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alfabetização
A pesquisa A Leitura e a Escrita no Processo de Alfabetização foi desenvolvida
com o intuito de aprofundar e desenvolver a compreensão do processo de
leitura e escrita na construção dos educandos; para que possa acontecer a ação
e a reflexão da teoria e prática pedagógica, é essencial que compreendamos o
processo de aprendizagem deles para o envolvimento pessoal dentro da
sociedade, em que possa obter sua formação pessoal, permitindo assim que
aconteça o processo de aprendizagem. O direito de ler significa igualmente o
de desenvolver as potencialidades intelectuais e espirituais, de aprender e
progredir.
De acordo com a ideia de que a leitura implica compreensão, um aluno que seja
somente capaz de simplesmente decodificar as palavras sem alcançar o
entendimento da ideia contida nelas não pode ser considerado alguém que
realmente lê.
Na hora da leitura, os alunos precisam ser capazes de tomar uma decisão frente
ao que leem, perceber não só o que está explícito, mas o que está
subentendido e compreender as interações do autor e suas motivações para
apresentar a informação de determinado modo. Na hora de redigir, têm de
saber definir quem será o destinatário, qual o propósito da escrita e como fazer
isso de um jeito eficiente; aí está incluído definir o gênero mais adequado e
seguir as normas e os padrões socialmente aceitos. Infelizmente, poucos
conseguem.
Entretanto, as diferenças são bem mais relativas quando o foco não está nas
diferenças e quando a concepção não é polar. Em primeiro lugar, porque nem
toda escrita é formal e planejada, nem toda oralidade é informal e sem
planejamento. Em segundo lugar, após as reflexões de Bakhtin sobre a
linguagem e as análises que se enquadram nas diversas vertentes da análise do
discurso, isto é, análises que consideram que a prática social é constitutiva da
linguagem, a redução da dimensão interpessoal na escrita fica difícil de ser
sustentada.
Por esse processo, a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra.
Por exemplo, a palavra casa soletra-se assim c, a, ca; s, a, sa; casa. O método
alfabético permite a utilização de cartilhas.
O segundo momento, cujo pico foi nos anos 60, teve por centro geográfico os
Estados Unidos. A discussão das ideias sobre alfabetização foi levada para
dentro de um debate mais amplo, em torno da questão do fracasso escolar. A
luta contra a segregação dos negros, com a consequente batalha pela
integração nas escolas norte-americanas, contribuiu para que se tornassem
mais explícitas as dificuldades escolares dessas minorias. Muito dinheiro foi
investido em pesquisas para tentar compreender o que havia de errado com as
crianças que não aprendiam. Buscava-se no aluno a razão de seu próprio
fracasso.
São desse período as que hoje chamamos “teorias de déficit”. Supunha-se que a
aprendizagem dependia de pré-requisitos (cognitivos, psicológicos, perceptivo-
motores, linguísticos...) e que certas crianças fracassavam por não dispor dessas
habilidades prévias. O fato de o fracasso concentrar-se nas crianças das famílias
mais pobres era explicado por uma suposta incapacidade das próprias famílias
de proporcionar os estímulos adequados.
as mudanças necessárias para enfrentar sobre bases novas a alfabetização inicial não se
resolvem com um novo método de ensino, nem com novos testes de prontidão nem
com novos materiais didáticos. É preciso mudar os pontos por onde nós fazemos
passar o eixo central das nossas decisões. Temos uma imagem empobrecida da língua
escrita: é preciso reintroduzir quando encontramos a analfabetização, a escrita como
sistema de representação da linguagem.
Muitas são as causas que têm sido descritas por aqueles que se dedicam a
estudar tal problema. Algumas das razões mais amplamente divulgadas dizem
respeito a déficits visuais e auditivos e a um domínio pouco desenvolvido de
fala e linguagem, a problemas gerais de saúde e a maturidade, a fatores
emocionais, familiares e sociais. Sendo assim, podemos atribuir-lhes a
motivação tanto a facilidade como a dificuldade para aprender, atribuir-lhes as
condições motivadoras o sucesso ou o fracasso dos professores ao tentar
ensinar algo; dificilmente detectamos o motivo que subjaz a algum tipo de
comportamento.
Para Fulgênio (1992), a leitura e a escrita são resultados das interações entre
informações visuais e não visuais, ou seja, quem lê e escreve constrói
significados unindo todo o seu conhecimento de mundo, seus esquemas
mentais relacionados ao conteúdo tratado no texto, às informações oferecidas
pelo autor, expressas no papel.
Por outro lado, existem vários tipos de procedimento: uns que exigem ações
mais automatizadas, como o ato de amarrar o cadarço do sapato, e outras que
exigem capacidade de pensamento estratégico. As estratégias usadas na
compreensão de um texto estão enquadradas no segundo tipo, ou seja,
constituem um conjunto de ações mentais desenvolvidas pelo leitor para
construir o sentido.
Sabe-se que ter imaginação é algo muito importante na vida da criança, pois é
com essa faculdade que a consciência infantil elabora aquilo que vai captando
de forma intuitiva no mundo que a cerca. As descobertas do mundo surgem
para a criança como fantasia, como algo extraordinário, embora não se possa
dizer que ela confunda os elementos do real com o do mundo irreal.
Para aprender a ler e a escrever é preciso pensar sobre a escrita, pensar sobre o
que a escrita representa e como ela apresenta graficamente a linguagem.
Algumas reflexões didáticas favorecem especialmente a análise e a reflexão
sobre o sistema alfabético de escrita e a correspondência fonográfica. São
atividades que exigem atenção à análise tanto quantitativa como qualitativa, à
correspondência entre segmentos falados e escritos. São situações privilegiadas
de atividades epilinguísticas, em que basicamente o aluno precisa
Em ambas é necessário que ele ponha em jogo tudo o que sabe sobre a escrita,
para poder realizá-las. Nas atividades de “leitura”, o aluno precisa analisar todos
os indicadores disponíveis para descobrir o significado do escrito e realizar a
“leitura” de duas formas:
Pelo ajuste da “leitura” do texto, que conhece de cor, aos segmentos escritos;
Pela combinação de estratégias e antecipação (a partir de informações obtidas
no contexto, por meio de pistas) com índices providos pelo próprio texto, em
especial os relacionados à correspondência fonográfica.
Portanto, a leitura pode ter várias motivações; identificar seu objetivo permite
traçar as características do processo de leitura a ser feito e/ou as estratégias que
serão potencializadas. O ato de ler e compreender perpassa a simples
decodificação do código escrito, pois sob ele há uma estrutura básica que exige
do leitor que coloque em jogo todos os aspectos cognitivos e repertório
pessoal. Além disso, quando alguém lê algo é porque tem um objetivo, ou seja,
mesmo sem perceber, há implícita à situação um motivo gerador. Outra questão
pertinente a esse momento é que, ao ler, o leitor processa seus conhecimentos,
construindo sentido.
Centrada nessa visão que vê a língua como pura fonologia, a cartilha introduz o
estudante no mundo da escrita apresentando-lhe um texto que, na verdade, é
apenas um agregado de frases desconexas. Poderíamos dizer que, na
concepção empírica, o conhecimento está “fora” do sujeito e é internalizado por
meio dos sentidos, ativados pela ação física e perceptual. O sujeito da
aprendizagem seria “vazio” na sua origem, sendo “preenchido” pelas
experiências que tem com o mundo.
Para aprender algo, é preciso haver conhecimento prévio, ou seja, existe uma
permanente transformação a partir do conhecimento já adquirido. Se, por um
lado, é o que cada um possui de conhecimento que explica as diferentes formas
e tempos de aprendizagem de determinados conteúdos que estão sendo
tratados, por outro sabemos que a intervenção do professor é determinante
nesse processo; seja nas propostas de atividades, seja na forma como encoraja
cada um de seus estudantes a se lançar na ousadia de aprender, o professor
exerce papel de grande relevância.
Conclusão
A pesquisa apresentada foi realizada com um embasamento teórico que
especificou e afirmou toda a importância de utilizar a leitura e a escrita no
processo de alfabetização.
Referências
ARIÈS, Phillippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro:
Guanabara, 1961.
CAGUARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o ba-be-bi-bo-bu. São Paulo: Scipione,
1998.
TEBEROSKY, Ana et al. Aprender a ler e a escrever. Porto Alegre: Artmed, 2013.