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Como acontece com pessoas, acontece com organizações. Como acontece com mercados,
acontece com teorias e práticas das profissões. Saber de onde e como veio a profissão que você
escolheu é, além de respeito próprio, um dado importante para se localizar no mercado. Se não
conhecemos uma “teoria-mãe” não temos como concordar, paradoxar ou nos diferenciar já que não
se tem noções de referências. Quando assumimos uma profissão, emprestamos a ela nossos valores
pessoais e recebemos dela a oportunidade de fazer parte da sua história, como fez Taylor, Fayol,
Pacioli, Jomini, Thorpe, Eccles e tantos outros do passado ou contemporâneos.
A modernização da logística é algo tão maravilhoso e intrigante como se segue nos dias de
hoje. Sua história nos incita à reflexão sobre a importância dessa arte que se fez com a mesma
desconfiança que experimentamos em muitas empresas que, como naquele tempo, representadas
pelas forças militares, tinham outro foco e não conseguiram captar o real caminho das
transformações de suas estratégias. O erro dessas organizações em não acreditar e não desenvolver
o termo logístico que o Barão Antoine-Henri Jomini (1779-1869) introduzia no vocabulário militar
francês em 1836 (e depois no russo), fez perder o tempo, o dinheiro e o êxito tão defendidos quando
escreveu “Sumário da Arte da Guerra” onde a dividia em cinco atividades: Estratégia, grande tática,
logística, engenharia e tática menor. Foi muito lido, mas só por suas lições de estratégia e de tática.
Foi nesse ano que chegou para um curso no NWC, o Tenente-Coronel George Cyrus
Thorpe (1875-1936) que, ao perceber o silêncio dos comentaristas militares sobre a logística,
escreveu suas próprias definições em “Pure Logistics” onde distinguia estratégia e tática e defendia
que a educação, como parte da logística, preparava todo o sistema para operações eficientes. Sua
obra não conquistou muitos adeptos até que, no pós-guerra, já fora do serviço militar devido
amputação de seus dedos dos pés em 1923, dedicando-se mais aos estudos, ela veio influenciar a
estruturação militar de forma mais forte devido às confirmações daquilo que havia antecipado.
Durante o período e após a 2ª Guerra Mundial, surgia aquele considerado um dos maiores
estudiosos da logística militar e o “pai” da logística moderna, o Vice-Almirante Henry Effingham
Eccles (1898-1986) – que nada tem em comum com o físico britânico. Ele encontrou a obra de
Thorpe empoeirada e esquecida na biblioteca da NWC e, após se aprofundar, comentou que se os
EUA tivessem seguido aqueles ensinamentos, haviam economizado milhões de dólares na condução
da 2ª Guerra Mundial.
A verdadeira tomada de consciência da logística como ciência teve sua origem nas teorias
criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados
Unidos da América que, no ano de 1917, publicou o livro "Logística Pura: a ciência da preparação
para a guerra". Segundo Thorpe, a estratégia e a tática proporcionam o esquema da condução das
operações militares, enquanto a logística proporciona os meios. Assim, pela primeira vez, a logística
situa-se no mesmo nível da estratégia e da tática dentro da Arte da Guerra.
O que chama atenção é que o curso da história nos remete a uma situação semelhante aos
dias de hoje. Muitas pessoas e empresas ainda não despertaram para os tempos de necessidade do
conhecimento, da inovação e, acima de tudo, de novas atitudes empresariais, comportamentais e
ambientais. É como se aquela mesma visão contada aqui, de forma resumida e não fazendo justiça
com vários fatos e pessoas que contribuíram para essa história, ainda fosse desacreditada por muitos
que não percebem sua “morte” gradativa no mercado.
A logística empresarial que hoje experimentamos, vem desses acontecimentos e das mentes
empreendedoras daquele e desse tempo. A força só se destinou a uma “guerra” com meios
diferentes daquela. O “descansar” não faz parte de quem quer vencer; o “marchar” é para os
objetivos que se quer alcançar; o “apresentar armas” tornou-se apresentar soluções e os tiros
disparados contra pessoas era a única coisa que lá e hoje não faz “sentido” algum.
Os franceses já dizem que “logistique” , significa uma arte que trata do planejamento e
realização de vários projetos, muito utilizado durante as guerras e isso é mais visualizado hoje.
Também vem do verbo francês loger - alojar ou acolher
Salvamento
Estudo de caso
Saúde
Nas legiões guerreiras da Roma antiga também vamos encontrar os famosos "quaestore
classici" ou "questores militares", magistrados nomeados diretamente pelo Imperador para cuidar
das finanças militares tanto na paz como na guerra. Consta que autenticavam documentos através de
um sinete com as características do Acanto.