2 e 30 mol de H2, haverá excesso
de 10 mol de N2.
2) O silício puro pode ser obtido por meio da reação: SiCl4(l) + 2 Mg(s) → Si(s) + 2 MgCl2(s). Considerando a reação
entre 510 gramas de SiCl4 e 150 gramas de Mg até que o reagente limitante seja totalmente consumido,
determine:
a) Reagente limitante
b) Reagente em excesso
c) Massa de silício formada no processo
d) Massa do reagente em excesso
Respostas: a) SiCl4; b) Mg; c) 84 gramas de silício; d) 6 gramas de magnésio Dados: Massas molares (g/mol):
Si=28; Cl=35,5; Mg= 24)
3) (PAS UFLA 2017) O esmalte dentário contém cristais de hidroxiapatita, um fosfato de cálcio, agrupado em
feixes de forma ordenada. Se o esmalte sofrer descalcificação devido a ácidos da placa bacteriana ou
refrigerantes, a hidroxiapatita desprenderá do esmalte, deixando-o quebradiço. Se flúor for adicionado à boca,
ele se ligará aos cristais, transformando-se em fluoropatita. Considere a reação completa entre 252 gramas de
fluoropatita [Ca5(PO4)3F] e 256 gramas de ácido sulfúrico [H2SO4], conforme a equação a seguir:
Ca5(PO4)3F + 5 H2SO4 → 3HPO4 + 5 CaSO4 + HF
A massa aproximada do reagente em excesso na reação será:
a) 11 g
b) 49 g
c) 245 g
d) 207 g

15
ATIVIDADE COMPLEMENTAR:

Acesse a simulação PhET “ Reagentes, produtos e excesso”, disponível em:


https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/reactants-products-and-leftovers para visualizar em nível
molecular e no cotidiano os contéudos descritos na aula.

16
Eixo Temático 3:
Introdução ao estudo das
Soluções
Introdução:
Os diversos materiais presentes em nosso dia a dia raramente são substâncias puras. Geralmente, são
misturas de duas ou mais substâncias, podendo ser heterogêneas (duas ou mais fases) ou homogêneas (uma
única fase).
As soluções compreendem as misturas homogêneas, cujas partículas apresentam diâmetro médio
inferior a 1 nm. Verifica-se que os componentes das mesmas não podem ser separados por filtração e não se
verifica o processo de sedimentação ao se utilizar uma centrífuga. Nas soluções, o disperso é denominado
SOLUTO, enquanto o dispergente é denominado SOLVENTE.

Preparo de soluções por dissolução do sólido no líquido


Passos para se preparar soluções por dissolução (soluto sólido em solvente líquido):

Aparato experimental: O aparato experimental para a preparação de soluções consiste dos seguintes
componentes:
• Recipiente contendo o sólido a ser dissolvido
• Balão volumétrico
• Funil de vidro
• Béquer pequeno
• Pipeta de Pasteur
• Pisseta
1) Lavar as vidrarias que serão devidamente utilizadas;
2) Fazer a secagem das vidrarias que serão preparadas;
3) Pesar ou medir o soluto por meio da utilização de uma balança analítica;
4) Dissolver o soluto, em um béquer ou outro recipiente adequado, usando pequena quantidade de solvente;
5) Agitar com um bastão de vidro até completa homogeneização;
6) Transferir quantitativamente para um balão volumétrico;
7) Completar o volume com o solvente (caso seja necessário, para acertar o menisco, utilize o conta-gotas);
8) Homogeneizar a solução (tampe o frasco e faça movimentações em dois sentidos).
Após preparadas as soluções:
• Proceder com a padronização quando for necessário;
• Guardá-las em recipientes adequados e rotulados e devidamente adequados.

Preparo de soluções na prática- Seleção de vídeo
• Assista ao vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_lQUptxjR9g&t=854s para entender
o preparo de uma solução básica por dissolução e de uma solução ácida por diluição.
ATENÇÃO: Se atente ao fato de a docente não estar com os devidos EPI´s, conforme é necessário: O jaleco
deveria estar devidamente fechado. Necessário usar óculos de segurança.

Preparo de soluções em simulador virtual- Preparo de uma solução de NaCl 0,1 mol/L.
• Colocar em prática o preparo de uma solução de sólido em líquido (método da dissolução) em laboratório
virtual de Química (Chemcollective, disponível em: http://chemcollective.org/activities/vlab/67).

Classificação das soluções


As soluções podem ser classificadas de acordo com o estado final de agregação, estado físico do soluto
e do solvente e conforme a natureza do soluto. Estas classificações estão sumarizadas no Quadro 1:
Quadro 1. Classificação das soluções

Por apresentar relevância, será estudada a classificação da solução de acordo com o estado físico do
soluto e do solvente.
a) Solução sólida: Neste caso o soluto e solvente são sólidos. Pode ser exemplificada pela liga metálica, a
qual é constituída por metais que visam melhorar as características de um dado material. Exemplos: Ouro 18
quilates (75% de Au+ 25% de Cu e Ag); Bronze (Cu+Sn); Latão (Cu+Zn); Solda (Pb+ Sn) e Aço comum (Fe+ C).
b) Solução gasosa: Neste caso o soluto e solvente são gases. Em uma solução gasosa, os gases são miscíveis
entre si. Exemplo: Ar atmosférico (isento de partículas sólidas e líquidas), cuja composição compreende 78%
de N2; 21% de O2; 0,9% de Ar; 0,04% de CO2 e 0,06%, e outros gases.
c) Soluções formadas pela dissolução de gases em líquidos: As moléculas de gás presentes no ar
atmosférico encontram-se em maior ou menor quantidade dissolvidas nas águas dos mares, rios, lagos e
oceanos, formando uma solução. Se não existisse O2(g) dissolvido na água, a flora e a fauna aquáticas não
sobreviveriam. Vale ressaltar que a solubilidade de gases em líquidos é afetada pelas variáveis que incluem
TEMPERATURA e pressão, cujo aumento de PRESSÃO ocasiona AUMENTO NA SOLUBILIDADE; enquanto
que o aumento da TEMPERATURA ocasiona DIMINUIÇÃO NA SOLUBILIDADE.

SITUAÇÕES COTIDIANAS (Química & Biologia)


1) O MERGULHO E O CUIDADO COM A EMBOLIA: UM ESTUDO DA SOLUBILIDADE DE GASES
EM LÍQUIDOS: Verifica-se que quando se vai mergulhar, deve-se levar em consideração a profundidade.
Quanto maior a profundidade de um mergulho, maior a pressão que o mergulhador está sujeito e verifica-se
uma maior a solubilidade O2(g) e N2(g) no sangue do indivíduo. Se o mergulhador voltar muito rápido à superfície,
a solubilidade pode diminuir rapidamente e provocar a formação de bolhas no sangue (embolia) e levar o
indivíduo à morte.
2) AQUECIMENTO GLOBAL E A CONCENTRAÇÃO DE GASES NA ÁGUA: Como se verifica a
diminuição da solubilidade com o aumento da temperatura, os cientistas alertam a respeito do aquecimento do
planeta, visto que o aumento na temperatura dos oceanos, mares, rios ou lagos conduzem a uma diminuição no
teor de oxigênio dissolvido na água, ocasionando sofrimento à vida aquática.
Responda: Por que uma garrafa de refrigerante que ainda não foi aberta conserva o gás no líquido por muito
mais tempo do que uma garrafa que já foi aberta?
d) Soluções formadas pela mistura de líquidos: Neste caso o soluto e solvente são líquidos. Pode-se
observar como exemplos o álcool comercializado, a água oxigenada e o vinagre.
e) Soluções formadas pela dissolução de sólidos em líquidos: Os solutos são sólidos e o solvente é
líquido. Exemplos: a água do mar filtrada é constituída por sais dissolvidos (NaCl, CaSO4, MgSO4 e MgCl2); soro
fisiológico (0,9% em massa de NaCl); água boricada- solução 3% m/v de ácido bórico em água; álcool iodado:
iodo e iodeto de potássio em álcool etílico.

Solubilidade, coeficiente de solubilidade e classificação das soluções


A solubilidade ou coeficiente de solubilidade relaciona-se à quantidade máxima de soluto que pode ser
dissolvido em uma dada quantidade de solvente em uma temperatura específica. De acordo com o coeficiente
de solubilidade, as soluções são classificadas em: insaturadas, saturadas (com corpo de chão e sem corpo de
chão) e supersaturadas.

18
Vale reportar que a pressão não exerce muita influência na solubilidade de sólidos em líquidos, visto que
muitas soluções são preparadas em condições ambientais (pressão atmosférica). Entretanto, destaca-se um
efeito da temperatura: Para a maioria dos sais, a elevação da temperatura condiciona a dissolução do
precipitado, em que se verifica um aumento da solubilidade de acordo com o aumento da temperatura.
Entretanto, é necessário avaliar as curvas de solubilidade, que consistem em diagramas que indicam a
variação dos coeficientes de solubilidade das substâncias em função da temperatura.

Figura 1. Curvas de solubilidade para alguns compostos


Fonte: UEPJ (2023)

SITUAÇÕES COTIDIANAS

De acordo com abordagens descritas na literatura, o estudo das curvas de solubilidade é de


fundamental importância para a indústria farmacêutica, uma vez que permite prever como os medicamentos se
comportarão no organismo.
Não obstante, seu conhecimento viabiliza compreender aplicações práticas, que se estendem do
processamento do minério ao transporte de poluentes.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1) O bronze é uma liga metálica de cobre de estanho, que apresenta um aspecto uniforme inclusive quando
visto por meio de um microscópio potente. Com base nessa afirmação, é possível dizer que o bronze é uma
solução? Justifique a sua resposta.

2) Verifique quantas fases estão presentes em cada um dos sistemas a seguir:


a) água- álcool
b) água- óleo- cloreto de sódio
3) Determine o número de fases e de componentes em um sistema constituído por: água+ óleo+ gelo+ areia.

4) Identifique qual (quais) substância (substâncias) não é (não são) encontrada (encontradas) no ar
atmosférico puro: Monóxido de carbono (CO); Dióxido de enxofre (SO2); Nitrogênio (N2); Argônio (Ar) e
Dióxido de carbono (CO2).

5) Duas garrafas iguais de um mesmo tipo de refrigerante, sob mesma pressão, foram abertas
o
simultaneamente. Considere que uma delas estava a 10 C e a outra, a 40 o C. Qual garrafa conterá mais gás
depois de alguns minutos? Justifique sua resposta.

6) Os acidentes ecológicos que causam a grande mortandade dos peixes podem acontecer em qualquer
época do ano, mas são mais frequentes em dias mais quentes. Justifique este fato.

7) Considere duas garrafas iguais (A e B) que contêm a mesma bebida gaseificada estão sob a mesma
temperatura. A garrafa A encontra-se em uma cidade litorânea e a garrafa B localiza-se em uma cidade
serrana. Se as duas garrafas forem abertas simultaneamente, qual delas permanecerá com mais gás depois de
alguns minutos? Justifique a sua resposta.

20
Eixo Temático 4:
Concentração de Soluções
Introdução:
Os diversos materiais presentes em nosso dia a dia raramente são substâncias puras. Geralmente, são
misturas de duas ou mais substâncias, podendo ser heterogêneas (duas ou mais fases) ou homogêneas (uma
única fase). As misturas homogêneas são também denominadas soluções e apresentam propriedades que
dependem de fatores como a proporção entre as quantidades dos seus componentes.
Verifica-se que as soluções têm grande relevância na Ciência e na Tecnologia, por exemplo, em estudos
médicos e suas aplicações. Em hospitais, faz parte da rotina médica relatar por escrito aos profissionais da
área de enfermagem a medicação a ser aplicada a cada paciente. Se uma médica prescrever um fármaco que é
administrado em solução aquosa, será necessário determinar o volume de solução que contém a quantidade
pretendida do fármaco. A seguir é apresentado um exemplo para que você pense a respeito.
Considere, por exemplo, dois medicamentos que sejam soluções aquosas de um mesmo princípio ativo
(substância responsável pelos efeitos do medicamento no organismo). Se uma dessas soluções contiver maior
quantidade do princípio ativo em um mesmo volume de solução, dizemos que essa solução apresenta maior
concentração dessa substância. Imagine que, após atendimento de urgência em um hospital, um indivíduo
permaneceu internado. A médica que o atendeu passou para a área de enfermagem a seguinte prescrição: uma
dose de 250 mg de determinado fármaco a cada 8 horas por via endovenosa (ou intravenosa, isto é, na veia).
O medicamento está disponível, para essa via de administração, em solução aquosa de concentração 50
g/L. Para seguir a prescrição, que volume da solução deve ser injetado a cada 8 horas? Se o estado do paciente
requerer que a médica aumente a dose para 1.000 mg, qual será o novo volume de solução que a equipe de
enfermagem deverá aplicar em cada injeção?
Nesta aula vamos abordar modos de expressar matematicamente a concentração de soluções.

Texto retirado na íntegra da colecção Moderna Plus, adotada pelo CEFET/MG- Campus Nepomuceno:
volume 2, página 87.

Formas de se expressar a concentração de soluções

A) Concentração em massa ou concentração comum (C) em g/L: Expressa a relação entre a massa do soluto
(g) e o volume da solução(L).

𝑚1
𝐶=
𝑣

Exercício 1: No vinagre há, aproximadamente, 40 g de ácido acético dissolvidos em cada 100 mL de solução.
Determine a concentração da solução em g/L.

B) Densidade da solução: Expressa a relação entre a massa da solução e o volume da solução. É comumente
expressa em g/mL.

𝒎
𝒅=
𝒗
Exercício 2: Em média tem-se 101 g de vinagre para cada 100 mL de solução. Determine a densidade do
vinagre.

C) Fração em massa (m/m) - Título em massa: A fração em massa ou título em massa expressa a relação
entre a massa do soluto e a massa da solução.
𝒎𝟏
𝝉=
𝒎
Exercício 3: Uma solução de cloreto de sódio contém 40 g de NaCl dissolvidos em 460 gramas de água.
Determine a fração em massa do cloreto de sódio.
D) Fração em volume (v/v) - Título em volume: A fração em volume ou título em volume expressa a relação
entre o volume do soluto e o volume da solução:
𝑣1
𝜏=
𝑣

Exercício 4: Uma receita preparada com suco de limão contém 5 mL de ácido cítrico e produz 200 mL de
limonada. Determine a porcentagem em volume de ácido cítrico na amostra.

E) Partes por milhão: Expressa a relação entre uma parte a cada 106 partes.

Relações que resultam em ppm:


1𝑔 1 𝑚𝑔 1 𝜇𝑔
1 𝑝𝑝𝑚 = = =
1000 𝐿 1𝐿 1 𝑚𝐿

1𝑔 1 𝑚𝑔 1 𝜇𝑔
1 𝑝𝑝𝑚 = = =
1𝑡 1 𝐾𝑔 1𝑔

1𝐿 1 𝑚𝐿 1 𝜇𝐿
1 𝑝𝑝𝑚 = = =
1000 𝑚3 1000 𝐿 1𝐿

F) Partes por bilhão: Expressa a relação entre uma parte a cada 109 partes.
1𝑔 1 𝑚𝑔 1 𝜇𝑔
1 𝑝𝑝𝑏 = = =
1000 𝑚3 1000 𝐿 1𝐿

1𝑔 1 𝑚𝑔 1 𝜇𝑔
1 𝑝𝑝𝑏 = = =
1000 𝑡 1𝑡 1 𝑘𝑔

1 𝑚𝐿 1 𝜇𝐿 1 𝜇𝐿
1 𝑝𝑝𝑏 = = =
1000 𝑚3 1000 𝐿 1 𝑚3

G) Concentração em quantidade de matéria, concentração molar ou molaridade (mol/L): Expressa a


relação entre o número de mols do soluto e o volume da solução.
Relembrando...
número de mols= massa do soluto/ massa molar do soluto
𝑚1
𝑀=
𝑀𝑀1 𝑥 𝑣

Exercício 5: Uma solução de 368 gramas de glicerina (C3H8O3) em 1600 gramas apresenta a densidade de
1,044 g/cm3. Dados: massas atômicas: H=1 u; C=12 u; O= 16 u.
a) Calcule a concentração em mol por litro dessa solução.
b) Calcule a molalidade dessa solução.

H) Molalidade ou concentração molal: Expressa a relação entre o número de mols do soluto (mol) e a massa
do solvente (Kg).

𝑛1
𝑏=
𝑚2
Exercício 6: Determine a molalidade da glicose em um soro que contém 4 gramas de glicose (C6H12O6) em 100
gramas de água (0,1 Kg) de água. Dados: C=12 g/mol; H=1 g/mol;O=16 g/mol.

I) Fração molar:
Fração molar do soluto: Expressa a relação entre o número de mols do soluto e o número de mols da solução.
X1=n1/n
Fração molar do solvente: Expressa a relação entre o número de mols do solvente e o número de mols da
solução. X2=n2/n
X1+ X2+ Xn...=1

Exercício 7: Certo fabricante de baterias de automóvel produz um modelo de bateria com solução contendo
490 g de H2SO4 em 45 mol de água. Determine a fração molar do soluto e do solvente.

Relação entre concentrações:

C (g/L) = M(mol/L) x MM (g/mol) = 1000 x d (g/mL) x 

22
TEIA DE CONHECIMENTOS

ÁGUA NO CORPO
Grande parte do corpo humano é composta de água, porém, não é uniforme. Os músculos são constituídos
82% em massa de água e os ossos são constituídos por 45% em massa de água. O teor de água também
depende da idade do indivíduo. A % em massa de água em um feto chega a 95%. Na medida em que o indivíduo
envelhece, esse teor de umidade tende a diminuir.

TESTE DO BAFÔMETRO
O teste do bafômetro apresenta um erro de 2% a 5%. O ar exalado dos pulmões indica a quantidade de
álcool etílico no sangue. Se a concentração comum do álcool/L de sangue for superior ou igual a 0,6 g/L, o
indivíduo é proibido de dirigir o veículo.

Exercícios de Fixação
1) Quais são as massas de cloreto de sódio (NaCl) que devem ser pesadas para preparar as seguintes
soluções:
a) 300 mL de solução 0,1 mol/L
b) 20 L de solução 12 g/L

2) Dissolveram-se 56,8 g de sulfato de sódio (Na2SO4) em água e completou-se o volume para 1000 mL.
Qual a concentração em quantidade de matéria, em g/L e em % m/v?

3) Para 29 g de cloreto de sódio (NaCl) dissolvidos em água para formar 2 litros de solução, calcule:
a) A concentração comum da solução formada
b) A quantidade de matéria (número de mol) de cloreto de sódio presente na solução
c) A concentração em quantidade de matéria (molaridade) da solução
d) A concentração percentual da solução

4) Uma solução de hidróxido de sódio (NaOH) apresenta concentração em massa 16 g/L. Calcule a
concentração em quantidade de matéria (molaridade) de 250 mL desta solução.

5) O ácido tartárico C4H6O6 conservante usado em alguns refrigerantes, pode ser obtido a partir da uva,
durante o processo de fabricação do vinho. A concentração do ácido tartárico em um refrigerante é 0,2 mol/L.
Qual a massa de ácido utilizada na fabricação de 10000 L de refrigerante?

6) Dissolvendo 24 g de sulfato férrico (Fe2(SO4)3) dissolvidos em água para formar 150 mL de solução, a
concentração percentual da solução é (Fe = 56; S = 32; O = 16) _____.

7) Um laboratorista precisa preparar 5 L de solução 2 mol/L de NaOH. Calcule:


a) O número de mols de NaOH a ser utilizado.
b) A massa do reagente comercial, contendo NaOH a 80% de pureza.

8) 220 g de KOH ao serem dissolvidos em 780 mL de água (d =1 g/mL), forneceram 800 mL de solução.
Determine a densidade da solução e a concentração em g/L.

9) O limite máximo de "ingestão diária aceitável" (IDA) de ácido fosfórico, um aditivo em alimentos, é de 5
mg/kg de peso corporal. Calcule o volume de refrigerante, contendo ácido fosfórico na concentração de 0,8
g/L, que uma pessoa de 60 kg deve ingerir para atingir o limite máximo de IDA.
GABARITO
1) a) 1,755 g; b) 240 g 2) C(mol/L) = 0,4 mol/L; C(g/L) = 56,8 g/L; (%) = 5,68% m/v
3) a) C(g/L) = 14,5 g/L; b) n = 0,5 mol (ou 0,496 mol); c) C(mol/L) = 0,25 mol/L (ou 0,248 mol/L)
d) C(%) = 1,45% m/v 4)C(mol/L) = 0,4 mol/L 5) m = 300 kg 6) 16% m/v 7) a) n = 10 mol b) m =
500 g 8) d=1,25 g/mL; C= 275 g/L 9) V = 375 mL
Eixo Temático 5:
Titulação
Introdução:
A titulação consiste em um procedimento laboratorial em que um reagente é adicionado lentamente a
uma solução de outro reagente, enquanto as concentrações ao longo do caminho são monitoradas.
Experimentalmente, são apontadas duas razões principais para a sua adoção:
Conhecer a concentração exata de um dos reagentes;
Conhecer a constante de equilíbrio para a reação.
Em uma titulação ácido-base, uma solução que contém uma concentração desconhecida de base é
adicionada lentamente a um ácido ou vice-versa. À medida que a base é adicionada à solução do ácido (de
volume conhecido), uma reação de neutralização ocorre até que todo o ácido seja neutralizado pela base.
Neste momento, tem-se o ponto final da titulação. O volume gasto de titulante pode ser empregado para o
cálculo da concentração do titulado.
Sendo assim, nas titulações, uma solução de concentração exatamente conhecida (titulante) é utilizada
para promover a determinação indireta da concentração de outra solução, de concentração duvidosa ou
desconhecida (titulado).
Para as titulações são empregadas soluções de substâncias capazes de reagir entre si por reações
(neutralização, precipitação ou oxirredução) cuja estequiometria é conhecida e, cujo ponto de equivalência
possa ser detectado por aparelhos ou por mudança visual.
Neste segundo caso, geralmente são utilizados os indicadores, sendo a fenoftaleína o indicador mais
conhecido para ser empregado na titulação ácido-base. Esse indicador é incolor em meio ácido e rosa claro em
meio básico.
A mudança de cor do sistema indica que todo o ácido (ou base) foi consumido e houve um ligeiro excesso
de base (ou de ácido). O ponto onde o número de mols do ácido e da base se iguala é o denominado ponto de
equivalência. Quanto mais fraca for a coloração, mais próximo do ponto de viragem do indicador foi observado
o ponto de equivalência.
No ponto de equivalência tem-se a igualdade entre o número de mols do titulado e do titulante, de modo
que:

Mtitulado. Vtitulado= Mtitulante. Vtitulante


Vale lembrar que quando a estequiometria não segue a proporção de 1:1, cada membro da equação deve
ser dividido pelo respectivo coeficiente estequiométrico. Outra observação: Se for utilizado um titulante
sólido, tem-se que o número de mols do titulante é obtido pela razão entre a sua massa empregada na titulação
(g) e a massa molar (g/mol). Nesse caso, a equação fica restrita a:

mtitulante/MMtitulante= Mtitulado. Vtitulado


A seguir é mostrado o aparato experimental que envolve o procedimento.

Figura 1. Esquema representativo do aparato experimental (vidrarias e itens de


laboratório) utilizado no procedimento de titulação.
Fonte: CONSTRUCT. Disponível em: https://www.construct.net/en/free-online-
games/simulacao-volumetria-15797/play. Acesso em: 20 dez. 2023.

24
É importante salientar que tanto faz colocar a solução de concentração conhecida no Erlenmeyer ou na
bureta. Este fato não altera o resultado final.
Para que uma solução possa ser empregada como agente titulante, esta deve ter sua concentração
exatamente conhecida. Não são todas as substâncias que ao serem utilizadas na preparação de soluções
cumprem este pré-requisito. Para cumpri-lo, a substância deve exibir uma série de características, tais como:
Ser comercializada com alto teor de pureza (acima de 99,95%);
Ser estável nas condições ambientes;
Não ser higroscópica;
Possuir alto peso molecular para reduzir erros de pesagem;
Reagir quantitativamente segundo reações de estequiometria exatamente conhecidas;
Reagir imediatamente com a amostra.
As substâncias que cumprem tais pré-requisitos são denominadas por PADRÕES PRIMÁRIOS. Por
exemplo: o hidróxido de sódio, que é uma das substâncias básicas mais empregadas em titulações de ácidos,
não é um padrão primário, pois trata de uma substância muito higroscópica, que enquanto está tendo sua massa
aferida, vai absorvendo água (proveniente do vapor d´água do ar). Sendo assim, a massa de hidróxido de sódio
nunca corresponderá à massa exata apenas do hidróxido de sódio, mas sim do hidróxido de sódio e água.
Os padrões primários, na maioria das vezes, serão utilizados para determinar a concentração dos
agentes titulantes que não são considerados padrão primário. Estes agentes, cuja concentração foi aferida por
um padrão primário são denominados como padrões secundários.
Outro fato que devemos considerar é que uma solução recém-preparada (de padrão primário) ou recém
titulada (de padrão secundário) tem o seu valor exatamente conhecido. Porém, o padrão secundário, com o
tempo pode sofrer alterações que mudam sua concentração. Neste caso, é dito que esta solução “perdeu o
título”, ou seja, que sua concentração nominal pode não corresponder à sua concentração real. A concentração
nominal é aquela indicada no rótulo do frasco que armazena a solução e a concentração real é aquela que
corresponde à concentração exata da solução em questão.
Para que uma solução que possui valores de concentrações nominal e real distintos pode ser calculado o
fator de correção. Tal fator é um número que ao ser multiplicado pela concentração nominal a converte na
concentração real. Também se pode dizer que quando as duas concentrações são equivalentes, o fator de
correção será igual a 1.
A determinação do fator de correção é realizada titulando a solução de padrão secundário com uma
solução de padrão primário. Ele é obtido a partir da aplicação da seguinte equação:
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙
𝐹𝑐 =
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙

Procedimentos básicos para realizar uma titulação a nível laboratorial:

Lave a bureta com água e sabão, verificando se esta se encontra sem gorduras. Em seguida, ambiente-a
duas vezes com uma pequena quantidade de solução que vai ser empregada (aproximadamente 5 mL). Descarte
em um frasco para resíduo. Preencha a bureta com a solução até que o nível fique na marca zero da bureta. Se
necessário, utilize uma pipeta de Pasteur para auxiliá-lo;
Coloque no Erlenmeyer a solução que se almeja determinar a concentração e adicione de 2 a 3 gotas da
solução de indicador;
Titule a solução com a de titulante (contida na bureta), com agitação até a percepção da mudança visual;
Observação: Pode ser que tenha processos em que há inversão de ordem das vidrarias, como no caso de
padronização utilizando padrão primário.
Anote o volume gasto;
Repita o procedimento por mais duas vezes;
Balanceie a equação química;
Determine a concentração da solução desconhecida.

Uso de simulação virtual para o entendimento do procedimento da titulação

1º EXERCÍCIO:
Utilizar a simulação 5 para volumetria de neutralização (acidimetria/indicador fenoftaleína) disponível
em: https://www.construct.net/en/free-online-games/simulacao-volumetria-15797/play.
Questão-problema: Para a determinação do ácido cítrico presente no suco de limão industrializado, retirou-se
com o auxílio de uma pipeta volumétrica uma alíquota de 25 mL do suco para um Erlenmeyer e adicionou-se
três gotas do indicador fenoftaleína. Uma bureta de 50 mL foi devidamente ambientada e preenchida com uma
solução de NaOH de concentração 0,09766 mol/L. A partir do volume gasto na titulação (simulação 5),
determine a % m/v de ácido cítrico presente no suco de limão. O ácido cítrico possui três hidrogênios
ionizáveis e massa molar correspondente a 192 g/mol. Resposta: 0,5% m/v
2º EXERCÍCIO- Padronização de Solução de HCl
Utilizar as simulações 1, 2 e 3 para volumetria de neutralização (alcalimetria/indicador alaranjado de
metila) para resolver a questão proposta a seguir:
Questão-problema: Uma análise volumétrica para a padronização de HCl foi realizada em triplicata com
padrão primário Na2CO3 e usando laranja de metila como indicador.
Para isto, pesou-se em três erlenmeyers as seguintes massas de padrão primário:
enlenmeyer A: 0,2276 g
erlenmeyer B: 0,2353 g
enlenmeyer C: 0,2388 g, os quais foram dissolvidos em uma quantidade mínima de água.
As titulações foram realizadas para os enlenmeyers A, B e C conforme as simulações 1, 2 e 3,
respectivamente. Qual a média da concentração do HCl em mol/L? Dado: Massa molar do Na2CO3= 106 g/mol.

Exercícios essenciais:

1) 50,0 mL de uma solução de NaOH exigiram 21,3 mL de HCℓ 0,1 mol/L para a neutralização. Calcular a
concentração em quantidade de matéria da solução de NaOH e sua concentração em g/L.

2) Suponha que 0,09 mol de NaOH sólido foram adicionados a 0,10 litros de HCℓ 1 mol/L.
a) Quantos mols de HCℓ estão em excesso na solução?
b) Baseado na resposta anterior e no volume, calcule a concentração de excesso de H+(aq).

Gastaram-se 20,00 mL de uma solução 0,5 mol/L de NaOH para titular 15,00 mL de uma solução de HCℓ.
Determine a concentração em mol/L da solução de HCℓ.

4) (UFPI) Desejando-se verificar o teor de ácido acético em um vinagre obtido numa pequena indústria de
fermentação, pesou-se uma massa de 20 g do mesmo, e diluiu-se em 100 cm3 com água destilada em balão
volumétrico. A seguir, 25 cm3 desta solução foram pipetados e transferidos para erlenmeyer, sendo titulados
com solução 0,1 mol/L de hidróxido de sódio, da qual foram gastos 33,5 cm3 . A concentração em massa do
ácido no vinagre em % é (Massa molar do ácido acético = 60 g/mol):
a) 4,0%
b) 3,3%
c) 2,0%
d) 2,5%
e) 0,8%

5) Se 24,75 mL de solução de NaOH 0,503 mol/L forem usados para titular uma amostra de 15,00 mL de
ácido sulfúrico, qual será a concentração do ácido?

GABARITO
1) M = 0,0426 mol/L = 1,704 g/L
2) a) 0,01 mol
b) 0,1 mol/L
3) M = 0,667 mol/L
4) 4,02% (Resposta: A)
5) M = 0,415 mol/L

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