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PERSONALIDADE I

Professora Andrea Alves


CRP 04/44295
3º período - Psicologia - 2023/01
Esse livro faz parte da bibliografia básica da disciplina
Personalidade I, com os autores
Calvin S. Hall, Gardner Lindzey, John B. Campbell e
tradução de Maria Adriana Veríssimo Veronese, edição
2000.

O livro menciona teorias da Personalidade,


com teóricos firmados nas ênfases:
psicodinâmica, estrutura da personalidade,
realidade percebida e aprendizagem.
ÊNFASE NA ÊNFASE NA ÊNFASE NA ÊNFASE NA
PSICODINÂMICA ESTRUTURA DA REALIDADE APRENDIZAGEM
PERSONALIDADE PERCEBIDA
Capítulo 2
A Teoria Psicanalítica Capítulo 6 Capítulo 10 Capítulo 12
Clássica de Sigmund A Personologia de A Teoria do Constructo O Condicionamento
Freud Henry Murray Pessoal de George Operante de B. F.
Capítulo 3 Capítulo 7 Kelly Skinner
A Teoria Analítica de Gordon Allport e o Capítulo 11 Capítulo 13
Carl Jung Indivíduo A Teoria de Carl Rogers A Teoria de Estímulo-
Capítulo 4 Capítulo 8 Centrada na Pessoa Resposta de Dollard e
Teorias Psicológicas A Teoria de Traço Miller
Sociais: Adler, Fromm, Fatorial-Analítica de Capítulo 14
Horney e Sullivan Raymond Cattell Albert Bandura e as
Capítulo 5 Capítulo 9 OU EXPERENCIAIS Teorias da
Erik Erikson e a Teoria A Teoria de Traço Aprendizagem
Psicanalítica Biológico de Hans Social
Contemporânea Eysenck
Para Hall, Lindzey e Campbell (2007, p. 38) as teorias da
personalidade abrangem uma ampla variedade de
comportamentos e de processos e consideram indivíduo
como uma unidade integrada.

DIVERSIDADE DE TEORIAS
Para Schultz e Schultz (2015, p. 5), personalidade envolve “os
aspectos internos e externos peculiares relativamente
permanentes do caráter de uma pessoas que influenciam o
comportamento em situações diferentes”.

COMPARAÇÃO ENTRE AS TEORIAS


Personalidade

Para Trentini, Hutz, Bandeira, Teixeira, Gonçalvez e


Thomazoni (2009, apud Silva e Nakano, 2011, p. 51), “a
personalidade se referiria às características dos
indivíduos, sendo única e o distinguindo dos demais a
partir de padrões consistentes de sentimentos,
pensamentos e comportamentos”.
Allport
● Allport (1966, p. 50 apud Silva e Nakano, 2011, p. 51)
caracterizou a personalidade como “a organização
dinâmica, no indivíduo, dos sistemas psicofísicos que
determinam seu comportamento e seus pensamentos
característicos”.
Allport

● Para Allport, um traço está tão dentro do indivíduo


quanto uma disposição. O modelo de traços de Allport, os
traços são “tendências” livres, e sua expressão é
levemente diferente porque ocorre em face de
“condições determinantes” diferentes. Os traços são
inferidos a partir do comportamento, não diretamente
observados (HALL, LINDZEY E CAMPBELL, 2007, p. 229).
Personalidade
● A “personalidade é igualada aos aspectos únicos ou
individuais do comportamento. Nesse caso, o termo
designa aquilo que é distintivo no indivíduo e o diferencia
de todas as outras pessoas. Finalmente, alguns teóricos
consideram que a personalidade representa a essência
da condição humana (...) a personalidade consiste naquilo
que é, na análise final, mais típico e característico da
pessoa” (HALL, LINDZEY E CAMPBELL, 2007, p. 32).
Personalidade
● A personalidade pode ser definida como um grupo
duradouro e peculiar de características que se pode
alterar em situações diferentes. As diferenças de gênero,
etnia e herança cultural podem influenciar o
desenvolvimento da personalidade. O interesse na
psicologia intercultural data da década de 1960. A
internet molda e reflete a personalidade principalmente
por meio de site das redes sociais (SCHULTZ e SCHULTZ,
2015, p. 35)
Allport

“Frequentemente utilizamos a palavra personalidade ao


descrevermos outras pessoas e a nós mesmos. Somente
no final da década de 1930 o estudo da personalidade foi
formalizado e sistematizado na psicologia norte-
americana principalmente com o trabalho de Gordon
Allport na Universidade de Harvard” (SCHULTZ e
SCHULTZ, 2015, p. 5).
PxTxC
1 Personalidade
“A personalidade é a organização dinâmica, dentro do indivíduo, daqueles
sistemas psicofísicos que determinam seus ajustamentos únicos ao
ambiente. Personalidade = é o que um homem realmente é”.

2 .
Temperamento
Temperamento = se refere àquelas disposições estreitamente ligadas a
determinantes biológicos ou fisiológicos, que, portanto, mudam
relativamente pouco com o desenvolvimento.

3 Caráter
Caráter = tem relação com um código de comportamento em termos do qual
os indivíduos ou seus atos são avaliados. É a personalidade avaliada.
Para Costa e McCrae (1998, apud Silva e
TRAÇOS Nakano, 2011, p. 52) os traços da
personalidade “podem sofrer influência de
aspectos motivacionais, afetivos,
comportamentais e atitudinais”.

INFLUÊNCIAS
Traços

● “Os traços de personalidade seriam características


psicológicas que representam tendências relativamente
estáveis na forma de pensar, sentir e atuar com as
pessoas, caracterizando, contudo, possibilidades de
mudanças, como produto das interações das pessoas
com seu meio social” (SISTO e OLIVEIRA, 2007 apud
SILVA e NAKANO, 2011, p. 52).
Allport
TRAÇO = é uma estrutura neuropsíquica, capaz de tornar muitos
estímulos funcionalmente equivalentes, e de iniciar e orientar formas
equivalentes (significativamente consistentes) de comportamento
adaptativo e expressivo” (ALLPORT,1961, p. 347 apud HALL, LINDZEY E
CAMPBELL, 2007, p. 229)

Uma disposição pessoal ou traço morfogênico é definido como uma


“estrutura neuropsíquica generalizada (peculiar ao indivíduo) capaz de
tornar muitos estímulos funcionalmente equivalentes, e de iniciar e
orientar formas consistentes (equivalentes) de comportamento
adaptativo e estilístico” (HALL, LINDZEY E CAMPBELL, 2007, p. 229).
Traços

● Hall, Lindzey e Campbell (p. 229) trazem que a


personalidade abarca “padrões de comportamento e
atitudes que são típicas de um determinado indivíduo,
de forma que os traços de personalidade difeririam de um
indivíduo para outro, sendo, entretanto, relativamente
constantes em cada pessoa e estáveis”.
● Os traços da personalidade podem sofrer influência de
aspectos motivacionais, afetivos, comportamentais e
atitudinais.
BIG FIVE
● “Um dos modelos mais difundidos para descrever a
estrutura da personalidade dentro da teoria dos traços,
sobretudo da personalidade adulta do ponto de vista
psicométrico, é o modelo dos Cinco Grandes Fatores da
personalidade, também conhecido como Big Five,
considerado uma teoria explicativa e preditiva da
personalidade humana e de suas relações com a conduta”
(GARCIA, 2006, apud SILVA e NAKANO, 2011, p. 51).
BIG FIVE

● Pervin e John (2004, apud Silva e Nakano, 2011, p. 52)


“citam, por exemplo, o modelo de Cattell que apresenta até
16 traços distintos, e o modelo de Allport, o qual sugere a
existência de traços peculiares a cada pessoa, de forma a
considerar a possibilidade de um número infindável de
traços. Dentro dessa constatação, um modelo composto
por cinco fatores representa um avanço conceitual e
empírico no campo da personalidade”.
BIG FIVE

● A importância do modelo fatorial da personalidade


baseado nos cinco fatores se dá por “ter sido aplicado
em diversas amostras, em diversas culturas e por meio de
numerosas fontes de informação (incluindo auto-
avaliação, avaliação por pares e avaliações clínicas),
tendo demonstrado sua adequação nos diferentes usos”
(SILVA e NAKANO, 2011, p. 51)
BIG FIVE-FATORES
● “Extroversão = a quantidade e a intensidade das interações interpessoais
preferidas, nível de atividade, necessidade de estimulação e capacidade de
alegrar-se.

● Socialização = se caracteriza por ser uma dimensão interpessoal que se refere


aos tipos de interações que uma pessoa apresenta.

● Realização = seria o fator que representa o grau de organização, persistência,


controle e motivação para alcançar objetivos.

● Neuroticismo = refere-se ao nível crônico de ajustamento emocional e


instabilidade e aos comportamentos exploratórios

● Abertura = reconhecimento da importância de ter novas experiências”


(SILVA e NAKANO, 2011, p. 53)
Outros termos também usados para os cinco fatores são:
Agradabilidade, escrupulosidade e estabilidade emocional,
experiência é chamado também de intelecto, o fator
socialização também chamado de amabilidade e o fator
realização, de conscienciosidade (SILVA e NAKANO, 2011,
p. 53).
Algumas abordagens
● Schultz e Schultz (2015, p. 5) apontam que a “abordagem
do ciclo vital argumenta que a personalidade continue
desenvolver-se durante toda a trajetória de nossas vidas; a
abordagem dos traços defende que grande parte da nossa
personalidade é herdada; a abordagem humanista enfatiza
as forças humanas; virtudes, aspirações e realização de
nosso potencial; e a abordagem cognitiva lida com as
atividades mentais conscientes”.
A concepção de ser humano é diferente para cada teoria do
conhecimento psicológico, a ciência está em constante
evolução, as linhas teóricas não são convergentes, etc.

Concepção de homem
SELF Para Allport o proprium é um termo
usado para ego ou para o self.

EU
As técnicas para avaliar ou medir a personalidade
precisam preencher os requisitos como
confiabilidade e validade (Schultz e Schultz, 2015).
PERSONALIDADE

Carl Rogers Raymond Cattell George Kelly


Autorrealização Traços Valência
Equalização 16 aspectos básicos da Constructos pessoais
Self personalidade
Personalidade na visão ACP

● Segundo Rogers, “o organismo tem uma tendência e uma


busca básica – realizar, manter e melhorar o organismo
que experiência.
● A tendência realizadora é seletiva (...) existe uma única
força motivadora, o impulso auto-realizador; por outro,
existe uma única meta de vida, auto-realizar-se ou ser
uma pessoa completa” (HALL, LINDZEY E CAMPBELL,
2007, p. 367).
Maslow
● Maslow censurava a psicologia por sua “concepção pessimista, negativa
e limitada” do ser humano. (...) A concepção de que o desenvolvimento
plenamente sadio, normal e desejável consiste em realizar a sua
natureza, em cumprir todas essas potencialidades e em desenvolver-se
até a maturidade ao longo das linhas ditadas por sua natureza essencial
oculta, encoberta e vagamente vislumbrada, desenvolvendo se a partir
do interior ao invés de ser moldado pelo exterior.
● Maslow descreveu uma síndrome como “um complexo estruturado e
organizado de especificidades aparentemente diversas
(comportamentos, pensamentos, impulsos de ação, percepções, etc.)”
● (HALL, LINDZEY E CAMPBELL, 2007, p. 356).
O que é psicopatológico? Tudo o que perturba, frustra
ou distorce o curso da auto-realização. O que é
psicoterapia ou, por falar no assunto, qualquer tipo de
terapia? Qualquer meio que ajude a pessoa a voltar ao
caminho da auto-realização e do desenvolvimento ao
longo das linhas ditadas por sua natureza interior
(HALL, LINDZEY E CAMPBELL, 2007, p. 356).
Natureza interior

Natureza humana

Sinônimo de personalidade?
“O determinismo histórico é uma visão segundo a qual a
personalidade é fixada nos primeiros anos de vida e sujeita a
poucas mudanças posteriormente” (SCHULTZ e SCHULTZ,
2015, p 32).

DETERMINISMO
Kelly
● Segundo Kelly da maneira como a tendência de realização
serve para “manter e realçar” o organismo ( p. 339) Kelly
(1955, p. 65), o indivíduo “coloca valores relativos nas
extremidades de suas dicotomias” e então precisa
escolher uma das alternativas. A vida não é apenas
interpretação; é escolha baseada nessa interpretação, e a
escolha será feita em favor da alternativa que parece no
momento oferecer a melhor base para melhorar a
subsequente antecipação de eventos (HALL, LINDZEY E
CAMPBELL, 2007, p. 339).
A teoria de Carl Rogers Centrada na Pessoa

Empatia, visão positiva e relações congruentes

A teoria do traço fatorial-analítica de


Raymond Cattell

16 traços

A teoria do constructo pessoal de George


Kelly

Gordon Allport e o indivíduo


Referências
● HALL, Calvin S.; LINDZEY, Gardner; CAMPBELL, John B. Teorias da
personalidade. Porto Alegre: Artmed, 2007.

● SILVA, Izabella Brito; NAKANO, Tatiana de Cássia. Modelo dos cinco


grandes fatores da personalidade: análise de pesquisas. Aval.
psicol., Porto Alegre , v. 10, n. 1, p. 51-62, abr. 2011 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1677-
04712011000100006&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 26 mar. 2023.

● SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. Teorias da personalidade. 3.


ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015.

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