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Rafael Franciolli de Lima – 201610556 – 4º Noturno

Marx, K. – O capital, volume III – Cap. XXV: Crédito e Capital Fictício

Marx entra na análise iniciada o capítulo tratando sobre crédito comercial que
entre os produtores de mercadorias e comerciantes já tem um desenvolvimento a
partir do simples movimento de mercadorias e da função do dinheiro como forma de
pagamento, desse modo a base desse sistema é o pagamento prorrogado, isto é, que
a mercadoria não é vendida por dinheiro físico, mas sim por uma promessa escrita
com certa data.
Então, na medida que essas cartas circulam até o vencimento, elas também
constituem um método de pagamento, pois, se forem anulados pela compensação
entre o crédito e a dívida, não funciona como dinheiro devido serem compensados,
sendo assim, é uma espécie de dinheiro que circula entra o mercado como forma de
pagamento e que acabam se compensando, mas não é físico, real.
O crédito bancário, segundo Marx, são notas do banco que não é baseado no
dinheiro-moeda, mas sim pela circulação do câmbio, ou seja, está ligado ao
desenvolvimento do comércio monetário e nas atividades dos banqueiros para
realizar a circulação de capitais tanto comercial quanto industrial para a reprodução
do próprio capital.
Portanto os banqueiros possuem como finalidade de administrador do capital
monetário, em outras palavras, são os intermediadores entre os credores e o
montante de capital monetário. Finalmente, Marx aponta para uma expressão final
do crédito bancário “a administração do capital gerador de juros ou capital
monetário, como uma função particular dos banqueiros. O crédito bancário torna-se
um empréstimo de dinheiro, que se desenvolve a partir dele mesmo.
Para Marx o "capital de empréstimo", isto é, a massa de dinheiro que os
bancos emprestam, certas formas. Uma reserva de fundos que esteja disponível ou
que concentre o dinheiro de comerciantes e industriais, mas que haja um limite de
“saque”. O depósito dos credores e junção das poupanças atraídos pelo pagamento
de juros bancários, sendo que neste último o dinheiro que entra em circulação
funciona como dinheiro e, em seguida, os bancos confiam no crédito nacional e
emitem as notas de pagamento.
Isso gera um efeito de especulação do crédito, pois quanto mais fácil o
adiantamento para fazer a compra/venda de algo que não foi realizado, maiores
serão as solicitações de empréstimo de crédito e assim aumentar e criar um ciclo de
pegar mais crédito afim de produzir mercadorias que não foram vendidas para pegar
empréstimos. Então Marx encerra com a história do comércio inglês apresentando a
maneira como o mundo dos negócios de um país pode ser vítima desse tipo de
negociação e que pode ter riscos por conta do que o crédito pode fazer.
Rafael Franciolli de Lima – 201610556 – 4º Noturno

Marx, K. – O capital, volume III – Cap. XXVII: Meios de Circulação e


Capital.
Neste capítulo, Marx destaca pontos centrais com relação à dinâmica do
movimento econômico. Apresentando que o sistema crediário é necessário para o
equacionamento da taxa de lucro. Outro ponto é a redução dos custos de circulação, em
que seu próprio custo é o dinheiro e pode ser economizado se ficar de fora das
transações ou até mesmo substituí-lo por outro papel-moeda.
Permitir que a incorporação de empresas por ações pode levar à uma grande
extensão da escala de produção ou adotar o capital diretamente dos indivíduos
diretamente associados. Sendo assim, transformaria o capitalista em um administrador
de capital estrangeiro e de outras propriedades do capital. Por fim permite que os
capitalistas se disponham de capital social de fora, convertendo o próprio capital em
outra estrutura de crédito, podendo cooperar no modo de vida luxuoso
Nesse sentido, o crédito confere cada vez mais, o caráter de especulação, isto é,
vira uma espécie de jogo do mercado de ações. Aqui Marx demonstra os problemas das
cooperativas, em que o “Esse sistema de crédito, que constitui a base principal para a
transformação paulatina das empresas capitalistas privadas em sociedades capitalistas
por ações, proporciona também os meios para a expansão paulatina das empresas
cooperativas em escala mais ou menos nacional” (MARX, p 334)
Marx enxerga meios de transição do regime capitalista e o regime de produção
associado. O trecho abaixo apresenta a importância geral do crédito em relação à
dinâmica do desse sistema:
“Se o sistema de crédito aparece como a alavanca principal da superprodução e
da super especulação no comércio é só porque o processo de reprodução, que é elástico
por sua natureza, é forçado aqui até seus limites extremos, e é forçado precisamente
porque grande parte do capital social é aplicada por não-proprietários do mesmo, que
procedem, por isso, de maneira bem diversa do proprietário, que avalia receosamente os
limites de seu capital privado, à medida que ele mesmo funciona. Com isso ressalta
apenas que a valorização do capital, fundada no caráter antitético da produção
capitalista, permite o desenvolvimento real, livre, somente até certo ponto, portanto
constitui na realidade um entrave e limite imanentes ã produção, que são rompidos pelo
sistema de crédito de maneira incessante” (MARX, p. 335)

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