Você está na página 1de 13

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/312147496

A EMATER Como Órgão de Apoio da Agricultura Familiar: O Caso dos


Produtores Rurais da Sericicultura EMATER How to Support Family Agriculture
Agency: The Case of Rural Producers of...

Conference Paper · September 2016

CITATIONS READS

0 432

5 authors, including:

Roberto Rivelino Martins Ribeiro Kerla Mattiello


Universidade Estadual de Maringá Universidade Estadual de Maringá
39 PUBLICATIONS 24 CITATIONS 39 PUBLICATIONS 14 CITATIONS

SEE PROFILE SEE PROFILE

Marguit Neumann Neuza Corte de Oliveira


Universidade Estadual de Maringá 49 PUBLICATIONS 26 CITATIONS
47 PUBLICATIONS 46 CITATIONS
SEE PROFILE
SEE PROFILE

All content following this page was uploaded by Kerla Mattiello on 08 January 2017.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


A EMATER Como Órgão de Apoio da Agricultura Familiar: O
Caso dos Produtores Rurais da Sericicultura

Roberto Rivelino Martins Ribeiro (Universidade Estadual de Maringá - UEM/FGV/EAESP)


rivamga@hotmail.com
Regiane Santos de Lima (Universidade Estadual de Maringá) regiane@agfertipol.com.br
Kerla Mattiello (Universidade Estadual de Maringá - UEM/FGV/EAESP) m_kerla@yahoo.com.br
Marguit Neumann Gonçalves (Universidade Estadual de Maringá) marguitn26@gmail.com
Neuza Corte de Oliveira (Universidade Estadual de Maringá - UEM/FGV/EAESP)
ncorteoliveira@gmail.com

Resumo:
O acesso aos recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar –
PRONAF requer do agricultor uma Declaração de Aptidão ao PRONAF – DPA, que deve ser
obtida junto à EMATER, que no Paraná é denominado de Instituto Paranaense de Assistência
Técnica e Extensão Rural. Entende-se então um relevante papel da EMATER-Pr como apoio na
assistência técnica, gerencial e produtiva dos agricultores, nesse sentido é que estabeleceu o
objetivo desta pesquisa que é descrever e analisar o papel desse órgão de apoio técnico as
unidades produtivas da agricultura familiar, porém, com a lente do sericicultor. A metodologia
utilizada foi à pesquisa aplicada e explicativa, pois busca identificar por meio da aplicação de
questionários para os técnicos da EMATER e entrevista com 5 sericicultores coletando dados
para posteriormente elaborar as análises. Os resultados apontam que o apoio da EMATER para
os sericicultores se dá por meio do apoio técnico no cultivo da terra, e apoio como agente
intermediador entre governo e produtor para acessar as políticas públicas, principalmente o
PRONAF (custeio e investimento), permitindo aquisição de novas tecnologias para
padronização e otimização do tempo no processo produtivo. E ainda, apoio para o
gerenciamento das unidades produtivas, disponibilizando controles gerenciais que possibilita
cada produtor saber os custos de produção, despesas e calcular a rentabilidade da propriedade,
para isso, utiliza propriedades de referência. Contribuem para impulsionar a rentabilidade de
suas propriedades familiares e melhoria na qualidade de vida do grupo familiar com o aumento
da renda financeira.
Palavras-chave: Políticas Públicas, Agricultura Familiar, EMATER, Sericicultura.

EMATER How to Support Family Agriculture Agency: The Case


of Rural Producers of Sericulture

Abstract
Access to resources of the National Program for Strengthening Family Farming - PRONAF
requires the farmer to Aptitude Statement to PRONAF - DPA, which must be obtained from the
EMATER that Parana is called Paranaense Institute of Technical Assistance and Rural
Extension. It is understood then a role of EMATER-Pr to support technical assistance,
management and production of farmers in this regard is to set the goal of this research is to
describe and analyze the role of the technical support body production units of family farming
but with sericicultor lens. The methodology was applied to research and explanatory because
seeks to identify through the application of questionnaires to technicians and EMATER
interview with 5 sericicultores collecting data to further develop the analysis. The results show
that the support of EMATER for sericicultores is through technical support in cultivating the
land, and support as intermediary agent between government and producers to access public
policies, especially the PRONAF (funding and investment), allowing acquisition new
technologies for standardization and optimization of time in the production process. Also,
support for the management of production units, providing management controls that enable
each producer to know the production costs, expenses and calculating the profitability of the
property, but instead uses reference properties. Contribute to boost the profitability of their
family properties and improving the quality of life of the family group with increased financial
income.
Key-words: Public Policy, Family Agriculture, EMATER, Sericulture.

1 Introdução
As políticas públicas visam à garantia da renda e a prestação de serviços
públicos aos cidadãos. Para Farah (1998), Souza (2006) e Azevedo (2011) políticas
públicas, são ações do governo, na esfera federal, municipal e estadual, que oferecem
soluções às necessidades existentes no cotidiano da coletividade. Estas ações envolvem
problemas relacionados à política, adversidades sociais e econômicas, são atos
intencionais, que visam uma finalidade específica, buscando resultados em longo prazo,
porém, tais ações podem ter impactos em curto prazo.
As formas que as políticas públicas assumem as classificam em redistributivas,
distributivas e regulatórias (SANTOS JUNIOR et al, 2011). As políticas regulatórias,
como o termo sugere, possuem a finalidade de regular determinado setor criando
normas para o funcionamento dos serviços, apresentam resultados de longo prazo e
alcança as pessoas enquanto indivíduos ou pequenos grupos, exemplo, a Lei
11.326/2006 que estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da
Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Esta lei tem por objetivo
apoiar os produtores rurais por meio da assistência técnica melhorando os processos
produtivos no trabalho e, consequentemente, a qualidade de vida dos produtores
(FARAH, 1998; SOUZA, 2006; AZEVEDO, 2011; SANTOS JUNIOR et al, 2011).
Para executar uma política pública são criados órgãos que executam ou apoiam
Estados ou Municípios na execução da política, como foi o caso da Assistência Técnica
e Extensão Rural (ATER), coordenado pela Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), e
ligada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Tendo como objetivo ser um
instrumento de apoio técnico voltado para o público da agricultura familiar, assentados,
quilombolas, pescadores artesanais, povos indígenas, seringueiros, povos de florestas e
outros (ATER/SAF/MDA, 2004). Com a coordenação do MDA, a Política Nacional de
Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER), consolida a proposta de
desenvolvimento sustentável centrado na agricultura familiar e retomando o serviço
público de extensão rural, existente anteriormente, mas agora com inovações. Uma
dessas inovações é que os serviços públicos de extensão rural podem ser executados por
instituições do governo, ou não.
Nesse sentido abre espaço para as ONGs, parcerias com empresas privadas e
permite o controle social desses serviços pelos beneficiários. Outra inovação
considerada relevante são os princípios e as diretrizes da política pública, que muda o
eixo do desenvolvimento que era centrado no modelo extensionista baseado na Teoria
de Difusão de Informações (pacotes tecnológicos) e resgata o apoio técnico respeitando
os saberes locais. Assim, restabelecendo a cidadania ao buscar a inclusão social da
população rural brasileira mais pobre (SEPULCRI e PAULA, 2002). Diante do contexto
apresentado e da importância da política pública para a agricultura familiar, o estudo
tem por objetivo descrever e analisar o papel do Instituto Paranaense de Assistência
Técnica e Extensão Rural – EMATER-Pr, como órgão de apoio técnico às unidades
produtivas da agricultura familiar na visão dos produtores da sericicultura.
Para atender o objetivo proposto o estudo busca responder à seguinte questão:
como os sericicultores descrevem a importância do apoio da EMATER-PR na
assistência técnica, aprimoramento dos processos produtivos, controles gerenciais da
unidade produtiva e melhoria da qualidade de vida do grupo familiar? Para tanto, o
estudo se deu mediante coleta de dados junto aos produtores rurais da sericicultura
atendidos pela EMATER-PR nos Municípios de Nova Esperança- PR e Mandaguaçu -
PR, por meio da aplicação de questionários semi-estruturados e entrevistas com os
produtores rurais e técnicos agrícolas do respectivo órgão. Com relação ao critério
temporal Gil (2004, p. 162) é o período em que o “fenômeno a ser estudado será
circunscrito" para o estudo a investigação se pautou em descrever e analisar a
importância da EMATER-PR na visão dos produtores da sericicultura no período 2014
a 2015.
A organização do estudo é composta com cinco partes, com a finalidade de dar
direcionamento ao leitor do que é abordado, facilitando a compreensão do mesmo. Na
primeira parte, se faz descreve o contexto, problema e objetivo da pesquisa; na parte
dois, se estabelece um diálogo com os autores sobre o tema, considerados fundamental
em se tratando de trabalho científico. Com relação à terceira parte abordou-se a
metodologia utilizada para atender o objetivo proposto, ou seja, descreve o caminho
percorrido pelo pesquisador, para dar suporte científico à pesquisa. A quarta parte
apresenta os resultados e as discussões sobre o assunto; por fim, a quinta seção tem-se
as considerações finais, acerca das análises e recomendação para trabalhos futuros.

2 Referencial teórico
2.1 Política pública para a agricultura familiar
A política Pública se apresenta como o campo do conhecimento que busca
colocar o governo em ação (SOUZA, 2006; GUILHOTO et al , 2007), portanto, são as
atitudes tomadas pelo governo para ajudar no desenvolvimento de uma sociedade,
criando novas ações analisando as que já existem e modificando quando necessário para
as áreas que mais impactam o desenvolvimento de um país. Na década de 1990 foram
criados mecanismos de participação social no planejamento e debate de políticas públicas
que passavam por certo esvaziamento, porém, em 2003 o governo federal busca fortalecê-
los aproximando o Estado e a sociedade na elaboração das políticas públicas,
estabelecendo uma maior igualdade e imprimindo maior legitimidade a esse processo.
Contudo, elogios ao fortalecimento dos espaços públicos e inovações democráticas são
seguidamente contrapostos a críticas de que estes espaços voltam-se à manutenção da
dominação política e econômica forjada e perpetuada pelo próprio Estado, como é o caso
da Reforma Agrária (ZIMMERMANN, 2013).
No âmbito da agricultura brasileira, os instrumentos consultivos para as políticas
públicas reproduzem diferentes concepções do desenvolvimento rural empregado pelo
governo federal e promovem espaços públicos voltados aos interesses de dois segmentos
sociais: o agronegócio e a agricultura familiar. De um lado, vinculado ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), encontra o Conselho do Agronegócio
(Consagro), suas câmaras setoriais e temáticas, assentados em um modelo de
desenvolvimento baseado na monocultura e na agricultura intensiva. De outro, vinculado
ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), encontram o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) e respectivas conferências nacionais,
conselhos municipais e colegiados territoriais, voltados a um modelo de diversidade
produtiva e à agricultura menos intensiva. Uma observação mais apurada destes espaços
mostra que suas políticas públicas seguem em direções opostas, envolvendo atores
políticos, em grande maioria, diferentes (ZIMMERMANN, 2013; SOUZA, 2006;
GUILHOTO et al , 2007).
Para que uma política se torne pública deve entrar na agenda do governo. Entre
2009 e 2010, vinte e quatro câmaras setoriais elaboraram suas agendas estratégicas para o
período de 2010 a 2015, o resultado foi um conjunto abrangente de informações que
incluem temas diversos na área de estatística, pesquisa, desenvolvimento e inovação,
assistência técnica, defesa agropecuária, marketing e promoção, gestão da qualidade,
governança da cadeia, crédito e seguro, comercialização, relações internacionais e
legislação (MDA, 2013; CONDRAF, 2013; ZIMMERMANN, 2013). Diretamente
vinculados ao Condraf e ampliando sua base de participação social, estão os conselhos
municipais de desenvolvimento rural sustentável (CMDRS) e os colegiados territoriais.
Reflexo do empenho do Condraf, em 2006, instituída pela Lei da Agricultura Familiar em
2008, com a realização da I Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável,
onde os participantes reclamaram um lugar de destaque ao segmento familiar no setor
agropecuário, para consolidar um projeto de desenvolvimento sustentável e solidário para a
agricultura brasileira. Em 2010 o Condraf aprovou a “Política de Desenvolvimento do
Brasil Rural”, que serve de referência para as ações do MDA e incide no Plano Safra da
Agricultura Familiar, lançado anualmente pelo Governo Federal (MDA, 2013;
CONDRAF, 2013).
Desse modo, enquanto o MDA volta-se ao aumento da produção nacional de
commodities destinado ao mercado externo com o uso intensivo de insumos agrícolas, não
tendo necessariamente a agricultura como um modo de vida, o Condraf volta-se à
produção diversificada para a garantia da soberania e segurança alimentar nacional, e tem
o agricultor familiar como segmento estratégico para o desenvolvimento do rural, uma vez
que este segmento, além de produzir alimentos, ocupa a maior parte da mão de obra do
campo. Em que pese à segmentação mencionada, a existência destes espaços tem garantido
um importante diálogo entre poder público e sociedade, representando ganhos
significativos para as políticas públicas para a agricultura, que deixaram de ser meras ações
“de cima para baixo” (GUILHOTO et al , 2007; ZIMMERMANN, 2013).

2.2 A política de assistência técnica e extensão rural do Brasil


A assistência técnica e a extensão rural apresentam importância essencial no
processo de difusão de novas tecnologias, geradas pela pesquisa, e de conhecimentos
diversos, essenciais no desenvolvimento rural no sentido amplo e, especificamente, ao
desenvolvimento da atividade agropecuária. As ações de extensão rural no Brasil foram
institucionalizadas nacionalmente há mais de 50 anos. O tema da Extensão Rural está
em permanente discussão, tanto na academia quanto entre os formuladores de políticas
públicas, bem como entre os extensionista. O termo extensão rural teve origem na
extensão praticada pelas universidades inglesas na segunda metade do século XIX e
aprimorado pelos Estados unidos no início do século XX com a participação de
universidades americanas, conhecidas como land-grant colleges, institucionalizando a
extensão rural (COPORAL, 1991).
Verifica-se em Santos (2013, p.12) que a extensão rural num sentido literal é o
ato de desdobrar, levar ou transmitir conhecimentos de sua fonte geradora ao receptor
final, “o público rural”. Entretanto, como processo, em um sentido amplo e atualmente
mais aceito, extensão rural pode ser entendida como um processo educativo de
comunicação de conhecimentos de qualquer natureza e por ter um caráter educativo que
o serviço de extensão rural é, normalmente, desempenhado pelas instituições públicas
de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), organizações não governamentais,
cooperativas, mas que também prestam serviços de assistência técnica.
Portanto, a assistência técnica transmitida para o agricultor, não visava à
promoção do desenvolvimento econômico e social, consistia em ações pontuais por
meio de visitas e dias de campo, sem continuidade e desvinculadas de uma ação de
desenvolvimento em longo prazo. Com base neste diagnóstico, o Ministério do
Desenvolvimento Agrário cria o Sistema de Rede de Apoio (SREDE) que permite o
cadastro e a habilitação de técnicos e instituições que integram o Programa Nacional de
Crédito Fundiário (PNCF). Esse cadastro fornece uma visão da capilaridade e da
qualificação da Rede de Apoio, tendo como orientador a Política Nacional de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater) quando novas preposições, metodologias
e estratégias são formatadas para os Técnicos que desenvolvem suas atividades junto
aos Agricultores Familiares (MDA/SRA, 2007).
Desse modo a Política Nacional de ATER busca capacitar e qualificar os
serviços de ATER para que a agricultura familiar se desenvolva com sustentabilidade
econômica, social e ambiental, assim, novos parâmetros vêm sendo construído na
política e em serviços destes profissionais, pois foi constatado que depende, em grande
medida, da capacidade do técnico de se realizar um acompanhamento continuado,
inserido e comprometido com as dinâmicas socioeconômicas existentes. A construção
do conhecimento e a mobilização para uma ação de inclusão cidadã, promotora de uma
sociedade sustentável, requer continuidade e compromisso ético dos serviços de ATER
dentre estes serviços os prestados aos beneficiários do PNCF (COPORAL, 1991;
SANTOS, 2013).
A força da agricultura do Estado do Paraná tem bases no espírito empreendedor
dos agricultores que, a partir do início dos anos 1970 e, em especial, após a grande
geada ocorrida em 1975, vislumbraram oportunidades na introdução da soja nos seus
sistemas de produção, acompanhada da utilização de novas tecnologias. Em poucos
anos, mesmo com a redução drástica das áreas de cultivo de café, o Paraná passou a
desempenhar papel relevante na economia agrícola do País, relevância sustentada nos
níveis crescentes de produtividade. Nessa tarefa os agricultores também puderam contar
com a ACARPA, organização que liderou o processo de difusão de tecnologia no
Estado do Paraná, com práticas de implantação e manejo de lavouras e criações,
estratégias de controle de pragas e sistemas e processos de manejo e conservação de
solos, os quais foram fundamentais para sustentarem o crescimento da produtividade
(COPORAL, 1991; SEPULCRI, 2005; SEPULCRI e PAULA, 2013; EMATER-PR,
2015; COLTRIM, 2014). A disponibilização de tecnologias e sua adequação às
condições do Paraná foram possíveis com a integração e as organizações de pesquisa
agropecuária, especialmente com o Instituto Paranaense de Pesquisa Agropecuária -
IAPAR e com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA.
No Paraná a produção agrícola é realizada em 85%, ou seja, mais de 300
estabelecimentos de pequena escala e se enquadra na categoria unidade produtiva
familiar. Nessa dimensão, para possibilitar e sustentar as mudanças desejadas, além da
informação, orientação e capacitação dos agricultores, foram implementadas estratégias
de facilitação ao acesso às políticas públicas, o Governo Estadual criou também os
programas de Crédito Rural e a Política de Preços Mínimos e ao mesmo tempo,
fomentou ações para desenvolver projetos regionais de cooperativismo, os quais foram
fundamentais e propiciaram as bases e as condições iniciais para a consolidação do
sistema cooperativista agrícola do Brasil (SEPULCRI, 2005; SEPULCRI e PAULA,
2013; EMATER-PR, 2015; COLTRIM, 2014). Nos anos 90, a EMATER participou na
formulação e implementação de programas para as regiões com baixa aptidão agrícola
com vistas à inclusão social e econômica das comunidades mais pobres. Além das
atividades de melhoria de renda, foram ampliadas as ações com a família, com as
mulheres e com os jovens, incluindo ações de melhoria de renda, de habitabilidade e de
saneamento básico. Essas ações executadas pela EMATER foram apoiadas pelo
Programa Paraná 12 Meses do Governo Estadual (SEPULCRI e PAULA, 2013;
EMATER-PR, 2015).
Nos dias atuais o setor rural, os produtores da agricultura familiar e produtores
do agronegócio (commodities) têm novos desafios e demandas mais complexas. Por
outro lado, a atividade Assistência Técnica e Extensão Rural tem mais e novos atores,
como as prefeituras, as cooperativas, as ONGs e as empresas. Como a EMATER é uma
organização pública oficial e tendo como norteadora a Lei Estadual de Assistência
Técnica e Extensão Rural - ATER (Lei 17447 de27 de Dezembro de 2012), o Instituto
EMATER assume também a responsabilidades não só na execução das ações de
assistência técnica, mas também de apoiar e promover a articulação harmônica desses
atores em prol do desenvolvimento do Estado do Paraná. Para cumprir seu novo papel,
o Instituto se volta para ações de modernização e aperfeiçoamento de seu modelo de
gestão, que contemplem não só o seu fortalecimento como também busca implementar
ações que resultem no fortalecimento de todos os demais atores, visando a ampliação da
Assistência Técnica de qualidade à um número também maior de agricultores
beneficiários (SEPULCRI e PAULA, 2013; EMATER-PR, 2015; SEPULCRI, 2005).

3 Metodologia da pesquisa
A pesquisa é o procedimento que busca a solução de determinado problema,
envolvendo várias fases até o alcance do resultado esperado. Gil (2002) comenta que a
pesquisa é requerida quando não há informação suficiente para responder determinado
problema. Enquanto Fachin (2003) relaciona pesquisa como um procedimento
intelectual em que o pesquisador tem como objetivo adquirir conhecimentos
verdadeiros a respeito de um determinado fato ou problema, com base em métodos e
técnicas apropriadas. Desse modo a metodologia tem por objetivo dar norte para o
desenvolvimento da pesquisa, mostrar os caminhos a serem percorridos para a busca
dos resultados pretendidos.
Para o delineamento da pesquisa esta foi classificada quanto: aos objetivos; a
natureza do problema; a abordagem do problema; procedimentos técnicos; ao método
de abordagem e ambiente da pesquisa. Avaliando o enquadramento da pesquisa quanto
aos objetivos, Severino (2008) e Gil (2004) comentam que a pesquisa explicativa além
de registrar e analisar os fenômenos estudados busca identificar suas causas, logo, se
mostra adequado, pois aqui se busca explicar se o órgão EMATER, cumpre o papel a
qual é definida em seu regulamento interno como missão e objetivo. Com relação à
natureza do problema a pesquisa se enquadra na aplicada que segundo Orquiza e
Magalhães (2002) é o tipo de pesquisa que gera conhecimento para aplicação prática
dirigida à solução de problemas específicos com utilização e consequências práticas do
conhecimento, envolvendo verdades e interesses locais. O que vem corroborar com o
estudo ao buscar identificar se os problemas dos produtores familiares com relação à
assistência técnica e disponibilização de tecnologia pela EMATER têm contribuído na
melhoria da produção e consequentemente na rentabilidade da propriedade. Enquanto a
classificação quanto à abordagem do problema é qualitativa, cujo objetivo é o
conhecimento de características não observadas pela abordagem quantitativa, haja vista
a superficialidade deste último (BEUREN et al, 2010). A pesquisa não busca somente
informações do aumento da produção, por exemplo, mas também, a relação existente
entre produtor e técnico na transmissão do conhecimento.
No que se refere aos procedimentos técnicos, à pesquisa se enquadra no estudo
de levantamento e bibliográfico por ser o tipo de pesquisa que visa determinar
informações sobre práticas ou opiniões atuais de uma população específica. Na
proposição deste estudo se busca identificar como os produtores veem o papel da
EMATER e se a mesma contribui disponibilizando informações para operacionalizar o
processo produtivo e calcular os custos e despesas da produção, apurando o resultado da
atividade — sericicultura. Quanto à abordagem do problema foi utilizado o método
dedutivo, por aplicar conceitos já existentes. Já o ambiente da pesquisa, no
entendimento de Silva (2010) consiste na coleta direta da informação no local em que
ocorrem os fenômenos, onde o pesquisador observa os fatos como realmente se
apresenta, coleta dados referentes aos mesmos e por fim faz uma análise e interpretação
desses dados, com o intuito de entender e explicar o problema de pesquisa. Como os
dados foram coletados por meio de entrevistas semi estruturadas com os sericicultores
em suas propriedades, o estudo se enquadra quanto ao ambiente na pesquisa de campo.
A coleta de dados pode ser feita por meio de observações, entrevistas e história
de vida, pesquisa bibliográfica, questionários, observação empírica, entre outros (GIL
2004). Na pesquisa foi utilizada como forma de coleta de dados a entrevista, e para
selecionar os cinco entrevistados, foi solicitada a EMATER uma relação dos produtores
da sericicultura, de posse dessa informação, selecionou cinco produtores por
conveniência, ou seja, aqueles, cujo acesso a propriedade fossem mais viáveis. A
segunda etapa foi agendar o melhor dia e horário para visitar a propriedade e realizar a
entrevista. Para coletar os dados, optou pela entrevista semi estruturada, onde o
pesquisador tem o mesmo roteiro para todos sem identificação dos entrevistados.

4 Resultados e discussões
Partindo então da proposição do estudo que é compreender e descrever a
percepção dos sericicultores sobre a EMATER como órgão apoiador para o acesso à
política pública, assistência técnica, aprimoramento dos processos produtivos nos
controles gerenciais precedeu-se à coleta dos dados. Para isso foi selecionado os
municípios de Nova Esperança e Mandaguaçu, os quais pertencem a Rota da Seda,
sendo que, Nova esperança é considerada pela Secretaria da Agricultura e do
Abastecimento e pela EMATER, o principal município produtor do Estado, conhecido
como a "Capital Nacional do Casulo de Seda". Para ter a dimensão da importância, onde
a produtividade média no Paraná é de 442 kg de casulos verdes por hectare por ano, no
município de Nova Esperança, essa média e três vezes mais, com as boas práticas de
manejo do bicho-da-seda. Na safra de 2015, houve aumento de 25% que em termos de
quantidade foi de 425 toneladas, com plantio de amoreiras em 600 hectares envolvendo
900 pessoas na mão de obra (SEAB, 2015; EMATER, 2015).
Os dados obtidos proporcionaram averiguar questões que evidenciam o papel da
EMATER no tocando a sua atuação junto aos sericicultores. O depoimento do produtor
S1 do município de Nova Esperança da Vila Rural evidencia que o primeiro contato
com a EMATER foi por meio da visita de um técnico na propriedade, e a partir dessa
visita e por intermédio da EMATER, fez o PRONAF, para construir o barracão e iniciar
a atividade. Segundo ele o apoio técnico da EMATER tem auxiliado na transmissão de
informações como tratamento e análise da terra, acompanhamento do crescimento das
amoreiras, e diz "o apoio da EMATER é de grande valia, pois a qualidade da amoreira é
perceptível, e isso reflete na qualidade dos casulos produzidos, e a qualidade agrega um
maior valor ao produto (casulo) consequentemente, melhora a minha renda contribuindo
para o sustento da família". Em relação à parceria com a Bratac, mencionou que
"recebeu as mudas de amoreiras gratuitamente, enquanto os bosques as larvas do bicho
da seda foram pagas na entrega dos casulos, ou seja, no valor que tinha para receber foi
descontado o valor correspondente a esses itens". Na propriedade de S1, todo o processo
de produção é manual, desde a retirada dos casulos dos bosques, limpeza e a
classificação. Como a produção se concentra no verão, nos meses de junho a agosto a
produção é interrompida, nestes meses ele tem como fonte alternativa de renda a
mandioca e a produção de pães. Segundo S1, com o auxilio da EMATER ele teve
acesso à outra política pública, o Programa de Aquisição de Alimentos, construindo na
propriedade uma cozinha industrial (com inspeção sanitária) produz pães e entrega para
a merenda escolar nas escolas do município.
O produtor S2 também é do município de Nova Esperança e trabalha há 26 anos
com a sericicultura em parceria com a empresa Bratac. Ele recebe apoio técnico da
EMATER na adubação da terra e cultivo da amoreira, bem como os controles de custos
do processo produtivo, manual onde são anotados tudo o que se refere à produção do
bicho da seda. Relata o que segue: "o apoio da EMATER é muito importante, pois eles
acompanham mensalmente o crescimento das amoreiras e auxiliam na adubação da terra
nas visitas técnicas, garantindo o alimento de qualidade para os bichos produzirem a
seda com um maior teor". Nessa propriedade o trabalho de limpeza e retirada dos
bosques é toda mecanizada sendo que a máquina para executar esse processo foi
comprada pela Bratac e financiada para o produtor que pagou de forma parcelada de
acordo com suas condições financeiras.
Em entrevista o produtor S3, residente no município de Mandaguaçu, sendo um
dos 240 produtores que fazem parte das propriedades referência na produção do bicho
da seda. A Rede de Propriedade Referência é um conjunto de propriedades
representativas da agricultura familiar paranaense, analisadas e planejadas por
agricultores, extensionistas e pesquisadores, na construção de referências técnicas e
econômicas que visam o desenvolvimento e a difusão de sistemas de produção
sustentáveis. Segundo a EMATER (2015) as Redes de Referências para a Agricultura
Familiar estão presentes em várias regiões do estado, envolvendo equipes formadas por
pesquisadores do IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná) e extensionistas do
EMATER (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural). O produtor
S3 relatou que "o apoio da EMATER é essencial para a sua propriedade e para os
sericicultores do estado do Paraná, pois os técnicos acompanham de perto a produção
dos casulos em consultas técnicas mensais na propriedade, ajudando no cultivo da terra
e crescimento das amoreiras, também como a elaboração dos relatórios anuais que
evidenciam a rentabilidade da propriedade e o retorno do capital investido, e por último
não menos importante a intermediação da EMATER para os produtores ao acesso as
políticas públicas".
O produtor S4 com propriedade no município de Mandaguaçu trabalha há 18
anos como sericicultor, relatou: "a retirada dos casulos dos bosques é realizada de forma
mecanizada com o maquinário que foi adquirido da empresa Bratac na qual o produtor é
parceiro de negócio e fornece assistência técnica no processo produtivo da sericicultura.
O produtor nos relatou que quando necessita do apoio técnico da EMATER tem que ir
até a empresa solicitar o apoio para o cultivo da terra e do plantio de Amoreira". Como
fonte alternativa de renda o produtor tem uma granja. Enquanto que o relato de S5,
também do município de Mandaguaçu, menciona “que está a pouco tempo trabalhando
com a sericicultura (cinco meses), é parceiro de negócio da empresa Bratac. Como fonte
alternativa de renda ele trabalha com o plantio de alface e vende para os mercados do
município, na cultura da alface recebe o apoio da EMATER no preparo e manutenção
da terra".
Analisando os relatos dos produtores, com o questionamento do estudo pode se
constatar que os sericicultores descrevem a importância do apoio da EMATER-PR na
assistência técnica, como de grande valia, exemplo, na adubação da terra proporciona a
qualidade das amoreiras, garantindo uma rentabilidade maior na venda dos casulos, pois
os mesmos têm quantidade maior de fios. No que tange o aprimoramento dos processos
produtivos, os produtores recebem o auxilio ao acesso as politicas publicas, pois a
EMATER-PR faz a intermediação entre o produtor e os agentes bancários em parceria
com o governo, exemplo, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf) que permite o produtor investir em tecnologia aprimorando o processo
produtivo. No que se referem aos controles gerenciais da unidade produtiva os técnicos
da EMATER- PR elaboram relatórios gerenciais da propriedade rural permitindo o
produtor ter controle dos custos e das despesas no processo produtivo garantindo
rendimento na produção e consequentemente, melhora na qualidade de vida do grupo
familiar, em razão da melhoria da condição financeira.

5 Considerações finais
O presente estudo teve por objetivo descrever e analisar o papel do Instituto
Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER-Pr, como órgão de
apoio técnico às unidades produtivas da agricultura familiar na visão dos produtores da
sericicultura. Segundo relatos dos sericicultores, o apoio da EMATER concentra-se na
assistência técnica, com informações técnicas: como preparar a terra para o plantio;
manutenção e colheita; auxílio ao acesso às políticas públicas direcionadas à agricultura
familiar; preenchimento da Declaração de Aptidão ao PRONAF.
Mencionaram ainda, que a extensão rural oficial é essencial para a agricultura
familiar, pois consiste no processo de orientação e assistência técnica aos agricultores
em sistemas de produção, que viabilizem negócios e proporcionem renda e bem estar
aos agricultores, suas famílias e entidades de representação, organização, e na
preservação dos recursos produtivos e ambientais. No processo de orientação aos
agricultores a extensão rural oficial privilegia projetos, selecionados para cada região e
para cada município do estado, que sustentem o desenvolvimento local e regional.
Analisando as funções básicas da EMATER, construída principalmente em três
eixos: 1) Operar politicas públicas; 2) orientar os agricultores em sistemas de produção
e 3) articular e coordenar o Plano Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural,
percebe-se que a mesma atende a todas elas. Verifica-se que na estrutura atual não é de
sua responsabilidade a orientação na elaboração de controles de custos e despesas para
identificar a rentabilidade das propriedades, embora isso seja realizado em algumas
propriedades denominadas de "Redes de Referências" e divulgadas para outros
produtores como modelo a ser seguido. Na visão dos sericicultores o objeto de estudo as
propriedades que recebem o apoio na gestão dos custos diretamente, avaliam como
essencial para a longevidade da propriedade e principalmente, por conhecer os custos de
produção e o retorno da atividade, além de separarem os gastos da propriedade com os
gastos pessoais.
Desse modo os sericicultores descrevem o apoio da EMATER-PR como de
suma importância na assistência técnica, principalmente na análise do solo para o
plantio das amoreiras, na manutenção da cultura para que os casulos atinjam a qualidade
exigida, garantindo maior rentabilidade na comercialização. No que tange o
aprimoramento no processo produtivo, eles descrevem que o auxílio do Instituto
Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural no intermédio entre o produtor e as
políticas públicas garantem a eles o uso da tecnologia no processo produtivo por meio
de aquisição dos maquinários que otimizam o tempo, utilizando menos mão de obra e
padronizando o processo de produção sendo uma solução para minimizar o impacto da
evasão rural que foi fato apontada pelos produtores nessa pesquisa.
Com relação aos controles gerenciais a EMATER disponibiliza relatórios
contábeis da situação econômica e financeira da propriedade dos produtores referencia.
O produtor S3 é o único dos produtores pesquisados que possui este apoio, considera-o
como de suma importância para que o produtor consiga visualizar como está à
rentabilidade de sua propriedade no que consistem seus custos, desta forma consegue
identificar como pode impulsionar seus resultados, garantindo uma receita maior ao
final de cada safra e assegurando a melhoria da qualidade de vida do grupo familiar.
Diante dos resultados apresentados do apoio da EMATER ao produtor familiar
da sericicultura dos municípios de Nova Esperança e Mandaguaçu, pode-se concluir que
a pesquisa atendeu seu objetivo, pois foi possível descrever e analisar o papel do
Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER-PR como
órgão de apoio técnico às unidades produtivas da agricultura familiar na visão dos
produtores da sericultura, respondendo o problema de pesquisa apresentando como os
sericicultores descrevem a importância do apoio da EMATER-PR na assistência
técnica, aprimoramento dos processos produtivos, controles gerenciais da unidade
produtiva e melhoria da qualidade de vida do grupo familiar.
Como sugestão para trabalhos futuros a pesquisa poderia estender para outros
produtores que não sejam os da sericicultura e ainda em outros Estados da Federação
identificando como essas empresas atuam e se isso interfere tanto no acesso às Políticas
Públicas como na produtividade com o apoio técnico. Outra sugestão seria identificar a
discricionariedade dos técnicos, se eles de alguma forma interferem na seleção dos
produtores, tendo em vista que nem todos os produtores são visitados pelos técnicos ou
órgãos da prefeitura que informa as linhas de crédito e como podem acessar. Levando
em consideração o País em sua dimensão territorial e o número de propriedades
familiares até 4 módulos fiscais, se questiona se as políticas voltadas à agricultura
familiar estão sendo efetivas em sua consecução.

Referências
AZEVEDO, Janete Maria Lins. Reflexões sobre Politicas Publicas e o PNE. 2011. Disponível
em: <httt://www.esforce.org.br/index.php/semestral/article/download.>. Acesso em 12/04/2015.
BEUREN, Ilse Maria et al (coord.). Como elaborar trabalhos monográficos em
contabilidade: teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
COLTRIM, Décio. Desenvolvimento rural e agricultura familiar: [recurso eletrônico]
produção acadêmica da Ascar / organizado [por] Décio Cotrim. - Porto Alegre, RS:
EMATER/RS-Ascar, 2014. 623 p. – (Coleção Desenvolvimento Rural, v. 3
CONDRAF- Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável. 2ª Conferência é a
construção do Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável. 2013. Disponível em:
<http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/condraf/2%c2%aa-confer%c3%aancia-nacional-de-
desenvolvimento-rural-sustent%c3%a1vel-e-solid%c3%a1rio>. Acesso em 13/04/2015.
COPORAL, Francisco Roberto. A Extensão Rural e os imites a prática dos extensionistas do
serviço público. Disponível em:
<http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/user_arquivos_64/a_extens%c3%a3o_rural
_e_os_limites_%c3%a0_pr%c3%a1tica_dos_extensionistas_do_servi%c3%a7o_p%c3%bablico
.pdf>. Santa Maria, RS, Brasil 1991. Acesso em 29/09/2015.
EMATER – INSTITUTO PARANAENSE DE ASSISTENCIA TÉCNICA E EXTENSÃO
RURAL. Histórico da Extensão Rural Oficial. Disponível em:
<http://www.emater.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?>. Acesso em 02 mai. 2015.
______. Sericicultores triplicam a produtividade de casulos. Disponível em:
<http://www.emater.pr.gov.br/modules/noticias>. Acesso em 28/12/2015.
FACHIN, Odilia. Fundamentos de metodologia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
FARAH, Marta Ferreira Santos. Reforma de políticas sociais no Brasil experiências recentes
de governos subnacionais. Revista Administração, São Paulo v 33, n.1, p.51-59, janeiro/março
1998.
GUILHOTO, Joaquim JM. A importância da agricultura familiar no Brasil e em seus
estados. Brasília: NEAD (2007). Disponível em:
<http://www.researchgate.net/profile/carlos_azzoni/publication/4731981_a_importncia_da_agri
cultura_familiar_no_brasil_e_em_seus_estados.pdf>. Acesso em 05/08/2015.
GIL, Carlos Antonio. Como Elaborar Projetos de Pesquisa 2.ed. São Paulo: Atlas. 2002.
______. Como Elaborar Projetos de Pesquisa 4.ed. São Paulo: Atlas, 2004.
MDA-MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO AGRARIO. Políticas Públicas Para
Agricultura Familiar Outubro 2013. Disponível em: <http://www.mda.gov.br/portalmda >.
Acesso em 17/04/2015.
______. Sistema de Rede de Apoio. Manual do Usuário. Agosto de 2007. Disponível em:<
http://sra.mda.gov.br/srede/documentos/manual.pdf>. Acesso em 29/09/2015.
ORQUIZA, Maria Liliam; MAGALHAES, Luzia Eliane Reis. Metodologia do Trabalho
Cientifico. Curitiba Fesp, 2002.
SANTOS JUNIOR, A. Orlando, CHRISTOVÃO C. Ana, NOVAES R. Patrícia. Caderno
Didático Políticas Públicas e Direito à Cidade: Programa Interdisciplinar de Formação de
Agentes Sociais e Conselheiros Municipais. 2011. Disponível em:
<http://observatoriodasmetropoles.net/download.pdf >. Acesso em 12/04/2015.
SANTOS, Raimunda Maria dos. Documento contendo proposta de metodologia e de ações
de capacitação a serem desenvolvidas junto a Rede de Apoio, voltadas para o acesso aos
programas e Políticas de organização da produção e comercialização visando o
desenvolvimento do Crédito Fundiário do estado da Bahia. Salvador-BA, 22 de julho de
2013. Disponível em: <http://www.iicabr.iica.org.br/wp-
content/uploads/2014/03/mail.mda_.gov.brproduto-6.pdf >. Acesso em 27/09/2015.
SEAB- Secretaria da Agricultura e do Abastecimento DERAL- Departamento de Economia
rural Sericicultura no Estado do Paraná Safra 2013/2014 - Relatório Takii. Diponivel em:
<http://www.agricultura.pr.gov.br/arquivos/file/deral/prognosticos/sericicultura__2013_14.pdf>
Acesso em 09/12/2015.
SEPULCRI, Odílio; PAULA, Nilson de. A EMATER e seu papel na difusão de tecnologia
nos seus 50 anos. Disponível em:
<http://www.emater.pr.gov.br/arquivos/file/biblioteca_virtual/premio_extensao_rural/2_premio
_er/02_a_emater_papel_dif_tec.pdf >. Acesso em 28/09/2015.
SEPULCRI, Odílio. Estratégias e Trajetórias Institucionais da Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural do Paraná (EMATER-Pr). Disponível em:
<http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/user_arquivos_64/estrat%c3%a9gias_e_traj
et%c3%b3rias_institucionais_da_empresa_de_assist%C3%aancia_t%C3%a9cnica_e_extens%c
3%a3o_rural_do_paran%c3%a1_%28emater-pr%29.pdf>. Acesso em 29/09/2015.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 24 ed. São Paulo: Cortez,
2008.
SILVA, A. C. R.. Metodologia da Pesquisa Aplicada à Contabilidade: orientações
de estudos, projetos, artigos, relatórios, monografias, dissertações, teses. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2010.
SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias. Porto Alegre, ano 8,
nº 16, jul/dez/ 2006, p. 20-45.
ZIMMERMANN, Silvia. Participação social e as políticas públicas para a agricultura no
Brasil: dissonâncias entre espaço público e projetos políticos de sociedade. Disponível em: <
http://cartamaior.com.br/?/opiniao/participacao-social-e-as-politicas-publicas-para-a-agricultura-
no-brasil/27481-15/01/2013>. Acesso em 29/09/2015.

View publication stats

Você também pode gostar