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CASE HISTORICAL
MUNICÍPIO Tremembé - SP
ENDEREÇO Loteamento Flor do Campo
PROPRIETÁRIO SABESP Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
PROFUNDIDADE 261,47m
EMPRESA EXECUTORA UNIPER HIDROGEOLOGIA E PERFURAÇÕES LTDA.
NÚMERO LOCAL P-03
NÍVEL ESTÁTICO surgente
COTA TOPOGRÁFICA 550 m
LITOLOGIA Folhelhos e Argilitos até 220 m; Arenitos Argilosos até 236 m; Embasamento
PERÍODO 02/02/2001 a 16/02/2001
Caimentos de folhelhos/argilitos compostos por argilas expansivas
OCORRÊNCIA
impossibilitavam a execução da etapa de revestimento após os 160 m
Aplicação de produto químico inibidor de argilas expansivas no fluido de
SOLUÇÃO perfuração a base de CMC AV estabilizou o furo, permitindo sua limpeza e
revestimento
PRELIMINARES
O exemplo acima insere-se no rol dos problemas resultantes da sondagem de argilas expansivas. A
questão é tão problemática que podemos apontar com absoluta segurança que as argilas expansivas são
responsáveis pelas principais dificuldades enfrentadas em perfurações rotativas. Neste artigo analisaremos
os porquês, quem são e como funcionam os antídotos, ou seja, os inibidores químicos da ação indesejável
destas argilas tidas como hidratáveis por sua capacidade em absorver água.
PROBLEMAS NA PERFURAÇÃO
Durante a sondagem as camadas argilosas inicialmente secas recebem água do fluido de perfuração pelas
paredes do furo e começam a inchar. Como as esmectitas correspondem a 25-30% dos argilo-minerais,
esta expansão é desigual. No caso dos folhelhos, o próprio acamamento laminar incha em algumas
superfícies e em outras não. Como as primeiras empurram as segundas ali na região de envoltório do furo
ocorrem os desmoronamentos. Quando as montmorilonitas são maioria em alguns trechos do perfil,
aumentam os enceramentos de broca e o diâmetro da perfuração pode estreitar. Neste processo, o peso
das rochas sobrejacentes atua na deformação plástica da camada argilosa, reduzindo gradualmente o
diâmetro até a base desta. A prisão da coluna de perfuração ocorre exatamente neste ponto.
Os recortes argilosos também são triturados e dispersos até atingirem tamanho coloidal incorporando-se
ao fluido. A contaminação gerada descaracteriza os padrões do fluido, deixando-o excessivamente pesado
e viscoso. O teor de sólidos elevado contribui para um reboco espesso e permeável, que vai gerar taxas de
filtrado altíssimas. O efeito resultante são danos reversíveis e irreversíveis ao aqüífero, podendo reduzir a
produtividade.
A SOLUÇÃO É SIMPLES
Estes problemas podem ser corrigidos com relativa facilidade através da aplicação de Inibidores de
Argilas Expansivas no fluido de perfuração. Os fluidos a base de polímeros designados de baixo teor de
sólidos podem receber adições de produtos químicos inibidores junto aos viscosificantes já utilizados
regularmente. Esta possibilidade já não existe nas lamas bentoníticas que é composta pela própria
montmorilonita industrializada. Os polímeros viscosificantes mais utilizados são os CMCs e PHPAs.
Estes podem ser aditivados com inibidores que evitarão a hidratação das argilas, seus conseqüentes
enceramentos de broca e incorporações ao fluido.
Obs.: o uso de produtos inibidores não acarreta custos adicionais ao fluido (seu valor agregado é
compensado por uma redução na dosagem de viscosificantes)