Você está na página 1de 84

sumário

Balanço da Mesa Diretora Bancadas


4 Um ano de conquistas 52 Os próximos quatro anos

6 Os passos fazem os caminhos 53 PSB – Juventude e educação

7 Um novo momento 54 PCdoB – Orçamento e Regimento

56 PDT – A vez do interior


Agora é lei
58 PFL – Horizonte promissor
8 Consolidação das leis
60 PL – Águas agitadas
10 Assistência jurídica gratuita
Foto da capa: Ricardo Mansho 62 PMDB – Batalhas econômicas e sociais
12 Adicional operacional
64 PP – Trabalho e confiança
Atividades de gestão
66 PPS – Caminhos da democracia
15 Ampliando a participação do cidadão
68 PSDB – Espaço de consenso
17 Plenário modernizado
70 Governo – Um futuro promissor
19 Qualidade na gestão
72 PV – Questões ambientais
21 Segunda turma
74 PT – Projeto nacional

Audiências públicas 76 PRB – Participação da sociedade


24 Orçamento popular 78 PSC – Estrutura partidária

80 PTB – Nova realidade


Intercâmbio cultural
26 Homenagem romana
Deputados
Poder Executivo 81 Estes são os deputados estaduais
de São Paulo
27 Governo interino

Eleições 2006
31 O novo Parlamento

34 Os 49 deputados reeleitos

44 Os 45 deputados novos

PARLAMENTO PAULISTA 3
balanço da mesa diretora

Um ano de conquistas

Esta edição da revista Parlamento Paulista, a quinta de uma série


iniciada no final de 2005, mostra algumas das principais conquistas
que marcaram as atividades da Assembléia Legislativa em 2006.

Em busca de uma harmonização cerca de 1.400 normas referentes


da Constituição de São Paulo com ao período de 1973 a 2002.
as alterações ocorridas na Consti- Um ano atrás, em 14 de dezembro
tuição Federal, foi promulgada em de 2005, a Assembléia aprovou um
14 de fevereiro deste ano a Emen- dos projetos de maior impacto
da Constitucional 21, que consoli- para os cidadãos que procuram a
dou as emendas anteriores feitas à Justiça mas não têm recursos para
Carta Magna paulista. Essa medi- arcar com a muitas vezes longa e
da fez parte de um trabalho maior cara tramitação de um processo
que vem se desenvolvendo até judicial: a criação da Defensoria
hoje, visando à consolidação de to- Pública. Em 1º de junho deste ano,
das as leis do Estado. a defensora pública geral, Cristina
Presidente Rodrigo Garcia No dia 28 de novembro, durante a Guelfi Gonçalves, esteve nesta
sessão extraordinária que reinau- Presidência para agradecer o em-
gurou o plenário Juscelino Kubi- penho do Parlamento paulista na
tschek, foram aprovados seis pro- instalação do órgão.
jetos de lei e um projeto de lei com- À preocupação da Assembléia em
plementar que propunham a revo- buscar não só a segurança jurídi-
gação de dispositivos legais esta- ca decorrente de uma legislação
duais superados, referentes ao pe- mais organizada, mas também a
ríodo de 1947 a 1972. Com essa democratização da Justiça, aliou-
decisão do Plenário da Casa, atin- se sua disposição de criar condi-
gia-se a marca de cerca de 14 mil ções de trabalho mais dignas para
normas revogadas desde que fo- os servidores que cuidam da se-
ram iniciados os trabalhos de con- gurança da população. Como re-
solidação, em abril de 2005. Pre- sultado dessa postura e da sensi-
vê-se para breve a revogação de bilidade do Parlamento paulista

4 PARLAMENTO PAULISTA
em relação às reivindicações tan- demanda dos cidadãos por acesso 15 de março de 2007, das 94 cadei-
to da sociedade, em geral, quanto ao processo legislativo e à demo- ras existentes, 49 serão ocupadas por
dos funcionários públicos, em par- cracia representativa. deputados reeleitos e 45 por depu-
ticular, foram aprovados os cha- O ano de 2006 foi também marca- tados novos. Esta edição da revista
mados adicionais operacionais. do pela coroação de duas outras Parlamento Paulista traz uma breve
Integrantes das carreiras das polí- importantes atividades administra- apresentação de cada um dos depu-
cias Civil e Militar foram benefici- tivas da Casa. Em 28 de junho, a tados eleitos. Traz também uma
ados com o Adicional Operacional Assembléia recebeu o certificado matéria sobre a modernização do
de Localidade (AOL), aprovado ISO 9001:2000, da International plenário Juscelino Kubitschek,
pela Assembléia em 16 de maio Organization for Standardization, onde os novos deputados foram
deste ano, depois de muito deba- entregue pela Fundação Carlos diplomados.
te, como seria de esperar de todas Alberto Vanzolini, como resultado Por fim, um fato que me marcou
as deliberações de uma Casa de dos procedimentos adotados para muito. Na condição de presidente
Leis da importância do Legislativo dar suporte a sua atividade-fim, o da Assembléia, assumi interinamen-
paulista. O outro adicional apro- processo legislativo. Nos dias 13 de te o cargo de governador do Esta-
vado foi o Penitenciário (AOP), no julho e 13 de dezembro, coube à As- do nos dias 8 e 9 de outubro, em
dia 30 de maio. sembléia entregar certificados. Os razão de viagem do governador
Em 2006, assim como já havia sido agraciados foram os alunos da pri- Cláudio Lembo ao Uruguai. Como
feito em 2005, a Assembléia Le- meira e da segunda turmas do Pro- já disse no dia da posse, 5 de outu-
gislativa realizou audiências públicas jeto Lanchonete-Escola, um traba- bro, tive na Assembléia a oportuni-
para discutir com a população su- lho de formação de mão-de-obra dade de aprender o processo polí-
gestões para a Lei de Diretrizes Or- que a Casa vem desenvolvendo em tico. Todos os meus colegas foram
çamentárias (LDO) e o Orçamento parceria com a Prefeitura de São autênticos professores para mim.
estadual. Foram promovidas reu- Paulo, o Instituto Mensageiros e a Aquele foi um dia memorável.
niões em 24 municípios das 43 re- Associação Franquia Solidária Como governador, visitei obras,
giões de governo do Estado. Várias (Afras) para jovens entre 17 e 21 recebi autoridades e procurei res-
das sugestões foram apresentadas anos de idade sujeitos a grande peitar a autonomia e a independên-
pelos deputados na forma de emen- vulnerabilidade social. cia do Poder Legislativo.
das aos projetos de lei enviados pelo Em 2006, o acervo do Museu de Que 2007 seja um ano cheio de
governador. Trata-se de uma nova Arte do Parlamento de São Paulo novas conquistas.
visão e de um novo modelo de deli- cresceu ainda mais. Hoje, são qua-
beração sobre as propostas orça- se mil obras distribuídas pelos cor-
mentárias do Poder Executivo. redores e outros espaços da Casa.
Outro foco de preocupação da Em abril, a Assembléia recebeu a
Assembléia em 2006 foi o desen- visita de Livia Bucci, representante
volvimento de atividades adminis- no Brasil e na América Latina da
trativas que for talecessem a Bienal de Arte Internacional de
interação entre representantes, os Roma. Ela veio, em nome da bienal,
deputados, e seus representados, a prestar uma homenagem justamen-
sociedade. Entre essas atividades, te ao museu do Legislativo.
destaca-se a implantação do por- O ano de 2006 foi de eleições. Na Deputado Rodrigo Garcia
Presidente da Assembléia Legislativa
tal da Assembléia, uma resposta à próxima legislatura, que começa em do Estado de São Paulo

PARLAMENTO PAULISTA 5
balanço da mesa diretora

Os passos fazem os caminhos

Uma das principais iniciativas da Assembléia Legislativa em 2006


foram as 24 audiências públicas nas diferentes regiões do Estado com
vistas à elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei
do Orçamento para 2007. Ao buscarmos subsídios diretamente da
população, nos aproximamos do Orçamento Participativo – um dos
mais democráticos instrumentos de aplicação dos recursos públicos.

Império – e a meta é chegar a 20 bilidade social formação profissio-


mil. Ao diminuir o cipoal jurídi- nal. Dezenas saíram do estágio dire-
co, a Assembléia faz com que o tamente para o emprego.
cidadão ou a cidadã possa conhe- Muitas outras coisas positivas ain-
cer um pouco melhor o arcabouço da aconteceram neste ano que fin-
legal de São Paulo. da, como a reforma do plenário
As parcerias com a sociedade civil Juscelino Kubitschek – local das
organizada foram também marcan- sessões legislativas – ou a constru-
tes. Foram assinados mais de 50 ter- ção de um anexo a custo zero para
mos de cooperação com as mais melhorar as condições de atendi-
diferentes entidades – da Fiesp a mento à população por parte dos
sindicatos de trabalhadores –, per- deputados. Ou ainda a nova pro-
Deputado Fausto Figueira mitindo que participem e interve- gramação da TV da Casa no ano
nham no processo legislativo em de seu 10º aniversário.
matérias de seu interesse. Muito foi feito e muito ainda fal-
Em 2006, a Assembléia Legislativa ta fazer. Mas são os passos que fa-
As audiências públicas foram pos- deu continuidade à divulgação do zem os caminhos. E nos encon-
síveis graças à eleição de uma Mesa Índice Paulista de Responsabilida- tramos a caminhar, com a certeza
Diretora autônoma em relação ao de Social (IPRS) – instrumento que de que foram criadas as condições
Palácio dos Bandeirantes – sede do a Casa oferece aos gestores públi- para que 2007 seja ainda melhor
governo estadual. Ao eleger a nova cos para o planejamento de políti- do que 2006.
Mesa em março de 2005, o recado cas de desenvolvimento em cada
dos deputados foi claro: queremos um dos municípios do Estado.
a autonomia do Legislativo em re- A Assembléia também não se des-
lação ao Executivo. cuidou do aspecto social. Em 2006,
Outro importante êxito de nosso propiciou a formação da segunda
Legislativo foi a consolidação da turma do Projeto Lanchonete-Es-
legislação estadual. Já revogamos cola, que oferece a jovens entre 17 e Deputado Fausto Figueira
Primeiro-secretário da Assembléia
14 mil leis – muitas da época do 21 anos em situação de vulnera- Legislativa do Estado de São Paulo

6 PARLAMENTO PAULISTA
balanço da mesa diretora

Um novo momento

Os deputados estaduais de São Paulo que tomarão posse em


15 de março encontrarão um novo ambiente na Assembléia
Legislativa. Suas equipes terão novas instalações, com gabinetes mais
amplos e mais bem equipados e com o plenário Juscelino Kubitschek
de Oliveira modernizado.

mandato dos deputados. nada mais são do que reflexo des-


A Assembléia realizou audiências ses interesses.
públicas em todas as regiões do Por outro lado, o Estado de São
Estado, possibilitando aos deputa- Paulo vive um momento de expec-
dos tomar conhecimento de im- tativa com relação ao novo gover-
portantes demandas, as quais fo- no. O governador eleito José Serra
ram contempladas na LDO – Lei tem se mostrado um homem
de Diretrizes Orçamentárias – e no desenvolvimentista, rápido em suas
Orçamento do Estado, por meio decisões, com um modelo próprio
de emendas destinadas a atender e diferente do que estamos acostu-
às reivindicações da sociedade. mados a ver, que atua em conso-
A Mesa Diretora inovou em suas nância com o desenvolvimento
Deputado Geraldo Vinholi ações, assinando convênios de co- mundial. Por tudo isso, com certe-
laboração com inúmeras associa- za ele irá provocar uma nova de-
Instrumentos de informática per- ções, sindicatos e universidades, o manda no Legislativo paulista, que
mitirão aos deputados obter as in- que tem permitido maior partici- exigirá de nós toda a agilidade.
formações necessárias ao desen- pação desses segmentos na vida Para tanto, o Parlamento deverá
volvimento de suas diversas ativi- legislativa e melhor adequação dos fazer a sua parte, atuando com
dades. Tudo isso em meio a um projetos a serem votados. uma agenda equilibrada. E, mais
Parlamento mais autêntico, graças Apesar das disputas políticas, que do que nunca, esta estr utura
aos procedimentos adotados nes- fazem parte do processo, todos de- legislativa moderna ora disponível
ta administração, que tem coloca- vem ter em mente a necessidade se faz necessária e imprescindível,
do em discussão os mais diversos do atendimento às demandas do para corresponder ao sucesso do
assuntos – seja de interesse do go- Executivo, para que este possa im- mandato e contribuir com a efi-
verno, das associações de classe ou plantar seu programa de governo ciência para o desenvolvimento do
da sociedade civil organizada –, e avançar, sem que, no entanto, se nosso Estado.
fazendo com que a Assembléia se abra mão de uma agenda que aten-
torne a ressonância da sociedade, da a todos os interesses da socie- Deputado Geraldo Vinholi
Segundo-secretário da Assembléia
com uma maior valorização do dade. Os projetos dos deputados Legislativa do Estado de São Paulo

PARLAMENTO PAULISTA 7
agora é lei

Consolidação das leis


Em fevereiro deste ano, a Assembléia aprovou emenda que adequou a
Carta paulista à Constituição Federal, parte de um projeto mais amplo
de consolidação de toda a legislação estadual.

dou as emendas feitas à Constitui-


ção do Estado de São Paulo, ade-
quando-a às modificações realiza-
das na Constituição Federal desde
que ela foi promulgada, em 1988.
Na solenidade de promulgação, a
Mesa Diretora, composta pelo pre-
sidente Rodrigo Garcia e pelo 1º
e 2º secretários, deputados Fausto
Figueira e Geraldo Vinholi, res-
pectivamente, recepcionou diver-
sas autoridades. Estiveram presen-
tes o então governador do Esta-
do, Geraldo Alckmin, e seu vice à
época, Cláudio Lembo, o presi-
dente do Tribunal de Justiça, Cel-
Cláudio Lembo, Rodrigo Garcia, Geraldo Alckmin e Celso Luiz Limongi, na cerimônia de
promulgação da Emenda Constitucional 21 so Luiz Limongi, o procurador
geral de Justiça, Rodrigo César
Rebello Pinho, e o presidente do
Para adequar a Constituição de São Tribunal de Contas do Estado,
Paulo às alterações constitucionais conselheiro Robson Marinho,
ocorridas no âmbito da União, a além de outras autoridades e re-
Mesa Diretora da Assembléia presentantes da sociedade civil.
Legislativa promulgou, em 14 de Na ocasião, Rodrigo Garcia des-
fevereiro de 2006, a Emenda Cons- tacou que o trabalho de atualiza-
titucional 21, que atualizou a Car- ção da Constituição estadual fa-
ta paulista, deixando-a em confor- zia parte de um projeto ainda mais
midade com a federal. amplo, que visava a consolidação
A propositura aprovada pela As- de todas as leis do Estado, cuja co-
sembléia (Proposta de Emenda à ordenação estava a cargo do de-
Constituição 14, de 2005) consoli- putado Cândido Vacarezza, presi-

8 PARLAMENTO PAULISTA
dente da Comissão de Constitui- novo texto legal, com uma nova propunha a revogação de cerca de
ção e Justiça, e que contava com lógica de organização, fusão de dis- 3 mil decretos-leis editados de
o apoio dos poderes Executivo e positivos análogos, supressão da- 1938 a 1947, período marcado
Judiciário. Rodrigo Garcia lem- queles revogados ou declarados pela Estado Novo. Esse projeto
brou ainda que o Estado tinha inconstitucionais e, até mesmo, foi sancionado pelo governador
“mais de 25 mil leis”, e que era atualização da linguagem. e se transformou na Lei 12.392,
necessário “um esforço no senti- À frente da Comissão de Consti- publicada em 24 de maio de 2006.
do de revogar formalmente uma tuição e Justiça (CCJ), por onde Em 24 de outubro de 2006, a Co-
grande quantidade de leis que já passam necessariamente todos os missão de Constituição e Justiça
tiveram sua revogação tácita”. projetos de lei, Cândido Vacca- (CCJ) da Assembléia aprovou, em
Citando a tradição constituciona- rezza, presidente do órgão no uma única reunião, 289 projetos
lista de São Paulo, Alckmin, que foi biênio 2005-2007, assumiu, em 13 de lei de autores diversos. Duran-
membro da Assembléia Nacional de abril de 2005, a tarefa de iniciar te a reunião, foi apreciado o pa-
Constituinte, explicou que pelo o processo de consolidação. Em 15 recer do relator especial Baleia
“princípio da simetria – correspon- de março de 2007, segundo Vacca- Rossi aos projetos de lei 455/
dência dos princípios normativos rezza, a Assembléia paulista terá 2006, 456/2006, 454/2006, 453/
da União e dos entes federados” – realizado um trabalho legislativo 2006, 224/2006 e 328/2006 e ao
a Emenda 21/2006 manteve a que servirá de exemplo para todo Projeto de Lei Complementar
Constituição paulista “adequada à o país. A redação, alteração e con- 56/2006, proposituras que ti-
Carta de todos os brasileiros”. solidação das leis estaduais são re- nham o objetivo de dar continui-
gulamentadas pela Lei Comple- dade ao processo de consolida-
O que é a consolidação mentar 863/1999 e suas modifica- ção das leis do Estado.
Em 2005 o Estado de São Paulo ções posteriores. O parecer, aprovado pelos mem-
tinha cerca de 25 mil normas le- bros da CCJ, foi favorável às
gais, desde o tempo do Império, O que já foi consolidado proposituras, as quais propunham
sobre todos os assuntos que di- Aprovados pelo plenário da As- revogar cerca de 7 mil leis e decre-
zem respeito à organização da so- sembléia Legislativa no dia 13 de tos-leis promulgados entre 1947 e
ciedade paulista. Evidentemente, dezembro de 2005, sete projetos de 1972. Essas proposituras foram
diante desse volume, é fácil per- lei que propunham a revogação de aprovadas no dia 28 de novembro
ceber que ninguém, nem mesmo cerca de 3.300 leis promulgadas de 2006, durante a sessão extraor-
juízes e advogados, conhecia essa entre 1891, início do período re- dinária que reinaugurou o plená-
legislação em sua totalidade, que publicano, e 1937, quando os rio Juscelino Kubitschek.
não está apresentada de forma or- legislativos estaduais foram fecha- Acham-se em tramitação na Casa
ganizada. É aí que entrou o papel dos, durante o Estado Novo, de- dois projetos de lei que propõem a
da consolidação. ram a partida no processo de con- revogação de cerca de 1.400 normas
Mais do que uma simples revisão, solidação da legislação paulista. legais do período de 1973 a 2002.
na qual novas leis são incorpora- Eles foram sancionados pelo go-
das à consolidação existente e po- vernador no dia 30 de janeiro de
dem ser revogados dispositivos, 2006, resultando nas Leis 12.241 a
pois a intenção não é organizar a 12.247, de 2006.
legislação, mas atualizá-la, a con- No dia 3 de maio de 2006, foi en-
solidação não se restringe a reunir viado para apreciação do gover-
as leis por assunto. Na consolida- nador o Projeto de Lei 77/2006,
ção, a reunião das leis gera um aprovado pela Assembléia e que

PARLAMENTO PAULISTA 9
agora é lei

Assistência jurídica gratuita


Projeto aprovado pela Assembléia Legislativa criou a Defensoria Pública,
órgão destinado a prestar serviços jurídicos gratuitos e integrais à
população que não dispõe de recursos.

integral e gratuita, individual e co-


letiva, judicial e extrajudicial, aos
necessitados. O órgão, com auto-
nomia administrativa e financeira,
assumiu as atividades antes exer-
cidas pela Procuradoria de Assis-
tência Judiciária, vinculada à Pro-
curadoria Geral do Estado e atu-
ante desde 1947.
A polêmica sobre a medida, no en-
tanto, ainda não está encerrada. O
Projeto de Lei Complementar 18/
2005 transformou-se na Lei Com-
plementar 988/2006 com veto
parcial do governador. Por isso, o
Cristina Guelfi Gonçalves, defensora geral, e Renato de Vito, primeiro subdefensor, em
audiência pública na Assembléia em julho de 2006 projeto encontra-se na Ordem do
Dia, para que os deputados acei-
tem ou rejeitem o veto, que incidiu
Após anos de debates, a Assem- sobre o aproveitamento, na De-
bléia Legislativa aprovou, em 14 fensoria, dos advogados da Fun-
de dezembro de 2005, um dos dação de Amparo ao Preso
projetos de maior impacto para os (Funap) e dos profissionais que
cidadãos que procuram a Justiça atuam na área trabalhista na Se-
mas não têm recursos para arcar cretaria do Emprego e Relações
com a às vezes longa e cara tra- do Trabalho estadual. A questão
mitação de processos: a criação da é complexa, pois envolve, entre
Defensoria Pública. outros aspectos, a transformação
Segundo o projeto aprovado, a de cargos regidos pela CLT em
Defensoria Pública do Estado é estatutários. O governador ale-
uma instituição permanente cuja gou haver inconstitucionalidade
finalidade é prestar tutela jurídica nessa transformação.

10 PARLAMENTO PAULISTA
Defensora pública geral Meio Ambiente; Infância e Juven- seminário promovido pelo Nú-
Nomeada em 11 de maio de 2006 tude; Interesses Difusos e Coleti- cleo de Estudos da Violência da
pelo governador, depois de eleita vos; Habitação e Urbanismo; Situ- USP, em 1999. Em 2001, diver-
por seus colegas para compor lista ação Car-cerária; e Segunda Instân- sas audiências públicas, realizadas
tríplice, Cristina Guelfi Gonçalves cia e Tribunais Superiores. pela Comissão de Direitos Hu-
tomou posse como defensora pú- Segundo Cristina, a Defensoria manos da Assembléia, em conjun-
blica geral em 15 de maio, tendo o tem 87 postos na capital e em 21 to com o Sindicato dos Procura-
cargo sido transmitido por Mari- municípios. As demais cidades dores do Estado (Sindproesp),
ângela Sarrubo, que até a data exer- continuarão sendo atendidas pelo foram esquentando as discussões
cera a função interinamente. convênio entre a Procuradoria de sobre o tema.
Em 1º de junho de 2006, a defen- Assistência Judiciária e a Ordem Ao longo dos anos, o tema conti-
sora pública geral reuniu-se com o dos Advogados do Brasil. Os 313 nuou em debate, entre parlamenta-
presidente da Assembléia paulista, cargos restantes – no total serão res e instituições do setor e da socie-
deputado Rodrigo Garcia, para 400 defensores – serão preenchi- dade civil. Em 31 de agosto de 2005,
agradecer o empenho do Parlamen- dos por concurso público. a Assembléia Legislativa realizou,
to na efetiva instalação do órgão, Em julho de 2006, uma audiência sob coordenação do presidente
além de colocar à disposição o ser- pública na Assembléia Legislativa Rodrigo Garcia, audiência pública
viço dos defensores para a realiza- debateu a estruturação do órgão e para discutir o PLC 18/2005. Já se
ção de trabalhos conjuntos com a seu orçamento. Na ocasião, o sub- destacava, então, a oposição entre os
Assembléia. Como exemplo de par- defensor Renato de Vito avaliou que defendiam que só tinham direi-
ceria, ela citou o projeto do Centro que a Defensoria Pública paulista to de migrar para a Defensoria os
de Atendimento ao Cidadão, que teria que administrar seus recursos defensores públicos investidos na
vem sendo desenvolvido pelo de forma franciscana. Os R$ 256 função até a data de instalação da
Legislativo. “Podemos disponi- milhões previstos no Orçamento Assembléia Nacional Constituinte e
bilizar um defensor público para estadual para 2007 eram, segundo os que estendiam essa prerrogativa
atuar nessa unidade”, ela explicou. ele, insuficientes para pagar os cus- a todos os que exercessem a função
Atuando na Procuradoria de As- tos do convênio com a OAB. de defensor público, desde que ad-
sistência Judiciária desde 1994, “O que esperar do futuro da De- mitidos mediante concurso – o que
Cristina, junto com 86 procurado- fensoria? Participação da sociedade incluiria orientadores trabalhistas e
res, migrou para a Defensoria Pú- civil, uma ouvidoria independente, advogados da Funap.
blica, dentro do prazo de até 10 de assistência integral e interdisciplinar A questão voltou a ser debatida en-
março de 2006, previsto em lei. aos carentes, funcionamento descen- tre o presidente Rodrigo Garcia e a
No encontro com o presidente da tralizado e seleção e formação dife- defensora pública geral, Cristina
Assembléia Legislativa, ela falou renciada do defensor”, disse, na oca- Guelfi Gonçalves, no encontro rea-
ainda sobre a fase de estruturação sião, Cristina Guelfi Gonçalves. lizado em junho de 2006. “Não se
por que passa o órgão, que recebeu trata de derrubar ou não o veto. Te-
como sede um prédio de oito an- Histórico mos de consultar a sociedade para,
dares na rua Boa Vista, no Centro. O projeto de criação da Defen- em um processo de discussão, bus-
Segundo ela, estão sendo organiza- soria foi enviado à Assembléia car uma solução mediada para o con-
dos os sete núcleos especializados Legislativa em julho de 2005, pelo flito”, avaliou Garcia.
previstos na lei orgânica da insti- Poder Executivo, e aprovado em
tuição, com atuação nas seguintes dezembro do mesmo ano. Mas o
áreas: Cidadania e Direitos Huma- movimento pela criação do órgão
nos; Defesa do Consumidor e do iniciou-se com a realização de um

PARLAMENTO PAULISTA 11
agora é lei

Adicional operacional
Acréscimo pecuniário é atribuído a todos os policiais e agentes
penitênciários da ativa e varia de acordo com o local em que
eles exercem suas atividades.

Policiais acompanharam com Integrantes das carreiras das polí- ber o chamado Adicional Opera-
interesse a aprovação de projeto
que instituiu adicional de localidade, cias Civil e Militar do Estado fo- cional de Localidade (AOL). Pela
em maio de 2006 ram beneficiados com a Lei Com- nova norma, que teve origem no
plementar 994, publicada em 19 de Projeto de Lei Complementar 17/
maio de 2006, e passaram a rece- 2006, de autoria do governador,

12 PARLAMENTO PAULISTA
aprovado na Assembléia Legis- plenário que pretendia manter ape- que o problema da segurança é ge-
lativa na sessão ordinária de 16 de nas dois valores para o AOL – R$ neralizado, não só nas grandes
maio de 2006, todo policial da ati- 580 para os policiais dos municí- como nas pequenas cidades. Assim
va passou a receber uma verba adi- pios com mais de 500 mil habitan- como Márcia, o coronel Hermes
cional conforme a classificação das tes e R$ 350 para aqueles que atuam propôs a extensão do benefício a
unidades em que os policiais exer- em cidades com população infe- inativos e pensionistas, além da in-
cem suas atividades. rior –, mas não obteve sucesso. corporação aos vencimentos. Se-
Os valores aprovados variam en- O então deputado Coronel Ubira- gundo ele, ao passar para a reserva,
tre R$ 100 e R$ 580. Os critérios tan entendia que o projeto pode- um policial militar perderá, com a
adotados para a variação do adi- ria provocar divisão nas polícias cessação do pagamento de adicio-
cional foram a complexidade das Civil, Militar e Técnico-Científica. nais, cerca de R$ 930, já incluídos
atividades exercidas e a dificulda- “Vai causar problemas na corpo- os valores do AOL.
de de fixação do profissional. Aos ração, porque haverá soldados ga- O deputado Edson Ferrarini ma-
alunos oficiais, fixou-se o valor nhando mais que sargentos e salá- nifestou apoio incondicional às
de R$ 400,00. rios diferentes na mesma função”, reivindicações dos manifestantes.
Esse AOL será computado no cál- alertou na ocasião. Ubiratan pro- O presidente da Associação dos
culo das férias e do 13º salário, pôs uma emenda que estabelecia Policiais Militares Portadores de
mas não se incorpora aos venci- adicional com valor único de R$ Deficiência Física, sarg ento
mentos, de forma que sobre ele 290 em todas as localidades. Jefferson Patriota dos Santos, aler-
não incidem vantagens de qual- Luis Carlos Gondim apresentou tou que “os policiais saberão mui-
quer natureza nem descontos re- projeto de lei propondo a incorpo- to bem quem votou favorável aos
lativos a assistência médica e con- ração do benefício. Para esse parla- nossos companheiros e, principal-
tribuição previdenciária. mentar, os inativos também deve- mente, quem deu as costas para
Aliás, em razão dessa não-incorpo- riam receber esse adicional nossas reivindicações”.
ração e por não beneficiar aposen- As entidades representativas das Além da não-incorporação da gra-
tados e pensionistas de carreiras classes envolvidas também se mani- tificação aos vencimentos, o que
policiais nem outras categorias festaram durante o trâmite do pro- pode ocasionar a extinção do be-
correlatas, como a dos agentes de jeto. O Sindicato dos Peritos Crimi- nefício caso não sejam previstas
segurança penitenciária, o projeto nais do Estado de São Paulo, atra- dotações nas leis de diretrizes or-
sofreu algumas críticas da oposi- vés de sua presidente, Maria Márcia çamentárias e nos orçamentos fu-
ção ao governo do Estado. da Silva Kesserlring, questionou o turos, outro ponto questionado foi
A Frente Parlamentar de Defesa pagamento diferenciado para profis- a classificação atual das unidades
dos Policiais Paulistas e entidades sionais que têm a mesma formação policiais – que se baseia na popu-
representativas do setor entende- e propôs um valor único. Além dis- lação dos municípios, não nas con-
ram que os valores pagos deveriam so, em sua avaliação, vão aumentar dições de trabalho. Esses fatores
ser mais próximos uns dos outros. os pedidos de transferência para a levaram à apresentação de quatro
“Acredito que o adicional estabele- capital, onde o AOL é maior. “O in- substitutivos e 22 emendas, mas
cido para quem trabalha em uma terior, que já tem pouco pessoal e eles foram rejeitados.
grande cidade não deve ser tão di- falta de estrutura, ficará em condi- Esse adicional, que fora aprovado
ferente daquele fixado para os po- ções ainda piores”, alertou. inicialmente apenas para o ano de
liciais que atuam em pequenos mu- Para o coronel Hermes Bittencourt 2006, sendo que para os exercícios
nicípios”, afir mou o deputado Cruz, presidente da Associação dos seguintes dependeria de dotação
Rafael Silva, coordenador da fren- Oficiais da Reserva da Polícia Mili- orçamentária na Lei de Diretrizes
te. Ele apresentou uma emenda ao tar, o projeto era discriminatório, já Orçamentárias e no Orçamento de

PARLAMENTO PAULISTA 13
cada ano, foi reformado por ou-
tro, o Projeto de Lei Complemen-
tar 34/2006. Essa proposição foi
aprovada ainda em maio pela As-
sembléia e originou a Lei Comple-
mentar 998, de 26 de maio de 2006,
que deu ao AOL caráter definiti-
vo, independentemente da inclusão
da despesa nas citadas leis.

Segurança penitenciária
Outro adicional aprovado pela As-
sembléia Legislativa no presente
exercício foi o Operacional Peni-
tenciário (AOP), que contemplou
os integrantes da carreira de Agen-
te de Segurança Penitenciária e da
O presidente Rodrigo Garcia e os deputados Geraldo Lopes e Baleia Rossi no dia da aprovação
classe de Agente de Escolta e Vi- do AOP, 30 de maio
gilância Penitenciária. Esse bene-
fício foi proposto no Projeto de munerarão seus funcionários com ta que as duas categorias trabalham
Lei Complementar 37/2006, de au- o AOP de R$ 400. com o mesmo público, que é o cida-
toria do governador, que deu ori- O deputado Hamilton Pereira dis- dão em conflito com a lei. Referin-
gem à Lei Complementar 999, de cordou dos critérios e valores apre- do-se aos atentados ocorridos no
1º de junho de 2006. Para os agen- sentados no projeto do Executivo. Estado, praticados por facção crimi-
tes de segurança, os valores do adi- Em uma das três emendas apresen- nosa, Hamilton afirmou que, “em
cional são de R$ 200, R$ 300 ou tadas pelo parlamentar, ele propôs decorrência dos últimos aconteci-
R$ 400, conforme a dificuldade do que o valor dos benefícios deveria mentos, os servidores do sistema
trabalho no estabelecimento pri- ser concedido de acordo com a prisional também têm corrido risco
sional, e para os agentes de escolta classificação da unidade prisional nas ruas como alvos potenciais do
e vigilância, R$ 400. onde o servidor atua. A classifica- crime organizado”, salientou.
O AOP é computado no cálculo ção segue o critério da dificuldade Entre as emendas rejeitadas na
das férias e do 13º salário e não da função, que varia entre Local I aprovação do projeto, estava a de
sofre os descontos relativos à as- (até 300 detentos), Local II (de 301 Vanderlei Siraque, que equipararia
sistência médica e à contribuição a 500 detentos) e Local III (mais a gratificação à dos policiais civis,
previdenciária. de 500 detentos). Hamilton propôs militares e técnico-científicos, que
A classificação das unidades pri- também que, aos servidores de pode, conforme a lotação, chegar a
sionais é fixada na Lei Comple- Local I, fosse pago R$ 290; para o R$ 580. Outra emenda, de Hamil-
mentar 693/1992, que estabelece Local II, R$ 435; e, no lugar dos ton Pereira, propôs que o adicional
o já existente Adicional de Local R$ 400 previstos para os servido- fosse integrado aos vencimentos
de Exercício. Independentemente res de Local III, R$ 580. dos servidores. Ao final, com a re-
desse critério, as unidades que O deputado disse ter se baseado na jeição dos dois substitutivos e das
mantiverem Regime Disciplinar garantia de isonomia entre os servi- 28 emendas apresentadas ao proje-
Diferenciado (RDD), bem como dores do sistema prisional e os poli- to, prevaleceu o texto original, ela-
os centros de ressocialização, re- ciais civis e militares, tendo em con- borado pelo Executivo.

14 PARLAMENTO PAULISTA
atividades de gestão

Ampliando a participação
do cidadão
O portal é mais que um produto ou um canal de comunicação, pois nele
todos, inclusive os cidadãos, são simultaneamente autores e usuários
das informações.

Reunião do Comitê do Portal, composto por Implantado em 10 de março de do cidadão nas ações da Assem-
representantes de várias áreas produtoras de
conteúdo, dentro do conceito de produção, 2005 e com nova interface visual bléia. “É um projeto estratégico
gestão, divulgação e busca compartilhadas a partir de 19 de setembro de de inserção pró-ativa do Parla-
2005, o portal da Assembléia é re- mento paulista na sociedade
sultado da decisão da Mesa Di- informacional em rede, utilizan-
retora de ampliar a participação do todas as possibilidades ofere-

PARLAMENTO PAULISTA 15
cidas pela tecnologia da informa- • Demandar e realizar ações e ser- para o mecanismo do portal cha-
ção”, explica Tania Rodrigues viços ou apresentar propostas de mado DDI-Lei, o que facilitou
Mendes, coordenadora dos traba- fornecimento. muito as consultas”, explicou na
lhos do Comitê do Portal. • Acompanhar processos. época a coordenadora dos traba-
O portal é mais que um produto • Ter acesso a manual de instru- lhos do Comitê do Portal.
ou um canal de comunicação, pois ções “traduzindo” a Alesp para os Como diferença da nova base de
não se estrutura no formato tradi- cidadãos em geral. dados, Tania esclareceu que, a par-
cional de mídia de massa, onde há • Conhecer as características dos tir de uma única tela, pode-se che-
um emissor da mensagem e vários mecanismos da democracia repre- gar não só à íntegra de uma lei, mas
destinatários. No portal da Assem- sentativa e da democracia direta checar se ela tem questionamentos
bléia, todos, inclusive os cidadãos, nos termos constitucionais. judiciais – como ações diretas de
são simultaneamente autores e Para viabilizar essa participação, o inconstitucionalidade. O resultado
usuários das informações disponí- portal utiliza softwares da Vignette da pesquisa também aponta como
veis, articulados em rede descen- – líder mundial em ferramentas de está a situação da lei quanto à sua
tralizada e desconcentrada. “É um gestão de conteúdo –, que permi- regulamentação pelo Executivo,
sistema de informações e de arti- tem, entre outras, as seguintes fa- com a possibilidade de acessar a
culação de processos de produção, cilidades: a) autenticação de usuá- íntegra do decreto, além de indi-
gestão, divulgação e busca de con- rios; b) personalização de conteú- car o projeto de lei que lhe deu
teúdos de forma compartilhada e dos segundo perfis de usuários origem, com seu texto inicial,
interativa”, ressalta Tania. preestabelecidos; c) definição de emendas e toda a tramitação.
Para o desenho da interface gráfi- controles de acesso; d) controle de Em agosto de 2006, a rede interna
ca, da arquitetura de informações prazos; e) gestão de campanhas; f) da Assembléia Legislativa –
e da estrutura de navegabilidade elaboração de relatórios estatísti- intranet – criou um fórum de dis-
foram consideradas as seguintes cos; g) integração com ambiente de cussão sobre temas de interesse da
necessidades de busca do usuário, rede; e h) páginas dinâmicas. comunidade interna. É uma expe-
que deverão ser avaliadas quanto à O portal está fortemente ancora- riência nova que deverá extrapolar
consistência e acessibilidade atra- do em todos os sistemas e bases os limites da Casa e ser veiculada
vés da contratação, em 2007, após de dados corporativos da Alesp, na internet, pelo portal da Alesp,
a implantação do novo layout, de como é o caso do Sistema do Pro- quando então passará a abarcar
serviços de análise de usabilidade: cesso Legislativo (SPL), por meio assuntos que dizem respeito à po-
• Saber o que é a Alesp. do qual, basicamente, elaboram-se pulação paulista em geral.
• Saber como funciona a Alesp e o proposições legislativas e “A idéia é que trabalhemos com
que acontece aqui. disponibilizam-se seus respectivos o espaço do fórum como um des-
• Encontrar informações sobre o conteúdos e andamentos. dobramento do espaço real, quer
andamento dos trabalhos, sobre os dizer, com as mesmas regras que
deputados e quanto aos resultados Mais perto do cidadão hoje regem qualquer discussão,
dessas ações. Em julho de 2006, o portal da seminário, assembléia ou audiên-
• Poder interagir com os trabalhos Alesp completou 2 milhões de cia”, explicou Tania. No futuro,
do Parlamento e participar das dis- acessos. Segundo Tania, uma pá- audiências públicas virtuais tor-
cussões e deliberações. gina que teve grande aumento no narão a participação da popula-
• Buscar elementos para estudar número de visitas foi a de consul- ção mais freqüente, aumentando
temas relevantes em políticas pú- tas à legislação. “Em junho de assim a presença do Legislativo
blicas e para resolver problemas 2006, concluímos o trabalho de na vida do cidadão – e a deste na
individuais e coletivos. migração do sistema da base Folio atividade legislativa.

16 PARLAMENTO PAULISTA
atividades de gestão

Plenário modernizado
Até ser modernizado, o plenário Juscelino Kubitschek mantinha as
instalações e o mobiliário originais da época da inauguração do Palácio 9
de Julho, em 1968.

Momento de execução do hino nacional A Assembléia Legislativa realizou vernador do Estado, Cláudio Lem-
na solenidade de reinauguração
no dia 28 de novembro cerimônia bo, o presidente do Tribunal de
de reabertura do plenário Jusceli- Justiça, desembargador Celso Luiz
no Kubitschek, fechado desde o Limongi, o prefeito de São Paulo,
último dia 30 de junho para a pri- Gilberto Kassab, o presidente da
meira reforma após sua inaugura- Assembléia, Rodrigo Garcia, o 1º
ção, em 25 de janeiro de 1968. secretário, Fausto Figueira, e o 2º
Compuseram a mesa solene o go- secretário, Geraldo Vinholi.

PARLAMENTO PAULISTA 17
A solenidade foi aberta com a apre-
sentação da Banda da Polícia Mili-
tar e com o coral de tenores da Uni-
versidade Livre de Música, interpre-
tando o hino nacional. Os deputa-
dos Salim Curiati (PP) e Célia Leão
(PSDB) foram escolhidos para falar
em nome dos demais parlamentares.
Curiati é o decano da Assembléia
e único deputado atuante que es-
teve presente à solenidade de inau-
guração do Palácio 9 de Julho em
1968. O deputado também discur-
sou em 1968, quando ressaltou a
importância da política na condu- Da esquerda para a direita: Fausto Figueira, Celso Luiz Limongi, Rodrigo Garcia, Cláudio Lembo,
Gilberto Kassab e Geraldo Vinholi
ção do país. “Esta Casa sempre foi
um baluarte de respeito ao ho-
mem público”, afirmou. Curiati para que este trabalho se dê, por acompanhava a mudança que o
concluiu o discurso cumprimen- meio de aparelhagem e instalações Legislativo vinha sofrendo nos últi-
tando os funcionários, ali repre- adequadas. “Foi Kassab quem levan- mos anos. “Por exemplo, cito o pro-
sentados por Yeda Villas Boas, tou a questão das instalações do ple- cesso de elaboração do Orçamento,
que há muito tempo acompanha nário, quando, recém-empossado em que os deputados visitaram nu-
os trabalhos do plenário. deputado estadual, perguntou como merosas cidades do interior para
“Neste modernizado, lindo e de- se saía da tribuna”, disse Garcia. O aglutinar ao projeto de lei as reivin-
mocrático espaço, quero dizer que, presidente da Casa ressaltou que a dicações de toda a sociedade civil.”
depois de 16 anos como deputa- refor ma do plenário Juscelino
da, é a primeira vez que me sinto Kubitschek foi possível graças à A modernização
verdadeiramente igual aos meus criatividade e às parcerias com ins- A modernização do plenário, que
pares”, declarou a deputada Célia tituições como o Banco Nossa Cai- mantinha as instalações e o mobi-
Leão (PSDB). Referia-se a parla- xa. “Podemos exercitar a democra- liário originais da época da inau-
mentar a uma luta que vem de cia tendo um orçamento modesto, e guração, foi concebida pelo arqui-
1991, ocasião em que ela requereu a Assembléia teve nesta última ges- teto Adolpho Rubio Morales, ga-
judicialmente que a tribuna pudes- tão o menor gasto do Orçamento nhador do concurso para criação
se ser usada por todos os cidadãos, de sua história, não abrindo mão de do projeto original do Palácio 9 de
sem barreiras aos portadores de realizar as obras necessárias à sua Julho e detentor dos direitos auto-
deficiência física. modernização”, declarou. rais da reforma. As obras envolve-
O governador do Estado, Cláudio ram a substituição do mobiliário e
Criatividade e parceria Lembo, destacou a importância de das instalações elétricas, de telefo-
O prefeito de São Paulo, Gilberto estarem no plenário reunidos os três nia e da rede de informática, além
Kassab, felicitou Rodrigo Garcia poderes do Estado – o Executivo, o dos reparos estruturais necessários.
pela iniciativa de modernizar o ple- Legislativo e o Judiciário –, dialogan- Com a modernização, o registro
nário Juscelino Kubitschek, afirman- do e ao mesmo tempo preservando dos votos dos deputados no pai-
do que tão importantes quanto o a identidade de cada um. Lembo nel eletrônico passará a ser feito
ofício de legislar são as condições declarou que a reforma do plenário por identificação digital.

18 PARLAMENTO PAULISTA
atividades de gestão

Qualidade na gestão
Certificado entregue em junho de 2006 fez da Assembléia
paulista o primeiro parlamento brasileiro a receber o ISO
9001:2000 para o processo legislativo.

Certificação foi entregue Depois de ter sido a pioneira na O ISO 9001:2000, da International
pela Fundação Vanzolini
obtenção do cer tificado ISO Organization for Standardization,
9002:1994, em 1997, a Assembléia consiste em um conjunto de nor-
Legislativa de São Paulo tornou-se mas aprovadas pela Associação
a primeira no país a conquistar o Brasileira de Normas Técnicas
ISO 9001:2000 para a sua ativida- (ABNT) especificando requisitos
de-fim, o processo legislativo. para um sistema de gestão da qua-

PARLAMENTO PAULISTA 19
lidade. A Assembléia demonstrou da Assembléia com a maior efici- relações comerciais entre os países,
capacidade de atender aos requisi- ência e transparência dos proces- em especial aqueles inseridos na Co-
tos regulamentares aplicáveis e de sos”, disse ele. munidade Européia. Elas foram cri-
fornecer produtos adequados às A certificação tem validade de três adas para permitir a avaliação dos
necessidades dos parlamentares. anos e será periodicamente avalia- fornecedores sob um mesmo mo-
A entrega do certificado à Mesa da, garantindo, dessa forma, a con- delo de gestão, e se tornaram ferra-
Diretora foi feita no dia 28 de ju- tinuidade do processo. Para o pro- mentas consagradas mundialmente
nho de 2006, pela diretoria de Qua- fessor Amaral Ferreira, “o desafio para gerenciar, medir resultados e
lidade e Certificação da Fundação para a instituição é manter a certi- atingir metas com a correção e a pre-
Carlos Alberto Vanzolini, repre- ficação, uma vez que os auditores venção de desvios.
sentada por José Joaquim do voltarão a fazer nova avaliação”. No início da era industrial, o con-
Amaral Ferreira, professor do De- “A norma de 1994 se preocupava trole era concentrado nos produtos.
partamento de Engenharia de Pro- com o controle dos documentos e Depois, passou também aos proces-
dução da Poli-USP. Segundo a fun- a padronização das rotinas de tra- sos produtivos. Entretanto, apenas
dação, os procedimentos adotados balho. Já os protocolos de 2000 esses controles não garantiam os
pela Assembléia Legislativa para procuram também coletar dados e resultados das organizações.
dar suporte a suas funções estão analisar resultados em uma abor- Desenvolveu-se, então, uma visão
de acordo com padrões internacio- dagem sistêmica do gerencia- sistêmica para as organizações, com
nais de qualidade. mento”, afirmou Celso Matsu- mecanismos de gestão integrados
A certificação NBR ISO 9001:2000 moto, gerente do Núcleo de Qua- para todas as áreas que influenciam
atesta a conformidade da Assem- lidade do Legislativo paulista. direta ou indiretamente a realização
bléia Legislativa aos sistemas de A auditoria da Fundação Carlos dos produtos (recursos humanos,
gestão da qualidade para empresas Alberto Vanzolini fora realizada em compras, direção, vendas etc.).
industriais e prestadoras de servi- maio, em vários setores do Parla- Criada em 1967 e gerida por pro-
ços. Ela abrange as áreas de gestão mento paulista. Na ocasião, os au- fessores da Poli-USP, a Fundação
do suporte técnico-legislativo; as- ditores acompanharam os procedi- Carlos Alberto Vanzolini é, desde
suntos jurídicos; gestão orçamentá- mentos administrativos realizados 1998, a única entidade brasileira in-
ria; suprimentos e recursos mate- tanto pela área administrativa quan- tegrada à International Certifi-
riais; infra-estrutura; tecnologia e to pela área parlamentar e redigi- cation Network (IQNet), rede in-
informação; gestão de pessoas; e ram um relatório, que foi entregue ternacional composta pelas 36
gestão estratégica da qualidade. à Mesa Diretora. Os auditores cons- mais importantes certificadoras do
Para o presidente da Assembléia tataram, no sistema de gestão da mundo, o que garante validade in-
paulista, deputado RodrigoGar- qualidade da Assembléia, sete não- ternacional às suas certificações.
cia, receber a certificação ISO conformidades, mas essas inade- Dentro do Sistema Brasileiro de
9001:2000, adotada para credenciar quações não foram empecilho para Certificação, a fundação foi o pri-
empresas privadas nacionais e a obtenção do certificado, já que meiro organismo de certificação
multinacionais, indica o caminho foram apresentados projetos deta- credenciado pelo Inmetro a con-
certo para um modelo de parla- lhados para sua superação. ceder certificados do Sistema de
mento moderno e democrático. Qualidade na série NBR ISO
“Essa certificação nos dá a segu- ISO e Fundação Vanzolini 9000. É uma instituição privada,
rança de que estamos oferecendo As normas da International Orga- sem fins lucrativos.
as melhores condições, primando nization for Standardization (Orga-
pelo padrão de qualidade, para nização Internacional de Padroniza-
melhor orientar e conduzir as ações ção) surgiram com o incremento das

20 PARLAMENTO PAULISTA
atividades de gestão

Segunda turma
Parceria entre Assembléia, prefeitura e entidades não
governamentais proporciona a formação de jovens para o
mercado de trabalho gastronômico.

Diplomados da segunda turma do Projeto Com a presença do presidente da vimento Social e do Trabalho, do
Lanchonete-Escola Alesp
Assembléia, deputado Rodrigo Instituto Mensageiros, da Faculda-
Garcia, do 1º secretário, Fausto Fi- de de Tecnologia em Hotelaria,
gueira, da deputada Ana Martins, de Gastronomia e Turismo de São
representantes das secretarias mu- Paulo e de representantes de seto-
nicipais de Assistência e Desenvol- res da Casa envolvidos no Projeto

PARLAMENTO PAULISTA 21
Deputado Fausto Figueira, 1º secretário da Assembléia, cumprimenta diplomado da segunda turma

Lanchonete-Escola da Alesp, 68 jo- técnica aos adolescentes, procura prego é fundamental, e a lancho-
vens receberam no dia 13 de de- garantir a eles acesso ao mercado nete-escola vem conseguindo aliar
zembro deste ano, na Assembléia de trabalho. Dos 68 jovens forma- boa for mação com empregabi-
Legislativa, certificado de conclusão dos hoje, 50 já estão empregados, lidade. Os conteúdos oferecidos
do curso de capacitação profissio- o que demonstra que o trabalho de vão além da capacitação técnica,
nal em gastronomia. formação vem obtendo resultados, buscam formar pessoas.”
Iniciado em 8 de março de 2006, o e com isso aumenta o número de
projeto formou sua segunda tur- parceiros. Estamos muito satisfei- Primeira turma
ma. Destinado a jovens com idade tos com os frutos dessa iniciativa Em 13 de julho de 2006, foi di-
entre 17 e 21 anos, o curso prepa- implementada pela atual Mesa Di- plomada a primeira turma do pro-
ra profissionais para as funções de retora”, afirmou Rodrigo Garcia. jeto. Com vistas à inserção desses
atendente, auxiliar de cozinha, gar- Para o 1º secretário, Fausto Figuei- jovens no mercado de trabalho, os
çom, chapeiro e barista (especia- ra, o projeto é uma demonstração parceiros do projeto – a Assembléia
lista em preparar café expresso e do empenho do Legislativo em Legislativa, a Prefeitura de São Pau-
bebidas derivadas). contribuir para a melhoria das con- lo, a ONG Instituto Mensageiros e
“O projeto, além de dar formação dições de vida da população: “Em- a Associação Franquia Solidária

22 PARLAMENTO PAULISTA
(Afras) – haviam assinado um pro- to tinha sido o empenho da Mesa com idade entre 17 e 21 anos, nas
tocolo de intenções que já resultara Diretora da Casa. “O empenho pes- funções de atendente, auxiliar de
na contratação da maioria deles por soal do presidente e dos integran- cozinha, g arçom, chapeiro e
empresas franqueadas da capital. tes da Mesa Diretora foi deter- barista, sem prejuízo dos estudos
Segundo o presidente do Instituto minante para estarmos entregando na escola formal. Na segunda fase,
Mensageiros, Eduardo Graziano, o hoje estes diplomas, e podermos in- prevista para 2007, quando entra-
objetivo da entidade, com sede na formar que uma nova turma de rem em funcionamento o restau-
capital, era desenvolver projetos e jovens já iniciou seu treinamento.” rante-escola e a padaria-escola,
ações sociais para promover os di- Na ocasião, Graziano agradeceu à depois da conclusão do novo pré-
reitos da criança e do adolescente Uniban, que respondeu pela for- dio, serão formados 135 jovens,
em situação de vulnerabilidade so- mação teórica e pela certificação, sempre a cada semestre.”
cial (com renda per capita de meio à prefeitura, através da Secretaria Para viabilizar o projeto, a Assem-
salário mínimo ou renda familiar do Trabalho, e à Assembléia, que bléia fornece o espaço físico, mo-
de até três salários mínimos). Já ofereceu toda a infra-estrutura ne- bília e equipamentos. A prefeitura,
Beno Krivkin, presidente da Afras, cessária à implantação do projeto. por meio da Secretaria de Desen-
avaliou que a adesão de empresas Rodrigo Garcia destacou a impor- volvimento Social, orienta a execu-
ao projeto significava “o fecha- tância da iniciativa, que nasceu da ção dos trabalhos e concede bolsa-
mento de um ciclo entre primeiro, idéia da Mesa Diretora de aprovei- auxílio aos jovens no valor de R$
segundo e terceiro setores”. tar os espaços da Assembléia para 200,00. As aulas práticas são pres-
Também presente à cerimônia de desenvolver projetos de capacitação tadas pelo Instituto Mensageiros,
diplomação, o prefeito Gilberto e de ensino profissionalizante. organização não governamental
Kassab destacou que a parceria en- “Uma vez discutida a idéia, procu- que trabalha com projetos sociais.
tre a Assembléia Legislativa e a pre- ramos a Prefeitura de São Paulo, Para que o projeto fosse além da
feitura paulistana permitiu reprodu- contratamos, por meio de licitação, capacitação, foi assinado um pro-
zir no Legislativo estadual a expe- o Instituto Mensageiros e demos tocolo de intenções entre a Assem-
riência bem-sucedida da Câmara início a este projeto, que diploma bléia e a Afras, garantindo aos alu-
Municipal de São Paulo, onde o res- sua primeira turma após uma for- nos formados o encaminhamento
taurante e a lanchonete também são mação de seis meses”, afirmou. aos quadros funcionais das empre-
escolas para a formação de jovens. sas de franquia associadas à Afras.
O prefeito reiterou a disposição de Implantação do projeto Também passou a integrar o pro-
dar seqüência ao projeto. Segundo o 1º secretário do Legis- jeto a Faculdade de Tecnologia em
O secretário municipal do Traba- lativo paulista, deputado Fausto Fi- Hotelaria, Gastronomia e Turis-
lho, Gilmar Viana, além de para- gueira, a idéia de implantar esse mo de São Paulo, responsável pe-
benizar os parceiros do projeto e ser viço social na Assembléia las aulas teóricas.
as famílias dos jovens formandos, Legislativa foi inspirada em inicia-
destacou a sintonia do curso ofe- tiva semelhante na Câmara Muni-
recido na área de gastronomia com cipal de São Paulo. “Em 3 de ou-
a mudança de vocação da cidade tubro de 2005, foi assinado termo
de São Paulo, que hoje cresce mais de cooperação entre o Legislativo
nas áreas de serviços e comércio estadual e a Prefeitura de São Pau-
do que na área industrial. lo para concretizar o projeto”, ex-
Para o presidente do Instituto Men- plicou o 1º secretário na época.
sageiros, Eduardo Graziano, um “Numa primeira fase, seriam for-
dos motivos para o êxito do proje- mados semestralmente 60 jovens

PARLAMENTO PAULISTA 23
audiências públicas

Orçamento popular
Audiências públicas regionalizadas garantiram a participação da
população de todo o Estado na discussão do Orçamento para 2007.

preenchimento eram dadas no iní-


cio da audiência. As folhas deveri-
am conter os dados do autor da pro-
posta, bem como detalhes sobre o
pedido. Cerca de 3 mil pessoas apre-
sentaram propostas de emendas.
Essas sugestões foram inseridas no
Sistema de Cadastro de Emendas, no
portal da Assembléia, uma a uma e
com numeração própria, de forma
que o cidadão pudesse acompanhar
sua tramitação.
O total de emendas incluídas no re-
latório foi de 250, média de cinco
pedidos acolhidos em cada região de
Em Campinas, a audiência pública foi As audiências públicas realizadas em governo. A grande parte das propos-
realizada na Câmara Municipal
2006 para discutir o Orçamento de tas referia-se à recuperação de estra-
2007 não foram uma novidade. En- das, à melhoria dos serviços de saú-
tre agosto e novembro de 2005, de (Santas Casas) e a obras de infra-
ocorreram audiências semelhantes estrutura, como pontes, casas e
nos municípios sedes de 42 regiões obras de saneamento.
de governo do Estado e em sete mu- O relatório foi votado pela Comis-
nicípios da Região Metropolitana de são de Finanças e Orçamento no
São Paulo. O objetivo foi discutir dia 21 de dezembro de 2005 e apre-
propostas a serem incorporadas no ciado pelo Plenário em 22 de feve-
Orçamento de 2006. reiro de 2006. As emendas regio-
A essas 49 audiências públicas, com- nais e as parlamentares foram trans-
pareceram mais de 4 mil pessoas. Ao formadas em subemendas, agrupa-
entrar no local onde a reunião seria das em um único texto denomina-
realizada, cada participante recebia do emenda aglutinativa, que foi
um formulário, cujas instruções de aprovado juntamente com o Orça-

24 PARLAMENTO PAULISTA
mento estadual. A cada região de mento do novo modelo de discus- Emenda 198 fixa que esses investi-
governo foram destinados aproxi- são do Orçamento”. mentos devem ter como referência
madamente R$ 5 milhões para o Índice Paulista de Responsabilida-
implementar as sugestões popula- Regionalização do Orçamento de Social e o Índice de Desenvolvi-
res feitas nas audiências públicas. No período de 10 de maio a 14 de mento Humano.
junho de 2006, a Comissão de Fi- No dia 15 de dezembro de 2006, a
Novo modelo nanças e Orçamento (CFO) reali- Assembléia Legislativa aprovou a
Em 27 de abril de 2006, o presi- zou 24 audiências públicas em mu- LDO para 2007. O texto aprovado
dente da Assembléia, deputado nicípios sedes de regiões de gover- representou um avanço para a área
Rodrigo Garcia, recebeu do secre- no do Estado de São Paulo com a da Educação, que poderá ter seus
tário de Economia e Planejamen- finalidade de ouvir sugestões de au- recursos gerais aumentados de 30%
to do Estado, Fernando Carvalho toridades e de representantes de para 31% do Orçamento do Esta-
Braga, o projeto da Lei de Diretri- segmentos sociais à LDO e ao Or- do. O texto também elevou a cota-
zes Orçamentárias (LDO) referen- çamento para 2007. parte do ICMS para as universida-
te ao exercício de 2007. O secretá- As audiências ocorreram nas cida- des de 9,57% para 10,43% e desti-
rio estava acompanhado por sua des de Araraquara, Araçatuba, nou 1% da arrecadação do mesmo
equipe técnica e entregou o docu- Bauru, Botucatu, Bragança Paulista, imposto para o Centro de Educa-
mento na presença de líderes parti- Campinas, Catanduva, Cruzeiro, ção Tecnológica Paula Souza, que
dários e dos outros dois membros Fernandópolis, Franca, Guarulhos, administra as Faculdades de
da Mesa Diretora da Assembléia, o Marília, Osasco, Ourinhos, Presiden- Tecnologia (Fatecs) e as escolas téc-
1º secretário, Fausto Figueira, e o te Prudente, Registro, Ribeirão Pre- nicas estaduais.
2º secretário, Geraldo Vinholi. to, Rio Claro, Santo André, Santos, A LDO aprovada incluiu ainda ou-
Na oportunidade, Garcia destacou São José dos Campos, São José do tras emendas de autoria dos depu-
a impor tância da LDO, que Rio Preto, São Paulo e Sorocaba. tados, que modificaram o projeto
“direciona todos os investimentos Parte das sugestões apresentadas foi original enviado à Casa pelo Exe-
estaduais que serão aprovados por incorporada ao Projeto de Lei 225/ cutivo em abril. O objetivo das
esta Casa”. 2006 (que dispõe sobre a LDO emendas foi atender reivindicações
Garcia enfatizou ainda que a apro- 2007) pelo relator da matéria, depu- apresentadas durante as 24 audiên-
vação da LDO 2006 e da LOA 2006 tado Edmir Chedid, mediante a con- cias públicas que discutiram o Or-
pela Assembléia apresentara resul- versão das propostas em emendas. çamento para 2007. Entre as emen-
tado inédito e tinha sido marcada O relatório foi aprovado em 29 de das aprovadas, estão a que insti-
pelo “entendimento de um novo agosto pela CFO. tucionaliza a realização de audiên-
modelo e de uma nova visão orça- A LDO trata das metas orçamentá- cias públicas nas 15 regiões admi-
mentária que a Assembléia buscou rias e as sugestões aceitas pelo relator nistrativas do Estado para discutir o
imprimir, junto com o Executivo”. se enquadram em ações de governo Orçamento estadual e a que estabe-
Ele se referia à realização de au- previstas no Plano Plurianual 2004- lece a regionalização dos recursos.
diências públicas nas diversas regi- 2007. Nenhuma nova ação é A deliberação sobre o projeto da
ões do Estado em 2005. indicada no relatório, que apenas al- Lei Orçamentária, que, normal-
O presidente do Parlamento pau- tera os números referentes a cada mente, ocorre em dezembro, ficou
lista disse também que a “sintonia meta, de forma a atender as solicita- para 2007. Sem a votação do Or-
entre os dois poderes, Executivo e ções feitas nas audiências públicas. çamento do Estado, a sessão
Legislativo, é fundamental para Além disso, o relatório prevê que o legislativa anual, marcada para
promover estudos institucionais Orçamento para 2007 indique inves- terminar em 15 de dezembro, não
sobre mecanismos de aprimora- timentos por região de governo e a se encerra.

PARLAMENTO PAULISTA 25
intercâmbio cultural

Homenagem romana
Presidente do Legislativo recebe diploma e medalha da Bienal de
Roma, em reconhecimento à oficialização do Museu de Arte do Parlamento
de São Paulo.

respectivo diploma concedidos a ele


pela Bienal de Roma, em homena-
gem à oficialização do Museu de
Arte do Parlamento de São Paulo,
instalado na Assembléia.
A visitante, que há dez anos se de-
dica ao intercâmbio cultural entre
a Itália e o Brasil, tem divulgado a
arte brasileira na Europa e tam-
bém artistas italianos no Brasil.
Ela pretende ampliar sua ação no
Oriente Médio, mais precisamen-
te na Cidade do Kuwait, onde di-
vulgaria artistas brasileiros.
Em 2004, Livia Bucci doou à As-
sembléia várias obras de artistas
O presidente Rodrigo Garcia (entre Livia No dia 23 de março de 2006, foi italianos e brasileiros que ela re-
Bucci e Massarani) recebendo a
homenagem da Bienal de Roma recebida pelo presidente da Assem- presentava: as pinturas Vida, de
bléia Legislativa, deputado Rodrigo Célia Rachel Rvk; Sermão no Mon-
Garcia, a representante no Brasil e te, de Itamar de Moraes; e Sem Tí-
na América Latina da Bienal de Arte tulo, de Silvana Galeone; e as es-
Internacional de Roma e da Bienal culturas A Família, de Roberto
Internacional de Arte Contempo- Fabiani, e A Dama com Máscara,
rânea de Florença, Livia Bucci. de Elizabeth Tudisco.
Acompanhada de seu filho Carlos O presidente Rodrigo Garcia, após
Rogério Bucci Navarro e do supe- agradecer a homenagem e as doa-
rintendente do Patrimônio Cultu- ções de pinturas e esculturas de ar-
ral da Assembléia Legislativa, tistas peninsulares ao Museu de
Emanuel von Lauenstein Massa- Arte do Parlamento de São Paulo,
rani, Livia entregou ao presidente entregou a Livia a Medalha dos 170
do Legislativo paulista a medalha e anos da Assembléia Legislativa.

26 PARLAMENTO PAULISTA
poder executivo

Governo interino
Ao assumir o governo interino do Estado em outubro passado, o presidente
da Assembléia Legislativa destacou a independência entre os poderes e a
importância do funcionamento do sistema constitucional brasileiro.

dias 8 e 9 de outubro, onde partici-


pou de simpósio sobre a indústria e
se encontrou com líderes políticos
daquele país. O deputado Valdomiro
Lopes, 2º vice-presidente da Casa,
assumiu a presidência do Parlamen-
to paulista pelo mesmo período.
Aos saudar os parlamentares presen-
tes no plenário, Garcia disse: “Que-
ro compartilhar minha emoção com
meus colegas. Tive aqui (na Assem-
bléia) a oportunidade de aprender o
processo político. Todos os meus
colegas foram autênticos professo-
res para mim. Este é um dia memo-
rável na história deste parlamentar”.
Garcia agradeceu também ao go-
vernador Cláudio Lembo pela
oportunidade e reiterou seu com-
promisso com a independência do
Garcia assume o cargo no Palácio dos No dia 5 de outubro de 2006, o pre- Legislativo: “Nestes poucos mas
Bandeirantes: o mais jovem governador da
história de São Paulo
sidente da Assembléia, deputado intensos dias, prometo respeitar de
Rodrigo Garcia, foi empossado go- verdade a autonomia e independên-
vernador interino do Estado de São cia deste Poder”. E completou:
Paulo. A posse de Garcia ocorreu na “Quando se teorizou sobre a inde-
Assembléia e deveu-se a licença so- pendência dos poderes, estabele-
licitada pelo governador Cláudio ceu-se a divisão deles como meio
Lembo para viajar ao Uruguai nos de encontrar o equilíbrio verdadei-

PARLAMENTO PAULISTA 27
Garcia recebeu, no Palácio dos Bandeirantes, comitiva da província japonesa de Shimane

ro da autoridade pública. Acredito Agenda intensa de transporte na cidade.


de fato que o Legislativo é poder Garcia manteve a agenda de Lem- Na tarde do dia 9, o governador
equivalente ao Executivo e ao Judi- bo, com visitas a obras e recepção Rodrigo Garcia recebeu uma co-
ciário e tenho consciência da res- a autoridades já previstas. Na ma- mitiva do Japão, liderada pelo go-
ponsabilidade de governar, mesmo nhã da segunda-feira, 9/10, visto- vernador da província de Shimane,
que por curto período, os mais de riou as obras da fábrica de vacinas Nobuyoshi Sumita. O dirigente ja-
40 milhões de pessoas que vivem contra a gripe do Instituto Butantã, ponês estava acompanhado do pre-
em nosso Estado”. na zona oeste da capital, e entre- sidente da Assembléia da provín-
A transmissão do cargo ocorreu no gou as obras do Programa de cia de Shimane, Tsuyoshi Kurai, e
dia 8, um domingo, no Palácio dos Revitalização dos Pólos e Articu- de representantes da comunidade
Bandeirantes. “Rodrigo Garcia é lação Metropolitana (Pró-Pólos) nipo-brasileira no Brasil.
um jovem de 32 anos, o mais jo- no município de Caieiras. Durante a audiência, Rodrigo Garcia
vem governador que São Paulo já A fábrica do Instituto Butantã disse que o setor sucroalcooleiro
conheceu e isso é motivo de orgu- será a primeira da América Latina paulista – maior região produtora de
lho para todos, mostrando que a a produzir as vacinas contra o ví- etanol do Brasil – está preparado
nossa juventude tem condições de rus Influenza, que causa a gripe co- para atender o crescimento de de-
assumir o governo de São Paulo”, mum. A capacidade de produção mandas das exportações mundiais.
destacou Lembo em seu discurso. nessa unidade será de cerca de 40 Somente em março deste ano, o Ja-
Já como g over nador interino, milhões de doses anuais, quanti- pão comprou do Brasil cerca de 24,6
Rodrigo Garcia acentuou a impor- dade que atenderá toda a deman- milhões de litros de etanol, o que
tância do ato, que “mostra a tran- da nacional. Já o Pró-Pólos de levou o país asiático a ficar no se-
qüilidade da democracia brasileira, Caieiras, localizado próximo à es- gundo lugar entre os compradores
das nossas instituições, do sistema tação da CPTM, visa facilitar a de etanol, atrás apenas dos Estados
constitucional que temos”. integração dos diferentes modos Unidos. Já o presidente da Assem-

28 PARLAMENTO PAULISTA
bléia de Shimane lembrou que visi- história”, completou Garcia. capital. Serão três prédios que
tara nos últimos dias regiões produ- O governador de Shimane falou abrig arão novos ambulatórios
toras de cana-de-açúcar no interior sobre a universidade da província, (diagnósticos e cirurgia ambu-
do Estado e demonstrou estar im- que recebe adolescentes brasilei- latorial), consultórios, centro ci-
pressionado com a tecnologia utili- ros para intercâmbio. Segundo rúrgico, tratamentos de alta com-
zada pelo setor. Sumita, os jovens se transforma- plexidade e centro adminis-
No âmbito cultural, Rodrigo Gar- ram em verdadeira ponte para tro- trativo e apoio logístico. O pro-
cia ressaltou os preparativos para ca de informações culturais entre jeto ainda prevê a construção de
a comemoração do centenário da as duas nações. “Para nós, é mui- um novo auditório para 500 pes-
imig ração japonesa em 2008. to importante manter esses jovens soas. A unidade do Morumbi au-
“Nós, autoridades brasileiras, brasileiros nas nossas universida- mentará de 85 mil para 240 mil
estamos empenhados em promo- des. Eles representam novas ge- metros quadrados. As obras devem
ver uma grande festa para mar- rações e continuarão preservando ser concluídas em 2012. “Esse de-
car essa data. Isso só mostra o a nossa cultura e mantendo assim safio imprime uma nova marca à
respeito que temos com a histó- essa relação”, comentou Sumita. nossa história, que traz em sua tra-
ria da cultura japonesa em São À noite, Rodrigo Garcia partici- jetória a perspectiva visionária”, dis-
Paulo. A comemoração do cen- pou do lançamento da pedra fun- se Cláudio Luiz Lottenberg, presi-
tenário vai ser importante para damental da expansão do Hospi- dente da Sociedade Beneficente
que possamos reviver toda essa tal Israelita Albert Einstein, na Israelita Albert Einstein.

Deputados comentam a posse de Rodrigo Garcia


Na cerimônia de posse como governador duzi-lo à Presidência da Casa”, afirmou o Paulo”, foi o que desejou Conte Lopes (PTB).
interino do Estado de São Paulo, o deputa- deputado Sebastião Arcanjo (PT). “Que nas “Rodrigo é preparado, é um jovem com atitu-
do Rodrigo Garcia ouviu os pronunciamen- próximas 48 horas o Estado de São Paulo des certeiras. Será um representante à altura,
tos de seus pares. Leia o que disseram os possa dar um salto de qualidade.” pela sua jovialidade e pela sua experiência, pela
parlamentares: “O Partido Verde sempre depositou um cari- sua capacidade de resolver problemas”, afirmou
“É a juventude na política, que se investe nho e uma responsabilidade muito grandes Afanasio Jazadji (PFL), para quem os 40 mi-
de ética, de compromisso e de seriedade”, em Vossa Excelência e sabe da carreira bri- lhões de habitantes do Estado estarão sob os
afirmou Ana Martins (PCdoB), lembrando de lhante que desempenhou no Parlamento cuidados desse jovem “quase menino”.
mudanças importantes na atuação da As- paulista. É o mais jovem em idade, mas a “É uma pessoa especial, de quem aprende-
sembléia, como a participação da socieda- experiência a ultrapassa, e muito”, declarou mos a gostar pela sua postura, seu equilí-
de na discussão do Orçamento. Paulo Sergio (PV). brio e sua competência”, disse Maria
“Quando o elegemos presidente desta Casa, “Um escritor já disse que quem quer ser Almeida (PRB).
tínhamos certeza de que viria para engran- universal tem de primeiro cantar sua al- “Eu me sinto realmente orgulhoso como o
decer o Legislativo paulista, tratando todos deia”, disse Vaz de Lima (PSDB). “Isso (a mais antigo deputado desta Casa – não o
os deputados de maneira igual”, disse Ba- posse) coroa sua carreira nesses dois man- mais velho, o mais antigo – ao assistir a uma
leia Rossi (PMDB). “Sentimos orgulho de datos. Esperamos que Vossa Excelência cerimônia deste porte”, declarou Antonio
vê-lo assinar o livro como o governador mais deixe uma marca muito boa, muito positi- Salim Curiati (PP), que propôs reforma cons-
jovem da história de São Paulo.” va, de sua personalidade.” titucional para assegurar que o equilíbrio
“A bancada do PT sabe que desempenhou “Que Vossa Excelência tenha sorte nesse pe- entre os poderes no Estado de São Paulo seja
um papel importante ao contribuir para con- ríodo à frente do Executivo do Estado de São efetivamente assegurado.

PARLAMENTO PAULISTA 29
Rodrigo Garcia foi o 11º presidente da
Alesp a ocupar a chefia de governo do Estado

Antônio Sérgio Ribeiro* Depois disso, somente em 1985 é que um presidente da Assem-
bléia Legislativa exerceria o cargo de governador. Assumiu a incum-
Com a posse do presidente da Assembléia Legislativa do Estado de bência de dirigir o Estado o deputado Néfi Talles, quando da viagem
São Paulo, deputado Rodrigo Garcia, no cargo de governador, foi a do governador Franco Montoro aos países da Bacia do Prata, nos
11ª vez desde o advento da República, em 15/11/1889, que um chefe dias 1º e 2/3/1985.
do Poder Legislativo ocupou o posto de chefe do Poder Executivo no
Estado. Entre 1892 e 2006, assumiram o governo do Estado três pre- O governador Montoro se licenciaria do cargo mais uma vez: entre 11
sidentes do antigo Senado Estadual e oito presidentes da Assembléia e 16/12/1986, para realizar outra viagem ao exterior, assumindo as
Legislativa (na chamada República Velha – 1891-1930 –, o sistema funções de governador o presidente da Assembléia na época, deputa-
legislativo nos estados era bicameral, composto do Senado Estadual do Luiz Carlos Santos.
e da então Câmara dos Deputados Estadual, hoje Assembléia).
Entre 7 e 17/2/1991, assumiu o Executivo paulista o deputado Tonico
A primeira vez que um chefe do Poder Legislativo assumiu o governo Ramos, quando da licença do governador Orestes Quércia também
de São Paulo foi em 21/9/1892. O presidente do Senado na época, para uma viagem ao exterior.
Ezequiel de Paula Ramos, exerceu o cargo interinamente, em razão da
viagem do presidente do Estado (o equivalente ao governador de hoje), Durante a gestão do governador Luiz Antonio Fleury Filho, por duas
Bernardino de Campos, ao Rio de Janeiro, a então capital federal. vezes um presidente da Assembléia Legislativa assumiu o cargo
de chefe do Poder Executivo: de 8 a 18/5/1992, o deputado Carlos
A segunda vez foi entre o término do mandato de Bernardino de Cam- Apolinário, e nos dias 12 e 13/12/1994, o deputado Vitor Sapienza.
pos e antes da posse do presidente eleito Campos Salles, quando
houve um hiato de 15 dias, período no qual assumiu o cargo o presi- Antes do deputado Rodrigo Garcia, a última vez que um presidente
dente do Senado Estadual, Francisco de Assis Peixoto Gomide. da Assembléia Legislativa havia exercido o cargo de governador
do Estado foi entre 13 e 15/11/2001. Na época, o deputado Walter
A terceira vez foi por ocasião da morte do presidente Carlos de Cam- Feldman assumiu o lugar do governador Geraldo Alckmin, em ra-
pos, em 27/4/1927. O vice-presidente Fernando Prestes, por motivo zão de viagem deste ao exterior.
de doença, não pôde assumir, cabendo ao então presidente do Sena-
do, Antonio Dino da Costa Bueno (Dino Bueno), a tarefa de dirigir os O deputado Rodrigo Garcia foi o mais jovem governador da histó-
destinos de São Paulo e passar o cargo ao sucessor eleito, Júlio Pres- ria do Estado de São Paulo. Tem 32 anos de idade. Nasceu em
tes de Albuquerque, em 14/7/1927. Tanabi (SP) no dia 10/5/1974.

Candidato à presidência da República, o governador Armando de


Salles Oliveira renunciou ao cargo em 29/12/1936, assumindo in-
terinamente suas funções o presidente da Assembléia Legislativa,
deputado Henrique Smith Bayma, que permaneceu como gover-
nador até a posse de José Joaquim Cardozo de Mello Neto, eleito *Antônio Sérgio Ribeiro é advogado,
pesquisador e funcionário da Secretaria
pela própria Assembléia. Geral Parlamentar da Assembléia

30 PARLAMENTO PAULISTA
eleições 2006

O novo Parlamento
As eleições de 1º de outubro renovaram 45 das 94 cadeiras
de deputados estaduais da Assembléia Legislativa. As 49 vagas
restantes serão ocupadas por deputados reeleitos.

um do PDT, um do PSC e um do
PSB. Veja nas páginas adiante
breves perfis dos eleitos.
Comparado com outros três dos
maiores colégios eleitorais do
país, o Estado de São Paulo re-
gistrou renovação parlamentar
superior à de M i n a s G e r a i s
(40,2%) e Rio Grande do Sul
(38,2%), mas inferior à do Rio de
Janeiro, que renovou 48,5% de
suas cadeiras.

PSDB, a maior bancada


O PSDB foi o partido que obte-
ve o maior número de candida-
tos eleitos para o Parlamento
paulista, conseguindo 24 cadeiras.
Plenário JK no dia da diplomação Permanecerão na próxima legis- O número representa um avanço
latura 49 parlamentares que exer- para o partido. Em 2002, foram
ciam mandato no dia do pleito, eleitos 18 deputados tucanos,
um índice de reeleição de 52,1%. mas no transcurso da atual legis-
Serão 45 os deputados novos latura a legenda recebeu a filiação
paulistas, 47,9% das 94 cadeiras da de quatro parlamentares de ou-
Casa. Onze são do PSDB. Se- tros partidos.
guem-se o PFL, com oito, e o PV, Já o PT, que terá a segunda maior
com sete. O PT elegeu cinco no- bancada, diminuiu o número de ca-
vos parlamentares. Os 14 restan- deiras dos atuais 22 parlamentares
tes estão assim distribuídos en- para 20. Em comparação com as
tre os partidos: três do PPS; dois eleições de 2002, a coligação PT-
do PSOL, dois do PMDB e dois PCdoB perdeu cinco cadeiras. Em
do PL; e um do PP, um do Prona, 2002, foram eleitos 23 petistas – o

PARLAMENTO PAULISTA 31
deputado Mauro Menucci deixou o candidataram a uma vaga na Câ- eleitos a tomar posse de seus car-
partido em 2005 para se filiar ao PSB mara dos Deputados. Seis deles gos. A cerimônia, relativamente
– e dois representantes do PCdoB, foram eleitos deputados federais rápida, foi conduzida pelo presi-
que não conseguiu reconquistar re- por São Paulo, quatro do PSDB, dente do Tribunal Regional Elei-
presentação na Assembléia. Funda- um do PPS e um do PT: Arnaldo toral (TRE), desembargador Pau-
do em 2004, o PSOL estréia na pró- Jardim (PPS), Duarte Nogueira lo Henrique Barbosa Pereira. Em
xima legislatura do Parlamento (PSDB), Edson Aparecido seu pronunciamento, ele abordou
paulista com duas cadeiras. (PSDB), Ricardo Tripoli (PSDB), – “para a meditação do ilustre se-
O PPS, o PL, o PP e o PSC não so- Vanderlei Macris (PSDB) e Cân- nador e dos nobres deputados fe-
freram alteração em suas bancadas. dido Vaccarezza (PT). derais” – a Proposta de Emenda
O primeiro permaneceu com cinco Não obtiveram vaga em Brasília Constitucional 358/2005, que tra-
representantes e os demais mantive- Geraldo Bispo Gê Tenuta (PFL), mita na Câmara dos Deputados,
ram duas cadeiras. O PDT e o PTB Milton Vieira (PFL), Souza Santos propondo mudanças na estrutura
sofreram redução de um membro (PL), Havanir Nimtz (PSDB), José da Justiça Eleitoral.
cada, ficando com cinco e quatro Carlos Stangarlini (PSDB), Ítalo “Esta estrutura deverá permane-
parlamentares, respectivamente. Cardoso (PT), Renato Simões (PT) cer, com o que se manterão as já
O maior crescimento proporcio- e Roberto Alves (PTB). reconhecidas características de
nal foi apresentado pelo PFL, que Dos seis deputados estaduais elei- eficiência e celeridade com que se
havia conquistado seis cadeiras tos para a Câmara dos Deputados, desenvolvem os trabalhos dessa
em 2002 e agora obteve 11. O PV quatro têm base eleitoral na capi- Justiça especializada”, afirmou,
também demonstrou crescimento, tal. Nogueira é de Ribeirão Preto após fazer um rápido balanço do
passando de cinco para oito repre- e Macris de Americana. atual funcionamento das instân-
sentantes. O Prona, depois de per- Arnaldo Jardim e Duarte Nogueira cias eleitorais.
der seus quatro parlamentares já foram secretários estaduais da Os diplomas foram entregues pri-
para outros partidos – a última a Habitação. Nogueira foi ainda se- meiro aos deputados federais e em
sair foi a deputada mais votada em cretário da Agricultura e Abasteci- seguida aos estaduais, senador,
2002, Havanir Nimtz, que em mento e Tripoli foi secretário do vice-governador e governador.
2006 tentou se eleger à Câmara Meio Ambiente. Tripoli e Macris já Contrastando como o comporta-
dos Deputados pelo PSDB –, re- presidiram o Legislativo paulista. mento em geral discreto da lotada
conquistou uma cadeira. g aleria do plenário Juscelino
Outro fenômeno constatado pelos A diplomação dos eleitos Kubitschek, ouviram-se vaias a al-
resultados do pleito deste ano foi o Os escolhidos em 1º/10/2006 para guns diplomados e aplausos demo-
desaparecimento dos pequenos par- representar a vontade dos eleitores rados a outros.
tidos na Assembléia. PTN, PRP, de São Paulo foram diplomados pelo
PGT e PRB, que contaram com re- Tribunal Regional Eleitoral no dia 19
presentante no Parlamento paulista de dezembro, em cerimônia realiza-
em algum momento da atual da na Assembléia Legislativa. Foram
legislatura, não participaram da ce- distribuídos os diplomas de 70 de-
rimônia de diplomação dos eleitos. putados federais, 94 estaduais, do
senador Eduardo Suplicy (PT), do
Estaduais eleitos federais governador José Serra e seu vice,
Dos 94 deputados estaduais da Alberto Goldman (do PSDB).
atual legislatura, que se estende Caso não haja interposição de re-
até 14 de março de 2007, 14 se curso, a diplomação habilita os

32 PARLAMENTO PAULISTA
eleições 2006

Lista dos deputados eleitos por partido e número de votos

PSDB 15. Cido Sério 63.021 4. Alex Manente 60.571


1. Pedro Tobias 228.325 16. Roberto Felício 59.227 5. David Zaia 54.799
2. Paulo Alexandre Barbosa 182.654 17. José Candido 58.932
3. Vaz de Lima 142.903 18. Maria Lúcia Prandi 55.736 PTB
4. Analice Fernandes 140.587 19. Vanderlei Siraque 55.715 1. Campos Machado 246.247
5. Sidney Beraldo 136.826 20. Fausto Figueira 55.599 2. Edson Ferrarini 98.541
6. Célia Leão 124.131 3. Waldir Agnello 87.939
7. Bruno Covas 122.312 PFL 4. Conte Lopes 87.191
8. Orlando Morando 120.771 1. Rodrigo Garcia 196.824
9. Maria Lúcia Amary 117.212 2. Gil Arantes 149.642 PMDB
10. Barros Munhoz 114.009 3. Dárcy Vera 140.702 1. Jorge Caruso 81.810
11. Celso Giglio 111.302 4. André Soares 120.168 2. Baleia Rossi 64.000
12. Mauro Bragato 110.146 5. Estevam Galvão 94.099 3. Uebe Rezeck 52.587
13. Samuel Moreira 109.225 6. João Mellão Neto 79.903 4. Ed Thomas 48.609
14. Celino Cardoso 106.563 7. Edmir Chedid 78.583
15. Roque Barbiere 96.597 8. João Barbosa 77.650 PSB
16. Fernando Capez 95.101 9. Bispo Zé Bruno 73.968 1. Valdomiro Lopes 132.605
17. Antonio Carlos 94.218 10. Aldo Demarchi 70.880 2. Vinícius Camarinha 94.551
18. Marcos Zerbini 94.082 11. Milton Leite 70.629 3. Jonas Donizette 89.374
19. Rodolfo Costa e Silva 92.382 4. Luciano Batista 59.653
20. João Caramez 84.560 PV
21. Ricardo Montoro 81.181 1. Rita Passos 76.841 PSOL
22. Roberto Engler 77.486 2. Padre Afonso Lobato 67.138 1. Carlos Giannazi 50.269
23. José Augusto 74.638 3. Vanessa Damo 64.579 2. Raul Marcelo 35.670
24. Roberto Massafera 72.205 4. Major Olímpio 52.386
5. Edson Giriboni 47.968 PSC
PT 6. Reinaldo Alguz 47.192 1. Said Mourad 34.020
1. Rui Falcão 183.364 7. Chico Sardelli 45.445 2. Lelis Trajano 29.515
2. Simão Pedro 104.339 8. Feliciano 43.643
3. Mário Reali 98.694 PP
4. Carlinhos Almeida 94.024 PDT 1. Russomano 71.952
5. Sebastião Almeida 89.399 1. Rogério Nogueira 117.298 2. Antonio Salim Curiati 66.208
6. Hamilton Pereira 82.256 2. Geraldo Vinholi 83.935
7. Vicente Cândido 81.132 3. Rafael Silva 68.092 PL
8. Antonio Mentor 77.874 4. Haifa Madi 66.981 1. Gilmaci Santos 65.188
9. José Zico Prado 76.708 5. José Bittencourt 41.510 2. Otoniel Lima 60.358
10. Marcos Martins 71.474
11. Adriano Diogo 69.074 PPS Prona
12. Ana do Carmo 67.596 1. Roberto Morais 82.487 1. Patrícia 77.351
13. Ana Perugini 66.878 2. Luis Carlos Gondim 70.403
14. Donisete Braga 64.569 3. Vitor Sapienza 64.918

PARLAMENTO PAULISTA 33
eleições 2006

Os 49 deputados reeleitos
Adriano Diogo – PT comerciais de medicamentos. Em 2006, foi reeleito com 77.874 votos.
Adriano Diogo é geólogo sanitarista for-
mado pela USP. Iniciou sua militância po- Ana do Carmo – PT
lítica em 1963. Participou da resistência Ana do Carmo iniciou sua militância na luta
à ditadura militar e da luta pela anistia e sindical, durante as greves trabalhistas de
pelos direitos humanos. Foi eleito quatro 1979 e 1980, quando era operária. É filiada
vezes vereador de São Paulo. Atuou em ao PT desde sua fundação. Atua no movi-
defesa do meio ambiente, saúde pública, mento popular e de mulheres e nas lutas
educação, moradia popular e regiões pe- dos moradores por melhorias no bairro
riféricas. É autor da Lei de Coleta Seletiva desde os anos 70. Foi eleita vereadora em
de Lixo e da Lei das Piscininhas do município (de combate às enchen- São Bernardo do Campo em 1988, quan-
tes). Em 2002, elegeu-se deputado, licenciando-se da Alesp em 2003 do estão passou a intensificar seu trabalho
para ser secretário municipal do Meio Ambiente de São Paulo. Em 2006, junto ao povo pobre da cidade, que, segundo ela, forma grande parte de
foi reeleito com 69.074 votos. seu eleitorado. Reelegeu-se vereadora em 1992, 1996 e 2000. Depois
de ter sido suplente nas eleições de 1998, elegeu-se deputada estadual
Aldo Demarchi – PFL em 2002 com 67.752 mil votos. Em 2006, foi reeleita com 70.880 votos.
Aldo Demarchi é administrador de em-
presas. Foi vereador, vice-prefeito e pre- Analice Fernandes – PSDB
feito em Rio Claro. Elegeu-se deputado Analice Fernandes é enfermeira e foi se-
estadual pelo PPB (hoje, PP) em 1994, cretária do Bem-Estar Social de Taboão da
com 27.789 votos, reelegendo-se em Serra. Em sua primeira disputa eleitoral,
1998 pelo mesmo partido, com 53.702 em 2002, elegeu-se deputada estadual
votos. Este é seu terceiro mandado na com 100.134 votos. As bandeiras de seu
Alesp (elegeu-se com 55.995 votos). mandato são saúde, promoção social, ge-
Demarchi já apresentou mais de 80 pro- ração de emprego e renda e melhores con-
jetos de lei. Tem entre suas metas de trabalho incentivar a agricultura dições para a mulher mãe de família. Na
natural, a agropecuária e a implantação de pequenas e médias empre- Grande São Paulo, luta pela ampliação da
sas no Estado. É defensor das escolas técnicas (de ensino médio). Em Linha 4 do Metrô. Nascida no interior do Estado, em Jales, atua também
2006, foi reeleito com 70.880 votos. na defesa do agronegócio, da qual faz parte a criação da Central Integrada
de Alimentos de São Paulo (Ciasp), um entreposto às margens do
Antonio Mentor – PT Rodoanel. Em 2006, foi reeleita com 140.587 votos.
Antonio Mentor foi vereador e secretário
de Governo em Americana. Este é seu se- Antonio Salim Curiati – PP
gundo mandato de deputado estadual. Em O médico Antonio Salim Curiati cumpre,
2002, sua votação foi a maior da Região desde março de 2003, seu sétimo man-
Metropolitana de Campinas, afirma. Na dato no Legislativo paulista. Foi eleito
Alesp, foi líder da bancada do PT e presi- deputado estadual de 1967 a 1978, em
dente da Comissão de Serviços e Obras 1990 e em 1998. Nascido em Avaré, no
Públicas. Entre as propostas que apresen- interior paulista, foi deputado federal de
tou na Casa, estão o fim do voto secreto 1987 a 1991, período em que se elabo-
dos deputados, a delegação de poder de polícia às Guardas Municipais, rou a nova Constituição do país. Exerceu
o combate ao assédio moral no serviço público e a regulamentação dos ainda a prefeitura da cidade de São Pau-

34 PARLAMENTO PAULISTA
lo de 1982 a 1983. Foi secretário estadual da Promoção Social de Campos Machado – PTB
1979 a 1982 e secretário municipal da Família e Bem-Estar Social de Advogado criminalista, Antônio Carlos de
1993 a 1994. Entre 1995 e 1998, foi secretário municipal executivo Campos Machado ingressou na política pe-
para Assuntos Comunitários. É o atual líder da bancada do PP na las mãos de Jânio Quadros. Eleito deputa-
Casa. Em 2006, foi reeleito com 66.208 votos. do pela primeira vez em 1990, reelegeu-
se seguidamente. Em 2002, obteve
145.647 votos. Campos Machado é autor
Afonso Lobato – PV de cerca de 90 leis aprovadas em plená-
Formado em filosofia, direito e teolo- rio, entre elas a que prevê benefícios fis-
gia, José Afonso Lobato, 44 anos, foi cais para empresas em que pelo menos
ordenado sacerdote em 1988 e passou 30% de seus funcionários tenham mais de 40 anos de idade. Foi condu-
a coordenar a Pastoral Diocesana em zido pela 12ª vez consecutiva à liderança do PTB na Alesp, fato inédito na
Taubaté. Em 1994, assumiu a Paróquia história da Casa, afirma. É autor das propostas de criação das CPIs dos
da Santíssima Trindade, onde ficou por Bingos (1995) e da Telefônica (1999). É o atual líder do PTB na Casa. Em
oito anos, criando projetos sociais para 2006, foi reeleito com 246.247 votos.
o atendimento de pessoas carentes e
prestando serviços à comunidade e aos Carlinhos Almeida – PT
mais necessitados. Em 2002, deixou a paróquia para disputar uma Eleito deputado em 1998, Carlinhos
vaga de deputado pelo PV. Foi eleito com 41.334 votos. Hoje, exer- Almeida foi reeleito em 2002, ano em
ce o ministério sacerdotal, visitando comunidades e motivando ca- que liderou a bancada do PT na Alesp.
tólicos a assumir a dimensão sociopolítica da fé. Foi líder do PV na Também em 2002, foi apontado pela
Casa. Em 2006, foi reeleito com 67.138 votos. ONG Voto Consciente como um dos 25
melhores deputados estaduais da Alesp.
Bancário, professor de história, foi verea-
dor por três mandatos e presidente da
Câmara Municipal de São José dos Cam-
Baleia Rossi – PMDB pos. Seus principais projetos propõem a suspensão e revisão da pro-
Luís Felipe Baleia Tenuto Rossi conta gressão continuada nas escolas do Estado, a instituição do Orçamen-
que sua trajetória política começou aos to Participativo Estadual e a criação da Região Metropolitana do Vale
20 anos, como o vereador mais jovem do Paraíba. Foi presidente da Comissão de Educação da Alesp. Em
da Câmara Municipal de Ribeirão Pre- 2006, foi reeleito com 94.024 votos.
to. Conta ainda que, aos 28 anos, em
seu terceiro mandato, foi o vereador Célia Leão – PSDB
mais votado da história da cidade. Aos Paraplégica por acidente de automóvel
30, elegeu-se deputado, com mais de desde 1974, Célia Leão é militante dos
77 mil votos. Bacharel em direito, foi movimentos pelos direitos das pessoas
vice-presidente da Câmara e secretário municipal de Esportes. Sua portadoras de deficiência. Ex-vereadora e
atuação tem se voltado sobretudo para a defesa de interesses que uma das fundadoras do PSDB em Campi-
conduzem ao fortalecimento da família. É um incentivador de prá- nas, foi eleita deputada em 1990 e reeleita
ticas ecológicas e esportivas e que afastem os jovens da violência sucessivamente. Em 2002, obteve quase
das ruas. É o atual líder do PMDB na Casa. Em 2006, foi reeleito 110 mil votos. Foi a primeira mulher na
com 64.000 votos. história da Alesp a presidir a Comissão de

PARLAMENTO PAULISTA 35
eleições 2006

Constituição e Justiça. Presidiu também a Comissão de Assuntos Inter- Donisete Braga – PT


nacionais e atualmente preside a de Cultura, Ciência e Tecnologia. Sua Donisete Braga, 37 anos, nasceu em
atuação é voltada para questões de saúde e assistência social, com aten- Flora Rica (SP). Foi vereador em Mauá
dimento primordial a portadores de deficiência, crianças, adolescentes, por duas vezes, sempre pelo PT, parti-
mulheres e idosos. Em 2006, foi reeleita com 124.131 votos. do que ajudou a criar no Grande ABC
paulista. Está em seu segundo man-
dato de deputado. Na Alesp, foi presi-
dente da Comissão de Defesa do Meio
Celino Cardoso – PSDB Ambiente. É autor de duas importan-
Eleito deputado estadual pela primei- tes leis que mudaram o zoneamento
ra vez em 1994, Celino Cardoso, cum- industrial da Região Metropolitana de São Paulo. Seu trabalho pela juven-
pre seu terceiro mandato. Em 2002, tude resultou na instalação da primeira faculdade pública do Grande ABC,
obteve 108.274 votos. Nascido no a Fatec, em Mauá, e na Lei 10.959/01, que facilita o acesso de jovens de
Paraná, empresário do ramo hoteleiro baixa renda às universidades, por meio de estágios remunerados. Em
e da construção civil, desenvolve atua- 2006, foi reeleito com 64.569 votos.
ção em busca da solução de proble-
mas das comunidades, sobretudo com Edson Ferrarini – PTB
crianças carentes e pessoas da tercei- Eleito deputado estadual em 1986,
ra idade. Suas atividades políticas concentram-se na zona noroes- vem sendo sempre reeleito. Este é
te da capital e no interior, na sub-região de São Pedro. Foi secre- seu quinto mandato. É advogado,
tário-chefe da Casa Civil do governo Mário Covas e 1º vice-presi- psicólogo e coronel da reserva da
dente da Alesp. Ocupou a Presidência da Casa de janeiro a março Polícia Militar. Mantém um centro
de 2003. Em 2006, foi reeleito com 106.563 votos. de recuperação para alcoolismo e
drogas há mais de 30 anos, abso-
lutamente gratuito. É autor de vários
Conte Lopes – PTB livros sobre o assunto. Sua luta, en-
Eleito em 2002 para o quinto mandato tre outros temas, é por mais segurança e menos tóxico. Em 2006,
consecutivo, com cerca de 207 mil vo- foi reeleito com 98.541 votos.
tos, Conte Lopes, 57 anos, paulistano,
formado em direito, é capitão da Polí- Edmir Chedid – PFL
cia Militar e detentor da Láurea de Mé- Advogado e empresário, Edmir Chedid
rito Pessoal em primeiro grau. Em foi vereador por dois mandatos e presi-
1998, foi o segundo deputado mais dente da Câmara Municipal de Serra
votado no Estado. Atuou como mem- Negra. No PFL, foi presidente do Diretório
bro da CPI do Crime Organizado Municipal de Serra Negra e 2º tesourei-
(1997) e da CPI do Narcotráfico (1999). Em 2001, foi escolhido ro estadual. Atualmente, é presidente do
líder do PPB (hoje, PP) na Alesp e membro da CPI do Sistema Diretório Municipal de Bragança Paulista
Prisional. Em março de 2003, foi reconduzido à liderança do par- e membro da Comissão Executiva Esta-
tido. É autor do livro Matar ou Morrer, no qual relata as princi- dual. Este é seu terceiro mandato con-
pais ocorrências de sua vida como policial. Em 2006, foi reeleito secutivo de deputado. Foi líder da bancada do PFL (1998-2001) e 2º
com 87.191 votos. vice-presidente da Casa (2001-03). Presidiu a CPI dos Combustíveis
e as Comissões de Fiscalização e Controle e de Assuntos Metropoli-

36 PARLAMENTO PAULISTA
tanos. Foi relator da CPI dos Pedágios. É o líder do PFL na Alesp. Em Hamilton Pereira – PT
2006, foi reeleito com 78.583 votos. Hamilton Pereira nasceu em Sorocaba
e cumpre seu terceiro mandato de de-
putado estadual. Nas eleições de 2002,
Fausto Figueira – PT foi o deputado mais votado do PT no
Fausto Figueira é médico. Elegeu-se Estado de São Paulo e no Brasil, com
três vezes vereador em Santos. Foi di- 131.637 votos. De 2001 a 2003, ocu-
retor do Hospital Guilherme Álvaro, pou o cargo de 1º secretário da Alesp.
presidente do Sindicato dos Médicos Hoje, é vice-presidente da Comissão
de Santos e diretor da Federação Na- de Relações do Trabalho. a qual já pre-
cional dos Médicos e do Conselho Re- sidiu por três vezes, tendo atuado no combate ao trabalho escravo
gional de Medicina do Estado. Entre e infantil e na qualificação da mão-de-obra. Entre as leis de sua
1989 e 1990, ocupou a chefia de ga- autoria, estão as que criaram o Programa de Combate à Violência
binete da então prefeita Telma de Sou- nas Escolas e o Programa de Atendimento Integral aos Portadores
za e, entre 1991 e 1992, foi secretário de Turismo. Em 1992, foi do Mal de Parkinson. Em 2006, foi reeleito com 82.256 votos.
eleito vereador pela primeira vez, tendo sido líder do governo David
Capistrano na Câmara. Presidiu o Diretório Municipal do PT de João Caramez – PSDB
1998 a 1999. Este é seu primeiro mandato de deputado estadual. Professor e empresário da construção
É o atual 1º secretário do Parlamento paulista. Em 2006, foi reeleito civil, João Caramez começou sua vida
com 55.599 votos. pública em 1976, como vice-prefeito
de Itapevi, município onde nasceu e
vive até hoje. Em 1992, foi eleito pre-
feito da cidade. Cumprido o mandato,
foi eleito presidente do Conselho de
Geraldo Vinholi – PDT Desenvolvimento de Itapevi e 1º secre-
Economista, foi superintendente da tário da Associação Paulista de Muni-
Conesp (Companhia de Construções cípios. Em 1998, elegeu-se deputado estadual. Foi relator da CPI
Escolares do Estado de São Paulo), de dos Precatórios Municipais. Foi secretário-chefe da Casa Civil do
1985 a 1988, diretor-presidente da governo Mário Covas. Em 2002, reelegeu-se deputado com
Empresa Metropolitana de Transportes 104.649 votos. Foi presidente da Comissão de Administração Pú-
Urbanos (EMTU), de 1988 a 1991, e blica da Alesp. Em 2006, foi reeleito com 84.560 votos.
diretor de Administração e Finanças da
Companhia Paulista de Trens Metropo- Jonas Donizette – PSB
litanos (CPTM), de 1993 a 1994. Em Jonas Donizette Ferreira nasceu em
1998, elegeu-se deputado. Em 2002, reelegeu-se com cerca de Monte Belo (MG), em 1965, e mudou-
70 mil votos. É secretário-geral da Executiva Estadual do PDT. Co- se para Campinas em 1969, onde resi-
ordenou o Grupo Terceiro Setor no Fórum São Paulo Século XXI. de com a família. Estudou jornalismo
Presidiu a Comissão de Agricultura e Pecuária e a CPI dos Pedági- na Pontifícia Universidade Católica de
os. É o atual 2º secretário do Parlamento paulista. Em 2006, foi Campinas e há 18 anos atua como ra-
reeleito com 83.935 votos. dialista na cidade. Iniciou-se na políti-
ca em 1992, como vereador. Em 1996
e 2000 reelegeu-se vereador, com a

PARLAMENTO PAULISTA 37
eleições 2006

maior votação da cidade (cerca de 20 mil votos), afirma. Este é seu José Zico Prado – PT
primeiro mandato de deputado, tendo obtido 39.095 votos. Só to- José Zico Prado está exercendo seu quar-
mou posse em outubro de 2003, no lugar de Adilson Rossi, por to mandato de deputado. Foi líder da
decisão do TRE. Presidiu a Comissão de Cultura, Ciência e Tecnologia bancada do PT em 2000 e 2001 e hoje
na Alesp. Em 2006, foi reeleito com 89.374 votos. integra as Comissões de Agricultura e
Pecuária (da qual já foi presidente) e de
Transportes e Comunicações da Alesp.
Jorge Caruso – PMDB Entre as leis de sua autoria, destaca-se
Jorge Caruso nasceu em São Paulo em a que prevê meia-entrada em eventos
1966. É advogado militante formado culturais para professores da rede públi-
pela PUC-SP. Durante cinco anos foi ca estadual. Continuar o trabalho de fortalecer o PT no interior e rea-
orientador do Escritório Experimental lizar as mudanças de que o Estado necessita são as metas deste seu
da OAB de Santo Amaro. Filiou-se cedo novo mandato. Em 2006, foi reeleito com 76.708 votos.
ao PMDB, pelo qual elegeu-se depu-
tado estadual em 1998, com 51.250 Luis Carlos Gondim – PPS
votos. Em 2002, foi reeleito com Nascido no Ceará, Gondim é médico
80.502 votos. Foi líder do partido na ginecologista e foi vereador em Mogi
Alesp de 2001 a 2005. Atualmente é o 1º vice-presidente da Casa. das Cruzes por mais de dez anos. Na
Os seguintes projetos e ações tiveram destaque em suas ativida- legislatura 1999-2002, foi o único re-
des parlamentares: a instituição da obrigatoriedade de as multas presentante do PV na Alesp. Participou
por equipamentos eletrônicos serem acompanhadas da foto do das CPIs dos Precatórios Ambientais
veículo e a alteração parcial da legislação de mananciais, permi- e dos Pedágios. Conta que há anos de-
tindo regularização de imóveis, entre outras. Em 2006, foi reeleito senvolve trabalho com equipes de
com 81.810 votos. agentes comunitários junto à popula-
ção carente, prestando orientação sobre temas ligados à saúde,
meio ambiente, esportes e combate às drogas. É autor, entre ou-
José Bittencourt – PDT tras, da lei que proíbe a utilização de alimentos transgênicos na
José Domingos Bittencourt preside há merenda escolar das escolas estaduais. Em 2006, foi reeleito com
14 anos a Assembléia de Deus de 70.403 votos.
Utinga, em Santo André. É advogado,
conferencista e professor de teologia Maria Lúcia Amary – PSDB
e direito constitucional. Preside o Ins- Nascida em Santos, Maria Lúcia Cardo-
tituto Teológico Betel do ABCD. É 2º so Pinto Amary é advogada com
secretário da Convenção Regional dos mestrado em direito administrativo e es-
Ministros Evangélicos das Assembléias pecialização em direito empresarial. Des-
de Deus no Estado de São Paulo de 1992 é filiada ao PSDB. Presidiu o
(Cormesp) e consultor bíblico e jurídico do Conselho Nacional de Fundo Social de Solidariedade de
Pastores do Brasil (CNPB). Eleito deputado em 2002, tem entre Sorocaba. Em 1997, coordenou a cam-
suas metas defender o meio ambiente e o consumidor, as causas panha “Mulheres sem Medo do Poder”.
da Justiça e as prerrogativas constitucionais do ministro evangéli- Preside o Secretariado Estadual das Mu-
co. Presidiu a Comissão de Legislação Participativa. Em 2006, foi lheres Tucanas. Em 2002, elegeu-se deputada estadual, a primeira
reeleito com 41.510 votos. mulher na história de Sorocaba. Obteve 75.456 votos. Na Alesp, entre

38 PARLAMENTO PAULISTA
outras ações, apresentou substitutivo que determina a devolução do Mauro Bragato – PSDB
pagamento do IPVA a proprietários cujos veículos tenham sido rou- Sociólogo formado pela Unesp, Mauro
bados. Em 2006, foi reeleita com 117.212 votos. Bragato foi deputado estadual por cin-
co legislaturas, de 1979 a 1996. Ele-
geu-se deputado pela primeira vez aos
22 anos. Em 1996, foi eleito prefeito
de Presidente Prudente. Recebeu por
Maria Lúcia Prandi – PT duas vezes o Prêmio Prefeito Criança
Maria Lúcia Prandi está em seu tercei- da Unicef/Abrinq. Foi quatro vezes pre-
ro mandato. É educadora e iniciou a sidente da União dos Municípios do
militância na Associação dos Profes- Pontal do Paranapanema. Em 2002, candidatou-se a novo manda-
sores do Ensino Oficial do Estado de to de deputado, ficando com a 2ª suplência da coligação. Em maio
São Paulo (Apeoesp), lutando por uma de 2004, assumiu a Secretaria da Habitação do Estado. Em janeiro
escola pública de qualidade. Foi se- de 2005, tomou posse para exercer seu sexto mandato de deputa-
cretária da Educação de Santos na ad- do. É presidente da Comissão de Relações do Trabalho na Alesp.
ministração de Telma de Souza e a pri- Em 2006, foi reeleito com 110.146 votos.
meira mulher a presidir a Câmara de
Vereadores da cidade. Pela segunda vez consecutiva, é a deputada Orlando Morando – PSDB
estadual mais votada da Baixada Santista e Litoral, afirma. O Movi- Nascido em São Bernardo do Campo,
mento Voto Consciente classificou-a entre os 11 deputados mais Orlando Morando Júnior, 30 anos, é for-
atuantes da Casa. Foi 3ª secretária da Alesp no biênio 2003-2005. mado em administração de empresas e
Em 2006, foi reeleita com 55.736 votos. é bacharel em direito. Com apenas 21
anos, ocupou uma cadeira no
Legislativo municipal. Foi vereador por
dois mandatos. Em 2002, elegeu-se de-
Mário Reali – PT putado estadual. Em 2004, foi um dos
Mário Reali é arquiteto e urbanista e coordenadores da campanha do prefei-
mestre pela Faculdade de Arquitetura to reeleito de São Bernardo do Campo. É vice-presidente da Associ-
e Urbanismo da USP (FAU-USP). No ação Paulista de Supermercadistas (Apas) e atua no comércio vare-
início dos anos 80, integrou a coope- jista do Estado. É vice-líder do Governo na Casa. Em 2006, foi reeleito
rativa de arquitetos Galpão, símbolo de com 120.771 votos.
sua geração. Foi secretário no primei-
ro governo do prefeito de Diadema, Pedro Tobias – PSDB
José de Filippi, e secretário de Obras Um dos fundadores da organização Mé-
da prefeita Maria Inês, em Ribeirão Pi- dicos sem Fronteiras, Pedro Tobias nas-
res. Em 2001 e 2002, foi presidente da Companhia de Saneamen- ceu no Líbano, formou-se em medicina
to de Diadema. Em sua trajetória política, coordenou programas na França e concluiu seu mestrado na
de pavimentação, drenagem, iluminação pública e urbanização de Unesp. Cumpriu dois mandatos de ve-
favelas e construções de conjuntos habitacionais, escolas e postos reador em Bauru, cidade aonde chegou
de saúde. Em 2006, foi reeleito com 98.694 votos. em 1979. Hoje trabalha como
mastologista. Em 1998, foi eleito de-
putado estadual pela primeira vez, com

PARLAMENTO PAULISTA 39
eleições 2006

cerca de 44 mil votos. Em 2002, reelegeu-se com quase 124 mil. Roberto Felício – PT
Tem se destacado na área da saúde, entre cujas ações cita a retoma- Morador de Piracicaba, o professor
da das obras do Hospital Regional de Bauru, com 450 leitos, e a Roberto Felício iniciou sua militância
viabilização do setor de obras para a educação, como reformas e sindical na greve dos professores de
ampliações de escolas. Em 2006, foi reeleito com 228.325 votos. 1978. A partir de 1985, integrou a di-
retoria da Associação dos Professores
do Ensino Oficial do Estado de São
Paulo (Apeoesp), da qual foi presidente
Rafael Silva – PDT por duas gestões, em 1993 e 1999.
Rafael Silva perdeu totalmente a visão em Presidiu a Confederação Nacional dos
1986. Está exercendo seu terceiro man- Trabalhadores em Educação (CNTE) por dois mandatos, de 1989 a
dato de deputado estadual. Antes de in- 1993. Foi um dos fundadores da CUT. É membro da Direção Exe-
gressar na Alesp, foi vereador durante cutiva do PT no Estado. Como deputado, tem focado sua luta em
oito anos em Ribeirão Preto. É autor da projetos voltados à melhoria da educação e dos serviços públicos.
lei que obriga o governo do Estado a Em 2006, foi reeleito com 59.227 votos.
destinar 7% de casas ou apartamentos
da Companhia de Desenvolvimento Roberto Morais – PPS
Habitacional e Urbano do Estado de São Roberto Morais iniciou seu primeiro
Paulo (CDHU) para portadores de deficiência ou seus familiares. Apre- mandato como deputado em 1999, com
sentou projeto de lei que propõe tornar obrigatória a reserva de no atuação no âmbito das políticas públi-
mínimo 5% de vagas em concursos públicos para pessoas portado- cas. Em seu segundo ano de mandato,
ras de deficiência. Em 2006, foi reeleito com 68.092 votos. assumiu o cargo de 3º secretário da
Alesp. Foi presidente da Comissão de
Assuntos Municipais e vice-líder da ban-
cada de seu partido. Nas eleições de
Roberto Engler – PSDB 2002, foi reeleito com 97.372 votos. Afir-
Roberto Engler é professor da USP e ma que vem mantendo sua bandeira nas políticas públicas, dedican-
da Unesp, com mestrado e doutorado do-se ainda a questões atuais, como a instituição de entidades regio-
em matemática. Foi funcionário do nais, com base em teorias de planejamento estratégico e desenvolvi-
Banco do Brasil por 11 anos. Iniciou mento sustentável. Em 2006, foi reeleito com 82.487 votos.
sua vida política como vereador em
Franca, tendo sido eleito presidente da Rodolfo Costa e Silva – PSDB
Câmara Municipal. Fundou o PSDB em Rodolfo Costa e Silva é engenheiro civil
várias cidades. Eleito deputado esta- sanitarista pela Universidade Estadual do
dual pela primeira vez em 1990, exer- Rio de Janeiro e advogado pela Facul-
ceu a liderança do partido na Alesp em 1991, 1999, 2000 e 2001. dade de Direito da USP. Em 1998, ele-
Foi relator dos projetos que tratam da Lei de Diretrizes Orçamentá- geu-se deputado pela primeira vez, com
rias (LDO) e do Orçamento do Estado em 1998, 1999, 2000, 2001, 46.988 votos. Foi reeleito em 2002 com
2002, 2003 e 2004. Está em seu quarto mandato. Em 2006, foi 81.576 votos de 434 municípios. Foi co-
reeleito com 77.486 votos. ordenador do grupo Recursos Naturais e
Meio Ambiente do Fórum São Paulo Sé-
culo XXI. Presidiu a Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alesp.

40 PARLAMENTO PAULISTA
Atualmente preside a Comissão de Fiscalização e Controle. Conside- Roque Barbiere – PSDB
ra-se referência para questões de saneamento, recursos hídricos e Advogado e professor de educação físi-
meio ambiente. Tem forte atuação em Apiaí, Itapeva, Adamantina. Tupã, ca, Roque Barbiere foi vereador em
Presidente Prudente, Assis, Lins, Jales e Grande São Paulo. Em 2006, Birigüi de 1983 a 1988, ano em que se
foi reeleito com 92.382 votos. elegeu vice-prefeito da cidade. Está cum-
prindo seu quarto mandato consecutivo
de deputado estadual. Foi 3º secretário
da Alesp nos biênios 1997-99 e 1999-
Rodrigo Garcia – PFL 2001 e 1º vice-presidente no biênio
Advogado e corretor de imóveis, Rodrigo 2003-2005. É autor da lei que insere no
Garcia nasceu em Tanabi. É diretor de vá- currículo escolar público o ensino de noções básicas de prevenção e
rias empresas privadas. É o 1º secretá- combate ao uso indevido de drogas, da que torna obrigatório o sor-
rio do PFL no Estado. Foi chefe de gabi- teio entre os inscritos das casas financiadas pela CDHU e da que
nete da Secretaria de Planejamento da regulamenta a doação de órgãos para transplante no Estado. pela CDHU
Prefeitura de São Paulo, secretário-ad- e da que regulamenta a doação de órgãos para transplante no Estado.
junto da Agricultura e Abastecimento do Em 2006, foi reeleito com 96.597 votos.
Estado e membro do Conselho de Ad-
ministração da Codasp (Companhia de Said Mourad – PSC
Desenvolvimento Agrícola de São Paulo), além de assistente técnico Said Mourad é engenheiro civil pós-gra-
da Câmara dos Deputados, em Brasília. Elegeu-se deputado pela pri- duado em administração de empresas.
meira vez em 1998. Presidiu a Comissão de Transportes e Comunica- Nascido em São Paulo, começou a tra-
ções e foi líder do PFL na Casa. É o atual presidente do Parlamento balhar ainda jovem. Foi garçom e repre-
paulista. Em 2006, foi reeleito com 196.824 votos. sentante de vendas no setor de produtos
alimentícios, calçados e móveis. Atuou
na área de importação e exportação.
Como administrador, dirigiu empresas de
Rogério Nogueira – PDT pequeno e médio portes. Participou de
Com uma carreira iniciada em 1983, aos diversas atividades comunitárias. Afirma que sempre se sentiu moti-
14 anos de idade, o indaiatubano Rogé- vado a apresentar idéias e projetos voltados para o bem-estar da po-
rio Nogueira foi piloto profissional de pulação. Este é seu primeiro mandato de deputado. É o líder do PSC
motocross. Conquistou por duas vezes a na Casa. Em 2006, foi reeleito com 34.020 votos.
Copa das Federações e um título latino-
americano e foi diversas vezes campeão Sebastião Almeida – PT
paulista e brasileiro de motocross e Sebastião Almeida é filiado ao PT desde
supercross. Afirma que esse prestígio os anos 80. Na década de 90 foi respon-
contribuiu para a instalação, em sável pela recuperação do Sindicato dos
Indaiatuba, em 1998, do Centro Educacional Honda, que, além de ter Servidores Municipais de Guarulhos, que
uma moderna pista de motocross, realiza cursos de pilotagem. Em estava sob intervenção. Como dirigente
2002, depois de abandonar a profissão de piloto, elegeu-se deputado da entidade, foi um dos líderes do movi-
estadual, carreira que vem encarando como mais um desafio. É o mento “Fora Néfi”, que levou à prisão e
lider do PDT na Casa.Em 2006, foi reeleito com 117.298 votos. à cassação do então prefeito de
Guarulhos, Néfi Tales, e de vereadores

PARLAMENTO PAULISTA 41
eleições 2006

acusados de corrupção. Eleito vereador, assumiu, com a vitória petista Valdomiro Lopes – PSB
para a Prefeitura em 2001, a direção do Serviço Autônomo de Água e Valdomiro Lopes é médico fisiatra. Está
Esgoto (SAAE). Este é seu primeiro mandato de deputado. Presidiu a exercendo seu segundo mandato de de-
Comissão de Fiscalização e Controle e a Comissão do Defesa do Meio putado, para o qual foi eleito com cerca
Ambiente da Alesp. Em 2006, foi reeleito com 89.399 votos. de 85 mil votos. Em 1998 e 2002 foi o
candidato a deputado estadual mais vo-
tado de São José do Rio Preto, afirma.
Sidney Beraldo – PSDB Conta que já havia sido o vereador mais
Sidney Beraldo é empresário do setor votado da cidade por três eleições con-
têxtil. Foi vereador (1977-82) e pre- secutivas. Foi líder do PSB na Alesp. É
feito (1983-88) de São João da Boa autor da Lei do Iamspe, que permite incluir pais de servidores muni-
Vista pelo então MDB. Em 1989, filiou- cipais no convênio médico do Iamspe, e da lei que instituiu o Progra-
se ao PSDB. Elegeu-se em 2002 para ma Estadual de Prevenção, Tratamento, Recuperação e Reintegração
seu terceiro mandato de deputado es- do Paciente Portador da Doença do Alcoolismo. Ocupa a 2ª Vice-
tadual com 81.328 votos. Foi 1º vice- Presidência da Casa e preside a Comissão de Transportes e Comuni-
presidente da Alesp e líder da banca- cações. Em 2006, foi reeleito com 132.605 votos.
da do PSDB. Foi o presidente da Casa
no biênio de 2003 a 2005, eleito por unanimidade de votos. Vanderlei Siraque – PT
Como presidente, promoveu o Fórum Legislativo de Desenvolvi- Em 2002, Vanderlei Siraque foi eleito para
mento Econômico Sustentado, para debater a retomada do de- seu segundo mandato de deputado esta-
senvolvimento econômico no Estado, e a formulação do IPVS – dual. Afirma ter sido o candidato mais
Índice Paulista de Vulnerabilidade Social. Atualmente preside a votado do ABC. Advogado formado pela
Comissão de Economia e Planejamento da Alesp. Em 2006, foi USP e mestre em direito constitucional
reeleito com 136.826 votos. pela PUC-SP, Siraque coordenou o pro-
grama de segurança pública do PT para o
Estado de São Paulo e participou da ela-
boração do projeto de segurança pública
Simão Pedro – PT para o Brasil do Instituto Cidadania. Ainda na mesma área, coordenou o
Simão Pedro é professor universitário e Grupo de Trabalho Eleitoral do PT nas eleições de 2004. É autor do
mestre em sociologia política pela PUC- pedido de CPI para investigar a maquiagem dos boletins de ocorrência
SP. É militante das Comunidades policial (BOs). Em 2006, foi reeleito com 55.715 votos.
Eclesiais de Base e dos movimentos so-
ciais. Participou da fundação do PT e é Vaz de Lima – PSDB
membro de sua Executiva estadual. Par- Formado em sociologia, filosofia, peda-
ticipou das gestões do PT nas cidades gogia e direito, com especialização em
de São Paulo e Franco da Rocha. Foi administração pública, Vaz de Lima é
chefe de gabinete do então deputado es- agente fiscal de rendas. Presidiu o Sin-
tadual Paulo Teixeira por dois mandatos (de 1995 a 2000). Este é seu dicato dos Agentes Fiscais de Rendas do
primeiro mandato de deputado. Presidiu a Comissão de Serviços e Estado. É pastor da Igreja Presbiteriana
Obras Públicas da Alesp. Em 2006, foi reeleito com 104.339 votos. Independente do Brasil desde 1975. Em
1994, foi eleito deputado estadual pela
primeira vez, com 35.745 votos. Reele-

42 PARLAMENTO PAULISTA
geu-se em 1998 com 70.889 votos, e em 2002, com 132.427. Ocu- Waldir Agnello – PTB
pou a 1ª Vice-Presidência e a Presidência da Alesp. Foi líder do PSDB Economista e administrador de empre-
na Casa. Em 2006, foi reeleito com 142.903 votos. sas, Waldir Agnello tem 43 anos. É na-
tural de Santos mas veio para São Paulo
Vicente Cândido – PT ainda criança. Nascido em família hu-
Sua militância política começou nas milde, foi engraxate, açougueiro, balco-
Comunidades Eclesiais de Base, no fi- nista, feirante, copeiro e vendedor. Cur-
nal da década de 70. Foi presidente do sou teologia, tornou-se pastor da Igreja
diretório do PT em Campo Limpo, admi- do Evangelho Quadrangular. Em 1992 foi
nistrador-geral de Campo Limpo na ges- convidado a coordenar a implantação da
tão petista da prefeita Luiza Erundina e Editora Quadrangular. Escolhido pelos pastores da Igreja para pleitear
presidente do diretório municipal do PT. o cargo de deputado estadual, foi eleito com mais de 130 mil votos
É um dos fundadores do Instituto distribuídos em 564 municípios. Presidiu a Comissão de Economia e
Florestan Fernandes. Foi eleito vereador Planejamento da Alesp e atualmente preside a Comissão de Saúde e
em 1996 e reeleito em 2000. É autor da lei municipal de fomento ao Higiene. Em 2006, foi reeleito com 87.939 votos.
teatro. Presidiu a CPI da Educação e foi relator da CPI do Tribunal de
Contas. Atua nas áreas de cultura e esportes e em defesa do pequeno
comércio. Este é seu primeiro mandato de deputado. Em 2006, foi
reeleito com 81.132 votos.

Vinícius Camarinha – PSB


Vinícius Camarinha está em seu primei-
ro mandato de deputado estadual. Ele-
geu-se com cerca de 58 mil votos, aos
22 anos de idade. É o mais jovem parla-
mentar da atual legislatura e um dos mais
jovens da história do Legislativo paulista.
É bacharel em direito e pós-graduando
em direito administrativo na PUC-SP. Foi
vice-presidente do diretório acadêmico
da faculdade. É membro do Grupo de Entidades de Apoio ao Desen-
volvimento de Marília. Em 2006, foi reeleito com 94.551 votos.

PARLAMENTO PAULISTA 43
eleições 2006

Os 45 deputados novos

Alex Manente – PPS Antonio Carlos – PSDB


Eleito com 60.571 votos, Alex Manente Natural de Jacareí, o empresário Anto-
é um dos deputados mais jovens da nio Carlos da Silva mudou-se em 1989
legislatura. Já em 2004, aos 25 anos, para Caraguatatuba, onde se elegeu ve-
foi eleito vereador em São Bernardo do reador em 1992. Foi prefeito da cidade
Campo. Formado em direito, em seu por dois mandatos, de 1996 a 2004.
mandato na Câmara Municipal dessa Nesse período exerceu também a presi-
cidade exerceu a presidência da Co- dência do Consórcio do Desenvolvimen-
missão de Fiscalização de Contratos e to Integrado do Vale do Paraíba, Serra da
Convênios e da Comissão de Assun- Mantiqueira e Litoral Norte (Codivap) e
tos Metropolitanos. Foi também vice-presidente da Comissão de da Associação dos Prefeitos das Cidades-Estâncias do Estado de São
Saúde e Promoção Social e membro da Comissão de Obras e Ser- Paulo (Aprecesp). Foi diretor técnico da Companhia de Desenvolvi-
viços Públicos. Entre os projetos desenvolvidos no exercício da mento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). Ele-
vereança, está o que permite o fechamento de ruas sem saída para geu-se deputado estadual com 94.218 votos.
o controle do acesso.
Barros Munhoz – PSDB
O paulistano José Antônio Barros Munhoz
Ana Perugini – PT formou-se em 1967 pela Faculdade de
Formada em direito, Ana Lúcia Lippaus Direito do Largo São Francisco, da Uni-
Perugini vai compor a bancada de depu- versidade de São Paulo, e atuou como
tados estaduais do Partido dos Trabalha- advogado até 1975. Foi prefeito de Itapira
dores, eleita com 66.878 votos. Natural de 1977 a 1982, e novamente de 1997 a
de Cariacica, no Espírito Santo, exerce 2004. Foi deputado estadual por duas
atualmente mandato de vereadora em legislaturas consecutivas, de 1987 até
Hortolândia. Ana Perugini foi uma das 1994. Em 2006, com 114.009 votos, ga-
fundadoras do PT na cidade e presidiu o nhou seu terceiro mandato na Assembléia Legislativa. Foi também
partido no biênio 1996-97. secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e
ministro da Agricultura. De 2005 a 2006 exerceu o cargo de subprefeito
de Santo Amaro, na cidade de São Paulo.

André Soares – PFL Bispo Zé Bruno – PFL


André Bezerra Ribeiro Soares, 31 anos, Engenheiro formado pelo Mackenzie,
foi eleito com 120.168 votos pelo PFL. José Antonio Bruno foi eleito para seu
Formado em direito pela Universidade primeiro mandato como deputado esta-
Gama Filho, no Rio de Janeiro, tem pós- dual com 73.968 votos. Bispo primaz da
graduação em direito penal pela mes- Igreja Renascer, exerce atividades volta-
ma universidade e pelo Christ for the das para os jovens. Como vice-presiden-
Nations Institute (CFNI), em Dallas, Es- te da Fundação Renascer, ajudou a de-
tados Unidos. Atua como advogado na senvolver programas sociais como o Ex-
Igreja Internacional da Graça de Deus e presso da Solidariedade, que distribui re-
exerce a função de diretor da Rede Internacional de Televisão (RIT). feições em regiões carentes das grandes cidades, o Gauf e o Centro

44 PARLAMENTO PAULISTA
de Recuperação de Dependentes Químicos, ambos voltados para a mandatos de deputado estadual (1991-92) e federal (1999-2000).
assistência ao usuário de drogas e à família, entre outros projetos. Presidiu a Associação Paulista dos Municípios (APM) de 1997 a 2006.
No período de 2005-2006, ocupou a Superintendência do Instituto
Bruno Covas – PSDB de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe).
O jovem de 26 anos, natural de Santos, é
neto de Mario Covas e foi eleito deputado Chico Sardelli – PV
estadual com 122.312 votos. Formado Natural de Americana, o empresário
pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco Antonio Sardelli é formado em
Francisco (USP) e economista graduado administração de empresas, com espe-
pela PUC-SP, Bruno Covas é membro da cialização em Roma (Itália) e Los Angeles
Executiva do PSDB paulista e presidente (Estados Unidos). Eleito pelo Partido Ver-
estadual da Juventude do PSDB. Sob sua de, com 45.445 votos, já exerceu dois
responsabilidade, a JPSDB-SP promoveu mandatos como deputado federal (de
eventos como o Fórum de Políticas Públicas de Juventude, realizado 1999 a 2003 e, eleito suplente, assumiu
em 2006, em Piracicaba. Foi professor do curso de formação política mandato em abril de 2005). Foi chefe
da Fundação Mario Covas, onde é membro vitalício do Conselho Curador. do escritório do governo do Estado de São Paulo em Brasília no pe-
ríodo 2003-2004.
Carlos Giannazi – PSOL
Eleito com 50.269 votos para exercer o Cido Sério – PT
seu primeiro mandato de deputado esta- Natural de Bento de Abreu, Aparecido Sé-
dual, Carlos Giannazi, formado em peda- rio da Silva cumprirá seu primeiro man-
gogia e história e mestre em história e dato como deputado estadual, eleito com
filosofia da educação pela USP, foi diretor 63.021 votos. Começou sua militância
de escola municipal e professor univer- em Araçatuba no final dos anos 1970,
sitário, participando de movimentos em atuando em movimentos sociais de mo-
defesa da escola pública. Como vereador radia e como vice-presidente do Centro
em São Paulo, foi presidente da CPI da de Defesa dos Direitos Humanos. No
Educação e vice-presidente da CPI dos Bancos, atuando ainda nas co- Banespa, integrou o Conselho de Repre-
missões de Educação e Cultura e de Saúde. Entre os projetos que apre- sentação e Participação dos funcionários (Corep) do banco e a direto-
sentou está o que limita o número de alunos por sala de aula. Na Câma- ria da Federação Estadual dos Bancários da CUT (Fetec-SP). Está em
ra, criou o Observatório Municipal da Demanda Escolar e lançou a cam- sua segunda gestão na presidência da Associação dos Funcionários
panha “Criança Fora da Escola É Crime”. do Grupo Santander Banespa, Banesprev e Cabesp (Afubesp).

Dárcy Vera – PFL


Celso Giglio – PSDB Eleita com 140.702 votos, Dárcy Vera já
Médico, com pós-graduação em cirur- foi doméstica, babá, vendedora de pa-
gia geral e obstetrícia pela Santa Casa nelas em domicílio, radialista, jornalista
de Misericórdia, e formado em adminis- e quatro vezes vereadora pelo PFL de Ri-
tração hospitalar pela Universidade de beirão Preto. Filha de trabalhadores ru-
São Paulo, Celso Giglio foi eleito com rais, cursou a faculdade de jornalismo e
111.302 votos. Foi vereador em Osasco, trabalhou nas principais emissoras de rá-
presidindo a Câmara Municipal no biênio dio e TV da região. Foi apontada como
1989-90. Também prefeito da cidade uma das melhores vereadoras do país por
(1993-96 e 2001-2004), já exerceu os sua atuação parlamentar e na área social, recebendo o prêmio do Ins-

PARLAMENTO PAULISTA 45
eleições 2006

tituto Avançado de Desenvolvimento, Projetos e Pesquisa. Dárcy Vera Associação dos Engenheiros da Região de Itapetininga, foi vice-pre-
fundou e foi a primeira presidente da Organização Maria Otília Neix, feito desse município em dois mandatos (1988-92 e 2000-2004),
que atende cerca de 2 mil pessoas por dia em programas de assistên- além de primeiro suplente de deputado estadual na atual legislatura.
cia e profissionalizantes.
Estevam Galvão – PFL
David Zaia – PPS Deputado estadual de 1995 a 1998,
Eleito com 54.799, David Zaia nasceu em Estevam Galvão de Oliveira volta ao Parla-
Cordeirópolis e se formou em filosofia mento paulista para a próxima legislatura,
pela Pontifícia Universidade Católica de eleito com 94.099 votos. Com carreira
Campinas. Foi militante estudantil e pública que conta mais de 30 anos – co-
ativista em defesa da cidadania. Ingres- meçou como vereador –, foi prefeito de
sou no Banco Nossa Caixa em 1976 e Suzano por quatro mandatos, sendo esco-
desde 2002 representa os funcionários no lhido o prefeito mais popular do Estado em
Conselho de Administração da instituição. 1999, pela revista Isto É. Exerceu também
Por três vezes foi presidente do Sindicato mandato de deputado federal (1983-87). Na Assembléia Legislativa de
dos Bancários de Campinas e Região. É também presidente da Federa- São Paulo, foi relator do projeto da Lei Orçamentária estadual na gestão
ção dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, que reúne 25 do governador Mario Covas e líder da bancada do PFL. Entre 2005 e
sindicatos e cerca de 40 mil bancários nos dois estados. Atualmente é 2006, foi subprefeito da região de Guianases, na capital.
vice-presidente da Central Autônoma dos Trabalhadores.
Feliciano – PV
Ed Thomas – PMDB Graduado em economia, fundador e pre-
Edson Tomazini é radialista há mais de sidente da União Protetora dos Animais
25 anos. Conhecido como Ed Thomas, (UPA), entidade que atua há mais de cin-
mantém programa diário que alcança cer- co anos, Feliciano Nahimy Filho foi eleito
ca de 40 municípios da região de Presi- em 2004 para o mandato de vereador em
dente Prudente. Candidato a vereador Campinas. Em 2006, elegeu-se deputa-
nessa cidade, elegeu-se para o período do estadual com 43.643 votos, pelo Par-
2000-2004 com a terceira maior vota- tido Verde. Atua na área de defesa ani-
ção, obtendo novo mandato para a mal, junto a cidades e organizações não
legislatura de 2005-2008, desta vez governamentais. Sua plataforma política se baseia na instituição de
como o mais votado dos 13 vereadores e mais de 150 candidatos. É políticas públicas corretas para a problemática dos animais em todo
presidente da Câmara Municipal de Presidente Prudente. Elegeu-se o Estado de São Paulo.
deputado estadual com 48.609 votos.
Fernando Capez – PSDB
Edson Giriboni – PV Fernando Capez nasceu 1964, em São
Eleito com 47.968 votos, Edson de Oli- Paulo (SP). Bacharel em direito formado
veira Giriboni nasceu em Itapetininga. pela Faculdade de Direito da Universi-
Cursou a Faculdade de Engenharia Ci- dade de São Paulo (USP), é mestre em
vil da Escola Politécnica da Universi- direito penal por essa instituição. É pro-
dade de São Paulo e administração de motor de Justiça do Ministério Público.
empresas na Associação de Ensino de Preside o Instituto Fernando Capez de
Itapetininga. Trabalhou como engenhei- Ensino Jurídico. Professor do Complexo
ro ferroviário na Ferrovia Paulista S/A Jurídico Damásio de Jesus e diretor do
(Fepasa) entre 1977 e 1999. Presidiu a curso de direito da Uniban, é autor de mais de 20 obras jurídicas.

46 PARLAMENTO PAULISTA
Ficou conhecido por sua luta para acabar com as torcidas organiza- capacitação profissional. É coordenadora do grupo de mulheres
das de futebol. Em 2006, elegeu-se deputado com 95.100 votos. do PDT da Baixada Santista. Elegeu-se com 66.981 votos.

Gil Arantes – PFL João Barbosa – PFL


Gil Arantes nasceu em Barueri, ingres- Eleito com 77.650 votos, João Barbosa
sando na vida pública em 1985, como de Carvalho nasceu em Flórida Paulista,
diretor de Esportes da prefeitura dessa interior de São Paulo. Metalúrgico, tra-
cidade. Quatro anos mais tarde assumiu balhou como profissional técnico em
a Secretaria de Obras, e elegeu-se pre- empresas do setor durante 15 anos.
feito em 1996 e 2000. No exercício do Como pastor evangélico, trabalha na As-
mandato, municipalizou integralmente o sociação Beneficente Cristã; no trabalho
ensino fundamental, construiu o Centro de evangelização e ressocialização da
de Aperfeiçoamento de Professores e Igreja Universal do Reino de Deus, junto
mais 17 escolas, além de implantar programas nas áreas habitacional a internos das penitenciárias e presídios do Estado de São Paulo; e no
e de segurança, entre outras. Obteve o reconhecimento da Fundação Projeto Ler e Escrever, de alfabetização. Atua nas regiões de
Abrinq como Prefeito Amigo da Criança. Elegeu-se deputado esta- Votuporanga, Araçatuba, Franca, Barretos, Ribeirão Preto, Bauru e
dual com 149.642 votos. Araraquara e na zona leste da capital.

Gilmaci Santos – PL
Eleito deputado estadual para seu pri- João Mellão Neto – PFL
meiro mandato com 65.188 votos, Paulistano, o jornalista João Mellão Neto
Gilmaci dos Santos Barbosa nasceu em foi eleito pelo PFL, com 79.903 votos. Sua
Dourados, MS, e mudou-se para São carreira política começou na Juventude
Paulo aos 11 anos. No campo profis- Janista. Em 1985, foi secretário de Coor-
sional, especializou-se no comércio va- denação Governamental do prefeito Jânio
rejista. Sua trajetória pública teve iní- Quadros e, em 1993, secretário munici-
cio em 1987, com trabalhos de apoio pal de Habitação e Desenvolvimento na
às comunidades carentes, sobretudo no gestão de Paulo Maluf. Elegeu-se depu-
eixo oeste da região metropolitana paulista, em ações focadas na tado federal em 1990 e obteve novo man-
valorização da juventude, recuperação de viciados e orientação a dato em 1994. Em 1992 foi ministro do Trabalho e da Administração.
famílias socialmente desestabilizadas. Participou ainda de expe- Em 2004, atuou como secretário de Estado da Comunicação. É
riências em comunidades do interior paulista e de fora do Estado. editorialista do jornal O Estado de S. Paulo e comentarista de economia
e política na TV Record e na rádio Jovem Pan.
Haifa Madi – PDT
Filha de imigrantes libaneses, Haifa Ali José Candido – PT
Adbul Rahim Madi nasceu em Guarujá. Eleito pelo PT com 58.932 votos, José
Voluntária do Fundo Social de Solida- Candido iniciou a vida política aos 19
riedade de Guarujá, Haifa Madi parti- anos, quando liderou o Sindicato dos Tra-
cipou ativamente das campanhas po- balhadores Rurais da cidade de Oriente
líticas de seu marido, Farid Madi, atual e região. Formado no curso de torneiro
prefeito dessa cidade. Como presiden- mecânico, participou da fundação, em
te do Fundo Social de Solidariedade, Suzano, da Comunidade Católica e da
de janeiro de 2004 a março de 2006, construção do Centro Comunitário da So-
atuou em projetos de geração de renda, por intermédio da ciedade Amigos de Bairro. Foi presidente

PARLAMENTO PAULISTA 47
eleições 2006

nacional da Comunidade Kolping e ministro da Palavra e Eucaristia na Marcos Zerbini – PSDB


Igreja Católica. Foi vereador pelo PT na cidade por três mandatos Advogado formado pela Universidade de
consecutivos. Em 2001, assumiu a coordenação, por cinco anos, da São Paulo, Marcos Zerbini trabalha com
Macrorregião das Cidades do Alto Tietê. movimentos populares desde 1980, em
especial nos setores de habitação, edu-
José Augusto – PSDB cação e saúde. Em 2000 foi eleito vere-
José Augusto da Silva Ramos, ador da cidade de São Paulo pelo PSDB,
pernambucano, em São Paulo há mais de com 30.748 votos, reelegendo-se em
30 anos, é médico com especialização 2004, com 41.488 votos. Em 2006, ha-
em medicina preventiva e saúde pública. bilitou-se ao exercício do mandato de de-
Iniciou sua carreira no movimento estu- putado estadual e teve 94.082 votos. Tem como principal base eleito-
dantil (em Pernambuco) e de saúde (zona ral as regiões norte e oeste da capital e da Grande São Paulo. É o atual
leste de São Paulo). Contribuiu na formu- líder do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo.
lação do SUS. Foi secretário de Saúde
(1983-88) e prefeito de Diadema (1989- Major Olímpio – PV
92), deputado federal (1995-98), deputado estadual (1999-2002), co- Sérgio Olímpio Gomes, paulista de Pre-
ordenador da Secretaria de Agricultura (2003-2004) e subprefeito de sidente Venceslau, é presidente da As-
Capela do Socorro (2005-2006). Para a legislatura que se inicia em sociação Paulista dos Oficiais da Polícia
2007, recebeu 74.638 votos. Militar e diretor da Associação dos Ofi-
ciais da Polícia Militar do Estado de São
Paulo. Como oficial, exerceu suas fun-
Lelis Trajano – PSC ções por 29 anos. É bacharel em ciên-
Nascido na capital paulista, Lelis José cias jurídicas e sociais, jornalista, pro-
Trajano foi eleito pelo PSC com 29.515 fessor de educação física, técnico em de-
votos. Pastor superintendente das Igre- fesa pessoal, instrutor de tiro e autor de livros voltados para a ques-
jas Comunhão Plena, tem participado das tão da segurança. Foi candidato a deputado federal em 2002 e a
atividades da igreja desde sua fundação, vereador da cidade de São Paulo em 2004, sendo, em ambos os
em 1999. Com 27 anos, é também dire- pleitos, primeiro suplente de sua legenda. Em 2006, foi eleito depu-
tor geral da Rádio Musical FM 105,7 e tado estadual com 52.386 votos.
da Full Life Gravadora.
Marcos Martins – PT
Marcos Martins foi eleito deputado es-
Luciano Batista – PSB tadual com 71.474 votos. É adminis-
Eleito deputado estadual com 49.653 trador de empresas e vice-presidente
votos, Luciano Batista atualmente é ve- da Câmara Municipal de Osasco. É ve-
reador em São Vicente, cuja Câmara Mu- reador pelo quinto mandato consecu-
nicipal presidiu no biênio 2001-2002, tivo e um dos fundadores do PT na ci-
tendo sido reeleito para o período de dade. Atua no movimento sindical há
2003-2004. No primeiro ano de presi- 30 anos e foi um dos fundadores da
dência conseguiu devolver aos cofres pú- Regional de Osasco do Sindicato dos
blicos mais de 25% do orçamento da Câ- Bancários de São Paulo, da qual se tornou coordenador em 1979.
mara, apenas com medidas de econo- Em sua atuação parlamentar no âmbito municipal, é autor de leis
mia. Atua na área esportiva desde 1990, com a realização de campeo- como as de zoonoses, do banimento do amianto, da agricultura
natos de surf, skate, futebol de salão, vôlei, futebol society etc. urbana, do gás, entre outras.

48 PARLAMENTO PAULISTA
Mozart Russomano – PP Paulo Alexandre Barbosa – PSDB
Nascido em São Paulo, Mozart Abaeté Deputado estadual eleito pelo PSDB,
Peruíbe Russomanno foi eleito com Paulo Alexandre Barbosa, 27 anos, ad-
71.952 votos. Empresário há 19 anos, vogado e ex-secretário adjunto de Es-
iniciou suas atividades no ramo ataca- tado da Educação, nasceu em Santos,
dista de distribuição de bebidas em no litoral paulista. Eleito com 182.654
São Paulo, Litoral Norte e Vale do votos, foi o quinto deputado estadual
Paraíba. Foi técnico de transportes na mais votado e o segundo com o maior
Cia. do Metropolitano de São Paulo (Me- número de sufrágios do PSDB na As-
trô). Presidiu a Associação de Quios- sembléia Legislativa. O ingresso na
ques, Similares e Representantes de Praia (AQS) e fundou a Asso- vida pública foi em 2001, no governo Geraldo Alckmin. No perío-
ciação dos Taxistas e a Associação de Músicos de Caraguatatuba. do em que permaneceu na Secretaria da Educação, implantou e
É coordenador regional do Partido Progressista no Vale do Paraíba, coordenou o programa Escola da Família. A iniciativa permite a
Região Serrana e Litoral Norte de São Paulo e representante regio- abertura de todas as escolas estaduais aos finais de semana, trans-
nal do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec). formando-as em centros de convivência, e concede a quase 50
mil jovens bolsas universitárias totalmente gratuitas. O programa
foi premiado pelas Nações Unidas.

Milton Leite – PFL


Filho do vereador Milton Leite, de São Patrícia Freitas – Prona
Paulo, é natural de Itapecerica da Ser- Tem 29 anos e é natural da capital
ra e tem 28 anos. É empresário e estu- paulista. Eleita com 77.351 votos, é
dante de direito. Possui base eleitoral diplomada em direito pela Universidade
na capital. Elegeu-se com 70.629 vo- Bandeirantes (Uniban) e, desde 1997,
tos, pelo PFL. pertence aos quadros do Prona, tendo
exercido as funções de membro da Dire-
toria do Prona de São Paulo, secretária-
geral e membro do Diretório Nacional do
partido. Em 2006 foi indicada pelo de-
putado federal Enéas Carneiro para representar suas idéias na Assem-
Otoniel Lima – PL bléia Legislativa de São Paulo.
Vereador por dois mandatos consecuti-
vos em Limeira, assume o mandato de
deputado estadual com 60.358 votos. Raul Marcelo – PSOL
Sua trajetória engloba mais de uma dé- Iniciou sua militância política na Juven-
cada de atuação na vida pública.Ocupou tude Operária Católica (JOC), filiando-se
a Mesa Diretora da Câmara Municipal ao PT aos 16 anos de idade. Participou
como 2º secretário, no biênio 2003- ativamente no movimento estudantil, sen-
2004, assumindo posteriormente a do um dos fundadores do Movimento Olho
Corregedoria do Legislativo. Atualmente Vivo. Na eleição de 2000, foi eleito ve-
ocupa a vice-presidência da Comissão de Finanças, Contabilidade, reador em Sorocaba, aos 21 anos de ida-
Controle e Fiscalização, órgão incumbido de acompanhar as ações de, reelegendo-se em 2004 como o ve-
do Executivo. É autor de mais de 20 projetos de lei priorizando as reador mais votado de todos os tempos
áreas da segurança pública e saúde. no município. No final de 2005, Raul Marcelo de Souza deixou o PT e

PARLAMENTO PAULISTA 49
eleições 2006

filiou-se ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), sendo eleito depu- para Idosos e concebeu projetos para a capacitação profissional
tado estadual em 2006 com 35.670 votos, aos 27 anos. de portadores de deficiência.

Reinaldo Alguz – PV Roberto Massafera – PSDB


Engenheiro agrônomo e empresário na ci- Engenheiro civil formado pela Escola de
dade de Dracena, é pregador e líder católi- Engenharia da USP de São Carlos, com
co. Em 1997, assumiu a coordenação do cursos de pós-graduação em planeja-
movimento da Renovação Carismática Ca- mento urbano (EESC-USP), especializa-
tólica na diocese de Marília. Em dezembro ção em administração pública (Unesp-
de 1996, fundou a Sociedade Irmãos da Araraquara) e MBA em gerenciamento de
Misericórdia (SIM), presente em várias ci- empreendimentos (Poli-USP). Foi pre-
dades do Brasil. Desenvolve inúmeros pro- feito de Araraquara (1993-96). Foi elei-
jetos religiosos e sociais, tendo em vista to deputado estadual com 72.205 votos,
as dimensões ética, política, religiosa, econômica, artística e científica. pela região central do Estado.
Elegeu-se deputado com 47.192 votos.

Rui Falcão – PT
Ricardo Montoro – PSDB Jornalista e advogado, foi eleito com
Paulistano e economista formado pela 183.364 votos, para seu terceiro man-
USP, é empresário na área de restauran- dato como deputado do PT. O primeiro
tes e integrante da executiva municipal mandato no Parlamento paulista ocorreu
do PSDB da capital. Foi secretário parti- de 1990 a 1994 e o segundo de 1995 a
cular do governador Franco Montoro, de 1999. Exerceu a liderança do partido em
quem é filho, de 1983 a 1987, e diretor 1995. Foi eleito deputado federal em
do Departamento de Apoio às Estâncias 1999. Em janeiro de 2001, licenciou-se
na gestão do governador Mário Covas. do mandato para assumir o cargo de se-
Em 2000, elegeu-se vereador pela pri- cretário de Governo da cidade de São Paulo, na gestão da prefeita
meira vez na capital, sendo reeleito em 2004. Foi eleito o melhor Marta Suplicy.
vereador de oposição pela ONG Voto Consciente. Na Câmara Munici-
pal, apresentou 88 projetos, dos quais 29 são leis. Em 2006, foi elei- Samuel Moreira – PSDB
to deputado estadual com 81.181 votos. Engenheiro civil formado pela Universi-
dade Santa Cecília, em Santos, come-
çou a vida política no movimento estu-
Rita Passos – PV dantil. Em 1985 iniciou a carreira pro-
Formada em pedagogia e empresária fissional como engenheiro na Superin-
do ramo de franquias, foi eleita depu- tendência de Desenvolvimento do Lito-
tada estadual em 2006 com 76.841 ral Paulista (Sudelpa). Em 1987, ingres-
votos. Atualmente preside o PV de Itu, sou na Sabesp. Em 1996, foi presidente
tendo sido presidente do Fundo Social da Associação Brasileira de Engenharia
de Solidariedade do município. Duran- Sanitária e Ambiental (Abes) e vice-presidente do Comitê da Bacia
te sua gestão, criou o Centro de Hidrográfica do Ribeira de Iguape e Litoral Sul. Foi eleito prefeito de
Capacitação Profissional, no qual im- Registro em 1996. Em janeiro de 2005, foi nomeado subprefeito de
plantou 29 cursos de treinamento pro- São Miguel e, em 2006, com 109.225 votos, foi eleito deputado es-
fissional, todos gratuitos, implantou o Centro de Convivência Dia tadual pelo Vale do Ribeira.

50 PARLAMENTO PAULISTA
Uebe Rezeck – PMDB
Natural de Colina, Uebe Rezeck, 70 anos,
formou-se médico em 1962, pela Facul-
dade de Ciências Médicas da Universi-
dade Estadual do Rio de Janeiro. Em
Barretos, em 1969, fundou o hospital São
Jorge. Foi vice-prefeito da cidade de
1969 a 1973. Foi secretário estadual dos
Negócios do Interior e secretário-adjun-
to do Ministério da Indústria e do Co-
mércio. Elegeu-se deputado estadual em 1990 e em 1994. Foi prefei-
to de Barretos de 1983 a 1987, de 1996 a 2000 e de 2000 a 2004.
Com 52.587 votos foi eleito, em 2006, deputado estadual pelo PMDB.

Vanessa Damo – PV
Filha do prefeito de Mauá, Leonel Damo,
concorreu em 2004 ao cargo de
vereadora na cidade, elegendo-se com
6.020 votos. Os projetos apresentados
na Câmara Municipal demonstraram sua
preocupação com as pessoas mais ca-
rentes de diversos segmentos da socie-
dade, como os jovens, as mulheres e os
idosos. Apesar de muito jovem, aos 25
anos Vanessa está bem antenada com os problemas sociais. Após
inúmeras visitas aos bairros, decidiu concorrer a uma vaga na As-
sembléia Legislativa, elegendo-se pelo PV com 64.579 votos.

Vitor Sapienza – PPS


Vitor Sapienza é formado em econo-
mia e ciências contábeis pela PUC de
São Paulo. Em 1962, ingressou na car-
reira de agente fiscal de rendas do Es-
tado. Foi delegado regional tributário
da Grande São Paulo (1971-77 e 1983-
86) e conselheiro, presidente e secre-
tário da Associação dos Agentes Fis-
cais de Rendas do Estado de São Pau-
lo (1985-88). É deputado desde 1987. Presidiu a Alesp no biênio
1993-95. Foi governador interino do Estado em 1994 e líder do
PPS de 1999 a 2001. Em 2006, elegeu-se deputado pela sexta
vez, com 64.918 votos.

PARLAMENTO PAULISTA 51
bancadas

Os próximos quatro anos


Os textos das páginas seguintes trazem opiniões dos partidos com
representação na Assembléia sobre o cenário político paulista para os
próximos quatro anos. São 14 textos de lideranças de bancada e 1 texto
da Liderança do Governo.

52 PARLAMENTO PAULISTA
bancada do PSB

Juventude e educação
Deputado Vinícius Camarinha

É com mais experiência que inici- zette – e um eleito pela primeira


amos o mandato na 16ª legislatura vez, Luciano Batista, representan-
paulista, período que, esperamos, do a Baixada Santista.
seja de muito trabalho, entendi- Entre as prioridades para os pró-
mento e parcerias. Parte da Assem- ximos quatro anos estão os inves-
bléia Legislativa foi renovada: dos timentos na educação, com a bus-
94 deputados, 45 estarão estrean- ca de melhor remuneração para
do, representando uma renovação professores e funcionários, e a ins-
de 47,9%. A chegada de novos talação de novas Faculdades de
companheiros e a continuidade da Tecnologia (Fatecs) no Estado,
maioria dos deputados deverão para o incremento da mão-de-obra
incrementar o início dos trabalhos, e para facilitar o acesso dos jovens
com a troca de experiências e ideo- ao ensino universitário de qualida-
logias. Não podemos esquecer de de e gratuito. Nossos hospitais,
saudar a bancada feminina, com o Santas Casas e entidades sociais,
mesmo número de cadeiras da principalmente as que oferecem
legislatura 2002-2006: são 11 de- atendimento aos idosos e às crian-
Vinícius Camarinha é o líder do PSB putadas estaduais. ças, também merecem atenção es-
na Assembléia Legislativa O Legislativo paulista deverá dar pecial, com a destinação de recur-
suporte aos projetos do Executivo, sos para a aquisição de equipamen-
já que o novo governador, José Ser- tos, leitos, medicamentos e alimen-
ra, foi eleito com maciça vontade tos. Vamos trabalhar também pela
popular e possui larga experiência continuidade e realização de obras
pública. Com tamanha votação e já de infra-estrutura, duplicação e re-
escolhido no primeiro turno, Serra, cuperação de rodovias, sinalização,
acreditamos, fará um governo for- construção de pontes e viadutos.
te, com confiança e espaço para o Os projetos e desafios são grandes,
entendimento e apoio do Legislativo. mas temos a certeza de que a união
Nosso partido, o PSB, estará repre- de esforços, somada à vontade da
sentado por três de putados população, que nos elegeu, será nos-
reeleitos – Vinícius Camarinha, sa mola propulsora na busca de me-
Valdomiro Lopes e Jonas Doni- lhores dias para o povo paulista.

PARLAMENTO PAULISTA 53
bancada do PCdoB

Orçamento e Regimento
Deputada Ana Martins / Deputado Nivaldo Santana

do de governar São Paulo. Consi-


dera que o Estado precisa investir,
fomentar o desenvolvimento e
promover a justiça social. Precisa,
também, ser fiador da democracia
e valorizar seus servidores.
A bancada comunista é crítica da
visão neoliberal de Estado mínimo.
Posiciona-se contra as privatiza-
ções, os ajustes fiscais permanen-
tes e os cortes indiscriminados nos
gastos públicos, políticas vigentes
nos últimos governos paulistas.
Ao analisar a próxima legislatura,
o PCdoB entende que, depois das
eleições, o Brasil e o Estado de São
Paulo vivem uma situação política
nova. Projetos políticos distintos
disputam a hegemonia e isso vai se
refletir na Assembléia.
São Paulo servirá de parâmetro
para a comparação de projetos. O
debate central é a luta pela conju-
gação de políticas desenvolvi-
mentistas com valorização do tra-
balho, geração de emprego e dis-
tribuição de renda.
Nesse debate, comparecem ques-
tões como o tamanho do Estado e
seu papel na economia, as políti-
cas de transferência de renda, o
Ana Martins é a líder do PCdoB A bancada do PCdoB integrou, enfrentamento da pobreza e a de-
na Assembléia Legislativa
nos últimos 12 anos, o bloco de finição de uma política tributária
oposição na Assembléia paulista. socialmente justa.
Atuou de forma ativa, progra- Por essa linha, deve ganhar relevo
mática, propositiva e responsável, a luta pela democratização do pro-
sempre em consonância com suas cesso de elaboração e execução do
bases sociais e políticas. Orçamento. O Parlamento e a so-
O PCdoB defende um novo mo- ciedade têm contribuição impor-

54 PARLAMENTO PAULISTA
tante na definição das prioridades
das diversas regiões e setores.
O debate e a votação do Plano Plu-
rianual, da Lei de Diretrizes Orça-
mentárias e do próprio Orçamento
são fundamentais para o Parlamen-
to. Igualmente, a participação de
prefeitos, vereadores e lideranças
sociais contribui para o aperfeiçoa-
mento de todo o processo.
Para as questões internas da Assem-
bléia Legislativa, já passa da hora a
atualização do Regimento, para
adequá-lo à realidade contemporâ-
nea. As comissões permanentes
precisam ser fortalecidas e as CPIs
precisam funcionar regularmente.
Mas a Assembléia paulista, princi-
pal Parlamento estadual do país,
não pode ficar à margem dos gran-
des debates nacionais. A realização
de seminários e audiências públi-
cas sobre os mais diversos temas
qualifica a ação dos deputados.
A voz do Parlamento paulista pre-
cisa ecoar em defesa de uma refor-
ma política democrática, que trate
de problemas cruciais, como o fi-
nanciamento das campanhas, a fi-
delidade partidária e outras regras
que garantam o pluralismo políti-
co e a liberdade partidária. Como caixa de ressonância da so- Nivaldo Santana é membro da bancada do
PCdoB na Assembléia Legislativa
De outro lado, a Assembléia tam- ciedade, a Assembléia Legislativa
bém pode contribuir, para além de precisa criar mecanismos que ga-
suas funções constitucionais, com rantam e aprofundem a relação
propostas e indicações de políticas com as diferentes forças políticas
que contribuam para superar as e sociais, dando voz e vez, princi-
desigualdades sociais e regionais palmente, para as parcelas mais
do nosso país. vulneráveis do povo.

PARLAMENTO PAULISTA 55
bancada do PDT

A vez do interior
Deputado Rogério Nogueira

Qualquer esforço em pensar os


rumos do desenvolvimento pau-
lista tem que partir dos resultados
das eleições de outubro. E, é cla-
ro, com as diferenças entre o pri-
meiro e o segundo turno. As bases
de um cenário previsível para nos-
so Estado, minimamente, têm de
considerar que a candidatura de
Luiz Inácio Lula da Silva enfren-
tou maior resistência nos Estados
do Sul e do Sudeste e em Mato
Grosso do Sul. A essa geografia
política podemos dar o nome de
Cone Sul brasileiro.
Certamente, é de se esperar que os
novos contemplados com ministé-
rios sejam aliados do Norte e Nor-
deste. O purgatório estará reserva-
do para o Cone Sul. Talvez seja
mais adequado retirar Minas Ge-
rais dessa trincheira de resistência.
Minas ficou em paz, não brigou
com nenhum dos dois governos, e
sem ter dado nenhuma boiada para
não ter que entrar na disputa elei-
toral travada no segundo turno.
No campo aberto da luta pelo de-
senvolvimento estadual, São Pau-
lo só será favorecido se houver um
grande esforço de desenvolvimen-
to nacional. Aí, sim, a locomotiva
Rogério Nogueira é o líder do terá que ser alimentada com as
PDT na Assembléia Legislativa

56 PARLAMENTO PAULISTA
novas energias e combustíveis ques de gestão. Devemos, ainda,
próprios da alimentação do pro- afastar um pequeno temor de que o
gresso nacional. ex-prefeito paulistano concentre es-
O fato é que São Paulo dependerá forços demais na realização de com-
de suas próprias forças, e para tan- promissos com a capital. Nossos
to a viagem do novo governador compromissos serão altaneiros no
para os cofres internacionais indi- esforço de descentralização esta-
ca a direção de busca de recursos dual e na contemplação de vonta-
e apoios para o nosso desenvolvi- des políticas múltiplas voltadas para
mento. O governador José Serra o interior do Estado. Entendemos
conhece bem as condições de re- que o processo de desenvolvimen-
lacionamento que enfrentará. E, to tem dois caminhos diferentes. Um
para não perder tempo, já tomou deles, já escolhido e proclamado pelo
o caminho do possível. governo federal, é o de estimular as
Equilíbrio interno entre as forças áreas mais deprimidas economica-
políticas paulistas certamente ha- mente como forma de expansão. A
verá. O PFL continuará governan- outra, a opção mais correta, é que o
do na capital o terceiro orçamen- desenvolvimento se dê pelo trans-
to nacional. A oposição petista ao bordamento dos centros de desen-
governo estadual promete ser me- volvimento atuais.
nor – olhando apenas pelo lado Queremos crer que o nosso gover-
das urnas. Portanto, o cenário nador, economista do desenvolvi-
paulista a descortinar será, neces- mento, saberá ater-se aos ensina-
sariamente, o de fortes alianças mentos de seus mestres, sem se
em torno da governabilidade, so- aventurar em esforços de nivelar
bretudo se for preterido ou vir as por baixo, numa ilusão de que os
portas nacionais se fecharem ao desequilíbrios se reduzem barrando
seu desenvolvimento. o progresso das forças mais atuan-
Nossa preocupação, como aliados tes e modernas. Entendemos que o
no esforço de desenvolvimento esforço de congregação das forças
paulista, será a de concentração de vivas paulistas passa pela sabedoria
esforços de investimentos, encerran- e pelo equilíbrio em governar com
do a longa fase de ajuste fiscal e cho- o interior do Estado.

PARLAMENTO PAULISTA 57
bancada do PFL

Horizonte promissor
Deputado Edmir Chedid

Os governadores eleitos em 2006 José Serra sabe, nunca lhe faltaram.


terão papel fundamental na tarefa de Um dos setores que carece de
transformar em realidade a expec- medidas urgentes e que talvez
tativa de crescimento consistente. concentre o maior de todos os
A vitória de José Serra em primei- desafios da nova gestão é, sem
ro turno, com votação maciça, dúvida, a segurança pública. José
credencia São Paulo a participar Serra sabe que o eleitor, na mais
ativamente das decisões políticas e exata consciência das funções do
administrativas que o governo fe- cargo, confiou a ele a tarefa de
deral deverá adotar para colocar o reduzir a sensação de inseguran-
país na rota do desenvolvimento ça provocada pelos ataques co-
sustentado. O caminho a percor- mandados pelo crime organizado.
rer, cuja meta deverá contemplar a Por t anto, está perfeitamente
melhoria na qualidade de vida da ciente de que a segurança públi-
Edmir Chedid é o líder do PFL população, passa obrigatoriamen- ca necessita de metas eficientes
na Assembléia Legislativa te por uma significativa redução voltadas para o verdadeiro bem-
nas taxas de juros, alívio da carga estar da população.
tributária e recuperação da capaci- Além da integração das polícias Ci-
dade de investimento do Estado, vil e Militar, o governador paulista
sobretudo em infra-estrutura. também acena para providências no
Os desafios que esperam pelo go- sentido de separar os presos por
vernador eleito José Serra não são grau de periculosidade nas peniten-
poucos. Mas sua capacidade polí- ciárias; acabar com o déficit de va-
tica, credibilidade e experiência gas no sistema; construir mais pe-
administrativa o capacitam para nitenciárias de segurança máxima,
enfrentar as grandes dificuldades bem como unidades descentraliza-
nos dias que estão pela frente. das da Febem. Para tanto, Serra de-
São muitas as áreas que exigirão do clarou que pretende criar um siste-
governador coragem e ousadia, ma de compensação para os muni-
características que, quem conhece cípios que abrigarem unidades

58 PARLAMENTO PAULISTA
prisionais, medida já proposta por possam ser descentralizados. ações voltadas para o recebimen-
este deputado (contrário à instala- Outra área que cobrará do Estado to da dívida ativa do Estado, pa-
ção desses estabelecimentos nas ações que correspondam à expec- gamentos de precatórios e ajustes
estâncias) através do Projeto de Lei tativa da comunidade paulista é a no custeio da máquina.
540/2006, em tramitação na As- educação. A adoção de um siste- Entretanto, considerando que te-
sembléia Legislativa. ma qualificado de ensino gratuito, mos quatro anos pela frente e que
O fato de o governador eleito ver que ofereça maiores oportunidades não há dúvidas da capacidade polí-
com satisfação, conforme decla- para os jovens, sobretudo os oriun- tica, do preparo e da disposição de
rou à imprensa, o progresso da co- dos das classes menos favorecidas, José Serra em fazer um governo
operação no setor de inteligência é uma aspiração legítima da socie- voltado ao desenvolvimento e aos
e informação entre os governos dade, que não aceita mais titubeios. setores mais carentes da população,
federal e estadual, fomentado pelo No ensino fundamental, é preciso e considerando ainda que a com-
governador Cláudio Lembo, tam- promover um salto de qualidade na posição da Assembléia Legislativa
bém representa um grande avan- rede pública, de preferência com aponta para um cenário bastante
ço para o enfrentamento do pro- oferta de período integral. Vale favorável à gestão Serra, assim
blema da segurança pública no destacar que o compromisso assu- como é intenção declarada do pre-
Estado de São Paulo. mido em campanha, de colocar sidente Lula, cuja recíproca é ver-
Na área da saúde também há muito duas professoras por sala de aula dadeira, manter a melhor relação
trabalho pela frente. A dramática no ensino fundamental, encontra possível com o governador paulista,
situação das Santas Casas e dos respaldo popular e demonstra que a expectativa é de otimismo. Cabe
hospitais filantrópicos exige priori- o caminho ruma ao aprimoramen- a nós, deputados eleitos, desejar
dade, com medidas eficazes de aju- to da educação em nosso Estado. sucesso ao novo governador e co-
da financeira a essas instituições, Além dos desafios na segurança laborar para que os próximos qua-
que hoje respondem por aproxima- pública, saúde, educação, trans- tro anos sejam firmes no sentido
damente 50% dos leitos hospitala- portes e muitos outros que estão de aumentar a eficiência adminis-
res do SUS. Do mesmo modo, é por vir, há problemas de caixa e trativa sobre as receitas e despesas
necessário ampliar o número de dificuldades no financiamento de do Estado, visando ao compromis-
hospitais regionais, para que os ser- obras como a expansão do Metrô so fundamental de todos nós: me-
viços de unidades hospitalares e o Rodoanel. Outras questões lhorar as condições de vida para a
sobrecarregadas no atendimento não menos espinhosas envolvem maioria da população.

PARLAMENTO PAULISTA 59
bancada do PL

Águas agitadas
Deputado Souza Santos

panorama atual. A maioria dos par-


tidos inicia a nova legislatura, em
São Paulo, gozando de equivalên-
cia em relação aos quadros conso-
lidados, se não com relação à com-
posição inicial, ao menos no que
tange àquela que prevaleceu no de-
correr do mandato. No Executivo,
de igual modo, mantém-se tremu-
lando a mesma bandeira de con-
tornos ideários, num ciclo que teve
início na década passada.
Apesar de tais nuances, afirmar que
o próximo período da história
paulista será marcado pelo
continuísmo estático tende a incor-
rer em equívoco, haja vista as par-
ticularidades da nova composição
apresentada em ambos os poderes.
A Assembléia Legislativa, que reele-
geu 52,1% de seus parlamentares,
contará com 45 novos representan-
tes, os quais, apesar do pragmatismo
inerente às siglas pelas quais se ele-
geram, tendem a proporcionar con-
sideráveis alterações no perfil do
Souza Santos é o líder do PL A vontade manifesta nas urnas, no Parlamento paulista, pelo dinamis-
na Assembléia Legislativa
pleito de 2006, culminou com um mo comum às diferentes atuações de
cenário que, no quesito represen- cada deputado.
tação partidária, manteve contor- Atrela-se a essa realidade o êxito
nos bastante semelhantes ao do que o Parlamento vem logrando no

60 PARLAMENTO PAULISTA
sentido de intensificar a participa- polarização entre duas ag re-
ção direta da população nas deci- miações – PSDB e PT –, concor-
sões tomadas. Exemplo disso são rendo para uma lógica em que os
os esforços envidados pela Assem- demais partidos caminhavam para
bléia com vistas à disponibilização posicionamentos dicotômicos, por
de ferramentas que permitam ao outro, os episódios que marcaram
cidadão sugerir, contestar e acom- o cenário político nacional desde
panhar matérias em tramitação, então ocasionaram um “vácuo po-
como é o caso do projeto da Lei lítico” acarretado pelo acirramen-
Orçamentária. A busca constante to de divisões internas nessas si-
da aproximação entre a sociedade glas. Desse modo, apesar das po-
e o Legislativo é um legado ins- lêmicas que pairam sobre o
culpido nos anais da Casa, via- assunto, existe um pensamento
bilizando o fortalecimento da de- comum que reconhece a tentati-
mocracia participativa. va de reestruturação interna por
O novo quadro do Executivo, por parte dos mesmos, fato que não
sua vez, sinaliza que vai privilegiar se pode desconsiderar numa vi-
um diálogo mais estreito com o são macro das questões políticas,
Legislativo, numa postura que sobretudo quando focamos o Es-
enfatiza um relacionamento em tado São Paulo, administrado
que a interatividade suplanta o pelo PSDB.
imperativismo que durante al- Utilizando uma metáfora, pode-
guns períodos deste mandato foi mos dizer que a nau da política
fortemente combatido por mui- paulista tende a navegar por um
tos parlamentares. mar de águas agitadas nos próxi-
Outra vertente passível de consi- mos quatro anos, porém dotada de
deração tem relação com um fenô- recursos para buscar manter-se na
meno que atinge o âmago da or- direção correta, orientando-se pela
ganização político-partidária no valorização da democracia
país. Se, por um lado, os pleitos de participativa e pela intensificação
2002 e 2004 contribuíram para a do diálogo entre os poderes.

PARLAMENTO PAULISTA 61
bancada do PMDB

Batalhas econômicas e sociais


Deputado Baleia Rossi

Qual será o cenário político, eco-


nômico e social a ser desenhado no
Estado de São Paulo durante os
próximos quatro anos, quando o
governo paulista será comandado
por José Serra, eleito já no primei-
ro turno das últimas eleições?
No campo político, nada indica
que possa haver grandes turbulên-
cias. Primeiro porque as urnas ga-
rantiram uma forte base parlamen-
tar à futura administração estadual.
Segundo, porque o governador
José Serra já sinalizou que preten-
de manter um diálogo democráti-
co com a oposição.
Baleia Rossi é o líder do PMDB Além disso, Serra tem larga expe-
na Assembléia Legislativa
riência na vida pública e projeção
nacional para colocar seu peso
político na defesa das reivindica-
ções de São Paulo junto ao gover-
no federal, compensando, de certa
maneira, a discriminação que o
Estado sofre no atual modelo po-
lítico brasileiro, que decepa a
representatividade paulista na Câ-
mara dos Deputados.
Portanto, os desafios de Serra vão
desaguar nas trincheiras onde se
travam as batalhas econômicas e
sociais. Muitos acreditam que o
próximo governador driblará tais

62 PARLAMENTO PAULISTA
desafios porque vai assumir um Manter essa rigidez fiscal – sem
Estado com seus principais proble- jamais onerar a produção – e, ao
mas financeiros equacionados. mesmo tempo, realizar obras vi-
Essa análise é apenas parcialmen- tais ao desenvolvimento econô-
te verdadeira. A despeito de a dí- mico e social de São Paulo serão,
vida pública paulista estar apa- sem dúvida, os grande desafios
rentemente equacionada, a situa- que o próximo governador en-
ção econômica do Estado tam- frentará na sua administração.
bém ostenta outra face: a de que Aliás, é o próprio programa de
não há recursos suficientes para governo apresentado pelo futu-
serem investidos em g randes ro chefe do Executivo estadual
obras de infra-estrutura e melho- durante a campanha que prioriza
rar os serviços públicos em áreas a realização de grandes obras de
como saúde, educação e seguran- infra-estrutura, como a ampliação
ça. Os sérios problemas sociais do Metrô, a duplicação de estra-
que o nosso próximo governador das, a recuperação de milhares de
herdará desnudam as dificuldades quilômetros de vicinais, a conclu-
nessa área. Não será tarefa fácil são do Rodoanel e o investimen-
transpor tais desafios. to maciço em saneamento bási-
A despeito da venda de ativos e co, entre outras tantas iniciativas.
de uma política fiscal austera im- Sem obras dessa magnitude, o Es-
plementada na última década, a tado não terá gás para registrar ní-
verdade é que o Estado de São veis de crescimento capazes de
Paulo não dispõe de recursos para gerar riquezas e empregos, fatores
investir em obras importantíssi- inalienáveis à boa qualidade de
mas para manter o desenvolvi- vida. Por isso, o diagnóstico de
mento paulista em patamar mini- Serra para melhorar a vida do povo
mamente razoável. Tanto é que a que reside e trabalha em São Pau-
fatia de São Paulo na pirâmide que lo está corretíssimo. A torcida é
compõe o Produto Interno Bruto para que ele também saiba encon-
(PIB) caiu de 35% para pouco trar o receituário para alcançar os
mais de 31% em dez anos. seus objetivos.

PARLAMENTO PAULISTA 63
bancada do PP

Trabalho e confiança
Deputado Antonio Salim Curiati

Antonio Salim Curiati é o líder do PP Alguém interessado em mergulhar Não precisamos ir longe: nas ruas,
na Assembléia Legislativa
o país numa onda de desânimo e praças, televisão, rádio e na impren-
pessimismo poderia encontrar na sa escrita, as palavras de ordem são:
atual situação brasileira um exem- “Estamos perdidos”, “A crise está
plo de campanha bem executada. terrível”, “Não existe salvação”, “A

64 PARLAMENTO PAULISTA
economia piora”, “O drama social sa: uma parte da mídia trabalha em cluir que há uma grande irrealidade
é insolúvel”, e por aí afora. cima daquele mundo arruinado e predominando na comunicação.
Parece haver uma conspiração para decadente, muitas vezes citado pe- Ninguém é cego para deixar de
se falar mal de tudo: do país, do las pessoas, mas pouco a partir do afirmar que a situação não é boa.
continente, do universo; ao mes- mundo real em que elas vivem. Realmente, está longe de ser. To-
mo tempo, a atração saudosista Essa é a razão pela qual as man- davia, coletiva ou individualmen-
valoriza tempos passados como se chetes de alguns jornais e noticiá- te, há uma corrente subterrânea
fossem sinônimo de felicidade e de rios centralizam sua tônica em afir- de energia que vai tomando con-
solução para todos os problemas. mações como “Não existe gover- ta dos espaços e impulsionando
No entanto, para qualquer bom no”, “A corrupção atinge a todos”, o país para a frente, independen-
observador, há um paradoxo: as “O Congresso não trabalha”, “O temente do pessimismo e do sen-
pessoas, assim que terminam de fa- político é desonesto”, “As institui- timento de derrocada.
lar mal, seguem para seus trabalhos ções não prestam” etc. Os políticos deste país, ou me-
e destinos, ou seja, estabelecem um O homem comum, lendo e ouvin- lhor, os bem-intencionados, com
mundo em que dizem viver e outro do tais afirmações, multiplica es- certeza não se deixarão conta-
em que realmente vivem. sas mensagens negativas, acaban- giar pela onda derrotista, traba-
Acontece que, em cada setor de do por estabelecer o caos. A ver- lharão, trabalharão de manhã à
atividade, a sociedade prossegue dade, porém, é que sua própria noite, fazendo, sugerindo, dina-
não só sobrevivendo, mas desco- vida é um desmentido do que afir- mizando coisas que rever tam
brindo fórmulas inteligentes de ma. Mas nada disso é lembrado, para o bem comum. De vez em
superar os problemas, embora al- porque ele acredita, muitas vezes, quando serão atrapalhados por
guns segmentos realmente preci- que, “se os veículos de comunica- pessoas negativas, que tentarão
sem de ajuda de outras áreas para ção afir maram que tudo está incorporá-los à onda pessimista,
fazer frente aos seus dramas. Mas, ruim”, eles é que estão certos... mas eles prosseguirão na compa-
na média, o povo brasileiro vai en- Esquece-se o cidadão, trabalhador, nhia dos que continuam a traba-
frentando e superando as crises, crente, dedicado, que tudo faz para lhar cada vez melhor, confiando
que são muito mais institucionais melhorar a situação de sua família, em seu país, no seu povo e ba-
do que momentâneas. que bastaria somar sua experiência talhando para que o Brasil atinja
No entanto, descobre-se outra coi- vivida com a de outros para con- realmente um grande destino.

PARLAMENTO PAULISTA 65
bancada do PPS

Caminhos da democracia
Deputado Arnaldo Jardim

O Poder Legislativo encontra-se em


meio a uma crise de represen-
tatividade sem precedentes. Foram
tantos os escândalos, seguidos por
manifestações explícitas de impuni-
dade, que suscitaram na opinião pú-
blica questionamentos profundos: o
que faz o Legislativo? Como se faz
política no Brasil?
A imagem recorrente é de um po-
der ineficiente, que pouco interfe-
re na vida das pessoas, caro e per-
dulário. Mais do que isso, um local
de poucos privilegiados em busca
de vantagens pessoais em detrimen-
to do interesse público. Isso preci-
sa e deve mudar, pois o Legislativo
é e sempre será a “Casa do Povo”.
Representação plural das diversas
facetas e correntes de pensamen-
to de um país de dimensões conti-
nentais, o Legislativo urge por uma
mudança no seu modus operandi.
Mais do que isso, a visão tripartite
festejada na Revolução Francesa
por Montesquieu precisa ser re-
pensada: os poderes mesclam-se
em suas competências, em virtude
das profundas mudanças econômi-
cas e sociais das últimas décadas.
Como construir isso?, pergunto-me,
Arnaldo Jardim é o líder do PPS
na Assembléia Legislativa diante da longa experiência como

66 PARLAMENTO PAULISTA
homem público e da vivência parti- de perpetuidade no poder. do Legislativo. No país do fute-
dária. Acreditamos no fortalecimen- Ou se é situação ou base de apoio bol, a política não pode se resu-
to do Legislativo, por se tratar do ao governo, o que significa apro- mir a um embate de duas
poder mais transparente, mais sus- var todas e quaisquer propostas agremiações, pois o que está em
cetível e permeável aos reclamos e enviadas pelo Executivo, ser de- jogo é o futuro do Brasil.
às mudanças políticas que a socie- fensor do mesmo sob quaisquer Outro passo importante é estimu-
dade sistematicamente requer. circunstâncias; ou se é oposição, lar e estar receptivo às manifesta-
Para que isso possa ocorrer, é ne- o que tem significado ser contra ções da sociedade civil organiza-
cessária uma ampla e consistente tudo o que ocorre por iniciativa da, através das suas entidades, que
reforma política, que institua o do Executivo e ter uma preocu- podem não apenas contribuir para
voto distrital misto, fortaleça os pação permanente em denunciar, enriquecer os debates, como tam-
partidos e jogue sobre o processo muitas vezes abstraindo o cuida- bém influir no processo legislativo,
eleitoral uma luz permanente, no do necessário de avaliar o teor de aprofundando a sinergia entre a
tocante aos financiamentos de denúncias e suas conseqüências. sociedade e o Poder Legislativo.
campanha e em relação aos seus Esse empate seco entre oposição Estes são alguns caminhos que de-
métodos de ação. Devemos iniciar e situação, muitas vezes sem con- vem ser percorridos pela nossa jo-
uma discussão sobre os moldes da teúdo, sem explicitar as diferen- vem democracia, fortalecendo o
Federação brasileira, sendo neces- tes posições à sociedade, pouco Legislativo e estimulando a in-
sária uma remodelação de nosso contribui para o amadurecimento teração com a sociedade. Afinal,
pacto federativo, que reequilibre democrático, quando não soa um legislador não é algo abstrato,
questões tributárias, fiscais e de como um enredo novelesco, for- fechado em si mesmo, acima do
representatividade, distorções que mado por heróis e vilões. Enquan- bem e do mal; ele simplesmente é
se refletem nos Parlamentos esta- to a oposição busca capitalizar-se um ser humano, com a intrans-
duais e municipais. junto à opinião pública, na teoria ferível responsabilidade de tratar
Quero crer que um dos fatores do quanto pior melhor, a situação de questões que dizem respeito à
que contribuem para o enfraque- mantém o afinco e a soberba de vida cotidiana e ao destino de mui-
cimento do Legisla tivo é o estar no timão do país, atenden- ta gente. Parafraseando J. J. Rous-
reducionismo a que ficou subme- do os pleitos e, assim, correspon- seau, “o legislador é, sob todos os
tida a disputa parlamentar, refle- dendo a sua base eleitoral. Crista- pontos de vista, o homem extra-
xo negativo dos Executivos, que liza-se uma visão simplista e su- ordinário do Estado, esse cargo é
não possuem, em sua maioria, um perficial que em muito contribui o que constitui a própria essência
projeto político, mas um projeto para o enfraquecimento do papel da República”.

PARLAMENTO PAULISTA 67
bancada do PSDB

Espaço de consenso
Deputado Ricardo Tripoli

Duas grandes marcas devem deli-


mitar o debate político em São
Paulo nas próximas legislaturas.
Uma delas é o compromisso ético,
firmemente solicitado pelas urnas,
mais do que nunca um pré-requi-
sito à atuação pública, e não mera
qualidade acessória. A outra é a
seriedade, que requer um exame
crítico e técnico das questões, não
o simples despejar de discursos
voltados para estratégias políticas.
De um lado, esses parâmetros cla-
ros estão na mente daqueles que
se elegeram e se reelegeram em
uma situação de descrédito da po-
lítica por parte da sociedade. De
outro, é justamente esse clamor das
urnas que exige, mais do que nun-
ca, que o Parlamento se mostre à
altura dos debates, em mais um
ciclo administrativo.
A credibilidade do homem públi-
co – e estas eleições demonstraram
isso – vem das coisas que ele faz,
da seriedade com que examina as
questões, da sua preocupação em
decidir não com base em critérios
de estratégia política, mas de acor-
do com a razão, do exame
Ricardo Tripoli é o líder do PSDB
na Assembléia Legislativa criterioso das questões técnicas, da

68 PARLAMENTO PAULISTA
capacidade de compreender os visões pode se transformar na uni-
anseios da população e ao mesmo dade negociada desse consenso
tempo organizar as vontades e in- que aprimora, em vez de ser o cen-
teresses díspares da sociedade em tro dos impasses que paralisam.
um consenso. Assim, muito provavelmente a de-
Nas eleições em São Paulo, parti- cisão fundamental que definirá o
cularmente, é preciso ver que a cenário político paulista durante a
despeito de todos os esforços de gestão do governador eleito José
polarização, de divisão irrecon- Serra estará entre a paixão e a ra-
ciliável, prevaleceu sobretudo um zão, entre os interesses de segmen-
desejo de simplesmente ultrapas- tos políticos e os do coletivo do
sar a fragilidade dos discursos, bus- Estado, entre as paixões políticas
cando, pelo contrário, a solidez da e a vontade de construir uma vida
história, dos programas. A serieda- melhor para todos os paulistas. É
de e a capacidade que a sociedade evidente que o consenso não ex-
premiou nas suas escolhas de- clui nem impede a multiplicidade
monstram um eleitor maduro, que de visões políticas – é essa diversi-
não é presa das demagogias. dade que faz com que a democra-
É de se esperar que as paixões par- cia seja uma forma de governo su-
tidárias se atenuem nos próximos perior a todas as outras, porque é
meses, se não por outro motivo, capaz de enxergar os problemas e
pela clara demonstração dos elei- as soluções sob vários ângulos.
tores de que eles esperam que o Mas é justamente da capacidade de
interesse público esteja além de justificar e argumentar de forma
qualquer outra preocupação tática. racional em defesa das diversas po-
Enquanto prevalecer a paixão, o sições que vem a possibilidade de
Parlamento corre o risco de anu- um consenso construído não ape-
lar-se, porque sua força vem justa- nas da força relativa dos números,
mente de ser o espaço no qual o mas da seriedade dos argumentos.
consenso pode ser construído, no E em toda seriedade há, inevitavel-
qual a diversidade de opiniões e mente, a preocupação ética.

PARLAMENTO PAULISTA 69
liderança do governo

Um futuro promissor
Deputado Edson Aparecido

José Serra é reconhecidamente um


dos políticos mais bem preparados
deste país. Tem totais condições de
dar continuidade e aprofundar as
conquistas sociais e administrativas
implantadas nestes últimos 12 anos
no Estado. Mas não será uma tare-
fa simples. Os desafios são imen-
sos, especialmente em um país que
enfrenta grandes disparidades so-
ciais. Contudo, as marcas da admi-
nistração tucana – ética na política,
Edson Aparecido é o responsabilidade fiscal, gestão efi-
líder do Governo na ciente e conquistas sociais – vão
Assembléia Legislativa
balizar as ações governamentais
nesses próximos quatro anos. O
povo de São Paulo optou pela seri-
A consagradora eleição de José edade e disso não abriremos mão.
Serra ao governo do Estado de São As perspectivas do mandato que se
Paulo, ainda no primeiro turno, é inicia em janeiro do próximo ano
o sinal inequívoco da aprovação do são bastante otimistas. O Estado
jeito tucano de governar. A popu- de São Paulo está com sua saúde
lação paulista disse sim à forma financeira em excelente estado,
como o PSDB e seus aliados polí- detém vários programas sociais em
ticos vêm administrando o Estado andamento, com grande aceitação
desde 1995, com Mário Covas e popular, e possui uma enorme ca-
Geraldo Alckmin. pacidade de investimento para

70 PARLAMENTO PAULISTA
aprofundar o nosso desenvolvi- administração petista. Precisamos,
mento econômico. E tudo isso foi de forma urgente, implementar as
construído com muito trabalho e reformas que impedem o desen-
respeito ao cidadão. Nosso Esta- volvimento, afastam investimen-
do ostenta hoje números altamen- tos e punem a imensa maioria do
te positivos em todos os setores da povo brasileiro com a falta de
administração pública. perspectivas. Essas tarefas serão
Mas São Paulo não é uma ilha, feitas com muita responsabilida-
desconectada do resto do Brasil. de e sem concessões. E certamen-
A administração do Estado traz te o Estado de São Paulo vai dar a
reflexos para o país e vice-versa. sua contribuição decisiva.
Por isso, o PSDB e seus aliados A Assembléia Legislativa paulista
políticos não se furtarão de seus também terá um papel importan-
compromissos de lutar pela te para desempenhar, como já
implementação de medidas que ocorreu nessa legislatura, em que
tragam de volta o crescimento aprovou inúmeros projetos de
econômico, emprego e renda para grande alcance social e econômi-
a população do país. co. O debate político e o exercí-
O governador José Serra tem a cio do contraditório tornam esta
autoridade de uma vida pública Casa um alicerce fundamental pa-
ir retocável para comandar os ra os avanços do Estado.
paulistas na busca de um país mais Enfim, o cenário político paulista
moderno e justo. É necessário fa- nos próximos quatro anos apon-
zer com que o governo federal di- ta para um ambiente de muito di-
alogue mais com os Estados e os namismo, em que os interesses
municípios e abandone esse esta- dos cidadãos sejam sempre o ob-
do de sonolência que caracteriza a jetivo primordial.

PARLAMENTO PAULISTA 71
bancada do PV

Questões ambientais
Deputado Paulo Sergio

um único parlamentar, cumpriu uma


legislatura na Assembléia Legislativa
de São Paulo. De lá para cá, o Parti-
do Verde foi a única legenda a cres-
cer tanto em tão pouco tempo.
Em 2002, o PV elegeu uma banca-
da de cinco deputados no Parla-
mento paulista, e durante a 15ª
Legislatura ocupou lugar na Mesa
Diretora da Casa.
Neste ano de 2006, com a eleição
de oito deputados estaduais, o PV
consolida sua expansão em todo o
Estado e consagra-se como a quar-
Paulo Sergio é o líder
do PV na Assembléia ta maior bancada da Assembléia
Legislativa Legislativa de São Paulo, perdendo
apenas para o PSDB, o PT e o PFL.
Ao completar 20 anos de fundação No total, foram 1.684.641 votos para
no Brasil, o Partido Verde conta deputado estadual. O Partido Verde
atualmente com uma considerável foi vitorioso também no plano na-
representação política no Legislativo cional, ao aumentar sua bancada de
paulista e na Câmara Federal. Essa cinco deputados federais eleitos em
representação é fruto do expressivo 2002 para 13 em 2006, registrando
crescimento do partido em todo o crescimento de 160%.
país, principalmente no Estado de Este resultado torna o PV uma cor-
São Paulo, a partir de 1999, quando, rente política com força para inter-
pela primeira vez, o PV, então com vir positivamente na sociedade e re-

72 PARLAMENTO PAULISTA
flete o aval do eleitorado para que o ligada aos escândalos que abalaram
programa do Partido Verde seja de- a opinião pública.
finitivamente implantado, pois é o Nesse sentido, com o significativo
único com foco nas questões crescimento em número de dire-
ambientais como pano de fundo tórios, em votos recebidos nas últi-
imprescindível para a organização mas eleições e em quantidade de elei-
social, política e econômica do país tos nas esferas estadual e federal, o
e para os debates acerca do desen- Partido Verde certamente terá um
volvimento da sociedade. E essa peso maior ainda no cenário políti-
também é uma das principais preo- co a partir de 2007.
cupações da comunidade interna- Ao longo da última legislatura, os
cional, com vistas ao aquecimento deputados do PV demonstraram
global, à economia mundial, ao grande empenho na defesa das ques-
Protocolo de Kyoto e ao futuro da tões programáticas do partido e dos
humanidade, temas sempre pre- princípios da democracia partici-
sentes nas discussões do Partido pativa. Mais do que isso: os deputa-
Verde, com representação em mais dos verdes foram um exemplo de
de cem países. contribuição para o aperfeiçoamen-
Não obstante, o PV tem nota- to das relações do Poder Legislativo
damente avançado no cenário po- com a sociedade e exerceram uma
lítico brasileiro, por ser um parti- notável atuação parlamentar, com
do sem desvio de conduta. Isso fi- relevante produção legislativa para
cou evidente aos olhos da socie- o Estado de São Paulo, o que fez
dade, sobretudo na última eleição, aumentar ainda mais a importância
marcada por denúncias de da bancada Verde no Parlamento
corrupção envolvendo a classe po- paulista. Nos próximos quatro anos
lítica. O PV foi um dos poucos, se não será diferente.
não o único, a não ter sua legenda

PARLAMENTO PAULISTA 73
bancada do PT

Projeto nacional
Deputado Enio Tatto

para os demais 26 vagões.


Governos eleitos e/ou reeleitos,
Legislativos renovados com altos
índices de novos parlamentares
têm a responsabilidade de impul-
sionar a política no seu sentido
mais nobre, através do debate de
idéias, com iniciativas de interes-
se da nação, em especial do povo
paulista, no caso em questão. É cla-
ro que o embate entre situação e
oposição vai permanecer, mas de-
sencadeado a partir de um projeto
de Estado e de país, a partir de suas
Enio Tatto é o líder do PT eventuais e salutares divergências.
na Assembléia Legislativa Tanto para São Paulo como para o
Brasil, temos a oportunidade de
Creio que o cenário político paulista fechar a primeira década deste iní-
para os próximos quatro anos está cio de terceiro milênio com uma
umbilicalmente ligado ao conjunto bela produção de políticas públi-
da cena política brasileira. cas para o desenvolvimento huma-
Ente federativo da União, ainda no, as quais consolidam as condi-
que identificado como o “carro- ções objetivas para melhorar a vida
chefe” do país, São Paulo, assim das pessoas, já que esse deve ser o
como cada um dos demais Esta- propósito da política. Muitas são
dos, precisa estar integrado a um as dificuldades a superar, as diver-
projeto nacional, sob pena de a gências a aparar, mas nada que nos
locomotiva tornar-se empecilho pareça impossível.

74 PARLAMENTO PAULISTA
Em meio a esse cenário político que çar pelo devido respeito entre os
se desenha para os próximos quatro poderes Executivo e Legislativo.
anos estão colocadas as eleições É quase impossível prever o cená-
municipais de 2008, bem como as rio político paulista para os próxi-
muitas demandas sociais, que se mos quatro anos. Em cerca de 1.500
apresentam como desafios nossos dias, com certeza, ele poderá se al-
de cada dia – emprego, moradia, se- terar muito.Para isso devemos con-
gurança, educação, saúde, questão siderar variantes como a forma de
ambiental. É da competência e da relacionamento entre poderes, a
responsabilidade do governo eleito composição da correlação de for-
implementar seus planos para cada ças, a formação dos blocos que es-
um desses temas, através do enca- tabelecem a relação maioria/mino-
minhamento de projetos e outras ria e o nível dos debates de idéias,
iniciativas. À oposição cabe fiscali- calendário eleitoral etc.
zar, votar as propostas de interesse A nossa certeza é o desejo de que
popular e, na eventual divergência, não se repita a desastrosa experiên-
apresentar alternativas. Ações que cia desses quatro anos que se encer-
fazem parte do jogo democrático. ram. Por trás da “alckimia” de uma
Aristóteles, aquele pensador da aparente diplomacia, educação, voz
Grécia antiga, disse que o homem mansa e pseudodemocracia, escon-
é por natureza um “animal políti- deram-se práticas permanentes de
co”. Não há dúvida de que o filó- desrespeito do Executivo para com
sofo está coberto de razão. O que o Legislativo. Em nome de uma su-
cabe aos “animais” da política é tra- posta eficiência de gestão – que, na
tar as questões políticas com prio- prática, comprovou-se nunca ter se
ridade máxima para a civilidade, concretizado –, prevaleceu a lógica
dentro dos marcos da democracia do “rolo compressor”. E isso não
e dos valores republicanos, a come- queremos que aconteça.

PARLAMENTO PAULISTA 75
bancada do PRB

Participação da sociedade
PRB
Deputada Maria Almeida

maior consciência do poder que


exerce nas urnas, durante o pleito
eleitoral. Parece complexo governar,
mas trata-se de um ofício e de uma
arte, que devem ser utilizados em
benefício de todos. Só governa de
fato quem beneficia os outros. Go-
verno e sociedade precisam ter em
mente a legitimidade que lhes é
conferida para que sejam atendidas
as necessidades e seus anseios por
melhor qualidade de vida.
E como governar não é ofício nem
arte exclusivos dos governantes, o
poder não deve ser utilizado com
interesses individuais. Os políticos,
Maria Almeida é a líder do PRB
na Assembléia Legislativa na maioria das vezes, são escolhi-
dos pelo que apresentam em suas
Nos últimos anos, as estruturas po- propostas de governo, de acordo
líticas vêm demonstrando maior efi- com a ideologia de seu partido. E
cácia, eficiência e transparência em é isso que deve ser analisado pelos
suas ações. Contudo, faz-se ainda eleitores, conscientes e politizados,
necessário maior interação com a para que depois possam cobrar
população, fazendo-se mais presen- ações daqueles que foram eleitos.
te no cenário político, exigindo pla- Uma reforma política deve ser de-
nejamento, cumprimento de metas finida com a maior brevidade.
dos políticos escolhidos, clareza nos Nos próximos quatro anos, espe-
empreendimentos e destinação de ramos maior participação da socie-
recursos orçamentários. dade, consciente daquilo que lhe
É necessário que a população tenha traga melhoria na qualidade de

76 PARLAMENTO PAULISTA
vida, de modo geral. Que haja uma porte e lazer, comunicação etc. ca-
parceria entre a população e o go- recem de atenção especial por par-
verno, para juntos encontrarem so- te do administrador público.
luções para a boa qualidade dos Há uma ampla lista de necessida-
serviços básicos e essenciais, com des, cujas soluções são necessárias
qualidade, e assim, conseqüente- à melhoria na qualidade de vida e
mente, atingir-se o desenvolvimen- ao desenvolvimento regional. É o
to do Estado e da nação. caso de reformas, ampliação e
Dentre as necessidades da popula- implementação de infra-estruturas
ção, a saúde merece atenção espe- de saneamento, habitação popu-
cial, devendo ser revistos e estuda- lar, construção e ampliação de
dos os problemas estruturais. Mui- unidades de saúde, de hospitais, de
to tem sido feito, mas ainda há mui- escolas, de prédios públicos, de
to o que fazer a fim de propiciar transportes, pavimentação asfál-
um atendimento com qualidade. tica e conservação de vias públi-
Quanto à educação, deve haver cas. Todas essas ações implicam
uma melhoria na qualidade de en- um austero controle das finanças
sino, com estruturas físicas ade- públicas, para que haja perfeito
quadas, e aprimoramento, valori- equilíbrio entre gastos e investi-
zação e incentivo dos profissionais mentos, resultando em recursos
do setor, para que possam desen- para implementação de projetos
volver suas atividades não como nos setores primordiais ao cresci-
simples transmissores do conhe- mento do Estado.
cimento, mas como educadores Tudo isso é possível com uma
que possam resgatar os valores éti- ação conjunta da população e do
cos, morais e espirituais da socie- governo. Se o governo efetiva-
dade em que atuam. mente colocar em prática o que
Assim como a saúde, educação e nos tem dito, teremos uma socie-
habitação, outros setores, como dade mais justa, mais solidária e
transportes, segurança, cultura, es- desenvolvida.

PARLAMENTO PAULISTA 77
bancada do PSC

Estrutura partidária
Deputado Said Mourad

Os partidos tendem a esquecer as


desavenças e concordar na direção
da lealdade ao eleitor, produzindo
e aprovando matérias de interesse
da sociedade. Pautas obrigatórias,
como saúde, segurança e educação,
devem ser colocadas em debate, à
procura de soluções urgentes, pois
os problemas são gritantes e o ci-
dadão não está interessado na cor
do partido político e suas idéias,
mas na resolução das questões que
afetam o cotidiano das pessoas.
A ALTV, a Divisão de Imprensa, a
Said Mourad é o líder do PSC internet e ainda a presença da so-
na Assembléia Legislativa
ciedade organizada, através de sin-
dicatos, associações, organizações
Trabalho, seriedade e ética devem não governamentais etc., fazem
ser os pontos básicos de uma pau- com que o Parlamento seja trans-
ta obrigatória para os deputados parente e, dessa forma, reflita os
paulistas eleitos para o mandato de anseios da sociedade paulista. Ape-
15 de março de 2007 a 15 de mar- sar disso, a conscientização políti-
ço de 2011. A política paulista está ca da população deve ser amplia-
de caras novas. É a aposta do elei- da, pois a maioria ainda pouco sabe
tor em um novo tipo de político: o ou tem informações erradas sobre
que trabalha com prestação de o papel funcional de um deputa-
contas, sem promessas e utopia. do, vereador, prefeito e senador.

78 PARLAMENTO PAULISTA
Partindo dessas considerações, a sentido de apresentar projetos ou
tendência do cenário político emendas orçamentárias em busca
paulista para os próximos quatro de melhor condição de vida. A
anos é de grandes mudanças na es- integração entre parlamentares, ve-
trutura partidária, que devem ser readores, prefeitos e Executivo es-
vistas logo após as eleições muni- tadual precisa ser mais estreita, vi-
cipais de 2008. Não deve haver es- sando investimentos governamen-
paço para conchavos estranhos aos tais em áreas deficitárias, como se-
interesses da sociedade. O próprio gurança, saúde e educação. As úl-
sistema deve se encarregar de fe- timas eleições mostraram que so-
char as brechas que podem permi- mente quem trabalhou e mostrou
tir tais aberrações. A cobrança da resultados é que teve respostas po-
sociedade será mais consistente, sitivas do eleitorado.
principalmente porque existe Os grandes blocos políticos que
maior vigilância, pois o cidadão em dominam o cenário nacional têm
sua casa, pela internet ou pela TV demonstrado tendências claras pa-
do Legislativo, pode acompanhar ra o diálogo em busca de soluções
o trabalho de seu representante. para o país. O Estado de São Pau-
O aperfeiçoamento lento porém lo tem sido um excelente exemplo,
consistente da política paulista em vista da sinceridade nos deba-
permite visualizar mais conquis- tes e da preocupação constante dos
tas em termos de infra-estrutura protagonistas em demonstrar me-
para a sociedade em geral, princi- lhores projetos, para apresentar so-
palmente nas regiões periféricas e luções diante dos desafios que sur-
menos favorecidas. gem constantemente.
A preocupação dos políticos pau-
listas passa a ser obrigatória no

PARLAMENTO PAULISTA 79
bancada do PTB

Nova realidade
Deputado Campos Machado

Não tenho dúvidas ao afirmar que rotados, uma nova etapa na vida
o Partido Trabalhista Brasileiro de cada cidadão e, claro, deles pró-
(PTB), uma das mais antigas siglas prios. As eleições de 2006 serviram
partidárias do país, nos próximos para avaliar que os eleitores estão
anos terá papel de grande relevân- cada vez mais interessados em co-
cia nas conquistas e mudanças que brar e interagir com quem admi-
possam vir a ocorrer no cenário nistra a coisa pública.
político paulista. O nosso Estado Sinais dos tempos? Uma nova era
tem uma responsabilidade política política? Sim, é o início de uma
das mais importantes no cenário grande avaliação a que nós, ho-
nacional, com um contingente de mens públicos, seremos submeti-
eleitores que corresponde a mais dos daqui para a frente. Os eleito-
de 22% do eleitorado nacional, res demonstraram nas urnas que
além de deter 33,4% do PIB do não querem mais votar por votar.
país. O PTB tem caminhado, nos Muito pelo contrário, estaremos
últimos anos, no Estado de São sendo cada vez mais cobrados. E
Campos Machado é o líder do PTB Paulo, lado a lado e no apoio de aí é que o PTB paulista terá uma
na Assembléia Legislativa homens que sempre se pautaram participação das mais importantes.
em administrar a coisa pública com Temos um compromisso com a
mão de ferro, como o saudoso nova realidade e, para tanto, es-
Mário Covas e o ex-governador tamos nos preparando para as
Geraldo Alckmin. mudanças que enfrentaremos
Agora, preocupados mais uma vez com muito trabalho e dedicação
com o futuro de todos nós – partidária. Unidos em torno do
paulistas e paulistanos –, estaremos mesmo ideal, estamos convenci-
na próxima legislatura juntos com dos de que o futuro político
o governador eleito José Serra, paulista terá um enorme salto de
como decidimos em convenção qualidade e, para tanto, nos pró-
estadual realizada no ano passado. ximos quatro anos vamos nos
Em defesa de um Estado forte e empenhar ainda mais em manter
comprometido com ações sociais a tradição ética com a qual o PTB
e trabalhistas, principais bandeiras foi construído há décadas, com
do nosso partido. muita seriedade e carinho junto
As últimas eleições marcaram, tan- daqueles que sempre acreditaram
to para os eleitos como para os der- em nossos ideais políticos.

80 PARLAMENTO PAULISTA
deputados

Estes são os deputados


estaduais de São Paulo

deputado par tido e-mail deputado par tido e-mail

Adilson Barroso PSC adilsonbarroso@al.sp.gov.br Enio Tatto PT eniotatto@al.sp.gov.br


Adilson Rossi PTB adilsonrossi@bol.com.br Fausto Figueira PT ffigueira@al.sp.gov.br
Adriano Diogo PT adiogo@al.sp.gov.br Geraldo “Bispo Gê” Tenuta PFL bispoge@al.sp.gov.br
Afanasio Jazadji PFL deputadoafanasio@al.sp.gov.br Geraldo Lopes PMDB geraldolopes@al.sp.gov.br
Afonso Lobato PV padreafonso@al.sp.gov.br Geraldo Vinholi PDT geraldovinholi@hotmail.com
Alberto Turco Loco Hiar PSDB turcoloco@al.sp.gov.br Giba Marson PV gibamarson@al.sp.gov.br
Aldo Demarchi PFL ademarchi@al.sp.gov.br Gilson de Souza PFL deputado@gilsondesouza.com.br
Ana do Carmo PT anadocarmopt@al.sp.gov.br Hamilton Pereira PT hpereira@al.sp.gov.br
Ana Martins PCdoB amar tins@al.sp.gov.br Havanir Nimtz PSDB havanir@al.sp.gov.br
Analice Fernandes PSDB afernandes@al.sp.gov.br Ítalo Cardoso PT italopt@uol.com.br
Antonio Mentor PT amentor@al.sp.gov.br João Caramez PSDB jcaramez@al.sp.gov.br
Antonio Salim Curiati PP scuriati@al.sp.gov.br Jonas Donizette PSB jdonizette@al.sp.gov.br
Arnaldo Jardim PPS ajardim@al.sp.gov.br Jorge Caruso PMDB jcaruso@al.sp.gov.br
Arthur Alves Pinto PL aapinto@al.sp.gov.br José Bittencourt PDT jbittencour t@al.sp.gov.br
Baleia Rossi PMDB baleiarossi@al.sp.gov.br José Caldini Crespo PFL jccrespo@al.sp.gov.br
Beth Sahão PT bsahao@al.sp.gov.br José Carlos Stangarlini PSDB jcstangarlini@al.sp.gov.br
Campos Machado PTB cmachado@al.sp.gov.br José Dilson PDT jdilson@al.sp.gov.br
Cândido Vaccarezza PT cvaccarezza@al.sp.gov.br José Zico Prado PT gabinete@josezico.com.br
Carlinhos Almeida PT carlinhos@carlinhos.org Luis Carlos Gondim PPS lcgondim@al.sp.gov.br
Carlos Neder PT carlosneder@al.sp.gov.br
Quantidade
Marcelo Bueno PTB mbueno@al.sp.gov.br
Célia Leão PSDB cleao@al.sp.gov.br Maria Almeida PRB madantas@al.sp.gov.br
Celino Cardoso PSDB ccardoso@al.sp.gov.br Maria Lúcia Amary PSDB mlamary@al.sp.gov.br
Conte Lopes PTB clopes@al.sp.gov.br Maria Lúcia Prandi PT mlprandi@al.sp.gov.br
Donisete Braga PT dpbraga@al.sp.gov.br Mário Reali PT mreali@al.sp.gov.br
Duarte Nogueira PSDB duar tenogueira@al.sp.gov.br Marquinho Tortorello PPS mtor torello@al.sp.gov.br
Edir Sales PMDB depedirsales@ig.com.br Mauro Bragato PSDB mbragato@al.sp.gov,br
Edmir Chedid PFL echedid@al.sp.gov.br Mauro Menuchi PSB mmenuchi@al.sp.gov.br
Edson Aparecido PSDB eaparecido@al.sp.gov.br Milton Vieira PFL mvieira@al.sp.gov.br
Edson Ferrarini PTB eferrarini@al.sp.gov.br Nivaldo Santana PCdoB gabinete@nivaldosantana.com.br
Edson Gomes PP egomes@al.sp.gov.br Orlando Morando PSDB omorando@al.sp.gov.br
Eli Corrêa Filho PFL ecorrea@al.sp.gov.br Palmiro Mennucci PPS palmiro@al.sp.gov.br

PARLAMENTO PAULISTA 81
Parlamento Paulista é uma publicação da Assembléia
Legislativa do Estado de São Paulo

Secretário Geral Parlamentar


Marco Antonio Hatem Beneton

Diretor do Depar tamento de Comissões


José Carlos Borges

Diretor do Depar tamento de Comunicação


Guilherme Wendel de Magalhães

Diretor do Depar tamento Parlamentar


João de Jesus Angelo

Diretora do Depar tamento de Documentação e Informação


Ligia Maria Tonioli Mazziotti

Secretário Geral de Administração


Benedito Dantas Chiaradia

Diretor do Depar tamento de Finanças


Aparecido Manoel Pereira dos Santos

Diretor do Depar tamento de Informática e


Desenvolvimento Organizacional
Celso Toshito Matsuda

Diretor do Depar tamento de Recursos Humanos


Maurício da Rocha Ferraz Pereira

Diretor do Depar tamento de Serviços Gerais


Dagoberto Gonçalves
deputado par tido e-mail

Procurador-chefe
Maurílio Maldonado
Paulo Sergio PV psergio@al.sp.gov.br
Pedro Tobias PSDB ptobias@al.sp.gov.br
Diretor da Divisão de Imprensa
Rafael Silva PDT rsilva@al.sp.gov.br Henrique Silveira Neves

Renato Simões PT rsimoes@al.sp.gov.br Edição:


Marcos Luiz Fernandes
Ricardo Castilho PV rcastilho@al.sp.gov.br Vagner Pelosini
Ricardo Tripoli PSDB r tripoli@al.sp.gov.br
Apuração, redação e revisão:
Roberto Alves PTB ralves@al.sp.gov.br Blanca Camargo
Celina Castro
Roberto Engler PSDB rengler@al.sp.gov.br Daniela C. Barros Affonso
Dimar Silva de Deus
Roberto Felício PT rfelicio@al.sp.gov.br Elias de Lucena
Encarnación L. Lemonche
Roberto Morais PPS rmorais@al.sp.gov.br Fabiano Ciambra
Rodolfo Costa e Silva PSDB rcsilva@al.sp.gov.br Fernando Duarte Caldas
Josué Rocha
Rodrigo Garcia PFL rgarcia@al.sp.gov.br Luciana Machado Podiesi
Luís Augusto de Arruda
Rogério Nogueira PDT rnogueira@al.sp.gov.br Luís Galvão de França
Maria Aparecida G. Heleno
Romeu Tuma PMDB r tuma@al.sp.gov.br Maria Célia Valente
Roque Barbiere PSDB rbarbiere@al.sp.gov.br Maria de Oliveira dos Santos
Maria Elizabeth Avellar
Rosmary Corrêa PSDB delrose@al.sp.gov.br Marisa Mello
Mariza A. A. Paulicek
Said Mourad PSC saidmourad@al.sp.gob.br Oriana Lidia Tossani
Paulo Meirelles
Sebastião Almeida PT salmeida@al.sp.gov.br Sandra Regina Machieski
Sebastião Arcanjo PT tiaopt@uol.com.br Vera Heloisa Boldrini

Sidney Beraldo PSDB sberaldo@al.sp.gov.br Fotografia:


José Antônio Teixeira
Simão Pedro PT spedro@al.sp.gov.br Marco Antônio Cardelino
Maurício Garcia de Souza
Souza Santos PL ssantos@al.sp.gov.br Roberto Navarro
Tiãozinho da Farmácia PV tiaozinho@al.sp.gov.br Projeto gráfico:
Valdomiro Lopes PSB vlopes@al.sp.gov.br Reciclamais Publicações Técnicas Ltda.

Vanderlei Macris PSDB vmacris@vanderleimacris.com Pré-diagramação:


Carlos Yamazato
Vanderlei Siraque PT vsiraque@al.sp.gov.br
Editoração, impressão e acabamento:
Vaz de Lima PSDB vlima@al.sp.gov.br Prol Editora Gráfica Ltda.
Vicente Cândido PT vcandido@al.sp.gov.br
Vinícius Camarinha PSB vcamarinha@al.sp.gov.br
Wagner Salustiano PSDB wsalustiano@al.sp.gov.br
Waldir Agnello PTB wagnello@al.sp.gov.br
Zuza Abdul Massih PDT zmassih@al.sp.gov.br

82 PARLAMENTO PAULISTA

Você também pode gostar