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RESPOSTA TÉCNICA – Planta baixa para abatedouro de frangos coloniais

Planta baixa para abatedouro


de frangos coloniais
Apresenta um exemplo de planta baixa para a
montagem de um abatedouro de frangos coloniais,
além de informações técnicas sobre as exigências
relacionadas ao processo de produção.

Instituto Euvaldo Lodi - IEL

Maio/2013
RESPOSTA TÉCNICA – Planta baixa para abatedouro de frangos coloniais

Resposta Técnica ANJOS, Bruno Batista dos


Planta baixa para abatedouro de frangos coloniais
Instituto Euvaldo Lodi - IEL
17/5/2013
Apresenta um exemplo de planta baixa para a montagem de um
abatedouro de frangos coloniais, além de informações técnicas
sobre as exigências relacionadas ao processo de produção.
Demanda Gostaria de um exemplo de planta baixa completa para um
abatedouro de frangos de pequeno porte, proveniente de
uma produção artesanal, incluindo a indicação dos setores
com equipamentos / maquinários e as exigências e
legislações relacionadas.
Assunto Abate de frangos (exceto em aviários)
Palavras-chave Abatedouro; ave; frango caipira; frango de corte; planta baixa;
planta de produção; processamento do alimento; produção do
alimento

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RESPOSTA TÉCNICA – Planta baixa para abatedouro de frangos coloniais

Solução apresentada

Abatedouro de frangos

A caractertístca de um abatedouro de frangos é pautada em uma criação tecnificada, que


busca melhorar o desempenho das aves, por meio de melhoria das raças ou linhagens
utilizadas; melhoria no manejo, cuidados sanitários e alimentação, tendo como objetivo
possibilitar uma produção contínua e sistematizada, atingindo os canais de comercialização
com a qualidade necessária e obedecendo as legislações relacionadas para o mercado de
alimentos de origem animal (FIGUEIREDO et al., 2007).

Figura 1 – Abatedouro de frangos


Fonte: (PREFEITURA..., [2013?])

Planta industrial para um abatedouro de frangos coloniais

Para que o produto possa atingir o mercado, primeiramente é necessário definir quem
procede ao abate e as etapas de processamento. A partir da análise do mercado, define-se
o tipo de inspeção adequada (FIGUEIREDO et al., 2007).

O produto destinado ao mercado local exige, normalmente, uma planta de processamento


(abatedouro) com inspeção municipal. Para esse caso, a logística de transporte e
conservação pode ser reduzida. Um projeto de produção para atender uma cidade é
otimizado quando a planta de abate e processamento se localiza dentro do próprio
município, pois pequenas instalações para processamento, com inspeção municipal, sem
haver a necessidade do uso de tuneis de congelamento e de grandes veículos de transporte
específicos, seriam suficientes (FIGUEIREDO et al., 2007).

De acordo com Figueiredo et al. (2007), a produção destinada ao mercado estadual


necessita de uma planta de processamento com inspeção estadual. Essas plantas não
precisam, necessariamente, serem construídas para cada projeto, mas podem ser
compartilhadas ou alugas com outras que já estejam em operação na cidade. A figura 2
exemplifica uma planta baixa para abatedouros de frangos com inspeção estadual:

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Figura 2 – Exemplo de planta para abatedouro de frangos coloniais, com uma produção de
200 a 330 aves/dia e com inspeção estadual. Legenda: 1) Mesa sangria manual;
2) Mesa de separação; 3) Tanque de escaldagem; 4) Depenadeira rotativa;
5) Evisceração manual; 6) Chiller resfriamento; 7) Mesa recepção;
8) Mesa de corte e preparação e 9) Mesa de embalagem
Fonte: Adaptado de (SCHMIDT; J. A. EQUIPAMENTOS, [200-?] apud FIGUEIREDO et al. 2007)

Procedimentos para o abate

Há diversas recomendações específicas para cada sistema de criação, como a tentativa de


reduzir o estresse ante-mortem dos animais, evitando os efeitos nocivos à qualidade do
produto, como fraturas, manchas, mortes, hematomas etc. (FIGUEIREDO et al., 2007).

Figueiredo et al. (2007) recomendam uma apanha silenciosa da ave, com as duas mãos
sobre as asas e o dorso, além de uma contenção gentil e o uso de caixas de contenção
adequadas para cada tipo de ave. Para o abate de frangos coloniais, existe uma limitação
de espaço por caixa de 160 cm2/kg, para aves com peso entre 1,6 e 3,0 kg. O trajeto da
granja até o abatedouro não pode ultrapassar 100 km e o tempo do transporte deve ser
inferior a 2 horas.

Os empregados responsáveis pela apanha ou depopulação dos frangos precisam ser


treinados, assim como o pessoal que realiza o transporte dos mesmos (FIGUEIREDO et al.,
2007).

O abatedouro precisa oferecer garantias de que não ocorrerão cruzamentos de lotes


diferentes, pois esse monitoramento faz parte das normas de Boas Práticas de Fabricação
(BPF’s) e do programa de rastreabilidade (FIGUEIREDO et al., 2007).

É importante também haver uma etiquetagem precisa e clara, permitindo aos consumidores
fazer a distinção do produto (FIGUEIREDO et al., 2007).

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Figueiredo et al. (2007) afirmam também que:

O abate e o processamento de carcaças de aves abrangem atividades de


controle desenvolvidas dentro do abatedouro, desde o momento em que as
aves chegam à plataforma de recepção, até a obtenção do produto final.
Uma cadeia ininterrupta de medidas higiênicos-sanitárias, de segurança dos
alimentos e de conservação a frio, assegura o controle de microrganismos
patogênicos (FIGUEIREDO et al., 2007).

Os pré-requisitos básicos para manutenção da qualidade do produto e da preservação do


meio ambiente devem ser atendidos independentemente do volume de abate. As estruturas
que abrigam o abate, processamento, armazenamento e o tratamento dos efluentes, devem
ser submetidos aos órgãos correspondentes (Municipais, Estaduais ou Federais)
(FIGUEIREDO et al., 2007).

Conclusões e recomendações

Para informações sobre as legislações relacionadas ao funcionamento de um abatedouro de


frangos, recomenda-se a consulta a Resposta Técnica do SBRT. Para visualizar o arquivo
citado, acesse o site: <www.respostatecnica.org.br> e realize a busca utilizando o código
“16165”:

SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Frango orgânico. Resposta


elaborada por: “Sergio Vallejo”. Porto Alegre: USP/DT, 2009. (Código da Resposta: 16165).

Maiores informações sobre o processo do abate de frangos coloniais podem ser


visualizadas através do link
<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Ave/SistemaProducaoFrangos
CorteColoniais/preparo.htm>.

Recomenda-se que o cliente busque informações complementares através de todos os sites


citados nessa resposta técnica. É importante, se possível, contar com o apoio de um
profissional especialista na área de Engenharia de Alimentos.

Os donos de estabelecimentos que se destinam a fabricar produtos alimentícios têm uma


responsabilidade muito grande com a qualidade de seus produtos e serviços, especialmente
no que se refere à garantia de segurança à saúde do consumidor.

A produção de alimentos com segurança exige cuidados especiais, para que se eliminem
quase na sua totalidade, os riscos de contaminação por perigos físicos, químicos e
biológicos a que esses alimentos estão sujeitos.

As BPF’s são um conjunto de procedimentos higiênico-sanitários instituídos pela Agência


Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (ANVISA), pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pelos órgãos fiscalizadores e reguladores
das atividades realizadas nesses tipos de estabelecimentos.

As BPF’s são um conjunto de regras, normas e atitudes as quais, quando aplicadas ao


manuseio de alimentos, asseguram que estes cheguem até o consumidor em condições
higiênico-sanitárias adequadas necessárias e suficientes para atendimento do que reza a
legislação em vigor.

A qualidade da matéria-prima, a arquitetura dos equipamentos e das instalações, as


condições higiênicas do ambiente de trabalho, as técnicas de manipulação dos alimentos, a
saúde dos funcionários são fatores importantes a serem considerados na produção de
alimentos seguros e de qualidade, devendo, portanto, serem considerados nas BPF’s.

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Referências

FIGUEIREDO, E. A. P. et al. Recomendações técnicas para a produção, abate,


processamento e comercialização de frangos de corte coloniais. Sistemas de Produção
(Embrapa Suínos e Aves), Concórdia, n. 3, nov. 2007. Disponível em:
<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Ave/SistemaProducaoFrangos
CorteColoniais/preparo.htm>. Acesso em: 17 maio 2013.

PREFEITURA estuda implantação do abatedouro de frangos em Sobral. Bom Dia Sobral,


Sobral, [2013?]. Disponível em: <http://sgtfreire.blogspot.com.br/2013/04/prefeitura-estuda-
implantacao-do.html>. Acesso em: 17 maio 2013.

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