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Rafael Franciolli de Lima – 201610556 – 4º Noturno

DOWBOR, L. – A era do capital improdutivo – Cap. I: A dimensão dos


desafios

No primeiro capítulo, Dowbor relata os desafios com que o mundo tem que lidar
para constituir o que conhecemos hoje em dia, desse modo, o primeiro ponto que indica
é o desafio ambiental ressaltando que a Terra está acabando para sustentar uma minoria
que explora os recursos naturais a fim de obter um benefício próprio, segundo o autor os
desejos econômicos do homem custam a degradação do meio ambiente, contaminando
aquíferos e rios de água doce. Tanto que a WWF em 2016 relatou que em 40 anos
houve uma destruição da fauna em pelo menos 52%. Dowbor continua que demoramos
para tomar medidas para solucionar como no trecho: “Mais impressionante ainda é o
efeito climático dos gases de estufa ter sido demonstrado em 1859, enquanto a primeira
discussão ampla desta ameaça ocorreu em Estocolmo em 1972. Levamos ainda 20 anos
mais para apresentar uma primeira convenção sobre o clima em 1992 no Rio de Janeiro.
Finalmente, a Conferência de Paris em 2015 decidiu que agora vamos realmente tomar
providências” (DOWBOR, 2017, p. 20). A economia cresce sem limite e o custo para
isso é o fim da fauna e flora.
O segundo desafio que Dowbor apresenta é a desigualdade crescente. Inicia o
capítulo dizendo que “No plano social, segundo o Banco Mundial, a pobreza diminuiu
em cerca de 1 bilhão de pessoas nas últimas décadas, o que representa um grande
avanço, ainda que o critério de 1,90 dólar por dia seja absurdamente baixo. Deste 1
bilhão, 700 milhões são chineses.3 É um progresso, sem dúvida. No conjunto, porém, a
realidade é que não enfrentamos o desafio do desenvolvimento equilibrado e inclusivo.
E muito menos a desigualdade”. (DOWBOR, 2017, p. 21). Outro dado alarmante que o
autor traz e que existe uma concentração de 80 trilhões de dólares em apenas 8 famílias,
equivalente à riqueza da metade da população do mundo, isto é, 1% da população
mundial concentra maior riqueza do que o resto dos 99%. Isso indica que há um
aumento da exclusão social e da pobreza estrutural no planeta. No final, Dowbor deixa
uma reflexão para uma mudança de cenário: “É o próprio conceito de governança
corporativa que precisa ser repensado. As regras do jogo precisam mudar. Não se
sustenta mais a crença de que se cada um buscar as suas vantagens individuais o
resultado será o melhor possível. Não há como escapar da necessidade de resgatar a
governança do sistema. E a janela de tempo que temos para fazê-lo é cada vez mais
estreita. ” (DOWBOR, 2017, p. 31).
Por fim, o terceiro desafio é a esterilização dos recursos financeiros que está
relacionado à pressão que o sistema financeiro age sobre a produção, tendo que o
sistema financeiro atual, mais atrapalha do que coopera, isto é, dinamiza. Ainda é
visível resquícios da crise de 2008 no mundo, pois a crise “foi enfrentada não reduzindo
as imensas brechas por onde vazam os recursos, mas transferindo somas gigantescas de
recursos públicos para compensar os vazamentos” (DOWBOR, 2017, p. 32). Como
resultado, recursos multiplicam-se por meio especulativo. A ONU, tenta promover
medidas para melhorar o sistema, criando as ODS, porém certo objetivos representam
apenas sonhos, como diz o autor. “O que nos interessa deixar claro aqui é que não é a
falta de recursos que assola o mundo, e sim o seu uso descontrolado, ou controlado
apenas por quem não tem interesse em torná-lo socialmente e economicamente útil. ”
(DOWBOR, 2017, p. 35). Desse modo, percebe-se que o desafio é mudar os recursos
afim de financiar políticas sociais para criar uma economia inclusiva e, que reverta a
destruição do meio ambiente.
Rafael Franciolli de Lima – 201610556 – 4º Noturno

DOWBOR, L. – A era do capital improdutivo – Cap. II: A rede mundial de


controle corporativo

A nova arquitetura do poder está engendrada, segundo Dowbor, por conta de


redes corporativas, isto é, corporações se articular, “conversam” cada vez mais entre si,
criando uma rede entre elas, como se fosse uma relação entre as próprias empresas. Isso
reflete na concorrência entre os próprios competidores, causando uma espécie de
oligopólio. A economia desse modo, passa a ter maior atenção nessas corporações, tanto
que Dowbor do exemplo da volatilidade do preço do petróleo por conta da organização
política e econômica instaurada à essa rede.
Outro exemplo que o autor dá por conta do sistema de redes, é a formação de
cartéis e trustes, e no trecho seguinte, o autor chama a atenção para o fenômeno: “essas
corporações atuam no mundo, enquanto as instâncias reguladoras estão fragmentadas
em 200 países” (Dowbor, 2017, p. 47). Dowbor continua apresentando o clube dos
ricos, que seriam grupos norte-americanos e europeus que contribuem com o
desequilíbrio do sistema, e que são poucos que controlam os recursos produzidos pela
sociedade, dando o exemplo da “batalha, já mencionada, para se reduzir os impostos
que pagam os muito ricos, para evitar taxação sobre transações financeiras, ou ainda
para evitar o controle dos paraísos fiscais. ” (DOWBOR, 2017, p. 50). No final do
capítulo, Dowbor demosntra que as grandes corporações são muito maiores que sua
capacidade de gestão do mercado, mas tem um poder forte demais para ser regulado por
governos eleitos.

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