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As línguas maternas como qualquer outra que queira intervir de forma activa, criando a
intersubjectivação como sustenta Castiano (2000), deve possuir elementos, um léxico, uma
gramática, isto é, elementos básicos que as línguas internacionais possuem ou têm, estes
elementos serão importantes para a educação ou reeducação dos sujeitos africanos. A estes
elementos básicos chamamos padronização, que consiste na criação ou identificação de
estruturas fenológicas, sintácticas, morfológicas e ainda de escrita única.
A escrita padronizada das línguas maternas são necessárias pois garante que todos
partilhem da mesma forma de interacção entre os sujeitos. “A padronização intra-
linguística é a forma mais segura de garantir que haverá uma comunicação entre o
escritor e o leitor podendo estes através da grafia padronizada, dispor de um meio
fundamental de descodificação de margens escritas”. (idem,p.300)
A leitura alimenta a alma e o espírito é por via desta que o leitor entra em diálogo com o
escritor e, nesse diálogo, o leitor mais aprende a forma de escrever, de transmitir e /ou
produzir conhecimento. A escrita é então importante porque sem ela não haveria
possibilidades de haver leitores, não havendo assim a descodificação das suas margens ou
obscuridade. Como dissemos antes a educação é um instrumento de emancipação e, sendo
assim, “uma ortografia padronizada é importante para o uso da língua na produção de
material didáctico e pedagógico, na sala de aulas (na escolarização e na alfabetização dos
adultos) e nos meios de comunicação social sobretudo na impressa escrita. ” (idem, p.301)
Ngunga e Faquir (ibidem), sustentam que a harmonia da qual Kwesi Prah fala poderá ser
dada a partir desta padronização. Pois, a padronização de variantes linguísticas possibilitará
a identificação das suas semelhanças e diferenças. A padronização da escrita materna ou se
preferir da ortografia vai garantir a produção e processamento de informações que devem
ser partilhadas pelos africanos.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FANON, Frantz. (1965). Os condenados da terra. Trad. José Lourenço de Melo, Rio de
Janeiro, Civilização brasileira.