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AULA 1
Prof. Claudia Rambir Vega
O que é meditação?
É o processo de “controlar” as ondas mentais, permitindo o mergulho num estado
de consciência atemporal, além da mente, além do eu.
A mente não pode ser silenciada. Por isso, na definição da meditação, colocamos o
verbo “controlar” entre aspas. O verdadeiro silenciar acontece sem controle, sem
esforço.
Praticamos as técnicas para criar a possibilidade de que apareça esse silêncio, que
surge quando a mente entende sua insuficiência em compreender o que está além
dela e então, naturalmente, se cala.
Benefícios de meditar
Ao falar de visão clara portanto, também falamos de audição clara, olfato claro,
paladar claro, tato claro… e também conhecimento claro, que inclui o
conhecimento das emoções que sentimos e de todo o conteúdo que está na
mente.
AULA 2: ESTRESSE
Prof. Claudia Rambir Vega
Uma vez que você está ciente do seu padrão, você pode interagir com ele, evitar a
reação automática, modificando os seus padrões e fazendo eles funcionar ao seu
favor.
Tem outros fatores estressores que estão fora do meu controle direto, mas onde
ainda posso influir nos resultados. Eles pertencem à Área de Influência, maior do
que a Área de Controle.
E por último, temos os estressores que estão fora do meu controle, nos quais não
tenho nenhuma influência nem possibilidade de mudar. No entanto, ocupam meus
pensamentos e geram ansiedade. São os assuntos que se encontram no Círculo de
Preocupação. Este círculo pode crescer indefinidamente, oprimindo com seu peso
as outras duas áreas.
As pessoas proativas focam mais tempo e energia nos assuntos que estão no seu
círculo de controle. Tomam iniciativa, planejam com antecedência e acompanham
os acontecimentos. Com isso, eles tem mais controle das soluções, mais sensação
de segurança e portanto menos estresse.
As pessoas reativas focam nos assuntos fora do seu controle. Elas se preocupam,
reclamam, argumentam, gastando a sua energia pessoal naquilo que nada podem
fazer. Assim, perdem energia para tomar iniciativas na sua área de controle e tem
dificuldade para organizar seu tempo para as tarefas principais que poderiam aliviar
seu estresse.
Quando o corpo está tenso, com dores, desalinhado e sem energia fica mais difícil
meditar, então é sempre aconselhável praticar previamente alguns exercícios para
desbloquear e equilibrar as energias físicas e permitir que o corpo encontre sua
postura alinhada.
Mudras são posturas feitas com as mãos, que estimulam terminais nervosos que
impactam em aspectos específicos do sistema nervoso e facilitam por exemplo, a
sabedoria, a paciência, a comunicação, a vitalidade etc.
Abordagem Prática
Esta respiração equilibra o cérebro e alivia o estresse. Demora apenas três minutos,
mas pode ter um efeito profundo muito duradouro.
Postura: Sente-se em postura fácil com uma coluna reta. Levante os braços com
os cotovelos flexionados até que as mãos se encontrem no nível do coração em
frente ao peito. Os antebraços formam uma linha reta paralela ao solo.
Mudra: Separe os dedos das duas mãos. Toque as pontas dos dedos das duas
mãos. Crie pressão suficiente para unir os primeiros segmentos de cada dedo. Os
polegares ficam esticados para trás e apontam para o tronco. As palmas ficam
separadas.
Respiração: Inspire lenta e profundamente pelo nariz. Expire através dos lábios
arredondados em oito batidas iguais e enfáticas. Em cada expiração, puxe o ponto
do umbigo com força.
Tempo: Continue por 3 minutos. Você pode construir a prática lentamente até 11
minutos, mas note que os tempos mais longos são apenas para os praticantes
dedicados e sérios.
Relaxamento
Mantenha a consciencia de que todo seu peso é suportado pela força de gravidade
da Terra. Não há esforço.
A medida que a tensão muscular desaparece, o número de pensamentos diminui, e
a atenção é capturada por essas sensações de facilidade que percorrem o corpo.
RELAXAMENTO E MEDITAÇÃO
AULA 3: EMOÇÕES
Prof. Claudia Rambir Vega
Quando falamos sobre as causas do estresse, vimos que ele surge quando o
indivíduo percebe uma situação como uma ameaça. Não precisa necessariamente
ser; ter a ilusão de perigo já é suficiente para desencadear o processo.
Assim, o primeiro elo na cadeia de geração de estresse é a percepção.
Com base nela a mente começa a gerar pensamentos que alimentam a ilusão até
que ela se torna quase real.
Embora até muito recentemente as emoções fossem ignoradas pela ciência, hoje
para a neurociência são uma das questões mais interessantes! Isso porque a
neurociência entende que as emoções têm funções biológicas.
A segunda razão biológica tem a ver com o corpo: mobilizar as funções internas
que preparem o corpo para essa reação específica.
O MEDO
O medo é uma emoção chave para a sobrevivência, pois nos faz planejar, preparar,
nos defender e proteger os nossos, ajudando-nos a evitar os perigos.
Mas também pode ser limitante: quando excessivo ou contínuo o medo dá origem
a outras emoções, que poderíamos chamar de secundárias, como angústia,
tensão, insegurança, desconfiança.
A RAIVA
Mas a raiva é útil em nossos dias? Sim! ela nos faz ter interesse e disposição para
competir,
superar desafios ou nos defender daqueles perigos dos quais não podemos fugir.
Sem a raiva não reagiríamos a injustiças nem defenderíamos direitos, entes
queridos ou bens materiais. A raiva é útil e essencial para a sobrevivência.
A raiva pode inclusive causar outros efeitos secundários, como tensão, mal humor,
agressividade e frustração. E quando esse comportamento agressivo vira crônico
chega a tornar-se autoritarismo, intolerância, hipercrítica, excesso de exigência ou
simplesmente violência. Esses efeitos tendem a isolar o indivíduo; pessoas raivosas
são desagradáveis e os outros as evitarão.
A tristeza compõe, com o medo e a raiva, o trio de emoções negativas, não porque
sejam prejudiciais mas porque causam sensações desagradáveis que queremos
evitar e tendem a tornar-se crônicas, sustentando o estado de estresse crônico.
Quando você não pode fugir do perigo ou lutar contra ele, a tristeza aparece. Ela
pode manifestar-se em forma de melancolia, nostalgia, saudade, sensibilidade, dor.
Por facilitar a reflexão e a introspecção a tristeza é uma emoção muito fértil e tem
inspirado grandes trabalhos artísticos.
De novo, reforçando o valor da tristeza ao invés de olha para ela como uma
descompensação química do sistema nervoso, que exige a ação de medicamentos
cronicamente. Isso não significa que os medicamentos não sejam úteis no
tratamento dos sintomas, mas não necessariamente permitem a cura. É por isso
que a depressão está se tornando uma doença crônica da nossa época.
A ALEGRIA
Resposta comportamental:
⁃ cantar
⁃ rir
⁃ pular, dançar
⁃ estabelecer contato físico, abraçar, compartilhar
Outra estratégia pode ser buscar a alegría de forma artificial, criando fantasías de
futuro que podem resultar en expectativas irrealizáveis. Ou consumir substâncias
que causem euforia e deem sensação de preenchimento imediato, como açúcar,
álcool, drogas.
REGULAÇÃO EMOCIONAL
No entanto, sentir uma emoção não significa obedecer ao seu ditado, reagir
automáticamente ou se envolver em pensamentos que criam mais e mais emoções
até virar comoção.
• Orientar a atenção
Frente a um evento capaz de originar uma emoção forte, identificar e orientar a
forma pessoal de lidar com os acontecimentos. Por exemplo, olhar ou não olhar
para um acidente de carro.
A técnica que proponho aqui para treinar esse tipo de regulação chama-se atenção
à respiração.
Abordagem prática
Nesta técnica yôgica simples de respiração, a postura do corpo cria um sólido freio
para o devaneio mental. Depois de 2 ou 3 minutos os pensamentos ainda estarão lá
mas não lhe afetarão, pois o cérebro funcional estará equilibrado.
Sente-se em uma postura confortável, com sua coluna ereta e o pescoço alongado
pela parte de trás da cabeça. Cruze os braços sobre o peito e coloque as mãos sob
as axilas; as palmas das mãos ficam abertas, apoiadas contra o corpo.
Diário de viagem
Esta semana, observe e registre os momentos de estresse ou tensão emocional.
Não precisa mudar nada no momento, apenas de identificar o processo da forma
mais atenta possível:
⁃ qual foi a causa, o estressor?
⁃ você ficou consciente dos sentimentos desagradáveis na hora que
estavam acontecendo?
⁃ poderia descrever as sensações corporais que teve?
⁃ qué emoções ou estados mentais surgiram nesse momento? e mais
tarde?
⁃ que pensamentos ou sentimentos surgem agora com
essa lembrança?
Assim, vamos vivendo a nossa vida num constante fazer e fazer sem atenção.
Olhamos sem ver, ouvimos sem escutar e engolimos sem saborear… correndo de
um lugar para outro ao longo da vida no piloto automático, o modo condicionado
da inconsciência, pensando que sabemos o que está acontecendo, quem somos e
para onde estamos indo.
E esse se torna o nosso “modo padrão” habitual.
Introspecção
observação interior, auto-investigação dos pensamentos, sentimentos, motivações
e desejos.
Auto-percepção
que deriva da anterior: através da observação do nosso próprio comportamento
aprendemos sobre nós mesmos e vamos qualificando a percepção para ver além
dos véus do passado e do futuro.
- Zona de conforto: você até sente que tem algo errado, mas não sabe o que,
já que está tudo sob controle. Não existem muitas novidades e, quando existem,
são coisas pequenas que não trazem grandes mudanças.
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Abordagem Prática
O vazio da existência
Meditação guiada de Deepak Chopra
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
“Aonde quer que você vá, é você que está lá: Um guia prático para cultivar a
atenção plena na vida diária”
Jon Kabat-Zinn, Editora Sextante
“Quebrando o hábito de ser você mesmo: Como reconstruir sua mente e criar
um novo eu”
Joe Dispenza, Editora Citadel
“Meditação total: Práticas para conquistar uma vida mais plena e consciente”
Deepak Chopra, Ed. Alaúde
“The Breathing Book - Good health and vitality through essential breath work”
Donna Farhi, Ed. St. Martin’s Essentials