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1- FUNDAMENTOS DA QUALIDADE EM EDUCAÇÃO

2- FUNÇÕES E MODALIDADES DE AVALIAÇÃO DA


QUALIDADE
3- AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM EDUCAÇÃO

fundamentos da qualidade em educação


FUNDAMENTOS CIÊNTIFICOS-
Relatórios internacionais:

• Relatório Coleman – (EUA , 1966)


- Etnia e contexto sociofamiliar são determinantes;
- Rácio aluno/professor ou remuneração dos professores não é relevante.
- Não existe uma evidência empírica que nos garanta que existe uma relação
positiva entre os recursos e os resultados da educação.
O "Relatório Coleman" refere-se ao estudo liderado pelo sociólogo norte-americano
James S. Coleman, intitulado "Equality of Educational Opportunity" (Igualdade de
Oportunidades Educacionais), publicado em 1966. Este estudo foi encomendado pelo
governo dos Estados Unidos como parte da legislação dos Direitos Civis de 1964, com o
objetivo de examinar as disparidades educacionais entre escolas segregadas racialmente.

Aqui estão alguns pontos-chave sobre o Relatório Coleman:


Contexto:
O relatório foi encomendado para avaliar o impacto da segregação racial nas escolas
públicas dos Estados Unidos e entender como as diferenças de recursos, oportunidades e
qualidade educacional afetavam os alunos, especialmente aqueles de diferentes grupos
étnicos.

METODOLOGIA:
A metodologia do Relatório Coleman foi elaborada para abordar questões relacionadas à
igualdade de oportunidades educacionais e entender os fatores que impactavam o
desempenho acadêmico, especialmente em contextos de segregação racial. Abaixo,
aprofundo mais a metodologia utilizada no estudo:
1. Amostragem e Dados:
• O estudo envolveu uma amostragem extensiva de escolas, estudantes e
professores em todo os Estados Unidos. A equipe de pesquisa coletou
dados de mais de 600.000 estudantes em aproximadamente 4.000 escolas.
Isso permitiu uma análise abrangente e representativa das disparidades
educacionais em todo o país.
2. Variáveis Analisadas:
• O estudo analisou uma ampla variedade de variáveis, incluindo
características dos alunos (como raça, classe socioeconômica, nível de
habilidade), características dos professores (como experiência e
qualificação), e características das escolas (como recursos financeiros,
tamanho da turma, instalações físicas).
3. Métodos Estatísticos:
• Coleman e sua equipe utilizaram métodos estatísticos avançados para
analisar os dados coletados. Eles aplicaram técnicas como regressão
múltipla para entender as relações entre diferentes variáveis e para
identificar os fatores mais fortemente associados ao desempenho
acadêmico.
4. Controle de Variáveis:
• Um aspecto importante da metodologia foi o controle rigoroso de
variáveis. Isso significava que, ao analisar o impacto de determinados
fatores, a equipe tentou isolar o efeito específico de uma variável,
controlando ou mantendo constantes outras variáveis que poderiam
influenciar os resultados.
5. Pesquisa Longitudinal:
• O estudo incluiu uma abordagem longitudinal, ou seja, observou os
mesmos indivíduos ou escolas ao longo do tempo. Isso permitiu uma
análise mais dinâmica das mudanças no desempenho acadêmico e nas
condições educacionais.
6. Entrevistas e Observações:
• Além da análise de dados quantitativos, a equipe realizou entrevistas e
observações em algumas escolas para obter uma compreensão mais
aprofundada das dinâmicas educacionais. Isso proporcionou uma
perspectiva qualitativa para complementar as análises estatísticas.

RESULTADOS E CONCLUSÕES

1. Disparidades Raciais e Étnicas:


• O estudo evidenciou disparidades educacionais significativas entre alunos
de diferentes grupos raciais e étnicos. As oportunidades educacionais e o
acesso a recursos variavam consideravelmente, destacando uma
segregação racial persistente em muitas escolas.
2. Recursos das Escolas:
• Foi observada uma grande discrepância nos recursos disponíveis nas
escolas, incluindo financiamento, instalações físicas, tamanho das turmas
e qualidade dos professores. Escolas em comunidades mais ricas muitas
vezes tinham acesso a recursos mais abundantes em comparação com
aquelas em áreas economicamente desfavorecidas.
3. Influência dos Fatores Socioeconômicos:
• Um dos achados mais notáveis foi a forte associação entre fatores
socioeconômicos e o desempenho acadêmico dos alunos. O estudo indicou
que o ambiente familiar, nível de renda e educação dos pais
desempenhavam um papel significativo nas oportunidades educacionais e
no sucesso escolar.
4. Desigualdades no Acesso a Oportunidades:
• Coleman e sua equipe examinaram o acesso desigual a oportunidades
educacionais, como programas avançados, cursos especializados e
atividades extracurriculares. Eles identificaram diferenças substanciais
nas experiências educacionais oferecidas a alunos de diferentes grupos
demográficos.
5. Impacto do Meio Ambiente Familiar:
• Os resultados sugeriram que, em alguns casos, as características do
ambiente familiar e comunitário eram mais fortemente correlacionadas
com o desempenho acadêmico do que os recursos da própria escola. Isso
incluiu fatores como o nível de educação dos pais, estabilidade familiar e
acesso a recursos culturais.
6. Variações Regionais:
• O estudo também explorou variações regionais nas oportunidades
educacionais, destacando que a qualidade e o acesso a recursos
educacionais podiam variar significativamente de uma região para outra.

7. Avaliação Formativa e Intervenção Precoce:


• A conclusão de que fatores fora do controle das escolas desempenhavam
um papel crucial levou a uma ênfase crescente na avaliação formativa e
intervenções educacionais precoces que visavam abordar deficiências
antes que se manifestassem no desempenho acadêmico.
8. Desafios na Implementação de Políticas Compensatórias:
• O relatório levantou a questão dos desafios na implementação de políticas
compensatórias e programas destinados a fechar as lacunas educacionais,
destacando que a complexidade do problema exigia abordagens mais
abrangentes.
• “A Nation at Risk” (EUA, 1983)
- 23 milhões analfabetos funcionais (17% dos jovens com 17 anos);
• Somente 1/3 da população escolar é capaz de resolver 1 problema
matemático com vários passos;
• Desempenho em provas internacionais.

- Recomendações dos Relatórios (“Nation at Risk” e


“Lesourne”)
• Reflexão sobre “Schools make no difference”.
• Maior ênfase no estudo de ciências e da matemática;
• Ensino precoce de línguas estrangeiras;
• Expansão e optimização do tempo consagrado à aprendizagem;
• Aplicação das novas tecnologias no ensino e aprendizagem

analisou o estado do sistema educacional dos Estados Unidos e alertou sobre a crise
iminente.

OBJETIVO:
O objetivo primário do relatório "A Nation at Risk" era avaliar o estado da educação nos
Estados Unidos e alertar sobre as consequências negativas de um sistema educacional
considerado em declínio. A comissão buscava destacar os desafios enfrentados pelo
sistema educacional e fornecer recomendações para reformas significativas.

METODOLOGIA
1. Revisão da Literatura Educacional:
• A comissão iniciou o processo revisando extensivamente a literatura
educacional disponível na época. Esta revisão proporcionou uma
compreensão abrangente dos desafios enfrentados pelo sistema
educacional dos Estados Unidos, bem como das tendências e práticas bem-
sucedidas em outros países.
2. Análise de Dados Educacionais Nacionais:
• A comissão realizou análises aprofundadas de dados educacionais
nacionais para avaliar o desempenho dos alunos em várias disciplinas,
identificar tendências ao longo do tempo e comparar o desempenho dos
alunos americanos com padrões internacionais. Isso envolveu a
interpretação de dados de testes padronizados, taxas de graduação e outros
indicadores.
3. Audiências Públicas e Depoimentos:
• A comissão organizou audiências públicas para coletar depoimentos e
informações de diversas partes interessadas, incluindo educadores, pais,
especialistas em educação, líderes comunitários e outros profissionais
envolvidos no sistema educacional. Essas audiências proporcionaram uma
visão mais ampla das preocupações e desafios enfrentados pelos diferentes
grupos.
4. Entrevistas com Especialistas:
• Os membros da comissão conduziram entrevistas com especialistas em
educação, pesquisadores e líderes acadêmicos para obter insights
especializados sobre as melhores práticas, desafios sistêmicos e possíveis
soluções.
5. Exame de Políticas e Práticas:
• A comissão examinou políticas e práticas educacionais em nível nacional,
estadual e local. Isso incluiu a análise das estruturas de governança,
alocação de recursos, padrões acadêmicos, métodos de ensino e outros
aspectos do sistema educacional.
6. Visitas a Escolas:
• Membros da comissão visitaram escolas em diferentes regiões do país para
observar diretamente as condições de ensino, avaliar a infraestrutura das
escolas, entender as práticas pedagógicas e interagir com educadores e
estudantes.
7. Análise de Mudanças Demográficas:
• A comissão também considerou as mudanças demográficas e
socioeconômicas que estavam ocorrendo nos Estados Unidos,
reconhecendo a diversidade de alunos e famílias e considerando como
essas mudanças poderiam impactar o sistema educacional.
8. Envolvimento de Especialistas em Diversas Áreas:
• Além de especialistas em educação, a comissão envolveu profissionais de
diversas áreas, incluindo economistas, sociólogos e psicólogos, para obter
uma perspectiva multidisciplinar sobre os desafios educacionais.
RESULTADOS E CONCLUSÕES
1. Avaliação Crítica do Desempenho Acadêmico:
• O relatório identificou um declínio preocupante no desempenho
acadêmico dos alunos americanos em comparação com padrões
internacionais. Isso incluía resultados abaixo do esperado em disciplinas-
chave, como matemática e ciências.
2. Fragilidade do Currículo Escolar:
• A comissão expressou preocupação com a falta de rigor no currículo
escolar, destacando que muitos alunos estavam concluindo seus estudos
sem a preparação adequada para competir globalmente.
3. Desafios no Recrutamento e Retenção de Professores:
• O relatório apontou desafios significativos no recrutamento e na retenção
de professores qualificados, argumentando que a qualidade do corpo
docente era um componente crucial para a excelência educacional.
4. Problemas na Administração Escolar e na Governança:
• A comissão identificou problemas na administração escolar e na
governança, sugerindo que a estrutura burocrática estava impedindo a
eficiência e a inovação no sistema educacional.
5. Necessidade de Maior Envolvimento dos Pais:
• O relatório enfatizou a importância do envolvimento dos pais no processo
educacional e destacou que a parceria entre escolas, pais e comunidades
era crucial para o sucesso dos alunos.
Conclusões:
1. Alerta sobre uma "Nação em Perigo":
• O relatório concluiu que a nação estava em perigo devido à crise
educacional iminente, usando uma linguagem forte para destacar a
gravidade da situação.
2. Chamado à Ação e Necessidade de Reformas Abrangentes:
• As conclusões do relatório enfatizaram a necessidade urgente de reformas
abrangentes no sistema educacional, desde a melhoria dos padrões
acadêmicos até a promoção de uma cultura de aprendizado e excelência.
3. Envolvimento da Comunidade e dos Pais:
• Houve um apelo para o envolvimento ativo da comunidade e dos pais,
sugerindo que a responsabilidade pela educação não recaía apenas sobre
as escolas, mas também sobre as famílias e as comunidades.
4. Recomendações Específicas para Mudanças Estruturais:
• O relatório incluiu recomendações específicas para mudanças estruturais
no sistema educacional, desde o aumento das expectativas acadêmicas até
a reavaliação dos métodos de ensino e avaliação.
O impacto do relatório "A Nation at Risk" foi significativo, levando a uma série de
reformas educacionais nos Estados Unidos, incluindo mudanças nos currículos, padrões
acadêmicos mais rigorosos e uma maior ênfase na prestação de contas. O documento
serviu como um catalisador para discussões sobre a qualidade da educação e a
necessidade de melhorias substanciais.

• Relatório Lesourne (França, 1987)


• Reforçar os componentes instrucionais, com relevo para a leitura, escrita;
• Evitar a seleção precoce das crianças;
• Aprendizagem precoce de línguas estrangeiras;
• Promover a criatividade e a autonomia;
• Inclusão escolar de alunos de grupos culturais e étnicos.
FUNDAMENTOS LEGISLATIVOS
- regime de autonomia das escolas

Decreto-Lei n.° 115-A/98


Artigo 18.º
Presidente do conselho executivo e director

1 - Compete ao presidente do conselho executivo ou ao diretor, nos termos da legislação


em vigor:
e) Proceder à avaliação do pessoal docente e não docente.

Artigo 48.º
Contratos de Autonomia

4 - Constitui requisito para a apresentação de propostas de contratos de autonomia:


b) Na 2.ª fase, uma avaliação favorável realizada pela administração educativa central e
municipal,
no final do contrato de autonomia da primeira fase, bem como o funcionamento de
serviços
adequados às finalidades visadas.

Decreto-Lei n.° 75/2008


Preconiza, no seu preâmbulo, “…a consolidação de uma cultura de avaliação.”

Decreto-Lei n.° 137/2012


No seu preâmbulo “…a valorização de uma cultura de autoavaliação” com a
“consequente introdução de mecanismos de autorregulação e melhoria dos desempenhos
pedagógicos e organizacionais.”

- Sistema de Avaliação da Educação e do Ensino Não Superior

Dec.-Lei N.º 31/2002


Artigo 6.º
Autoavaliação

A autoavaliação tem carácter obrigatório, desenvolve-se em permanência, conta com o


apoio da administração educativa e assenta nos termos de análise seguintes:
a) Grau de concretização do projeto educativo;
b) Nível de execução de atividades proporcionadoras de climas e ambientes educativos
favoráveis;
c) Desempenho dos órgãos de administração e gestão;
d) Sucesso escolar;
e) Prática de uma cultura de colaboração.

FUNÇÕES E MODALIDADES DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE

Funções da avaliação da qualidade em educação


A avaliação da qualidade em educação desempenha diversas funções fundamentais para
a melhoria do ensino e aprendizagem. Cada uma das funções que mencionou tem
objetivos específicos. Aqui estão explicações detalhadas para cada uma delas:
1. Avaliação Operatória:
• A avaliação operatória refere-se à função da avaliação que fornece
informações sobre a eficácia das operações e práticas educacionais em
uma instituição. Isso inclui a análise de processos, procedimentos e
métodos utilizados no ambiente educacional. O objetivo é garantir que as
operações estejam alinhadas com os objetivos educacionais, identificando
áreas de eficácia e oportunidades de aprimoramento.
2. Avaliação Permanente:
• A avaliação permanente é um processo contínuo e constante, ocorrendo ao
longo do tempo. Em vez de ser uma avaliação pontual, ela envolve
monitoramento constante das práticas educacionais, da qualidade do
ensino e da aprendizagem. O objetivo é criar um ciclo contínuo de
feedback e ajustes para melhorar constantemente o sistema educacional.
3. Avaliação Participativa:
• A avaliação participativa envolve a participação ativa de diferentes partes
interessadas no processo de avaliação. Isso inclui professores, alunos, pais,
administradores e outros membros da comunidade educacional. O objetivo
é garantir que as diversas perspectivas sejam consideradas, promovendo
uma abordagem mais holística e inclusiva para a avaliação da qualidade
em educação.
4. Avaliação Formativa:
• A avaliação formativa é direcionada para o desenvolvimento e
aprimoramento do processo educacional durante o curso do ensino. Ela
ocorre de forma contínua e visa fornecer feedback imediato para os alunos
e educadores. O objetivo é identificar áreas de melhoria, ajustar as
estratégias de ensino e promover uma aprendizagem mais eficaz ao longo
do tempo.

Modalidades de avaliação da qualidade em educação:

Explicação da imagem-
Imagem 3: Diagrama de Avaliação das Escolas

Esta imagem mostra um diagrama simples que conecta as avaliações externas e internas
(autoavaliação) das escolas, ambas conduzindo à qualidade da educação. Implica que
ambos os tipos de avaliação são essenciais e inter-relacionados, contribuindo para a
qualidade geral da educação.
Tipos de uso da avaliação da qualidade em educação:

Modalidades de avaliação de avaliação da qualidade em educação:

Explicação da imagem- Imagem 2: Três Funções da Autoavaliação

Esta imagem apresenta uma tabela que descreve três perspectivas relacionadas à função
da autoavaliação na educação.

Perspectiva da Prestação de Contas (Accountability): Focada em fornecer dados sobre


o desempenho, eficácia e rentabilização do investimento, envolvendo o público em geral
e a gestão da escola.
Perspectiva da Produção de Conhecimento: Visa gerar novos insights sobre a
qualidade/estado de diferentes dimensões da escola, envolvendo principalmente a gestão
da escola e os professores.
Perspectiva do Desenvolvimento: Pretende reforçar a capacidade da escola para
planejar e implementar seu processo de melhoria com o apoio de um agente externo,
envolvendo professores, alunos e lideranças.

Estas perspectivas também descrevem os participantes envolvidos e como a avaliação


interna se relaciona com a avaliação externa.
Imagem 1: Tipos de Uso da Avaliação da Qualidade em Educação
Esta imagem é uma tabela que delineia diferentes aspectos da avaliação da qualidade na
educação. Está dividida em modalidades internas e externas, com categorizações
adicionais baseadas em objetivos como desenvolvimento e controle.

Avaliação Interna: Focada em "Projetos de Escola" sob desenvolvimento e "Conflitos"


sob controle.
Avaliação Externa: Lida com "Reformas Educativas" para desenvolvimento e "Ordem
Institucional" para controle.

A tabela também diferencia 'Quem' e 'Como'.

Interna: Inclui formação contínua para "Quem" e "Produção de Conhecimentos" por


professores e "Práticas Institucionais" por órgãos de gestão sob "Como".
Externa: Envolve projetos de investigação para "Quem" e "Produção de
Conhecimentos" por investigadores e "Práticas Institucionais" como relatórios e controle
pela administração central/regional)
Fonte: MacBeath & McGlynn, 2002, in Alaíz et al., 2003, p. 33)
Explicação da imagem:
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM EDUCAÇÃO

Factores contributivos da qualidade da escola (Sammons et al., 1995)


• Liderança
• Organização do processo de ensino /aprendizagem
• Clima (sala de aula & escola)
• Expectativas
• Comunicação com os alunos
• Suporte do professor
• Colaboração entre escola e meio familiar
The results in this summary of reviews and meta-analyses indicate that resource-input
factors on average have a negligible effect, school factors have a small effect, while
instructional have an average to large effect.
Fonte: Scheerens, Glas & Thomas (2003)
indicadores de input:
ESCOLA: Recursos financeiros e materiais da Escola
Instalações e condições arquitectónicas (instalações sanitárias, aquecimento)

Equipamento sala de aula (mobiliário, computadores, etc)

Material de desgaste (lápis, papel, fichas, etc)

Disponibilidade e acessibilidade aos manuais

Serviços básicos (alimentação, transportes, etc)


PÚBLICO | Quarta, 27 de Abril de 2005
Segredos do sucesso
Explicações para o primeiro lugar mundial da Finlândia
"Os finlandeses gostam de ler", diz. Desde o ensino pré-escolar (os miúdos são obrigados
a fazer apenas um ano de pré-primária, aos seis anos e aos sete entram para a 1ª classe)
que as escolas e as bibliotecas trabalham em conjunto para cultivar o gosto e a frequência
dos espaços de leitura. "A maior parte dos municípios tem boas bibliotecas que funcionam
muito bem", assegura Katrina Pirnes

INDICADORES DE INPUT:
ESCOLA: PROFESSORES:
Características sóciodemográficas dos Professores
• Idade, género, e grupo étnico
• Tempo de serviço
• Formação inicial / contínua
Competências e conhecimentos profissionais
• Conhecimento sobre estratégias e métodos pedagógicos
• Conhecimento sobre alunos
• Crenças e atitudes sobre ensino
Condições de trabalho
• Salários (comparativamente a outros profissionais)
• Horas de trabalho
• Rácio professor/aluno
• Política de incentivos
• Evolução da carreira
• Autonomia
Estatuto
• Mobilidade
• Importância social
• Estatuto percecionado

O Professor Caracol
“…existe estabilidade do corpo docente quando 75% dos professores se encontram a
leccionar na mesma Escola há 5 ou mais anos. ' Mais de 50% dos alunos beneficiam deste
factor na maior parte dos países da União Europeia. As excepções para não variar são a
Grécia e Portugal onde a percentagem nos diversos graus de ensino é de 24% em relação
à estabilidade do corpo docente.
PÚBLICO | 27 de Abril de 2005
Segredos do sucesso
Explicações para o primeiro lugar mundial da Finlândia
Ensino gratuito, corpo docente estável e alunos motivados são segredos do sucesso

INDICADORES DE PROCESSO:
CLIMA ESCOLAR:
Envolvimento comunitário
• Grau de envolvimento das famílias (processo de ensino-aprendizagem, atividades
extracurriculares)
• Grau e natureza do envolvimento com as autoridades locais
Liderança
• Tempo despendido em tarefas administrativas e pedagógicas;
• Relacionamento com corpo docente e discente;
• Política de gestão do absentismo e disciplina;
• Gestão dos espaços e tempos;
• Gestão de informação (professores, currículos, avaliação, etc.)
• Política de apoio à inovação
Clima de trabalho
• Relacionamentos profissionais
• Comunicação

Médias no Secundário
“Um bom relacionamento "e intenso" com os pais é outra das linhas que o colégio
privilegia, assim como a estabilidade do corpo docente. "Não formamos gente para a
universidade, mas para a sociedade", salienta L. A. M., frisando que "incentivamos os
alunos a não serem médios, mas a brilharem numa das áreas, sem cultivar o perfil do
"marrão" que põe os estudos acima de tudo. Queremos que os alunos saíam daqui bons e
úteis cidadãos".. “
Diário de Notícias - 28 de Agosto, 2002

Estudos sobre envolvimento parental:


• Correlação positiva com os resultados escolares dos seus filhos;
• As crianças oriundas de ‘classes sociais’ baixas são as que mais poderão beneficiar
da participação dos pais;
• O envolvimento parental depende da sua posição social, assistindo-se a um maior
alheamento por parte das famílias com menos recursos culturais e materiais.

INDICADORES DE PROCESSO:
ENSINO-APRENDIZAGEM
Ensino
- Monitorização
- Feedback e reforço
- Estratégias de autorregulação
- Ensino adaptado / inclusivo
Aprendizagem
- Métodos de estudo
- Estilos de aprendizagem
o Motivação
o Autoconceito
o Atribuição causal
- Aprendizagem cooperada
- Autorregulação

Fonte: Roy, A., Guay. F., & Valois. P. (2013) Teaching to address diverse learning needs:
development and validation of a Differentiated Instruction Scale.
International Journal of Inclusive Education, 17(11), 1186-1204.
https://doi.org/10.1080/13603116.2012.743604

Quem faz a avaliação das escolas?


• O Instituto de Avaliação Educativa (IAVE);

• A Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC);


Domínio 1 – Resultados
Como conhece a escola/agrupamento os seus resultados, quais são e o que
faz para os garantir?
Domínio 2 - Prestação do serviço educativo
Para obter os resultados, que serviço educativo presta a escola/agrupamento
e como o presta?
Domínio 3 - Organização e gestão escolar
Como se organiza e é gerida a escola/agrupamento para prestar o serviço
educativo?
Domínio 4 – Liderança
Que lideranças tem a escola/agrupamento, que visão e que estratégia estão
subjacentes à sua organização e gestão?
Domínio 5 - Capacidade de autoregulação e melhoria da escola/agrupamento
Como garante a escola/agrupamento o controlo e a melhoria deste
processo?

• Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES);


• Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC).

EM PORTUGAL:
NA EU:
FINALIDADE DA AUTOAVALIAÇÃO DAS ESCOLAS NOS OUTROS
PAISES:
• Inglaterra: Visa detectar quais as escolas primárias e secundárias que estão
a falhar nos seus objectivos, de forma a serem tomadas medidas para
recuperá-las. As que não melhoram podem ver as portas fechadas.
• Espanha: Todas as escolas devem ser alvo de uma apreciação externa
periódica e que anualmente devem proceder a uma avaliação interna.
• Finlândia: Assume-se que a avaliação serve para ajudar a desenvolver o
sistema educativo, pelo que não estão previstas sanções.
RANKING DAS ESCOLAS:
A FAVOR:

+ Transparência
+ Troca de experiências
+ Informações úteis
+ Concorrência
+ Ajuda na tomada de decisão

CONTRA:
+Visão simplificada
+Não é legítimo comparar
+Informação redutora, parcelar e distorcida.
+Efeitos negativos

CONCLUSÕES DESTE TEMA:

Necessidade de acompanhar as escolas nos seus processos de autonomia


através de uma auto e hetero-avaliação;
• Avaliação contínua, rigorosa, multidimensional, no intuito de fornecer
dados claros às organizações escolares;
• Avaliação que visa qualidade, eficácia, desenvolvimento e aprendizagem
organizacional.

Comissão Europeia/EACEA/Eurydice (2015). Garantia da Qualidade na


Educação: Políticas e Abordagens à Avaliação das Escolas na Europa.
Relatório Eurydice. Luxemburgo:
Serviço de Publicações da União Europeia.
Scheerens, J., Glas, C., & Thomas, S. M. (2003). Educational evaluation,
assessment, and monitoring - a systemic approach. Lisse: Swets & Zeitlinger
B.V..

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