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LEGISLAÇÃO DO CBMPA

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO


LEGISLAÇÃO DO CBMPA

Art. 3º - Os integrantes da Polícia Militar, em razão da


destinação constitucional da Corporação e em
LEGISLAÇÃO DO CBMPA decorrência das Leis vigentes, constituem uma categoria
especial de servidores públicos estaduais, sendo
denominados Policiais-Militares.
§ 1º - Os Policiais-Militares encontram-se em uma das
seguintes situações:
PROGRAMA:
LEGISLAÇÃO DO CBMPA: I - NA ATIVA:
Lei nº 5.251 de 31 de julho de 1985 - Estatuto dos
a) Os Policiais-Militares de Carreira;
Policiais Militares da Polícia Militar do Estado do Pará. Lei
nº 9.161, de 13 de janeiro de 2021 - Código de Ética e b) Os incluídos na Polícia Militar, voluntariamente,
Disciplina do Corpo de Bombeiros Militar do Pará. durante os prazos que se obrigam a servir;
c) Os componentes da reserva remunerada da Polícia
Militar, quando convocados para o serviço ativo;
ESTATUTO DOS MILITARES DA PMPA
d) Os alunos de órgão de formação de Policiais-Militares
da ativa.
II - NA INATIVIDADE:
LEI Nº 5.251 DE 31 DE JULHO DE 1985* a) Na reserva remunerada, quando pertencem à Reserva
da Corporação e percebem remuneração do Estado,
estando sujeitos, ainda, à prestação de serviços na
Dispõe sobre o Estatuto dos Policiais- atividade, mediante convocação;
Militares da Polícia Militar do Estado do
Pará e dá outras providências. b) Os reformados, quando, tendo passado por uma das
situações anteriores, estiverem dispensados
definitivamente da prestação de serviço na ativa,
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ, continuando, entretanto, a perceber remuneração do
estatui e eu sanciono seguinte Lei: Estado.
§ 2º - Os Policiais-Militares de carreira são os que no
desempenho voluntário e permanente do serviço
ESTATUTO DOS POLICIAIS-MILITARES DA POLÍCIA
Policial-Militar tem vitaliciedade assegurada ou
MILITAR DO ESTADO DO PARÁ
presumida.
Art. 4º - O serviço policial-Militar consiste no exercício de
TÍTULO I atividades inerentes à Polícia Militar e compreende
GENERALIDADE todos os encargos previstos na legislação específica,
relacionados com a manutenção da ordem pública e a
CAPÍTULO I segurança interna no Estado do Pará.
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 5º - A carreira Policial-Militar é caracterizada pela
Art. 1º - O presente Estatuto regula a situação, atividade continuada e inteiramente devotada às
obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos finalidades precípuas da Polícia Militar, denominada
Policiais-Militares do Pará. atividade Policial-Militar.

Art. 2º - A polícia Militar do Pará, instituída para a § 1º - A carreira de Policial-Militar é privativa do pessoal
manutenção da ordem pública e segurança interna do da ativa. Inicia-se com o ingresso na Polícia Militar e
Estado, considerada Força Auxiliar Reserva do Exército é obedece a sequência de graus hierárquicos.
Instituição permanente, organizada com base na § 2º - É privativo de brasileiro nato a carreira de Oficial
hierarquia e disciplina. da Polícia Militar.
Parágrafo Único - A Polícia Militar vincula-se Art. 6º - Os Policiais-Militares da reserva remunerada
operacionalmente à Secretaria de Estado de Segurança poderão, mediante aceitação voluntária, ser designados
Pública e subordina-se administrativamente ao para o serviço ativo, em caráter transitório, por proposta
Governador do Estado. do Comandante Geral e ato do Governador do Estado.

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Art. 7º - São equivalentes às expressões "na ativa", "da Art. 14 - Círculos hierárquicos são âmbitos de
- LEI
ativa", "em serviço ativo", "em serviço na ativa", "em 5.810/94
convivência entre os Policiais-Militares da mesma
serviço", "em atividade" e "em atividade Policial Militar", categoria e tem a finalidade de desenvolver o espírito de
conferidas aos Policiais-Militares no desempenho de camaradagem, em ambiente de estima e confiança sem
cargo, comissão, encargo, incumbência ou missão, prejuízo do respeito mútuo.
serviço ou atividade Policial-Militar ou considerada de
Art. 15 - Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica
natureza Policial-Militar, nas Organizações Policiais-
na Polícia Militar são os fixados nos parágrafos e quadro
Militares da Polícia Militar, bem como em outros órgãos
seguintes:
do Governo do Estado ou da União, quando previstos em
Lei ou Regulamento. § 1º - Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por
ato do Governador do Estado e confirmando em Carta
Art. 8º - A condição jurídica dos Policiais-Militares da
Patente.
Polícia Militar do Estado do Pará é definida pelos
dispositivos constitucionais que lhes forem aplicáveis, § 2º - Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido
por este Estatuto, pelas Leis e pelos Regulamentos que pelo Comandante Geral da Polícia Militar.
lhes outorgam direitos e prerrogativas e lhes impõem § 3º - Os Aspirantes a Oficial PM e alunos da Escola de
deveres e obrigações. Formação de Policial-Militar são denominados praças
Art. 9º - O disposto neste Estatuto aplica-se, no que especiais.
couber, aos Policiais-Militares reformados e aos da § 4º - Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos
reserva remunerada. quadros de oficiais e praças, são fixados separadamente,
para cada caso, em Lei de Organização Básica da
Corporação.
CAPÍTULO II
§ 5º - Sempre que o Policial-Militar da reserva
DO INGRESSO NA POLÍCIA MILITAR
remunerada ou reformado, fizer uso do posto ou
Art. 10 - Revogado. (Lei 6.626/04) graduação, deverá fazê-lo com as abreviaturas
respectivas de sua situação.
Art. 11 - Revogado. (Lei 6.626/04)
Art. 12 - Revogado. (Lei 6.626/04)

CAPÍTULO III
DA HIERARQUIA POLICIAL-MILITAR E DA DISCIPLINA
Art. 13 - A hierarquia e a disciplina são a base
institucional da Polícia Militar, crescendo a autoridade e
responsabilidade com a elevação do grau hierárquico.
§ 1º - A hierarquia Policial-Militar é a ordenação da
autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura da
Polícia Militar, por postos ou graduações. Dentro de um
mesmo posto ou graduação, a ordenação faz-se pela
antiguidade nestes, sendo o respeito à hierarquia
consubstanciado no espírito de acatamento à sequência
da autoridade.
§ 2º - Disciplina é a rigorosa observância e acatamento
integral da legislação que fundamenta o organismo
Policial-Militar e coordena seu funcionamento regular e
harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do
dever por parte de todos e de cada um dos componentes
desse organismo.
§ 3º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser
mantidos em todas as circunstâncias pelos Policiais-
Militares em atividade ou na inatividade.

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CÍRCULO E ESCALA HIERÁRQUICA NA POLÍCIA MILITAR § 1º - A antiguidade em cada posto ou graduação é


contada a partir da data da assinatura do ato da
respectiva promoção, nomeação, declaração ou
HIERARQUIZAÇÃO POSTOS E GRADUAÇÕES inclusão, salvo quando estiver taxativamente fixada a
Coronel PM outra data.
CÍRCULO DE OFICIAIS § 2º - No caso de ser igual a antiguidade, referida no
Tenente Coronel PM
SUPERIORES parágrafo anterior, é ela estabelecida:
Major PM
a) Entre os Policiais-Militares do mesmo Quadro, pela
CÍRCULO DE OFICIAIS posição nas respectivas escalas numéricas ou registros
Capitão PM
INTERMEDIÁRIOS existentes na Corporação;
CIRCULO DE OFICIAIS 1º Tenente PM b) Nos demais casos, pela antiguidade no posto ou na
SUBALTERNOS 2º Tenente PM graduação anterior, se, ainda assim, subsistir a igualdade
de antiguidade recorrer-se-á, sucessivamente, aos graus
PRAÇAS ESPECIAIS hierárquicos anteriores, a data de praça e a data de
FREQUENTAM O nascimento para definir a precedência e neste último
CÍRCULO DE OFICIAIS Aspirante - a - Oficial PM caso, o de mais idade será considerado o mais antigo;
SUBALTERNOS c) Entre os alunos de um mesmo órgão de formação de
EXCEPCIONALMENTE OU Policiais-Militares, de acordo com o Regulamento do
EM REUNIÕES SOCIAIS, respectivo órgão, se não estiverem especificamente
Aluno Oficial PM enquadrados nas letras "a" e "b";
TEM ACESSO AO
CÍRCULO DE OFICIAIS . d) Na existência de mais de uma data de praça, prevalece
a antiguidade do Policial-Militar, referente a última data
EXCEPCIONALMENTE OU
de praça na Corporação, se não estiver, especificamente
EM REUNIÕES SOCIAIS,
enquadrada nas letras "a", "b" e "c".
TEM ACESSO AO
Aluno do CFS PM
CÍRCULO DE § 3º - Em igualdade de posto ou graduação, os Policiais-
SUBTENENTES E Militares em atividade, têm precedência sobre os da
SARGENTOS inatividade.
PRAÇAS § 4º - Em igualdade de posto ou graduação, a
precedência entre os Policiais-Militares de carreira na
Subtenente PM
ativa e os da reserva remunerada, quando estiverem
CÍRCULO DE 1º Sargento PM convocados, é definida pelo tempo de efetivo serviço no
SUBTENENTES E posto ou graduação.
SARGENTOS 2º Sargento PM
3º Sargento PM § 5º - Nos casos de nomeação coletiva, a hierarquia será
definida em consequência dos resultados de concursos a
Cabo PM que forem submetidos os candidatos à Polícia Militar. §
Soldado PM 1ª Classe 5º Após a conclusão do Curso de Adaptação de Oficiais,
os oficiais dos Quadros de Saúde, Capelão e
CÍRCULO DE CABOS E Soldado PM 2ª Classe Complementar terão sua antiguidade definida, em suas
SOLDADOS respectivas categorias, de acordo com a ordem de
Soldado PM 3ª Classe
classificação intelectual obtida no referido curso.
Soldado PM Classe (Alterado pela Lei nº 8.974, de 13 de janeiro de 2020)
Simples

Art. 16 - A precedência entre Policiais-Militares da ativa,


do mesmo grau hierárquico, é assegurada pela
antiguidade no posto ou graduação, salvo nos casos de
precedência funcional estabelecida em Lei ou
Regulamento.

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Art. 17 - A precedência entre as praça especiais e as CAPÍTULO IV


demais praças é assim regulada: - LEI 5.810/94
DO CARGO E DA FUNÇÃO POLICIAL-MILITAR
I- Os Aspirantes-a-Oficial PM/BM são hierarquicamente
Art. 21 - Cargo de Policial-Militar é um conjunto de
superiores as demais praças e frequentam o Círculo de
deveres e responsabilidades inerentes ao Policial-Militar
Oficiais Subalternos;
em serviço ativo.
II- Os alunos da Escola de Formação de Oficiais são
§ 1º - O Cargo Policial-Militar a que se refere este artigo
hierarquicamente superiores aos subtenentes PM/BM;
é o que se encontra especificado nos Quadros de
III- Os Cabos PM/BM tem precedência sobre os alunos do Organização ou previsto, caracterizado ou definido como
Curso de Formação de Sargentos, que a eles são tal em outras disposições legais.
equiparados, respeitada a antiguidade relativa.
§ 2º - As atribuições e obrigações inerentes ao cargo
Art. 18 - Na Polícia Militar será organizado o registro de Policial-Militar devem ser compatível com o
todos os oficiais e graduados, em atividade, cujos correspondente grau hierárquico e, no caso da Policial-
resumos constarão dos Almanaques da Corporação. militar, às restrições fisiológicas próprias, tudo definido
em legislação ou regulamentação específica.
§ 1º - Os Almanaques, um para oficiais e aspirantes-a-
oficial e outros para subtenentes e sargentos da Polícia Art. 22 - Os cargos Policiais-Militares são providos com
Militar conterão respectivamente, a relação nominal de pessoal que satisfaça aos requisitos de grau hierárquico
todos aqueles oficiais e praças em atividade, distribuídos e de qualificação exigidos para o seu desempenho.
por seus Quadros, de acordo com seus postos,
Parágrafo Único - O provimento de cargo Policial-Militar
graduações e antiguidade.
se faz por ato de nomeação, de designação ou
§ 2º - A Polícia Militar manterá um registro de todos os determinação expressa de autoridade competente.
dados referentes ao pessoal da ativa e da reserva
Art. 23 - O cargo de Policial-Militar é considerado vago
remunerada, dentro das respectivas escalas numéricas,
partir de sua criação ou desde o momento em que o
segundo instruções baixadas pelo Comandante Geral.
Policial-Militar, exonerado, dispensado ou que tenha
Art. 19 - Os alunos oficial PM/BM, por conclusão de recebido determinação expressa de autoridade
Curso, serão declarados aspirantes-a-oficial PM/BM por competente, o deixe e até que outro Policial-Militar
ato do Comandante Geral, na forma especificada em tome posse, de acordo com a norma de provimento
Regulamento. prevista no parágrafo único do artigo 22.
Art. 20 - O ingresso no Quadro de Oficiais será por Parágrafo Único - Consideram-se também vagos os
promoção do aspirante-a-oficial PM/BM para o Quadro cargos Policiais-Militares cujos ocupantes tenham:
de Oficiais e Combatentes e, mediante concurso entre
a) Falecido;
diplomados por Faculdades reconhecidas pelo Governo
Federal, para os Quadros que exijam este requisito. b) Sido considerados extraviados;
§ 1º - O ingresso no Quadro de Oficiais especialistas e de c) Sido considerados desertores.
administração, será regulado por legislação específica. Art. 24 - Função Policial-Militar é o exercício das
§ 2º - Em caso de igualdade de posto os oficiais que atribuições inerentes aos cargos Policial-Militar, exercida
possuírem o Curso de Formação de Oficiais terão por oficiais e praça da Polícia Militar, com a finalidade de
precedência sobre os demais. preservar, manter e estabelecer a ordem pública e
segurança interna, através das várias ações policiais ou
§ 3º - Excetuados os oficiais de Quadro Técnico, no
militares, em todo o território do Estado.
exercício de cargo privativo de sua especialidade, e
respeitadas as restrições do artigo 16, os demais oficiais Art. 25 - Dentro de uma mesma Organização Policial-
não poderão exercer Comando, Chefia ou Direção sobre Militar, a sequência de substituições para assumir cargos
os Oficiais possuidores do Curso de Formação de Oficiais. ou responder por funções, bem como as normas,
atribuições e responsabilidades relativas, são
estabelecidas na legislação específica, respeitadas a
precedência e a qualificação exigidas para o cargo ou
para o exercício da função.

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Art. 26 - O Policial-Militar, ocupante de cargo provido em SEÇÃO II


caráter efetivo ou interino, de acordo com o parágrafo
DA ÉTICA POLICIAL-MILITAR
único do artigo 22, faz jus aos direitos correspondentes
ao cargo, conforme previsto em Lei.
Art. 27 - As atribuições que, pela generalidade, Art. 30 - O sentimento do dever, o pundonor Policial-
peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não são Militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos
catalogadas como posições tituladas em Quadros de integrantes da Polícia Militar, conduta moral e
Organização ou dispositivo legal são cumpridas como profissional, irrepreensíveis, com observância dos
encargos, comissão, incumbência ou atividade Policial- seguintes preceitos da ética Policial-Militar:
Militar, ou de natureza Policial-Militar. I- Amar a verdade e a responsabilidade como
Parágrafo Único - Aplica-se, no que couber, a encargos, fundamentos da dignidade pessoal;
incumbência, comissão, serviço ou atividade Policial- II- Exercer, com autoridade, eficiência e probidade as
Militar, ou de natureza Policial-Militar, o disposto neste funções que lhe couberem em decorrência do cargo;
capítulo para o cargo Policial-Militar.
III- Respeitar a dignidade da pessoa humana;
Art. 28 - A qualquer hora do dia ou da noite, na sede da
Unidade ou onde o serviço o exigir, o Policial-Militar deve IV- Acatar as autoridades civis;
estar pronto para cumprir a missão que lhe for confiada V- Cumprir e fazer cumprir as Leis, os regulamentos, as
pelos seus superiores hierárquicos ou imposta pelas Leis instruções e as ordens das autoridades competentes;
e Regulamentos.
VI- Ser justo e imparcial nos julgamentos dos atos e na
apreciação do mérito dos subordinados;
TÍTULO II VII- Zelar pelo preparo moral, intelectual e físico, próprio
DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS- e dos subordinados, tendo em vista o cumprimento da
MILITARES missão comum;
VIII- Praticar a camaradagem e desenvolver,
permanentemente, o espírito de cooperação;
CAPÍTULO I
IX- Empregar todas as suas energias em benefício do
DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS-MILITARES serviço;
SEÇÃO I X- Ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua
DO VALOR POLICIAL-MILITAR linguagem escrita e falada;
Art. 29 - São manifestações essenciais do valor Policial- XI- Abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de
Militar: matéria sigilosa de qualquer natureza;
I- O sentimento de servir à comunidade estadual, XII- Cumprir seus deveres de cidadão;
traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever XIII- Proceder de maneira ilibada na vida pública e na
Policial-Militar e pelo integral devotamento à particular;
manutenção da ordem pública, mesmo com o risco da
própria vida; XIV- Observar as normas da boa educação;

II- O civismo e o culto das tradições históricas; XV- Garantir assistência moral e material ao seu lar e
conduzir-se como chefe de família modelar;
III- A fé na missão elevada da Polícia Militar;
XVI- Conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na
IV- O espírito de corpo, orgulho do Policial-Militar pela inatividade, de modo a que não sejam prejudicados os
Organização onde serve; princípios da disciplina do respeito e do decoro Policial-
V- O amor à profissão Policial-Militar e o entusiasmo com Militar;
que é exercida; XVII- Abster-se de fazer uso do posto ou graduação para
VI- O aprimoramento técnico-profissional. obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para
encaminhar negócios particulares ou de terceiros;

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XVIII- Abster-se o Policial-Militar, na inatividade, do uso IV- A disciplina e o respeito à hierarquia;


das designações hierárquicas quando: - LEI 5.810/94
V- O rigoroso cumprimento das obrigações e ordens;
a) Em atividade político-partidária;
VI- A obrigação de tratar o subordinado dignamente e
b) Em atividade comerciais ou industriais; com urbanidade;
c) Para discutir ou provocar discussões pela imprensa a VII- O trato urbano, cordial e educado para com os
respeito dos assuntos políticos ou Policiais-Militares, cidadãos;
excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, se
VIII- A manutenção da ordem pública;
devidamente autorizado;
IX- A segurança da comunidade.
d) No exercício de cargo ou de função de natureza civil
mesmo que seja da administração pública; SEÇÃO II
XIX- Zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um DO COMPROMISSO POLICIAL-MILITAR
de seus integrantes, obedecendo e fazendo obedecer Art. 34 - Todo cidadão, após ingressar na Polícia Militar,
aos preceitos da ética Policial-Militar. mediante inclusão, matrícula ou nomeação, prestará
Art. 31 - Ao Policial-Militar da ativa é vedado comerciar compromisso de honra, no qual afirmará a sua aceitação
ou tomar parte na administração ou gerência de consciente das obrigações e dos deveres Policiais-
sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como Militares e manifestará a sua firme disposição de bem
acionista ou quotista em sociedade anônima ou por cumpri-los.
quotas de responsabilidade limitada. Art. 35 - O compromisso a que se refere o artigo anterior,
§ 1º - Os Policiais-Militares da reserva remunerada, terá caráter solene e será prestado na presença de tropa,
quando convocados ficam proibidos de tratar, nas tão logo o Policial-Militar tenha adquirido o grau de
Organizações Policiais-Militares e nas repartições instrução compatível com o perfeito entendimento de
públicas civis, de interesse de organizações ou empresas seus deveres como integrante da Polícia Militar,
privadas de qualquer natureza. conforme, os seguintes dizeres: "Ao ingressar na Polícia
Militar do Pará, prometo regular minha conduta pelos
§ 2º - Os Policiais-Militares da ativa, podem exercer,
preceitos da moral, cumprir rigorosamente as ordens das
diretamente, a gestão de seus bens, desde que não
autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me,
infrinjam o disposto no presente artigo.
inteiramente, ao serviço Policial-Militar, à manutenção
Art. 32 - O Comandante Geral da Polícia Militar poderá da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo
determinar aos Policiais-Militares da ativa que, no com o sacrifício da própria vida".
interesse da salvaguarda da dignidade dos mesmos,
Parágrafo Único - O compromisso do Aspirante-a-Oficial
informem sobre a origem e natureza dos seus bens,
PM/BM é prestado na solenidade de declaração de
sempre que houver razões que recomendem tal medida.
Aspirante-a-Oficial, de acordo com o cerimonial previsto
no regulamento do Estabelecimento de ensino e terá os
seguintes dizeres: "Perante a Bandeira do Brasil e pela
CAPÍTULO II
minha honra, prometo cumprir os deveres de Oficial da
DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES Polícia Militar do Pará e dedicar-me inteiramente ao seu
SEÇÃO I serviço".

DA CONCEITUAÇÃO SEÇÃO III

Art. 33 - Os deveres Policiais-Militares emanam de DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO


vínculos racionais e morais que ligam o Policial-Militar a Art. 36 - Comando é a soma de autoridade, deveres e
sua Corporação e ao serviço que a mesma presta à responsabilidades de que o Policial-Militar é investido
comunidade, e compreendem: legalmente, quando conduz homens ou dirige uma
I- A dedicação integral ao serviço Policial-Militar e a Organização Policial Militar. O Comando é vinculado ao
fidelidade à instituição a que pertencem, mesmo com o grau hierárquico e constitui prerrogativa impessoal, na
sacrifício da própria vida; qual se define e se caracteriza como Chefe.

II- O Culto aos símbolos nacionais; Parágrafo Único - Aplica-se à Direção e à Chefia de
Organização Policial-Militar, no que couber, o
III- A probidade e a lealdade em todas as circunstâncias; estabelecido para o Comando.

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Art. 37 - A subordinação não afeta, de modo algum, a § 2º - No concurso de crime militar ou contravenção e de
dignidade pessoal do Policial-Militar e decorre, transgressão disciplinar, será aplicada somente à pena
exclusivamente, da estrutura hierarquizada da Polícia relativa ao crime.
Militar.
Art. 44 - A inobservância ou falta de exação no
Art. 38 - O Oficial é preparado, ao longo da carreira, para cumprimento dos deveres especificados nas Leis e
o exercício do Comando, da Chefia e da Direção das Regulamentos, acarreta para o Policial-Militar,
Organizações Policiais-Militares. responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinar ou
penal, consoante a legislação específica em vigor.
Art. 39 - Os Subtenentes e Sargentos auxiliam ou
complementam as atividades dos Oficiais, quer no Parágrafo Único - A apuração da responsabilidade
adestramento e emprego de meios, quer na instrução e funcional, pecuniária, disciplinar ou penal poderá
na administração; deverão ser empregados na execução concluir pela incompatibilidade do Policial-Militar com o
de atividade de policiamento ostensivo fardado. cargo ou pela incapacidade do exercício das funções
Policiais-Militares a ele inerentes.
Parágrafo Único - No exercício das atividades
mencionadas, neste artigo e no comando de elementos Art. 45 - O Policial-Militar que, por atuação, se tornar
subordinados, os Subtenentes e Sargentos deverão incompatível com o cargo ou demonstrar incapacidade
impor-se pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade no exercício de funções Policiais-Militares a ele
profissional e técnica, incumbindo-lhes assegurar a inerentes, será afastado do cargo.
observância minuciosa e ininterrupta das ordens, das
§ 1º - São competentes para determinar o imediato
regras do serviço e das normas operativas pelas praças
afastamento do cargo ou impedimento do exercício da
que lhes estiverem diretamente subordinadas e a
função:
manutenção da coesão e da moral das mesmas praças
em todas as circunstâncias. a) O Governador do Estado;
Art. 40 - Os Cabos e Soldados são, essencialmente, b) O Comandante Geral da Polícia Militar;
elementos de execução. c) Os Comandantes, os Chefes e os Diretores de
Art. 41 - Às Praças especiais cabe a rigorosa observância Organizações Policiais-Militares, na conformidade da
das prescrições dos Regulamentos do estabelecimento legislação ou regulamentação específica sobre a matéria.
de ensino Policial-Militar, onde estiverem matriculadas, § 2º - O Policial-Militar afastado do cargo, nas condições
exigindo-se-lhes inteira dedicação ao estudo e ao mencionadas neste artigo, ficará privado do exercício de
aprendizado técnico-profissional. qualquer função Policial-Militar, até a solução final do
Art. 42 - Ao Policial-Militar cabe a responsabilidade processo ou das providências legais que couberem no
integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que caso.
emitir e pelos atos que praticar. Art. 46 -São proibidas quaisquer manifestações coletivas,
tanto sobre atos superiores, quanto as de caráter
reivindicatório ou político.
CAPÍTULO III
DA VIOLAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES
POLICIAIS-MILITARES SEÇÃO II
SEÇÃO I DOS CRIMES MILITARES
DA CONCEITUAÇÃO Art. 47 - O Código Penal Militar relaciona e classifica os
crimes militares, em tempo de paz e em tempo de
Art. 43 - A violação das obrigações ou dos deveres
guerra, e dispõe sobre a aplicação aos Policiais-Militares
Policiais-Militares constituirá crime, contravenção ou
das penas correspondentes aos crimes por eles
transgressão disciplinar, conforme dispuser a legislação
cometidos.
ou regulamentação específica.
Art. 48 - Aplicam-se, no que couber, aos Policiais-
§ 1º - A violação dos preceitos da ética Policial-Militar é
Militares, as disposições estabelecidas na legislação
tão mais grave quanto mais elevado for o grau
penal militar.
hierárquico de quem a cometer.

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SEÇÃO III TÍTULO III


- LEI 5.810/94
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES DOS DIREITOS E DAS PRERROGATIVAS DOS POLICIAIS
MILITARES
Art. 49 - O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar
especificará e classificará as transgressões e estabelecerá CAPÍTULO I
as normas relativas à amplitude e aplicação das penas
DOS DIREITOS
disciplinares, a classificação do comportamento Policial-
Militar e a interposição de recursos contra as penas SEÇÃO I
disciplinares. DA ENUMERAÇÃO
§ 1º - A pena disciplinar de detenção ou prisão não pode Art. 52 - São direitos dos Policiais-Militares:
ultrapassar a 30 (trinta) dias.
I- A garantia da patente quando oficial, em toda a sua
§ 2º - À praça especial aplicam-se, também, as plenitude, com as vantagens, prerrogativas e deveres a
disposições disciplinares previstas no Regulamento do ela inerentes;
estabelecimento de ensino onde estiver matriculado.
II- A percepção de remuneração correspondente ao grau
hierárquico superior ou melhoria da mesma quando, ao
SEÇÃO IV ser transferido para a inatividade, contar mais de 30
(trinta) anos de serviço;
DOS CONSELHOS DE JUSTIFICAÇÃO E DE DISCIPLINA
III- A remuneração calculada com base no soldo integral
Art. 50 - O Oficial, presumivelmente incapaz de
do posto ou graduação, quando, não contando 30
permanecer como Policial-Militar da ativa, será, na forma
(trinta) anos de serviço, for transferido para a reserva
da legislação específica, submetido a Conselho de
remunerada, ex-offício, por ter sido atingido pela
Justificação.
compulsória de qualquer natureza;
§ 1º - O Oficial, ao ser submetido a Conselho de
IV- Nas condições ou nas limitações impostas na
Justificação, poderá ser afastado do exercício de suas
legislação ou regulamentação específica:
funções conforme estabelecido em Lei específica.
a) A estabilidade, quando praça com 10 (dez) ou mais
§ 2º - Compete ao Tribunal de Justiça do Estado julgar os
anos de tempo de efetivo serviço;
processos oriundos dos Conselhos de Justificação, na
forma estabelecida em Lei específica. b) O uso das designações hierárquicas;
§ 3º - O Conselho de Justificação poderá, também, ser c) A ocupação de cargos e funções correspondentes ao
aplicado aos oficiais reformados ou da reserva posto e de atribuições correspondentes à graduação;
remunerada, presumivelmente incapazes de d) A percepção de Remuneração;
permanecer na situação de inatividade em que se
encontram. e) Outros direitos previstos em leis específicas que
tratam de remuneração dos Policiais- Militares;
Art. 51 - O Aspirante-a-Oficial PM/BM, bem como as
praças com estabilidade assegurada, presumivelmente f) A assistência médico-hospitalar para si e seus
incapazes de permanecerem como Policiais-Militares da dependentes, assim entendida como conjunto de
ativa serão submetidos a Conselho de Disciplina e atividades relacionadas com a conservação ou
afastados das atividades que estiverem exercendo, na recuperação da saúde, abrangendo serviços profissionais
forma da legislação específica. médicos, farmacêuticos e odontológicos, bem como o
fornecimento, a aplicação de meios, os cuidados e
§ 1º - Compete ao Comandante Geral da Polícia Militar demais atos médicos e paramédicos necessários;
julgar os processos oriundos dos Conselhos de Disciplina
convocados no âmbito da Corporação. g) O funeral para si e seus dependentes, constituindo-se
no conjunto de medidas tomadas pelo Estado, quando
§ 2º - O Conselho de Disciplina poderá, também, ser solicitado, desde o óbito até o sepultamento condigno;
aplicado às praças reformadas e da reserva remunerada,
presumivelmente incapazes de permanecer na situação h) A alimentação, assim entendida como as refeições
de inatividade em que se encontram. fornecidas aos Policiais-Militares em atividade;
i) O fardamento, constituindo-se no conjunto de
uniformes, roupa branca e roupa de cama, fornecido ao
Policial-Militar, na ativa, de graduação inferior a 3º

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Sargento e, em casos especiais, a outros Policiais- § 2º - Serão considerados dependentes do Policial-


Militares; Militar:
j) A moradia, para o Policial-Militar em atividade I- A esposa;
compreendendo:
II- O filho menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou
1 - Alojamento em Organização Policial-Militar; interdito;
2 - Habitação para si e seus dependentes, em imóvel sob III- A filha solteira, desde que não perceba remuneração;
a responsabilidade da Corporação, de acordo com as
IV- O filho estudante, menor de 24 (vinte e quatro) anos,
disponibilidades existentes.
desde que não perceba remuneração;
l) O transporte, assim entendido como meios fornecidos
V- A mãe viúva, desde que não perceba remuneração;
ao Policial-Militar, para seu deslocamento por interesse
do serviço; quando o deslocamento implicar em VI- O enteado, o filho adotivo e o tutelado, nas mesmas
mudança de sede ou de moradia, compreende também condições dos incisos II, III e IV;
as passagens para seus dependentes e a translação das VII- A viúva do Policial-Militar, enquanto permanecer
respectivas bagagens, de residência a residência; neste estado, e os demais dependentes mencionados
m) A constituição de Pensão Policial-Militar; nos incisos II, III, IV, V e VI deste parágrafo, desde que
vivam sob responsabilidade da viúva;
n) A promoção;
VIII- A ex-esposa com direito à pensão alimentícia
o) As férias, os afastamentos temporários de serviço e as
estabelecida por sentença transitada em julgado,
licenças;
enquanto não contrair novo matrimônio;
p) A transferência, a pedido, para a reserva remunerada;
IX- O esposo inválido, isto é, impossibilitado total e
q) A demissão e o licenciamento voluntários; permanentemente para qualquer trabalho, não
podendo prover os meios de subsistência, mediante
r) O porte de arma, quando oficial em serviço ativo ou na
julgamento proferido por Junta Policial-Militar de Saúde
inatividade, salvo aquelas em inatividade por alienação
da Corporação.
mental ou condenação por crime contra a Segurança ou
por atividade que desaconselham aquele porte; § 3º - São ainda, considerados dependentes do Policial-
Militar desde que vivam sob a sua dependência
s) O porte de arma, pelos praças, com as restrições
econômica, sob o mesmo teto, e quando expressamente
reguladas pelo Comandante Geral;
declarados na Organização Policial-Militar competente:
t) Outros direitos previstos em legislação específica;
a) A filha, a enteada e a tutelada, nas condições de
§ 1º - A percepção de remuneração ou melhoria da viúvas, separadas judicialmente ou divorciadas, desde
mesma de que trata o inciso II, obedecerá ao seguinte: que não percebam remuneração;
a) O Oficial que contar mais de 30 (trinta) nos de serviço, b) A mãe solteira, a madrasta viúva, a sogra viúva ou
quando transferido para a inatividade, terá seus solteira, bem como separada judicialmente ou
proventos calculados sobre o soldo correspondente ao divorciadas, desde que em qualquer dessas situações
posto imediato, se na Polícia Militar existir posto superior não recebam remuneração;
ao seu, mesmo que de outro quadro; se ocupante do
c) Os avós e os pais, quando inválidos ou interditos e
último posto da Corporação, o Oficial terá os seus
respectivos cônjuges, estes desde que não recebam
proventos calculados tomando-se por base o soldo de
remuneração;
seu próprio posto acrescido de percentual fixado em
legislação específica; d) O pai maior de 60 (sessenta) anos e seu respectivo
cônjuge, desde que ambos não recebam remuneração;
b) Os Subtenentes, quando transferidos para a
inatividade, terão os proventos calculados sobre o soldo e) O irmão, o cunhado e o sobrinho, quando menores ou
correspondente ao posto de 2º Tenente PM/BM, desde inválidos ou interditos, sem outro arrimo;
que contem mais 30(trinta) anos de serviço;
f) A irmã, a cunhada e a sobrinha, solteiras, viúvas,
c) As demais praças que contém mais de 30 (trinta) anos separadas judicialmente ou divorciados, desde que não
de serviço, ao serem transferidos para a inatividade recebam remuneração;
terão os proventos calculados sobre o soldo
g) O neto, órfão, menor ou inválido ou interdito;
correspondente à graduação imediatamente superior.

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h) A pessoa que viva no mínimo há 05 (cinco) anos sob a agregado, considerado em licença para tratar de
sua exclusiva dependência econômica, comprovada - LEI 5.810/94
interesse particular. Se eleito, será no ato da
mediante justificação judicial; diplomação, transferido para a reserva remunerada,
percebendo a remuneração a que fizer jus em função de
i) A companheira, desde que viva em sua companhia há
seu tempo de serviço.
mais de 05 (cinco) anos, comprovada por justificação
Art. 54. O militar alistável é elegível, atendidas as
judicial;
seguintes condições: (Alterado pela Lei nº 8.974, de 13
j) O menor que esteja sob sua guarda, sustento e de janeiro de 2020)
responsabilidade, mediante autorização judicial. I- se contar menos de 10 (dez) anos de serviço, deverá
§ 4º - Para efeito do disposto nos parágrafos 2º e 3º deste afastar-se da atividade; (Alterado pela Lei nº 8.974, de 13
artigo, não serão considerados como remuneração ou de janeiro de 2020)
rendimentos não provenientes de trabalho assalariado, II- se contar mais de 10 (dez) anos de serviço, será
ainda que recebidos dos cofres públicos, ou a agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará
remuneração que, mesmo resultante de relação de automaticamente, no ato da diplomação, para a
trabalho, não enseje ao dependente do Policial-Militar inatividade. (Alterado pela Lei nº 8.974, de 13 de janeiro
qualquer direito à assistência providenciaria oficial. de 2020)
Art. 53 - O Policial-Militar que se julgar prejudicado ou SEÇÃO II
ofendido por qualquer ato administrativo ou disciplinar
DA REMUNERAÇÃO
de superior hierárquico, poderá recorrer ao interpor
pedido de reconsideração, queixa ou representação, Art. 55 - A remuneração dos Policiais-Militares
segundo a regulamentação específica da Corporação. compreende vencimentos ou proventos, indenização e
outros direitos e é devida em bases estabelecidas em Lei
§ 1º - O direito de recorrer na esfera administrativa
específica.
prescreverá:
§ 1º - Os Policiais-Militares na ativa percebem
a) Em 15 (quinze) dias corridos, a contar do recebimento
remuneração compreendendo:
da comunicação oficial, quanto a ato de composição de
quadro de acesso; I- Vencimentos, constituídos de soldo e gratificações;
b) Nas questões disciplinares, como dispuser o II- Indenizações;
regulamento Disciplinar da Polícia Militar;
§ 2º - Os Policiais-Militares na inatividade percebem
c) Em 120 (cento e vinte) dias corridos nos demais casos. remuneração compreendendo:
§ 2º - O pedido de reconsideração, a queixa e a I- Proventos, constituídos de soldo ou quotas de soldo e
representação não podem ser feitos coletivamente. gratificações incorporáveis;
§ 3º - O Policial Militar só poderá recorrer ao Judiciário, II- Indenizações na inatividade.
após esgotados todos os recursos administrativos e
§ 3º - Os Policiais-Militares receberão o salário família de
deverá participar esta providência, antecipadamente, à
conformidade com a Lei que o rege.
autoridade a qual estiver subordinado.
§ 4º - Os Policiais-Militares farão jus, ainda, a outros
Art. 54 - Os Policiais-Militares são alistáveis como
direitos pecuniários, em casos específicos.
eleitores, desde que Oficiais, Aspirantes-a-Oficial,
Subtenentes e Sargentos ou alunos do Curso de nível Art. 56 - O auxílio invalidez, atendidas as condições
superior para formação de Oficiais. estipuladas na Lei que trata da remuneração dos
Policiais-Militares será concedido ao Policial Militar
Parágrafo Único - Os Policiais-Militares alistáveis são
considerado inválido, por Junta Policial-Militar de Saúde,
elegíveis, atendidas as seguintes condições:
isto é, impossibilitado total e permanentemente para
I- O Policial-Militar que tiver menos de 05 (cinco) anos de qualquer trabalho, não podendo prover os meios de
efetivo serviço, será, ao se candidatar a cargo eletivo, subsistência.
excluído do serviço ativo, mediante demissão ou
Art. 57 - O soldo é irredutível e não está sujeito a
licenciamento "ex-offício";
penhora, sequestro ou arresto, exceto nos casos
II- O Policial-Militar em atividade, com 05 (cinco) ou mais previstos em Lei.
anos de efetivo serviço, ao se candidatar a cargo eletivo,
Art. 58 - O valor do soldo é igual para o Policial-Militar da
será afastado, temporariamente, do serviço ativo e
ativa, da reserva remunerada ou reformado, de um

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mesmo grau hierárquico, ressalvado o disposto no inciso Art. 63 - Para promoção ao posto de Major PM/BM é
II do artigo 52 deste Estatuto. necessário possuir o Curso de Aperfeiçoamento de
Oficiais.
Art. 59 - É proibido acumular remuneração de
inatividade. Parágrafo Único - Excetua-se do disposto neste artigo o
pessoal do Quadro de Saúde e outros Quadros Técnicos
Parágrafo Único - O disposto neste artigo não se aplica
eventualmente existente.
aos Policiais-Militares da reserva remunerada e aos
reformados quanto ao exercício de mandato eletivo, Art. 64 - As promoções serão efetuadas pelo critério de
quanto a função de magistério ou cargo em comissão, ou antiguidade e merecimento, ou ainda, por bravura e
quando ao contrato para prestação de serviços técnicos "post mortem".
ou especializados.
§ 1º - Em casos extraordinários, poderá haver promoção
Art. 60 - Os proventos da inatividade serão revistos em ressarcimento de preterição, independentemente de
sempre que, por motivo de alteração de poder aquisitivo vagas.
da moeda, se modificarem os vencimentos dos Policiais-
§ 2º - A promoção de Policial-Militar feita em
Militares em serviço ativo.
ressarcimento de preterição será efetuada segundo os
§ 1º - Ressalvados os casos previstos em Lei, os proventos critérios de antiguidade ou merecimento, recebendo ele
da inatividade não poderão exceder a remuneração o número que lhe competir na escala hierárquica como
percebida pelo Policial-Militar da ativa no posto ou se houvesse sido promovido, na época devida, pelo
graduação correspondentes aos de seus proventos. princípio em que ora é feita sua promoção.
§ 2º - O policial militar que, ao passar para a inatividade, Art. 65 - Não haverá promoção de Policial-Militar por
contar trinta e cinco (35) anos de serviço, terá direito ao ocasião de sua transferência para a reserva remunerada
soldo e vantagens que percebia no serviço ativo. ou reforma.
Art. 61 - Por ocasião de sua passagem para a inatividade, SEÇÃO IV
o Policial-Militar terá direito a tantas quotas de soldo
DAS FÉRIAS E DE OUTROS AFASTAMENTOS
quantos forem os anos de serviço, computáveis para a
TEMPORÁRIOS DO SERVIÇO
inatividade, até o máximo de trina (30) anos, ressalvado
o disposto no inciso III do Caput do artigo 52. Art. 66 - Férias são afastamento totais do serviço anual e
obrigatoriamente concedidos aos Policiais-Militares para
Parágrafo Único - Para efeito de contagem das quotas a
descanso, a partir do último mês do ano a que se
fração de tempo igual ou superior a 180 (cento e oitenta)
referem, e durante todo o ano seguinte.
dias será considerada 01 (um) ano.
§ 1º - Compete ao Comandante Geral da Polícia Militar a
SEÇÃO III
regulamentação da concessão das férias anuais, e de
DA PROMOÇÃO outros afastamentos temporários.
Art. 62 - O acesso na hierarquia Policial-Militar é seletivo, § 2º - A concessão de férias não é prejudicada pelo gozo
gradual e sucessivo e será feito mediante promoções, de anterior de licença para tratamento de saúde, por
conformidade com o disposto na legislação e punição anterior decorrente de transgressão disciplinar,
regulamentação de promoções de oficiais e praças, de pelo estado de guerra ou para que sejam cumpridos atos
modo a obter-se um fluxo regular e equilibrado de de serviço, bem como, não anula o direito àquelas
carreira para os Policiais-Militares a que esses licenças.
dispositivos se referem.
§ 3º - Somente em casos de interesse da Segurança
§ 1º - O planejamento da carreira dos oficiais e das Nacional, da manutenção da ordem, de extrema
praças, obedecidas as disposições da legislação e necessidade do serviço ou de transferência para a
regulamentação a que se refere este artigo, é atribuição inatividade, para cumprimento de punição decorrente
do Comando da Polícia Militar. de transgressão disciplinar de natureza grave e em caso
de baixa a hospital, os Policiais-Militares terão
§ 2º - A promoção é um ato administrativo e tem como
interrompido ou deixam de gozar, na época prevista, o
finalidade básica a seleção dos Policiais-Militares para o
período de férias a que tiverem direito, registrando-se,
exercício de funções pertinentes ao grau hierárquico
então o fato em seus assentamentos.
superior.
§ 4º - Na impossibilidade do gozo de férias no ano
seguinte ou no caso de sua interrupção pelos motivos

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previstos, o período de férias não gozado será e) maternidade; (Acrescido pela pela Lei nº 8.974, de 13
computado dia a dia pelo dobro, no - LEI
momento da 5.810/94
de janeiro de 2020)
passagem do Policial-Militar para a inatividade e
f) paternidade. (Acrescido pela pela Lei nº 8.974, de 13
somente para esse fim, ressalvados os casos de
de janeiro de 2020)
transgressão disciplinar.
§ 5º - As férias serão de 30 (trinta) dias para todos os
Policiais-Militares. § 2º - A remuneração do Policial-Militar, quando em
qualquer das situações de licença, constante do
Art. 67 - Os Policiais-Militares têm direito, ainda aos
parágrafo anterior, será regulada em legislação
seguintes períodos de afastamento total do serviço
específica.
obedecidas as disposições legais e regulamentares, por
motivo de : § 3º - A concessão de licença é regulada pelo
Comandante Geral da Corporação.
I- Núpcias: 08 (oito) dias;
II- Luto: 08 (oito) dias;
Art. 70-A. Pelo nascimento de filho, adoção ou obtenção
III- Instalação: Até 10 (dez) dias;
de guarda judicial para fins de adoção será concedida à
IV- Trânsito: Até 30 (trinta) dias, quando designados para policial militar licença-maternidade, sem prejuízo da
curso ou transferidos para OPM sediadas fora da capital. remuneração e vantagens, com duração de 180 (cento e
oitenta) dias. (Acrescido pela pela Lei nº 8.974, de 13 de
Parágrafo Único - Além do disposto neste artigo, a
janeiro de 2020)
Policial-Militar, quando gestante, tem direito a um
período de 04 (quatro) meses de afastamento total do § 1º A licença-maternidade de que trata a alínea “e” do
serviço equivalente à licença para tratamento de saúde, § 1º do Art. 70, poderá ter início no primeiro dia do 8º
o qual será concedido, mediante inspeção médica, a (oitavo) mês de gestação, salvo antecipação por
partir do 8º (oitavo) mês de gestação, salvo prescrição prescrição médica. (Acrescido pela pela Lei nº 8.974, de
em contrário. REVOGADO. (Revogado pela Lei nº 8.974, 13 de janeiro de 2020)
de 13 de janeiro de 2020)
§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá
Art. 68 - As férias e os afastamentos mencionados nesta início a partir do parto. (Acrescido pela pela Lei nº 8.974,
seção são concedidos com remuneração prevista na de 13 de janeiro de 2020)
legislação específica e computados como tempo de
§ 3º No caso de aborto, atestado por médico oficial, a
efetivo serviço para todos os efeitos legais.
militar terá direito a 30 (trinta) dias de licença para
Art. 69 - O afastamento do serviço por motivo de núpcias tratamento de saúde própria. (Acrescido pela pela Lei nº
ou luto será concedido, no primeiro caso, se solicitado 8.974, de 13 de janeiro de 2020)
com antecipação à data do evento e, no segundo caso,
§ 4º Findo o prazo da licença para tratamento de saúde
tão logo a autoridade a qual estiver subordinado o
estabelecido no § 3º, a militar estadual será submetida à
Policial-Militar tenha conhecimento do óbito de seu
nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao
ascendente, descendente, cônjuge, sogro ou irmão.
serviço ou pela prorrogação da licença. (Acrescido pela
SEÇÃO V pela Lei nº 8.974, de 13 de janeiro de 2020)
DAS LICENÇAS § 5º No caso de natimorto, atestado por médico oficial,
será concedida licença prevista no caput do Art. 70-A.
Art. 70 - Licença é a autorização para afastamento total
(Acrescido pela pela Lei nº 8.974, de 13 de janeiro de
do serviço, em caráter temporário, concedida ao Policial-
2020)
Militar, obedecidas as disposições legais e
regulamentares. § 6º Ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a
licença, poderá esta ser concedida mediante
§ 1º - A licença pode ser:
apresentação da certidão de nascimento e vigorará a
a) Especial; partir da data do evento. (Acrescido pela pela Lei nº
b) Para tratar de interesse particular; 8.974, de 13 de janeiro de 2020)
Art. 70-B. Ao militar cuja cônjuge ou convivente vier a
c) Para tratamento de saúde de pessoa da família; falecer no período de 180 (cento e oitenta) dias da data
d) Para tratamento de saúde própria. de nascimento da criança será concedida licença, nos

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termos do caput do Art. 70-A. (Acrescido pela pela Lei nº anos de efetivo serviço e que a requerer com aquela
8.974, de 13 de janeiro de 2020) finalidade.
§ 1º O prazo da licença prevista no caput será contado a Parágrafo Único - A licença será sempre concedida com
partir do óbito, até o 180º (centésimo octogésimo) dia de prejuízo da remuneração e da contagem de tempo de
vida da criança. (Acrescido pela pela Lei nº 8.974, de 13 efetivo serviço.
de janeiro de 2020)
§ 2º Na hipótese de inexistência de relação conjugal ou Art. 73 - É da competência do Comando Geral da Polícia
de convivência com a mãe falecida, a concessão da Militar a concessão da licença especial e da licença para
licença prevista no caput poderá ocorrer mediante a tratamento de interesse particular.
comprovação, pelo militar, da guarda da criança. Art. 74 - As licenças poderão ser interrompidas a pedido
(Acrescido pela pela Lei nº 8.974, de 13 de janeiro de ou nas condições estabelecidas neste artigo.
2020)
§ 1º - A interrupção da licença especial e da licença para
Art. 70-C. Pelo nascimento de filho, adoção ou obtenção
tratar de interesse particular poderá ocorrer:
de guarda judicial para fins de adoção, será concedida ao
policial militar a licença-paternidade de 20 (vinte) dias a) Em caso de mobilização e estado de guerra;
consecutivos, vedada a prorrogação. (Acrescido pela pela b) Em caso de decretação de estado de emergência ou
Lei nº 8.974, de 13 de janeiro de 2020) de sítio;
Parágrafo único. A licença de que o caput será concedida
mediante a apresentação do registro civil ou do termo de c) Para cumprimento de punição disciplinar conforme o
guarda provisória para fins de adoção, retroagindo à data regulado pelo Comandante Geral da Polícia Militar;
do nascimento ou da obtenção da guarda provisória para d) Para cumprimento de sentença que importe em
fins de adoção, conforme o caso. (Acrescido pela pela Lei restrição da liberdade individual;
nº 8.974, de 13 de janeiro de 2020) e) Em caso de denúncia, pronúncia em processo criminal
Art. 71 - Licença especial é a autorização para ou indicação em Inquérito Policial-Militar, a Juízo da
afastamento total do serviço, relativa a cada decênio de autoridade que efetivou a pronúncia ou a indiciação.
tempo de efetivo serviço prestado, concedida ao Policial- § 2º - A interrupção de licença para tratar de interesse
Militar que a requerer sem que implique em qualquer particular, será definitiva quando o Policial-Militar for
restrição para sua carreira. reformado ou transferido ex-offício para a reserva
§ 1º - A licença especial tem a duração de 06 (seis) meses remunerada.
a ser gozada de uma só vez, podendo ser parcelada em
§ 3º - A interrupção de licença para tratamento de saúde
02 (dois) ou 03 (três) meses por ano civil, quando
de pessoa da família, para cumprimento de pena
solicitada pelo interessado e julgado conveniente pela
disciplinar que importe em restrição da liberdade
autoridade competente.
individual, será regulada na legislação específica.
§ 2º - O período de licença especial não interrompe a
SEÇÃO VI
contagem do tempo efetivo de serviço.
DA PENSÃO DO POLICIAL-MILITAR
§ 3º - Os períodos de licença especial não gozados pelo
Policial-Militar são computados em dobro para fins Art. 75 - A Pensão Policial-Militar destina-se a amparar
exclusivos de contagem de tempo para a passagem para os beneficiários do Policial-Militar falecido ou extraviado
a inatividade e, nesta situação para todos os efeitos e será paga conforme o disposto em legislação
legais. específica.
§ 4º - A licença especial não é prejudicada pelo gozo § 1º - Para fins de aplicação da Legislação específica será
anterior de qualquer licença para tratamento de saúde e considerado como posto ou graduação do Policial-Militar
para que sejam cumpridos atos de serviço, bem como, o correspondente ao soldo sobre o qual forem calculadas
não anula o direito àquelas licenças. as suas contribuições.
§ 5º - Uma vez concedida a licença especial, o policial- § 2º - Todos os Policiais-Militares são contribuintes
Militar será exonerado do cargo ou dispensado do obrigatórios da Pensão Policial-Militar correspondente
exercício das funções que exerce e ficará à disposição do ao seu posto ou graduação, com as exceções previstas na
órgão de pessoal da Polícia Militar a que pertencer. legislação específica.
Art. 72 - A licença para tratamento de interesse particular § 3º - Todo Policial-Militar é obrigado a fazer sua
é a autorização para afastamento total do serviço, declaração de beneficiário que, salvo prova em
concedida ao Policial-Militar que contar mais de 10 (dez)

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contrário, prevalecerá para a habilitação dos mesmos à Art. 80 - O Policial-Militar viúvo, separado judicialmente,
Pensão Policial-Militar. - LEI 5.810/94
divorciado ou solteiro, poderá destinar a Pensão Policial-
Militar, se não tiver filhos capazes de receber o benefício,
§ 4º - A remuneração a que faria jus, em vida, o Policial
à pessoa que viva sob sua dependência econômica no
Militar falecido será paga aos seus beneficiários
mínimo há 05 (cinco) anos e desde que haja subsistido
habilitados até a conclusão do processo referente à
impedimento legal para o casamento.
Pensão Policial Militar, compensados, posteriormente,
eventuais valores pagos a maior até a efetiva concessão § 1º - Se o Policial-Militar tiver filhos, somente poderá
do benefício (INTRODUZIDO PELA LEI Nº 6.049, DE destinar à referida beneficiária metade da Pensão
11/06/97) Policial-Militar.
Art. 76 - A Pensão Policial-Militar do pessoal do serviço § 2º - O Policial-Militar que for separado judicialmente
ativo, da reserva remunerada ou reformado será a do ou divorciado somente poderá valer-se do disposto
Instituto de Previdência do Estado, conforme legislação neste artigo se não estiver compelido, judicialmente, a
específica. alimentar a ex-esposa.
Parágrafo Único - As disposições do presente artigo e do
seguinte, não prejudicarão a percepção de pensão,
CAPÍTULO II
pecúlio ou outras vantagens de associações
beneficentes. DAS PRERROGATIVAS
Art. 77 - Os Policiais-Militares mortos em campanha ou SEÇÃO I
ato de serviço, ou em consequência de ferimentos ou DA CONSTITUIÇÃO E ENUMERAÇÃO
moléstias decorrentes, ou ainda, em consequência de
acidente em serviço deixarão a seus herdeiros pensão Art. 81 - As prerrogativas dos Policiais-Militares são
correspondente aos vencimentos integrais do posto ou constituídas pelas honras, dignidade e distinções devidas
graduação imediatamente superior, conforme legislação aos graus hierárquicos e cargos.
específica. Parágrafo Único - São prerrogativas dos Policiais-
Art. 78 - A Pensão Policial-Militar é isenta de qualquer Militares:
tributação estadual; é impenhorável, não responde por a) O uso de títulos, uniformes, distintivos, insígnias e
dívidas do instituidor nem constitui acumulação. emblemas da Polícia Militar do Pará, correspondente ao
Art. 79 - A Pensão Policial-Militar defere-se nas posto ou graduação;
prioridades e condições estabelecidas a seguir e de b) Honras, tratamento e sinais de respeito que lhes
acordo com as demais contidas em legislação específica: sejam assegurados em Leis e Regulamentos;
a) viúva e/ou companheira. (MODIFICADO PELA LEI Nº c) Cumprimento de pena de prisão ou detenção somente
6.049, DE 11/06/97) em Organização Policial-Militar da Corporação cujo
b) Aos filhos de qualquer condição, exclusive os menores Comandante, Chefe ou Diretor tenha precedência
do sexo masculino que não sejam interditos ou inválidos; hierárquica sobre o preso;

c) Aos netos, órfãos de pai e mãe nas condições d) Julgamento, em foro especial, dos crimes militares.
estipuladas para os filhos; Art. 82 - Somente em casos de flagrantes delito, o
d) À mãe, ainda que adotiva, viúva, separada Policial-Militar poderá ser preso por autoridade policial
judicialmente ou divorciada ou solteira, como também, à civil, ficando esta obrigada a entregá-lo, imediatamente,
casada sem meios de subsistência, que viva na à autoridade Policial-Militar mais próxima, só podendo
dependência econômica do Policial-Militar, separada do retê-lo, na Delegacia ou Posto Policial, durante o tempo
marido, e ao pai, ainda que adotivo, desde que inválido, necessário à lavratura do fragrante.
interdito ou maior de 60 (sessenta) anos; § 1º - Cabe ao Comando Geral da Corporação a iniciativa
e) Às irmãs, germanas ou consanguíneas, solteiras, de responsabilizar a autoridade policial que não cumprir
viúvas, separadas judicialmente ou divorciadas, bem o disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que
como, aos irmãos germanos ou consanguíneos menores seja maltratado qualquer Policial-Militar preso ou não
de 21 (vinte e um) anos, mantidos pelo contribuinte ou lhe der o tratamento devido ao seu posto ou graduação.
maiores interdito ou inválido e se do sexo feminino, § 2º - Se, durante o processo e julgamento no foro civil,
solteiro. houver perigo de vida para qualquer preso Policial-

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Militar, o Comandante Geral da Corporação empregadores, empresas, institutos ou departamentos


providenciará os entendimentos com a autoridade que tenham adotado ou consentido sejam usados
judiciária, visando a guarda dos pretórios ou tribunais uniformes ou ostentado distintivos, insígnias ou
por força Policial-Militar. emblemas que possam ser confundidos com os adotados
na Polícia Militar.
Art. 83 - Os Policiais-Militares da ativa, no exercício de
funções Policiais-Militares, são dispensados do serviço
de júri na Justiça Civil e do serviço na Justiça Eleitoral.
TÍTULO IV
SEÇÃO II
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS
DO USO DOS UNIFORMES DA POLÍCIA MILITAR
Art. 84 - Os uniformes da Polícia Militar com seus
CAPÍTULO I
distintivos, insígnias e emblemas, são privativos dos
Policiais-Militares e representam o símbolo da Das Situações Especiais
autoridade Policial-Militar, com as prerrogativas a ela
inerentes.
SEÇÃO I
Parágrafo Único - Constituem crimes, previstos na
legislação específica, o desrespeito aos uniformes, Da Agregação
distintivos, insígnias e emblemas Policiais-Militares, bem Art. 88 - A agregação é a situação na qual o Policial-
como, seu uso por parte de quem a eles não tiver direito. Militar da ativa deixa de ocupar vaga na Escala
Art. 85 - O uso dos uniformes com seus distintivos, Hierárquica do seu Quadro, nela permanecendo sem
insígnias e emblemas, bem como os modelos, descrições, número.
composição e peças acessórias, são estabelecidas em § 1º - O Policial-Militar deve ser agregado quando:
legislação específica da Polícia Militar do Pará.
I- For nomeado para cargo Policial-Militar ou
§ 1º - É proibido ao Policial-Militar o uso dos uniformes: considerado de natureza Policial-Militar, estabelecido
a) Em manifestação de caráter político-partidária; em Lei, não previstos nos Quadros de Organização da
Polícia Militar (QO);
b) No estrangeiro, quando em atividade não relacionada
com a missão do Policial-Militar, salvo quando II- Aguardar transferência ex-offício para reserva
expressamente determinado ou autorizado; remunerada, por ter sido enquadrado em quaisquer dos
requisitos que a motivaram;
c) Na inatividade, salvo para comparecer às solenidade
Policiais-Militares e militares, cerimônia cívico- III- For afastado, temporariamente, do serviço ativo por
comemorativas das grandes datas nacionais ou a atos motivo de:
sociais solenes, quando devidamente autorizado. a) Ter sido julgado, temporariamente, após 01 (um) ano
§ 2º - Os Policiais Militares na inatividade, cuja conduta contínuo de tratamento de saúde própria;
passa ser considerada como ofensiva à dignidade da b) Ter sido julgado incapaz, definitivamente, enquanto
classe, poderão ser definitivamente proibidos de usar tramita o processo de reforma;
uniformes por decisão do Comandante Geral da Polícia
Militar. c) Haver ultrapassado 01 (um) ano contínuo de licença
para tratamento de saúde própria;
Art. 86 - O Policial-Militar fardado tem as obrigações
correspondentes ao uniforme que use e aos distintivos, d) Haver ultrapassado 06 (seis) meses contínuos em
insígnias ou emblemas que ostente. licença para tratar de interesse particular;

Art. 87 - É vedado a qualquer elemento civil ou e) Haver ultrapassado 06 (seis) meses contínuos em
organizações civis usar uniformes ou ostentar distintivos, licença para tratar de saúde de pessoa da família;
insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com f) Ter sido considerado oficialmente extraviado;
os adotados na Polícia Militar.
g) Haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime
Parágrafo Único - São responsáveis pela infração das de deserção previsto no Código Penal Militar, se Oficial
disposições deste artigo, além dos indivíduos que a ou Praça com estabilidade assegurada;
tenham cometido, os Diretores ou Chefes de repartições,
organizações de qualquer natureza, firmas ou

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LEGISLAÇÃO DO CBMPA

h) Como desertor, ter-se apresentado voluntariamente § 8º Caracteriza a posse no novo cargo regulado pelo
- LEI 5.810/94
ou ter sido capturado e reincluído a fim de ser processar; §3º, a entrada em exercício no cargo ou respectiva
função.
i) Se ver processar, após ficar exclusivamente à
disposição da Justiça Comum; Art. 89 - O Policial-Militar agregado ficará adido, para
efeito de alterações e remuneração, no Órgão de Pessoal
j) Ter sido condenado à pena restritiva da liberdade
da Polícia Militar que lhe for designado, continuando a
superior a 06 (seis) meses, em sentença passada em
figurar no lugar que então ocupava no Almanaque ou
julgado, enquanto durar a execução, excluído o período
escala Numérica, com abreviatura "Ag" e anotações
de sua suspensão condicional ou até ser declarado
esclarecedoras de sua situação.
indigno de pertencer à Polícia Militar ou com ela
incompatível; Art. 90 - A agregação se faz por ato do Governador do
Estado para oficiais e do Comandante Geral para os
l) Ter passado à disposição de Secretaria de Estado ou de
praças.
outro órgão do Estado, da União, dos Estados ou dos
Territórios para exercer função de natureza civil; SEÇÃO II
m) Ter sido nomeado para qualquer cargo público civil DA REVERSÃO
temporário, não eletivo inclusive da administração
Art. 91 - A reversão é o ato pelo qual o Policial-Militar
indireta;
agregado retorna aos respectivo Quadro, tão logo cesse
n) Ter se candidatado a cargo eletivo, deste que conte 05 o motivo que determinou a sua agregação, voltando a
(cinco) ou mais anos de efetivo serviço; ocupar o lugar que lhe competir no respectivo
Almanaque ou Escala Numérica, na primeira vaga que
o) Ter sido condenado à pena de suspensão do exercício
ocorrer.
do posto, graduação, cargo ou função, previsto no
Código Penal Militar. Parágrafo Único - Em qualquer tempo, poderá ser
determinada a reversão do Policial-Militar agregado,
§ 2º O Policial-Militar agregado, de conformidade com os
exceto nos casos previstos nas letras "a", "b", "c", "f",
incisos I e II do § 1º, continua a ser considerado, para
"g", "h", "j", "n", e "o" do inciso III do § 1º do artigo 88.
todos os efeitos, como em serviço ativo.
Art. 92 - A reversão de oficiais será efetuada mediante
§ 3º A agregação do Policial-Militar a que se refere o
ato do Governador do Estado e das praças, por ato do
inciso I e as letras "l" e "m" do inciso III do § 1º, é contada
Comandante Geral da Corporação.
a partir da data da posse no novo cargo até o regresso à
corporação ou transferência ex-offício para a reserva SEÇÃO III
remunerada.
DO EXCEDENTE
§ 4º A agregação do Policial-Militar, a que se referem as
Art. 93 - Excedente é a situação transitória a que,
letras "a", "c", "d" e "e" do inciso III do § 1º, é contada a
automaticamente, passa o Policial-Militar que:
partir do primeiro dia após os respectivos prazos e
enquanto durar o evento. I- Tendo cessado o motivo que determinou sua
agregação, reverte ao respectivo Quadro, estando este
§ 5º A agregação do Policial-Militar, a que se referem o
com o efetivo completo;
inciso II e as letras "b", "f", "g", "h", "i", "j" e "o" do inciso
III do § 1º, é contada a partir da data indicada no ato que II- Aguarda a colocação a que faz jus na escala
torna público o respectivo evento. hierárquica, após haver sido transferido de Quadro,
estando o mesmo com seu efetivo completo;
§ 6º A agregação do Policial-Militar, a que se refere a
letra "n" do inciso III do § 1º, é contada a partir do III- É promovido por bravura, sem haver vaga;
registro como candidato, até sua diplomação ou seu IV- É promovido indevidamente mesmo havendo vaga;
regresso à Corporação, se não houver sido eleito.
V- Sendo o mais moderno da respectiva escala
§ 7º O Policial-Militar agregado fica sujeito às obrigações hierárquica, ultrapassa o efetivo de seu Quadro em
disciplinares concernentes às suas relações com outros virtude de promoção de outro Policial-Militar em
Policiais-Militares e autoridades civis militares, salvo ressarcimento de preterição;
quando ocupar cargo que lhe dê precedência funcional
sobre os outros Policiais-Militares mais graduados ou VI- Tendo cessado o motivo que determinou sua reforma
mais antigos. por incapacidade definitiva, retorne ao respectivo
Quadro, estando este com seu efetivo completo.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
LEGISLAÇÃO DO CBMPA

§ 1º - O Policial-Militar, cuja situação é a de excedente, CAPÍTULO II


salvo o indevidamente promovido, ocupa a mesma
DA EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO
posição relativa, em antiguidade, que lhe cabe na escala
hierárquica, com a abreviatura "EXCED" e receberá o SEÇÃO I
número que lhe competir em consequência da primeira DA OCORRÊNCIA
vaga que se verificar.
Art. 98 - A exclusão do serviço ativo da Policial-Militar e
§ 2º - O Policial-Militar, cuja situação é de excedente, é o consequente desligamento da Organização, a que
considerado como em efetivo serviço, para todos os estiver vinculado o Policial-Militar, decorrem dos
efeitos e concorre, respeitados os requisitos legais, em seguintes motivos:
igualdade de condições e sem nenhuma restrição, a
qualquer cargo Policial-Militar, bem como à promoção. I- Transferência para a reserva remunerada;

§ 3º - O Policial-Militar promovido por bravura, sem II- Reforma;


haver vaga, ocupará a primeira vaga aberta, deslocando III- Demissão;
o critério da promoção a ser seguido para vaga seguinte.
IV- Perda de posto e patente;
§ 4º - O Policial-Militar, promovido indevidamente, só
contará antiguidade e receberá o número que lhe V- Licenciamento;
competir, na escala hierárquica, quando a vaga que VI- Exclusão a bem da disciplina;
deverá preencher, corresponder ao critério pelo qual
VII- Deserção;
deveria ter sido promovido, desde que satisfaça os
requisitos para a promoção. VIII- Falecimento;
SEÇÃO IV IX- Extravio.
DO AUSENTE E DO DESERTOR Parágrafo Único - O desligamento do serviço ativo será
processado após a expedição do ato do Governador do
Art. 94 - É considerado ausente o Policial-Militar que por
Estado ou de autoridade a qual tenham sido delegados
mais de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas:
poderes para isso.
I- Deixar de comparecer à sua Organização Policial-
Art. 99 - A transferência para a reserva remunerada ou
Militar sem comunicar qualquer motivo de
reforma não isentam o Policial-Militar da indenização
impedimento;
dos prejuízos causados à Fazenda Estadual ou a terceiros
II- Ausentar-se, sem licença, da Organização Policial- nem por pagamento das pensões decorrentes de
Militar, onde serve ou local onde deve permanecer. sentença judicial.
Parágrafo Único - Decorrido o prazo mencionado neste Art. 100 - O Policial-Militar da ativa, enquadrado em um
artigo serão observadas as formalidades previstas em dos incisos I, II e V do artigo 98, ou demissionário a
legislação específica. pedido, continuará no exercício de suas funções até ser
Art. 95 - O Policial-Militar é considerado desertor nos desligado da Organização Policial-Militar em que serve.
casos previstos na legislação penal Militar. O desligamento deverá ser feito após a publicação em
boletim de sua Unidade, do ato oficial correspondente e
SEÇÃO V não poderá exceder de 30 (trinta) dias da data de tal
DO DESAPARECIDO E DO EXTRAVIADO publicação.

Art. 96 - É considerado desaparecido o Policial-Militar da SEÇÃO II


ativa que, no desempenho de qualquer serviço, em DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA
viagem, em operações Policiais-Militares ou em caso de
calamidade pública, tiver ignorado por mais de 08 (oito) Art. 101 - A passagem do Policial-Militar à situação de
dias. inatividade, mediante transferência para a reserva
remunerada se efetua:
Parágrafo Único - A situação de desaparecimento só será
considerada quando houver indício de deserção. I- A Pedido;

Art. 97 - O Policial-Militar que na forma do artigo II- Ex-Offício.


anterior, permanecer desaparecido por mais de 30 Art. 102 - A transferência para a reserva remunerada, a
(trinta) dias, será oficialmente considerado extraviado. pedido, será concedida, mediante requerimento, ao

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LEGISLAÇÃO DO CBMPA

Policial-Militar que contar no mínimo 30 (trinta) anos de c) Para os Praças


serviço. - LEI 5.810/94
POSTOS IDADES
§ 1º - No caso de o Policial-Militar haver realizado
Subtenente PM/BM 60 anos
qualquer curso ou estágio de duração superior a 06 (seis)
meses, por conta do Estado, no estrangeiro, sem haver 1º Sargento PM/BM 59 anos
decorrido 03 (três) anos de seu término, a transferência
2º sargento PM/BM 59 anos
para a reserva remunerada só será concedida mediante
indenização de todos as despesas correspondentes à 3º Sargento PM/BM 56 anos
realização do referido estágio ou curso, inclusive as
Cabo PM/BM 56 anos
diferenças de vencimentos. O cálculo da indenização
será efetuado pelo órgão competente da Corporação. Soldado PM/BM 1ª Classe 56 anos
§ 2º - Não será concedida transferência para a reserva Soldado PM/BM 2ª Classe 56 anos
remunerada, a pedido, ao Policial-Militar que estiver:
Soldado PM/BM 3ª Classe 56 anos
I- Respondendo a Inquérito ou processo em qualquer
Soldado PM/BM Classe Simples 56 anos
jurisdição; REVOGADO (Revogado pela Lei nº 8.388, de
22 de setembro de 2016).
II- Cumprindo pena de qualquer natureza. II- Alcançar o Cel PM/BM 08 (oito) anos de permanência
neste posto;
Art. 103 - A transferência para a reserva remunerada,
"ex-offício", verificar-se-á sempre que o Policial-Militar III- Ter sido o tenente Coronel PM/BM constante do
incidir em um dos seguintes casos: Quadro de Acesso, preterido por 02 (duas) vezes para
promoção ao posto de Coronel PM/BM a partir da data
em que completar 30 (trinta) anos de serviço, desde que
na oportunidade sejam promovidos oficiais mais
I - Atingir as seguintes idades limites: (Alterado pela Lei
modernos.
nº 8.407, de 25 de outubro de 2016)
IV- Ultrapassar o oficial intermediário 06 (seis) anos de
permanência no posto, quando este for o último da
a) para os oficiais dos Quadros de Combatentes, de hierarquia de seu Quadro, desde que conte ou venha a
Saúde, Complementar e de Capelão: contar 30 (trinta) ou mais anos de serviço;
POSTOS IDADES V- Por oficial considerado não habilitado para o acesso
em caráter definitivo, no momento em que vier a ser
Coronel PM/BM 60 anos
objeto de apreciação para o ingresso em Quadro de
Tenente Coronel PM/BM 59 anos Acesso;
Major PM/BM 59 anos VI- Ultrapassar 02 (dois) anos contínuos ou não em
licença para tratar de interesse particular;
Capitão PM/BM 56 anos
VII- Ultrapassar 02 (dois) anos contínuos em licença para
1º Tenente PM/BM 56 anos
tratamento de saúde de pessoa de sua família;
2º Tenente PM/BM 56 anos
VIII- Ser empossado em cargo público permanente
estranho a sua carreira, cujas funções não sejam de
magistério;
b) Para Oficiais dos Quadros de Administração e
Especialistas IX- Ultrapassar 02 (dois) anos de afastamento contínuos
ou não, agregado em virtude de ter passado a exercer
POSTOS IDADES
cargo ou emprego público civil temporário, não eletivo,
Capitão PM/BM 59 anos inclusive da administração indireta;
1º Tenente PM/BM 59 anos X- Ser diplomado em cargo eletivo, na forma do inciso II
do Parágrafo Único do artigo 54.
2º Tenente PM/BM 59 anos

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
LEGISLAÇÃO DO CBMPA

§ 1º A transferência para a reserva remunerada § 2º A convocação poderá ser efetuada nos seguintes
processar-se-á à medida em que o Policial-Militar for casos, sem prejuízo do disposto no caput deste artigo:
enquadrado em um dos incisos deste artigo.
I- Oficiais:
§ 2º A transferência do Policial-Militar para a reserva
a) comissões de estudos ou grupos de trabalhos, em
remunerada nas condições estabelecidas no inciso VIII,
atividades de planejamento administrativo ou setorial;
será efetivada no posto ou graduação que tenha na ativa,
podendo acumular os proventos a que fizer jus, na b) assessoramento ou acompanhamento de atividades
inatividade, com a remuneração do cargo ou emprego especializadas ou peculiares, de caráter temporário, e
público civil para o qual foi nomeado ou admitido. que escapem às atribuições normais e específicas dos
órgãos de direção da Polícia Militar do Pará;
§ 3º A nomeação ou admissão do Policial-Militar para os
cargos públicos ou emprego público de que tratam os c) exercício do planejamento e comando das ações
incisos VIII e IX somente poderá ser feita: operacionais a serem desenvolvidas pelo policial militar
convocado;
I- Quando a nomeação ou admissão for de alçada Federal
ou Estadual, pela autoridade competente, mediante II- Praças:
requisição do Governador do Estado; a) para constituírem o suporte necessário ao
II- Pelo Governador ou mediante sua autorização nos desempenho das tarefas tratadas no inciso anterior;
demais casos. b) para integrarem a segurança patrimonial e/ou
§ 4º Enquanto permanecer no cargo ou emprego público policiamento interno em órgão da administração
de que trata o inciso IX: pública.
I- É lhe assegurada a opção entre a remuneração do § 3º A convocação especificada no parágrafo anterior
cargo ou emprego e a do posto ou graduação, será efetivada:
II- Somente poderá ser promovido por antiguidade; I- com ônus total para o Estado, nos casos previstos no
inciso I, alíneas "a" e "b", e inciso II, alínea "a";
III- O tempo de serviço é contado apenas para a
promoção por antiguidade e para a transferência para a II- mediante convênio, nos casos previstos no inciso I,
inatividade. alínea "c", e inciso II, alínea "b".
Art. 104 - A transferência do Policial-Militar para a § 4º A convocação somente poderá ser efetuada
reserva remunerada, pode ser suspensa na vigência do mediante aceitação voluntária do policial militar.
estado de guerra, estado de sítio ou em estado de § 5º A convocação para a realização de tarefas terá prazo
emergência, em caso de mobilização e de imperiosa fixado no ato que a efetivar e observará o seguinte: (NR)
necessidade da segurança pública.
I- havendo conveniência para a Corporação, a
Art. 105 - O policial militar da reserva remunerada convocação poderá ser renovada; (NR)
poderá ser convocado para o serviço ativo por ato do
Governador do Estado para compor Conselho de II- se concluída a tarefa antes do prazo fixado, o policial
Justificação, para ser encarregado de Inquérito Policial militar será dispensado ou ser-lhe-á atribuído outro
Militar ou incumbido de outros procedimentos encargo de interesse da Corporação, respeitado o prazo
administrativos, na falta de oficial da ativa em situação estabelecido no ato da convocação.(NR)
hierárquica compatível com a do oficial envolvido, bem § 6º O policial militar da reserva remunerada convocado
como para a realização de tarefas, por prazo certo, nos termos deste artigo não sofrerá alteração de sua
hipótese essa que também permitirá a convocação de situação jurídica e, durante a convocação, fará jus a:
praças da reserva remunerada.
I- uniformes e equipamentos, nos casos do § 2º, inciso I,
§ 1º O policial militar convocado nos termos deste artigo alínea "c" e inciso II, alínea "b";
terá os direitos e deveres dos da ativa de igual situação
hierárquica, exceto quanto à promoção que não II- alimentação;
concorrerá, e contará como acréscimo esse tempo de III- diárias, ajudas de custo e transporte, quando em
serviço. deslocamento, face à realização de tarefas fora da sede.
§ 7º O uniforme e o equipamento serão os de uso
regulamentar, fornecidos pelo órgão superior da
Corporação.

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§ 8º A alimentação será proporcionada nas mesmas e Parágrafos acrescentados pela Lei nº 7.730, de 19 de
condições da que é fornecida ao pessoal ativo no- LEI 5.810/94
setembro de 2013)
desempenho da atividade do designado.
I - assessoria militar e guarda nas sedes e órgãos dos
§ 9º As diárias, a ajuda de custo e o transporte serão Poderes Estaduais e Municipais;
proporcionados nas condições e valores estabelecidos na I- assessoria militar e guarda nas sedes e órgãos dos
legislação de remuneração para a situação hierárquica poderes da União, do Estado e dos Municípios; (Alterado
alcançada em atividade. pela Lei nº 8.974, de 13 de janeiro de 2020)
§ 10 Os policiais militares convocados nos termos deste II- assessoria militar e guarda na sede do Tribunal de
artigo ficam sujeitos: Contas do Estado;
I- ao cumprimento das normas disciplinares em vigor na III- assessoria militar e guarda na sede do Tribunal de
Corporação, nos mesmos moldes do serviço ativo; Contas dos Municípios;
II- às normas administrativas e de serviço em vigor nos IV- assessoria militar e guarda na sede do Ministério
órgãos onde tiverem atuação. Público;
§ 11 Os policiais militares convocado nos termos da V- guarda e serviços referentes à atividade meio na
presente disposição poderão ser dispensados: Secretaria de Estado de Segurança Púbica e na PMPA;
I- a pedido; VI- guarda nos estabelecimentos penais;
II- "ex-officio": VII- condução de veículos do Sistema de Segurança
Pública, em atividades meio.
a) por conclusão do prazo de convocação;
§ 1º É condição para a convocação tratada neste artigo
b) por terem cessado os motivos da convocação;
que o policial militar:
c) por interesse ou conveniência da Administração, a
I- tenha passado para a reserva remunerada, no mínimo,
qualquer tempo;
no comportamento “bom”;
d) por ter sido julgado fisicamente incapaz para o
II- tenha, no momento da convocação, as seguintes
desempenho do ato ou tarefa para o qual foi convocado,
idades limites:
em inspeção de saúde realizada por Junta Médica da
Corporação, a qualquer tempo. a) para oficiais superiores: 58 anos;
§ 12 A convocação de policiais militares da reserva b) para capitães e oficiais subalternos: 58 anos;
remunerada será proposta pelo Comandante Geral da
c) para praças: 56 anos.
Polícia Militar ao Chefe do Poder Executivo, de forma
justificada e instruída com prova de aprovação de III- seja considerado apto em inspeção de saúde pela
inspeção de saúde do órgão competente da Corporação, Junta Médica da Corporação;
que aquiescendo a mesma expedirá o ato pertinente. IV- seja considerado apto em teste de aptidão física;
§ 13 Será assegurado o direito à pensão especial, prevista V- obtenha o parecer favorável do Comandante-Geral.
no Art. 77 desta Lei, aos dependentes do policial militar
da reserva remunerada que, no exercício das tarefas § 2º O convocado ficará administrativamente vinculado
previstas no presente artigo, para as quais tenha sido à Diretoria de Pessoal da Corporação, que manterá
convocado, venha a falecer em consequência dos fatos cadastro atualizado dos militares interessados em serem
ali previstos. convocados.

§ 14 As regras estabelecidas nos parágrafos deste artigo § 3º O planejamento e a supervisão do emprego dos
aplicam-se exclusivamente às hipóteses de convocação convocados, nos termos deste artigo, far-se-á de acordo
nele previstas. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.730, com decreto do Chefe do Poder Executivo, que
de 19 de setembro de 2013) especificará, em especial, o seguinte:

Art. 105-A O Policial Militar da reserva remunerada I- critérios para inscrição e formação dos cadastros;
poderá, além das hipóteses de convocação previstas no II- padrões de treinamento;
Art. 105, ser convocado mediante a aceitação voluntária,
por ato do Governador do Estado, permanecendo na III- normas de divulgação aos militares da reserva;
situação de inatividade, nos termos do Art. 3º, § 1º, IV- critérios para uso de uniforme;
inciso II, alínea “a”, desta Lei, nos seguintes casos: (Artigo

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
LEGISLAÇÃO DO CBMPA

V- critérios para o teste de aptidão física; I- a pedido;


VI- critérios para a inspeção de saúde; II- ex officio, que ocorrerá nas seguintes situações:
VII- critérios para uso de armamento; a) por conclusão do prazo de convocação;
VIII- forma dos atos de convocação e dispensa. b) por interesse ou conveniência da Administração;
§ 4º Compete ao Comandante da Polícia Militar a c) por ter obtido dispensa de saúde por mais de sessenta
expedição dos atos necessários à efetivação dos policiais dias, contínuos ou não, no período de um ano;
militares convocados nas assessorias, podendo implicar
d) por ter sido julgado incapaz para o desempenho da
a substituição dos militares da ativa pelos convocados
designação, em inspeção realizada por junta médica,
nas respectivas assessorias.
anualmente ou extraordinariamente.
§ 5º O Policial Militar convocado nos termos deste artigo
§ 10. O número máximo de policiais militares
não sofrerá alteração em sua situação jurídico-funcional
convocados, nos termos deste artigo, não poderá
e, durante a designação, fará jus a(o):
exceder 5% (cinco por cento) do efetivo fixado na Lei de
I- auxílio mensal, de natureza jurídica indenizatória, Organização Básica da Corporação.
correspondente a dois soldos de seus respectivos postos
§ 11. As despesas decorrentes do presente artigo
ou graduações, o qual não será base de cálculo para
correrão à conta de dotações orçamentárias próprias de
quaisquer vantagens, inclusive as decorrentes de tempo
cada Poder, entidade ou órgão beneficiado pela
de serviço, e não será passível de incorporação;
prestação do serviço, incluindo:
II- auxílio-fardamento, pago uma vez por ano, no valor
I- auxílio mensal;
referente a um soldo do seu respectivo posto ou
graduação; II- diárias e transporte;
III- armamento e equipamentos, quando for o caso; III- auxílio-alimentação;
IV- auxílio-alimentação, nos mesmos padrões pagos aos IV- auxílio-fardamento.
integrantes ativos; § 12. As regras estabelecidas nos parágrafos deste artigo
V- diárias e transporte, quando em deslocamento, em aplicam-se exclusivamente às hipóteses de convocação
face da realização de tarefas fora da sede do Município, nele previstas.
proporcionados nas condições e valores estabelecidos na SEÇÃO III
legislação para a mesma situação hierárquica em
atividade; DA REFORMA

VI- férias remuneradas; Art. 106 - A passagem do Policial-Militar à situação de


inatividade, mediante reforma, será sempre "ex-offício"
VII- 13º salário; e ser-lhe-á aplicada desde que:
VIII- pensão especial. I- Atinja as seguintes idades limites de permanência na
§ 6º A convocação será por prazo certo, em período que reserva remunerada:
não exceda a dois anos, podendo ser renovada uma a) Para oficiais superiores: 64 anos
única vez por igual período.
b) Para Capitães e oficiais subalternos: 62 anos; (Alterado
§ 7º O militar estadual da reserva não poderá ser pela Lei nº 8.407, de 25 de outubro de 2016)
convocado para o exercício das atividades reguladas
neste artigo, após cessado o prazo estabelecido no c) para Subtenentes, 1º Sargento e 2º Sargento - 64 anos;
parágrafo anterior. (Alterado pela Lei nº 8.407, de 25 de outubro de 2016)

§ 8º A convocação sujeita o Policial Militar: d) para 3º Sargento, Cabo e Soldado - 62 anos; (Alterado
pela Lei nº 8.407, de 25 de outubro de 2016)
I- ao cumprimento das normas disciplinares em vigor na
corporação; II- Seja julgado incapaz definitivamente para o serviço da
Polícia Militar;
II- às normas administrativas e de serviço em vigor nos
órgãos onde tiverem atuação. III- Esteja agregado há mais de 02 (dois) anos, por ter sido
julgado incapaz, temporariamente, mediante
§ 9º O Policial Militar convocado poderá ser dispensado:

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
LEGISLAÇÃO DO CBMPA

homologação da Junta Policial-Militar Superior de Saúde, Art. 107 - Anualmente, no mês de fevereiro, órgão de
ainda mesmo que se trate de moléstia curável; - LEI 5.810/94
pessoal da Polícia Militar organizará
IV- Seja condenado à pena de reforma prevista no Código a relação de Policiais-Militares que houverem atingido a
Penal Militar, por sentença transitada em julgado; idade-limite de permanência na reserva remunerada, a
fim de serem reformados.
V- Sendo oficial, a tiver determinada pelo Tribunal de
Justiça do Estado, em julgamento por ele efetuado, em Parágrafo Único - A situação de inatividade do Policial-
consequência de Conselho de Justificação a que foi Militar da reserva remunerada, quando reformado por
submetido; limite de idade, não sofre solução de continuidade,
exceto, quando às condições de mobilização
VI- Sendo Aspirante-a-Oficial PM/BM ou praça com
estabelecidas em legislação específica.
estabilidade assegurada, for para tal indicado, ao
Comandante Geral da Polícia Militar, em julgamento do Art. 108 - A incapacidade definitiva pode sobrevir em
Conselho de Disciplina. consequência de:
§ 1º O policial militar reformado na forma dos incisos V e
I- Ferimento recebido em operações Policiais-Militares
VI só poderá readquirir a situação de policial militar,
ou manutenção da ordem pública;
anterior, respectivamente, por outra sentença do
Tribunal de Justiça do Estado e nas condições nela II- Enfermidade contraída em operações Policiais-
estabelecidas ou por decisão do Comandante-Geral da Militares ou na manutenção da ordem pública, ou
Polícia Militar. (Renumerado pela Lei nº 8.974, de 13 de enfermidade cuja causa eficiente decorra de uma dessas
janeiro de 2020) situações;
§ 2º Mediante requerimento, é facultada ao policial III- Acidente em serviço;
militar que incorra em situação de reforma por
incapacidade física definitiva para atividade-fim a IV- Doença, moléstia ou enfermidade adquirida em
permanência no serviço ativo, com emprego na tempo de paz, com relação de causa e efeito às
atividade-meio, no mesmo posto ou graduação, hipótese condições inerentes ao serviço;
em que será readaptado, na forma estabelecida em V- Tuberculose ativa, neoplastia malígna, cegueira, lepra,
Decreto. (Acrescido pela Lei nº 8.974, de 13 de janeiro de paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,
2020) mal de Parkinson, pênfigo, espodiloartrose,
§ 3º O policial militar deverá ser readaptado em função anquilosante, nefropatia grave, alienação mental e
compatível com a sua capacidade física, desde que seja outras moléstias que a lei indicar com base nas
julgado apto, por Junta Policial Militar de Saúde, para o conclusões da medicina especializada;
exercício da nova função, atendida a conveniência do
serviço. (Acrescido pela Lei nº 8.974, de 13 de janeiro de VI- Acidente ou doença, moléstia ou enfermidade, sem
2020) relação de causa e efeito com o serviço.
§ 4º O readaptado poderá ser reavaliado a qualquer § 1º - Os casos que tratam os incisos I, II, III e IV deste
tempo pela Junta Policial Militar de Saúde, por artigo, serão, provados por Atestado de Origem,
solicitação do Diretor de Pessoal ou por manifestação Inquérito Sanitário de Origem ou ficha de evacuação,
fundamentada do Comandante, Chefe ou Diretor do sendo os termos do acidente, baixa ao hospital, papeleta
policial militar. (Acrescido pela Lei nº 8.974, de 13 de de tratamento nas enfermarias e hospitais e os registros
janeiro de 2020) de baixa utilizados como meios subsidiários para
§ 5º Não sendo possível a manutenção da readaptação, esclarecer a situação. Prescreve em 01 (um) e 120 (cento
o policial militar será reformado, a qualquer tempo, por e vinte) dias respectivamente, o direito de participar o
meio de avaliação da Junta Policial Militar de Saúde. acidente ou requerer a instauração de Inquérito
(Acrescido pela Lei nº 8.974, de 13 de janeiro de 2020) Sanitário de Origem (ISO).
§ 6º O policial militar, uma vez readaptado, ficará sujeito
§ 2º - O Policiais-Militares julgados incapazes por um dos
à reforma, caso incorra em situação de inatividade,
motivos constantes do item V deste artigo somente
prevista nos incisos I, IV, V e VI deste artigo. (Acrescido
poderão ser reformados após a homologação, por Junta
pela Lei nº 8.974, de 13 de janeiro de 2020)
Policial-Militar Superior de Saúde, da inspeção de saúde
Art. 106-A. Os policiais militares reformados por que conclui pela incapacidade definitiva, obedecida a
incapacidade física definitiva para atividade-fim, no regulamentação específica ou peculiar.
período de até 1 (um) ano anterior à data de publicação
§ 3º - Nos casos de tuberculose, as Juntas Policiais-
desta Lei, poderão requerer a readaptação. (Acrescido
Militares de Saúde deverão basear seus julgamentos,
pela Lei nº 8.974, de 13 de janeiro de 2020)

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LEGISLAÇÃO DO CBMPA

obrigatoriamente, em observações clínicas Art. 109 - O Policial-Militar da ativa julgado incapaz


acompanhadas de repetidos exames subsidiários, de definitivamente por um dos motivos constantes dos
modo a comprovar, com segurança, a atividade da incisos I, II, III, IV e V do artigo anterior será reformado
doença após acompanhar sua evolução até 03 (três) com qualquer tempo de serviço.
períodos de 06 (seis) meses de tratamento clínico
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo aos casos previstos
cirúrgico-metódico, atualizado e, sempre que necessário,
nos incisos III, IV e V do artigo 108, quando verificada a
nosocomial, salvo quando se tratar de formas
incapacidade definitiva, for o Policial-Militar considerado
"grandemente avançadas" no conceito clínico e sem
inválido, isto é, impossibilitado total e
qualquer possibilidade de regressão completa, as quais
permanentemente para qualquer trabalho.
terão parecer imediato de incapacidade definitiva. O
parecer definitivo a adotar, nos casos de tuberculose, § 2º Considera-se, para efeito deste artigo, grau
para os portadores de lesões aparentemente inativas, hierárquico imediato:
ficará condicionado a um período de consolidação a) O de 1º Tenente PM/BM para Aspirante-a-Oficial
extranosocomial, nunca inferior a 06 (seis) meses, PM/BM e Subtenente PM/BM;
contados a partir da época da cura.
b) O de 2º Tenente PM/BM para 1º Sargento PM/BM, 2º
§ 4º - São equiparados à cegueira, não só os casos de Sargento PM/BM e 3º Sargento PM/BM;
afecções crônicas progressivas e incuráveis, que
conduzirão à cegueira total, como também, os de visão c) O de 3º Sargento PM/BM para cabo PM/BM e as
rudimentar que apenas permitam a percepção de vultos demais praças constante do Quadro a que se refere o
não susceptíveis de correção por lentes, nem removíveis artigo 15.
por tratamento médico-cirúrgico. § 3º Aos benefícios previstos neste artigo e seus
§ 5º - São também equiparados às paralisias os casos de parágrafos, poderão ser acrescidos outros relativos à
afecção ósteo-músculo-articulares graves e crônicos remuneração, estabelecidos em legislação específica,
(reumatismo grave e crônico ou progressivo) e doenças desde que o Policial-Militar, ao ser reformado, já
similares residuais, quer secundárias das funções satisfaça as condições por ela exigida.
nervosas, motilidade, troficidade ou mais funções, que § 4º O direito do Policial-Militar previsto no artigo 52
tornem o indivíduo total ou permanentemente inciso II, independerá dos benefícios referidos no
impossibilitado para qualquer trabalho. "Caput" e no § 1º deste artigo.
§ 6º - Considera-se paralisia todo caso de neuropatia § 5º Quando a praça fizer jus ao direito previsto no artigo
grave e definitiva que afete a motilidade, sensibilidade, 52, inciso II, e, conjuntamente a um dos benefícios a que
troficidade e demais funções nervosas, no qual, se refere o parágrafo anterior, aplicar-se-á somente o
esgotados os meios habituais de tratamento, disposto no § 2º deste artigo.
permaneçam distúrbios graves, extensos e definitivos
que tornem o indivíduo total e permanentemente Art. 110 - O Policial-Militar da ativa julgado incapaz
impossibilitado para qualquer trabalho. definitivamente por um dos motivos constantes do
inciso VI do artigo 108, será reformado:
§ 7º - Considera-se a alienação mental todo caso de
distúrbio mental ou neuro mental grave persistente, no a) Com remuneração proporcional ao tempo de serviço,
qual esgotado os meios habituais de tratamento se oficial ou praça com estabilidade assegurada;
(psicoterapia, psicofarmacoterapia, b) Com remuneração calculada com base no soldo
eletroconvulsoterapia, etc.) durante um período de dois integral do posto ou graduação desde que, com qualquer
(2) anos contínuos, dos quais 1/4 (um quarto) ou mais tempo de serviço, seja considerado inválido, isto é,
sob a forma de internamento nosocomial, permaneça impossibilitado total e permanentemente para qualquer
alteração completa ou considerável da personalidade, trabalho.
destruindo a autodeterminação do pragmatismo e
Art. 111 - O Policial-Militar reformado por incapacidade
tornando o indivíduo total e permanentemente
física definitiva e que ainda não atingiu a limite de idade
impossibilitado para qualquer trabalho. São incluídos no
estabelecido pelo artigo 103, inciso I, será submetido
conceito de alienação mental os estados mentais graves
anualmente à inspeção de saúde para fins de avaliação
que se comportem como psicose grave, tais como, a
de seu estado clínico. Quando julgado apto, será
neurose obsessivo-convulsiva. São excluídas do conceito
revertido ao serviço ativo e empregado na atividade
de alienação mentais as epilepsias não associadas à
meio.
psicose e os transtornos mentais não psicóticos, tais
como, os transtornos neuróticos e da personalidade.

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Art. 112 - O Policial-Militar reformado por alienação § 1º A demissão, a pedido, só será concedida mediante
- LEI
mental, enquanto não ocorrer a designação judicial do5.810/94
indenização de todas as despesas correspondentes,
curador, terá remuneração paga aos seus beneficiários, acrescidas, se for o caso, das previstas no inciso II,
desde que estes, o tenham sob sua guarda e quando o oficial tiver realizado qualquer curso ou
responsabilidade e lhe dispensem tratamento humano e estágio, no País ou no exterior, e não tenham decorridos
condigno. os seguintes prazos:
§ 1º A interdição judicial do Policial-Militar, reformado a) 02 (dois) anos, para cursos ou estágios de duração
por alienação mental, deverá ser providenciada junto ao igual ou superior a 06 (seis) meses;
Ministério Público, por iniciativa dos beneficiários,
b) 03 (três) anos, para cursos ou estágios de duração
parentes ou responsáveis, até 60 (sessenta) dias a contar
igual ou superior a 06 (seis) meses igual ou inferior a 18
da data do ato de reforma.
(dezoito) meses;
§ 2º A interdição judicial do Policial-Militar e seu
c) 05 (cinco) anos, para cursos ou estágios de duração
internamento em instituição apropriada, deverão ser
superior a 18 (dezoito) meses.
providenciados pela Polícia Militar, quando:
§ 2º O cálculo das indenizações a que se refere o inciso II
a) Não houver beneficiários, parentes ou responsáveis;
e o § 1º deste artigo, será efetuado pela Organização
b) Não forem satisfeitas as condições de tratamento Policial-Militar encarregada das finanças da Polícia
exigidas neste artigo. Militar.
§ 3º - Os processos e os atos de registro de interdição do § 3º O oficial demissionário, a pedido, não terá direito a
Policial-Militar terão andamento sumário, serão qualquer remuneração, sendo a sua situação militar
instruídos com laudo proferido por Junta Policial-Militar definida pela Lei do Serviço Militar.
de Saúde e isento de custas.
§ 4º O direito à demissão a pedido pode ser suspenso na
Art. 113 - Para fins do previsto na presente secção, as vigência do estado de guerra, calamidade pública,
praças constantes do Quadro a que ser refere o artigo 15, perturbação da ordem interna, estado de sítio, estado de
são consideradas: emergência, em caso de mobilização ou, ainda, quando
a legislação específica determinar.
I- 2º Tenente PM/BM: Aspirantes-a-Oficial PM/BM;
Art. 116 - Revogado. (Lei nº 6.626/04)
II- Aspirantes-a-Oficial PM/BM: os alunos da Escola de
Formação de Oficiais PM/BM, qualquer que seja o ano; SEÇÃO V
III- 3º Sargento PM/BM: os alunos dos Cursos de DA PERDA DO POSTO E DA PATENTE
Formação de Sargentos PM/BM;
Art. 117 - O oficial que tiver perdido o posto e a patente,
IV- Cabo PM/BM: os alunos do Curso de Formação de será demitido "ex-offício" sem direito a qualquer
Cabo PM/BM e soldados PM/BM. remuneração ou indenização e terá a sua situação militar
definida pela Lei do Serviço Militar.
SEÇÃO IV
Art. 118 - O oficial perderá o posto e a patente ser for
DA DEMISSÃO
declarado indigno do oficialato, ou com ele incompatível,
Art. 114 - A demissão na Polícia Militar, aplicada por decisão do Tribunal de Justiça do Estado, em
exclusivamente aos oficiais, se efetua: decorrência de julgamento a que for submetido.
I- A pedido; Parágrafo Único - O oficial declarado indigno do
II- Ex-offício. oficialato ou com ele incompatível, condenado à perda
de posto e patente, só poderá readquirir a situação
Art. 115 - A demissão a pedido será concedida mediante Policial-Militar anterior, por outra sentença do Tribunal
requerimento do interessado: mencionado e nas condições nela estabelecidas.
I- Sem indenização aos cofres públicos, quando contar Art. 119 - Fica sujeito à declaração de indignidade para o
mais de 05 (cinco) anos de oficialato na Polícia Militar; oficialato ou de incompatibilidade com o mesmo, o
II- Com indenização das despesas relativas à sua oficia, que:
preparação e formação, quando contar menos de 05 I- For condenado por Tribunal Civil ou Militar à pena
(cinco) anos de oficialato na Polícia Militar. restritiva de liberdade individual superior a 02 (dois)

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anos em decorrência de sentença condenatória SEÇÃO VII


transitada em julgado;
DA EXCLUSÃO DAS PRAÇAS A BEM DA DISCIPLINA
II- For condenado por sentença transitada em julgado,
Art. 123 - A exclusão a bem da disciplina será aplicada ex-
por crimes para os quais o Código Penal Militar comina
offício ao Aspirante-a-Oficial PM/BM ou às praças com
essa penas acessórias e por crimes previstos na legislação
estabilidade assegurada:
concernente à segurança do Estado;
I- Sobre os quais houver pronunciado tal sentença o
III- Incidir nos casos previstos em Lei específica que
Conselho Permanente de Justiça, por haverem sido
motivam julgamento por Conselho de Justificação e
condenados em sentença transitada em julgado por
neste for considerado culpado;
aquele Conselho ou Tribunal Civil, à pena restritiva da
IV- Houver perdido a nacionalidade brasileira. liberdade individual superior a 02 (dois) anos ou nos
crimes previstos na legislação concernente à segurança
SEÇÃO VI
do Estado à pena de qualquer duração;
DO LICENCIAMENTO
II- Sobre os quais houver pronunciado tal sentença o
Art. 120 - O licenciamento do serviço ativo, aplicado Conselho Permanente de Justiça, por haverem perdido a
somente às praças, se efetua: nacionalidade brasileira;
I- A pedido; III- Que incidirem nos casos que motivarem o julgamento
II- Ex-offício. pelo Conselho de Disciplina, previsto no artigo 51 e,
neste, forem considerados culpados.
§ 1º O licenciamento a pedido poderá ser concedido às
praças de acordo com as normas baixadas pelo Parágrafo Único - O Aspirante-a-Oficial PM/BM ou a
Comandante Geral. praça com estabilidade assegurada que houver sido
excluído a bem da disciplina só poderá readquirir a
§ 2º O licenciamento ex-offício será aplicado às praças: situação Policial-Militar anterior:
I- Por conveniência do serviço; a) Por outra sentença do Conselho Permanente de
II- A bem da disciplina; Justiça e nas condições nela estabelecidas, se a exclusão
for consequência de sentença daquele Conselho;
III- Por conclusão de tempo de serviço.
b) Por decisão do Comandante Geral da Polícia Militar,
§ 3º O Policial-Militar licenciado não tem direito a se a exclusão for consequência de ter sido julgado
qualquer remuneração e terá a sua situação militar culpado em Conselho de Disciplina.
definida pela Lei do Serviço Militar.
Art. 124 - É da competência do Comandante Geral, o ato
§ 4º - O licenciado ex-offício a bem da disciplina receberá de exclusão a bem da disciplina do Aspirante-a-Oficial
o certificado de isenção do serviço militar, previsto na Lei PM/BM, bem como das praças com estabilidade
do Serviço Militar. assegurada.
Art. 121 - O Aspirante-a-Oficial PM/BM e as demais Art. 125 - A exclusão da praça a bem da disciplina,
praças empossadas em cargo público permanente, acarreta a perda de seu grau hierárquico e não a isenta
estranho à sua carreira e cuja a função não seja de da indenização dos prejuízos causados à Fazenda
magistério, serão imediatamente licenciados ex-offício, Estadual ou a terceiros, nem das pensões decorrentes de
sem remuneração, e terão a sua situação definida pela sentença judicial.
Lei do Serviço Militar.
Parágrafo Único - A praça excluída a bem da disciplina
Art. 122 - O direito ao licenciamento a pedido poderá ser não terá direito a qualquer indenização ou remuneração
suspenso na vigência do estado de guerra, calamidade e a sua situação militar será definida pela Lei do Serviço
pública, perturbação da ordem interna, estado de sítio, Militar.
estado de emergência, em caso de mobilização ou, ainda,
quando a legislação específica regular.
SEÇÃO VIII
DA DESERÇÃO
Art. 126 - A deserção do Policial-Militar acarreta uma
interrupção do serviço Policial-Militar, com a
consequente demissão "ex-offício", para o oficial, ou a

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exclusão do serviço ativo para o Aspirante-a-Oficial ou CAPÍTULO III


praça. - LEI 5.810/94
DO TEMPO DE SERVIÇO
§ 1º A demissão do oficial ou exclusão do Aspirante-a-
Art. 130 - Os Policiais-Militares começam a contar tempo
Oficial ou d praça com estabilidade assegurada
de serviço na Polícia Militar a partir da data de sua
processar-se-á após 01 (um) ano de agregação, se não
inclusão, matrícula em órgãos de formação de Policial-
houver captura ou apresentação voluntária antes desse
Militar ou nomeação para posto ou graduação na Polícia
prazo.
Militar.
§ 2º A praça sem estabilidade assegurada será
§ 1º Considera-se como data de inclusão, para fins deste
automaticamente excluída, após oficialmente declarada
artigo, a do ato de inclusão em uma Organização Policial-
desertora.
Militar; a de matrícula em qualquer órgão de formação
§ 3º O Policial-Militar desertor que for capturado ou se de oficiais ou de praças ou de apresentação para o
apresentar voluntariamente, depois de ter sido demitido serviço, em caso de nomeação.
ou excluído será reincluído no serviço ativo e a seguir
§ 2º O Policial-Militar reincluído recomeça a contar
agregado para se ver processar.
tempo de serviço na data de sua reinclusão.
§ 4º A reinclusão em definitivo do Policial-Militar, de que
§ 3º Quando, por motivo de força maior oficialmente
trata o parágrafo anterior, dependerá de sentença do
reconhecido, decorrente de incêndio, inundação,
Conselho de Justiça.
sinistro aéreo e outras calamidades, faltarem dados para
SEÇÃO IX a contagem de tempo de serviço, caberá ao Comandante
Geral arbitrar o tempo a ser computado para cada caso
DO FALECIMENTO, DO EXTRAVIO E DO
particular, de acordo com os elementos disponíveis.
REAPARECIMENTO
§ 4º Os períodos de tempo de serviço, prestados pelas
Art. 127 - O falecimento do Policial-Militar na ativa
praças, serão estabelecidos em normas baixadas pelo
acarreta, automaticamente, a exclusão do serviço ativo e
Comandante Geral.
desligamento da Organização Policial-Militar a que está
vinculado, na data da ocorrência do óbito. Art. 131 - Na apuração de tempo de serviço do Policial-
Militar, será feita a distinção entre:
Art. 128 - O Extravio do Policial-Militar na ativa acarreta
interrupção do serviço Policial-Militar, com o I- Tempo de efetivo serviço;
consequente afastamento temporário do serviço ativo, a
II- Anos de serviço.
partir da data em que o mesmo for oficialmente
considerado. Art. 132 - Tempo efetivo de serviço é o espaço de tempo
computado dia-a-dia entre a data de inclusão e a data
§ 1º - A exclusão do serviço ativo será feita 06 (seis)
limite estabelecida para contagem ou a data do
meses após a agregação por motivo extravio.
desligamento em consequência da exclusão do serviço
§ 2º - Em caso de naufrágio, sinistro aéreo, catástrofe, ativo, mesmo que tal espaço de tempo seja parcelado.
calamidade pública ou outros acidentes oficialmente
§ 1º Será computado tempo de efetivo serviço:
reconhecidos, o extravio ou desaparecimento de Policial-
Militar da ativa será considerado como falecimento para I- O tempo de serviço prestado nas Forças Armadas ou
fins deste Estatuto tão logo sejam esgotados os prazos em outras Polícias Militares, e
máximos de possível sobrevivência, ou quando dêem por II- O tempo passado dia-a-dia, nas Organizações Policiais-
encerradas as providências do salvamento. Militares, pelo Policial-Militar da reserva da Corporação,
Art. 129 - O reaparecimento de Policial-Militar extraviado convocado para o exercício de funções Policiais-
ou desaparecido, já excluído do serviço ativo, resulta em Militares.
sua reinclusão e nova agregação, enquanto se apuram as § 2º Não serão reduzidos do tempo de efetivo serviço
causas que deram origem ao seu afastamento. além dos afastamentos previstos no artigo 68, os
Parágrafo Único - O Policial-Militar reaparecido será períodos em que o Policial-Militar estiver afastado do
submetido a Conselho de Justificação ou a Conselho de exercício de suas funções, em gozo de licença especial.
Disciplina, por decisão do Governador do Estado ou do § 3º Ao tempo de efetivo serviço, de que tratam este
Comandante Geral, respectivamente, se assim for artigo e seus parágrafos, apurados e totalizados em dias,
julgado necessário. será aplicado o divisor 365 (trezentos e sessenta e cinco)

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para a correspondente obtenção dos anos de efetivo V- Decorrido em cumprimento de pena restritiva da
serviço. liberdade, por sentença transitada em julgado, desde
que não tenha sido concedida suspensão condicional da
Art. 133 - "Anos de Serviço" é a expressão que designa o
pena, quando, então, o tempo que exceder ao período
tempo de efetivo serviço a que se referem o artigo 133 e
da pena será computado para todos os efeitos, caso as
seus parágrafos, com os seguintes acréscimos:
condições estipuladas na sentença não o impeçam.
I- Tempo de serviço público federal, estadual ou
Art. 134 - O tempo em que o Policial-Militar passou ou
municipal, prestados pelo Policial-Militar, anteriormente
vier a passar afastado do exercício de suas funções, em
à sua inclusão, matrícula, nomeação ou reinclusão na
consequência de ferimentos recebidos em acidentes
Polícia Militar;
quando em serviço na manutenção da ordem pública e
II- Tempo de serviço de atividade privada na forma da em operações Policiais-Militares ou de moléstia
legislação específica. adquirida no exercício de qualquer função Policial-
III- 01 (um) ano para cada 05 (cinco) anos de tempo de Militar, será computado como se ele o tivesse passado
efetivo serviço prestado pelo oficial do Quadro de Saúde no exercício efetivo daquelas funções.
que possuir curso universitário, até que este acréscimo Art. 134. O tempo em que o policial militar da ativa
complete o total de anos de duração normal passou ou vier a passar afastado do exercício de suas
correspondente ao referido curso, sem superposição a funções, em consequência de ferimentos recebidos em
qualquer tempo de serviço Policial-Militar, público ou de acidente quando em serviço na manutenção da ordem
atividade privada, eventualmente prestado durante pública e em operações policiais-militares, ou de
realização deste mesmo curso. moléstia adquirida no exercício de qualquer função
IV- Tempo relativo a cada licença especial não gozada, policial-militar, será computado como se ele o tivesse
contando em dobro; passado no exercício efetivo daquelas funções. (Alterado
pela Lei nº 8.974, de 13 de janeiro de 2020)
V- Tempo relativo a férias não gozadas, contado em
dobro. Parágrafo único. O cômputo do tempo previsto no caput
deste artigo se encerra no momento da transferência do
§ 1º O acréscimo a que se refere o inciso I deste artigo, policial militar para a reforma ou reserva remunerada.
só será computada no momento da passagem do Policial- (Acrescido pela Lei nº 8.974, de 13 de janeiro de 2020)
Militar à situação de inatividade e para esse fim.
Art. 135 - O tempo de serviço dos Policiais-Militares
§ 2º Os acréscimos a que se referem os incisos II, III, IV e beneficiados por anistia, será contado como estabelecer
V deste artigo, serão computados somente no momento o ato legal que a conceder.
da passagem do Policial-Militar à situação de inatividade
e, nessa situação, para todos os efeitos legais, inclusive Art. 136 - Uma vez computado o tempo efetivo de
quanto à percepção definitiva da gratificação de tempo serviço e seus acréscimos, previstos nos artigos 133 e
de serviço. 134, e no momento da passagem do Policial-Militar à
situação de inatividade, pelos incisos I, II, III, IV e V do
§ 3º O disposto no inciso III deste artigo aplicar-se-á nas artigo 103 e nos incisos II e III do artigo 106 a fração de
mesmas condições e na forma da legislação específica, tempo igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias será
aos possuidores de curso universitário, reconhecido considerado como 01 (um) ano para efeitos legais.
oficialmente que venham a ser aproveitados como
oficiais da Polícia Militar, desde que esse curso seja Art. 137 - O tempo de serviço prestado à antiga Guarda
requisito para seu aproveitamento. Civil do Estado pelo Oficiais e Praças da Polícia Militar,
aproveitados nos termos do Decreto-Lei nº 188, de 24 de
§ 4º Não é computável para efeito algum, o tempo: março de 1970, é computado como tempo de efetivo
I- Que ultrapassar de 01 (um) ano, contínuo ou não em serviço para fins do artigo 133 deste Estatuto.
licença para tratamento de saúde de pessoa da família; Art. 138 - A data-limite estabelecida para final de
II- Passado em licença para tratar de interesse particular; contagem dos anos de serviço, para inatividade, será a
do desligamento em consequência da exclusão do
III- Passado como desertor; serviço ativo.
IV- Decorrido em cumprimento de pena de suspensão do Parágrafo Único - A data-limite não poderá exceder de
exercício do posto, graduação, cargo ou função por 45 (quarenta e cinco) dias, dos quais o máximo de 15
sentença transitada em julgado; (quinze) no órgão encarregado de efetivar a
transferência da data da publicação do ato de

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transferência para a reserva remunerada da Policia Art. 144 - As dispensas de serviço podem ser concedidas
- LEI
Militar ou reforma, órgão oficial do Governo do Estado 5.810/94
aos Policiais-Militares:
do Pará ou em Boletim da organização Policial-Militar
I- Como recompensa;
considerada sempre a primeira publicação oficial.
II- Para desconto em férias;
Art. 139 - Na contagem dos anos de serviço não poderá
ser computada qualquer superposição do tempo de III- Em decorrência de prescrição médica.
serviço público (federal, estadual ou municipal e da Parágrafo Único - As dispensas de serviço serão
administração indireta), entre si, nem com os acréscimos concedidas com a remuneração integral e computadas
de tempo para os Oficiais do Quadro de Saúde como tempo de efetivo serviço.
possuidores de curso universitário, e nem com o tempo
de serviço computável após a inclusão em organização
Policial-Militar, matrícula em órgão de formação Policial- TÍTULO V
Militar ou nomeação para posto ou graduação na Polícia
Militar. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 145 - A assistência religiosa aos Policiais-Militares é
regulada em legislação específica.
CAPÍTULO IV
Art. 146 - Ao Policial-Militar já na situação de inatividade
DO CASAMENTO remunerada, que venha a ser julgado pela Junta Policial-
Art. 140 - O Policial-Militar pode contrair matrimônio, Militar de Saúde, inválido, impossibilitado total e
desde que observada a legislação civil específica. permanentemente para qualquer trabalho, ainda que
sem relação de causa e efeito com o exercício de suas
§ 1º - É vedado o casamento às praças especiais, com funções enquanto esteve na ativa, fará jus ao auxílio
qualquer idade, enquanto estiverem sujeitas aos invalidez.
regulamentos dos órgãos de formação de oficiais.
Art. 147 - O Policial-Militar que em inspeção de saúde for
§ 2º - O casamento de Policial-Militar com estrangeiro (a) julgado incapaz para o serviço Policial-Militar e vier a
somente poderá ser realizado após autorização do falecer antes da efetivação de sua reforma, será
Comandante Geral. considerado reformado, para todos os efeitos legais, a
Art. 141 - As praças especiais que contraírem matrimônio contar da data do óbito.
em desacordo com o § 1º do artigo anterior serão Art. 148 - Ao Policial-Militar (Fem), integrantes dos
excluídas sem direito a qualquer remuneração ou Quadros Orgânicos da Polícia Militar, aplicar-se-ão, na
indenização. integra, os dispositivos deste Estatuto, resguardados os
direitos específicos da mulher, regulados por legislação
específica ou peculiar.
CAPÍTULO V
Art. 149 - É vedado o uso, por parte de Organização Civil,
DAS RECOMPENSAS E DAS DISPENSAS DO SERVIÇO
de designações que possa sugerir sua vinculação à Polícia
Art. 142 - As recompensas constituem reconhecimento Militar.
dos bons serviços prestados pelos Policiais-Militares.
Parágrafo Único - Excetuam-se as prescrições deste
§ 1º São recompensas Policiais-Militares: artigo as associações, clubes, círculos e outras entidades
que se destinem exclusivamente a promover
I- Prêmios de honra ao mérito;
intercâmbio social e assistencial entre os Policiais-
II- Condecorações Militares e seus familiares e entre esses e a sociedade
III- Elogios; civil local.

IV- Dispensa do serviço. Art. 150 - Às praças, que concluírem o tempo de serviço
a que estiverem obrigadas poderá, desde que
§ 2º As recompensas serão concedidas de acordo com as requeiram, ser concedida prorrogação desse tempo um
normas estabelecidas na legislação em vigor. ou mais vezes, como engajadas ou reengajados, segundo
Art. 143 - As dispensas do serviço são autorizações as conveniências da Corporação e de acordo com a
concedidas aos Policiais-Militares para afastamento total legislação peculiar.
do serviço em caráter temporário.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
LEGISLAÇÃO DO CBMPA

Parágrafo Único - O tempo de serviço Policial-Militar Art. 160 - Após a vigência do presente Estatuto, serão a
inicial, de engajamento e de reengajamento, será de 02 ele ajustados todos os dispositivos legais e
(dois) anos. regulamentares que com ele tenham pertinência.
Art. 151 - Aplicam-se à Polícia Militar, no que couber, o Ar. 161 - O presente Estatuto entrará em vigor na data
Regulamento Interno e dos Serviços do Exército (R/I), o de sua publicação, ficando revogada a Lei nº 4.525, de 09
Regulamento de Contingências, Honras e Sinais de de julho de 1974 e demais disposições em contrário.
Respeito das Forças Armadas (R/2) e o Regulamento de
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ, 31 de
Correspondência (R/8).
julho de 1985.
Art. 152 - O cônjuge do Policial-Militar, sendo servidor
estadual, será, se o requerer, removido ou designado
para a sede do município onde servir o Policial-Militar,
sem prejuízo de qualquer dos seus direitos, passando, se
necessário, à condição de adido ou posto à disposição de
qualquer órgão do serviço público estadual.
Art. 153 - Quando, por necessidade do serviço, o Policial-
Militar mudar a sede do seu domicílio, terá assegurado o
direito de transferência e matrícula, para si e seus
dependentes, para qualquer estabelecimento de ensino
do Estado, independente de vaga e em qualquer grau.
Art. 154 - Ao Coronel PM que tenha exercido o Cargo de
Comandante Geral da Polícia Militar, por tempo superior,
a 06 (seis) meses, nomeado pelo Governador do Estado,
fica assegurado, ao ser transferido para a reserva, o
direito de ter os proventos de inatividade, fixados com a
incorporação das vantagens gerais e especiais, bem
como, todas as indenizações que a qualquer título
caibam ao referido cargo.
Art. 155 - Os vencimentos e vantagens do pessoal em
serviço ativo ou na inatividade, ficam sujeitos às
limitações do artigo 24 do Decreto-Lei Federal nº 667, de
02 de julho de 1969.
Art. 156 - Não se aplicam as disposições deste Estatuto
ao pessoal civil em serviço na Polícia Militar.
Art. 157 - O período de permanência do oficial em cargo
de Comando de Organização da Polícia Militar,
operacional e do Serviço de Saúde, tem a duração de 02
(dois) anos, podendo ser prorrogado por mais 01 (um)
ano, a critério do Comandante Geral e desde que a
prorrogação seja exclusivamente, do interesse da
Corporação.
Art. 158 - A ex-praça, que se encontrava hospitalizada ou
em tratamento de saúde à época do licenciamento ou
exclusão do serviço ativo, terá direito a assistência
médico-hospitalar por conta do Estado até sua alta
médica.
Art. 159 - As disposições deste Estatuto não retroagem
para alcançar situações definidas anteriormente à data
de sua vigência.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
LEGISLAÇÃO DO CBMPA

LEI N° 9.161, DE 13 DE JANEIRO DE 2021 definidos em lei, desde que na prática de atos específicos
- LEI 5.810/94
relacionados a esses cargos ou funções que não afetem
a honra pessoal, o pundonor bombeiro-militar e o
decoro da classe;
Institui o Código de Ética e II- aos bombeiros militares ocupantes de cargos públicos
Disciplina do Corpo de Bombeiros de natureza eletiva definidos em lei, desde que na
Militar do Pará. prática de sua atividade parlamentar por suas opiniões,
palavras e votos; e
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ III- aos membros dos conselhos de justiça, desde que na
estatui e eu sanciono aseguinte Lei: prática de atos específicos relacionados à função.
LIVRO I Finalidade
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E DA DEONTOLOGIA Art. 3º O CEDCBMPA tem por finalidade especificar e
BOMBEIRO-MILITAR classificar as transgressões disciplinares, estabelecer
normas relativas à amplitude e à aplicação das punições
TÍTULO I
disciplinares e avaliação continuada do
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS comportamento disciplinar escolar, com seus
CAPÍTULO I respectivos procedimentos e processos, à classificação
do comportamento bombeiro-militar dos praças, à
DAS GENERALIDADES interposição de recursos contra a aplicação das
punições e recompensas.

Organização do Código Equiparação a OBM

Art. 1º Esta Lei institui o Código de Ética e Disciplina do Art. 4º Para efeito deste código, são Organizações
Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CEDCBMPA), que Bombeiro-Militares (OBM) o Quartel do Comando-
dispõe sobre o comportamento ético e estabelece os Geral, Comandos Operacionais Intermediários,
procedimentos para apuração da responsabilidade Diretorias, Corpo Militar de Saúde, Unidades
administrativo-disciplinar dos integrantes do Corpo de Operacionais, Unidades de Apoio e áreas de instrução e
Bombeiros Militar do Pará. exercício.

Abrangência Equiparação a comandante

Art. 2º Estão sujeitos a esta Lei os bombeiros militares Parágrafo único. Para efeito deste código, os
ativos e inativos, nos termos da legislação vigente. comandantes, diretores ou chefes de OBM,
subunidades e pelotões destacados serão denominados
Alunos “COMANDANTES”.
§1º Os alunos de órgãos específicos de formação, CAPÍTULO II
especialização e aperfeiçoamento de bombeiros
militares ficam sujeitos às disposições deste código, DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA HIERARQUIA E DA
sem prejuízo das leis, regulamentos, normas e outras DISCIPLINA
prescrições das Hierarquia
Organizações Bombeiro-Militares (OBM) em que Art. 5º A hierarquia bombeiro-militar é a ordenação
estejam matriculados. progressiva da autoridade, em níveis diferentes,
Bombeiros militares à disposição decorrente da obediência dentro da estrutura do
Corpo de Bombeiros Militar, alcançando seu grau
§2º Também se aplicam as normas deste código aos
máximo no Governador do Estado, que é o Comandante
bombeiros militares à disposição de outros órgãos.
Supremo da Corporação.
Inalcançáveis disciplinarmente
Ordenação da autoridade
§3º O disposto neste código não se aplica:
§1º A ordenação da autoridade se faz por postos e
I- aos bombeiros militares ocupantes de cargos ou graduações, de acordo com o escalonamento
funções públicas de natureza não bombeiro-militar hierárquico, a antiguidade e a precedência funcional.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
LEGISLAÇÃO DO CBMPA

Posto Responsabilidade
§2º Posto é o grau hierárquico dos oficiais, §1º Cabe ao bombeiro militar a responsabilidade pelas
correspondente ao respectivo cargo, conferido por ato ordens que der e pelas consequências que delas
do Governador do Estado e atestado em Carta Patente. advierem.
Graduação Esclarecimento sobre ordem
§3º Graduação é o grau hierárquico dos praças, §2º Cabe ao subordinado, ao receber uma ordem,
correspondente ao respectivo cargo, conferido pelo solicitar os esclarecimentos necessários ao seu total
Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar. entendimento e compreensão.
Antiguidade Excesso e omissão
§4º Nos casos de declaração a aspirante-a-oficial, §3º Cabe ao bombeiro militar que exorbitar ou se omitir
incorporação e promoção por conclusão de curso de no cumprimento de ordem recebida a responsabilidade
formação prevalecerá, para efeito de antiguidade, a pelos excessos e abusos que cometer ou pelo que
ordem de classificação obtida nos respectivos cursos ou deixou de fazer.
concursos.
Responsabilidade de terceiro
§5º A ordenação dos postos e graduações em relação à
§4º Se a violação da disciplina é provocada por terceiro,
antiguidade e precedência no Corpo de Bombeiros
responderá este pela transgressão, se bombeiro militar.
Militar se faz conforme preceitua o Estatuto dos
Militares Estaduais.
Disciplina CAPÍTULO III
Art. 6º A disciplina bombeiro-militar é a rigorosa DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO
observância e o acatamento integral das leis,
Comando
regulamentos, normas e disposições, traduzindo-se
peloperfeito cumprimento do dever por parte de todos Art. 8º Comando é a soma de autoridade, deveres e
e de cada um dos componentes do organismo responsabilidade que o bombeiro militar é investido
bombeiro-militar. legalmente, quando conduz homens ou dirige uma
Manifestações essenciais Organização Bombeiro-Militar. O Comando é vinculado
ao grau hierárquico e constitui prerrogativa
§1º São manifestações essenciais de disciplina, dentre
impessoal, na qual se define e se caracteriza como
outras:
chefe.
I- a correção de atitudes;
Equiparação a comandante
II - a obediência pronta às ordens dos superiores
§1º Equipara-se a comandante, para efeito de aplicação
hierárquicos;III- a dedicação integral ao serviço;
desta Lei, toda autoridade bombeiro-militar com
IV- a colaboração espontânea à disciplina coletiva e à função de direção e chefia.
eficiência dainstituição; Equiparação a superior
V- a consciência das responsabilidades; e
§2º O bombeiro militar que, em virtude da função,
VI- a rigorosa observância das prescrições
exerce autoridade sobre outro de igual posto ou
regulamentares. graduação considera-se superior para efeito da
aplicação das cominações previstas nesta Lei.
Condutas permanentes
Subordinação
§2º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser
mantidospermanentemente pelos bombeiros militares Art. 9º A subordinação não afeta, de modo algum, a
na ativa e na inatividade. dignidade pessoal do bombeiro militar e decorre,
exclusivamente, da estrutura hierarquizada do Corpo
Obediência às ordens de Bombeiros Militar.
Art. 7º As ordens devem ser prontamente obedecidas,
desde que nãomanifestamente ilegais.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
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Oficiais Finalidade
- LEI 5.810/94
Art. 10. O oficial é preparado, ao longo da carreira, para Parágrafo único. A Deontologia Bombeiro-Militar reúne
o exercício do comando, da chefia e da direção das valores úteis, lógicos e razoáveis, destinados a elevar a
Organizações Bombeiro-Militares. profissão bombeiro-militar à condição de missão.
Subtenentes e sargentos Camaradagem
Art. 11. Os subtenentes e sargentos auxiliam ou Art. 15. A camaradagem é indispensável à formação e
complementam as atividades dos oficiais no ao convívio da família bombeiro-militar, devendo
adestramento e emprego de meios, na instrução, na existir as melhores relações sociais entre os bombeiros
administração e na operacionalidade. militares.
Funções de subtenentes e sargentos Responsabilidade de todos
Parágrafo único. No exercício das atividades Parágrafo único. Cabe a todos os integrantes do Corpo
mencionadas neste artigo e no comando de elementos de Bombeiros Militar incentivar e manter a harmonia e
subordinados, os subtenentes e sargentos deverão a amizade entre si.
impor-se pela lealdade, pelo exemplo e pela capacidade
Civilidade
profissional e técnica, incumbindo-lhes assegurar a
observância minuciosa e ininterrupta das ordens, das Art. 16. A civilidade é parte da Educação Bombeiro-
regras do serviço e das normas operativas pelos praças Militar e, como tal, de interesse vital para a disciplina
que lhes estiverem diretamente subordinados e a consciente. Importa ao superior tratar ossubordinados
manutenção da coesão e da moral dos mesmos praças em geral com consideração e justiça. Em contrapartida,
em todas as circunstâncias. o subordinado é obrigado a todas as provas de respeito
e deferência para com seus superiores, em
Cabos e soldados
conformidade com legislação vigente.
Art. 12. Os cabos e soldados são, essencialmente,
Militares de outras corporações
elementos de execução.
Parágrafo único. As demonstrações de camaradagem,
Dedicação ao estudo
cortesia e consideração, obrigatórias entre os
Art. 13. Os praças especiais cabe a rigorosa observância bombeiros militares, devem ser dispensadas aos
das leis,regulamentos, normas e outras prescrições do militares das Forças Armadas e aos policiais e
estabelecimento de ensino bombeiro-militar onde bombeiros militares de outras corporações.
estiverem matriculados, exigindo-se-lhes inteira
Valores bombeiro-militares
dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico-
profissional. Art. 17. São atributos inerentes à conduta do bombeiro
militar, que se consubstanciam em valores bombeiro-
militares:
TÍTULO II I- a cidadania;
DA DEONTOLOGIA BOMBEIRO-MILITAR II- o respeito à dignidade humana;
CAPÍTULO I III- a primazia pela liberdade, justiça e solidariedade;
IV- a promoção do bem-estar social sem preconceitos
DO VALOR BOMBEIRO-MILITAR
de origem, raça, sexo, cor, idade, religião e quaisquer
outras formas de discriminação;
Deontologia V- a defesa do Estado e das instituições democráticas;
VI - a educação, cultura e bom condicionamento físico;
Art. 14. A Deontologia Bombeiro-Militar é constituída
pelos valores e deveres éticos, traduzidos em normas VII - a assistência à família;
de conduta, que se impõem para que o exercício da
VIII - o respeito e assistência à criança, ao adolescente,
profissão bombeiro-militar atinja plenamente os ideais
de realização do bemcomum, mediante a preservação ao idoso e ao índio;
da ordem pública. IX - o respeito e preservação do meio ambiente;
X - o profissionalismo;

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XI - a lealdade; Decoro da classe


XII - a constância; §5º Decoro da classe é o valor moral e social da
instituição, representando o conceito do bombeiro
XIII - a verdade real;
militar em sua amplitude social, estendendo-se à classe
XIV - a honra; que o militar compõe, não subsistindo sem ele.
XV- a honestidade; Indignidade
XVI- o respeito à hierarquia; §6º A indignidade para com o cargo é o ferimento a
XVII - a disciplina; preceitos morais e éticos vinculados à conduta do
bombeiro militar.
XVIII - a coragem;
Incompatibilidade
XIX - o patriotismo;
§7º A incompatibilidade para com o cargo é a
XX- o sentimento de servir à comunidade estadual; inabilitação ao exercício funcional decorrente da falta
XXI- o integral devotamento à preservação da ordem de preparo técnico-profissional.
pública, mesmo com o risco da própria vida;
XXII- o civismo e o culto das tradições históricas;
XXIII- a fé na missão elevada do Corpo de Bombeiros CAPÍTULO II
Militar; DA ÉTICA BOMBEIRO-MILITAR
XXIV- o espírito de corpo, orgulho do bombeiro militar
Seção I
pela Organização Bombeiro-Militar onde serve;
Dos Preceitos Fundamentais
XXV- o amor à profissão bombeiro-militar e o entusiasmo
com que é exercida;e Preceitos éticos
XXVI- o aprimoramento técnico-profissional. Art. 18. O sentimento do dever, o pundonor bombeiro-
militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos
Objetividade dos valores integrantes do Corpo de Bombeiros Militar, conduta
§1º Os valores cominados no caput deste artigo são moral e profissional irrepreensíveis, com observância
essenciais para oentendimento objetivo do sentimento dos seguintes preceitos da ética bombeiro-militar:
do dever, da honra pessoal, do pundonor bombeiro- I- cultuar os símbolos e as tradições da Pátria, do Estado
militar, do decoro da classe, da dignidade e
do Pará e do Corpo de Bombeiros Militar e zelar por sua
compatibilidade com o cargo.
inviolabilidade;
Sentimento do dever II- preservar a natureza e o meio ambiente;
§2º Sentimento do dever é o comprometimento com o III- servir à comunidade, procurando, no exercício da
fiel cumprimento da missão bombeiro-militar. suprema missão de preservar a ordem pública,
Honra pessoal promover, sempre, o bem-estar comum, dentro da
estrita observância das normas jurídicas e das
§3º Honra pessoal é o sentimento de dignidade própria,
como o apreço e o respeito de que é objeto ou se disposições desta Lei;
tornam merecedores os bombeiros militares perante IV- atuar com devotamento ao interesse público,
seus superiores, pares e subordinados. colocando-o acima dos anseios particulares;
Pundonor bombeiro-militar V- atuar de forma disciplinada e disciplinadora, com
respeito mútuo de superiores e subordinados, e
§4º Pundonor bombeiro-militar é o dever de pautar sua
preocupação com a integridade física, moral e psíquica
conduta com correção de atitudes, como um
profissional correto. Exige-se do bombeiro militar, em de todos os bombeiros militares do Estado, inclusive dos
qualquer ocasião, comportamento ético que refletirá agregados, envidando esforços para bem encaminhar a
no seu desempenho perante a instituição a que serve e solução dos problemas apresentados;
no grau de respeito que lhe é devido. VI- ser justo na apreciação de atos e méritos dos
subordinados;

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VII- cumprir e fazer cumprir, dentro de suas atribuições XXII- não solicitar ou provocar publicidade visando à
- LEI
legalmente definidas, a Constituição, as leis e as ordens 5.810/94
própria promoçãopessoal;
legais das autoridades competentes, exercendo suas XXIII- observar os direitos e garantias fundamentais,
atividades com responsabilidade, incutindo-a em seus agindo com isenção, equidade e absoluto respeito pelo
subordinados; ser humano, não usando sua condição de autoridade
VIII- estar sempre preparado para as missões que pública para a prática de arbitrariedade;
desempenhe; XXIV- exercer a função pública com honestidade, não
IX- exercer as funções com integridade, probidade e aceitando vantagem indevida, de qualquer espécie;
equilíbrio, segundo os princípios que regem a XXV- não usar meio ilícito na produção de trabalho
Administração Pública, não sujeitando o cumprimento intelectual ou em avaliação profissional, inclusive no
do dever a influências indevidas; âmbito do ensino bombeiro-militar;
X- procurar manter boas relações com outras categorias XXVI- não abusar dos meios do Estado postos à sua
profissionais, conhecendo e respeitando-lhes os disposição, nem distribuí-los a quem quer que seja, em
limites de competência, mas elevando o conceito e o detrimento dos fins da Administração Pública, coibindo
Processo Administrativo Disciplinar da própria profissão, ainda a transferência, para fins particulares, de
zelando por sua competência e autoridade; tecnologiaprópria das funções bombeiro-militares;
XI- ser fiel na vida bombeiro-militar, cumprindo os XXVII- atuar com eficiência e probidade, zelando pela
compromissos relacionadosàs suas atribuições de agente economia e conservaçãodos bens públicos cuja utilização
público; lhe for confiada;
XII- manter ânimo forte e fé na missão bombeiro-militar, XXVIII- proteger as pessoas, o patrimônio e o meio
mesmo diante das dificuldades, demonstrando ambiente com abnegaçãoe desprendimento pessoal;
persistência no trabalho para solucioná-las; XXIX- zelar pelo preparo moral, intelectual e físico
XIII- manter ambiente de harmonia e camaradagem na próprio e dos subordinados, tendo em vista o
vida profissional, solidarizando-se nas dificuldades que cumprimento da missão comum;
estejam ao seu alcance, minimizar e evitando XXX- praticar a camaradagem e desenvolver,
comentários desairosos sobre os componentes das permanentemente, o espírito decooperação;
instituições militares; XXXI- ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua
XIV- não pleitear para si, por meio de terceiros, cargo ou linguagem escrita efalada;
função que esteja sendo exercido por outro militar do XXXII- abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado,
Estado; de matéria sigilosa dequalquer natureza;
XV- conduzir-se de modo não subserviente, sem ferir os XXXIII- proceder de maneira ilibada na vida pública e na
princípios de respeitoe decoro; particular;
XVI- abster-se do uso do posto, graduação ou função XXXIV - observar as normas da boa educação;
para obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou XXXV- conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na
para encaminhar negócios particulares ou deterceiros; inatividade, de modo a que não sejam prejudicados os
XVII- prestar assistência moral e material à família; princípios da disciplina, do respeito e do decoro
XVIII- considerar a verdade, a legalidade e a bombeiro-militar;
responsabilidade como fundamentos de dignidade XXXVI- zelar pelo bom nome do Corpo de Bombeiros
pessoal; Militar e de cada um de seus integrantes, obedecendo e
XIX- exercer a profissão sem discriminações ou restrições fazendo obedecer aos preceitos da ética bombeiro-
de ordem religiosa, política, racial, de condição social, de militar;
gênero ou qualquer outra de caráter discriminatório; XXXVII- dedicar-se integralmente ao serviço
XX- atuar com prudência nas ocorrências policiais; bombeiro-militar e ser fiel àinstituição a que pertence,
XXI- respeitar a integridade física, moral e psíquica da mesmo com o risco da própria vida;
pessoa do preso ou de quem seja objeto de incriminação; XXXVIII- tratar o subordinado dignamente e com
urbanidade; e

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XXXIX - tratar de forma urbana, cordial e educada os seguintes dizeres: “Ao ingressar no Corpo de
cidadãos. Bombeiros Militar do Pará, prometo regular minha
Vedação a atividades comerciais conduta pelos preceitos da moral, cumprir
rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver
Art. 19. Ao bombeiro militar da ativa é vedado exercer subordinado e dedicar-me inteiramente ao serviço
atividade de segurança particular, comerciar ou tomar bombeiro-militar, à preservação da ordem pública e à
parte na administração ou gerência de sociedade, ou segurança da comunidade, mesmo com o risco da
dela ser sócio ou participar ainda que própria vida”.
indiretamente, exceto como acionista ou cotista em Compromisso do aspirante-a-oficial
sociedade anônima ou limitada.
§1º O compromisso do aspirante-a-oficial é prestado na
Sinais de riqueza incompatíveis solenidade de conclusão do curso de formação de
§1º Compete aos comandantes fiscalizar os oficiais, de acordo com o cerimonial previsto no
subordinados que apresentarem sinais exteriores de regulamento do estabelecimento de ensino, e terá os
riqueza incompatíveis com a remuneração do seguintes dizeres: “Ao ser declarado aspirante-a-oficial
respectivo cargo, fazendo-os comprovar a origem de do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, prometo
seus bens mediante instauração de procedimento regular minha conduta pelos preceitos da moral,
administrativo, observada a legislação específica. cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que
Vedação a atividades comerciais a bombeiros militares estiver subordinado e dedicar- me inteiramente ao
da reserva revertidos à ativa. serviço bombeiro-militar, à preservação da ordem
pública e à segurança da comunidade, mesmo com o
§2º Os bombeiros militares da reserva remunerada, risco da própria vida”.
quando convocados para o serviço ativo, ficam
submetidos à legislação pertinente à situação de Compromisso do oficial
atividade na Corporação. §2º O compromisso do oficial promovido ao primeiro
Declaração de bens posto é prestado em solenidade, de acordo com o
cerimonial previsto em legislação específica, eterá os
Art. 20. No ato da inclusão, o bombeiro militar seguintes dizeres: “Perante a Bandeira do Brasil e pela
apresentará declaração de bens e valores que minha honra, prometo cumprir os deveres de oficial do
constituem seu patrimônio, repetindo-se esse ato Corpo de Bombeiros Militar do Pará e dedicar-me
anualmente, como medida de transparência da inteiramente ao seu serviço’’.
aplicação do Erário. Substituição da declaração.
Parágrafo único. A declaração anual acima referida
poderá ser substituída pela entrega à Administração CAPÍTULO III
Bombeiro-Militar de cópia da declaração anual do DA VIOLAÇÃO DOS DEVERES BOMBEIRO-
imposto de renda de pessoa física.
MILITARES
Seção II
Violação dos deveres éticos
Do Compromisso Bombeiro-MilitarAceitação das Art. 23. A violação dos deveres éticos dos bombeiros
obrigações militares acarretará responsabilidade administrativa,
Art. 21. Todo cidadão, após ingressar no Corpo de independente da penal e da civil. Parágrafo único. A
Bombeiros Militar mediante concurso público, ao violação dos preceitos da ética bombeiro-militar é tão
término do curso de formação, prestará compromisso mais grave quanto mais elevado for o grau hierárquico
de honra, no qual afirmará a sua aceitação consciente de quem a cometer.
das obrigações e dos deveres bombeiro-militares e Vedação a manifestações coletivas.
manifestará a sua firme disposição de bemcumpri-los.
Art. 24. São proibidas quaisquer manifestações
Compromisso de honra coletivas sobre atos de superiores, de caráter
Art. 22. O compromisso a que se refere o art. 21 terá reivindicatório e/ou de cunho político-partidário,
caráter solene e será prestado na presença de tropa, tão sujeitando-se as manifestações de caráter individual
logo o bombeiro militar tenha adquirido o grau de aos preceitos deste código.
instrução compatível com os seus deveres como
integrante do Corpo de Bombeiros Militar, conforme os

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TÍTULO III VI- aos Presidentes das Comissões de Correição Geral, de


- LEI 5.810/94
Corregedoria dos Comandos Operacionais
DA ABRANGÊNCIA DO CÓDIGO DISCIPLINAR E
COMPETÊNCIA PARASUA APLICAÇÃO Intermediários e ao Chefe de Divisões: as sanções
disciplinares de repreensão e suspensão até vinte dias
CAPÍTULO para oficiais e até trinta dias para praças, a bombeiros
I DA COMPETÊNCIA militares ativos na sua circunscrição;
VII- aos Comandantes de Grupamentos, dos
Subgrupamentos, das Unidades Escola, aos Chefes de
Competência geral
Seção do Estado-Maior Geral e aos Chefes de
Art. 25. A competência para aplicar as prescrições Assessorias: as sanções disciplinares de repreensão e
contidas neste código é conferida à função, observada suspensão até quinze dias para oficiais e até trinta dias
a hierarquia.
para praças, a bombeiros militares ativos sob os seus
Autoridades competentes para punir disciplinarmente comandos ou chefias; e
Art. 26. O Governador do Estado é competente para VIII- aos Subcomandantes de Grupamentos e dos
aplicar todas as sanções disciplinares previstas neste Subgrupamentos: as sanções disciplinares de repreensão
código aos bombeiros militares ativos e inativos, e suspensão de até dez dias para oficiais ede até quinze
cabendo às demais autoridades as seguintes dias para praças.
competências:
I- ao Comandante-Geral: todas as sanções disciplinares a Obrigação de informar ato atentatório à disciplina
bombeiros militaresativos e inativos, exceto ao Chefe da Art. 27. Todo bombeiro militar que tiver conhecimento
Casa Militar da Governadoria e seus comandados, até os de um fato contrário à disciplina deverá participá-lo ao
limites máximos previstos neste código, excluindo-se a seu chefe imediato, por escrito ouverbalmente. Neste
demissão e a reforma administrativa disciplinar de último caso, deve confirmar a participação, por escrito,
no prazo máximo de três dias.
oficiais;
II- ao Chefe da Casa Militar da Governadoria: as sanções Requisitos da informação
disciplinares de repreensão e suspensão a bombeiros §1º A parte deve ser clara, concisa e precisa; deve
militares sob o seu comando, até os limites máximos conter dados capazes de identificar as pessoas ou coisas
estabelecidos nesta Lei; envolvidas, o local, a data e a hora da ocorrência e
III- ao Chefe do Estado-Maior Geral do Corpo de caracterizar as circunstâncias que a envolvem, sem
tecer comentários ou opiniões pessoais.
Bombeiros Militar: as sanções disciplinares de
repreensão, suspensão a bombeiros militares ativos, Prazo para providências da autoridade competente
exceto ao Comandante-Geral e ao Chefe da Casa Militar §2º A autoridade a quem a parte disciplinar é dirigida
da Governadoria e seus comandados, até os limites deve tomar providências no prazo máximo de quinze
máximos estabelecidos nesta Lei; dias.
IV- ao Corregedor-Geral: todas as sanções disciplinares a Encaminhamento à autoridade competente
bombeiros militares ativos e inativos, exceto ao §3º A autoridade que receber a parte, não sendo
Comandante-Geral, ao Chefe do Estado-Maior Geral do competente para providenciar a respeito, deve
Corpo de Bombeiros Militar e ao Chefe da Casa Militar encaminhá-la a seu superior imediato.
da Governadoria e seus comandados, excluindo-se a Conflito de competência
demissão e a reforma administrativa disciplinar de
Art. 28. Nas ocorrências disciplinares que envolvam
oficiais;
bombeiros militares de mais de uma Organização
V- aos Chefes de Departamentos, Comandantes Bombeiro-Militar, caberá ao comandante que primeiro
Operacionais Intermediários, Diretores Setoriais e ao tomar conhecimento do fato comunicá-lo,
Ajudante-Geral: as sanções disciplinares derepreensão imediatamente e por escrito, à Corregedoria-Geral.
e suspensão até vinte dias para oficiais e até trinta dias
para praças, a bombeiros militares ativos sob a sua
chefia, comando ou direção;

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
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Competência em razão da pessoa Competência para classificar


§1º Havendo a situação descrita no caput deste artigo, Parágrafo único. A classificação da transgressão
o Corregedor-Geral encaminhará o caso à comissão compete a quem couber aplicar a punição,
permanente de corregedoria do comando operacional considerando a natureza e as circunstâncias do fato.
intermediário a que pertencer o bombeiro militar mais
Pressupostos para a classificação
antigo envolvido no fato, ficando ampliada a
competência do presidente da respectivacomissão para Art. 31. As transgressões disciplinares serão
aplicar as prescrições deste código a todos os classificadas observando-se o seguinte:
implicados. §1º De natureza “leve”, quando constituírem atos que
Punição a ser aplicada está além da competência da por suas consequências não resultem em grandes
autoridade prejuízos ou transtornos:
§2º Quando uma autoridade, ao solucionar o Processo I - ao serviço bombeiro-militar; e/ou
Administrativo Disciplinar, concluir que a punição a ser II - à Administração Pública.
aplicada está além do limite máximo que lhe é
autorizado, cabe-lhe encaminhar o processo à §2º De natureza “grave”, quando constituírem atos que:
autoridade superior para fins de deliberação. I - sejam atentatórios aos direitos humanos
Ocorrência envolvendo militar de outra Força ou fundamentais;
servidor público II - sejam atentatórios às instituições ou ao Estado;
§3º No caso de ocorrência disciplinar envolvendo III- afetem o sentimento do dever, a honra pessoal,
militar de outra Força ou servidor público e bombeiro o pundonor bombeiro-militar ou o decoro da classe;
militar, a autoridade competente deverá tomar as
IV- atentem contra a moralidade pública;
medidas disciplinares referentes ao bombeiro militar,
informando ao escalão superior sobre sua decisão V- gerem grande transtorno ao andamento do serviço;
administrativa, devendo este comunicar a solução VI - também sejam definidos como crime; e/ou
tomada à autoridade que tenha ascendência funcional
sobre o outro envolvido. VII - causem grave prejuízo material à Administração.
§3º A transgressão será considerada de natureza
“média” quando não seenquadrar nas hipóteses dos
LIVRO II parágrafos anteriores.
DAS TRANSGRESSÕES E PUNIÇÕES DISCIPLINARES §4º Considera-se transgressão de natureza grave
TÍTULO I cometer a subordinado atividades que não são
inerentes às funções do bombeiro militar.
DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
DO CONCEITO E DA CLASSIFICAÇÃO DAS
TRANSGRESSÕES DO JULGAMENTO DAS TRANSGRESSÕES
Critérios para julgamento das transgressões
Conceito de transgressão disciplinar
Art. 32. O julgamento das transgressões deve ser
Art. 29. Transgressão disciplinar é qualquer violação
precedido de uma análiseque considere:
dos princípios da ética,dos deveres e das obrigações
bombeiro-militares, na sua manifestação elemetar e I - os antecedentes do transgressor;
simples, e qualquer omissão ou ação contrária aos
II - as causas que a determinaram;
preceitos estatuídos em leis, regulamentos, normas ou
disposições, ainda que constituam crime, cominando III - a natureza dos fatos ou os atos que a envolveram; e
ao infrator as sanções previstas neste código. IV - as consequências que delas possam advir.
Classificação das transgressões
Art. 30. A transgressão disciplinar classifica-se, de
acordo com sua gravidade, em leve, média ou grave.

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LEGISLAÇÃO DO CBMPA

Obrigatoriedade de observar causas de justificação, II- a prática simultânea ou conexão de duas ou mais
atenuantes eagravantes - LEI 5.810/94
transgressões;
Art. 33. No julgamento das transgressões devem ser III - a reincidência de transgressão;
levantadas causas que justifiquem a falta ou IV- o conluio de duas ou mais pessoas;
circunstâncias que a atenuem e/ou a agravem. V- a prática de transgressão durante a execução do
Causas de justificação serviço;
VI - ser cometida a falta em presença de subordinado;
Art. 34. Haverá causa de justificação quando a
transgressão for cometida:
VII - ter abusado o transgressor de sua autoridade
I- na prática de ação meritória ou no interesse do serviço hierárquica;
ou da ordem pública; VIII - a prática da transgressão com premeditação;
II- em legítima defesa, estado de necessidade, exercício
IX - a prática de transgressão em presença de tropa; e
regular de direito ou estrito cumprimento do dever legal;
III- em obediência à ordem superior, quando não X - a prática da transgressão em presença de público.
manifestamente ilegal;
IV- para compelir o subordinado a cumprir CAPÍTULO III
rigorosamente o seu dever, em caso de perigo,
necessidade urgente, calamidade pública, preservação
DA ESPECIFICAÇÃO DAS TRANSGRESSÕES
daordem pública e da disciplina; e/ou Art. 37. São transgressões disciplinares todas as ações
V- por motivo de força maior ou caso fortuito ou omissões contrárias à disciplina bombeiro-militar,
especificadas a seguir:
plenamente comprovado.
No ato da prisão
Inexistência de transgressão disciplinar
I- desconsiderar os direitos constitucionais da pessoa no
Parágrafo único. Não haverá transgressão disciplinar ato da prisão; GRAVE
quando for reconhecida qualquer causa de justificação,
II- usar de força desnecessária no atendimento de
devendo a decisão ser publicada em boletim.
ocorrência ou no ato de efetuar prisão; GRAVE
Atenuantes III- deixar de providenciar para que seja garantida a
Art. 35. São circunstâncias atenuantes: integridade física das pessoas que prender ou manter
I- bom comportamento; sob sua custódia; GRAVE
II- relevância de serviços prestados; IV- agredir física, moral ou psicologicamente preso sob
III- ter sido cometida a transgressão para evitar mal sua guarda ou permitirque outros o façam; GRAVE
maior; V- permitir que o preso sob sua guarda conserve em
IV- ter sido cometida a transgressão em defesa própria, seu poder instrumentoou objetos com que possa ferir a
de seus direitos ou deoutrem, desde que não constitua si próprio ou a outrem; GRAVE
causa de justificação; VI- reter o preso, a vítima, as testemunhas ou partes por
V- falta de prática do serviço; e mais tempo que o necessário para a solução do
VI- ter sido a transgressão praticada em decorrência da procedimento policial, administrativo ou penal; GRAVE
falta de melhores esclarecimentos quando da emissão da VII- soltar preso ou dispensar pessoas detidas em
ordem ou de falta de meios adequados para o seu ocorrência, sem ordem de autoridade competente;
cumprimento, devendo tais circunstâncias ser GRAVENo atendimento a ocorrências
plenamente comprovadas. VIII- receber vantagem de pessoa interessada no caso de
furto, roubo, objeto achado ou qualquer outro tipo de
Agravantes ocorrência ou procurá-la para solicitarvantagem; GRAVE
Art. 36. São circunstâncias agravantes: IX- receber ou permitir que seu subordinado receba, em
razão da função pública, qualquer objeto ou valor,
I- o mau comportamento;
mesmo quando oferecido pelo proprietário ou
responsável; GRAVE

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X- desrespeitar, desconsiderar ou ofender pessoa por XXV- deixar de comunicar ao superior imediato ou, na
palavras, atos ougestos, no atendimento de ocorrência ausência deste, a qualquer autoridade superior, toda
ou em outras situações de serviço; GRAVE informação que tiver sobre iminente perturbação da
XI- deixar de assumir, orientar ou auxiliar o atendimento ordem pública ou grave alteração do serviço, logo que
de ocorrência, quando esta, por sua natureza ou disto tenha conhecimento; GRAVE
amplitude assim o exigir; GRAVE XXVI- deixar de comunicar ao superior a execução de
XII- descumprir, retardar ou prejudicar medidas ou ações ordem recebida, tão logo seja possível; LEVE
de ordem judicial ou de polícia administrativa ou XXVII- deixar de participar a tempo, à autoridade
judiciária de que esteja investido ou que deva promover; imediatamente superior, a impossibilidade de
MÉDIA comparecer à Organização Bombeiro-Militar ou a
XIII- violar ou deixar de preservar local de crime; GRAVE qualquer ato de serviço; LEVE
Na utilização de transportes XXVIII- deixar de apresentar-se, nos prazos
XIV- dirigir viatura, pilotar aeronave ou embarcação regulamentares, à Organização Bombeiro-Militar para a
com imprudência, imperícia, negligência ou sem qual tenha sido transferido ou classificado e às
habilitação legal; GRAVE autoridades competentes, nos casos de comissão ou
XV- desrespeitar regras de trânsito, de tráfego aéreo ou serviço extraordinário para os quais tenha sido
de navegaçãomarítima, lacustre ou fluvial, quando em designado; MÉDIA
serviço; MÉDIA XXIX- não se apresentar ao fi m de qualquer afastamento
XVI- conduzir veículo, pilotar aeronave ou embarcação do serviço ou, ainda, logo que souber que o mesmo foi
oficial sem autorizaçãodo órgão competente do Corpo interrompido; MÉDIA
de Bombeiros Militar, mesmo estando habilitado; LEVE XXX- esquivar-se a satisfazer compromissos de ordem
XVII- transportar, na viatura, aeronave ou embarcação moral que houver assumido, desde que afete a
que esteja sob seu comando ou responsabilidade, instituição bombeiro-militar; MÉDIA
pessoal ou material sem autorização da autoridade XXXI- deixar o superior de determinar a saída imediata,
competente; LEVE de solenidadebombeiro-militar ou civil, de subordinado
que a ela compareça em uniforme diferente do marcado;
Por omissão LEVE
XVIII- omitir deliberadamente, em boletim de ocorrência, XXXII- deixar o oficial ou aspirante-a-oficial, ao entrar em
relatório ou qualquer documento, dados indispensáveis Organização Bombeiro-Militar onde não sirva, de dar
ao esclarecimento dos fatos; GRAVE ciência da sua presença ao oficial de dia e, em seguida,
XIX- não cumprir ou retardar, sem justo motivo, a de procurar o comandante ou o mais graduado dos
execução de qualquerordem legal recebida; MÉDIA oficiais presentes para cumprimentá-lo; MÉDIA
XX- deixar de assumir a responsabilidade de seus atos ou XXXIII- deixar o subtenente, sargento, cabo ou soldado,
pelos praticados por subordinados que agirem em ao entrar em Organização Bombeiro-Militar onde não
cumprimento de sua ordem; GRAVE sirva, de apresentar-se ao oficial de dia ou seu
XXI- deixar de punir transgressor da disciplina; MÉDIA substituto legal; MÉDIA
XXII- não levar falta ou irregularidade que presenciar, ou XXXIV- deixar o comandante da guarda ou agente de
de que tiver ciênciae não lhe couber reprimir, ao segurança correspondente de cumprir as prescrições
conhecimento da autoridade competente, no mais regulamentares com respeito à entrada ou à
curto prazo; MÉDIA permanência na Organização Bombeiro-Militar de civis,
XXIII- deixar de cumprir ou de fazer cumprir normas militares ou bombeiros militares estranhos à mesma;
regulamentares na esfera de suas atribuições; MÉDIA MÉDIA
XXIV- deixar de comunicar a tempo, ao superior XXXV- não se apresentar a superior hierárquico ou de sua
imediato, ocorrência no âmbito de suas atribuições, presença retirar-se sem obediência às normas
quando se julgar suspeito ou impedido de providenciar a regulamentares; LEVE
respeito; MÉDIA

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XXXVI- deixar, quando estiver sentado, de oferecer seu XLVIII - deixar de portar o seu documento de
- LEI
lugar a superior, ressalvadas as exceções no regulamento 5.810/94
identidade, quando em serviço,e de exibi-lo, quando
de continências, honras e sinais de respeito; MÉDIA solicitado; MÉDIA
XXXVII- deixar deliberadamente de corresponder a Contra os serviços bombeiro-militares
cumprimento de subordinado; MÉDIA XLIX - faltar ao expediente ou ao serviço para o qual
XXXVIII- deixar o subordinado, quer uniformizado, quer esteja escalado; GRAVE
em traje civil, de cumprimentar superior uniformizado ou
L - afastar-se, quando em atividade bombeiro-militar,
não, neste caso, desde que o conheça,ou prestar-lhe as com veículo automotor, aeronave, embarcação,
homenagens e sinais regulamentares de consideração e montaria ou a pé, da área em que deveria permanecer
respeito; LEVE ou não cumprir roteiro de patrulhamento
XXXIX- deixar ou negar-se a receber vencimentos, predeterminado; GRAVE
alimentação, fardamento, armamento, equipamento, LI - chegar atrasado ao expediente, ao serviço para o
material ou documento que lhe seja destinado ou deva qual esteja escalado ou a qualquer ato em que deva
ficar em seu poder ou sob sua responsabilidade; MÉDIA tomar parte ou assistir; LEVE
LII - dormir em serviço, salvo quando autorizado; MÉDIA
XL - deixar o oficial ou aspirante-a-oficial, tão logo seus
afazeres o permitam, de apresentar-se ao de maior LIII - permanecer, alojado ou não, deitado em horário
posto ou ao substituto legal imediato da Organização de expediente, no interior da Organização Bombeiro-
Bombeiro-Militar onde serve para cumprimentá-lo, Militar, sem autorização de quem de direito; LEVE
salvo ordemou instrução a respeito; LEVE LIV - abandonar o serviço para o qual tenha sido
XLI - deixar o subtenente ou sargento, tão logo seus designado; GRAVE
afazeres o permitam, de apresentar-se ao seu LV - permutar serviço sem permissão da autoridade
comandante ou chefe imediato; LEVE competente; MÉDIA
XLII - deixar de comunicar a alteração de dados de LVI - interferir na administração de serviço ou na
qualificação pessoal ou mudança de endereço execução de ordem ou missão sem ter a devida
residencial; LEVE competência para tal; MÉDIA
XLIII - deixar de instruir processo que lhe for LVII - trabalhar mal, intencionalmente ou por desídia,
encaminhado, exceto no caso de suspeição ou em qualquer serviço,instrução ou missão; MÉDIA
impedimento, ou absoluta falta de elementos,
hipóteses em que estas circunstâncias serão LVIII - causar ou contribuir para a ocorrência de
fundamentadas; MÉDIA incidente ou acidente emserviço ou instrução; MÉDIA

XLIV - deixar de encaminhar à autoridade competente, LIX - passar, deliberadamente, à condição de ausente;
na linha de subordinação e no mais curto prazo, recurso GRAVE
ou documento que receber, desde que elaborado de LX - abandonar ou se afastar do serviço para o qual
acordo com os preceitos regulamentares, se não estiver tenha sido designado ou recusar-se a executá-lo na
na sua alçada dar solução; MÉDIA forma determinada; GRAVE
XLV - deixar de providenciar a tempo, na esfera de suas LXI - entrar, ou sair, ou tentar fazê-lo, de Organização
atribuições, por negligência ou incúria, medidas contra Bombeiro-Militar comtropa sem prévio conhecimento
qualquer irregularidade que venha a tomar da autoridade competente, salvo para fins de
conhecimento; MÉDIA instrução autorizada pelo comando; GRAVE
XLVI - deixar de fiscalizar o subordinado que apresentar LXII - deixar o responsável pela segurança da
sinais exteriores de riqueza incompatíveis com a Organização Bombeiro-Militar de cumprir as
remuneração do cargo; GRAVE prescrições regulamentares com respeito à entrada,
XLVII - não atender à obrigação de dar assistência a sua saída e permanência de pessoa estranha; MÉDIA
família ou dependentes legalmente constituídos; LXIII - permitir que pessoa não autorizada adentre
MÉDIA prédio ou local interditado; MÉDIA

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LXIV - deixar de exibir a superior hierárquico, quando LXXIX - deixar de seguir a cadeia de comando, sem
por ele solicitado, objetoou volume, ao entrar ou sair de prejuízo de acesso àCorregedoria; MÉDIA
qualquer Organização BombeiroMilitar; MÉDIA
LXXX - deixar de atender citação, notificação ou
Contra as obrigações em geral intimação administrativas oujudiciais; GRAVE
LXV - castigar o cão empregado no serviço; LEVE Contra a utilização dos uniformes
LXVI - representar a Organização Bombeiro-Militar, e LXXXI - usar vestuário incompatível com a função, ou
mesmo a corporação, em qualquer ato sem estar descuidar do asseio próprio, ou prejudicar o de outrem;
devidamente autorizado; MÉDIA LEVE
LXVII - tomar compromisso pela Organização LXXXII - comparecer uniformizado a manifestações ou
Bombeiro-Militar que comandaou em que serve sem reuniões de caráter político-partidário, salvo por
estar autorizado; MÉDIA motivo de serviço; MÉDIA
LXVIII - permanecer a praça em dependência da LXXXIII - comparecer o bombeiro militar a qualquer
Organização Bombeiro-Militar, desde que seja estranha festividade ou reunião social com uniforme diferente
ao serviço ou sem consentimento ou ordem de do marcado; MÉDIA
autoridade competente; LEVE
LXXXIV - apresentar-se desuniformizado, quando o uso
LXIX - içar ou arriar bandeira ou insígnia sem ordem para do uniforme for obrigatório, mal uniformizado ou com
tal; LEVE o uniforme alterado; MÉDIA
XX - dar toque ou fazer sinais sem ordem para tal; LEVE LXXXV - sobrepor ao uniforme insígnia ou medalha não
regulamentar, bem como, indevidamente, distintivo ou
LXXI - tomar parte em jogos proibidos ou jogar a
condecoração; MÉDIA
dinheiro nos permitidos, emárea bombeiro-militar ou
sob circunscrição bombeiro-militar; LEVE LXXXVI - andar o bombeiro militar a pé ou em coletivos
públicos com uniforme inadequado, contrariando o
LXXII - penetrar o bombeiro militar, sem permissão ou
Regulamento de Uniformes do Corpo de Bombeiros
ordem, em aposentos destinados a superior ou onde
Militar do Pará ou normas a respeito; MÉDIA
esse se ache, bem como em qualquer lugar onde a
entrada lhe seja vedada; MÉDIA LXXXVII - usar traje civil o cabo ou soldado, quando isso
contrariar ordem de autoridade competente; MÉDIA
LXXIII - penetrar ou tentar penetrar o bombeiro
militar em alojamento deoutra subunidade depois da LXXXVIII - ter pouco cuidado com o asseio próprio ou
revista do recolher, salvo os oficiais ou sargentos que, coletivo, em qualquer circunstância; LEVE
pelas funções, sejam a isto obrigados; MÉDIA
LXXXIX - usar, quando uniformizado ou à paisana em
LXXIV - entrar ou sair de Organização Bombeiro-Militar serviço público, elementos estéticos e adereços que
com tropa armada semprévio conhecimento ou ordem possam ir de encontro à sobriedade e discrição
da autoridade competente; GRAVE inerentes à condição de militar; MÉDIA
LXXV - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da Contra a postura e compostura bombeiro-militar
Organização Bombeiro- Militar fora das horas de
expediente, desde que não seja o respectivo chefe ou XC - fumar em serviço ou em local não permitido;
sem sua ordem escrita com a expressa declaração do LEVE
motivo, salvo situações de emergência; MÉDIA XCI - portar-se sem compostura em lugar público;
LXXVI - usar o uniforme quando de folga, se LEVE
isso contrariar ordem de autoridade competente; XCII - desrespeitar em público as convenções sociais;
MÉDIA MÉDIA
LXXVII - usar, quando uniformizado, barba, bem XCIII - desconsiderar ou desrespeitar a autoridade civil;
como cabelos, bigode oucosteletas excessivamente GRAVE
compridos ou exagerados; LEVE
XCIV - desrespeitar corporação judiciária ou qualquer
LXXVIII - deixar de cumprir punição legalmente imposta; de seus membros; GRAVE Contra a administração
MÉDIA bombeiro-militar

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XCV - ameaçar, induzir ou instigar alguém para que CIX - retirar, sem prévia anuência da autoridade
-
não declare ou omita a verdade em procedimentoLEI 5.810/94
competente, qualquer documento ou objeto da
administrativo, civil ou penal; GRAVE repartição; MÉDIA
XCVI - apropriar-se de bens pertencentes ao CX - negociar, não zelar devidamente, danificar ou
patrimônio público ou particular;GRAVE extraviar, por negligênciaou desobediência a regras ou
normas de serviço, material da fazenda federal,
XCVII - empregar subordinado, funcionário civil ou
estadual ou municipal que esteja ou não sob sua
voluntário civil sob sua responsabilidade ou não para a
responsabilidade direta; GRAVE
execução de atividades diversas daquelas para as quais
foram destinados, em proveito próprio ou de outrem; Ofensas contra militares
GRAVE
CXI - procurar desacreditar seu superior, igual ou
XCVIII - desviar qualquer meio material ou financeiro subordinado hierárquico;MÉDIA
sob sua responsabilidade ou não para a execução de
CXII - concorrer para a discórdia ou desarmonia ou
atividades diversas daquelas para as quais foram
cultivar inimizade entre camaradas; MÉDIA
destinados, em proveito próprio ou de outrem; GRAVE
CXIII - dirigir-se, referir-se ou responder de maneira
XCIX - provocar desfalques no patrimônio público ou
desatenciosa a superior;GRAVE
deixar de adotar providências, na esfera de suas
atribuições, para evitá-los; GRAVE CXIV - ofender, provocar ou desafiar superior, igual ou
subordinado; GRAVE
C - utilizar-se da condição de militar do Estado para
obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para CXV - ofender a moral por atos, gestos ou palavras;
encaminhar negócios particulares ou de terceiros; GRAVE
GRAVE CXVI - travar discussão, rixa ou luta corporal com
CI - dar, receber ou pedir gratificação ou presente com seu superior, igual ousubordinado; GRAVE
finalidade de retardar, apressar ou obter solução Incompatíveis com a conduta dos bombeiros militares
favorável em qualquer ato de serviço; GRAVE
CXVII - faltar à verdade; GRAVE
CII - fazer, diretamente ou por intermédio de outrem,
agiotagem ou transaçãopecuniária envolvendo assunto CXVIII - utilizar-se do anonimato; MÉDIA
de serviço, bens da administração pública ou material CXIX - autorizar, promover ou participar da elaboração
cuja comercialização seja proibida; GRAVE de petições ou de manifestações de caráter
CIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou reivindicatório, de cunho político-partidário, de crítica
de outrem, em detrimento da dignidade da função ou de apoio a ato irregular de superior, para tratar de
pública; GRAVE assuntos de natureza bombeiro-militar, ressalvados os
de natureza técnica ou científica havidos em razão do
CIV - utilizar pessoal ou recursos materiais da unidade exercício da função bombeiro-militar; MÉDIA
em serviços ouatividades particulares; GRAVE
CXX - recorrer a outros órgãos, autoridades ou
CV - praticar usura sob qualquer de suas formas; GRAVE instituições, exceto ao Poder Judiciário, para resolver
Subtração e extravio assunto de interesse pessoal relacionado com o Corpo
CVI - subtrair, extraviar, danificar, falsificar, desviar ou de Bombeiros Militar do Pará; MÉDIA
inutilizar documentos de interesse da Administração CXXI - frequentar lugares incompatíveis com o decoro
Pública ou de terceiros; GRAVE da classe, salvo por motivo de serviço; MÉDIA
CVII - não ter o devido zelo, danificar, extraviar ou CXXII - ser indiscreto em relação a assuntos de caráter
inutilizar, por ação ouomissão, bens pertencentes ao oficial, cuja divulgação possa ser prejudicial à disciplina
patrimônio público ou particular que estejam ou não ou à boa ordem do serviço; MÉDIA
sob sua responsabilidade; MÉDIA
CXXIII - publicar ou contribuir para que sejam
CVIII - retirar ou tentar retirar de local sob publicados fatos, documentos ou assuntos bombeiro-
administração bombeiro-militar material, viatura, militares que possam concorrer para o desprestígio da
aeronave, embarcação ou animal, ou mesmo deles Corporação ou firam a disciplina; GRAVE
servir-se,sem ordem ou autorização; GRAVE
CXXIV - apresentar parte ou petição sem seguir as
normas e preceitos regulamentares ou em termos

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desrespeitosos, ou com argumentos falsos ou de má fé; CXXXIX - exercer, o militar do Estado em serviço ativo,
o comércio, ter função ou emprego remunerado de
GRAVE
qualquer natureza, salvo a prática do magistério, ou
CXXV - autorizar, promover ou tomar parte em tomar parte na administração ou gerência de sociedade
qualquer manifestação coletiva, seja de caráter comercial ouindustrial com fi ns lucrativos, ou delas
reivindicatório, seja de crítica a superior ou de apoio a ser sócio, exceto como acionista, cotista ou
ato irregular; GRAVE comanditário; GRAVE
CXXVI - autorizar, promover ou assinar petições CXL - exercer quaisquer atividades que sejam
coletivas referente a assunto de natureza bombeiro- incompatíveis com o exercício docargo ou função e com
militar e/ou dirigi-las à autoridade que não integre a o horário de trabalho; GRAVE
cadeia de comando da Corporação; GRAVE
Relacionadas às transações pecuniárias
CXXVII - dirigir memoriais ou petições, a qualquer
CXLI - contrair dívida ou assumir compromisso superior
autoridade, sobre assuntos da alçada do Comando-
às suas possibilidades,desde que venha a expor o nome
Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, salvo em
do Corpo de Bombeiros Militar do Pará; MÉDIA
grau de recurso na forma prevista neste regulamento;
MÉDIA CXLII - fazer diretamente, ou por intermédio de outrem,
transações pecuniárias envolvendo assunto de serviço,
CXXVIII - frequentar ou fazer parte de sindicatos ou
bens da Administração Pública ou material proibido;
grevar; GRAVE
GRAVE
CXXIX - frequentar lugares incompatíveis com seu nível
CXLIII - realizar ou propor transações pecuniárias
social e o decoro da classe; MÉDIA
envolvendo superior, igualou subordinado, não sendo
CXXX - coagir ou aliciar subordinados no sentido de se consideradas transações pecuniárias os empréstimos
filiarem à associação profissional ou sindical, ou a em dinheiro sem auferir lucro; GRAVE
partido político; LEVE
Na utilização de armamentos
CXXXI - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou
CXLIV - portar ou possuir arma em desacordo com as
função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente
normas vigentes; GRAVE
até o segundo grau civil; LEVE
CXLV - andar ostensivamente armado, em trajes civis,
CXXXII - evadir-se ou tentar evadir-se de local de
não estando de serviço;GRAVE
detenção ou prisão, de escolta, bem como resistir a
esta; GRAVE CXLVI - disparar arma de fogo por imprudência,
negligência, imperícia oudesnecessariamente; GRAVE
CXXXIII - simular doença para esquivar-se ao
cumprimento de qualquer dever bombeiro-militar; CXLVII - não obedecer às regras básicas de segurança
MÉDIA ou não ter cautela naguarda de arma própria ou sob
sua responsabilidade; GRAVE
CXXXIV - dificultar ao subordinado a apresentação de
recursos ou representação ou, ainda, de exercer o seu Relacionadas ao álcool e a materiais proibidos
direito de petição; MÉDIA
CXLVIII - fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem ao
CXXXV - dar, por escrito ou verbalmente, ordem ilegal uso de substância proibida, entorpecente ou que
ou claramente inexequível que possa acarretar ao determine dependência química, ou introduzi-las em
subordinado responsabilidade, ainda que não chegue a local sob administração bombeiro-militar; GRAVE
ser cumprida; GRAVE
CXLIX - negar-se a ser submetido a exame clínico
CXXXVI - prestar informação a superior induzindo-o a toxicológico periódicodefinido em lei; MÉDIA
erro intencionalmente; GRAVE
CL - ingerir bebida alcoólica quando em serviço ou
CXXXVII - recusar fé a documentos públicos; LEVE apresentar-se alcoolizado para prestá-lo; GRAVE
Serviços ou atividades extras não autorizados
CLI - induzir outrem que esteja de serviço à ingestão de
CXXXVIII - exercer ou administrar, o militar do Estado bebida alcoólica ou a que se apresente alcoolizado para
em serviço ativo, a função de segurança particular ou prestá-lo; GRAVE
qualquer atividade estranha à instituição bombeiro-
militar com prejuízo do serviço ou com emprego de
meios do Estado; GRAVE

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CLII - introduzir bebida alcoólica em local sob TÍTULO II


- LEI 5.810/94
administração bombeiro-militar, salvo se devidamente
DAS PUNIÇÕES DISCIPLINARES
autorizado; GRAVE
CLIII - ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em área CAPÍTULO I
bombeiro-militar, tóxicos ou entorpecentes, a não ser DA GRADAÇÃO E DA EXECUÇÃO DAS PUNIÇÕES
mediante prescrição da autoridade competente; GRAVE DISCIPLINARES
CLIV - ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em área Caráter educativo da punição disciplinar
bombeiro-militar ou sob circunscrição bombeiro-
militar, publicações, estampas ou jornais que atentem Art. 38. A punição disciplinar possui caráter pedagógico,
contra a disciplina ou a moral; LEVE individual e coletivo e objetiva o fortalecimento da
disciplina.
CLV - ter em seu poder ou introduzir, em área bombeiro-
militar ou sob a circunscrição bombeiro-militar, Espécies de punição disciplinar
inflamável ou explosivo sem permissão da autoridade Art. 39. As punições disciplinares a que estão sujeitos os
competente; MÉDIA bombeiros militares, segundo a classificação resultante
Relacionadas ao serviço em aeronaves do julgamento da transgressão, são as seguintes, em
ordem crescente de gravidade:
CLVI - aproveitar-se de missões de voo para realizar
voos de caráter não militar ou pessoal; LEVE I - repreensão;

CLVII - utilizar-se, sem ordem, de aeronave militar ou II - suspensão;


civil; GRAVE III- reforma administrativa disciplinar;
CLVIII - transportar, na aeronave que comanda, pessoal IV- licenciamento a bem da disciplina, para praças sem
ou material sem autorização de autoridades estabilidade;
competentes; MÉDIA V - exclusão a bem da disciplina, para praças com
CLIX - deixar de observar as regras de tráfego aéreo; e estabilidade; e
GRAVE
VI - demissão para oficiais.
CLX - executar voos à baixa altura, acrobáticos ou de
instrução fora das áreas para tal fim estabelecidas, Parágrafo único. O período de cumprimento da punição
excetuando-se os autorizados por autoridade disciplinar prevista no inciso II deste artigo será
competente. GRAVE computado como tempo de efetivo serviço apenas para
aposentadoria.
Outras transgressões disciplinares
Repreensão
§1º São também consideradas transgressões
disciplinares todas as ações, omissões ou atos não Art. 40. Repreensão é a punição mais branda que,
especificados na relação de transgressões deste artigo, publicada em boletim e lançada nos assentamentos,
que afetem a honra pessoal, o pundonor bombeiro- não priva o punido da liberdade.
militar, o decoro da classe ou o sentimento do dever e Suspensão
outras prescrições contidas no Estatuto dos Militares
Art. 41. A suspensão consiste no afastamento do
Estaduais, leis e regulamentos, bem como aquelas
bombeiro militar do serviço, por prazo não superior a
praticadas contra regras e ordens de serviços
trinta dias, implicando desconto em folha de
estabelecidas por autoridade competente.
pagamento da remuneração correspondente aos dias
Obrigatoriedade de combinação com outras normas em que ficar afastado de suas atividades.
§2º No caso das transgressões a que se refere o §1º Parágrafo único. Quando houver conveniência para o
deste artigo, deve ser feita alusão às normas ou ordens serviço, a penalidade de suspensão poderá ser
que foram violadas. convertida em multa, na base de cinquenta por cento
por dia de remuneração, o que obrigará o bombeiro
militar a permanecer em serviço.
Art. 42. A penalidade de suspensão terá seu registro
cancelado após o decurso de cinco anos de efetivo

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LEGISLAÇÃO DO CBMPA

exercício se o bombeiro militar não houver, nesse com o oficialato, implicando na perda doposto e da
período, praticado nova infração disciplinar. patente do oficial julgado, sendo efetivada por ato do
Governador.
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não
surtirá efeitos retroativos. Remuneração do demitido
Reforma administrativa disciplinar Parágrafo único. O oficial demitido não terá direito a
qualquer remuneração ouindenização.
Art. 43. A reforma administrativa disciplinar consiste na
passagem do bombeiro militar em atividade para a
inatividade, em vista da constatação da falta de
CAPÍTULO II
condições para o desempenho das suas funções no
serviço ativo. DAS NORMAS PARA APLICAÇÃO E CUMPRIMENTO
Aplicação da reforma administrativa disciplinar DAS PUNIÇÕES

§1º A reforma administrativa disciplinar será aplicada Limite máximo da suspensão


após a conclusão do Processo Administrativo Art. 46. A pena disciplinar de suspensão não pode
Disciplinar, respectivamente: ultrapassar trinta dias.
I- ao oficial, quando determinada pelo tribunal Aplicação da punição
competente, que o considerará incapaz de permanecer Art. 47. A aplicação da punição compreende uma
no serviço ativo, nos termos desta Lei; e descrição sumária, clara e precisa dos fatos e
II- à praça julgada sem condições para o desempenho das circunstâncias que determinaram a transgressão, o
funções inerentes ao cargo, nos termos desta Lei. enquadramento da punição e a publicação em boletim
da Organização Bombeiro-Militar.
Proventos do reformado disciplinarmente
Enquadramento
§2º A reforma disciplinar do bombeiro militar é
§1º O enquadramento é a caracterização da
efetuada no grau hierárquico,graduação ou posto que
transgressão, acrescida de outrosdetalhes relacionados
possuir na ativa e com proventos proporcionais ao seu
com o comportamento do transgressor e cumprimento
tempo de serviço.
da punição. No enquadramento devem ser
Licenciamento e exclusão a bem da disciplina necessariamente mencionados:
Art. 44. O licenciamento e a exclusão a bem da I- a transgressão cometida, em termos precisos e
disciplina consistem no desligamento da praça das sintéticos, e a especificaçãoda norma transgredida;
fileiras da Corporação. II- as circunstâncias atenuantes ou agravantes;
Aplicação do licenciamento a bem da disciplina III - a classificação da transgressão;
§1º O licenciamento a bem da disciplina será aplicado à IV- a punição imposta;
praça sem estabilidade assegurada, após Processo V- a classificação do comportamento militar em que a
Administrativo Disciplinar Simplificado. praça punida permaneça ou ingresse;
Aplicação da exclusão a bem da disciplina VI- a data do início e do fi m do cumprimento ou a
determinação para posterior cumprimento, se o punido
§2º A exclusão a bem da disciplina deve ser aplicada ao
aspirante-a-oficial e à praça com estabilidade estiver baixado, afastado do serviço ou à disposição de
assegurada, após conselho de disciplina. outra autoridade.

Remuneração do licenciado ou excluído a bem da Publicação


disciplina
§2º A publicação em boletim é o ato administrativo que
§3º A praça licenciada ou excluída a bem da disciplina formaliza a aplicaçãoda punição ou a justificação.
não terá direito a qualquer remuneração ou
indenização. Inexistência de boletim na Organização Bombeiro-
Militar
Demissão
§3º Quando a autoridade que aplica a punição não
Art. 45. A demissão decorre da declaração do tribunal dispuser de boletim para sua publicação, esta deve ser
competente sobre a indignidade ou incompatibilidade

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feita no boletim da autoridade imediatamente correspondente, devendo ser apuradas em processos


superior. - LEI 5.810/94
distintos; e
Início da contagem de prazo recursal VI- havendo conexão, as de menor gravidade serão
consideradas como circunstâncias agravantes da
§4º O primeiro dia do prazo recursal será o dia útil
seguinte à intimação pessoal do militar punido ou à transgressão principal.
publicação em boletim, o que ocorrer por último.
Conexão
Início do cumprimento da punição
Parágrafo único. São transgressões disciplinares
§5º Para os fins de que trata o §4º deste artigo, a conexas aquelas que se relacionam por um nexo ou
intimação pessoal seráfeita, preferencialmente: liame.
I - por mandado, na pessoa do bombeiro militar punido; Vedação especial a interrogatório
II - na pessoa de seu defensor, regularmente Art. 50. Nenhum bombeiro militar deverá ser
constituído; interrogado em estado de embriaguez ou sob a ação de
III - por meio eletrônico, na forma da lei; ou alucinógenos ou entorpecentes.

IV - por correio, com Aviso de Recebimento (AR). Punição a bombeiro militar à disposição

§6º O início do cumprimento da punição disciplinar Art. 51. A autoridade que necessitar punir seu
ocorrerá com a publicação em boletim da Organização subordinado à disposição ou a serviço de outra
Bombeiro-Militar ou de acordo com o inciso VI do §1º autoridade deve a ela requisitar a apresentação do
deste artigo. punido para cumprimento da punição.

Publicação em boletim reservado Suspensão de licenças e afastamentos temporários

Art. 48. A publicação da punição imposta a oficial ou Art. 52. Todas as licenças e afastamentos temporários
aspirante-a-oficial será feita em boletim reservado ou poderão ser suspensos a critério do Governador do
em boletim ostensivo, conforme as circunstâncias ou a Estado, Comandante-Geral, Chefe da Casa Militar da
natureza da transgressão assim o recomendarem. Governadoria ou Corregedor-Geral, para submeter o
militar estadual a inquérito policial militar,
Limites das punições disciplinares procedimento ou Processo Administrativo Disciplinar e
Art. 49. A aplicação da punição deve obedecer às a cumprimento de punição.
seguintes normas: Suspensão do cumprimento de punição
I- a punição deve ser proporcional à gravidade da Art. 53. Durante o cumprimento de punição disciplinar
transgressão, dentro dos seguintes limites: e havendo necessidade de licença para tratamento de
a) de repreensão até dez dias de suspensão para saúde própria ou de pessoa da família, baixa hospitalar
transgressão leve; ou afastamento temporário do punido, será o
b) de onze a vinte dias de suspensão para a transgressão cumprimento suspenso até que cesse o motivo que lhe
deu causa.
média; e
c) de vinte e um dias de suspensão até reforma Publicação da suspensão
administrativa disciplinar, licenciamento, exclusão a bem Art. 54. Tanto o afastamento quanto o retorno do
da disciplina ou demissão, para transgressão grave. punido ao local de cumprimento da punição disciplinar
II- a punição deve ser dosada proporcionalmente quando serão publicados no boletim.
ocorrerem circunstâncias atenuantes a agravantes;
III- por uma única transgressão não deve ser aplicada CAPÍTULO III
mais de uma punição;
IV- a punição disciplinar, no entanto, não exime o punido DAS MEDIDAS DISCIPLINARES CAUTELARES
de responsabilidade civil ou penal que lhe couber; Medida cautelar
V- havendo mais de uma transgressão, sem conexão Art. 55. Constitui-se em medida disciplinar cautelar o
entre si, a cada uma deve ser imposta a punição afastamento do exercíciodas funções.

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Afastamento do exercício das funções Efeito imediato


Parágrafo único. O afastamento do exercício das §1º A anulação, sendo concedida ainda durante o
funções ocorrerá durante apuração de processo ou cumprimento da punição, importa no punido retornar a
procedimento administrativo a que responde o suas atividades imediatamente.
bombeiro militar, a critério das autoridades
Eliminação de registros
competentes.
§2º A anulação da punição deve eliminar toda e
Impedimento do uso do armamento e do fardamento
qualquer anotação ou registronas alterações do militar,
Art. 56. O bombeiro militar afastado da função, nos relativos à sua aplicação.
termos deste capítulo, poderá ser impedido do uso do
Encaminhamento à autoridade competente
armamento e/ou do fardamento, quando houver
indícios sufi cientes que recomendem tal medida. §3º A autoridade que tome conhecimento de
comprovada ilegalidade na aplicação de punição e não
Expediente do bombeiro militar afastado
tenha competência para anulá-la deve,
Parágrafo único. A autoridade que motivadamente fundamentadamente, encaminhar a documentação
decidir pelo afastamento do bombeiro militar da função correspondente àautoridade competente.
deverá determinar o local onde o mesmo cumprirá
Relevação
expediente.
Art. 60. A relevação da punição consiste na suspensão
Conveniência da medida
do cumprimento da punição imposta.
Art. 57. A autoridade que decidir pela medida
Pressupostos para concessão
disciplinar cautelar poderárevogá-la se, no decorrer
do processo, verifi car a falta de motivo para que essa Parágrafo único. A relevação da punição pode ser
medida subsista, bem como de novo implementá- concedida:
la, se sobrevierem razões que a justifiquem. I- quando ficar comprovado que foram atingidos os
objetivos visados com a aplicação da mesma,
CAPÍTULO IV independentemente do tempo de punição a cumprir; ou
II- por motivo de passagem de comando, data de
DA MODIFICAÇÃO DAS PUNIÇÕES
aniversário do Corpo de Bombeiros Militar, data de
Competência para modificação das punições aniversário da Organização Bombeiro-Militar ou data
Art. 58. A modificação da aplicação de punição pode ser nacional, quando já tiver sido cumprida pelo menos
realizada pela autoridade que a aplicou ou por outra metade da punição.
superior e competente, motivadamente, quando tiver
conhecimento de fatos que recomendem tal Atenuação
procedimento.
Art. 61. A atenuação da punição consiste na
Espécies de modificação de punição transformação da punição em outra menos rigorosa, se
assim exigir o interesse da disciplina e da ação
Parágrafo único. As modificações da aplicação de
educativa do punido.
punição são:
Agravação
I - anulação;
Art. 62. A agravação da punição consiste na
II - relevação;
transformação da punição em outra mais rigorosa, se
III - atenuação; assim exigir o interesse da disciplina.
IV - agravação; Avocação
V - avocação; e Art. 63. A autoridade de hierarquia superior e
VI - revisão. competente, discordando da solução dada à sindicância
ou ao Processo Administrativo Disciplinar pela
Anulação autoridade de hierarquia inferior, poderá avocá-la,
Art. 59. A anulação da punição disciplinar consiste em dando-lhe soluçãodiferente.
declarar a ilegalidade deste ato administrativo.

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Pressupostos para avocação Absolvição


- LEI 5.810/94
§1º A avocação será admitida: §5º A absolvição implicará o restabelecimento de
todos os direitos perdidos em virtude da sanção
I- quando a decisão disciplinar for contrária à evidência
imposta.
dos autos;
II- quando a decisão disciplinar se fundar em Inadmissibilidade de recurso
depoimentos, exames oudocumentos §6º Não haverá recurso contra decisão proferida em
comprovadamente falsos; e/ou grau de revisão.
III- quando a decisão disciplinar estiver eivada de vícios
que a torne irregular e/ou ilegal.
TÍTULO III
Prescrição da avocação DO COMPORTAMENTO
§2º O direito a avocação prescreverá em um ano. CAPÍTULO I
Revisão DA CLASSIFICAÇÃO, DA RECLASSIFICAÇÃO E DA
Art. 64. Caberá revisão, que será processada em autos MELHORIA DE COMPORTAMENTO
apartados, dos processos findos, exauridos os recursos Comportamento disciplinar
administrativos admitidos, quando o interessado aduza
fatos novos capazes de elidir as razões que Art. 65. O comportamento bombeiro-militar dos praças
fundamentaram o ato punitivo, onde tenha havido erro espelha o seu procedimento profissional, sob o ponto
quanto aos fatos, sua apreciação, avaliação ou de vista disciplinar.
enquadramento. Competência
Competência para julgamento §1º A classificação e reclassificação do comportamento
§1º São autoridades competentes para decidir sobre o são da competência do Comandante-Geral e dos
pedido de revisão: comandantes de Organização Bombeiro-Militar,
obedecido o disposto neste capítulo e,
I- o Governador do Estado, quando aplicou a punição necessariamente, publicadas em boletim.
disciplinar ou quando esta foi aplicada pelo
Comportamento inicial
Comandante-Geral ou Chefe da Casa Militar da
Governadoria; e §2º Ao ser incluída no Corpo de Bombeiros Militar, a
praça será classificada nocomportamento “BOM”.
II- o Comandante-Geral, quando a punição disciplinar
tiver sido aplicada por seus comandados. Espécies de comportamento
Art. 66. O comportamento disciplinar da praça deve ser
Prescrição da revisão classificado em:
§2º O direito à revisão prescreverá em cinco anos. I- EXCEPCIONAL: quando, no período de oito anos de
Possibilidade de nova revisão efetivo serviço, não tenha sofrido qualquer punição
§3º Não será admissível a reiteração do pedido de disciplinar;
revisão, salvo se baseado em novas provas ou novo II- ÓTIMO: quando, no período de quatro anos de efetivo
fundamento. serviço, tenha sido punida com até uma suspensão;
Consequências da revisão III- BOM: quando, no período de dois anos de efetivo
serviço, tenha sido punida com até duas suspensões;
§4º Decidindo procedente a revisão, poderá o
IV- INSUFICIENTE: quando, no período de um ano de
Governador do Estado ou o Comandante-Geral absolver
o impetrante, alterar a classificação da transgressão da efetivo serviço, tenha sido punida com pelo menos duas
disciplina, modificar a sanção disciplinar ou anular o suspensões; ou
Processo Administrativo. Em hipótese alguma poderá V- MAU: quando, no período de um ano de efetivo
ser agravada a sanção. serviço, tenha sido punida com pelo menos três
suspensões.

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Contagem automática Elogio coletivo


Art. 67. A contagem de tempo para mudança de §2º O elogio coletivo visa a reconhecer e ressaltar um
comportamento é automática e inicia-se na data em grupo de bombeiros militares ou fração de tropa ao
que se encerra o cumprimento da punição, observados cumprir destacadamente uma determinada missão.
os prazos previstos no art. 66 desta Lei.
Publicação dos elogios
Equivalências de comportamentos
§3º Os elogios, individual e coletivo, deverão ser
Art. 68. Para efeito de classifi cação e reclassificação do publicados em boletim da Organização Bombeiro-
comportamento disciplinar, ficam estabelecidas as Militar da autoridade que o emitiu ou de autoridade
seguintes equivalências: superior, se aquela não dispuser de tal instrumento.
I- duas repreensões equivalem a uma suspensão de onze Elogio perante a tropa
a vinte dias; e §4º O elogio perante a tropa é procedido
II- quatro repreensões equivalem a uma suspensão de informalmente, durante as reuniões, paradas,
vinte e um a trintadias. formaturas e afins, o qual não constará nos
assentamentos do bombeiro militar.
Recomendações da sociedade civil
TÍTULO IV
§5º As observações positivas elaboradas por
DAS RECOMPENSAS autoridades, representantes da sociedade civil ou
cidadãos, individualmente, somente serão registradas
Definição
como elogio nos assentamentos do bombeiro militar se
Art. 69. As recompensas constituem reconhecimento devidamente ratificadas pela autoridade bombeiro-
dos bons serviços prestados por bombeiros militares. militar competente.
Espécies de recompensas Dispensas do serviço
Art. 70. Além de outras previstas em leis e Art. 72. As dispensas do serviço, como recompensas,
regulamentos, são recompensas bombeiro-militares: podem ser:
I- o elogio; I- dispensa total do serviço, que isenta de todos os
II- as dispensas do serviço; e trabalhos da Organização Bombeiro-Militar, inclusive os
III- a dispensa da revista do recolher e do pernoite nos de instrução; ou
centros de formação, para alunos dos cursos de II- dispensa parcial do serviço, quando isenta de alguns
formação. trabalhos, que devemser especificados na concessão.

Espécies de elogio Limites da dispensa


Art. 71. O elogio pode ser individual, coletivo ou perante §1º A dispensa total do serviço é concedida pelo prazo
a tropa. máximo de oito dias, não podendo ultrapassar o total
de dezesseis dias no decorrer de um ano civil. Esta
Elogio individual
dispensa não invalida o direito de férias.
§1º O elogio individual, que coloca em relevo as
Gozo fora da sede
qualidades morais e profissionais, somente poderá ser
formulado a bombeiros militares que se hajam §2º A dispensa total do serviço, para ser gozada fora da
destacado da coletividade no desempenho de ato de sede, fica subordinada às mesmas regras da concessão
serviço ou ação meritória. Os aspectos principais que de férias.
devem ser abordados são os referentesao caráter, à
Publicação
coragem, ao desprendimento, à inteligência, às
condutas civil e bombeiro-militar, às culturas §3º O ato administrativo que concede a dispensa do
profissionais em geral, à capacidade como instrutor, à serviço, devidamente publicado, deverá indicar o início
capacidade como comandante e como administrador e o término da dispensa.
ou à capacidade física.

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Dispensa da revista do recolher e do pernoite Sistema de Informações


- LEI 5.810/94
Art. 73. As dispensas da revista do recolher e do §2º Para adoção de mecanismos de prevenção e
pernoite nos cursos de formação podem ser incluídas correição, a Corregedoria manterá estatística
em uma mesma concessão. Essas dispensas não identificando pontos vulneráveis na regularidade dos
significam que o aluno esteja dispensado de qualquer serviços, tipos de infrações e possíveis causas, além do
outro serviço ou instrução para o qual esteja escalado perfil dos infratores, com o fi m de traçar metas de
ou ao qual deva comparecer. prevenção.
Competência para concessão Correção
Art. 74. São competentes para conceder as Art. 78. A correção é a ação imediata e voluntária das
recompensas de que trata este capítulo as autoridades autoridades competentes diante das transgressões
especificadas no art. 26 desta Lei. disciplinares médias ou leves, cometidas pelos seus
subordinados no exercício das funções, indiretamente
a elas relacionadas ou que nelas se reflitam, tais como
TÍTULO V erro de interpretação de ordens ou regras, erro no
cumprimento de tarefa ou erro de postura em relação
DA POLÍTICA DE CONTROLEÂMBITO DE
a superiores, pares, subordinados e terceiros.
APLICAÇÃO
Comunicações de Alerta
Política de Controle
§1º A correção é exercida pelo esclarecimento escrito,
Art. 75. Este título regulamenta o sistema de controle
de caráter educativo, em que conste objetivamente o
alternativo das infrações disciplinares e os
fato e a orientação sobre a forma correta de
procedimentos a serem adotados na apuração
procedimento, assinado com duas testemunhas.
preliminar eno termo de ajustamento de conduta.
§2º A comunicação escrita, com possível justificativa
Art. 76. O controle da disciplina dos militares
apresentada pelo militar alertado, será arquivada pela
estaduais poderá ser realizadopelo uso progressivo da
autoridade que a emitiu, dela não podendo resultar
autoridade competente, dos seguintes instrumentos:
aplicação de sanção.
I - prevenção;
§3º Cópias das comunicações podem ser requisitadas
II - correção; pela Corregedoria-Geraldo Corpo de Bombeiros Militar
do Pará, para formulação de estudos estatísticos e
III- ajustamento de conduta; e
adoção de medidas preventivas e corretivas.
IV- Processo Administrativo Disciplinar.
Notícia de Ocorrência
Prevenção
§4º A reiteração de condutas inadequadas pelo militar
Art. 77. Compete às autoridades de que trata o art. 26 estadual devidamente esclarecido, na forma deste
desta Lei, planejar e aplicar, preventivamente, artigo, implicará a comunicação do fato às autoridades
programas de qualifi cação, atualização e orientação mencionadas no art. 26 desta Lei, para adoção de
dos militares estaduais para o exercício das suas medidas disciplinares.
atribuições dentro dos padrões da ética e da
Ajustamento de Conduta
disciplina, com enfoque na correta interpretação dos
seus deveres e na perfeita compreensão das proibições Art. 79. O ajustamento de conduta é a forma voluntária
e das responsabilidades. de adequação do comportamento do bombeiro militar,
fundada nos princípios constitucionais da eficiência,
Programa Complementar de Prevenção
economicidade, proporcionalidade e razoabilidade,
§1º Às comissões de correição e às divisões da podendo ser adotado nos casos de infração leve e
Corregedoria-Geral compete implantar programa média.
complementar de prevenção, com realização de
§1º O ajustamento de conduta efetivar-se-á mediante
reuniões setoriais, visando a padronizar procedimentos
assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta
e esclarecer situações de risco.
(TAC) pelo infrator e pela autoridade competente
para a instauração do procedimento disciplinar ou
para aplicação de medidasde caráter educativo.

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LEGISLAÇÃO DO CBMPA

§2º O Termo de Ajustamento de Conduta firmado IV- o prazo e o modo de cumprimento das obrigações
pelo militar estadual dispensa a instauração de assumidas, bem como para a realização das medidas de
Processo Administrativo Disciplinar e exclui eventual caráter educativas aplicadas;
aplicação de pena, caso sejam cumpridas as obrigações
V- a forma de fiscalização pela Organização Bombeiro-
constantes do documento e observada a efetiva
mudança de comportamento. Militar competente; e
VI- as sanções aplicáveis em caso de descumprimento do
§3º O Termo de Ajustamento de Conduta poderá ser
Termo de Ajustamento de Conduta.
firmado até o final da instrução e antes da apresentação
das alegações finais no Processo Administrativo Critérios para o Ajustamento de Conduta
Disciplinar, mediante proposta da comissão
processante ou a requerimento do interessado. §8º Para a aferição da conveniência e da oportunidade
da adoção do Termo deAjustamento de Conduta serão
§4º A assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta considerados os seguintes critérios:
implica o reconhecimento da irregularidade cometida e
o comprometimento em repará- la, bem como a I- estar o militar, no mínimo, com comportamento BOM;
adequação do comportamento. II- não ter sido beneficiado pelo ajustamento de conduta
§5º O Termo de Ajustamento de Conduta preverá a nos últimos seis meses anteriores à prática do novo fato;
aplicação de, pelo menos,uma das seguintes medidas e
de caráter educativo: III- não ter praticado novo ato infracional até seis meses
I- elaboração e apresentação de trabalho sobre o tema após o encerramentodo prazo do último ajustamento de
que originou oajustamento de conduta; conduta.
II- ministério de instrução, em estabelecimento de §9º É vedada a realização de ajustamento de conduta
ensino público ou outra instituição, sobre assunto de quando houver indícios de prejuízos efetivos ao Erário
interesse da sociedade; ou ao serviço público, de improbidade administrativa,
III- ministério de palestra para a tropa sobre assunto pré- de crime ou de má-fé do infrator.
determinado pelas autoridades indicadas no art. 26 Arquivamento
desta Lei, na parada matinal ou evento diverso;
§10. O Termo de Ajustamento de Conduta será
IV- cumprimento de escala extra de serviço que não registrado nos assentamentos do militar estadual.
ultrapasse seis horas, sem ônus e no interesse da
Apuração Preliminar
administração, desde que haja voluntariedade e
concordância do militar ajustado; e/ou Art. 80. Para o esclarecimento das circunstâncias em
V- assistir instruções ou palestras, sobre assuntos de que se deu a ocorrência da infração funcional, com
vistas a subsidiar a decisão sobre a medida aplicável
interesse da instituição, no horário de folga do militar
ou o procedimento a ser adotado, poderá a autoridade
ajustado. competente determinar que se faça uma apuração
preliminar, a qual consistirá em uma coleta simplificada
§6º No caso de falta ao serviço, a medida de caráter
de informações que permitam concluir pela
educativo aplicada será a escala extra em dobro, em
conveniência damedida.
serviço de mesma natureza, sem ônus e nointeresse da
administração. Prazo para Conclusão
§7º O Termo de Ajustamento de Conduta conterá, no §1º O prazo de conclusão da apuração preliminar é de
mínimo, as seguintes informações: cinco dias, a contar da data em que o militar estadual
seja cientifi cado oficialmente da referida apuração, por
I- qualificação do militar infrator;
meio de notificação pessoal.
II- fundamentos de fato e de direito para a celebração do
ajustamento de conduta, bem como a caracterização da §2º Ato do Comandante-Geral disciplinará os
procedimentos da Apuração Preliminar.
infração cometida como leve oumédia;
III- descrição das obrigações assumidas para reparar o
dano e das medidas de caráter educativas aplicadas;

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LIVRO III requerimento da parte ofendida ou de quem


- LEI 5.810/94
legalmente a represente, ou em virtude de
DO PROCEDIMENTO E DOS PROCESSOS
representação de autoridade que tenha conhecimento
DISCIPLINARES da infração disciplinar, cuja repressão não tenha
TÍTULO I competência.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Requisitos obrigatórios do documento instaurador

Princípios Art. 84. O ato administrativo de instauração deverá


conter os seguintes requisitos:
Art. 81. Os processos e procedimentos na seara
disciplinar devem observar, dentre outros, os princípios I- a autoridade instauradora;
da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade II- a autoridade delegada, se for o caso;
e eficiência. III- a indicação do possível autor da transgressão da
Providências preliminares disciplina, quando se tratar de Processo Administrativo
Disciplinar;
Art. 82. Logo que tiver conhecimento da prática de
infração disciplinar, verificável na ocasião, o IV- a indicação do ofendido e a designação da pessoa
comandante ou oficial designado por autoridade jurídica ou instituição prejudicada ou atingida, sempre
bombeiro-militar competente deverá, desde que não que possível;
prejudique instrução criminal concomitante: V- o tempo e o lugar do fato objeto da apuração, com
I- dirigir-se ao local, providenciando para que não seja todas as suascircunstâncias;
alterado o estado e a situação das coisas, enquanto VI- a norma em tese violada, quando se tratar de
necessário; Processo Administrativo Disciplinar; e
II- apreender os instrumentos e todos os objetos que VII- possível sanção disciplinar aplicável ao acusado,
tenham relação com o fato; e quando se tratar de Processo Administrativo Disciplinar.
III- colher todas as provas que sirvam para o
Parágrafo único. Presente a indicação da conduta
esclarecimento do fato e desuas circunstâncias. imputada ao bombeiro militar, a mera ausência de
algum dos requisitos previstos neste artigo não gera a
Competência subsidiária
nulidade do Processo Administrativo Disciplinar, salvo
Parágrafo único. O comandante ou aquele que o comprovação de efetivo prejuízo à defesa, uma vez que
substitua ou esteja de dia, de serviço ou de quarto a descrição minuciosa da infração só sefaz necessária na
deverá, imediatamente, tomar ou determinar que fase final da instrução.
sejam tomadas as providências cabíveis previstas neste
Atribuições dos encarregados
artigo, ao ter conhecimento de infração disciplinar que
lhe incumba reprimir. Art. 85. O encarregado da sindicância ou do Processo
Administrativo Disciplinar, ressalvado o disposto no art.
Modos de iniciação de procedimentos e Processos
117, deverá:
Administrativos Disciplinares
I- tomar as medidas previstas no art. 82, caso estas ainda
Art. 83. A sindicância e o Processo Administrativo
Disciplinar serãoinstaurados: não tenham sido providenciadas;
II- ouvir o ofendido;
I- de ofício, pela autoridade bombeiro-militar em cujo
III- ouvir as testemunhas, devendo, no caso de Processo
âmbito de comando haja ocorrido a infração disciplinar,
Administrativo Disciplinar, proceder-se, em primeiro
observada a hierarquia;
lugar, à oitiva das de acusação e, após, das de defesa;
II- por determinação ou delegação da autoridade
IV- ouvir o acusado, em depoimento preliminar;
bombeiro-militar superior; ou
V- proceder ao reconhecimento de pessoas ou coisas e
III- em virtude de requisição do Ministério Público.
acareações;
Início por requerimento VI- requerer exame de corpo de delito e quaisquer
outros exames e perícias, quando necessário;
Parágrafo único. A sindicância e o Processo
Administrativo Disciplinar poderão ser instaurados, a
critério da autoridade competente, em razão de

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VII- determinar a identificação e avaliação de coisa Carta precatória


subtraída, desviada, destruída, danificada ou objeto de Art. 87. Poderá ser requisitada a produção de prova por
apropriação indébita; meio de carta precatória, expedida diretamente ao
VIII- proceder às buscas e apreensões, conforme dispuser comandante da Organização Bombeiro- Militar onde
a lei; deverão ser realizadas as diligências solicitadas.
IX- tomar as medidas necessárias destinadas à proteção Acusado do posto de coronel
de testemunhas;
Art. 88. Se o sindicado ou acusado for do posto de
X- juntar documentos, papéis, fotografias com os Coronel, o fato será comunicado ao Comandante-Geral
negativos, croquis equalquer outro meio que ilustre o e ao Corregedor, obedecidos os trâmites
modo como os fatos se desenvolveram; regulamentares.
XI- qualificar e interrogar o acusado após a coleta de Sigilo dos procedimentos e processos
todas as provas; eXII - outros atos necessários em direito
Art. 89. A sindicância e o Processo Administrativo
admitidos.
Disciplinar somente serão sigilosos quando o ato de
instauração determinar este procedimento, devendo
Parágrafo único. O acusado deve ser notificado de todas
ser, por conseguinte, publicado em boletim reservado,
as provas a serem produzidas, facultando-se a ele
admitindo-se o acompanhamento do defensor do
acompanhá-las, bem como ser informado sobre o
sindicado ou acusado.
direito de produzir provas e requerer as que entender
cabíveis, cuja pertinência será analisada pela comissão Defensor
em decisão fundamentada, que poderá deferi-las ou
Art. 90. Entende-se por defensor, que é facultativo na
não.
sindicância e no Processo Administrativo Disciplinar, o
Antecedência da citação, intimação e notificação advogado, o oficial ou a praça bacharel em direito,
devidamente habilitado com outorga de poderes
Art. 86. A citação, as intimações e as notificações serão
cedidos pelosindicado ou acusado.
sempre feitas de dia ecom a antecedência mínima de
vinte e quatro horas do ato a que se referirem. Defensor dativo e ad hoc
Citação Parágrafo único. O bombeiro militar, quando estiver
atuando como defensor dativo ou ad hoc, estará em
§1º Citação é o ato processual pelo qual se chama, por
serviço bombeiro-militar para fins de direito.
ordem da autoridade competente, o acusado para
defender-se em Processo Administrativo Disciplinar, Reunião e ordem dos procedimentos e processos
dando-lhe ciência dos fatos que lhe são imputados e das
Art. 91. Todas as peças serão reunidas em um só
normas em tese infringidas.
processo, por ordem cronológica, datilografadas ou
Intimação e Notificação digitadas em espaço um centímetro e cinquenta
milímetros, com as folhas numeradas, rubricadas e
§2º Intimação é utilizada para dar conhecimento de
autenticadas, conforme o caso, pelo encarregado que,
atos ou despachospraticados no processo em curso e
uma vez findo os trabalhos, lavrará o termo de
notificação é a ordem feita a alguém para que faça ou
encerramento.
deixe de fazer algo.
Relatório
Recusa ou Negativa
Art. 92. A sindicância e o Processo Administrativo
§3º Se o citado ou intimado recusar-se a ouvir a leitura
Disciplinar serão encerrados com um minucioso
da citação ou intimação ou se negar a assiná-las, o
relatório, no qual o encarregado mencionará à
encarregado certificará tal fato nopróprio mandado
autoridade delegante a portaria de instauração, o
de citação ou intimação, na presença de duas
objetivo da apuração, as diligências realizadas e os
testemunhas instrumentárias do feito.
resultados obtidos, a descrição dos fatos com indicação
§4º A intimação do defensor dativo ou regularmente do dia, hora e local em que ocorreu, a análise do fato e
constituído nos autos, inclusive por Aviso de das provas constantes dos autos. Em conclusão,
Recebimento (AR), supre a do acusado nos demais atos mencionará se há indícios de infração disciplinar, no
do processo. casoda sindicância, ou infração disciplinar a punir, no

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caso dos Processos Administrativos Disciplinares, e/ou Diligências da Corregedoria


indícios de crime. - LEI 5.810/94
Art. 95. Os autos, após serem solucionados pelas
Relatório integrante da parte dispositiva autoridades instauradoras, serão remetidos ao
Corregedor-Geral, acompanhados dos instrumentos
Parágrafo único. Quando não houver delegação, o
apensos, bem como dos objetos que interessem a sua
relatório fará parte da decisão da autoridade
prova, podendo este, sefor o caso, determinar novas
instauradora da sindicância ou Processo Administrativo
diligências, marcando o prazo para a sua devolução.
Disciplinar.
Impedimentos
Da autoridade delegada
Art. 96. São impedidos de apurar indícios de infração
Art. 93. No caso de ter sido delegada a atribuição para
disciplinar:
instrução, o encarregado remeterá os autos à
autoridade de quem recebeu a delegação para que esta I- o bombeiro militar que formulou a acusação originária
publique em boletim a solução no prazo de dez dias, a do procedimento ou do processo;
contar dorecebimento dos autos, ou determine novas II- os bombeiros militares que tenham entre si, com o
diligências, se as julgar necessárias.
acusador ou com o acusado, parentesco consanguíneo
Superioridade ou igualdade hierárquica sobre o infrator ou afim, na linha reta ou até quarto grau de
Art. 94. Em se tratando de delegação para a instrução consanguinidade colateral ou de natureza civil; e
da sindicância ou do Processo Administrativo III- os bombeiros militares que tenham particular
Disciplinar deverá aquela recair em bombeiro militar interesse na decisão do Processo Administrativo
de posto superior ao do bombeiro militar sindicado ou Disciplinar.
acusado. Na impossibilidade disto, deverá recair em
bombeiro militar que o preceda na antiguidade. Incidentes de insanidade mental
Indícios contra superior hierárquico ou bombeiro Art. 97. Quando houver dúvida razoável sobre a
militar mais antigono curso do procedimento sanidade mental do acusado,o presidente do Processo
§1º Se, no curso da sindicância, o seu encarregado Administrativo Disciplinar proporá à autoridade
verificar a existência de indícios de transgressão da competente que o militar disciplinado seja submetido a
disciplina contra bombeiro militar superior exame por juntamédica militar, da qual participe pelo
hierárquico ou mais antigo, tomará as providências menos um médico psiquiatra.
necessárias para que as suas funções sejam delegadas a §1º O incidente de sanidade mental será processado em
outro encarregado. autos apartados e apenso ao processo principal, após a
Indícios contra superior hierárquico ou bombeiro expedição do laudo pericial.
militar mais antigono curso do processo §2º O militar acusado ou seu defensor poderá requerer
§2º Se, no curso de Processo Administrativo Disciplinar, a instauração de incidente de sanidade mental.
o seu presidente verificar a existência de indícios de §3º O incidente de sanidade mental não suspenderá o
transgressão da disciplina contra um outro bombeiro curso do processo disciplinar ou a instrução probatória,
militar superior hierárquico ou mais antigo, deve ressalvada a produção de prova testemunhal ou outra
prosseguir normalmente na apuração, mencionando em que seja indispensável a presença do acusado
esta circunstância no relatório. submetido ao exame pericial.
Dedução em favor dos prazos Sobrestamento
§3º São deduzidas dos prazos para a conclusão da Art. 98. É permitido o sobrestamento de procedimento
instrução as suspensões pelo motivo previsto no §1º ou Processo Administrativo Disciplinar, por um período
deste artigo. de até trinta dias, mediante requerimento
Cumprimento de precatória fundamentado da autoridade administrativa delegada
dirigido às autoridades previstas no art. 26 desta Lei.
§4º A delegação para o cumprimento de carta
precatória deverá recair em bombeiro militar, §1º O prazo de que trata o caput deste artigo poderá
observando-se o disposto no caput deste artigo. ser prorrogado por até trinta dias pela autoridade
bombeiro-militar delegante, desde que o pedido de
prorrogação seja motivado e tempestivo.

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LEGISLAÇÃO DO CBMPA

§2º Não haverá outra prorrogação, além da prevista no Diário Oficial do Estado ou em boletim, conforme o
§1º deste artigo, salvo dificuldade insuperável, a juízo caso.
da autoridade delegante.
Prorrogação do prazo
§3º Durante o sobrestamento é vedada a prática de
Art. 103. Este último prazo poderá ser prorrogado por
qualquer ato procedimental ou processual, salvo, a
mero despacho, sem exigência de publicação, por até
juízo da autoridade administrativa delegante, atos
sete dias, pela autoridade bombeiro-militar
inadiáveis e indispensáveis ao bom andamento do
instauradora, desde que não estejam concluídos
processo, mediante decisão fundamentada.
exames ou perícias já iniciados ou haja necessidade de
§4º A publicação do ato de sobrestamento suspenderá diligências indispensáveis à elucidação do fato. O
o transcurso do prazo prescricional, que voltará a correr pedido de prorrogação deve ser motivado e feito
pelo que sobejar. tempestivamente.
Renovação da prorrogação
TÍTULO II Art. 104. Não haverá mais prorrogação além da prevista
no art. 103, salvo dificuldade insuperável, a juízo da
DO PROCEDIMENTO E DOS PROCESSOS
autoridade instauradora.
DISCIPLINARES EM ESPÉCIE
Remessa posterior de provas
CAPÍTULO I
Parágrafo único. Os laudos de perícias ou exames não
DA SINDICÂNCIA concluídos nessa prorrogação, bem como os
Definição documentos colhidos depois dela, serão
posteriormente remetidos à autoridade instauradora
Art. 99. Sindicância disciplinar é a apuração sumária para juntada à sindicância disciplinar. Ainda no seu
inquisitorial de fato ou ato que, em tese, configure relatório, poderá o presidente indicar, mencionando, se
transgressão da disciplina bombeiro-militar, quando possível, o lugar onde se encontram as testemunhas
inexistirem indícios claros de autoria. Tem caráter de que deixaram de ser ouvidas por qualquer
instrução provisória, cujafinalidade precípua é reunir impedimento.
elementos necessários à propositura do Processo
Administrativo Disciplinar e/ou inquérito bombeiro-
militar, se for o caso. CAPÍTULO II
Perícias DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DO PROCESSO
Parágrafo único. São efetivamente atos instrutórios da ADMINISTRATIVODISCIPLINAR
sindicância disciplinar os exames, perícias e avaliações Espécies de processos
realizados regularmente por peritos idôneos e com
obediência às formalidades previstas em lei. Art. 105. São Processos Administrativos Disciplinares:
Competência para instauração I- Processo Administrativo Disciplinar Sumário (PADSU);
II- Processo Administrativo Disciplinar Simplificado
Art. 100. São autoridades administrativas militares
competentes para instaurara sindicância as previstas no (PADS);
art. 26 desta Lei. III - Conselho de Disciplina (CD); e
Delegação IV - Conselho de Justificação (CJ).
Art. 101. A autoridade instauradora poderá delegar Conveniência para adoção
suas atribuições parainstruir a sindicância disciplinar a
um bombeiro militar, que será denominado de Art. 106. Adotar-se-á o Processo Administrativo
sindicante. Disciplinar nos casos em que houver indícios sufi
cientes de autoria e materialidade da transgressão da
Prazo para conclusão disciplina bombeiro-militar, observando-se, dentre
Art. 102. O prazo de conclusão da sindicância disciplinar outros princípios, o do devido processo legal, do
é de quinze dias, a contar da data da publicação do contraditório e da ampla defesa.
decreto ou da portaria de instauração/ delegação no

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Providências preliminares II- intimar o acusado para qualificação e interrogatório;


- LEI 5.810/94
e
Art. 107. A autoridade instauradora ou a quem for
delegada as atribuiçõespara a instrução do processo III- conceder o prazo de três dias para defesa escrita,
disciplinar, após a publicação do atoadministrativo mediante termo de vista dos autos ao acusado.
de instauração, providenciará a citação do acusado.
Defensor dativo
Requisitos da citação
Art. 109. Não tendo o acusado apresentado sua
§1º A citação indicará:
autodefesa e nem constituído defensor, ser-lhe-á
I - o inteiro teor do ato administrativo de instauração; nomeado defensor dativo pelo presidente do Processo
Administrativo Disciplinar para o exercício da defesa do
II - o rol de testemunhas;
acusado.
III - a abertura de prazo para defesa prévia, na forma no
Defensor ad hoc
art. 108 desta Lei;
Parágrafo único. No caso de ausência simultânea do
IV - a data em que foi expedida; e
acusado e seu defensor ao ato de que foram
V - a subscrição do encarregado. regularmente notificados ou intimados, o presidente do
Requisito de validade Processo Administrativo Disciplinar nomeará defensor
ad hoc para o exercício da defesa do acusado durante o
§2º É requisito da citação válida a comprovação do ato.
recebimento do documento citatório por parte do
acusado. Acusado preso

Citação do acusado solto Art. 110. Estando o acusado preso, a presença de seu
defensor em sessão do Processo Administrativo
§3º A citação do acusado em liberdade far-se-á com Disciplinar supre a daquele.
antecedência mínima de vinte e quatro horas em
relação ao ato seguinte a ser praticado. Seção I

Citação do acusado preso Do Processo Administrativo Disciplinar


Simplificado e Sumário Conveniência do Processo
§4º A citação do acusado preso far-se-á com
Administrativo Disciplinar Simplificado
antecedência mínima de quarenta e oito horas em
relação ao ato seguinte a ser praticado. Art. 111. Adotar-se-á o Processo Administrativo
Disciplinar Simplificado nos casos em que houver
Citação por edital
indícios sufi cientes de autoria e materialidade da
§5º Se o acusado não for encontrado para fins de transgressão da disciplina bombeiro militar.
citação pessoal ou se estiver em local incerto ou não
Forma e casos de instauração do Processo
sabido, será citado por edital, atendidos os mesmos
Administrativo Disciplinar Simplificado
requisitos previstos no §1º deste artigo, publicado uma
única vez no Diário Oficial do Estado, determinando-se Parágrafo único. O Processo Administrativo Disciplinar
o prazo de cinco dias para a sua apresentação, sem Simplificado será instaurado por decreto ou portaria e
prejuízo das demais providências que devam ser utilizado nos casos que impliquem sanção disciplinar de
tomadas, sejam de caráter administrativo ou penal. repreensão, suspensão e licenciamento a bem da
disciplina.
Revelia
Competência para instauração
§7º O processo corre à revelia se o acusado não atender
à citação por edital. Neste caso, o presidente do Art. 112. São autoridades administrativas militares
Processo Administrativo Disciplinar designará um competentes para instauraro Processo Administrativo
defensor dativo. Disciplinar Simplificado as previstas no art. 26 desta Lei.
Providências do presidente Competência para aplicar o licenciamento a bem da
disciplina
Art. 108. Citado o acusado, o presidente deverá:
I- adotar as providências necessárias à coleta de provas
e instrução do processo;

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Parágrafo único. São autoridades competentes para Cabimento do Processo Administrativo Disciplinar
aplicar a sanção de licenciamento a bem da disciplina: Sumário
I- o Governador do Estado, quando instaurar o Processo Art. 117. Adotar-se-á o Processo Administrativo
AdministrativoDisciplinar Simplificado ou quando o fato Disciplinar Sumário nos casos em que houver indícios
e as circunstâncias exigirem o agravamento da punição sufi cientes de autoria e materialidade e a transgressão
disciplinar for classificada como de natureza leve.
disciplinar imposta ao acusado;
II- o Comandante-Geral, quando instaurar o Processo Competência para Instauração
Administrativo Disciplinar Simplificado ou quando o §1º São autoridades administrativas militares
licenciamento a bem da disciplina for proposto pelas competentes para instaurar o Processo Administrativo
autoridades indicadas no art. 26, incisos II a VIII, desta Disciplinar Sumário as previstas no art. 26 desta Lei.
Lei, por meio de Processo Administrativo Disciplinar §2º A autoridade instauradora poderá delegar a
Simplificado que tenham instaurado. instrução do Processo Administrativo Disciplinar
Sumário a bombeiro militar, que será denominado de
Possibilidade de delegação presidente, o qual deverá ser superior hierárquico do
Art. 113. A autoridade instauradora poderá delegar acusado ou, excepcionalmente, mais antigo.
suas atribuições parainstruir o Processo Administrativo Prazo para Conclusão
Disciplinar Simplificado a bombeiro militar, que será
§3º O prazo de conclusão do Processo Administrativo
denominado de presidente, o qual deverá ser superior
Disciplinar Sumário é dedez dias, a contar da data da
hierárquico do acusado ou, excepcionalmente, mais
publicação do decreto ou da portaria de instauração no
antigo.
Diário Oficial do Estado ou em boletim, conforme o
Prazo para conclusão caso.
Art. 114. O prazo de conclusão do Processo Prorrogação do prazo
Administrativo Disciplinar Simplificado é de quinze dias,
§4º Não haverá prorrogação de prazo, salvo
a contar da data de publicação do decreto ou da
dificuldade insuperável, a juízo da autoridade
portaria de instauração/delegação no diário oficial do
instauradora.
estado ou em boletim, conforme o caso.
Fases do Processo Administrativo Disciplinar Sumário
Prorrogação do prazo
§5º O Processo Administrativo Disciplinar Sumário
Art. 115. Este último prazo poderá ser prorrogado por
observará, no mínimo, as seguintes formalidades:
mero despacho, sem exigência de publicação, por até
sete dias, pela autoridade bombeiro-militar I- citação do acusado para que tome ciência e indique as
instauradora, desde que não estejam concluídos provas que pretendeproduzir;
exames ou perícias já iniciados ou haja necessidade de II- adoção das diligências necessárias à elucidação do
diligências indispensáveis à elucidação do fato. O
fato;
pedido de prorrogação deve ser motivado e feito
III- fixação do prazo de dois dias para apresentação de
tempestivamente.
defesa escrita; e
Possibilidade de nova prorrogação
IV- relatório fundamentado e conclusivo, que será
Art. 116. Não haverá mais prorrogação além da prevista remetido à autoridade julgadora.
no art. 115, salvo dificuldade insuperável, a juízo da
autoridade instauradora. §6º Em sua defesa escrita, o acusado poderá alegar
Remessa posterior de provas todas as matérias que entender pertinentes,
apresentar documentos e justificações e arrolar, no
Parágrafo único. Os laudos de perícias ou exames não máximo, duas testemunhas, qualificando-as e
concluídos nessa prorrogação, bem como os requerendo sua intimação, se necessário.
documentos colhidos depois dela, serão
posteriormente remetidos à autoridade instauradora Interposição de Recurso
para juntada aos autos. §7º Da decisão proferida em Processo Administrativo
Disciplinar Sumário somente caberá recurso
hierárquico.

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Seção II Organização funcional do Conselho de Disciplina


- LEI 5.810/94
Do Conselho de Disciplina Parágrafo único. O membro mais antigo do conselho de
disciplina, no mínimo oficial intermediário, é o
Finalidade
presidente; o que lhe segue em antiguidade é o
Art. 118. O Conselho de Disciplina (CD) tem a finalidade interrogante e relator, e o mais moderno é o escrivão.
de julgar a capacidade para permanecerem na ativa o
Atribuições do presidente do Conselho de Disciplina
aspirante-a-oficial e os demais praças com estabilidade.
Art. 123. São atribuições do presidente do
Bombeiro militares na reserva remunerada
conselho de disciplina, dentreoutras:
Parágrafo único. O Conselho de Disciplina será aplicado:
I- presidir todos os atos do conselho, zelar pela
I- aos praças inativos que, em tese, sejam incapazes de regularidade do processo, pela execução da lei e pela
permanecer na situação de inatividade; e garantia da ordem;
II- no caso de o(s) ato(s) infracional(is) ter(em) sido II- instalar o conselho, prestando o compromisso legal;
praticado(s) em concurso, por bombeiros militares com III- citar o acusado;
e sem estabilidade. IV- determinar diligências necessárias à elucidação do
fato;
Competência
V- intimar o acusado sobre a conclusão a que chegaram
Art. 119. O Governador, o Comandante-Geral e o os membros do conselho de disciplina;
Corregedor-Geral são as autoridades administrativas
VI- apresentar o acusado ao comandante de sua
militares competentes para instaurarem e decidirem
Organização BombeiroMilitar de origem, após o
conselho de disciplina.
encerramento dos trabalhos; e
Requisitos para instauração
VII- remeter os autos do Conselho de Disciplina ao
Art. 120. O Conselho de Disciplina é instaurado Governador ou Comandante-Geral, conforme o caso.
mediante decreto ou portaria, publicados em diário
oficial ou boletim, respectivamente, quando a praça for Atribuições do interrogante e relator do Conselho de
acusada oficialmente ou por qualquer meio de Disciplina
comunicação social de:
Art. 124. São atribuições do interrogante e relator,
I- ter procedido incorretamente no desempenho do dentre outras:
cargo, violando o sentimento do dever no exercício de I- inquirir testemunhas, requerer diligências necessárias
função ou de serviço bombeiro-militar; à elucidação do fato einterrogar o acusado;
II- estando no comportamento mau e praticar novo ato II- elaborar o relatório e submetê-lo à apreciação dos
com indícios de transgressão disciplinar, devendo neste demais membros; e
caso ser analisada toda sua vidaprofissional; III- datilografar ou digitar as peças instrutórias e o
III- ter praticado ato de natureza grave que afete a honra relatório do conselho, se a celeridade do processo assim
pessoal, o pundonor bombeiro-militar ou o decoro da o exigir.
classe, independentemente de seu comportamento, não
estando de serviço ou atuando em razão da função; e/ou Atribuições do escrivão do Conselho de Disciplina
IV- indignidade ou incompatibilidade para com o cargo. Art. 125. São atribuições do escrivão, dentre outras:

Afastamento das funções I- autuar o processo;


II- cumprir os despachos do presidente;
Art. 121. Ao ser publicado o ato administrativo de
instauração do conselho de disciplina, a praça da ativa III- elaborar as atas das sessões do conselho; e
é imediatamente afastada do exercício de suas funções, IV- datilografar ou digitar as peças instrutórias e o
ficando à disposição do conselho. relatório do conselho.
Membros do Conselho de Disciplina Inquirições no Conselho de Disciplina
Art. 122. O Conselho De Disciplina é composto de três Art. 126. É lícito aos membros do conselho e à defesa
oficiais da ativa da Corporação. perguntar e reperguntar,por intermédio do presidente,

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sobre o objeto da acusação e propor diligências para o Decisão do Comandante-Geral


esclarecimento dos fatos.
Art. 132. Recebidos os autos do processo do conselho
Compromisso de disciplina, a autoridade julgadora, acolhendo ou não
as conclusões da comissão,motivadamente, decidirá:
Art. 127. Os membros do conselho, na reunião de
instalação, prestarão o seguinte compromisso: I- arquivar o processo, se considerar improcedente a
“Prometo apreciar os fatos que me forem submetidos acusação;
e, de acordo com a lei e as provas dos autos, emitir II- aplicar a sanção disciplinar de até trinta dias de
parecer sobre eles com imparcialidade e justiça.”
suspensão; ou
Suspeição e impedimento III- aplicar a reforma administrativa disciplinar ou a
Parágrafo único. Os casos de suspeição e impedimento exclusão a bem da disciplina.
deverão ser declarados de ofício antes de prestado o
compromisso. Registro do arquivamento

Registro da instrução processual Parágrafo único. A decisão que determinar o


arquivamento do processo deve ser publicada
Art. 128. De toda sessão será lavrada ata, a fim de oficialmente e transcrita nos assentamentos da praça,
registrar o que ocorrer, devendo ser assinada pelos se esta forda ativa.
membros do conselho, acusado e defensor, se houver.
Regra para funcionamento
Seção III
Parágrafo único. O Conselho de Disciplina funcionará
com a totalidade de seus membros. Do Conselho de Justificação
Prazo para conclusão Finalidade
Art. 129. O prazo de conclusão do Conselho de Art. 133. O Conselho de Justificação é destinado a
Disciplina é de trinta dias, a contar da publicação do ato julgar a capacidade dooficial do Corpo de Bombeiros
administrativo de instauração, podendo ser prorrogado Militar do Pará em permanecer na ativa.
por vinte dias, pela autoridade instauradora. Alcance aos oficiais da reserva remunerada
Motivação do pedido de prorrogação Parágrafo único. O conselho de justificação também
§1º O pedido de prorrogação deve ser motivado e feito poderá será plicado ao oficial inativo presumivelmente
tempestivamente. incapaz de permanecer na situação de inatividade.
Forma da prorrogação Competência para instauração
§2º A concessão ou denegação da prorrogação será Art. 134. O Governador do Estado é a autoridade
realizada por despacho. administrativa competente para instaurar e decidir o
conselho de justificação.
Relatório do Conselho de Disciplina
Arquivamento do pedido de instauração do Conselho de
Art. 130. O relatório é assinado por todos os membros Justificação
do conselho, concluindose o bombeiro militar é culpado
ou não da acusação que lhe foi imputada, bemcomo se §1º O Governador do Estado pode, com base nos
é capaz ou não de permanecer na ativa ou na situação antecedentes do oficial a serjulgado e na natureza ou
em que se encontra na inatividade. falta de consistência dos fatos arguidos, considerar,
desde logo, improcedente a acusação e indeferir, em
Votação no Conselho de Disciplina consequência, o pedidode nomeação do conselho de
Art. 131. A conclusão do Conselho de Disciplina será justificação.
tomada por maioria de votos de seus membros, Publicação do indeferimento
iniciando-se o escrutínio pelo oficial mais moderno.
§2º O indeferimento do pedido de nomeação do
Justificação do voto vencido conselho de justificação, devidamente
Parágrafo único. Havendo voto vencido, é obrigatória a fundamentado, deve ser publicado no Diário Oficial do
sua justificação por escrito. Estado e transcrito nos assentamentos do oficial, se
este for da ativa.

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Requisitos para instauração do Conselho de Justificação Regra para funcionamento


- LEI 5.810/94
Art. 135. O Conselho de Justificação é instaurado Art. 138. O conselho de justificação funciona sempre
mediante decreto governamental, nas seguintes com a totalidade de seus membros.
hipóteses:
Art. 139. Aplica-se ao Conselho de Justificação o
I- quando o oficial for acusado oficialmente ou por disposto nos arts. 123, 124, 125,126, 127, 128, 129, 130
qualquer meio de comunicação social de ter: e 131 desta Lei, no que couber.
a) procedido incorretamente no desempenho do cargo, Oficial da reserva revel
violando o sentimento do dever no exercício de função
Art. 140. Quando o justificante for oficial inativo e não
ou de serviço bombeiro-militar; for localizado ou deixar de atender à intimação por
b) sido punido com três suspensões disciplinares no escrito para comparecer perante o Conselho de
período de um ano e praticar novo ato com indícios de Justificação:
transgressão disciplinar, devendo neste caso ser I- a citação por edital será publicada no Diário Oficial do
analisada toda sua vida profissional; e/ou Estado; e
c) praticado ato de natureza grave que afete a honra II- o processo correrá à revelia, se o justificante não
pessoal, o pundonor bombeiro-militar ou o decoro da atender à publicação.
classe, não estando de serviço bombeiro- militar nem
atuando em razão da função; e/ou Acesso à promoção
II- considerado não habilitado para o acesso em caráter Art. 141. No caso do item II do art. 135, o Conselho de
provisório, emdecorrência de indícios de indignidade ou Justificação concluiráse o oficial está ou não habilitado
incompatibilidade para com o cargo, no momento em para o acesso à promoção em caráter definitivo.
que venha a ser objeto de apreciação para ingresso em Remessa ao Governador do Estado
quadro de acesso à promoção.
Art. 142. Elaborado o relatório, o Conselho de
Justificação remete o processo ao Governador do
Afastamento das funções do justificante
Estado, por intermédio do Comandante-Geral da
Art. 136. Ao ser publicado o decreto de instauração do Corporação.
conselho de justificação, o oficial da ativa será
Decisão do Governador do Estado
imediatamente afastado do exercício desuas funções,
ficando à disposição do conselho. Art. 143. Recebidos os autos do processo do Conselho
de Justificação, o Governador do Estado, dentro do
Membros do Conselho de Justificação
prazo de vinte dias, aceitando ou não o julgamento dos
Art. 137. O Conselho de Justificação é composto de três membros do conselho e, neste último caso, justificando
oficiais da ativa deposto superior ao do justificante. os motivos de sua decisão, determinará:
Organização funcional do Conselho de Justificação I- o arquivamento do processo, se considerar procedente
§1º O membro mais antigo do Conselho de Justificação, a justificação;
no mínimo um oficial superior da ativa, é o presidente, II- a aplicação de pena disciplinar de até trinta dias de
o que lhe segue em antiguidade é o interrogante e suspensão, seconsiderar transgressão disciplinar a razão
relator, e o mais moderno é o escrivão. pela qual o oficial foi julgadoculpado;
Impedimentos III- na forma da legislação bombeiro-militar, a adoção
§2º Não podem fazer parte do conselho de justificação, das providências necessárias à transferência para a
além dos casos previstos no art. 96, os oficiais reserva remunerada, se o oficial for considerado não
subalternos. habilitado para o acesso ao quadro de promoções em
Justificante do posto de Coronel caráter definitivo; ou
IV- a remessa do processo ao Tribunal de Justiça, se a
§3º Quando o justificante for oficial superior do último
razão pela qual o oficial foi julgado culpado estiver
posto, os membros do conselho de justificação serão
nomeados dentre os oficiais daquele posto, da ativa ou prevista no inciso I do art. 135 e ensejar as
da inatividade, mais antigos que o justificante, sendo providências do art. 146.
estes revertidos para a atividade para este único fim.

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Publicação da justificação I - legitimidade para recorrer;


Parágrafo único. A decisão do Governador do Estado II - interesse (prejuízo);
pela remessa dos autos do processo de Conselho de
III - tempestividade; e
Justificação ao Tribunal de Justiça é irrecorrível.
IV – adequabilidade.
Competência do Tribunal de Justiça
Interposição de recursos
Art. 144. É de competência do Tribunal de Justiça
julgar, em instância única, os processos oriundos de Art. 149. Interpor recurso disciplinar é o direito
Conselho de Justificação a ele remetidos pelo concedido ao bombeiro militar que se julgue
Governador do Estado. prejudicado em decisão disciplinar proferida pela
autoridade instauradora do Processo Administrativo
Defesa no Tribunal
Disciplinar.
Art. 145. No Tribunal de Justiça, distribuído o processo,
Espécies de recursos
será relatado por um dos seus membros que, antes,
deve abrir prazo de cinco dias para a defesa se Parágrafo único. São recursos disciplinares:
manifestar por escrito sobre a decisão do conselho de I - reconsideração de ato; e
justificação.
II - recurso hierárquico.
Julgamento no Tribunal
Reconsideração de ato
Parágrafo único. Concluída esta fase, o processo é
submetido a julgamento. Art. 150. A reconsideração de ato é o recurso interposto
mediante requerimento, por meio do qual o bombeiro
Decisão do Tribunal militar que se julgue prejudicado solicita à autoridade
Art. 146. O Tribunal de Justiça, caso julgue provado que que proferiu a decisão disciplinar que reexamine sua
o oficial é culpado do ato ou fato previsto no inciso I do decisão e reconsidere seu ato.
art. 135: Autoridade competente para decidir
I- determinará sua reforma disciplinar; ou §1º O pedido de reconsideração de ato deve ser
II- declara-lo-á indigno do oficialato e/ou com ele encaminhado diretamente àautoridade recorrida, por
incompatível, determinando a perda de seu posto e uma única vez.
patente e, em consequência, a sua demissão. Prazo para interposição
Perda do posto e da patente §2º O pedido de reconsideração de ato deve ser
apresentado no prazomáximo de cinco dias, a contar
Parágrafo único. A reforma disciplinar do oficial ou sua
da data em que o bombeiro militar forcientificado da
demissão, neste último caso em consequência da perda
decisão impugnada, na forma do art. 47, §§4° e 5°, desta
do posto e patente, é efetuada por ato do Governador
Lei.
do Estado, tão logo seja publicado o acórdão do
Tribunal de Justiça. Recurso hierárquico
Art. 151. O recurso hierárquico, interposto por uma
única vez, será redigidosob a forma de requerimento
CAPÍTULO III endereçado diretamente à autoridade imediatamente
DOS RECURSOS EM ESPÉCIE superior àquela que não reconsiderou o ato.
Definição Cabimento
Art. 147. Os recursos disciplinares constituem os §1º A apresentação do recurso hierárquico só é cabível
procedimentos administrativos interpostos pelos após o pedido de reconsideração de ato ter sido
militares sancionados disciplinarmente, como objetivo negado.
de modificar ou anular a sanção aplicada. Prazo para interposição
Pressupostos §2º O recurso hierárquico deve ser interposto no prazo
Art. 148. O recurso, para ser conhecido, deve conter os máximo de cinco dias, a contar da data em que o
seguintespressupostos: bombeiro militar for cientificado da decisão recorrida,

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
LEGISLAÇÃO DO CBMPA

por meio de intimação pessoal, na forma do art. 47, I- não ser a transgressão, objeto da punição,
§§4° e 5° desta Lei. - LEI 5.810/94
atentatória ao sentimento dodever, à honra pessoal, ao
Prazo para decisão pundonor bombeiro-militar ou ao decoro da classe;
II- ter conceito favorável de seu comandante; e
Art. 152. As autoridades a quem forem dirigidos os
recursos devem decidir no prazo máximo de dez dias, III - ter completado, sem qualquer punição:
inclusive sobre o efeito suspensivo, se aplicável. a) oito anos de efetivo serviço, quando a punição a
cancelar for de suspensãode vinte e um a trinta dias;
Recurso em Conselho de Justificação
b) quatro anos de efetivo serviço, quando a punição a
Art. 153. Nos casos de Conselho de Justificação, cancelar for desuspensão de onze a vinte dias; ou
somente caberá a reconsideração de ato.
c) dois anos de efetivo serviço, quando a punição a
cancelar for de repreensãoe suspensão até dez dias.
CAPÍTULO IV
Competência para decidir
DO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO
Art. 158. A solução do requerimento de cancelamento
Representação de punição, de competência do Comandante-Geral,
Art. 154. A representação é o instrumento, deve ser publicada em boletim e registrada nos
normalmente redigido sob forma de requerimento, assentamentos do bombeiro militar.
interposto por bombeiro militar que se considere vítima
de abuso por parte de autoridade funcionalmente
superior que, no exercício de suas funções, atente LIVRO IV
contra direito legalmente garantido. DO COMPORTAMENTO ESCOLAR
Autoridade a quem dever ser dirigida TÍTULO I
Art. 155. A interposição de representação deve ser ALCANCE DAS REGRAS ESCOLARES
dirigida à Corregedoria, serfeita individualmente, tratar
de casos específicos, cingir-se aos fatos que a CAPÍTULO I
motivaram e fundamentar-se em argumentos e indícios DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
de provas.
Alcance das regras escolares
Prazo para interposição
Art. 159. Os bombeiros militares que estejam
Parágrafo único. O prazo para a interposição de matriculados sob regime escolar em qualquer
representação é de cento evinte dias, a contar do Organização Bombeiro-Militar da Corporação
conhecimento do fato considerado abusivo. obedecerão às regras deste livro, sem prejuízo das
demais disposições desta Lei e normas regulamentares.

CAPÍTULO V Alunos de outros Países ou Estados

DO CANCELAMENTO DE PUNIÇÕES Parágrafo único. Os alunos de outras corporações


militares do país ou do exterior estarão sujeitos ao
Definição mesmo regime disciplinar escolar previsto para o aluno
Art. 156. Cancelamento de punição é o direito da Corporação.
concedido ao bombeiro militarde ter desconsiderada a Corpo discente
averbação de punições e outras notas a elas
relacionadas em suas alterações. Art. 160. O corpo discente compreende:

Condições para concessão I- estagiário: é o oficial ou praça matriculado em estágio;


e
Art. 157. O cancelamento da punição deve ser
II- aluno: é o oficial ou praça matriculado em curso de
concedido ao bombeiro militar que o requerer dentro
das seguintes condições, cumulativamente: formação, pós- graduação, aperfeiçoamento,
especialização ou extensão.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
LEGISLAÇÃO DO CBMPA

Equivalência de denominações Serviço dos estagiários


Parágrafo único. Para efeitos desta Lei, os bombeiros Art. 162. Os estagiários, a critério do comandante da
militares que se encontram na condição mencionada Organização Bombeiro- Militar em que estão
nos incisos deste artigo são denominados “ALUNOS”. matriculados, poderão concorrer às escalas normais do
serviço de guarnição.
Serviço dos alunos em formação
CAPÍTULO II
Art. 163. Os alunos, a título de aprendizagem,
DOS DEVERES concorrerão aos serviços internos normais e
Deveres dos discentes extraordinários da Organização Bombeiro-Militar em
que estão matriculados, bem como participarão dos
Art. 161. São deveres do corpo discente, além dos
estágios e exercícios externos, estabelecidos como
previstos na legislação emvigor:
atividades curriculares, extracurriculares ou
I- frequência às atividades escolares; complementares da formação profi ssional peculiar de
II- participação nos exercícios e nas apresentações cada curso.
internas e externas; Excepcionalidades
III - obedecer, rigorosamente, às exigências da
Parágrafo único. Os alunos somente serão empregados
coletividade militar; na execução de serviços externos de segurança nos
IV- obedecer cuidadosamente os horários das aulas e casos de grave perturbação da ordem, calamidade
refeições; pública, desastre ou eventos de extraordinária
V- contribuir em sua esfera de ação para o prestígio do necessidade.
estabelecimento de ensino a que pertence;
VI- dirigir-se ao local de instrução munido do material
TÍTULO II
didático indispensável àsessão de ensino programada;
VII- cooperar para a boa conservação dos imóveis do DO REGIME DO COMPORTAMENTO ESCOLAR
estabelecimento, do seu material escolar, móveis e CAPÍTULO I
utensílios diversos; DAS GENERALIDADES
VIII- apresentar-se, quando em trajes civis, de forma
decente; Observância da ordem escolar
IX- aguardar, no local de instrução, a chegada do Art. 164. Cabe aos corpos docente e discente, bem
professor ou instrutor; como à administração da Organização Bombeiro-
X- obedecer às ordens do chefe de turma e do instrutor, Militar, manter fi el observância dos preceitos exigidos
para a boa ordem e disciplina da Corporação.
tratando-os sempre com respeito;
XI- ser assíduo e pontual no cumprimento de seus Competência para fiscalização do comportamento
trabalhos; escolar
XII- dirigir-se aos órgãos administrativos escolares Art. 165. São competentes para efetuar anotações
percorrendo os trâmites regulamentares; relativas ao comportamento escolar os oficiais
XIII- justificar a falta ou atraso a qualquer atividade de pertencentes ao efetivo da Organização Bombeiro-
Militar onde estiverem funcionando os respectivos
serviço ou instrução;
cursos e os alunos-oficiais, quando em função de oficial-
XIV- não usar meio ilícito na produção de trabalho de-dia ou auxiliar do oficial-de-dia.
intelectual ou em avaliação;
Padronização das anotações
XV- devolver, no tempo devido, os livros que retirar da
biblioteca ou outros meios auxiliares; Parágrafo único. O corpo docente não pertencente ao
XVI- tratar com urbanidade os colegas e os subordinados; efetivo da Organização Bombeiro-Militar que
presenciar o cometimento de faltas escolares deverá
XVII- levar ao conhecimento de seu superior imediato
relatar o acontecido à Divisão de Ensino, em formulário
qualquer irregularidade que tenha conhecimento; e próprio, para fins de remessa ao comando do corpo de
XVIII- atender às convocações e determinações de alunos, visando ao lançamento no item específico para
autoridade competente. desconto da nota de comportamento.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
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Competência para o cômputo das anotações Desconto das punições disciplinaresPublicação


- LEI 5.810/94
Art. 166. São competentes para realizar a pontuação do Art. 171. As perdas, os acréscimos e a nota serão
comportamentodisciplinar escolar: publicados mensalmente em boletim da Organização
Bombeiro-Militar.
I- o comandante da Organização Bombeiro-Militar em
que esteja funcionando o curso, nos limites da sua
competência, a todos os alunos; CAPÍTULO III
II- o subcomandante, nos limites da sua competência, aos
DA REVISÃO DE ANOTAÇÃO
alunos; e
III- o comandante do corpo de alunos e os coordenadores
de curso ou estágio, nos limites da sua competência. Autoridade a quem deve ser dirigido
Art. 172. O pedido de revisão de anotação de
Matéria curricular
comportamento escolar será dirigido ao comandante
Art. 167. O comportamento escolar será considerado do corpo de alunos ou coordenador do curso ouestágio.
como matéria curricular, influenciando no cômputo da
Processamento
média final do curso.
§1º O comandante do corpo de alunos ou coordenador
Efeito pedagógico da anotação e elogio
do curso ou estágio, após receber o pedido de revisão
Art. 168. A anotação escolar e o elogio tornam-se de anotação de comportamento escolar, dará solução
necessários quando deles advier benefício para a no prazo máximo de quatro dias, a contar da data de
coletividade discente, para sua reeducação ou para a recebimento, dando conhecimento da decisão ao
Organização Militar de Ensino, visando ao interessado, publicando-a em boletiminterno.
fortalecimento da disciplina e da justiça.
Decisão da autoridade competente
§2º O comandante do corpo de alunos ou coordenador
CAPÍTULO II do curso ou estágio, quando da emissão da referida
solução, poderá praticar um dos seguintesatos:
DO PROCEDIMENTO DA ANOTAÇÃO E ELOGIOS
ESCOLARES I- manter a anotação;
Seção I II- retificar o enquadramento; ou
III - anular a anotação.
Da Competência
Ausência de solução

Competência para notificar §3º Não sendo dada a devida solução ao pedido após
vinte dias, contados da data de sua interposição,
Art. 169. A notificação aos alunos quanto às anotações poderá o interessado solicitá-la, por uma única vez,
de fatos observados será realizada pelo oficial diretamente ao comandante da Organização Bombeiro-
competente, na qual o aluno alvo da anotação Militar, o qual teráquatro dias para decisão.
registrará que tomou ciência do ato, com a faculdade de
apresentar sua justificativa por escrito no prazo de dois Desligamento
dias. Art. 173. O aluno será desligado do respectivo curso ou
Competência para decidir estágio quando:

Parágrafo único. Cabe ao comandante do corpo de I - solicitar por escrito;


alunos ou ao coordenador do curso ou estágio, II - for transferido para a reserva remunerada,
conforme o caso, analisar a justificativa do aluno reformado, licenciado ou excluído a bem da disciplina
anotado,decidindo pela perda ou não de pontos. ou demitido, nos termos desta Lei;
Pontuação relativa às anotações III - não obtiver nota mínima de comportamento
Art. 170. São anotações as condutas constantes do escolar; ou
Anexo I. IV - for reprovado em matéria curricular, conforme
legislação em vigor.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
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DAS DISPOSIÇÕES FINAIS


Prescrição
Art. 174. O direito de punir prescreve em cinco anos,
contados da data em que as autoridades superiores
tomaram conhecimento do fato.
Interrupção da prescrição
§1º O curso da prescrição interrompe-se:
I- pela instauração de Processo Administrativo
Disciplinar;
II- pela decisão recorrível em Processo Administrativo
Disciplinar;
III- pela decisão definitiva em Processo Administrativo
Disciplinar; ou
IV - pela celebração de Termo de Ajustamento de
Conduta.

Reinício do prazo prescricional


§2º Ocorrendo uma causa de interrupção, o prazo
prescricional reinicia.
§3º Os prazos de prescrição previstos na lei penal
aplicam-se às transgressões disciplinares capituladas
também como crime.
Aplicação subsidiária
Art. 175. Aplicam-se a esta Lei, subsidiariamente, as
normas do Código de Processo Penal Militar e do Código
de Processo Penal Comum.
Art. 176. O Governador do Estado e o Comandante-
Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Pará,
atendendo às peculiaridades da Corporação, baixarão
as respectivas normas regulamentares necessárias à
explicitação e execução desta Lei.
Vigência
www.lojadoconcurseiro.com.br
Art. 177. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
PALÁCIO DO GOVERNO, 13 de janeiro de 2021.

HELDER BARBALHO
Governador do Estado

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- LEI 5.810/94
ANEXO I

ANOTAÇÕES CÓDIGOS DESCONTOS


A – ASSIDUIDADE
Falta a estudo previsto A1 0,3
Falta à aula ou à instrução A2 1,0
Falta às revistas A3 0,4
Falta à refeição quando der previsão paraesta ou não assinar sua listagem A4 0,2
B – PONTUALIDADE
Chegar atrasado B1 0,3
Executar tarefa fora do prazo estabelecido B2 0,3
Não se levantar ao toque de alvorada B3 0,3
Deixar de entregar trabalho na data determinada B4 0,5
C – INTERESSE PELA INSTRUÇÃO
Falta de interesse na instrução C1 0,5
Descuidar-se no auxílio da preparação dainstrução C2 0,3

Não apresentar o material escolar que aaula exige C3 0,2

Praticar aula de ordem unida ou de educação física com displicência C4 0,5

Usar, tentar usar ou proporcionar a utilização de meios ilícitos na realização de C5 1,0


avaliações

Abandonar instrução, aula ou qualquertarefa sem estar devidamente C6 0,8


autorizado
Não alcançar resultado satisfatório em qualquer avaliação C7 0,5

Utilizar-se de funcionários da escola para a confecção de trabalho de qualquer C8 0,6


naturezaem caráter particular

D - CORREÇÃO DE UNIFORMES
Uniforme sujo, em desalinho, amarrotadoou malcuidado D1 0,4
Uniforme com qualquer irregularidade D2 0,4
Cinto e/ou fivela sujo ou malcuidado D3 0,2
Uso indevido de peça de uniforme D4 0,4
Deixar de cumprir determinação quanto aouso do uniforme D5 0,6

Usar óculos sem prescrição médica ou de formato exótico D6 0,4

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E - CORREÇÃO DE ATITUDES
Praticar atos que enfraqueçam o círculohierárquico a que pertence E1 0,9

Modo incorreto de apresentar-se aos superiores E2 0,2

Não se apresentar a superiores E3 0,5


Movimentar-se ou conversar em forma E4 0,1
Falta de postura e/ou compostura E5 0,5
Falta de iniciativa E6 0,3
Falta de camaradagem E7 0,5
Solicitar ou permitir que terceiros solicitem favores ao comando da unidade de E8 1,0
ensino, instrutor ou escalões superiores, no sentidode melhorar ou facilitar a
solução de problemas escolares ou de ordem disciplinar

Deixar de participar mudanças de endereços E9 0,2

Retirar-se da presença de quem tenha antiguidade ou precedência hierárquica E 10 0,3


sem pedir a necessária licença

Transitar fora das unidades de ensino com uniforme diferente do permitido E 11 0,4

Dirigir-se à autoridade para tratar deassuntos internos sem autorização E 12 1,0

Trocar de uniforme em local não apropriado ou fora do horário previsto E 13 0,2

Permanecer sentado ou deitado em locais não apropriados, mesmo quando E 14 0,6


estiver com uniforme deeducação física

Quando fardado, permanecer encostado ou de mãos nos bolsos em locais E 15 0,3


públicos ouem presença de tropa

Apresentar-se em público em trajes civisincompatíveis E 16 0,4


Permutar serviço sem permissão E 17 0,6
Andar o aluno armado sem estar de serviçoou sem autorização E 18 0,8

Portar instrumentos que possam ser utilizados como arma E 19 0,5


Dificultar a revista em bolsa ou armário E 20 0,8
Abrir ou tentar abrir armário de outro sem E 21 0,8
A presença ou autorização escrita doresponsável

Descumprir regra de trânsito E 22 0,5


Fumar em serviço, na instrução, na presença de superior hierárquico sem E 23 0,3
autorização ou em lugares ou ocasiões não permitidos

Entrar em forma conduzindo quaisquer objetos diversos dos previstos E 24 0,2

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
LEGISLAÇÃO DO CBMPA

Fazer valer sua condição de aluno em situação que possa comprometer o bom E 25 0,9
nome da Corporação - LEI 5.810/94
Transitar ou perambular fardado em locais incompatíveis, estando de folga E 26 0,7
Deitar na cama com os pés calçados ou permanecer no alojamento no horário E 27 0,4
de aula, salvo sob prescrição médica

Usar gírias ou termos pornográficos quando em atividade de serviço ou E 28 0,3


instrução
F - ESPÍRITO DE ORDEM
Abandonar objetos ou peças de uso diário F1 0,3
Deixar guarda-roupa mal arrumado ou forado padrão estabelecido F2 0,2

Deixar cama desarrumada ou fora do padrão estabelecido F3 0,2

Apresentar trabalho escrito malfeito oucom mau aspecto F4 0,6

Documento mal redigido ou entregue fora do prazo F5 0,4


Mochila mal-arrumada F6 0,1
Prejudicar, de qualquer modo, a limpeza desalas, pátios, corredores e F7 0,4
alojamentos
Deixar de usar etiquetas com o nome deguerra nos locais previamente F8 0,3
estabelecidos

G - ESPÍRITO DE DISCIPLINA
Comandar tropa de modo incorreto G1 0,5
Prestar continência incorretamente G2 0,1
Executar mal os movimentos comandados G3 0,2
Não obedecer às ordens do chefe de turma G4 1,0
Dificultar o comando do chefe de turma G5 0,9
Responder grosseiramente ao chefe deturma G6 1,0
Perturbar o estudo dos colegas G7 0,5
Falta de presteza no cumprimento deordens G8 0,4

Uso de palavras de baixo calão ou ofensivas G9 0,8


Perturbar o silêncio G 10 0,1
Não prestar continência para superiores G 11 0,5
Inobservância de prescrições quando emserviço G 12 0,6

Entrar em forma sem a devida permissão de quem de direito G 13 0,2


Deixar de comunicar a superior a execuçãode ordem recebida G 14 0,4
Apresentar, sem fundamento, parte,queixa, representação ou pedido de G 15 1,0
revisão de provas

Deixar de cumprir as determinaçõesbaixadas pelo comando G 16 0,5

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARÁ - SOLDADO
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Provocar algazarra ou desordem em qualquer dependência da unidade G 17 0,7

Transitar pela escola sem cobertura G 18 0,2


Deixar de apresentar-se a quem de direitoquando de serviço G 19 0,5

Entrar e sair do aquartelamento sem a devida permissão G 20 1,0

Estar desatento na leitura do boletim, transmissão de ordens e recomendações G 21 0,5


nas formaturas
Afastar-se do quartel sem tomarconhecimento de ordens e recomendações do G 22 0,7
dia, inclusive quando estiver em aula externa

Deixar de avisar o comando do corpo de alunos, com a necessária antecedência,


dasua impossibilidade de comparecer a qualquer ato previsto como atividade da G 23 0,5
escola
Deixar de devolver armamento e/ou equipamento sob sua responsabilidade em G 24 0,9
tempo hábil
Permitir ao aluno em cumprimento de punição disciplinar afastar-se de G 25 0,5
localdeterminado para tal
Determinar a bombeiro militar sobre o qualtenha precedência ou superioridade G26 0,7
hierárquica a realização de tarefas não afetas a sua função ou atribuição deste

Deixar de saldar, ou não fazê-lo em tempo hábil, compromisso assumido com a G27 0,5
administração CBM, diretório, grêmio, comissão de formatura
H - APRESENTAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO MATERIAL
Armamento sujo ou mal conservado H1 0,8
Equipamento ou material sujo ou malconservado H2 0,5

Abandono do armamento H3 1,0

Abandono de equipamento ou material H4 0,5


Calçado malcuidado, roto ou não lustrado H5 0,2
Deixar de possuir qualquer peça do enxoval ou de providenciar a reposição H6 0,4
daquela extraviada ou da peça incompatível com o uso

Não ter o devido cuidado ou zelo para comos bens da escola, da unidade ou H7 0,3
do companheiro de farda

I - ASSEIO PESSOAL
Barba por fazer I1 0,5
Cabelos crescidos ou fora do padrãoestabelecido I2 0,5

Unhas crescidas ou sujas I3 0,4


Usar cabelos com pintura extravagante I4 0,5
Deixar de banhar-se diariamente ou após otrabalho físico I5 0,5

71
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J - ASSEIO PESSOAL (exclusivo para alunas-oficiais)


- LEI 5.810/94
Utilizar adereços extravagantes J1 0,3
Usar cabelos presos ou cortados fora dopadrão J2 0,5

Usar unhas crescidas, sujas ou pintadas com cores extravagantes J3 0,5

Usar maquiagem excessiva ou fora dopadrão J4 0,4

L - INTERESSE PELA ATIVIDADE BOMBEIRO-MILITAR


Não portar caneta e/ou bloco de anotações L1 0,1
Descuidar-se com a segurança do público L2 0,9
Não portar o equipamento ou material queo exercício do serviço exige L3 0,8

Não preenchimento ou preenchimentoincorreto de formulários relacionados à L4 0,5


atividade bombeiro-militar

Afastar-se de sua área de serviço sem autorização, sem que constitua fato mais L5 0,7
grave

Abandonar a rede-rádio sem causa justificadora L6 1,0

Inobservância da disciplina da rede-rádio L7 0,5


Não efetuar, como motorista, amanutenção de primeiro escalão da viatura L8 0,6

Executar incorretamente, como motorista, a manutenção de primeiro escalão L9 0,4


daviatura

Tratar com descortesia, desatenção ou comrispidez o público L 10 1,0

Deixar de prelecionar, orientar, apoiar ou fiscalizar a tropa sob seu comando L 11 1,0

Deixar de proceder à revista no pessoal deserviço L 12 1,0

Escriturar com erro, rasura ou omissão qualquer documento de serviço L13 0,7

Deixar, quando de serviço, de fiscalizar osalunos punidos L14 0,5

Sentar-se, fumar, ler ou estudar no plantão da hora, durante seu quarto de L15 0,5
serviço
M - CUMPRIMENTO DE NORMAS
Inobservância de prescrições gerais ouparticulares M-1 0,5

Inobservância de prescrições regulamentares M-2 0,5

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