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CAMAQUÃ-RS
2023
FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA REGIÃO CENTRO-SUL - FUNDASUL
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FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA REGIÃO CENTRO-SUL - FUNDASUL
CAMAQUÃ-RS
2023
BANCA EXAMINADORA
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Agradecimentos
Em primeiro lugar, а Deus, qυе fez com que meus objetivos fossem alcançados, durante todos os
meus anos de estudo e que eu tivesse saúde e determinação para realização desse trabalho.
Aos meus pais Márcia e Ronaldo Bielaski, que me incentivaram nos momentos difíceis e a que
sempre tiveram ao me lado me apoiando ao longo da minha trajetória e investido na minha
educação. Pai e Mãe amo muito vocês.
Ao professor Walmir Güntzel, deixo um agradecimento especial por ter sido meu orientador, e
por todos os conselhos e ajuda com qual guiaram meu aprendizado. A todos que contribuíram de
alguma forma, para realização deste trabalho.
Ao meu noivo Douglas Decavata que me ajudou a manter a calma e paciência na elaboração
desse estudo.
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SUMÁRIO
RESUMO 5
1.INTRODUÇÃO 6
2. ÁREA DE TRABALHO 7
3. OBJETIVO GERAL 9
4. OBJETIVO ESPECÍFICO 9
5. JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................... 9
6. APRESNTAÇÃO DA EMPRESA ........................................................................................ 10
7. METODOLOGIA ................................................................................................................... 11
7.1 Classificação do estudo .......................................................................................................... 12
7.2 Universo amostral ................................................................................................................... 14
7.3 Coleta de dados ....................................................................................................................... 15
8. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ....................................................................... 21
9. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................. 30
10. PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUENCIAM NA HORA DA COMPRA ............... 39
11. MOTIVAÇÕES QUE INFLUENCIAM A COMPRA DE COSMÉTICOS ................... 43
12. RESGATE HISTÓRICO ..................................................................................................... 46
12.1 Histórico da Cosmetologia ....................................................................................................46
12.2 Origem do perfume .............................................................................................................. 55
13. COMO A PANDEMIA MUDOU O MERCADO ONLINE DE COSMÉTICOS E
PERFUMARIA ...........................................................................................................................60
14. CONCLUSÃO .......................................................................................................................62
15. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 64
16. APÊNDICES ......................................................................................................................... 66
17. CRONOGRAMA .................................................................................................................. 67
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RESUMO
O objetivo deste trabalho visa desenvolver através de uma revisão de literatura sobre a
Cosmetologia e a perfumaria, sua evolução até a contemporaneidade, propiciando conhecimento
sobre a ascendência, tendências e comportamento dos consumidores de ambos os produtos.
Observou-se que a cosmetologia e a perfumaria estão presente desde os tempos remotos, e vêm
se aperfeiçoando através de técnicas modernas e um controle de qualidade rigoroso. Os
cosméticos orgânicos e veganos, são a nova tendência do Mercado.
Também foram realizadas pesquisas tanto exploratória quantitativa quanto descritiva através de
um questionário estruturado com a carteira de clientes da loja Belas by Andreza.
Palavras-chave
ABSTRACT
The objective of this work is to develop, through a literature review on Cosmetology and Per-
fumery, its evolution to the present day, providing knowledge about the ancestry, trends and be-
havior of consumers of both products. It was observed that cosmetology and perfumery have
been present since ancient times, and have been improving through modern techniques and strict
quality control. Organic and vegan cosmetics are the new market trend.
Both quantitative and descriptive exploratory research were carried out through a structured ques-
tionnaire with the Belas by Andreza store customer base.
Keywords
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1. INTRODUÇÃO
2. ÁREA DE TRABALHO
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A Belas by Andreza buscou a inovação através de tele entrega gratuita dentro da cidade e
atendimento fora do horário comercial. Aproveitando-se de todo o conhecimento adquirido em
cursos e palestras e também já tendo uma estrutura de vendas com carteira de clientes já formada.
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3. OBJETIVO GERAL
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
5. JUSTIFICATIVA
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6. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
A empresa belas By Andreza foi criada em 2017, começou apenas vendendo lingerie
em porta em porta, não havia loja fixa. No ano de 2019 a loja decidiu investir na parte de
perfumaria, começando a representar a marca Natura. Com o negócio dando certo em setembro
de 2020 a loja cresceu e abriu um ponto fixo localizado na rua Benjamim Constant, nº 35. Nesse
ano de 2023 a loja começou a representar a marca da cacau show. A loja trabalha com todos os
produtos das marcas representadas a pronta entrega, a loja nesse momento está localizada na rua
Benjamim Constant nº 207. E os horários de atendimentos são com horários marcados com
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7. METODOLOGIA
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Para fazer a escolha das participantes da pesquisa foi utilizada uma amostragem
probabilística, que é aquela em que a seleção dos elementos da população para compor a amostra
depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador ou do entrevistador no campo.
(MATTAR, 1996, p. 132).
Foi utilizada ainda, a técnica de amostragem por conveniência, onde o pesquisador seleciona
membros da população mais acessíveis. (SCHIFFMAN; KANUK, 2000).
A amostra por conveniência é utilizada quando o pesquisador necessita de informações de forma
rápida e barata. Segundo Aaker, Kumar e Day (1995, p. 376), “uma vez que esse procedimento
consiste em simplesmente contatar unidades convenientes da amostragem, é possível recrutar
respondentes tais como estudantes em sala de aula, mulheres no shopping, alguns amigos e
vizinhos, entre outros”.
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Pesquisa exploratória
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Uma vez por semana Uma vez por mês Duas vezes por mês A cada dois meses
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12
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sim não
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32 18
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Frequência de compras
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A cada 2 meses 1 vez por mês 2 vezes por mês 1 vez por semana
Motivo de compra
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Maior satisfação
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19
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8. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
O consumo, desde sua raiz histórica, não é somente pela satisfação de necessidades
básicas, tampouco pela finalidade dos produtos em si, mas sim do que eles representam.
Conforme Solomon (2011) o consumo está ligado à nossa individualidade e à representação de
determinados produtos ou marcas que ajudam a construir uma autoimagem e a construir uma
personalidade pela qual queremos ser identificados na nossa comunidade. Portanto, o consumo
vai além do consumo do produto em si, abrangendo tudo aquilo que ele representa e com o qual
nos identificamos ou queremos ser identificados.
As práticas de consumo vêm de longa data; porém, o estudo acerca do
comportamento do consumidor é recente, sendo encontrado nas escolas de Administração a partir
da década de 1970. Por ser um campo muito novo, é influenciado por diversas perspectivas; daí a
ser um campo interdisciplinar, ou seja: o comportamento do consumidor pode ser observado sob
diferentes ângulos, desde a perspectiva da Psicologia, passando pela Sociologia, Economia,
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Para Kotler e Keller (2012) fatores culturais, sociais e pessoais compõem nossas
características individuais, determinando para nós mesmos e para os outros nossa singularidade e
identificação dentro do meio no qual vivemos. A cultura é o principal determinante dos desejos e
comportamentos de um indivíduo; a criança já cresce exposta a valores próprios da sua realidade,
e esses valores podem ser diferentes de acordo com essa diversidade cultural. A subcultura é
ainda uma visão mais detalhada desse comportamento, pois ela especifica a identidade de seus
membros, como nacionalidade, religião, grupos étnicos, regiões geográficas. Ainda dentro da
cultura, dividimos a sociedade de acordo com suas classes sociais. No Brasil, a classificação
econômica se dá pelas classes A, B, C e D e E. Essas classes representam grupos homogêneos de
acordo com sua faixa de renda e que por conseguinte apresentam valores, interesses, e
comportamentos similares
Os fatores sociais representam o comportamento do consumidor relacionado a
interação do indivíduo com outros grupos de indivíduos. Segundo Kotler e Keller (2012) esses
grupos sociais podem ser de referência, exercendo influência direta ou indireta através do contato
contínuo ou esporádico. Família, amigos, colegas de trabalho são grupos sociais com os quais
interagimos de maneira contínua e informal; grupos religiosos são um exemplo de interação mais
esporádica. As pessoas também se deixam influenciar por grupos aos quais não pertencem: sejam
porque desejam participar, seja porque rejeitam determinados comportamentos e valores. Os
grupos de referência determinam comportamentos e estilos de vida, atitudes e o reflexo disso na
nossa percepção de autoimagem, bem como pressões por aceitação social. A figura do líder de
opinião é importante pois ao obter a confiança do seu grupo através de suas características
pessoais como carisma e comunicação, além de também serem usuários da categoria de
produto/serviço em questão, eles conseguem atingir o grupo através de informações e conselhos
sobre quais produtos, categorias e
marcas devem ser usados. Por fim, dentro de cada grupo social sentimos a necessidade de
comunicar aos outros o nosso papel ou status, ou seja, determinamos produtos ou marcas que
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a) Reconhecimento do Problema
b) Busca de informações
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d) Decisões de Compra
Ao avaliar as opções de marcas existentes e formar uma intenção de compra das marcas
preferidas, o consumidor ainda poderá decidir por qual marca irá optar, ou por qual revendedor,
pela quantidade, pela ocasião ou pela forma de pagamento.
Para Kotler e Keller (2012), a avaliação das possibilidades pode ser feita através de uma maneira
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e) Comportamento pós-compra
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9. REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo são abordados os conceitos de alguns autores sobre assuntos relacionados com o
tema de estudo. Buscou-se apresentar teorias que proporcionassem esclarecimentos e facilitassem
a pesquisa, para assim atingir os objetivos definidos. Serão mencionados teorias sobre o
comportamento do consumidor, os fatores que influenciam o comportamento de compra, a
história dos cosméticos, hábitos de consumo, e também atributos e motivações que influenciam a
compra. Está estrutura foi elaborada para melhor entender o comportamento, principalmente
feminino e a influência do cosmético na vida do ser humano.
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Essa teoria leva em consideração a capacidade de raciocínio e a consciência como traço que
difere o ser humano dos demais seres. De acordo com Giglio (2000, p.53), “as teorias racionais
consideram os afetos humanos secundários, que só controlariam pessoas com problemas. Assim,
a
grande massa de consumidores teria consciência de seu comportamento e os controlaria. Segundo
os racionalistas, considerar a emoção explicação do comportamento é colocar o maior dom
humano num lugar secundário”.
De acordo com essa teoria a compra do produto pelo consumidor é feita a partir de escolhas
racionais, pensadas. Levando em conta as características do produto, utilidade, qualidade,
diminuindo assim as chances de erro e riscos de uma compra mal feita. Tudo passa por um
processo de compra e decisão.
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A teoria comportamental é aquela que tem como objetivo estudar os fenômenos observáveis, que
eliminem qualquer noção de inconsciente. Buscando modelar o comportamento humano
(GIGLIO, 2000).
Segundo Giglio (2000), uma das teorias comportamentais mais conhecidas é a de Skiner, a Teoria
de Condicionamento. Geralmente ocorre uma distorção sobre o uso do conceito de
condicionamento, pois existem diferenças entre os estímulos apresentados pelo consumidor antes
e após a compra.
Um determinado estímulo faz com que a pessoa compre determinado produto à primeira vez, mas
um segundo estímulo, ou seja, um condicionamento de compra que faz com que a pessoa
continue comprando após a primeira vez.
Portanto, Skiner demonstra que um comportamento pode ser incrementado se for sucedido por
uma recompensa importante para o consumidor, que só voltará a comprar se ganhar alguma coisa
em troca pela compra, tornando-se um condicionamento esse benefício um condicionamento de
compra.
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Solomon (2002 p. 371) considera a cultura como "a acumulação de significados, rituais, normas e
tradições compartilhadas entre os membros de uma organização [...] é a lente através das quais as
pessoas enxergam os produtos".
De acordo com Kotler (1998, p. 162), “os fatores culturais exercem a mais ampla influência sobre
o comportamento do consumidor”. A cultura abrange os conhecimentos, crenças, arte, leis,
moral, costumes e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. É o fator de
maior influência no ato de compra, por serem marcantes na personalidade de cada indivíduo, são
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De acordo com Dias (2004, p. 59) “o comportamento do ser humano é baseado na aprendizagem
propiciada pela interação social entre as pessoas”.
O comportamento do consumidor também é influenciado por fatores sociais como
família, grupos de referência e classes sociais.
Para Churchill e Peter (2000, p. 160), “os grupos de referência são aqueles grupos de pessoas que
influenciam os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos do consumidor”. Podem
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Os fatores pessoais que influenciam o comportamento de compra são: idade, ocupação, situação
econômica, estilo de vida e ciclo de vida. O ciclo de vida familiar é um dos critérios mais
utilizados pelos profissionais de marketing. É o ponto inicial para a identificação da maneira que
as necessidades individuais mudam, e assim utilizar-se deste fator como boas influências no
processo de compra.
Na visão de Kotler (1998), estão relacionados às características particulares das pessoas, ou seja,
momentos e vivências pelas quais um indivíduo está passando, os quais acabam por interferir nos
seus hábitos e nas suas decisões de consumo. Cada ser reage de diferentes formas as mesmas
maneiras de estímulos, consequência de suas características pessoais.
Segundo Dias (2004 p.62): “As pessoas, ao longo de sua vida, além das mudanças de hábito e
novas expectativas advindas com a maturidade, passam a comprar diversos produtos, como
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Quadro 2: Modelo de relação entre atributos, valores e benefícios. Peter e Olson (1996).
De acordo com Engel, Blackwell e Miniard (2000), existem outros atributos que influenciam o
consumo de determinados produtos, além de seus benefícios e características alguns atributos do
varejo são importantes e determinantes de sucesso ou problemas no varejo, como:
Localização: A localização é considerada pelo consumidor como a dificuldade de chegar ao
local, estacionamento, o tempo gasto e até mesmo a distância real em km. Ou seja, mesmo que o
local seja mais perto, em relação à distância, o consumidor pode evitar o estabelecimento devido
a dificuldades de acesso ou pelo tempo gasto devido ao trânsito. “A distância cognitiva
(dificuldade e tempo) é mais importante aos clientes que a distância real” (ENGEL;
BLACKWELL; MINIARD, 2000).
Preço: este atributo possui grau de importância diferenciado de acordo com o produto e com o
consumidor, esse fator é mais complicado de ser avaliado, já que a percepção de preço vem
associada com outros fatores relacionados ao público alvo que o produto ou estabelecimento
procura atingir. Engle, Blackwell e Miniard (2000), apontam que muitas lojas adotam a estratégia
de preço baixo como ferramenta para ganhar mercado, porém não percebem que muitas vezes o
cliente está procurando um preço justo complementado por outros aspectos relevantes ao invés de
apenas um
preço baixo.
Propaganda e Promoção: esse atributo é importante para criar uma imagem e criar uma marca
de varejo, a propaganda ajuda o consumidor a formar uma expectativa sobre sua experiência na
loja e melhor informar o cliente sobre produtos, preços, horário de funcionamento, localização e
outros atributos que podem influenciar as decisões de compra (ENGEL; BLACKWELL;
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Para Mowen e Minor (2003), a motivação está relacionada a um estado alterado de uma pessoa, o
qual conduz a comportamento voltado para um objetivo.
A motivação é composta de inúmeras necessidades, sentimentos e desejos que levam as pessoas a
esse comportamento. A motivação começa como estímulo, que leva, posteriormente, ao
conhecimento de uma necessidade.
De acordo com Schiffman e Kanuk (2000), a motivação pode ser caracterizada como sendo a
força motriz interna dos indivíduos, que os impele a ação. Essa força é produzida por um estado
de tensão que existe em função de uma necessidade que ainda não foi satisfeita.
Berkman (1997) identifica e define a motivação como um esforço que é empregado para
satisfazer necessidades e desejos na compra ou uso de produtos e serviços. A motivação é
despertada quando o consumidor tem uma necessidade e deseja que seja satisfeita, é uma força
interna que leva o indivíduo a uma ação.
Para Kotler (1996) o mercado é o conjunto de todos os consumidores potenciais que
compartilham de uma necessidade ou desejo individual e estão dispostos a fazer uma troca que
satisfaça essa necessidade ou desejos.
Para que ocorra a satisfação da necessidade despertada, o consumidor é obrigado a estar
motivado para buscar concretizar e satisfazer seus desejos. Com isso podemos dizer que uma
pessoa está motivada quando ela tem força de vontade e investe essa força na busca do que
deseja, focando no seu objetivo.
Para Engel, Blackwell e Miniard (2000), uma pessoa pode estar motivada quando seu sistema
está energizado, ou seja, despertado e o comportamento está dirigido à meta a ser alcançada.
Existem várias teóricas acerca da motivação, uma das mais estudadas é “A teoria hierárquica de
Maslow” que abrange o comportamento no geral, classificando as necessidades dos seres
humanos de acordo com uma escala de importância.
Dividindo as necessidades em primárias (fisiológicas e de segurança) e necessidades secundárias
(sociais ou afetivas, estima e auto realização).
Maslow explica em sua teoria que as pessoas necessitam seguir a ordem hierárquica da pirâmide
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A teoria de Maslow é fundamentado sobre três fatores, primeiro o indivíduo sente várias
necessidades que podem ser divididas de acordo com a importância após ele procurar satisfazer
as necessidades que identifica serem mais importantes, e por último uma necessidade deixa de
existir depois de ser satisfeita e assim ele procura outra para satisfazer.
Os consumidores não compram produtos e sim o motivo de satisfazer e solucionar, as
necessidades e problemas. Na compra de cosméticos existem vários fatores que levam a
motivação para o consumo. Desde a forma atrativa como o produto é exposto na loja até o bem
estar que ele proporciona a quem o utiliza. O próprio benefício da utilização de um cosmético
anteriormente motiva a consumidora a voltar a comprá-lo, o seu uso pode deixá-la mais bonita,
fazê-la se sentir mais sensual e interessante, tornam-se motivações para o consumo do mesmo.
Motivação é um processo interior, no indivíduo, que impulsiona, mantém e dirige o
comportamento. É também entendida como um estado de tensão energética, que resulta da
atuação de fortes motivos que fazem o indivíduo agir, de forma empenhada (CAMPOS, 2005).
A motivação é considerada um fator psicológico e refere-se aos processos que fazem com que as
pessoas ajam e se comportem do modo que elas se comportam (SOLOMON, 2011). Para Mowen
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A cada ano, a tecnologia cria mais produtos de beleza inovadores. Isso só é possível graças às
descobertas ao longo da história dos cosméticos e da perfumaria que teve o seu princípio há
milhares de anos e passou por inúmeras fases de adequação aos padrões de cada período.
Atualmente, existem diversos tipos de cosméticos para a pele e o cabelo, assim como perfumes,
porém nem sempre foi assim. Outrora as pessoas tinham acesso a uma ampla gama de produtos
que não eram seguros ou de qualidade, utilizavam-se de técnicas e matérias primas caseiras.
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A palavra cosméticos deriva da palavra grega kosmetikós, que significa “práticas de ornamentar”.
Sua história remonta há 30 mil anos, quando os homens pré-históricos utilizavam-se de terra,
cascas de árvores e seiva das folhas para pintar o corpo e se tatuarem. Na antiguidade, muitos
rituais dependiam da decoração do corpo, o que proporcionava efeitos dramáticos, principalmente
pinturas de guerras. (GALEMBECK, CSORDAS, 2015).
Há indícios de que os primeiros a fazerem o uso de cosméticos tenha sido os
Egípcios. A utilização do mel e do leite de cabra para rejuvenescer era comum entre as mulheres,
resultando em peles macias. O emprego de gorduras vegetais e animais para produzir cremes
eram práticas comuns, para muitos eram produtos milagrosos que trazia a beleza eterna.
(SOUZA, 2008)
Devido à queda do Império Romano os banhos passaram a ser moderados e somente alguns
impérios mantiveram a prática de banhos diários, como era o caso do Império Bizantino. Os
cabelos eram lavados com mistura de ervas e argila, garantindo a limpeza e a proteção contra
infecções no couro cabeludo. (SATHLER, 2018).
Ao longo da história, a prática de utilização de cosméticos e a higiene pessoal passaram a ser
reconhecida. Muitos fabricavam seus próprios produtos, como era o caso das donas de casas. Elas
produziam seus produtos de beleza por meio de leite, água de rosas e limonada. A partir do
século XX os cosmecêuticos passaram a ser produzidos industrialmente.
Os primeiros cosméticos de que se tem notícia datam de 30 mil anos atrás, na pré-história,
quando os homens das cavernas (homo sapiens da era paleolítica) tatuavam, pintavam ou
encobriram seu corpo com misturas feitas de cascas de árvores, seiva de folhas esmagadas e
orvalho.
O uso de cosméticos sempre seguiu a história. Os motivos para o uso sempre foram variados.
Alguns usavam para conquistar pessoas, já outros usavam para intimidar inimigos, ou atenuar
fatores incômodos, como as rugas e linhas finas que ocorrem com a idade adiantada.
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Na Grécia e na Roma antiga (por volta de 200 d.C.) os homens frequentavam casas de banho
elaboradas e as mulheres cuidavam da beleza em casa. Algumas das fragrâncias extraídas nessa
época eram provenientes de anis, pimenta, alecrim sálvia e hortelã-pimenta. O leite de jumenta
era usado para manter a pele fresca e a massa de pão úmida era usada como uma máscara facial
noturna. O material graxo da lã de ovelha também era implementado nos cuidados de beleza. O
médico greco-romano Galeno desenvolveu uma pomada refrescante precursora do cold cream.
Ainda, as mulheres usavam extrato de nozes para escurecer o cabelo, e germander (uma planta)
para tingir de vermelho. Na Grécia, acreditava-se que uma rotina de cuidados com a pele
reverteria os efeitos da pele madura.
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Durante os séculos XVII e XVIII, cosméticos eram usados em excesso. Mulheres ricas e com
poder passavam horas arrumando os cabelos de forma alta e extravagante. Adesivos faciais eram
usados para cobrir as marcas da varíola. Além disso, o carbonato de chumbo era usado como pó
facial. A maioria dos cosméticos ainda eram feitos em casa, pois os sabões industriais eram muito
caros. Nesse período houve descoberta de novos compostos e isolamento de novos elementos.
Ademais, havia melhor compreensão dos óleos essenciais, e novos processos industriais para
tinturas, gorduras e sabões eram utilizados na produção de cosméticos. Nessa época, começou a
haver interesse pela toxicologia, que posteriormente se consagraria como um ramo da ciência.
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Durante o século XX, houve extrema evolução na indústria cosmética. Após a I Guerra Mundial,
os preconceitos deixados pela era Vitoriana cessaram, impulsionando a produção de cosméticos.
Os grandes nomes e pioneiros na indústria cosmética estavam se firmando, como Helena
Rubinstein, Elizabeth Arden, Charles Revson (Révlon), Max Factor, Procter & Gamble (P&G) e
L’Oréal Paris.
O período entre as Guerras Mundiais favoreceu o crescimento da indústria cosmética nos Estados
Unidos. A disponibilidade de ingredientes era vantajoso pros Estados Unidos. Como o mercado
cosmético apresentava grande volume e crescimento de vendas, houve purificação e adaptação de
ingredientes usados por outras indústrias, como silicones. Porém, a fabricação de cosméticos em
larga escala fez emergir os problemas de segurança e estabilidade. Portanto, os principais
mercados buscaram formular legislações e medidas reguladoras para esse esses produtos, como o
Federal Food, Drug and Cosmetics Act em 1938, nos EUA, e a EC Cosmetics Directive em
1976, na União Europeia.
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O primeiro “sistema de limpeza” foi criado pelos sumerianos da região de Ur, que produziram
soluções alcalinas para limpeza. Entretanto, essas preparações não eram quimicamente similares
ao sabonete que conhecemos hoje.
A primeira preparação moderna de sabonete foi desenvolvida em cerca de 600 a.C. pelos
fenícios. Eles saponificaram gordura de cabra, água e carbonato de potássio em um material
ceroso e sólido. A ideia de usar sabonete para limpeza corporal nem sempre foi considerado algo
benéfico. Durante a idade média, o sabonete foi banido pela Igreja Cristã, que acreditava que se
despir, mesmo para tomar banho, não era algo certo. Mais tarde, quando a ideia de infecção
bacteriana surgiu, a venda e produção de sabonetes subiu novamente. Hoje, sabe-se que o uso de
sabonetes faz parte de um ritual diário de limpeza.
Um dos primeiros sabonetes vendidos em grande escala foi produzido pela estadunidense Procter
& Gamble (P&G), em 1878. A empresa produziu um sabonete branco cremoso levemente
perfumado, para competir com alguns produtos europeus importados. O sabonete fazia uma
espuma rica e era branco. Além disso, eles descobriram que inserir um pouco de ar na solução do
sabonete antes de moldá-lo resultava em um sabonete capaz de flutuar, o que era muito útil para a
época, uma vez que muitas pessoas tomavam banho em rios, e o sabonete podia se perder. A
empresa nomeou o sabonete de “Ivory soap”.
Adesivos de beleza tornaram-se populares na Europa durante o século XVII, para cobrir
cicatrizes em sobreviventes de varíola. Esses adesivos eram uma seda ou pedaços de veludo em
formato de estrela, luas e corações, que eram carregados em caixas de metal com um espelho na
tampa, para facilitar a aplicação caso caísse. Essas caixas podem ser vistas como precursoras da
ideia moderna de produtos compactos.
O uso de adesivos também se tornou uma parte importante da comunicação não verbal entre
homens e mulheres. Um adesivo próximo à boca de uma mulher sinalizava um convite para
flerte, um adesivo na bochecha direita de uma mulher indicava que ela era casada, assim como
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A base facial como é conhecida hoje, foi desenvolvida para o teatro. O cosmético era usado para
clarear a face, braços e pescoço, e consistia em um pó facial incorporado em um veículo líquido.
Essa preparação foi vista como um upgrade dos pós faciais, uma vez que a nova formulação
possuía melhor adesão e durava por mais tempo na pele. Após isso, foram desenvolvidas pinturas
coloridas, consistindo em pigmentos suspensos em veículos oleosos. Esses produtos eram mais
usados para peças teatrais, por serem difíceis de aplicar e usar.
O primeiro grande avanço em bases faciais para serem usadas no dia-a-dia ocorreu quando Max
Factor desenvolveu a maquiagem “pancake”, que foi patenteada em 1936. O produto oferecia
cobertura excelente, aparência aveludada e coloração facial. Desde então, a variedade e
popularidade de bases faciais só cresceu. Atualmente, essa classe de produtos também oferecem
proteção solar, hidratação e controle de oleosidade, por exemplo.
O uso de cosméticos nos olhos ocorre desde 3.000 a.C. Pós verdes feitos de malaquita eram
aplicados nas porções superiores e inferiores dos olhos, acompanhado de uma pasta usada como
delineador, composta de antimônio em pó, amêndoas queimadas, óxido de cobre preto e argila
marrom ocre. A pasta era armazenada em um recipiente e depois umedecida com saliva.
Acreditava-se que esses cosméticos usados nos olhos ofereciam benefícios medicinais, além de
prevenir infecções oculares causadas por bactérias e parasitas, o que era comum na época. Os
cosméticos coloridos usados nos olhos atualmente surgiram entre 1959 e 1962, sendo uma
invenção nova historicamente.
Máscara para cílios também era usada por mulheres de civilizações antigas. Essa máscara era
composta por kohl (um mineral), consistindo em trissulfeto de antimônio. As máscaras
precursoras das atuais eram compostas por uma mistura de sabões de estearato de sódio e
pigmento preto. O produto era misturado com água e aplicado com uma escova nos cílios. Essa
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Coloração labial é usada desde o tempo dos sumérios (7000 a.C). A prática passou adiante, dos
egípcios aos sírios, dos babilônios aos persas, dos gregos aos romanos, até a civilização atual.
Materiais provenientes da natureza eram usados, como açafrão e pau-brasil, para obter coloração
vermelha. Os primeiros verdadeiros batons consistiam em cera de abelha, sebo e pigmento. O
batom como conhecemos hoje foi desenvolvido por volta de 1920, quando a embalagem push-up,
usada até os dias atuais, foi inventada.
Esmalte para as unhas é usado para embelezamento, além de cobrir a descoloração das unhas e
fortalecer unhas fracas. O esmalte para as unhas também foi introduzido em 1920. Durante a
Primeira Guerra Mundial, excelentes fontes de nitrocelulose foram desenvolvidas como
explosivos militares. Nitrocelulose foi criada através da reação da fibra de celulose com ácido
nítrico. Descobriu-se então que a nitrocelulose fervida poderia ser dissolvida em solventes
orgânicos. Após a evaporação dos solventes, um filme forte e brilhante de nitrocelulose era
produzido, chamado de laca. Após extensas pesquisas feitas pela indústria automobilística,
descobriu-se que o material também era bom para pintura de automóveis. Essa tecnologia foi
então adaptada para a indústria cosmética.
Antes de 1920, as unhas eram polidas com pó para conquistar brilho e a primeira laca
comercializada era usada apenas para dar brilho. Na década de 1930, porém, desenvolveu-se um
produto de coloração opaca, a partir da ideia de adicionar pigmento à laca transparente. Assim
nasceu a Revlon, em 1932. De início, o esmalte era disponível apenas em salões de beleza, mas
por conta da demanda do público nascia então uma nova classe de cosméticos.
Um dos primeiros cosmetologistas foi o médico Abulcasis (936-1013 d.C.). Ele escreveu a
enciclopédia médica Al-Tasrif, em 30 volumes. O capítulo 19, foi dedicado aos cosméticos. A
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O primeiro desodorante foi inventado em 1888, e foi registrado sob o nome de Mum.
Tinturas de cabelo sintéticas foram inventadas em 1907 por Eugene Schueller, fundador da
L’Oréal Paris. Ele também foi um dos primeiros a desenvolver um fotoprotetor, em 1936. Em
1914, T. J. William fundou a Maybelline, companhia especializada na fabricação de máscara para
os cílios. O batom foi desenvolvido por volta de 1920, em tubos cilíndricos metálicos. Em 1922,
o grampo de cabelo foi inventado, para auxiliar na manutenção de cabelos curtos.
No início do século 20, a maquiagem ganhou prestígio nos Estados Unidos e Europa, devido à
influência das estrelas do teatro e balé. Porém, o maior impacto aconteceu com o crescimento da
indústria cinematográfica em Hollywood, e as maquiagens produzidas por Max Factor.
Após a Primeira Guerra Mundial, foi estabelecido um novo estilo: olhos escuros, batom e esmalte
vermelhos e bronzeado, sob influência da Coco Chanel. Previamente, pele bronzeada não era
bem aceita. As mulheres tentavam ter a pele mais branca possível, algumas vezes beirando ao
pálido. Com a influência da Chanel sob o bronzeamento, diversos produtos de bronzeamento
artificial foram desenvolvidos, auxiliando a conquista de uma pele sun-kissed (beijada pelo sol –
termo usado para definir bronzeamento da pele). Entretanto, na Ásia, pele clareada continuou
sendo o ideal de beleza.
Um novo método de ondulação permanente, usando produtos químicos, que não exigiam
eletricidade ou máquinas, foi criado em 1933. Em 1941, o aerossol foi patenteado, o que
posteriormente resultaria nos sprays capilares. Em 1950, o químico Lawrence Gelb apresentou o
Miss Clairol Hair Color Bath, um produto que coloria o cabelo em apenas uma etapa. O
desodorante roll-on foi lançado em 1952. O aplicador de máscara para cílios foi desenvolvido em
1958, eliminando a necessidade de aplicar o produto com uma escova. Anos depois, a Revlon
lançou o primeiro blush em pó, em 1963. O desodorante em aerosol foi introduzido no mercado
em 1965.
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Enquanto tintas e loções foram usadas por centenas de anos para realçar a beleza, foi apenas no
século XX que corporações multinacionais começaram a utilizar campanhas publicitárias com
mais frequência, explorando o interesse do público predominante feminino (na época) em beleza
e atratividade. No decorrer dos anos, o crescimento da indústria da beleza resultou na
disseminação de ideais de beleza em todo o mundo.
Procter & Gamble (P&G) foi uma das primeiras empresas de beleza a fazerem anúncios
publicitários. Em 1879 a empresa lançou a marca Ivory Soap, após a descoberta acidental de que
o uso óleo vegetal era melhor e mais barato do que banha. Porém, no século XX a história
mudou. Europeus e norte-americanos começaram a representar os ideais universais de beleza e
limpeza.
No início do século XX, o foco da indústria cosmética era higiene. No entanto, o mercado
começou a se alinhar com a concepção de beleza, como em uma propaganda de sabonete facial
que dizia que o sabonete “preserva, cultiva ou ressuscita a pele”, mostrando que o mercado
cosmético estava adotando outros conceitos além da higiene.
Revistas e outdoors eram a principal forma de anunciar no início do século XX, mas o aumento
da publicidade nas rádios proporcionou um novo meio para as empresas de beleza. A importância
social de cheirar bem e ter aparência limpa começou a se tornar uma parte importante da cultura
estadunidense. Procter & Gamble (P&G), foi uma das maiores anunciantes em rádios, e
aproveitavam os horários de transmissão de novelas.
Após isso, com o surgimento da televisão e cinema, houve uma nova evolução na maneira de
divulgar. Os Estados Unidos se tornou uma grande fonte de entretenimento para os outros países
do mundo, com programas sendo legendados ou dublados para outras línguas. Como
consequência, as atrizes de Hollywood se tornaram ícones globais, influenciando sutilmente os
consumidores.
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Essas revistas são capazes de implantar um pensamento coletivo naqueles que à consomem. É
através da representação de beleza nas revistas de moda e entretenimento que as percepções dos
leitores são influenciadas. Apesar de alguns títulos tentarem desmitificar o mito da beleza, a
maioria das mulheres ainda são afetadas por esses ideais e lutam para se encaixar no conceito de
beleza, e do que é desejável e aceitável. Os cosméticos possuem um papel quase protagonista
nesse processo.
Embora os perfumes franceses sejam os mais famosos, engana-se quem acredita que teve origem
no país.
Os perfumes são contemplados ao redor do mundo, mas apesar de toda a modernidade que eles
carregam, sua história ancestral remonta ao Império Egípcio.
O campo da perfumaria é muito extenso atualmente, com opções de marca das mais populares,
àquelas que levam ao luxo e sofisticação. Mas tudo isso partiu de uma mesma base, e a origem do
perfume é mais antiga do que muitos supõem.
Já na época do Império Egípcio as essências eram desejadas, e isso se estendeu para a Grécia
Antiga, Roma, as cortes no Iluminismo até alcançar os dias atuais. Foram muitas alterações que
fizeram chegarmos onde estamos agora.
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Surgimento do perfume
A origem do perfume tem raízes em um passado que remota aos séculos antes de Cristo. Tudo
começou no Egito, um povo politeísta que realizava diversos rituais religiosos para se conectar
com suas divindades.
Helen conta que os egípcios começaram a usar a perfumaria porque acreditavam que através do
cheiro produzido pela fumaça, as suas orações chegariam mais rápido aos deuses. Durante os
rituais, eles tinham o costume de queimar madeiras, especiarias e ervas, o que deu origem a uma
espécie de incenso.
Cleópatra também apreciava muito a perfumaria. Ela utilizava esses cheiros para perfumar o
ambiente quando estava à espera dos seus amantes. Assim, as fragrâncias também eram
associadas à sedução.
Perfume na Grécia
Embora a origem do perfume esteja no Egito, foram os gregos que aperfeiçoaram a perfumaria.
“Diferente dos egípcios, que praticamente inventaram a perfumaria e o formato de perfumação,
os gregos criaram fórmulas. Eles foram responsáveis por diversificar o uso de perfumes”, explica
Helen.
Assim, não era mais apenas o ato de queimar ingrediente que liberavam essências perfumadas.
Os gregos extraíam óleos essenciais e criavam pomadas, pastas e unguentos, o que facilitava o
armazenamento e transporte dos perfumes.
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“Os gregos usavam isso (perfumes). Era muito popular entre os atletas e poetas. Existiam os
filósofos na Grécia e eles usavam perfumes para se preparar. As mulheres também faziam muito
uso desse recurso”, diz a especialista.
Mas não foi somente o povo grego que se apaixonou pelo bem-estar trazido pelas essências
extraídas de ingredientes naturais. A história sobre a origem do perfume continua seguindo ao
longo dos séculos e chega ao Império Romano. Por sua tradição, era um povo que apreciava os
banhos.
As casas de banho em Roma eram frequentadas por pessoas de todas as classes sociais, e esses
banhos incluíam vários perfumes aromáticos. Helen conta que as pessoas mais ricas daquela
época perfumavam até mesmo a sola dos seus pés, o que era feito pelos escravos.
Esse povo, considerado como bárbaro por ser um grande conquistador, apreciava tanto os
perfumes que utilizava as essências em tudo. Até mesmo os cascos dos seus cavalos eram
perfumados, e os frascos eram levados para os campos de batalha.
No entanto, de acordo com Helen, essa tática não era apenas por vaidade ou um cuidado pessoal.
Existia a crença de que os perfumes tinham um poder curativo, então, além dos grandes banhos
com as essências, alguns soldados até mesmo ingeriam as fórmulas com o objetivo de se curarem
das feridas.
Foi justamente por causa das conquistas e das rotas comerciais que o Império Romano deu a sua
grande contribuição para a perfumaria. Ela se expandiu ao redor do mundo, inclusive por meio da
Arábia, Índia e China, povos com os quais os romanos trocavam informações sobre perfumaria.
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Na Idade Média houve uma grande evolução. A origem do perfume partiu da queima de
ingredientes naturais. Os gregos extraíam óleos essenciais e criavam formulações, mas foi na
Idade Média, mais precisamente na época das Cruzadas, que aconteceu uma mudança ainda mais
significativa.
Helen explica que nessa época os árabes tinha alcançado um grande progresso na perfumaria
devido à criação da serpentina de resfriamento. Esse equipamento permite fazer a destilação,
separando a água do óleo essencial e resultando no perfume sólido, o atar.
Os cruzados levaram essa novidade para a Itália por volta do ano 1300, e foi nesse país que o
setor de perfumaria começou a tradição de incluir o álcool nas formulações de perfume. Isso
possibilitou uma versatilidade ainda maior em seu uso.
Iluminismo
O Iluminismo foi uma época em que imperavam as celebrações. Havia a preocupação com a
moda, os penteados, a maquiagem e, é claro, o perfume. Aliás, a corte de Luís XV foi batizada
como “corte perfumada”, já que ali todos tinham o hábito de utilizar esse produto.
“Durante as festas, ou em reuniões, nos chás da realeza, Maria Antonieta costumava ter uma
espécie de potinho de água de rosas ou uma água de Chipre. Ela mergulhava um lencinho de
tecido e passava no corpo, no pescoço, nos braços para se refrescar e tirar o suor”.
Especialistas contam que foi justamente nessa época que surgiu a expressão eau de toilette. As
pessoas passavam o perfume em seu corpo para se verem livres de odores mal cheirosos e do
suor, se mostrando muito mais apresentáveis e agradáveis para os demais.
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Sabe-se que ultimamente o mercado de cosméticos naturais e orgânicos tem crescido, mas não há
nenhuma definição concreta para esses produtos. No geral, produtos naturais e orgânicos
possuem a grande maioria dos ingredientes provenientes de plantas, como extratos vegetais e
óleos essenciais, e pouca quantidade de ingredientes sintéticos. Entretanto, ainda é um assunto
um tanto controverso na indústria cosmética, por conta do self-regulation. Por isso, há aumento
na busca de certificação de produtos, uma vez que as certificadoras possuem parâmetros que irão
designar se o produto pode ou não se encaixar no campo de cosméticos naturais, orgânicos ou
veganos.
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Além de produtos tópicos, outras ferramentas também estão sendo usadas para melhorar o
processo de cuidados com a pele, como aplicativos que diagnosticam a situação atual da pele,
bem como influência da temperatura e umidade na hidratação cutânea, recomendando produtos
ideias para a sua situação. Outros dispositivos, como “esponjas” elétricas faciais, que maximizam
o processo de limpeza e ajudam na esfoliação são inovações do mercado cosmético, resultado da
junção entre tecnologia e cosmetologia.
Desde que a pandemia do novo coronavírus começou, logo no início de 2020, as pessoas se viram
diante da necessidade de adotar novos hábitos. Assim como tornou-se necessário realizar
distanciamento social e adotar medidas eficientes de higiene para combate ao vírus, as
possibilidades digitais se tornaram extremamente importantes para boa parte das pessoas. Os
hábitos de consumo, portanto, mudaram: compras de supermercado começaram a ser feitas com
mais frequência por aplicativo, bem como pedidos de comida e pagamentos online.
Diante de todas as novas tendências, o mercado da beleza também não permaneceria como antes.
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Muitos negócios começaram a realizar mais ativações em ambiente online, a adotar iniciativas de
divulgação via influenciadores digitais, e, claro, a investir de forma mais personalizada nas
demandas dos clientes. Se as pessoas estão mais em casa, com acesso a plataformas como
televisão, smartphones e redes sociais, o período atual talvez tenha se tornado o mais importante
para investir na apresentação de cosméticos e produtos similares.
Afinal, quanto mais as pessoas têm acesso a produtos na internet, mais elas comparam e desejam
características únicas daquilo que adquirem: uma consequência direta do consumo digital —
especialmente se esses produtos forem divulgados por algum influenciador ou marca que elas
confiam e seguem nas redes sociais.
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14. CONCLUSÃO
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15. REFERÊNCIAS
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CAMPOS, Roberta Dias; CASOTTI, Letícia; SUAREZ, Maribel. O Tempo da Beleza: consumo
e comportamento feminino, novos olhares. Rio de Janeiro, 2008.
CRQ IV REGIÃO. Conselho Regional de Química da Quarta Região. A História dos Cosméticos.
Disponível em/:
<http://www.crq4.org.br/historiadoscosmeticosquimicaviva> Acesso em 17 de abril de 2023.
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16. APÊNDICES
1 – FREQUÊNCIA DE COMPRAS:
( ) a cada 2 meses ( ) 1 vez por mês
( ) 2 vezes por mês ( ) 1 vez por semana
2 – MOTIVO DE COMPRA
( ) Dar de presente ( ) Consumo próprio ( ) outros
3 – MAIOR SATISFAÇÃO:
( ) variedade de produtos ( ) bom atendimento
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17. CRONOGRAMA
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ILMO.SR.
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Nestes termos.
Peço deferimento.
Assinatura do Estagiário
Despacho:
Em: _____/_____/______.
Assinatura do Coordenador
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