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Escola faz teatro contra

dengue
Natália Scarabotto
Nelson Donato
especiais para o Diário

No auditório da Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino


Fundamental) Parque Andreense, os alunos esperam ansiosamente pela
peça de teatro. Enquanto isso, nos bastidores, os colegas se
transformam em pequenos atores. As luzes se apagam e o show
começa: uma tarde inteira de apresentações cujo tema é o mosquito
Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya.

A ação é parte do projeto Santo André & Os Agentes Contra o Aedes,


que é desenvolvido pelas secretarias de Educação e Cultura em parceria
com o Diário.

As turmas da Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental


encenaram diferentes histórias sobre o tema durante toda a sexta-feira.
Todos os contos passavam a mesma mensagem: é importante combater
o mosquito.

“Tem muita gente morrendo por causa da dengue. Já cuido lá em casa


para não ter foco do mosquito, mas precisa falar para as outras pessoas
tomarem cuidado também”, disse Gustavo Felipe Sovene, 10 anos.

Os alunos do último ano apresentaram a história de dois vizinhos que


ficaram doentes porque uma das famílias não se preocupou com os
focos do mosquito. Durante a peça, as formas de prevenção e os
sintomas foram ressaltados. “Acho que todo mundo conseguiu se divertir
e aprender ao mesmo tempo”, afirmou David Olavo, 10.

O ponto alto do show foi a interação com a plateia. Os alunos fantasiados


de Aedes aegypti passaram entre as fileiras ‘picando’ os colegas para
mostrar o perigo do inseto. “Foi muito legal. A música ajudou a deixar
mais sério. Não esperava que eles se assustassem e ficassem tão
envolvidos”, afirmou Kaique Alves Lopes, 10.

Para Joyce Oliveira, 9, que assistiu às apresentações, a ideia foi


importante e positiva. “Aprendi bastante com eles, por exemplo, que não
pode deixar água parada nas garrafas, vasos de flor e pneus. Tem que
limpar tudo sempre, senão o mosquito nasce.”

A Emeief realiza atividades sobre o Aedes aegypti desde fevereiro. Os


estudantes fizeram pesquisas, cartazes e murais informativos nas aulas.

“Trabalhamos o tema da dengue como alerta e conscientização. Muitos


alunos moram em áreas com quintal, onde pode ter água parada e
apresentar algum risco”, afirmou a assistente pedagógica da unidade,
Morgana Nery.

A iniciativa está dando resultado e deve ser expandida pelos educadores.


“Eles podem repassar o que aprendem para os pais. Queremos trazer as
famílias para assistir às peças”, ressaltou Morgana.

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