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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – UFAC

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – CFCH


BACHARELADO EM PSICOLOGIA
MEDIDAS DE AVALIAÇÃO EM PSICOLOGIA I

Docente: Edwardy Oliveira Benicio de Melo


Discente: Nathalie Beatriz Sales de Almeida

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Capítulo 12: HUTZ, Claudio Simon; BANDEIRA, Denise Ruschel; TRENTINI,
Clarissa Marceli. Avaliação psicológica da inteligência e da personalidade. Artmed
Editora, 2018.
1) RESUMO
O capítulo “Avaliação da Personalidade a partir de teorias fatoriais de personalidade”,
relata o surgimento do Big Five ou o Modelo dos Cinco Grandes Fatores (CGF) e outros
modelos como o de Allport, Cattell e Eysenck. Além disso, retrata a estabilidade dos
traços de personalidade ao longo da vida e a utilização do CGF no contexto clínico e
escolar.
O modelo segundo Allport, baseia-se na hierarquização de três níveis, sendo eles:
cardinais, centrais e secundários, no qual a personalidade é o foco central para o
ajustamento, pois “[…] modula as formas de reações comportamentais, emocionais e
cognitivas das pessoas”. (p. 303).
O modelo de Cattell, baseado na investigação científica, definiu traço de
personalidade como “[…] uma estrutura mental que pode ser inferida a partir do
comportamento observado para explicar a regularidade ou a consistência nesse
comportamento”. (p. 303), podendo ser divida em três modalidades de traço, como traço
de capacidade – como o indivíduo responde à complexidade; traços de temperamento –
relacionado a aspectos constitucionais da pessoa; e traços dinâmicos – relacionado a
motivação e interesse.
O modelo de Eysenck, tem como foco o estudo do temperamento inato, o qual tem
como finalidade diferenciar a personalidade geneticamente produzida. Eysenck englobou
as ciências humanas com os mecanismos psicológicos e fisiológicos, de maneira simples
e compreensível.
Por fim , o modelo dos Cinco Grandes fatores tem como finalidade entender a
personalidade a partir de cinco dimensões, dentre elas, temos: extroversão, socialização
(amabilidade), realização, neuroticismo e abertura. Esse modelo apresenta uma estrutura
hierárquica de fatores gerais – os cinco traços, suas facetas – a especificidade do perfil
psicológico do individuo.

2) PRINCIPAIS CITAÇÕES DO TEXTO

● “Antecedentes do modelo dos CGF […] baseavam-se na hipótese léxica,


que parte do princípio de que, se uma característica humana é relevante o
suficiente para ser notado por outros e importante para as interações
sociais, ela será descrita na linguagem por meio de um termo específico”.
(p. 301)
● “Allport (1897-1967) […] diz que a personalidade é central no processo
de ajustamento, pois modula as formas de reações comportamentais,
emocionais e cognitivas das pessoas.” (p. 303)
● “Cattell (1950) definiu traço de personalidade como uma estrutura mental
que pode ser inferida a partir do comportamento observado para explicar
a regularidade ou a consistência nesse comportamento”. (p. 304).
● “Eysenck (1953) definiu a personalidade como uma organização
relativamente estável e duradoura do caráter, do temperamento, do
intelecto e do físico de uma pessoa, a qual determina seus ajustamentos
próprios ao ambiente.” (p. 306)
● “[…] estudos indicaram a ocorrência de mudanças no traço de
personalidade ao longo da vida, com uma tendencia ao aumento nos níveis
de realização, dominância social (um aspecto de extroversão), socialização
e estabilidade emocional (o polo negativo do neuroticismo)”. (p. 312).
● “Modelos categóricos, os quais são amplamente adotados nos sistemas
“tradicionais”para a identificação de transtornos da personalidade”. (p.
313)
● “Sistemas clínicos dimensionais para personalidade partem do
pressuposto de que um conjunto central de traços de personalidade pode
ser igualmente avaliado em casos clínicos e não clínicos”. (p. 313)
● “Transtornos identificados em sistemas categóricos podem ser
amplamente explicados como resultados específicos em traços avaliados
em modelos dimensionais”. (p. 314)
● “[…] concepção de que a personalidade pode ser entendida a partir de duas
camadas, sendo uma mais constitutiva e resistente às mudanças e outra
mais flexível e mais viável de ser trabalhada no ambiente escolar.” (p. 316)

3) COMENTÁRIOS
Esse capítulo possui um conteúdo interessante a ser absorvido, pois trata-se dos
modelos de avaliação da personalidade, e as suas modificações desde Allport até o
surgimento do Big Five ou os Cinco Grandes Fatores (CGF). É importante frisar que o
autor nos trás duas visões muito importantes de como que seriam as aplicações do CGF
no campo da clínica e na escola, porém, essas duas visões foram relatadas de forma breve
e sucinta, faltando, em minha opinião, mais informações e exemplos sobre essas duas
situações.
Além disso, não fui completamente satisfeita na leitura devido a não compreensão do
que era relatado, os exemplos serem muito rasos e mal explicados, e por muita das vezes,
o autor frisar em contextos um pouco desnecessários e sem nexos, faltando a objetividade
e clareza na hora da leitura.
Dessa maneira, não consegui ter um aprendizado amplo e objetivo como obtive no
último livro, tendo em vista que meu aprendizado em livros se dá pela linguagem ofertado
e organização do livro, sejam em tópicos e assuntos subdivididos.
4) QUESTIONAMENTOS E DÚVIDAS:
Possui vários questionamentos, mas gostaria de frisar alguns deles. Por exemplo,
na página 314 do PDF, o autor nos trás um exemplo do uso do modelo dos CGF no
contexto clínico, e dá um exemplo muito interessante sobre o transtorno de personalidade
histriônica. Meu questionamento é, segundo a Psicanálise, por quais razões uma pessoa
possui níveis tão elevados de extroversão (fortes necessidades de comunicação, emoções
exageradas)? Digo, qual seria o motivo mais comum, segundo a abordagem psicanalítica?
E de que forma podemos tratar esse nível tão elevado?
Outro questionamento é porque que pessoas com quadros clínicos, nos sistemas
dimensionais, segundo o autor, apresentam níveis extremos em alguns traços de
personalidade?
O BFP é utilizado no Brasil, de tal maneira que os CGF é? Como que seria o BFP
e a organização das facetas?

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