Fichamento: TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS NA ORDEM INTERNACIONAL.

Disciplina: DIREITO DIGITAL, PROMOÇÃO DE DIREITOS E O PACTO GLOBAL

Docente: GUILHERME AMORIM CAMPOS DA SILVA

Aluno:

Özden, Melik. La Impunidad de las Empresas Transnacionales. Ginebra: Centro

Europa-Tercer Mundo (CETIM), março de 2016. ISBN: 978-2-88053-118-7.

IMPUNIDAD DE EMPRESAS TRANSNACIONALES

Este artigo investiga o impacto das empresas transnacionais (ETNs) nas violações dos
direitos humanos e no desenvolvimento socioeconómico. Abrange diferentes tipos de
violações diretas e indiretas cometidas por empresas multinacionais em diferentes
contextos ao redor do mundo. O artigo também destaca exemplos específicos de
empresas multinacionais envolvidas em violações dos direitos humanos e práticas
comerciais prejudiciais ao ambiente. Os principais pontos destacados neste artigo
incluem: Violência contra os trabalhadores: o texto observa que em vários países,
incluindo Colômbia, Guatemala, China, El Salvador, Índia, México e Turquia, cita
casos em que empresas foram acusadas de violar os direitos dos trabalhadores direitos. .
Trabalhadores jurídicos. Esses abusos incluem assassinato, assédio e condenações
injustas de líderes sindicais. Exploração Infantil: Este artigo relata casos em que
empresas agroalimentares, incluindo a Kraft Foods, foram acusadas de utilizar crianças
para colher cacau no país da África Ocidental. Isto levantou preocupações sobre as
condições de trabalho e a exploração infantil. Impacto Ambiental: Foco em empresas
que se envolvem em práticas prejudiciais ao meio ambiente, como liberação de produtos
químicos tóxicos ou contaminação do solo ou da água. O desastre da Union Carbide na
Índia e a contaminação no Delta do Níger são citados como exemplos. Acordos
comerciais desiguais: Este artigo analisa acordos comerciais desiguais entre a União
Europeia e os países africanos que podem ter um impacto negativo no desenvolvimento
destes países. Isto inclui a eliminação de tarifas sobre produtos europeus que possam ter
um impacto negativo na economia local. Jurisdição do Banco Mundial: Este artigo
explica como o Centro Internacional para Resolução de Disputas Relacionadas a
Investimentos (CIADI) do Banco Mundial é frequentemente usado por empresas
multinacionais para processar governos por alegadas violações de tratados bilaterais de
investimento. Foram citados vários casos em que Estados foram condenados a pagar
grandes somas de indemnizações a empresas multinacionais. Luta bem-sucedida na
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Bolívia: O artigo também destaca o sucesso da luta do povo boliviano contra a

privatização da água em Cochabamba, demonstrando que é possível resistir à pressão
das empresas multinacionais e proteger os direitos e a dignidade do povo. No contexto
das violações dos direitos humanos por parte das empresas transnacionais (ETN), é
importante compreender a influência desproporcional que estas empresas têm sobre os
governos e os mercados globais. A busca pelo lucro muitas vezes colide com os direitos
fundamentais das pessoas, levando a situações em que o interesse econômico prevalece
sobre a justiça social e ambiental. A exploração do trabalho infantil é um exemplo
contundente disso, onde as ETNs se beneficiam de mão de obra barata, muitas vezes em
condições de trabalho deploráveis, em busca de maximizar seus lucros. O caso da
indústria do cacau na África Ocidental, mencionado no artigo, demonstra como essa
exploração pode ser generalizada e prejudicial para o bem-estar das crianças e das
comunidades locais. Além disso, a questão ambiental desempenha um papel crucial nas
violações de direitos humanos relacionadas às atividades das ETNs. A exploração
irresponsável de recursos naturais, a poluição e os desastres ambientais são muitas vezes
causados por empresas em busca de lucro a curto prazo, sem levar em consideração os
impactos a longo prazo sobre as comunidades e o meio ambiente. A referência aos
acordos comerciais desiguais entre a União Europeia e países africanos destaca a
importância das negociações comerciais justas e equitativas. Tais acordos podem ter um
impacto significativo no desenvolvimento económico e social dos países em
desenvolvimento, colocando-os muitas vezes em desvantagem e mantendo a sua
dependência económica dos países em desenvolvimento. A utilização do Centro de
Disputas Internacionais (CIADI) do Banco Mundial por empresas multinacionais para
processar governos mostra como o sistema jurídico internacional muitas vezes favorece
as empresas em detrimento dos interesses das nações e dos seus povos. Isto põe em
causa a soberania dos Estados e a sua capacidade de implementar políticas que protejam
os direitos humanos e o bem-estar dos seus cidadãos. No entanto, o artigo também
destaca que existem histórias de sucesso em que as comunidades locais e os
movimentos sociais conseguiram resistir à influência das empresas multinacionais e
proteger os seus direitos e interesses. O exemplo da luta contra a privatização da água
em Cochabamba, na Bolívia, lembra-nos que a mobilização pública e a sensibilização
podem desempenhar um papel importante na defesa dos direitos humanos e na
prossecução de um desenvolvimento mais justo e sustentável. Em resumo, este artigo
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Docente: GUILHERME AMORIM CAMPOS DA SILVA

fornece uma análise abrangente das questões complexas que envolvem as violações dos
direitos humanos e os impactos no desenvolvimento por parte das empresas
multinacionais, e apela ao reforço contínuo da regulamentação, da transparência e da
mobilização da sociedade civil para proteger os direitos humanos. Pessoas antes do
poder. Companhia global.