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RAPHAEL SANT’ANNA

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ADVOGADOS | santannaeabdalla.advogados@gmail.com
EXMO. SR. DR. JUIZ TRABALHISTA DA 12ºVARA DE TRABALHO DO RIO
DE JANEIRO

Autos n. 0100694-20.2022.5.01.0012

DANIEL COSTA AZEVEDO já qualificado nos autos do processo em


epígrafe, vem, em atenção à id. a2d0768, apresentar

QUESITOS PERICIAIS DO RECLAMANTE

1. Queira o Sr. Perito(a) dizer se nas folhas


de ponto constantes em id. 676e85c, 26bfe16, 992e1ea, a605e23,
juntadas aos autos pelo Réu, o Reclamado reconhece que a
moléstia desenvolvida pelo autor é oriunda de acidente de
trabalho e acometeu o autor por no mínimo 2 anos e 2 meses?

2. esclarecer se na “ficha de registros”,


notadamente em fls. 4 do documento, id. 9fa274c, juntada pelo
Réu, a empresa reconheceu o direito à estabilidade acidentária
em virtude de acidente de trabalho?

3. Se nas folhas 9 da “ficha de registro”


juntada pelo Réu, id. 9fa274c, a Reclamada confessa ter havido
afastamento por 824 dias em virtude de acidente de trabalho?

4. Pode-se dizer que, através dos docs. acima


mencionados, o Réu confirma que houve nexo causal entre a
moléstia e a atividade que desempenhava?

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Celular/WhatsApp (Raphael) (21) 96473-2992
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5. Queira o Sr. Perito(a) dizer se o INSS,


através do doc. constante em ids. f5171f7 e 73ff782 também
reconheceu o nexo causal entre a atividade desempenhada pelo
autor e a moléstia desenvolvida?

6. Tendo em vista ser incontroverso que o


Autor trabalhava como frentista de posto de gasolina atendendo
cerca de 200 a 300 veículos diariamente, o que consiste em
1.200 a 1.800 veículos por semana, 4.800 a 7.200 veículos mês,
e que toda a jornada de 8h de trabalho era desenvolvida em pé,
sem qualquer pausa durante os serviços e sem concessão de
atividades necessárias à preservação da saúde ergonômica do
trabalhador, como alongamento muscular, pausas para propiciar
a recuperação psicofisiológica, alternância de atividades etc.
(conforme exigido pela NR17); com base nessas condições
fáticas, queira o sr. Perito responder:

a) se ao trabalhar exposto às condições acima


mencionadas, o Reclamante estaria exposto a posturas
extremas ou nocivas do tronco, do pescoço, da cabeça, dos
membros superiores e/ou dos membros inferiores?

b) Qual ou quais membros estariam expostos à postura


extrema ou nociva?

c)tais fatores ambientais poderiam acelerar ou até mesmo


desencadear o aparecimento de varizes?

d)manter-se longos períodos sentado ou em pé consistem em


uma das causas capazes de propiciar o aparecimento de
varizes?

d) se mantidas as posturas inadequadas, o estado varicoso


poderá evoluir para trombose?

e) caso fossem concedidos períodos para realização de


alongamento muscular, concessão de pausas para se
assentar durante um atendimento e outro, e a alternância
de atividades que contribuíssem para alternância de
postura ergonômica, o estado varicoso e a evolução da
trombose poderiam ter sido evitados ou, ao menos
minimizados?

7. Ainda com base nos fatos incontroversos


trazidos no “item 6”, tais fatos seriam capazes por si sós de
desencadear a moléstia descrita nos autos, assim como foi
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reconhecido pelo órgão do INSS em ids. f5171f7 e 73ff782 e


pelo próprio réu nos docs. que anexou aos autos?

8. Caso negativo o quesito constante em item


7, o trabalho poderia ter contribuído ou, até mesmo, agravado
o quadro de saúde do Reclamante? Qual grau de contribuição?

7. Com base na NR17, que impõe medidas que


devem ser adotadas em empresas que adotam atividades que
exigem o trabalho em pé durante toda a jornada laboral, como
se vê abaixo, queira o Sr. Perito responder ao “quesito 7.1”

17.4.3.1 As medidas de prevenção devem


incluir duas ou mais das seguintes
alternativas:
a) pausas para propiciar a recuperação
psicofisiológica dos trabalhadores,
que devem ser computadas como tempo de
trabalho efetivo;
b) alternância de atividades com
outras tarefas que permitam variar as
posturas, os grupos musculares
utilizados ou o ritmo de trabalho;
c) alteração da forma de execução ou
organização da tarefa; e
d) outras medidas técnicas aplicáveis,
recomendadas na avaliação ergonômica
preliminar ou na AET.

17.4.3.1.1 Quando não for possível


adotar as alternativas previstas nas
alíneas “c” e “d” do subitem 17.4.3.1,
devem obrigatoriamente ser adotadas
pausas e alternância de atividades
previstas, respectivamente, nas
alíneas “a” e “b” do subitem 17.4.3.1.

7.1 Caso fossem implementadas pelo menos duas


dessas medidas de prevenção exigidas no item 17.4.3.1 da NR
17, a moléstia causada ao trabalhador poderia ter sido evitada
ou, ao menos, minimizada?

8. Os EPI’s fornecidos pelo reclamado (boné,


jaqueta, bota), conforme “ficha de entrega de EPI” em id
4ef4734, seriam capazes de minimizar os riscos ergonômicos aos
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quais estava exposto o reclamante? Caso fossem fornecidos


EPI’s adequados ao trabalhador, a moléstia poderia ter sido
evitada ou seus efeitos minimizados?

9. Finalmente, queira o(a) Sr(a). Perito(a)


informar a idade do Reclamante por ocasião do acidente e se o
Reclamante está 100% incapaz de exercer as funções que
habitualmente exercia (a de frentista de posto de gasolina)?

10. Descreva as limitações atuais, bem como o


grau da redução da capacidade laboral para exercer a função
que o reclamante habitualmente exercia.

10. O reclamante está incapaz de exercer toda e


qualquer atividade laboral? Qual o grau de incapacidade para
toda e qualquer função?

11. Sobre o ponto de vista estético, qual o


grau de prejuízo estético que a moléstia acarretou? A doença
seria capaz de causar esses danos?

12. Queira o sr. Perito esclarecer outros


pontos que entenda adequado ao caso.

Pede deferimento.
Rio de Janeiro 20 de setembro de 2022.
RAPHAEL CABRAL DE SANT´ANNA
OAB/RJ 218.930
RAPHAEL SANT’ANNA
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