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Introdução Teórica

1. LEI DE OHM

Estuda a dependência entre movimento de cargas elé-


tricas e o campo elétrico que gera este movimento
num meio com “portadores” de carga elétrica

V = R.I
V Representa a tensão medida em volt (V)
I representa corrente. No SI é medida em ampère (A)
R representa a resistência. No SI é medida em ohm (Ω)

2. ASSOCIAÇÃO SÉRIE DE RESISTORES

n
R série = Ri
i =1

3. ASSOCIAÇÃO PARALELO DE RESISTORES

n
1 1
=
R paralelo i =1 Ri

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O AMPERIMETRO

• instrumento que mede a intensidade e o sentido da cor-


rente elétrica;
• a máxima corrente elétrica que pode circular no medi-
dor é conhecida como corrente de fundo de escala;
• para a medição da intensidade de uma corrente elétrica
o amperímetro deve ser ligado em série;
• a resistência interna rA do amperímetro deve ser a mí-
nima em relação a resistência total do circuito elétrico
no qual o amperímetro está inserido de forma que o
aparelho tenha uma influência mínima no circuito elé-
trico.
• o amperímetro ideal é aquele que tem resistência inter-
na nula (r = 0).

O VOLTÍMETRO

• mede diferença de potencial elétrico nos terminais de um


bipolo (resistor);
• deve deve ser conectado em paralelo com o bipolo;
• não deve interferir no comportamento do circuito;
• o voltímetro ideal é aquele que possui uma resistência in-
terna infinita(rV = ∞) .
• na pratica, um voltímetro deve ter uma resistência inter-
na alta de modo que a corrente que circula pelo voltíme-
tro seja a menor possível.

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O OHMÍMETRO

• instrumento utilizado na medição de resistências elétricas.


• a resistência é percorrida por uma corrente elétrica forne-
cida por uma bateria que é incorporada ao próprio ins-
trumento. O ohmímetro é um amperímetro com escala
modificada, que mostra o valor da resistência.
• não medir o valor do resistor com o ohmímetro
quando esta estiver sendo alimentada por
corrente em um circuito elétrico.
• NUNCA utilizar o ohmímetro para medir resistência
interna de medidores de corrente ou tensão, pois sua
bateria interna pode fazer o medidor ser percorrido
por corrente acima do fundo de escala.

MEDIDA DE RESISTÊNCIAS
• Na prática, a medida de uma resistência pode ser feita
montando-se um circuito no qual se possa medir a corrente
que atravessa o resistor e a tensão em seus terminais.
• A dificuldade que se apresenta é que, os medidores de
corrente e de tensão interferem na medida da resistência, pois
eles possuem resistência internas que, dependendo da posição
relativa deles no circuito, alteram os valores medidos,
interferindo no resultado do valor da resistência.
• Os objetivos deste experimento são:
1 - perceber que todo processo de medição de uma
grandeza interfere no seu valor;
2 - verificar como, no caso de medição de resistência por
circuito elétrico, se pode contornar em parte esta
interferência.

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PROCESSOS DE MEDIÇÃO - caso 1
• A posição dos medidores de corrente e de tensão no circuito,
em relação à resistência a ser medida, interfere no resultado
da medição.
• Há duas possibilidades de posicionamento dos medidores no
circuito:
1 - com o voltímetro ligado aos terminais do resistor,
deixando de medir a tensão no amperímetro
(“amperímetro externo”). Neste caso, a medida de
tensão no resistor é exata mas a medida da corrente é
imprecisa, pois a corrente medida é a soma das
correntes que passam pelo resistor e pelo voltímetro:

I = IR + IV

CIRCUITO A SER MONTADO - caso 1


amperímetro voltímetro
RA
A
IR
I
IV V
E R
RV

Valor experimental Valor analítico


V R′ RV
R′ = Re =
I (RV − R′)

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PROCESSOS DE MEDIÇÃO - caso 2

2 - Um outro circuito que permite a medida da


resistência do resistor pelo método experimental, é
associar em série o resistor com o amperímetro, e
medir a tensão do conjunto (resistor + amperímetro).
Neste caso, a medida da corrente é exata, pois é
medida a corrente apenas do resistor, mas a medida
da tensão é duvidosa pois o voltímetro mede a tensão
da associação série do resistor do amperímetro com o
resistor cuja resistência se deseja determinar (ver o
circuito do caso 2). Ou seja:

V = VA + VR

CIRCUITO A SER MONTADO - caso 2

amperímetro
voltímetro RA
A

V I
R
E
RV

Valor experimental Valor analítico


V Ri = R′′ − RA
R′′ =
I

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RESISTÊNCIA LIMITE
Conceito:
Se R´ é o valor experimental de uma resistência obtido pelo
circuito com amperímetro externo, R´´ é seu valor obtido pelo
circuito com amperímetro interno, das equações que permitem
determinar os valores analíticos de R para cada caso de circuito
montado, pode-se constatar que Re < R e que Ri > R. Para
diferentes valores de R observa-se que (Ri - R) ≠ (R – Re ).
Impondo a condição de igualdade, obtém-se o valor da
denominada resistência limite.

Interpretação:
Se R é o “valor verdadeiro” (medido com ohmímetro) desta
resistência, ele pode ser obtido se, em qualquer das montagens,
fossem utilizados instrumentos “ideais” (RA = 0 e RV → ∞).

RESISTÊNCIA LIMITE
Para diferentes valores de R pode-se obter diferentes valores de
Re e de Ri para medidores com resistências internas fixas RA e
RV . Com isto, é possível a construção de 3 gráficos em uma
mesma escala:
um de R (ideal) versus R (verdadeiro)
outro de Re (caso 1) versus R (verdadeiro)
um terceiro de Ri (caso 2) versus R (verdadeiro)
Nele, se observa que:
• Para valores de R pequenos (da ordem de RA) a curva de Re
(amperímetro externo) se aproxima da curva de R ideal;
• Para valores de R grandes, (da ordem de RV) a curva de Ri
(amperímetro interno) se aproxima da curva de R ideal.
Quando R ideal for eqüidistante das duas curvas, então:

(Ri - R) = (R – Re)

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RESISTÊNCIA LIMITE - Gráficos

RESISTÊNCIA LIMITE

Como calcular:
Para calcular o valor da resistência limite para uma dada
montagem na qual o amperímetro utilizado possua resistência
interna RA e o voltímetro possua resistência interna RV utiliza-
se a expressão

RA + R A2 + 4. R A . Rv
RL =
2

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
I - Medida das resistências com o ohmímetro
Medir a resistência de cada resistor com o multiteste digital,
com o seletor de função colocado em 2kΩ Ω. Anotara os valores
na primeira tabela.

II - Medida das resistências através de circuito com


Amperímetro Externo
• Montar o circuito representado no caso 1 estudado;
• Medir a tensão e a corrente para cada um dos resistores
colocados à disposição;
• Determinar o valor experimental de cada resistor.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
II - Medida das resistências através de circuito com
Amperímetro Interno
• Montar o circuito representado no caso 2 estudado;
• Medir a tensão e a corrente para cada um dos resistores
colocados à disposição;
• Determinar o valor experimental de cada resistor.

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TRATAMENTO DOS DADOS

• Para cada resistor, utilizando a expressão correspondente ao


valor analítico em cada caso, determinar o valor analítico de
cada resistor;
• Com os valores fornecidos da resistência interna do voltímetro
(RV = 151Ω ) e da resistência interna do amperímetro (RA =
37,5 Ω ), determinar o valor da “resistência limite” para cada
resistor.
• A partir da teoria, onde:
se R < Rlimite o melhor resultado se obtém no caso 1
se R > Rlimite o melhor resultado se obtém no caso 2
determinar o valor mais provável de cada resistor.

TRATAMENTO DOS DADOS

• Determinar o erro percentual entre o valor mais provável


escolhido e o valor determinado a partir do ohmímetro.
• Construir uma tabela de valores de Re e de Ri em função de
R nominal variando de 0 a 500ΩΩ, em intervalos de 50Ω
Ω.
• Com os dados desta tabela, construir os gráficos de:
Re versus R
Ri versus R
Rideal versus R onde Rideal = R (ver o texto)
em um mesmo eixo gráfico, e traçar as curvas médias
correspondentes.
• Responder às questões do item 11 do texto experimental.

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