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História da Logística

Como acontece com pessoas, acontece com organizações. Como acontece com mercados,
acontece com teorias e práticas das profissões. Saber de onde e como veio a profissão que você
escolheu é, além de respeito próprio, um dado importante para se localizar no mercado. Se não
conhecemos uma “teoria-mãe” não temos como concordar, paradoxar ou nos diferenciar já que não
se tem noções de referências. Quando assumimos uma profissão, emprestamos a ela nossos valores
pessoais e recebemos dela a oportunidade de fazer parte da sua história, como fez Taylor, Fayol,
Pacioli, Jomini, Thorpe, Eccles e tantos outros do passado ou contemporâneos.

Infelizmente, muitos correram para a porta da logística e atropelaram os anfitriões. Eu


também fui um dos que passei sem nem “dizer as horas”. Hoje vejo a “careta” dos alunos de
logística quando se fala em história e depois a mesma sensação que experimentei ao saber que estou
incluído em algo no qual pessoas brilhantes prepararam o caminho que sigo agora. Não aquele que
os “Logistikas” seguiam arrendados com a missão de suprir as guerras dos antigos gregos e
romanos; talvez os idealizados inicialmente por Thorpe ou o caminho que Eccles iniciou sem a total
noção da sua contribuição para algo mais nobre do que guerras: A construção e desenvolvimento
das nações. E mais tarde, com a logística norteando a contribuição dos demais profissionais que
passaram e estão na área, veio o avanço econômico e tecnológico e a possibilidade de melhorar
sempre aquilo que, para muitos, parece o ponto final.

A modernização da logística é algo tão maravilhoso e intrigante como se segue nos dias de
hoje. Sua história nos incita à reflexão sobre a importância dessa arte que se fez com a mesma
desconfiança que experimentamos em muitas empresas que, como naquele tempo, representadas
pelas forças militares, tinham outro foco e não conseguiram captar o real caminho das
transformações de suas estratégias. O erro dessas organizações em não acreditar e não desenvolver
o termo logístico que o Barão Antoine-Henri Jomini (1779-1869) introduzia no vocabulário militar
francês em 1836 (e depois no russo), fez perder o tempo, o dinheiro e o êxito tão defendidos quando
escreveu “Sumário da Arte da Guerra” onde a dividia em cinco atividades: Estratégia, grande tática,
logística, engenharia e tática menor. Foi muito lido, mas só por suas lições de estratégia e de tática.

Os Estados Unidos se valeram da obra de Jomini “desprezando” a de Carl Phillip Gottlieb


von Calusewitz (1780-1831), outro grande estrategista militar da Prússia, que hoje faz parte da
Alemanha, e se iniciava a logística na história norte-americana por volta de 1870 com sua
introdução acentuada na Marinha 18 anos depois pelo americano Alfred Thayer Mahan, pelo
historiador inglês Julian Corbett e pelo Tenente Rogers que introduziu a logística como matéria no
NWC (Naval War College). Ambos contribuíram com o avanço naval, tecnológico e estrategista,
importante no evento da 1ª Grande Guerra em 1914.

Foi nesse ano que chegou para um curso no NWC, o Tenente-Coronel George Cyrus
Thorpe (1875-1936) que, ao perceber o silêncio dos comentaristas militares sobre a logística,
escreveu suas próprias definições em “Pure Logistics” onde distinguia estratégia e tática e defendia
que a educação, como parte da logística, preparava todo o sistema para operações eficientes. Sua
obra não conquistou muitos adeptos até que, no pós-guerra, já fora do serviço militar devido
amputação de seus dedos dos pés em 1923, dedicando-se mais aos estudos, ela veio influenciar a
estruturação militar de forma mais forte devido às confirmações daquilo que havia antecipado.

Durante o período e após a 2ª Guerra Mundial, surgia aquele considerado um dos maiores
estudiosos da logística militar e o “pai” da logística moderna, o Vice-Almirante Henry Effingham
Eccles (1898-1986) – que nada tem em comum com o físico britânico. Ele encontrou a obra de
Thorpe empoeirada e esquecida na biblioteca da NWC e, após se aprofundar, comentou que se os
EUA tivessem seguido aqueles ensinamentos, haviam economizado milhões de dólares na condução
da 2ª Guerra Mundial.

A verdadeira tomada de consciência da logística como ciência teve sua origem nas teorias
criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados
Unidos da América que, no ano de 1917, publicou o livro "Logística Pura: a ciência da preparação
para a guerra". Segundo Thorpe, a estratégia e a tática proporcionam o esquema da condução das
operações militares, enquanto a logística proporciona os meios. Assim, pela primeira vez, a logística
situa-se no mesmo nível da estratégia e da tática dentro da Arte da Guerra.

O Almirante Henry Eccles em 1945, ao encontrar a obra de Thorpe empoeirada nas


estantes da biblioteca da Escola de Guerra Naval, em Newport, comentou que, se os EUA
seguissem seus ensinamentos teriam economizado milhões de dólares na condução da 2ª Guerra
Mundial. Eccles, Chefe da Divisão de Logística do Almirante Chester Nimitz, na Campanha do
Pacífico, foi um dos primeiros estudiosos da Logística Militar, sendo considerado como o "pai da
logística moderna" Até o fim da Segunda Guerra Mundial a Logística esteve associada apenas às
atividades militares. Após este período, com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os
locais destruídos pela guerra, a logística passou também a ser adotada pelas organizações e
empresas civis.
Eccles foi autor de várias obras importantes e, após sua aposentadoria em 1952, continuava
intimamente ligado ao desenvolvimento da logística e ao conselho do NWC que o homenageou ao
nomear sua biblioteca.

Essas obras inspiraram, entre tantos, o CMG (Capitão-de-Mar-e-Guerra) da Marinha


Brasileira, Abílio Simões Machado, que em 1968 publicou “Introdução à Logística”. Mas essa área
não se desenvolvia pela falta de interesse mesmo nas Escolas de Altos Estudos Militares do Brasil,
tanto que se repetia o abandono da obra de Thorpe onde um exemplar foi encontrado numa área de
descarte para se obter mais espaço na biblioteca. Recuperado e traduzido em 2008 por Ruy Capetti,
faz parte do Patrimônio Histórico da Marinha.

O que chama atenção é que o curso da história nos remete a uma situação semelhante aos
dias de hoje. Muitas pessoas e empresas ainda não despertaram para os tempos de necessidade do
conhecimento, da inovação e, acima de tudo, de novas atitudes empresariais, comportamentais e
ambientais. É como se aquela mesma visão contada aqui, de forma resumida e não fazendo justiça
com vários fatos e pessoas que contribuíram para essa história, ainda fosse desacreditada por muitos
que não percebem sua “morte” gradativa no mercado.

A logística empresarial que hoje experimentamos, vem desses acontecimentos e das mentes
empreendedoras daquele e desse tempo. A força só se destinou a uma “guerra” com meios
diferentes daquela. O “descansar” não faz parte de quem quer vencer; o “marchar” é para os
objetivos que se quer alcançar; o “apresentar armas” tornou-se apresentar soluções e os tiros
disparados contra pessoas era a única coisa que lá e hoje não faz “sentido” algum.

Marcos Aurélio da Costa – Consultor na CAP Logística em Asfaltos e Pavimentos.

Pelo lado conceitual, Logística, vem do grego “LOGISTIKOS”, derivado do latim


“LOGISTICUS”, se traduzindo como o cálculo e raciocínio no sentido matemático. Atrelam aos
princípios das 4 operações, vindas da aritimética e álgebra. A denominação dos gregos, ou o
conjunto de algoritimos aplicados a álgebra.

Os franceses já dizem que “logistique” , significa uma arte que trata do planejamento e
realização de vários projetos, muito utilizado durante as guerras e isso é mais visualizado hoje.
Também vem do verbo francês loger - alojar ou acolher

★Enemigo a las puertas★Películas De Acción


https://www.youtube.com/watch?v=dWNEaz-hqqw

Salvamento

Estudo de caso
Saúde

Atividades de Preparação e Treinamento


M. Hesse, J.-P. Rodrigue / Journal of Transport Geography 12 (2004) 171–184

M. Hesse, J.-P. Rodrigue / Journal of Transport Geography 12 (2004) 171–184,a


Na Ilíada, de Homero, também está registrado que, na guerra de Troia, os reis incumbiam
oficiais de alta patente pela guarda e gestão dos fundos destinados ao pagamento dos soldados e das
demais despesas da campanha. Esses oficiais, nos acampamentos, utilizavam a folha de acanto –
por ser grande e ornamental – para identificar suas barracas. Assim, em situações emergenciais, eles
eram facilmente localizados. Assírios, caldeus e persas também se utilizaram de idênticos
procedimentos.

Nas legiões guerreiras da Roma antiga também vamos encontrar os famosos "quaestore
classici" ou "questores militares", magistrados nomeados diretamente pelo Imperador para cuidar
das finanças militares tanto na paz como na guerra. Consta que autenticavam documentos através de
um sinete com as características do Acanto.

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