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ESTAMPOS I

Prefácio

A Escola "Pro-Tec", de São Paulo, coloca à disposição de


Professores e Alunos dos cursos profissionais, industriais e técnicos, mais uma
publicação especializada.

Há mais de duas décadas a Escola "Pro-Tec" vem compilando


imprimindo e distribuindo seu próprio material didático, de grande aceitação também
por outras Escolas técnicas, alcançando com êxito a formação de Técnicos realmente
habilitados.

Nesta coletânea de NOTAS DE AULA do curso de Projetos de


Ferramentas, a matéria é descritiva, analítica e complementa a representação gráfica
das págs. 7.144 á 7.156 do PRONTUÁRIO DO DESENHISTA DE MÁQUINAS.

Os assuntos são abordados de forma sintética e elementar e


enriquecidos de exemplos práticos.

Com esta publicação esperamos facilitar o aprendizado dos cálculos


e dimensionamento, dos Projetos de Ferramentas.
ÍNDICE

PARTE DESCRITIVA

1 – GENERALIDADES.................................................................................... 1.01

2 – NOMENCLATURA..................................................................................... 2.01

3 – COMPONENTES....................................................................................... 3.01
DUREZA PARA PUNÇÕES E MATRIZES.................................................. 3.03

4 – TÉCNICA DE PROJETO........................................................................... 4.01


BASES........................................................................................... 4.01
ALÇAS P/ MANUSEIO E TRANSP. DE ESTAMPOS PESADOS.... 4.03
ALÇAS EM FERRO FUNDIDO..................................... 4.04
BASES NORMALIZADAS.......................................................... 4.05
SÉRIE NORMAL....................................................... 4.05
SÉRIE NORMAL (RETANGULAR).............................. 4.05
SÉRIE NORMAL (CIRCULAR).................................... 4.06
SÉRIE PESADA........................................................ 4.06
SÉRIE AMERICANA.................................................. 4.07
SÉRIE EUROPÉIA..................................................... 4.05
COMPONENTES PADRONIZADOS..................................................... 4.12
COLUNAS DE GUIA.............................................................................. 4.13
COLUNAS NORMALIZADAS..................................................... 4.14
SÉRIE NORMAL........................................................ 4.15
SÉRIE COM BUCHAS................................................ 4.16
BUCHAS............................................................................................... 4.17
SÉRIE PESADA........................................................ 4.18
SÉRIE AMERICANA................................................... 4.19
ESPIGA................................................................................................. 4.20
ESPIGAS NORMALIZADAS..................................................... 4.21
SÉRIE MÉTRICA....................................................... 4.21
SÉRIE AMERICANA.................................................. 4.22
PARAFUSOS E PINOS DE FIXAÇÃO.............................................................................. 4.23

PARAFUSOS E PINOS NORMALIZADOS........................................................... 4.25


PARAFUSOS COM SEXTAVADO EXTERNO........................................... 4.25
SÉRIE MÉTRICA............................................................................... 4.25
PARAFUSOS COM FENDA (Cabeça Cilíndrica)................................................. 4.26

SÉRIE MÉTR ICA.............................................................................. 4.26


PARAFUSOS COM CABEÇA ESCAREADA....................................................... 4.27
SÉRIE MÉTRICA............................................................................... 4.27
PARAFUSOS COM SEXTAVADO INTERNO...................................................... 4.28

TIPO ALLEN...................................................................................... 4.28


PARAFUSOS COM SEXTAVADO INTERNOSEM CABEÇA.............................. 4.29
SÉRIE AMERICANA......................................................................... 4.29
PINOS CILÍNDR ICOS......................................................................................... 4.30
SÉRIE MÉTRICA............................................................................... 4.30
PINOS CÔNICOS................................................................................................. 4.31
SÉRIE MÉTRICA............................................................................... 4.31
PINOS AMERICANOS......................................................................................... 4.32
SÉRIE AMERICANA......................................................................... 4.32
PUNÇÕES........................................................................................................................ 4.33
PLACA DE CHOQUE................................................................................................................... 4.34
TIPOS DE PUNÇÕES DE CORTE...................................................................... 4.34
PUNÇÕES COM EXTRATOR EMBUTIDO......................................................... 4.39
PUNÇÃO COM PARTE CORTANTE ADICIONAL.............................................. 4.39
FIXAÇÃO DOS PUNÇÕES.................................................................................. 4.40
PUNÇÕES RECOMENDADOS............................................................................ 4.41
MATRIZES.......................................................................................................................... 4.42
ÂNGULO DE SAÍDA NAS MATRIZES DE CORTE OU DE REPASSO............... 4.43
TIPOS DE MATRIZES DE CORTE....................................................................... 4.44
MATRIZES COMPOSTAS.................................................................................... 4.46
PUNÇÕES E MATRIZES DE SEGMENTOS........................................................ 4.47
FIXAÇÃO DAS MATRIZES................................................................................... 4.49
ESPESSURA DA MATRIZ.................................................................................... 4.51
EXTRATORES E SUJEITADORES..................................................................... 4.53
EXEMPLOS DE EXTRATORES APLICADOS AOS PUNÇÕES........................ 4.54
EXEMPLOS DE EXTRATORES APLICADOS ÀS MATRIZES.......................... 4.56
EXEMPLO DE ACIONAMENTO PARA EXTRATORES.................................... 4.57
FORÇA DE EXTRAÇÃO.................................................................................... 4.59
PRESSÃO DO SUJE ITADOR........................................................................... 4.59
ALlMENTADORES E DISPOSITIVOS DE AVANÇO.................................................... 4.60
CENTRADORES OU PINOS PILOTOS......................................................................... 4.63
FACAS DE AVANÇO..................................................................................................... 4.64
GUIAS PARA FITAS...................................................................................................... 4.65
BASES (PLACAS) E ACESSÓR 10S PARA EST AMPOS.......................................... 4.66
5 - CLASSIFICAÇÃO DAS FERRAMENTAS.................................................. 5.01

6 - EXEMPLOS................................................................................................. 6.01
FERRAMENTAS DE CORTE............................................................................ 6.01
FERRAMENTAS DE DOBRA........................................................................... 6.11
FERRAMENTAS DE REPUXO......................................................................... 6.17
SÉRIE DE FERRAMENTAS PARA GUARNIÇÃO DE AMIANTO......... 6.26
SÉRIE DE ESTAMPOS PARA CONFORMAÇÃO CÔNICA.................. 6.31
CONFORMAÇÃO CÔNICA - REFILE E FURAÇÃO.............................. 6.34
REPUXO E TREFILAÇÃO..................................................................... 6.37
EXTRUSÃO........................................................................................... 6.39
REPUXO PROFUNDO.......................................................................... 6.40
ABAU LAM ENTO.................................................................................. 6.41
REPUXO H IDROFORM........................................................................ 6.42
REPUXO PR ISMÁTICO........................................................................ 6.43
RECALQUE............................................................................................ 6.44
REPUXO PESADO................................................................................. 6.45
REPUXO COM CONE DE TRANSIÇÃO................................................ 6.48
CUNHAS............................................................................................................ 6.55
FERRAMENTAS PROGRESSIVAS.................................................................. 6.65
DOBRA E CURVA COM MATRIZES DE BORRACHA.................................... 6.71
ESTAMPOS DE CURVAR................................................................................ 6.71
CORTE COM TAMPÕES DE BORRACHA...................................................... 6.72
REPUXO COM TAMPÕES DE BORRACHA................................................... 6.73
ESTAMPOS PI ARREDONDAMENTO DAS BORDAS DA CHAPA................ 6.74
ESTAMPOS DE RESINA SINTÉTICA (ARALDITE)......................................... 6.75
7 - PRENSAS........................................................................................................ 7.01
PRENSAS DE FRiCÇÃO........................................................................ 7.01
PRENSAS EXCÊNTRICAS..................................................................... 7.03
ESCOLHA DA PRENSA EXCÊNTRICA............................................ 7.04
REGULAGEM DO CURSO E SISTEMA DE UMA
PRENSA EXCÊNTRICA.......................................................................... 7.06
PRENSAS COM ALlMENTADORES DE FITA................................................... 7.07
PRENSA MECÂN ICA DE DUPLO E FEITO...................................................... 7.08
PRENSA HIDRÁULlCA PARA REPUXO........................................................... 7.09
PRENSA HIDRÁULICA DE SIMPLES EFEITO.................................................. 7.12
PRENSA HIDRÁULICA DE DUPLO EFEITO..................................................... 7.12
PRENSA HIDRÁULlCA HYDROFORM............................................................... 7.14
VIRADEIRAS OU DOBRADEIRAS...................................................................... 7.15
ALIMENTADOR..................................................................................................... 7.19
1.01
1- GENERALIDADES

A finalidade fundamental de toda e qualquer indústria é produzir


artigos bons e baratos.

Este problema se resolve com a produção em série, usando


máquinas e ferramentas especiais, capazes de produzir um elevado número de peças
mantendo o padrão desejado.

Um setor importante na produção seriada é a estampagem de


chapas. Este processo consiste em um conjunto de operações mecânicas que
transformam chapas metálicas planas em objetos com forma geométrica própria e
determinada: produtos.

Ex.: talheres, canecas, arruelas, calotas ..


.
As máquinas usadas na estampagem são as prensas de·
vários tamanhos e tipos e as ferramentas ou estampas, que dependendo da
quantidade e da qualidade das peças a produzir, variam das mais simples e
rudimentares às mais complexas e aperfeiçoadas.

As operações fundamentais de estampagem são:

Corte
Dobra
Repuxo

As operações de corte e dobra são geralmente feitas a frio,


enquanto a de repuxo é feita a frio ou a quente, conforme o caso.
As operações a frio ou a quente dependem da espessura e do tipo do material da
chapa assim como da complexidade e tamanho da peça desejada.

Recorre-se ao processo a quente quando é necessário aumentar a plasticidade do


material.

Peças complexas, em chapa de aço duro ou meio duro com espessura superior a 1/4",
devem ser estampadas a quente.
1.02

Poucos são os casos em que o ciclo de estampagem se


reduz apenas a uma operação fundamental de corte, dobra ou repuxo.

Em geral temos:

Corte e Dobra
Corte, Dobra e Repuxo
Corte e Repuxo
etc.

Em muitos casos, as operações fundamentais são


complementadas por outras:

Pré-formar
Formar
Recalcar
Repassar
Calibrar
etc.

A determinação do ciclo de operações para a estampagem


de uma determinada peça depende de vários fatores:

- Formato, tamanho, qual idade e quantidade de peças


- Qualidade, espessura e estado do material da chapa
- Prensas, equipamento e recursos da oficina.

O número de operações necessárias do ciclo de trabalho,


está diretamente ligado à complexidade da peça e suas dimensões.

Uma arruela se obtém com uma simples operação de corte,


mas uma caneca, muito profunda, somente pode ser obtida por corte do disco e várias
fases de repuxo.

A qualidade do material da chapa influi na determinação do


ciclo de operações.
1.03

Um material macio, plástico, se deformará mais facilmente


que um material duro que é elástico. Enquanto um disco de material mole permite um
repuxo bastante profundo em cada operação, um outro igual ao primeiro mas de
material duro permite apenas um repuxo leve.

Outro fator muito importante a ser considerado no estudo


do ciclo de estampagem é a extração da peça do estampo. Esta extração, às vezes se
realiza por simples gravidade, isto é, a peça cai livremente, outras vezes é preciso
recorrer ao uso de mola, ar comprimido, pinos extratores, etc.

"É bom e conveniente lembrar que a solução mais


simples é sempre a melhor. "
2.01

2 – NOMENCLATURA

1 - Espiga 8 - Pinos de fixação


2 - Cabeçote 9 - Parafusos
3 - Placa de choque 10- Extrator
4 - Porta-punção 11 - Guias da chapa
5 - Punção 12 - Matriz
6 - Colunas de guia 13 - Base inferior
7 - Buchas
2.02

1 - Espiga 8 - Pinos de fixação


2 - Cabeçote 9 – Parafusos
3 - Placa de choque 10 - Extrator
4 - Porta-punção 11 - Guias da chapa
5 - Punção 12 - Matriz
6 - Colunas de guia 13 - Base inferior
7 - Buchas
3.01

3 - COMPONENTES

A eficiência de uma ferramenta depende: 1º - De um bom


projeto. 2º - Da escolha criteriosa dos materiais empregados na sua confecção. 3º - Do
grau de acabamento e dos tratamentos dados aos seus elementos.
3.02
3.03

DUREZA PARA PUNÇÕES E MATRIZES


A dureza dos punções e das matrizes depende dos
esforços a que estarão submetidos.

Maiores os esforços, menor a dureza.

A - CORTE:

e (mm) HRc

0,1 ÷ 1,2 58 - 60

1,3 ÷ 2 52 - 54
2,1 ÷ 3 48 - 50
> 3 (Ø 9) 38 - 40

e = espessura da chapa
Ø = diâmetro do punção
H Rc = dureza Rockwell C.

B - DOBRA:

Simples 38 - 40 HRc

Complexa 52- 54 HRc

C - REPUXO:

ferramentas pequenas
e médias { Punção: 38-40 HRc

Matriz: 52-54 HRc

ferramentas grandes
{ Ferro fundido

Zinc-Alloy

D - CUNHAGEM:

52 54 HRc
4.01

4 - TÉCNICA DE PROJETO

Os estampos são compostos de: 1º - elementos comuns a


todo e qualquer tipo de ferramenta (base, cabeçote, colunas de guia, espiga, etc.) e 2º
- elementos específicos e responsáveis pelo formato da peça a produzir (punções e
matriz).

As indústrias, afim de diminuir o custo do estampo e obter


intercambialidade ou substituição fácil dos elementos, tendem a reduzir os elementos
comuns a poucos tipos normalizados.

BASES

A BASE INFERIOR é uma placa de ferro fundido (26FF),


aço fundido (3430AF) ou aço laminado (Aço 1010-1020) que serve de apoio à matriz e
outros componentes.

A sua espessura:
25mm

A BASE SUPERIOR DO CABEÇOTE serve de suporte


para os punções e .outros elementos que se acham acima da matriz.

Pode ser de ferro fundido(26FF), aço fundido (3430AF) ou


aço laminado (Aço 1010).
A sua espessura:
20mm

A experiência aconselha:

FORÇA DO CORTE Espessura das bases (pol)

inferior superior
20 a 30 ton 1 1/2" 1"

30 a 50 ton 2" 1 1/2"


50 a 80 ton 2 1/2" - 3" 2"
NOTA:
Quando não é possível usar bases normalizadas como nos
grandes estampos, usam-se bases formadas de placas de ferro soldadas ou fundidas,
em ferro, aço ou liga de Zn (Zinc-Alloy).
4.02

A base inferior é fixada à mesa da prensa por meio de


porcas e parafusos.

O cabeçote é fixado ao martelo por meio da espiga.

As bases pesadas são fixadas à mesa da prensa por meio


de abas ou orelhas, que são fundidas junto com as bases ou unidas a estas por meio
de soldas.
4.03

ALÇAS PARA MANUSEIO E TRANSPORTE DE ESTAMPOS PESADOS

Os estampas pesados
são providos de alças para manuseio
e transporte.

As alças podem ser


fundidas com as bases ou
aplicadas como em figura.

A 70 95 120 145

B 20 25 30 35

C 35 42 50 60

O 50 70 90 110

E 70 85 100 115

F 85 110 140 175

ton 1,5 3 5 10
4.04

ALÇAS EM FERRO FUNDIDO (3430) ou FORJADO (1030)


4.05

BASES NORMALlZADAS

SÉRIE NORMAL

SÉRIE NORMAL (Retangular)


4.06

SÉRIE NORMAL (Circular) Material Ferro Fundido

SÉRIE PESADA
4.07

SÉRIE AMERICANA
4.08

SÉRIE EUROPÉIA
4.09
4.10
4.11
4.12

COMPONENTES PADRONIZADOS

É muito mais vantajoso e econômico utilizar na confeccão


dos Estampas, componentes padronizados: MIRANDA - S. Miguel Paulista - SP, vide
pág. 4.66.
ou
HORA S/A - Santo Amara - SP.
4.13

COLUNAS DE GUIA

As COLUNAS DE GUIA com ou sem buchas, garantem o


alinhamento da base e do cabeçote.

Podem ser de Aço com alto teor de C (Aço 1040/50)


temperadas e retificadas, ou Aço 1010/20, cementadas, temperadas e retificadas.

Em certos casos, as colunas de guia são substituídas por


outros artifícios que também garantem o alinhamento entre as bases inferior e
superior.

As colunas devem ser no mínimo duas, e possuir


comprimento suficiente para impedir a separação do cabeçote da base durante o
funcionamento, diâmetro bastante grande para dar rigidez ao conjunto e encaixe na
base 1,5 Ø.

Para satisfazer a condição acima, às vezes recorre-se a


elementos suplementares soldados.

Em casos especiais, as buchas deslizam sobre as colunas por meio de gaiola de


esferas.
Para evitar montagem errada das ferramentas, costuma-se es colher as duas colunas
com Ø diferentes.
4.14

COLUNAS NORMALIZADAS

SÉRIE NORMAL Material: Aço 1010 temp. cem. e retif.


4.15

SÉRIE NORMAL Material: Aço 1010 temp. cem. e retif.


4.16
4.17

BUCHAS Material: Aço 1020 temp. cem. retif.


4.18

SÉRIE PESADA
4.19

SÉRIE AMERICANA

Aço 1020 temp. cement. retif.

Aço 1040 temp. ret.


4.20

ESPIGA

A espiga fixa o cabeçote ao martelo da prensa.

É feita em aço 1040 ou em aço 1020 cementado mas com


a rosca ao natural. As suas dimensões variam com o tipo de prensa.

A colocação da espiga é feita como mostram as figuras.

O simples rosqueamento sem trava, é deficiente.

A união forçada e rebatida é usada apenas para e 25


mm.
4.21

ESPIGAS NORMALlZADAS

SÉRIE MÉTRICA Material: Aço 1010/20 cementado


(com exceção da rosca).
4.22
4.23

PARAFUSOS E PINOS DE FIXAÇÃO

Os PARAFUSOS E PINOS DE FIXAÇAO servem para


unir os vários elementos entre si e às respectivas bases.

Os PINOS além de servirem como elementos de


referência e posicionamento, agüentam grande parte dos esforços provenientes dos im
pactos operacionais.

Os PARAFUSOS absorvem apenas uma pequena parte


destes esforços.

Os PINOS devem ser superdimensionados, feitos de aço


1010/20, cementados e retificados e, nos casos de grande responsabilidade, devem
ser feitos de aço prata.

Em geral os pinos e os parafusos se escolhem com o


mesmo diâmetro.
4.24

O ar localizado nos furos cegos, comprimido pelos pinos,


impede uma montagem correta; este incoveniente se resolve abrindo furos de esfogo
(respiros) nos furos cegos ou plainando os pinos ao longo da geratriz.

Os pinos, afim de evitar trincas ou ruptura das matrizes,


deve rão ser colocados oportunamente:

É aconselhável usar pinos cilíndricos para fixação da


matriz à base afim de evitar que, com a afiação da matriz, aconteça o que está
ilustrado em figura.
4.25

PARAFUSOS E PINOS NORMALlZADOS

PARAFUSOS COM SEXTAVADO EXTERNO

SÉRIE MÉTRICA
4.26

PARAFUSOS COM FENDA - Cabeça cilíndrica

SÉRIE MÉTRICA
4.27

PARAFUSOS COM CABEÇA ESCAREADA

SÉRIE MÉTRICA
4.28

PARAFUSOS COM SEXTAVADO INTERNO

TIPO ALLEN (Cap screw) Material: Aço Liga temperado 36 - 43 Rc

SÉRIE em POLEGADAS

SÉRIE em MILÍMETROS (Vide pront. Projetista de Máquinas pág. 4.26 e 4.27).


4.29

PARAFUSOS COM SEXTAVADO INTERNO SEM CABEÇA

SÉRIE AMERICANA Material: Aço Liga temperado 36 - 43 Rc


Dimensões: polegadas
4.30

PINOS CILÍNDRICOS

SÉRIE MÉTRICA Material: Aço 1010 cementado


- 1050 - VN 50 - Aço Prata.
4.31

PINOS CÔNICOS

SÉRIE MÉTRICA Material: Aço 1050 - VN 50 - Aço Prata

O diâmetro nominal dos pinos cônicos é o menor.


Ex. de indicação: 5 x 32 (D = 5 L = 32)
4.32

PINOS AMERICANOS

SÉRIE AMERICANA Material: Aço Prata - 1040/50

O diâmetro nominal dos pinos cônicos é o menor.


4.33

PUNÇÕES

Os punções e a matriz constituem os elementos


fundamentais de uma ferramenta; eles transformam a chapa plana em produtos
desejados, conformando-os de uma vez ou em várias etapas.

Os punções e as matrizes são chamados também de


machos e fêmeas.

Em geral os punções são feitos de Aço C ou Aço Liga,


mas há casos em que são confeccionados com outras matérias como: ferro fundido,
aço fundido, ou ligas de Zn.

Os PUNÇÕES DE CORTE são sempre feitos de Aço C ou


Aço liga.

Os tipos mais usados são os representados em seguida:

O DIÂMETRO MINIMO do punção é determinado pela es-


pessura da chapa:

{ Ø

Ø
e para chapas de aço c/

15e para chapas de aço c/


c

c
40 Kg/mm2

40 Kg/mm2
4.34

PLACA DE CHOQUE

Para impedir que o punção penetre no cabeçote, coloca-se


entre a cabeça do punção e o cabeçote do estampo, uma placa de aço bonificado com
espessura máxima de 5mm.

A placa de choque é dimensionada para a pressão


específica p = 4 Kg/mm2.

4F F
∅= ou =
πp p

F = força que atua no punção.

TIPOS DE PUNÇÕES DE CORTE

O tipo mais usado é o retificado em esquadro (1); é o mais


barato e sempre usado para corte de chapas com e 2 mm.

Os punções de Ø relativamente grande são comumente


feitos côncavos ou com fio de corte inclinado (2,3,4,5).

e a
1,6 mm 2e O nº 2 é usado para Ø = 40 ÷ 200 mm.
1,6 mm 1,5e
4.35

Os punções com fio de corte inclinado diminuem a força de


corte até 60%, porém curvam as peças cortadas; isto é, em alguns casos é até muito
vantajoso.

Outro artifício para reduzir a força de corte é o


escalonamento dos punções.

O tipo 6 é usado para trabalhos muito gros-


seiros ou em forjaria, para corte a quente.
4.36

Os punções tipo faca (7-8-9) são usados para materiais


não metálicos ou fracos, e trabalham sem matriz, usando como base uma placa de
borracha ou madeira de topo.

A face cônica estará sempre


do lado do retalho.

O punção com face cônica de


ambos os lados é usado no corte de juntas e
conecções de borrachas, de papel, couro e
material semelhante.

Para cortar metais leves como


alumínio, antimônio, cobre e suas ligas, usam-
se com ótimos resultados, punções de
borracha atuando sobre bases de aço com
saliências cortantes com

s 6 mm.
4.37

Quando a secção do punção é complicada, recomenda-se


fazer o punção composto por segmentos. Isto facilita a execução e em caso de quebra,
é só substituir a parte estragada.

A fixação dos segmentos entre si e na placa porta-


punção deverá ser bem rígida e seus encaixes executados a rigor.

Para aumentar a velocidade de corte, manter as


tolerâncias e diminuir o número de afiações, recorre-se a matrizes e machos
enxertados com material de ótima qualidade ou metal duro (pastilhas de Widia).
4.38

Nas ferramentas progressivas é muito usado o


punção com pino piloto.

O pino piloto permite posicionar cor retamente


a tira de chapa.

Para evitar o fenômeno de flambagem dos


punções delgados, aumenta-se a sua robustez por
meio de embuchamento.

A figura ao lado mostra um


punção com facas auxiliares para
recorte da sobra da tira.
4.39

PUNÇÕES COM EXTRATOR EMBUTIDO

PUNÇÃO COMPARTE CORTANTE ADICIONAL


4.40

Fixação dos punções


4.41

PUNÇÕES RECOMENDADOS
4.42

MATRIZES

Matriz e punções constituem os elementos fundamentais


das ferramentas.

Na matriz está recortado o formato negativo da peça a ser


produzida.

A matriz é fixada rigidamente sobre a base inferior com


para fusos, porta-matriz ou outro meio, sempre de modo a formar um conjunto bem
sólido.

A matriz deverá ser confeccionada com material de ótima


qualidade e com acabamento finíssimo.

As características principais das matrizes de corte são:

- o ÂNGU LO DE SAIDA que facilita a saída do material


cortado.
- a FOLGA entre o punção e a matriz que é responsável
pelo perfeito corte da peça desejada.

Em outro capítulo abordaremos amplamente estes


detalhes.

T=
{ (3 ÷ 4) e

1,5 e
para

para e
e 2 mm

2 mm
4.43

ÂNGULO DE SAÍDA NAS MATRIZES DE CORTE OU DE REPASSO

Para facilitar a saída das peças cortadas, é necessário que as


matrizes sejam vazadas com paredes inclinadas 0,50 de cada lado.

As matrizes de REPASSO não apresentam conicidade nos


furos; as paredes deverão ser perfeitamente cilíndricas, por uma profundidade de pelo
menos 25 mm.

Por questões de economia e facilidade de trabalho geralmente


limita-se o paralelismo das paredes dos furos de repasso a apenas 5÷8 mm.
4.44

TIPOS DE MATRIZES DE CORTE


4.45

Os tipos de matrizes e punções que apresentamos, servem


para dar uma idéia de como se resolvem facilmente e com boa técnica, alguns
problemas aparentemente complicados.

Todos os artifícios usados visam sempre a:

- facilitar a execução e a manutenção das ferramentas


- aumentar a vida das mesmas
- diminuir o seu número de afiações
- economizar os aços de melhor qualidade
- substituir facilmente as partes estragadas
- garantir a qualidade do produto
4.46

MATRIZES COMPOSTAS
4.47

PUNÇÕES E MATRIZES DE SEGMENTOS

Para cortes de grandes dimensões usam-se punções e


matrizes de segmentos.

Os segmentos deverão apresentar quase todos o mesmo


comprimento e, para evitar a distorção de têmpera, não deverão ultrapassar o
comprimento de 300 mm, como também, para evitar quebra durante o funcionamento
do estampo, não deverão apresentar pontas agudas.

Cada segmento deverá ser fixado no suporte com pelo


menos 2 pinos e 2 parafusos.
4.48

PUNÇÃO E MATRIZ COM


PARTE CORTANTE
ADICIONAL

PUNÇÃO E MATRIZ COM


PARTE CORTANTE DE
SEGMENTOS
4.49

FIXAÇÃO DAS MATRIZES

Uma matriz atende às exigências de uma boa técnica se


for montada criteriosamente no "porta-matriz".

As razões que levam ao uso do porta-matriz são:


- economia de aços especiais
- possibilidade de regular o alinhamento com o punção
- troca rápida da matriz, seja para substituição como para
afiação.
4.50
4.51

ESPESSURA DA MATRIZ

A força proveniente do punção se distribui ao longo dos


gumes de corte da matriz de forma tal que se esta não tiver espessura suficiente,
acabará estourando.
4.52

VALORES DE

em que: p = perímetro de corte em [mm]


e = espessura da chapa em [mm]

ESPESSURA DA MATRIZ, por outros autores

Se a matriz apresentar vários perímetros de corte, a


sua espessura é escolhida pelo perímetro de corte MAIOR.
4.53

EXTRATORES E SUJEITADORES ou PRENSAS-CHAPAS

Os punções tendem
a arrastar consigo a chapa na
qual penetram, provocando às
vezes, a sua própria ruptura.

Este inconveniente se
elimina por meio dos extratores
ou separadores que, na maioria
dos casos, funcionam também
como prensa-chapa ou
sujeitadores.

Os extratores podem ser acionados por barras, alavancas,


molas (helicoidais, prato, borracha, etc.) ou ar comprimido, e podem ser aplicados aos
punções ou às matrizes.
4.54

EXEMPLOS DE EXTRATORES APLICADOS AOS PUNÇÕES


4.55
4.56

EXEMLPLOS DE ACIONAMENTO PARA EXTRATORES


4.57

EXEMPLOS DE ACIONAMENTO PARA EXTRATORES


4.58
4.59

FORÇA DE EXTRAÇÃO

A força de extração Fex deve ser 10% da força de


estampagem F.

Fex = 0,1 F

PRESSÃO DO SUJEITADOR

Os sujeitadores deverão ser dimensionados de forma a


exercer a pressão específica de:
0,1 ÷ 0,2 Kg/mm2 p/ chapas de aço
0,08 ÷ 0,1 Kg/mm 2
p/ chapas de AI
Em geral, nas operações de repuxo, os prendedores de chapas atuam com uma força
igual a 30% do força de repuxo.
(vide 3º vol.)
Fsj = 0,3 Q
4.60

ALlMENTADORES E DISPOSITIVOS DE AVANÇO

Para melhorar a produção, é necessário que a prensa seja


alimentada com continuidade e a chapa colocada em posição correta. Para isto,
existem dispositivos simples ou complexos, com funcionamento manual ou automático.
Eles limitam o avanço da fita a cada golpe da prensa.
4º - BALANCIM ou encosto OSCILANTE
Não é utilizado para chapas finas.
4.62

5º Encosto INICIAL e dispositivos para Ferramentas Progressivas.


4.63

CENTRADORES OU PINOS PILOTOS

Os pinos pilotos aumentam a precisão do produto, pois


mantém a tira em posição centrada durante o corte.
4.64

FACAS DE AVANÇO

A faca de avanço cortando lateralmente da tira um retalho


igual ao passo, proporciona-lhe um avanço exato.
4.65

GUIAS PARA FITAS

Afim de efetuar um trabalho regular e eficiente, é


necessário que a fita do material seja conduzida convenientemente dentro do estampo;
para isto usam-se as guias laterais.

As guias da fita além de guiar o material, servem também


para desprender a chapa do punção.

A altura h obedece as seguintes dimensões:

h = 20 ÷ 25 e p/ e = 0,1 mm

h=4÷6e p/ e > 1 mm

Em geral:

h = 6 mm p/ e 3 mm
h = 1,5 + e e = 3,5 ÷ 4 mm
h=2+e e = 5 ÷ 6,5 mm
h = 2,5 + e e = 7 ÷ 8 mm

A abertura A costuma-se fazer:

Para tiras de chapas:

A = a + 0,5 mm p/ e 1,5 mm
A = a + 1 mm e = 1,6 ÷ 3 mm

Para ferro chato:

A = a + 1,5 mm e 4 mm
A = a + 2 mm e = 4,5 ÷ 8 mm
e = espessura da chapa
a = largura da chapa
4.66

BASES (PLACAS) E ACESSÓRIOS PARA ESTAMPOS

A Ind. Mecânica MIRANDA de São Miguel Paulista-SP, além da


linha NORMAL produz todos os elementos sob encomendas de acordo com o desenho que lhe
for fornecido: Materiais, Tolerâncias, Matrizes, etc.

Produz também acessórios para Estampos: Corte, Dobra e


Repuxo: Matrizes, Placas de choque, Pinos, Buchas, etc ....

Os PINOS são alojados sob pressão em esquadro garantindo


paralelismo e fechamento perfeito, e produção de peças com precisão. Proporcionam grande
durabilidade, maior produção.

As BUCHAS podem ser fixadas na placa superior ou na inferior por


meio de grampos e parafusos que as posicionam em perfeito esquadro. Permitem montagem e
desmontagem fáceis e rápidas e proporcionam maior segurança que às buchas convencionais.

As placas são de aço SAE 1020 ou 1045, esquadrejadas e


retificadas com tolerâncias paralela e ortogonal de ± 0,04 mm.

Os cantos chanfrados á 45° permitem maior segurança.

Os AJUSTES PINOS/BUCHAS são:

1ª classe folga = 0,018 mm


2ª " “ = 0,02 ÷ 0,06 mm
3ª “ “ = 0,08 mm

O PEDIDO deverá ser feito conforme esquema:

Área Comprim. Tipo Classe


Diâmetro
Quant. Série Livre Espessuras dos de de r m
dos Pinos
a • b Pinos Buchas Folga
a= b= S1= S2 = d1 = d2 = =

m = distância entre a face posterior da bucha e a borda da base.

Todas as medidas, tolerâncias e materiais podem ser alterados à pedido do interessado.


4.67

B) C/PINOS NO CENTRO C) C/PINOS EM DIAGONAL


Série M2/C Série M2/D
4.68

D) C/PINOS TRASEIROS
Série M2/A
Série M2/AR
4.69

A) C/ 4 PINOS
Série M4
4.70
4.71

F) C/2 OU 4 PI NOS
Série M/R

Área Livre s1 s2 d1 d2 r m

b = 80 ÷ 150 30 25 20 25 39 61

b = 151 ÷ 250 40 30 25 32 45 71

b = 251 ÷ 400 45 40 32 40 54 84

A espessura s1, deverá ser igual ou maior que o diâmetro do pino guia.

A MIRANDA fornece também pinos c/ d = 50mm.


4.72

PLACA INTERMEDIÁRIA com 2, 4 ou mais PINOS


4.73

PINOS DE GUIA

São fabricados em aço cementado com dureza 60 -;. 64


RC e retificados e montados à pressão.

Diâmetro Diâmetro Diâmetro Diâmetro Diâmetro


d d d d d
100 110 120 130 140

140 120 130 140 150

150 130 140 150 160

130 140 150 160 170

140 150 160 170 180

150 160 170 180 190

20 160 25 170 32 180 40 190 50 200

170 180 190 200 210

180 190 200 210 220

190 200 210 220 230

200 210 220 230 240

210 220 230 240 250

220 230 Até 600 Até 600 Até 600


4.74

BUCHAS DESMONTÀVEIS

Como os pinos são de aço cementado com dureza 60 ÷ 64 RC


e retificados, são fixados às bases superior ou inferior por meio de grampos e
parafusos, proporcionando um perfeito esquadro, evitando os problemas das buchas
convencionais.

Possuem canais de lubrificação com fácil acesso.


5.01

5 – CLASSIFICAÇÃO DAS FERRAMENTAS

Os estampos podem podem ser classificados de acordo com:


6.01

6 –EXEMPLOS

FERRAMENTAS DE CORTE
6.02
6.03
6.04
6.05

Ferramenta para cortar e furar as extremidades de tiras


6.06

Estampo de corte com punção e matriz composto


6.07
6.08
6.09
6.11

FERRAMENTAS DE DOBRA
6.12

Ferramentas para
Cortar, formar, furar
6.13
6.14
6.15
6.16
6.17
6.18

Corte e repuxo combinados

Para que a aba fique centrada e uniforme, o rifle deverá ser feito depois do
repuxo.
6.19

Ferramentas de corte e repuxo para prensas de duplo efeito


6.20
6.21
6.22
6.23

Ferramenta combinada: cortar, repuxar, cortar – Prensa de duplo efeito


6.24

Ferramenta combinada: cortar, repuxar, furar e revirar – Prensa de duplo efeito


6.25

Ferramenta combinada: cortar, repuxar, nervurar e furar – Prensa de simples


efeito
6.26

SÉRIE DE FERRAMENTAS PARA:


6.27
6.28
6.29
6.30
6.31
6.32

3ª op.: Refilar e furar


6.33

4ª op.: Rebordar e formar


6.34
6.35
6.36
6.37

2ª op.: Repuxo de redução ou Trefilação


6.38

2ª op.: Repuxo de redução – Prensa simples com almofada


6.39
6.40
6.41

ABAULAMENTO

O abaulamento de um recipiente cilíndrico é feito com o


punção expans(vel de borracha ou de setores de aços presos com anéis elásticos.

NB. A operação deverá ser feita em prensas de duplo efeito, para imobilizar as
partes do estampo, porque o prensa-chapa empurrado apenas pelas molas pode
afrouxar e estragar a operação.
6.42
REPUXO HYDROFORM
Os estampos não têm arestas e no interior da matriz forma-se uma pressão
oleodinâmica variável e regulável capaz de provocar a deformação e a adaptação do disco metálico ao
estampo conduzido por um pistão.

Essa característica evita a formação de pregas, rachaduras superficiais,


rupturas e permite realizar com uma única operação a estampagem de formas complicadas.

Para estas operações são necessárias prensas próprias.

O estampo é composto de 2 partes:

A parte inferior tem o corpo A de ferro fundido, a chapa circular B e o punção


C que pode ser de Alumínio, Latão ferro e plástico ou outro material porque não sofre abrasão.

A parte superior camara da matriz elástica tem o corpo D com a parede


cilíndrica e teto esférico com um furo para a entrada e saída do óleo, ligado à uma bomba de pressão
variável, regulada conforme o trabalho, a pressão máxima alcança 10 kg/mm2.

A membrana elástica E é de borracha macia, com grande elas ticidade,


resistente à tração, aos óleos e aos ácidos.

É presa ermeticamente ao corpo D, por meio de uma arruela F e de um anel


G expansível de aço.

Seqüência das operações


6.43

REPUXO PRISMÁTICO
6.44

RECALQUE
6.45

REPUXO PESADO
6.46
6.47
6.48
6.49

1ª OP.: Repuxo
6.50

2ª op.: Refile e furação


6.51

Corte
6.52
Estampo de refilar, revirar e furar

6.53
6.54

Estampo de repuxo para prensa de duplo efeito

A – sistema americano
B – sistema europeu
6.55

CUNHAS

As cunhas possibilitam a movimentação horizontal de ele


mentos da ferramenta de modo a permitir a realização fácil de algumas operações que
de outra forma seriam mais complexas, complicadas ou demoradas.
6.56
6.57

Ferramentas para enrolamento lateral e chapinha já furada


6.58

Ferramenta para furação radial


6.59

Curvatura central da peça já cortada e dobrada


6.62

Estampo com matriz oscilante (Curvar)


6.61
6.62
6.63

Estampo com punção oscilante para curvar e dobrar


6.64

Estampos com punção em forma de tenazpara segunda dobra de uma peça em “U”
6.65
6.66
6.67
6.68
6.69
6.70
6.71

DOBRA E CURVA COM MATRIZES DE BORRACHA

Os Sistemas tradicionais de punção e matriz de aço são pesa dos e


caros, porque requerem precisão e não permitem variação da espessura da chapa.

Atualmente com a produção de Borrachas Poliuretânicas, que são


muito resistente: à abrasão, a ruptura por compressão, aos óleos, ácidos, etc.
O punção A é de aço. A matriz B é de borracha.

As matrizes são de borracha uretânica, colocadas na caixa C, com


a folga f, que permite a expansão da borracha.

No fim da operação a borracha volta ao seu estado normal e extrai


a peça dobrada.

SEQUÊNCIA DAS OPERAÇÕES


6.72

CORTE COM TAMPOES DE BORRACHA

Nestes últimos tempos este processo tornou-se importante para


a pequena e média produção, principalmente para a Indústria Aeronáutica, onde são utilizados
metais leves e suas ligas.

Os estampos são formados apenas de uma matriz A de aço com


espessura de 6 a 10 mm, presa à base D e de um tampão B, com 2 a 3 es tratos de borracha
uretânica colocados na caixa C de aço fundida e com nervura de reforço.

O resultado é idêntico aos processos tradicionais.

Porém para perfís irregulares, este também oferece grandes


vantagens de custo.

A matriz não perde o fio de corte, nem após milhares de cortes.


Outra vantagem é que com apenas uma operação: corta e fura.
6.73

REPUXO COM TAMPOES DE BORRACHA

Este método é empregado para o repuxo de metais leves e suas


ligas: Alumínio, Latão e Cobre. É utilizado principalmente na Indústria Aeronáutica.

O estampo é composto de: uma base A sobre a qual é fixado o


macho B, o qual pode ser de material plástico, ou de madeira dura, que em relação ao ferro
fundido são mais fáceis de serem trabalhados:

1º) A caixa C é de aço fundido e reforçada com nervuras, contém em geral 4 tampões de
borracha com altura de 10 cm.

2º) O prensa-chapa E que além de assegurar a chapa no início da operação, no fim extrai a
peça repuxada por meio da contra-pressão das velas F.

A operação de repuxo pode ser feita de prensas simples.

A borracha deverá ser resistente a ruptura à pressão máxima


porque a baixa pressão à borracha apresenta uma grande deformação elástica, com o aumento
da pressão a deformação diminui.

O repuxo começa com a pressão de 22 ÷ 42 kg/cm2•

Para objetos pouco côncavos, como as asas dos aviões, a pressão


2
ideal é de 105 ÷ 315 kg/cm .
6.74

ESTAMPOS PARA ARREDONDAMENTO DAS BORDAS DA CHAPA

A figura acima representa na ferramenta para bordas,


pedaços de chapa, indicado com:

e = espessura da chapa
= tensão da dobra
b = largura da tira
de= diâmetro externo do enrolamento

A força necessária será :

e 2 bσ
F = 0,7
de

Exemplo:

e = 16 mm
a = 28 kg/mm2
b = 23 mm
de= 11 mm

16 2. 23 . 28
F = 0,7 ≅ 105kg / mm 2
11
6.75

ESTAMPOS DE RESINA SINTIÉTICA (ARALDITE)

Os estampos feitos com resina sintética diminuem o peso e o custo


sem alterar a qualidade do produto.

A Indústria Automobilística, para a fabricação dos elementos de


carroceria, necessita de grandes estampos, quando metálicos, ficam muito pesados e caros.

Em muitos casos o punção e a matriz são feitos com resinas


sintéticas.

Exemplo 1

PUNÇÃO E MATRIZ DE ARALDITE para prensa de SIMPLES EFEITO.

A parte superior do estampo é formada pela chapa F, sob a qual


é fixado o prensa-chapa superior C (ferro fundido) entre a qual desliza a matriz A. Nas
extremidades inferiores do prensa-chapa estão colocados 2 tasselos, para alinhamento com a
parte inferior do estampo.

Nota-se que a matriz A, é regulada pelos 4 parafusos H, A


chapa I juntamente com a haste L formam o extrator.

Na parte inferior há: o prensa-chapa E, na superfície superior


do prensa-chapa E, é colocado a chapa à ser trabalhada. Dentro do prensa-chapa E encontra-
se o punção B fixado na base D.

NB. Os miolos da matriz e do punção são confeccionados com areia misturada com resinas
sintéticas.
As cascas são de Araldite com espessura de 15 ÷ 20 mm, e com tolerância de ± 0,25 mm.
6.76

Exemplo 2

PUNÇÃO E MATRIZ DE ARALDITE para prensa de DUPLO EFEITO.

Também neste caso a matriz B e o punção A são confeccionados


como no caso anterior.

A diferença do exemplo 1, é o sistema de funcionamento.

A parte inferior possui a base C sobre a qual é fixada a base D


(matriz externa) no seu interior desliza a matriz A que se apoia sobre as velas do extrator.

A parte superior possui o prensa-chapa F e o punção A, que


desliza no interior da base G presa ao trenó central da parte móvel da prensa.

Os tasselos H servem para distinguir a parte superior da parte


inferior do estampo.

Com o estampo aberto se coloca sobre o plano a chapa a ser


repuxada.

O prensa-chapa F é preso sob a superfície do trenó externo


enquanto que a base G presa ao trenó central porta-punção.

A operação de repuxo é a seguinte:

1º Desce o prensa-chapa F (segura a chapa).


2º Desce o punção A (repuxa a chapa).
3º No retorno a matriz B empurradas pelas velas E expele da
base D a peça já repuxada.
7.01

PRENSAS

PRENSAS DE FRICÇÃO
CARACTERÍSTICAS

• mesa fixa, com ranhuras "T”


• suporte regulável no próprio corpo da
prensa para colocação do motor
• volante do fuso de acionamento do martelo
fundido em aço e recapado com couro de
primeira qualidade, para uma perfeita ade-
rência aos discos de acionamento laterais
• guias prismáticas amplas e com
acabamen-to esmerado para um
deslizamento eficiente do martelo
• acionamento frontal com dispositivo que
permite a parada automática do martelo na
parte superior
• para um trabalho mais suave e com
elevado índice de precisão, o fuso de aço
trabalha em bucha de bronze de alta liga.
• o corpo da prensa é fundido numa única
peça, bem dimensionada e de altíssima ri-
gidez; além disso, um potente fuso é colo-
cado a quente em cada uma das 2 colunas,
em toda a extensão, garantindo a solidez de
toda a estrutura.
• são empregadas esferas de aço nas partes
de contato entre o martelo e o fuso, o que
garante a enorme sensibilidade de funciona
mento.
7.02

Extrator - As prensas podem ser dotadas com este equipamento que


faciIita sobremaneira as operações de retirada das peças executadas. Ao se levantar o
martelo, um dispositivo empurra automaticamente a peça, retirando-a do estampo.
7.03

PRENSAS EXCÊNTRICAS

CARACTERÍSTICAS

• mesa regulável com ranhuras "T" diagonais


• mesa sobreposta com ranhuras "T" diagonais
com furo expelidor.
• fusos laterais para regulagem da altura da
mesa
• bucha excêntrica graduada para fácil
regulagem do curso do martelo
• guias prismáticas amplas com perfeito
acabamento para um deslizamento eficiente do
martelo
• suporte regulável no corpo da prensa para
assentamento do motor
7.04

ESCOLHA DA PRENSA EXCÊNTRICA

A prensa excêntrica para uma


determinada operação de corte ou repuxo
não pode ser escolhida pela capacidade
de placa fornecida pelos fabricantes, pois
esta é a capacidade máxima que a prensa
desenvolve quase no final do curso.

A capacidade da placa ou
nominal da prensa se refere ao curso útil
de operação de ± 1 mm ( ≅ 12° 30') com
a excentricidade ao máximo.

r = excentricidade (manivela)
= ângulo da manivela no início do curso

y = curso útil da operação

C = capacidade nominal da prensa


F = força fornecida pela prensa no início da
operação
f = fator do ângulo

A força útil da prensa varia com a posição da manivela, isto


é, depende do ângulo .

Quando = 90° a prensa desenvolve a força mínima.

Para a escolha da prensa é preciso estabelecer o curso


que a operação irá necessitar e a força no início da operação.
7.05

Exemplo

Escolher a prensa excêntrica para repuxar um disco de aço


doce com D = 170 mm e e = 5 mm afim de obter uma cápsula como em figura.

2 - Força de repuxo: (vide pág. 17.69)

Fr = k π d e σ t

d 100
Sendo = = 0,58 ∴ k ≅ 0,93
D 170

Para chapas de aço de repuxo podemos escolher

t ≅ 40 Kg/mm2 logo:

Fr = 0,93 . π . 100 . 5 . 40 ≅ 5800 Kg ≅ 58,4t

3 - Capacidade da prensa:

O repuxo se inicia quando ≅ 90°, isto é, na posição em


que a capacidade desenvolvida pela prensa é mínima, portanto a capacidade de
placa deverá ser:

4,4 F 4,4 . 58,4


C = = ≅ 250 t
f 1
7.06

REGULAGEM DO CURSO E SISTEMA DE ENGATE DE UMA PRENSA EXCENTRICA


7.07

PRENSAS COM ALIMENTADORES DE FITA


7.08
7.09

Para que esta prensa possa competir com as prensas


mecânicas deve possuir: alta velocidade de trabalho e autonomia, curso, pressão e
velocidade facilmente regulável.

Os movimentos são obtidos por acionamento hidráulico ou


pneumático.
7.10

Sobre a base é fixado o macho, o qual é de liga de


alumínio e magnésio, que oferece características de ferro fundido, e apresenta melhor
faciIidade de trabalho e menor custo.
7.11

PRENSAS HIDRÁULICAS PARA REPUXO

O repuxo é um processo que


requer prensas de construção
robusta, com movimentos precisos
e guiamento perfeito, pois é um
trabalho pesado e que ao mesmo
tempo, exige rigores de tolerância.
As prensas para repuxo são
construídas com grande rigidez,
movimentos exatos e velocidades
ajustáveis. Além do elevado padrão
técnico, têm em seu circuito
hidráulico, possibilidade para
regulagem de três velocidades na
alta pressão. Isto significa que estas
prensas poderão ser ajustadas para
diversos tipos de repuxo,
proporcionando uma produção
muito superior à de outras prensas.
7.12

PRENSA HIDRÁULICA DE
SIMPLES EFEITO 250 t

PRENSA HIDRÁULICA
DE DUPLO EFEITO
1200 t (800 + 400)

Além da almofada, estas máquinas apre


sentam o martelo com a parte externa aciona
da por 4 pistões e funcionando como sujeita
dor e, a parte interna acionada por um pistão
independente e funcionando como repuxador.
7.13

PRENSA HIDRÁULICA DE DUPLO EFEITO

DADO DE PLACA:

1º efeito: 350t
Capacidade: 2º efeito: 500t
Externo: 1850 mm
Retorno: 110t Cursos máximos
Interno : 1400 mm

Mesa: 2800 x 1 500 Acionamento: Bomba de engrenagens


7.14

PRENSA HIDRÁULICA HYDROFORM

Estas prensas se distinguem das demais por estarem preparadas para


realizar estampos especiais com matrizes plásticas.

A ausência de arestas vivas nos estampos e o menor


contato entre punção e matriz e a pouca possibilidade de formação de enrugamento,
permitem realizar embutidos complexos em uma só operação, alcançando também
maiores profundidades. As prensas hydroform são construídas em diversos tamanhos
e potências; o tipo grande permite realizar o embutimento em chapa de aço doce de
9 mm de espessura, num disco de 810 mm de diâmetro no máximo, para uma
profundidade de 305 mm.
7.15

PRENSAS VIRADEIRAS OU DOBRADEIRAS MECÂNICAS


7.16

As prensas viradeiras são amplamente usadas para


dobrar, puncionar, perfurar, prensar, entalhar, enrolar, etc.
7.17
7.18
7.19

ALlMENTADOR

Alimentadores são dispositivos que fornecem as prensas,


com avanço automático da fita de aço enrolada em carretel ou em tiras aumentando a
produção com maior segurança das máquinas e dos manobristas.

Podem ser separadas ou integradas ás próprias prensas.

Há vários tipos rotativos, alternados e de rolos: os mais


simples são os de rolos.

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