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Profa.

Luciana Viana Amorim


Pesquisadora Visitante
PRH-25/UFCG
Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 2
 Definições de argilas e de argilominerais
 Estrutura e classificação
 Argilas para fluidos de perfuração
– Argilas bentoníticas
• Definição
• Composição química e mineralógica
• Cátions trocáveis
• Capacidade de troca de cátions (CTC)
• Hidratação
• Capacidade de inchamento (Inchamento de Foster)
• Associações entre partículas
• Transformação de bentonitas policatiônicas em sódicas
• Propriedades do sistema bentonita-água
• Efeitos da adição de NaCl e de NaOH
 Ocorrências brasileiras
 Uso de fluidos hidroargilosos na indústria do petróleo

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• Inchamento de Foster
• MBT (Methylene blue test ou ensaio de azul de metileno)
• Influência do cátion trocável nas bentonitas
• Qualificação de bentonitas segundo normas da PETROBRAS

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 Souza Santos, P., Ciência e Tecnologia de Argilas, Vols. 1 e 2, 2o
Edição, Editora Edgar Blucher, 1998.

 Darley, H.C.H. & Gray, G.R., Composition and Properties of


Drilling and Completion Fluids, Fifth Edition, Gulf Publishing
Company, Houston, Texas, 1988.

 Lummus, J.L. & Azar, J.J., Drilling Fluids Optimization – A


Practical Field Approach, PennWell Publishing Company, Tulsa,
Oklahoma, 1986.
 Amorim, L.V., Melhoria, Proteção e Recuperação da Reologia de
Fluidos Hidroargilosos para Uso na Perfuração de Poços de
Petróleo, Tese de Doutorado, Doutorado em Engenharia de
Processos, UFCG, Campina Grande, dezembro de 2003.
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Teoria – 06 horas
28 e 29 de julho de 2008

Laboratório – 06 horas
29 e 30 de julho de 2008

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Em cada coisa que a mão livre do negro tocar,
novas coisas vão nascer e se a mão livre do
negro tocar na argila, o que vai nascer
Vai nascer pote pra gente beber!
Nasce panela pra gente comer!
Nasce vasilha, nasce parede e nasce estatuinha
bonita de se ver!
(Trecho de "Arena Canta Zumbi", de Gianfrancesco Guarnieri,
Augusto Boal e Vinícius de Morais, 1965).
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Tão indefinível como a verdade, permitindo vários conceitos
subjetivos e interpretativos (Robert Mackenzie).
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Para o ceramista!
• Material natural que
quando misturado com
água em quantidade
adequada se converte
numa pasta plástica.

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Termo granulométrico
abrangendo todo o
sedimento em que
dominam partículas com
d.e.e. ≤ 2 m.

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Rocha, isto é, um agregado
quase sempre friável de
partículas minerais muito
finas não identificáveis à
vista desarmada ou com a
lupa na mão.

Ferdinand André Fouqué


geólogo e petrologista francês

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Mineral ou mistura de minerais
em que dominam os chamados
minerais argilosos que são
silicatos hidratados em que
Quartzo.
podem participar cátions tais
como Al, Fe, Mg, K e outros, que
apresentam estrutura
essencialmente filitosa e
granulometria muito fina.

Wulfenite: mineral de molibdato de


chumbo Pb(MoO4).

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Argila ou barro é um
material natural, no qual,
quando umedecido, a bota
se enterra, agarra ou
escorrega.

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Para Georgius Agricola, em 1546...
...argila é um corpo mineral que pode ser
trabalhado pela mãos quando umedecido e
com o qual pode formar-se lama quando
saturado com água.

*Georgius Agricola (1494 - 1555) é considerado o pai da geologia.

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Segundo o Geól. João Meira (2001)*
O conceito de argila, que reúne aceitação mais geral,
considera a argila como sendo um produto natural,
terroso, constituído por componentes de grão muito
fino, entre os quais se destacam, por serem
fundamentais, os minerais argilosos. Este produto
natural desenvolve, quase sempre, plasticidade em
meio úmido e endurece depois de seco e, mais
ainda, depois de cozido.

*Argilas: o que são, suas propriedades e classificações, Comunicações Técnicas, janeiro, 2001.
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Depois de tantas definições, vamos
adotar a descrita abaixo
 ARGILA é uma rocha finamente dividida, constituída
essencialmente por um grupo de minerais que
recebe o nome de argilominerais, podendo conter
também minerais acessórios (quartzo, feldspato,
calcita, matéria orgânica, etc.).

 Caracteriza-se por possuir elevado teor de partículas


de diâmetro equivalente abaixo de 2 m.

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E o que são ARGILOMIMERAIS?
 São os minerais constituintes característicos das argilas,
geralmente cristalinos.

 Todas as estruturas cristalinas dos argilominerais são construídas


por grupos de átomos de oxigênio e de íons hidroxila ao redor de
pequenos cátions.

Fonte: Souza Santos, 1989. Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 19


E o que são ARGILOMIMERAIS?
 Os elementos (oxigênios e íons hidroxilas) se unem para formar
grupos, que podem ser tetraédricos ou octaédricos.

Grupo tetraédrico Grupo octaédrico


SiO4 Al2(OH)6
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E o que são ARGILOMIMERAIS?
 Os grupos se unem e formam as folhas.

Folha tetraédrica Folha octaédrica

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E o que são ARGILOMIMERAIS?
 O empilhamento das folhas forma uma camada.

CAMADA

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Resumindo ...

Grupos Folhas Camadas


Então, ARGILOMIMERAIS são...
 ... essencialmente silicatos de alumínio hidratados, contendo
outros elementos como ferro, magnésio, cálcio, sódio, potássio
e lítio. Esses elementos estão presentes geralmente na forma
de óxidos.

 São vários os argilominerais, e, geralmente, são eles que dão


nomes às argilas.

Fonte: Souza Santos, 1989. Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 24


Exemplos
 Argilomineral caulinítico – Argila caulinítica ou caulinita

 Argilomineral esmectítico – Argila esmectítica ou esmectita

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 Grupos tetraédricos e octaédricos de átomos ou íons de oxigênio e
de íons hidroxila, ao redor de pequenos cátions, principalmente, Si4+
e Al3+ , ocasionalmente, Fe3+ e Fe2+ nos grupos tetraédricos e Al3+,
Mg2+, Fe2+, Fe3+ e Ti4+ nos grupos octaédricos, geralmente com um
certo grau de substituição isomórfica.

Tetraedros Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG


Octaedros 26
 São classificados em grupos, com base nas semelhanças
em composição química e na estrutura cristalina.

 Estrutura 1:1
– Grupo da caulinita

 Estrutura 2:1
– Grupo da esmectita – argilomineral montmorilonita

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1:1 , 2:1 ???
 1:1 e 2:1 – número de camadas de tetraedros SiO4-4
e de octaedros de hidróxidos, respectivamente.

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Estrutura cristalina da caulinita

Si Folha tetraédrica

7,2 Å Al Folha octaédrica

Si Folha tetraédrica

Al Folha octaédrica

Camada 1:1 - Difórmico

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Estrutura cristalina da
montmorilonita
SiAl

14 a 15 Å Al Mg  Fe

SiAl

H2O H2O H2O e CT

SiAl

Al Mg  Fe

SiAl
Camada 2:1 - Trifórmico

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Estrutura cristalina da
montmorilonita

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Estrutura cristalina da
montmorilonita

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Estrutura cristalina da
montmorilonita
Cátions
trocáveis
Oxigênio

Silício

Alumínio

Hidroxila

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 Definições de argilas e de argilominerais
 Estrutura e classificação
 Argilas para fluidos de perfuração
– Argilas bentoníticas
• Definição
• Composição química e mineralógica
• Cátions trocáveis
• Capacidade de troca de cátions (CTC)
• Hidratação
• Capacidade de inchamento (Inchamento de Foster)
• Associações entre partículas
• Transformação de bentonitas policatiônicas em sódicas
• Propriedades do sistema bentonita-água
• Efeitos da adição de NaCl e de NaOH
 Ocorrências brasileiras
 Uso de fluidos hidroargilosos na indústria do petróleo

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 Bentonita é o nome genérico da argila composta predominantemente
pelo argilomineral montmorilonita (55-70%), do grupo das esmectitas,
independente da sua origem ou ocorrência, e cujas propriedades físicas
são estabelecidas por este argilomineral.

Argila Bofe bruta. Argila Verde-lodo bruta.


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Grupo da
Bentonita Montmorilonita
esmectita

Beidelita
Nontronita
Argilominerais Volconscoíta
do grupo da Montomorilonita
esmectita Saponita
Sauconita
Hectorita

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 Dados de uma Sílica (SiO2) 60,2 %
argila bentonítica Alumina (Al2O3) 18,5 %
industrializada da Ferro (Fe2O3) 7,2 %
Paraíba.
Magnésio (MgO) 2,0 %
Cálcio (CaO) 2,4 %
Sódio (Na2O) 2,5 %
Água combinada 6,0 %
Outros componentes 1,2 %
Fonte: Catálogo da BUN.

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Difratograma de raios-X da argila Brasgel.
Micrografia da argila Verde-Lodo.

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Fonte: Amorim, L.V., 2003.
 Derivados do “desbalanceamento de cargas” da estrutura
do argilomineral.

 Podem ser Ca2+, Mg2+, K+ e/ou Na+.

 Se o cátion predominante é o Ca2+  Bentonita cálcica

 Se o cátion predominante é o Na+  Bentonita sódica

 Quando co-existem Ca2+, Mg2+, K+ e/ou Na+  Bentonita policatiônica

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 Propriedade de grande importância dos argilominerais.
 Os íons permutáveis influenciam as propriedades físico-químicas
e tecnológicas das argilas.
 Causas: desequilíbrio de cargas resultante da substituição
isormórfica; ligações quebradas e substituição de hidrogênio por
hidroxilas.

CTCbentonita = 80 a 150 meq / 100 g de argila

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Teste de azul de metileno - MBT
 Azul de metileno – corante de fórmula C12H18N3ClS.2H2O

 Identifica a quantidade de sólidos ativos ou bentoníticos


no fluido de perfuração.

 Mede a capacidade de troca de cátions (CTC) e a área


específica das argilas e sólidos ativos.

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Teste de azul de metileno - MBT

 Resultado do ensaio de
azul de metileno de uma
amostra de bentonita.

 CTC = 48 meq/100 g de
argila

 AE = 373,7 m2/g

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 Bentonitas que incham – constituídas pelo argilomineral
montmorilonita propriamente dito ou da série
montmorilonita-beidelita, cujo cátion adsorvido
predominante é o sódio.

 Bentonitas que não incham – constituídas pelo


argilomineral montmorilonita propriamente dito ou de
um subgrupo esmectítico, cujo cátion adsorvido é o
cálcio, podendo ser também, isolado ou conjuntamente,
o magnésio, o hidroxônio, o potássio, o ferro e o
alumínio.
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De forma mais simples...

Bentonitas que Bentonitas


incham sódicas

Bentonitas que Bentonitas


não incham cálcicas ou
policatiônicas

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 Na presença de água, a
bentonita sódica incha até
25 vezes o seu volume
inicial.

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Inchamento de Foster

 Proveta de 100mL

 Adicionar 50mL do dispersante

 Adicionar 1g de argila bentonítica

 Medir após 24h o inchamento


Medida em
mL do
inchamento

Metodologia do inchamento de Foster.


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 face-a-face;
 face-a-aresta e
 aresta-a-aresta

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Floculação Floculação
Aresta-a-face Aresta-a-aresta
Face-a-face

Dispersão Defloculação

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Fonte: Lummus & Azar, 1986.
Dispersão Face-a-face

Face-a-aresta Face-a-aresta
Associação do tipo fita

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Fonte: Luckham & Rossi, 1999.
Exemplo

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O tipo de associação entre partículas, bem
como o tipo de cátion trocável tem
influência direta nas propriedades
reológicas do sistema bentonita-água.

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 A adição do cátion Na+ à bentonita policatiônica ou
cálcica deve conferir à argila a capacidade de inchar
em água, dando origem a um gel tixotrópico.

 A eficiência da troca iônica pode ser verificada


experimentalmente por meio do inchamento de
Foster e da viscosidade aparente medida em
viscosímetro Fann.

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Troca iônica
Bentonita
Bentonita
Na+ +
Na+ ,Ca2+ , Na2CO3
Mg2+
CaCO3 +
MgCO3

Cura

Bentonita Solução concentrada de Bentonita sódica


Na2CO3 (0,2 g/mL)
policatiônica ou
cálcica Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 55
Resultado da troca iônica

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 Definições de argilas e de argilominerais
 Estrutura e classificação
 Argilas para fluidos de perfuração
– Argilas bentoníticas
• Definição
• Composição química e mineralógica
• Cátions trocáveis
• Capacidade de troca de cátions (CTC)
• Hidratação
• Capacidade de inchamento (Inchamento de Foster)
• Associações entre partículas
• Transformação de bentonitas policatiônicas em sódicas
• Propriedades do sistema bentonita-água
• Efeitos da adição de NaCl e de NaOH
 Ocorrências brasileiras
 Uso de fluidos hidroargilosos na indústria do petróleo

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Propriedades reológicas e de filtração

 Viscosidade aparente
 Viscosidade plástica
 Limite de escoamento
 Tixotropia (forças géis)
 Volume de filtrado
 Espessura de reboco

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Viscosidades e limite de escoamento
 Viscosidade aparente (VA) – viscosidade de fluidos não-
newtonianos e que depende da taxa de cisalhamento aplicada.

 Viscosidade plástica (VP) – é a medida da resistência interna


do fluido ao escoamento, resultante da interação dos sólidos
presentes.

 Limite de escoamento (LE) - é o valor mínimo de tensão


cisalhante que dever ser aplicado ao fluido para que este inicie
o escoamento.

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Tixotropia
 Comportamento dependente do tempo.

 Foi originalmente definido por Freundlich, em 1935, como uma


transformação isotérmica reversível de um sol coloidal em um gel.

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Tixotropia
As partículas NÃO se tocam. As partículas se tocam.

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Tixotropia e força gel
 Após certo tempo de repouso, a
tensão mínima para iniciar o
escoamento “t” é maior que o
limite de escoamento real, 0.

 A diferença entre esses dois valores


é chamada de FORÇA GEL.

Fg   t   0
 Representa a força resistiva ao
escoamento devido ao tempo de
repouso.
Deslocamento das curvas de fluxo em função do
tempo (t1, t2, t3), para um fluido tixotrópico do  A formação e quebra da estrutura
tipo água – argila. do gel é um fenômeno dependente
do tempo.
Fonte: Machado, 2002. Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 63
Tixotropia
Detrito
Reboco

É muito
importante nos
fluidos de
perfuração !!!

Partícula de argila Parede do poço

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Como
determinar
estas
propriedades ?

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Parâmetros reológicos: viscosidades, limite
de escoamento e tixotropia

Funil Marsh e copo graduado.

Determina a eficiência do fluido em


Viscosímetro Fann 35A. conduzir os detritos à superfície.

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Leituras no Viscosímetro
Fann 35A

Viscosidade aparente
L600 – leitura a 600 rpm - 600 Viscosidade plástica
L300 – leitura a 300 rpm - 300 Limite de escoamento
L200 – leitura a 200 rpm - 200
L100 – leitura a 100 rpm - 100
L6 – leitura a 6 rpm - 6
L3 – leitura a 3 rpm - 3 Forças géis:
Gel inicial
Gel final

Curvas de fluxo

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Forças géis Definição
Lembrando... Parâmetro que indica o grau de
gelificação do fluido devido às
 TIXOTROPIA interações elétricas entre as
partículas dispersas no fluido.
 Em repouso o fluido gelifica e
mantém os detritos em
suspensão.
Mede-se
Gel inicial (Go) – agita a 600 rpm
 Ao iniciar o bombeamento, o por 15 s e aguarda 10 s. Faz a
gel se quebra e começa a fluir leitura a 3 rpm (valor máximo)
transportando os detritos à
Gel final (Gf ) = 10 min em repouso
superfície.
e, em seguida, efetua-se a
leitura a 3 rpm (valor máximo)
Tixotropia = Gf – Go

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 Medição do tempo de
escoamento de um volume
Leitura no Funil definido de fluido (946 mL)
Marsh através de um funil graduado.

 A viscosidade Marsh é
expressa em segundos.

 Exemplo:
Viscosidade Marsh da água
Viscosidade = segundos Marsh doce a 20°C = 26 s/quart

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Como usar o Funil Marsh
Derramar dentro do copo
até o risco superior.

Encher o funil até o risco superior


(1,5L).
Cronometrar o
tempo.
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Parâmetros de filtração: filtrado API e
espessura do reboco

Extensômetro

Filtros-prensa API (LPLT)

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Espessura do reboco

 Equipamento do
LABDES/UFCG para
medição da espessura
do reboco.

 A PETROBRAS utiliza
uma régua metálica
graduada.

Extensômetro.
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Determinação da espessura do reboco – ER*

 O reboco é lavado por


três 3 vezes a uma vazão
de aproximadamente 110
L/h com auxílio de um
recipiente de nível
constante com vazão
regulável.

 Após a determinação
de VF, o reboco é
coletado e em seguida
lavado.
 Lava-se a uma altura
de 7,0 cm do
controlador de vazão e
ângulo de ataque de
45o.
* Farias, K.V. (2005). Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 73
3 4

 O reboco é colocado entre lâminas de


vidro e submetido a uma pressão de
aproximadamente 277,6 N/m2 por 2 min
para uniformizar a sua superfície.

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6

 Para a medida da espessura


do reboco é utilizado um
“extensômetro”.

 São realizadas medidas em


diferentes pontos do reboco.

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Lubricidade
 Fluidos de perfuração com características lubrificantes podem proporcionar
aumento da vida útil da broca, aumento da taxa de perfuração e redução do
torque e arraste.

LABDES/UFCG
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Bentonita x lubricidade

Fluidos hidroargilosos

Fluidos base óleo

0,5

Coeficiente de lubricidade de fluidos hidroargilosos


preparados com Goma Gel e Lubrificantes*
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* Medeiros, R.C.A. (2008)
Como determinar ?
L600
VA  (cP ) VP  L600  L300(cP)
2

LE  L300  VP( N / m ) 2

VF = filtrado após 30 min a uma pressão de 100 psi  5 (mL)

PETROBRAS N-2604 e N-2605, 1998.


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Parâmetros de qualificação de
bentonitas segundo a PETROBRAS1
Requisitos
Características Tipo I* Tipo II**
VA - Viscosidade aparente (cP) ≥ 15,0 ≥ 15,0
VP - Viscosidade plástica (cP) ≥ 4,0 ≥ 6,0
VF - Filtrado API (mL) ≤ 18,0 ≤16,0
pH ≤ 10,0 ≤ 9,0
Grau de finura (resíduo em  200) ≤ 4,0 ≤ 4,0
Teor de umidade (%) ≤ 14,0 ≤ 14,0
* 4,86% de argila e ** 6,40% de argila

LE - Limite de escoamento (N/m2) ≤ 1,5 x VP


1N-2604 Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 79
e N-2605 (1998).
Propriedades de fluxo / interações
entre partículas

Maiores valores
de VA e LE

Face-a-aresta Aresta-a-aresta

Menores valores
de VA e LE
Face-a-face

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Cada bentonita, um comportamento!

22

20

18 (VF  18,0 mL)


16
(VA  15,0 cP)
14
Propriedades

12 VA (cP)
10
VP (cP)
VF (mL)
8

4 (VP  4,0 cP)


2

0
A B C D
Amostras de Argilas Industrializadas

Figura 3Propriedades de quatro reológico


– Comportamento amostras dedebentonitas
quatro amostras de
argilas comerciais.
industrializadas da Paraíba.

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Duas formas de ASSOCIAÇÃO …
Agregação
Floculação

Colapso da dupla camada


difusa e formação de
Formação de flocos ou agregados de placas
estrutura gel paralelas

Aumento da Redução da resistência gel, pois


resistência gel reduz o número de unidades
disponíveis para construir a
estrutura de gel.
(FACE-FACE)
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Mecanismos de floculação-defloculação e
de agregação-dispersão
TURVO LIMPO
FLOCULAÇÃO

DEFLOCULAÇÃO

Bentonita sódica em água Bentonita sódica em 0,1 N de NaCl


Disperso e Defloculado Disperso e Floculado
AGREGAÇÃO

TURVO DISPERSÃO LIMPO

Bentonita cálcica em água Bentonita cálcica em 0,01 N de CaCl2


Agregado e Defloculado Agregado e Floculado
Fluido disperso Fluido floculado

Reboco adequado Reboco inadequado


As partículas do reboco Partículas floculadas formam
sobrepõem-se umas às outras e, agregados e o fluido passa com
com isso, obtêm-se um reboco facilidade entre os agregados
adequado e baixo filtrado. resultando em uma maior filtração.

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FLUIDO 
Sólidos Finos
Reboco
Pontes de sólido
Invasão do filtrado
Grão de areia

Fluido da formação

Micrografia e perfil esquemático de um envoltório de um furo rotativo.

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Para resolver o problema de uma lama
floculada...

• Usa-se aditivos pra


dispersar os sólidos e
reduzir o filtrado.

• Caso a lama esteja com


o seu peso agravado e/ou
com alto teor de sólidos,
pode-se usar água para
dispersar os sólidos.

Aspecto de uma lama floculada.


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Efeitos da adição de NaCl na bentonita

FLOCULAÇÃO
Dificuldade de
movimento dos
Efeito muito Flocos
maior do que o
exercido pelas
partículas
individuais Água livre

Aproximação das Interações


partículas de face-a-face
argila – Flocos

Os flocos se
agregam

Fonte: Lummus & Azar , 1986. Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 89


Efeitos da adição de NaOH na bentonita
Hidratação e dispersão
mais rápida

Aumenta as forças de
repulsão negativas e acelera
o movimento das moléculas
de água entre as camadas
da argila

O íon OH- é adsorvido na


superfície planar das
partículas de argila

LIMPEZA DE POÇO !!!

Fonte: Lummus & Azar , 1986. Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 90


Por que as bentonitas?
 Tixotropia: capacidade de formar um sol, necessário para
transportar os detritos de perfuração e um gel, necessário para
manter os detritos em suspensão quando a circulação do fluido é
interrompida.

 Confere viscosidade ao fluido de perfuração.


 Ajuda a formar reboco e controla o volume de filtrado.

Confere ao fluido
propriedades essenciais.

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 91


 Definições de argilas e de argilominerais
 Estrutura e classificação
 Argilas para fluidos de perfuração
– Argilas bentoníticas
• Definição
• Composição química e mineralógica
• Cátions trocáveis
• Capacidade de troca de cátions (CTC)
• Hidratação
• Capacidade de inchamento (Inchamento de Foster)
• Associações entre partículas
• Transformação de bentonitas policatiônicas em sódicas
• Propriedades do sistema bentonita-água
• Efeitos da adição de NaCl e de NaOH
 Ocorrências brasileiras
 Uso de fluidos hidroargilosos na indústria do petróleo

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 92


 Reservas

 Produção

 Localização dos principais depósitos

 Argilas da Paraíba

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 93


Reservas brasileiras
 As reservas de bentonita no Brasil (medida + indicada)
totalizaram, em 2005, aproximadamente, 41,5 milhões de
toneladas.

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 94


Fonte: DNPM, 2007.
Reservas e produção de bentonita
Reservas no Brasil Produção no Brasil*
Paraná Paraíba São Paulo Paraíba São Paulo

9%
28% 40%

32% 91%

*Bentonita bruta

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 95


Fonte: DNPM, 2007.
Produção de bentonita na
Paraíba em 2005

185.038 t
Bruta
427.028 t
Beneficiada

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 96


Fonte: DNPM, 2007.
Indústrias na Paraíba
EMPRESA LOCALIZAÇÃO
BUN – Bentonit União Nordeste S.A. Boa Vista e Campina Grande
Bentonisa – Bentonisa do Nordeste S.A. Boa Vista
DOLOMIL – Dolomita Minérios Ltda. Campina Grande
DRESCON S.A. – Produtos de Perfuração Boa Vista
EBM – Empresa Beneficiadora de Minérios Pocinhos
Ltda.
NERCON Indústria Comércio e Transporte Ltda. Boa Vista
PEGNOR – Pegmatitos do Nordeste Ltda. Soledade
MPL – Mineração Pedra Lavrada Ltda. Soledade
Fonte: Baltar e Luz, 2003.

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 97


BUN - A maior do Brasil
 Bentonit União Nordeste – BUN: principal Empresa produtora
de bentonita no país.

Bentonita
ativada
2005  8,2%

Bentonita
moída seca
2005  42,4%
BENTONIT UNIÃO NORDESTE S.A.
CAMPINA GRANDE. PB. BRASIL

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 98


Consumo de bentonitas em 2005
 Consumo de bentonita bruta: crescimento de 36 % em relação
ao exercício anterior (330 mil toneladas em 2004 para 448 mil
toneladas em 2005).

 Consumo de bentonita beneficiada: decréscimo de 4,7 %


quando comparada ao período anterior (226 mil toneladas
em 2004 para 216 mil toneladas em 2005).

Principal Indústria
mercado
consumidor petrolífera
Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 99
Uma nova descoberta...
 Bahia, Município de Vitória da Conquista.

 Companhia Brasileira de Bentonita – CBB.

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 100


Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 101
Município de Boa Vista: localização

Paraíba

Boa Vista João Pessoa


Campina Grande

Boa Vista Campina Grande

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 102


Boa Vista: A TERRA DAS BENTONITAS !!!

 Foram descobertas no início da década de 1960.

 1961 pelo Eng. Marcello


Arruda (Souza Santos,
1976).

 1963 pelo Sr. Isidoro


Araújo (Dantas e
colaboradores, 1984).

Argila vermelha de Boa Vista.


Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 103
Bentonitas de Boa Vista
 Os depósitos de argilas de Boa Vista estão localizados em minas
denominadas de Fazenda Pedras de Fogo, Lages, Lagedo, Bravo, Juá e
Canudos.

 Argilas coloridas: grande variedade de cores, com argilas de tonalidades


rosa, verde, vermelha, creme, amarela, cinza e chocolate.

 As argilas são identificadas de acordo com suas cores: Chocolate,


Verde-lodo, Verde-claro, Bofe vermelha e Bofe (argila creme claro).

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 104


Argila Chocolate, mina Lages

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 105


Argila Chocolate, mina Lages

Detalhe.
Paredão da argila Chocolate em Lages.

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 106


Argila Verde-lodo, mina Lages

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 107


Argila Verde-lodo, mina Lages

A presença do ferro.
Paredão da argila Verde-lodo em Lages.

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 108


Argila Verde-claro, mina Lages

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 109


Argila Bofe vermelha, mina Lages

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 110


Argila Bofe vermelha, mina Lages

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 111


Argila Bofe, mina Lages

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 112


Bentonitas de Boa Vista: origem e
composição mineralógica
 São resultantes da alteração de materiais piroclásticos,
provenientes do vulcanismo local (Gopinath e
colaboradores, 1981).

 São compostas mineralogicamente por montmorilonita,


ilita, caulinita, quartzo e feldspato (Gopinath e
colaboradores, 1988).

 Argilas policatiônicas.

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 113


Bentonitas policatiônicas
• Co-existem o Ca2+, Mg2+, K+ e Na+.

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 114


Aplicações da bentonita de Boa Vista
 Na perfuração de poços de petróleo
 Na pelotização de minérios de ferro
 Na fundição
 Em tintas e vernizes
 Na clarificação de vinhos e sucos de frutas
 Na construção civil
 Em ração animal
 Em granulado sanitário
 Em detergentes, sabonetes e sabões
 Na fabricação de cerâmicas
 Na indústria de cosméticos
Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 115
Produção da bentonita sódica
Minério

Trituração

Correção de umidade
Carbonato de sódio
(Na2CO3) - Barrilha
Processo de difusão

Secagem

Moagem Embalagem
Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 116
Processo de produção: disposição
de camadas de argila

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 117


Processo de produção:
adição de barrilha

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 118


Processo de produção: mistura
dos componentes

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 119


Processo de produção: secagem

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 120


Processo de produção: mistura
durante a secagem

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 121


Processo de produção: moagem e
embalagem

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 122


Embalagens de 25 kg e
armazenamento

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 123


Bentonitas de Boa Vista:
situação atual

Mina Lages, após 4 décadas de exploração.


Área praticamente esgotada.

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 124


Bentonitas de Boa Vista:
situação atual
 Encontram-se em quantidade viável para exploração as argilas
Chocolate, Bofe e Verde-lodo.

 Segundo beneficiadores da região, a argila Chocolate começa


a apresentar sinais de exaustão.

A Paraíba continua sendo o maior Estado


produtor deste bem mineral.

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 125


 Definições de argilas e de argilominerais
 Estrutura e classificação
 Argilas para fluidos de perfuração
– Argilas bentoníticas
• Definição
• Composição química e mineralógica
• Cátions trocáveis
• Capacidade de troca de cátions (CTC)
• Hidratação
• Capacidade de inchamento (Inchamento de Foster)
• Associações entre partículas
• Transformação de bentonitas policatiônicas em sódicas
• Propriedades do sistema bentonita-água
• Efeitos da adição de NaCl e de NaOH
 Ocorrências brasileiras
 Uso de fluidos hidroargilosos na indústria do petróleo

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 126


Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 127
Fluidos base água – Composições e aplicações
 Poço onshore no Espírito Santo
Formações Profundidade Fluido Composição
• Arenitos médio a Água, viscosificante
gorsso com Fase I Fluido base (bentonita) e alcalinizante
intercalações de 0 - 100 m aquosa (NaOH)
folhelho e argilito
• Arenitos com Água, viscosificante
intercalações de Fase II Fluido base (bentonita) e alcalinizante
folhelho e argilito 100 - 938 m aquosa (NaOH)
• Predominância de Água, alcalinizante (NaOH),
folhelhos escuro inibidor catiônico, sal (NaCl),
• Intervalos de Fase III Fluido base viscosificante (goma xantana),
carbonatos e 938 - 1885 m aquosa redutor de filtrado (CMCs) e
arenitos de catiônico selente/adensante
plataforma (CaCO3 fino)
• Anidritas
Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 128
 Poço onshore no Espírito Santo
Fases I e II
Componente Função Dosagem
(lb/bbl)*
Água industrial Meio dispersante Para preparação
Bentonita Viscosificante , agente 20,0
tixotrópico e formador de
reboco
NaOH Alcalinizante 0,3
*lb/bbl x 2,853010 = kg/m3

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 129


Poço onshore no
Espírito Santo
Volumes de fluidos
Fase I = 592 bbl
Fase II = 991 bbl

* Fluido Fase III – R$ 119.000,00

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 130


Fluidos bases água e sintética – Composições e
aplicações
 Poço onshore na Bahia
Formações Profundidade Fluido Composição
Areia com argila Água, viscosificante
avermelhada Fase I Fluido base (bentonita) e alcalinizante
0 - 300 m aquosa (NaOH)
Folhelhos e argilas Fluido base, salmoura,
de elevada Fase II Fluido base emulsificante, viscosificante,
reatividade 300 - 1770 m sintética afinante, controlador de
filtrado e selante

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 131


 Poço onshore na Bahia
Fase I
Componente Função Dosagem
(lb/bbl)*
Água industrial Meio dispersante Para preparação
Bentonita Viscosificante , agente 20,0 – 25,0
tixotrópico e formador de
reboco
NaOH Alcalinizante 0,5 – 0,8
*lb/bbl x 2,853010 = kg/m3

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 132


Poço onshore na Bahia

Volume de fluido
Fase I = 750 bbl

* Fluido Fase II – US$ 85,100.50


(em regime de aluguel)
Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 133
Bentonita, argila de propriedades
especiais, amplamente empregada na
indústria petrolífera como agente
viscosificante e tixotrópico em fluidos
de perfuração base água.

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 134


“O fluido de perfuração é como o sangue:
flui, transporta, cicatriza, transmite força,
estabiliza as pressões internas, enfim,
perpassa todas as etapas da sondagem
como se fosse a extensão viva do ato de
perfurar.”
Eugênio Pereira
Geólogo

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 135


“Determinação, coragem e auto-confiança são fatores
decisivos para o sucesso. Não importa quais sejam os
obstáculos e as dificuldades. Se estamos possuídos de
uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los.
Independentemente das circunstâncias, devemos ser
sempre humildes, recatados e despidos de orgulho.”

Dalai-Lama

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 136


Profa. Luciana Viana Amorim
PRH-25/UFCG
luciana@cct.ufcg.edu.br

Profa. Luciana Amorim - PRH-25/UFCG 137

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