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A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE RURAL PARA PRODUTOR

Aluno: WEYNE PEIXOTO LIMA

TUTOR(A):EMILIANE JANUÁRIO

RESUMO

O Grande objetivo desse artigo é demonstrar a importância da Contabilidade Rural


para o Pequeno produtor rural, agindo assim como uma ferramenta de gestão que
permite, por meio da informação contábil, o planejamento e o controle para tomada
de decisões, além de contribuir para o controle dos custos e comparação de
resultados, Embora a Contabilidade Rural tenha sua utilidade, e relevância como
instrumento no processo de tomada de decisão, os benefícios e vantagens por meio
de sua implantação e utilização proporcionará aos gestores, práticas administrativas
eficientes e eficazes com melhora significativa na lucratividade e rentabilidade, pois
é considerado como uma ferramenta gerencial que permite, por meio da informação
contábil, o planejamento e o controle para tomada de decisões, além de contribuir
para o controle dos custos e comparação de resultados, por isso faz-se necessário
investir em mecanismos disponibilizados pela Contabilidade para obtenção de
informações e uma gestão estratégica, para uma melhor gestão da empresa, a
contabilidade rural é um segmento em alta e estável no mercado contábil e com o
decorrer dos tempos vem mostrando a necessidade da sua existência para os
produtores, pois ela vem se desenvolvendo no decorrer dos anos e muito se fala na
necessidade da sua existência nestas instituições e de sua importância para a
modernidade do setor agropecuário. Quão grande a sua importância para ajudar a
progredir no meio do setor rural. Trazendo para o usuário os benefícios e vantagens
por meio de suas praticas administrativas eficientes e eficazes para a melhoria da
lucratividade e rentabilidade no setor rural. Ajudando na tomada de decisão e
planejamento, além de controlar os custos e ajudar a obter mais lucros. Neste artigo
dar-se-á ênfase na Contabilidade Rural para pequenos produtores agrícolas, a forma
de investir em uma gestão para auxiliar na apuração do resultado, podendo
maximizar os seus lucros, através de informações contábeis.

Palavra-Chave: Contabilidade Rural, Produtor Rural e Gestão.

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Aluno concludente do curso de Bacharel em Ciências Contábeis do Centro Universitário Estácio da


Amazônia.
² Professor Orientador do artigo do Centro Universitário Estácio da Amazônia
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ABSTRACT

The objective of this article is to demonstrate the importance of Rural Accounting for
the Small Rural Producer as a management tool that allows, through accounting
information, planning and control for decision making, as well as contribute to the
control of costs and rural accounting is a high and stable segment in the accounting
market and over the course of time has been showing the need for its existence for
producers, since it has been developing over the years and much is its existence in
these institutions and its importance for the modernity of the agricultural sector. How
great is its importance to help progress in the middle of the rural sector. Bringing to
the user the benefits and advantages through its efficient and effective administrative
practices for the improvement of profitability and profitability in the rural sector.
Helping in decision making and planning, in addition to controlling costs and helping
to get more profits. In this article emphasis will be placed on Rural Accounting for
small farmers, how to invest in a management to assist in the calculation of the
result, and can maximize their profits through accounting information.

Keyword: Rural Accounting, Rural Producer and Management.

1. INTRODUÇÃO

A Contabilidade Rural é o ramo da contabilidade que estuda o Patrimônio


Rural, composto, por exemplo, por ativos tais como: caixa, terra, tratores, Estoques
de produtos agrícolas (fertilizantes e sementes), como Passivos, empréstimos
bancários, obrigações trabalhistas, Fornecedores, e Patrimônio Líquido (capital,
reservas, entre outros). As empresas rurais apresentam características muito
específicas em virtude do seu ramo de fatores como a sazonalidade e a
especificidade de cada ramo de atividade rural.
No Brasil, empresário e agricultor são dois estereótipos completamente
diferentes. Mas essa distinção deveria se ater somente ao imaginário, pois, na
prática, administrar uma fazenda não é tão diferente de controlar uma empresa.
Apesar disso, nem todos os produtores rurais dão a devida importância às práticas
modernas de gestão e à contabilidade rural que é o ramo que estuda o patrimônio
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rural, estuda ativos, divididos em elementos como (caixa, ativos biológicos, tratores,
sementes e outros.) Passivos (empréstimos, dividas trabalhistas.) E patrimônio
liquido (capital, reservas...) Como todo o ramo da Contabilidade, tem suas
características próprias, exemplo, as empresas que trabalham com safras, que tem
um ciclo operacional, de longos meses. Isto porque a safra leva um período de
tempo para nascer, crescer ate a colheita. Outra característica é a presença mais
frequente da reserva de contingencia nos balanços patrimoniais, por causa da
vulnerabilidade do setor rural as incertezas do clima como geadas, secas, granizo,
queimadas.

Analisando todos os fatores anteriores. Como a contabilidade pode ajudar o


produtor rural na sua gestão financeira?

Como todo ramo de Contabilidade, a Contabilidade Rural tem suas


características próprias. Por exemplo, as empresas que lidam com gado têm
um ciclo operacional geralmente maior que um ano. Isto porque o gado leva um
período de tempo maior do que um ano para nascer, crescer e estar com tamanho
ideal para o abate. Com isto, o longo e o curto prazo para este tipo de empresa
tornam-se maiores que os das empresas convencionais.

Outra característica específica da Contabilidade Rural é a presença mais


frequente da reserva de contingência nos balanços patrimoniais, por causa da
vulnerabilidade do setor rural às incertezas do clima (geadas, seca, granizo etc.).

O Grande problema no setor rural, são as pessoas que tomam de conta da


gestão do negócio, pois quase sempre são os próprios donos que cuidam de todo o
negócio, e em muitos casos são pessoas com pouco conhecimento, pois segundo o
IBGE censo 2006, 43% dos proprietários rurais tem ensino fundamental incompleto,
isso dificulta para reconhecer a importância da contabilidade para seus negócios.
O objetivo geral desse artigo é mostrar que uma contabilidade rural eficaz
pode ajuda-los, na apuração do resultado, na legalização e comprimento da
Legislação. A Contabilidade controla e registra o patrimônio liquido, onde passa
confiança e credibilidade para obtenção de créditos e facilidades da venda no
mercado, com informações claras e correta, ajudando ao produtor a uma maior
rentabilidade.
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O produtor rural, assim, já não se limita a apenas em produzir, ele vem


buscando conhecer o meio em que atua, muito em decorrência disso a grande
justificativa dessa pesquisa é o aprofundamento do assunto abordado para que
possamos levar o maior conhecimento a quem precisa de auxílio na gestão do seu
negócio rural, seja ela grande ou pequena, e introduzir tecnologias que o ajudem
nesta tarefa. O Contador nesse papel é o responsável pelas tarefas de
planejamento, organização, direção de seus subalternos diretos e controle, ter a
Gestão Financeira bem alinhada. É ele que precisa saber como está a rentabilidade
da atividade produtiva, quais são os resultados obtidos e como eles podem ser
otimizados por meio de avaliação dos resultados, fontes de receitas e tipos de
despesas e como melhorar as receitas e reduzir as despesas.
Esse artigo tem o objetivo específico de mostrar como a ferramenta contábil
pode ser útil para suprir as necessidades de planejar, orçar, organizar e orientar o
produtor rural para uma melhor administração do seu patrimônio. Por isso a grande
importância da contabilidade rural para os agricultores, demonstrando como
melhorar financeiramente, economicamente e auxiliando na tomada de decisões nas
propriedades para que essas mesmas possam continuar.
Tendo como abordagem a sua finalidade, importância e aplicabilidade, para a
melhoria de uma gestão. Discutir como a contabilidade pode facilitar o meio rural,
auxiliando na toma de decisão, como o contador é fundamental dentro de uma
propriedade rural, que é com o trabalho desse profissional que obterá a noção sobre
as questões econômicas e financeiras da sua propriedade. Visando mostrar como e
quais documentos necessários e o que se precisa para esta legalmente perante a
Receita Federal, para obtenção de vantagens no meio do comercio e na busca de
financiamentos para aumentar o seu negócio.
A elaboração deste artigo científico teve como base de metodologia a análise
e seleção bibliográfica diante de uma análise qualitativa, então, para a obtenção dos
dados foram utilizados como meio de pesquisa de pesquisa livros, artigos e revistas
sobre o tema que está sendo apresentado e que abordassem sobre a Contabilidade
Rural, sua finalidade, importância e aplicabilidade, para uma melhor gestão. A
pesquisa bibliográfica foi amparada por livros e material coletado na biblioteca da
Instituição, Gil (2002, p. 44) descreve que “pesquisa bibliográfica é a pesquisa
desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de
livros e artigos científicos”.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 História da Contabilidade

É difícil determinar exatamente como nasceu a contabilidade, mas uma


analogia com a humanidade demonstra que a contabilidade é tão antiga quanto o
homem que conta. O surgimento e a evolução da contabilidade confundem-se com o
próprio desenvolvimento da humanidade. Nesse contexto, o estudo sobre as
civilizações da Antiguidade mostra que o homem primitivo já cuidava da sua riqueza,
através, por exemplo, da contagem e do controle do seu rebanho.

Para (SCHMIDT, 2000)

A Contabilidade aprimorou-se de acordo com as necessidades de cada


período histórico. O aparecimento da escrita, o descobrimento da América,
a invenção da máquina a vapor, que deu impulso a Revolução Industrial;
são marcos da nossa história que fizeram desencadear o desenvolvimento
da ciência contábil.

Nagatsuka e Teles (2002) explicam que:

O desenvolvimento da Contabilidade em toda a sua história esteve


intimamente ligado ao desenvolvimento econômico, às transações
sociopolíticas e socioculturais experimentadas em cada época. O homem foi
sentindo a necessidade de aperfeiçoar seu instrumento de avaliação da
situação patrimonial, ao mesmo tempo em que as atividades econômicas
foram-se tornando mais complexas. Os autores delimitam a evolução
histórica da contabilidade em duas grandes escolas: a italiana e a
norteamericana.

Ludícibus (2006) destaca que:

O Brasil foi influenciado pela escola italiana. No país, a primeira escola


especializada no ensino da contabilidade foi criada em 1902. Entretanto, foi
com a fundação da Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da
USP, fornecendo o curso de Ciências Contábeis e Atuarias em 1946, que o
Brasil ganhou o primeiro núcleo efetivo.

Porém, alguns estudiosos fazem remontar os primeiros sinais objetivos da


existência das contas e os primeiros exemplos completos de contabilidade, mesmo
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sendo uma forma de contabilidade rudimentar. Segundo Schmidt e Santos (2006,


p.13):

Em sítios arqueológicos do Oriente Próximo, foram


encontrados materiais utilizados por civilizações pré-históricas
que caracterizaram um sistema contábil utilizado entre 8000 e
3000 a.C., constituído de pequenas fichas de barro. Essas
escavações revelaram fatos extraordinários para a
Contabilidade, colocando-a como uma mola propulsora da
criação da escrita e da contagem abstrata.

Segundo CREPALDI, 2012, p. 83:

A Contabilidade é uma ciência, uma disciplina, um ramo de


conhecimento humano, uma profissão que tem por objeto o
estudo dos fenômenos patrimoniais. A Contabilidade é a ciência
que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o
registro, a demonstração expositiva e a interpretação dos fatos
neles ocorridos, com o fim de oferecer informações sobre sua
composição e variação, bem como sobre o resultado econômico
decorrente da gestão da riqueza patrimonial.

2.2 Contabilidade Rural

A contabilidade rural é denominada Contabilidade Geral ou Contabilidade


Financeira, sendo tanto importante como qualquer outro tipo para as empresas, que
é denominada de acordo com atividade aplicada. Segundo MARION (2010, p. 3), “a
Contabilidade Rural é a Contabilidade Geral aplicada as empresas rurais. ”

Segundo Calderelli (2003, p. 180):

a Contabilidade Rural é aquela que tem suas normas baseadas na


orientação, controle e registro dos atos e fatos ocorridos e praticados por
uma empresa cujo objeto de comércio ou indústria seja agricultura ou
pecuária.

Conforme Crepaldi (2006, p. 86), especificadamente a Contabilidade Rural


tem as seguintes finalidades:
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- orientar as operações agrícolas e pecuárias;

- medir o desempenho econômico-financeiro da empresa e de cada atividade


produtiva individualmente;

- Controlar transações financeiras;

- Apoiar as tomadas de decisões no planejamento da produção, das vendas


e dos investimentos;

- Auxiliar as projeções de fluxos de caixa e necessidade de crédito;

- Permitir a comparação da performance da empresa no tempo e destas com


outras empresas;

- Conduzir as despesas pessoas do proprietário e de sua família;

- Servir de base para seguros, arrendamento e outros contratos;

- Justificar a liquidez e a capacidade de pagamento da empresa junto a


agentes financeiros e outros credores;

Todavia, embora sejam inúmeras as vantagens e benefícios da sua utilização,


de acordo com Crepaldi (2006, p. 19): A Contabilidade Rural no Brasil é pouco
utilizada, tanto pelos empresários quanto pelos contadores. Isso acontece devido ao
desconhecimento por parte destes empresários, da importância das informações
obtidas através da contabilidade, da maior segurança e clareza que estas
informações proporcionam na tomada de decisões. Acontece também devido à
mentalidade conservadora da maioria dos agropecuaristas, que persistem em
manter controles baseados em sua experiência adquirida como passar dos anos.
Desta forma abrem mão de dados reais que poderiam ser obtidos através da
contabilidade.

Na atividade rural, os termos e as expressões “produtor rural” variam de


região para região. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) (2003, p.
21) define: produtor rural como:
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A pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que


desenvolve, em área urbana ou rural, as atividades
agropecuárias, pesqueiras ou silviculturas, bem como a
extração de produtos primários, vegetais ou animais, em
caráter permanente ou temporário, diretamente ou prepostos.

Empresário Rural, segundo o artigo 966 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de


2002, no novo Código Civil (NCC), Brasil (2002), “exerce profissionalmente atividade
econômica para a produção ou circulação de bens ou serviços”. Essa atividade de
produção, realizada de forma profissional, com a finalidade de gerar riqueza,
reconheceu o trabalho do produtor rural como o de criação de bens e serviços.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Brasil (1970)


define pequeno produtor como “aquele que detém de 01 a 71,9 hectares, médio
produtor de 72 a 269,9 hectares e grande produtor é aquele que possui acima de
270 hectares”, O referido instituto considera, também, que um módulo de terra é
igual a 18 hectares. Um hectare de terra equivale a 10.000 m² (dez mil metros
quadrados).

Conforme Valle (1987), a atividade agrícola continua sendo exercida, em


grande parte, por famílias que atuam no processo produtivo e no de consumo,
constituindo uma entidade de caráter autossuficiente. Porém, com o passar dos
tempos, em razão da divisão do trabalho e do desenvolvimento do comércio, deu-se
a dissociação entre o processo produtivo e o de consumo, quando o agricultor
deixou de se limitar a produzir para sua subsistência e o de sua família, mas, em
especial, para a venda no mercado consumidor.

Segundo Crepaldi (2011, p. 77), “uma das ferramentas administrativas menos


utilizadas pelos produtores brasileiros é, sem duvida, a Contabilidade Rural, vista
geralmente, como uma técnica complexa em sua execução”. Dentre outros fatores,
ressaltou que é quase sempre conhecida apenas dentro de suas finalidades fiscais
como à tributação do Imposto de Renda. Os produtores rurais não demonstram
interesse na aplicação gerencial, devido o Brasil ainda se desenvolver dentro de
critérios bastante tradicionais, tanto em pequenas propriedades rurais como também
em medias e grandes empresas.
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Segundo Oliveira, (2008, p. 27), “a contabilidade tem por finalidade analisar,


interpretar e registrar os fenômenos que ocorrem nos patrimônios de pessoas físicas
e jurídicas”, sendo uma ferramenta necessária para todos os usuários, através de
relatórios ou informações úteis para que possam ser tomadas as decisões corretas.
A contabilidade rural vem para ser parceira do produtor rural, dando informações
necessárias e úteis para sua administração, assim como em qualquer empresa, a
propriedade rural também tem suas despesas e custos para serem controlados.

2.3 Tributação

O Brasil tem uma das cargas tributária mais alta do globo e muito se fala na
redução de carga tributária. Em virtude disso, alguns órgãos como Ministério da
Fazenda, Receita Federal do Brasil e Confederação Nacional da Agricultura (CNA)
vêm realizando um estudo para que possa ser desenvolvido um plano em que
ocorra a conversão dos produtores, pessoa física para empresas, pessoa jurídica,
com intuito de reduzir a carga tributária e facilitar o acesso ao crédito rural. De
acordo com o Sistema Tributário Nacional- (STN) tributo é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrado mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.

2.4 Produtor Rural

É de pouco conhecimento que o produtor rural é um empresário, que não há


diferença entre empresário comercial para a rural, são administradores, que seguem
leis, possuem obrigações e patrimônio. O artigo 966 do Código Civil de 11 de janeiro
de 2003 (NCC), define o termo empresário como “aquele que exerce
profissionalmente atividade econômica para a produção ou circulação de bens ou
serviços”. Empresa rural é a unidade de produção em que são exercidas atividades
que dizem respeito a culturas agrícolas, criação de gado ou culturas florestais, com
a finalidade de obtenção de renda.

De acordo com a Orientação Tributária DOLT/SUTRI Nº 002/2009, produtor


rural pessoa física

É o produtor rural não inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis e


no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, que dispõe de um
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cadastro específico de contribuinte do ICMS e regras próprias, simplificadas


e diferenciadas, aplicáveis às operações por ele praticadas.

Ainda de acordo com Orientação Tributária, a partir de 1º de março de 2009, o


produtor rural pessoa física não inscrita no Registro Público de Empresas Mercantis
e inscrita no Cadastro de Produtor Rural nessa data, bem como o produtor já inscrito
no Cadastro de Produtor Rural Pessoa Física conta com novo tratamento tributário
diferenciado e simplificado, previsto no Capítulo LXII, Parte 1, Anexo IX do
RICMS/2002, fazendo-se necessária a compreensão das regras aplicáveis às
operações com leite e às demais saídas.

Havendo mudanças na tributação do ICMS, sendo as principais:

a) Isenção nas operações internas destinadas a contribuinte;

b) Simplificação da apuração do imposto nas demais operações e

c) Possibilidade de apropriação de crédito presumido pela cooperativa ou


estabelecimento industrial, desde que promova o ressarcimento ao produtor no
mesmo valor, nos percentuais aplicados sobre o valor da operação, conforme o
Regulamento do ICMS.

Sobre o ICMS do produtor Rural

De acordo com o RICMS DECRETO Nº 20.686, DE 28 DE DEZEMBRO DE


1999, O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias – ICMS:

É um imposto interestadual caracterizado por alíquota variável com classificação dos


produtos em tributado, alíquota zero, substituição tributária diferencial de alíquota,
isentos e tributados a 4% (produtos importados), ficando atribuído aos Estados e ao
Distrito Federal instituir e cobrar, cada uma legislando de forma distinta.

A base de cálculo do ICMS é o montante da operação, incluindo o frete e


despesas acessórias cobradas do adquirente/consumidor. Sobre a respectiva base
de cálculo se aplicará a alíquota do ICMS De acordo com a Orientação Tributária
DOLT/SUTRI Nº 003/2009, as operações promovidas pelo produtor rural inscrito no
Cadastro de Contribuinte do ICMS serão normalmente tributadas, observando-se as
disposições contidas na legislação tributária sobre a aplicação da isenção,
diferimento, suspensão do imposto ou outro tratamento tributário aplicável. Após a
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inscrição do estabelecimento do produtor no Cadastro de Contribuinte do ICMS, o


produtor rural poderá utilizar o saldo credor remanescente do Certificado de Crédito
de ICMS relativo ao imposto incidente nas aquisições efetuadas até a data da sua
inscrição para compensação com débitos futuros porventura devidos ou poderá
transferi-lo conforme previsto no Anexo VIII do RICMS.

Nas operações destinadas ao Produtor Rural Pessoa Física prevalecem às


hipóteses de aplicação do diferimento previstas no Anexo II do RICMS/02 nas
operações destinadas ao produtor rural pessoa física promovidas por contribuinte do
ICMS, inclusive o produtor rural pessoa jurídica. Artigo 364 do decreto lei 43
080/2002, define que o lançamento do imposto incidente nas sucessivas operações
com gado em pé bovino ou suíno fica diferido para o momento em que ocorrer:

I - A saída de gado em pé com destino;

a) a outro Estado;

b) ao exterior;

c) a consumidor;

II - A saída de produtos comestíveis resultantes de seu abate, de estabelecimento


frigorífico ou de qualquer outro que promova o abate, ainda que submetidos a outros
processos industriais;

III - a saída dos subprodutos da sua matança referidos no artigo 383.

A Contabilidade Rural vem se destacando no cenário atual, no entanto ainda


não muito utilizada, mas com o crescimento da economia e avanço do agronegócio
no Brasil, cada vez mais tem se percebido a necessidade de utilizar a contabilidade
para melhorar a administração rural.

Ulrich (2009, p. 6) afirma que: “A Contabilidade Rural é o ramo da


contabilidade aplicada às empresas rurais”.

Crepaldi (2004, p.62): “A Contabilidade Rural é uma necessidade urgente no


Brasil, porém ainda pouco utilizada, tanto pelos empresários quanto pelos
contadores. Em geral, considera-se que a função contábil deve ser controlada pelo
empresário rural”.
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Conforme Valle (1987 p.79-80), “a atividade agrícola continua sendo exercida


em grande parte, por famílias que atuavam no processo produtivo e no de consumo,
constituindo uma entidade de caráter auto-suficiente”. Dessa forma, com o passar
dos tempos, em razão da divisão do trabalho e do desenvolvimento do comércio,
deu-se a dissociação entre o processo produtivo e o de consumo, quando o
agricultor deixou de se limitar a produzir para seu consumo e o de sua família, mas,
em especial, voltou-se para a venda no mercado consumidor. As atividades rurais
podem ser exercidas de várias formas, desde o cultivo para a própria sobrevivência,
como grandes empresas explorando os setores agrícolas, pecuários e
agroindustriais.
Na visão de Oliveira (1996):

As informações que a contabilidade pode fornecer ao produtor rural ou


melhor dizendo empresário rural são de muita relevância, pois ela pode
evidenciar necessidades da empresa, dando uma base mais solida para
administração da mesma, sendo que o mercado do agronegócio sofre
muitas mudanças durante o ano, pois depende de clima, preço e produção,
a contabilidade pode ajudar para que essas mudanças não gerem muitos
prejuízos.

Segundo o artigo 22 do Decreto 84685/80 (que dispõe sobre o ITR) é um


empreendimento de pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que explore
econômica e racionalmente imóvel rural. Segundo Marion (2010, p. 2), “empresas
rurais são aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo por meio do cultivo
da terra, da criação de animais e da transformação de determinados produtos
agrícolas”.

Barbosa (2004) pode-se dizer que as propriedades rurais que não tem
controle dos seus custos e orçamentos, podem apresentar problemas como falta de
conhecimento do resultado de seu negócio, diminuição das atividades exploradas,
investimentos desnecessários, facilidade de endividar-se e perda de ganhos por
produtividade, portanto faz-se necessário um controle gerencial contábil eficiente
através da utilização da Contabilidade.

Conforme Crepaldi (2006, p. 19) “A agricultura representa toda a atividade de


exploração da terra, seja ela: atividade agrícola (vegetal), atividade zootécnica
(animais) e atividade agroindustrial (beneficiamento dos produtos).”
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Como toda empresa tem o seu ramo a ser trabalhada, a empresa rural tem a
sua divisão, e suas atividades. Segundo Marion (2010, p. 2):
Empresas rurais pode ser dividido em três grupos distintos: produção
vegetal – atividade agrícola; produção animal – atividade zootécnica;
indústrias rurais – atividade agroindustrial”. Como o Brasil tem um dos
maiores rebanhos bovinos do mundo nos enquadramos nas atividades
zootécnicas.
Para que uma empresa rural tenha sucesso é preciso uma boa administração,
é necessário que o empresário tenha informações precisas do seu negócio, e a
contabilidade rural oferece dados verdadeiros para uma decisão confiável. É preciso
uma boa administração que conheça bem o cenário da empresa rural, a
contabilidade rural é uma boa aliada para tomada de decisões.
A reforma do Sistema Financeiro promovida pela Lei nº 4595/1964 instituiu o
Conselho Monetário Nacional – CMN e conferiu-lhe poder para dentre outras
funções “Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer
públicas, quer 31 privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País,
condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional”.
Desta forma, as resoluções emitidas por este conselho têm poder de lei e
regem o Sistema Nacional de Crédito Rural – SNCR, ao qual cabe “conduzir os
financiamentos, sob as diretrizes da política creditícia formulada pelo Conselho
Monetário Nacional, em consonância com a política de desenvolvimento
agropecuário”. No âmbito nacional, as principais políticas públicas vinculadas ao
crédito rural que possuem interface com a agricultura familiar são: Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar -Pronaf, Programa Nacional de
Apoio ao Médio Produtor Rural e os Fundos Constitucionais.
No Brasil os produtores rurais podem se valer de programas de incentivos
que são conhecidos em todo meio Rural com disponibilidade para os empresários
rurais com intuito de investir em regiões distantes aos grandes centros econômicos.
O Banco do Brasil que vem sendo considerada a principal agente financeira
do desse programa dos últimos anos tem disponibilizado linhas de crédito aos
produtores rurais, através dessas vantagens que são oferecidas aos produtores
rurais tem estimulado mais a atividade, aumentado o número de exportação e
contribuído para o crescimento da economia do país. (Conforme Portal do Brasil)
Conforme comenta Anceles (2002, p.93):
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Os empréstimos do Governo Federal (EGF) são concessão da União ao


mutuário produtor rural de uma quantia equivalente ao valor de toda sua
colheita, com objetivo específico de evitar a comercialização do produto
safra, quando os preços estão em baixa. Compreendem empréstimos: a)
Com a opção de venda (EGF/COV): visam proporcionar ao beneficiário
condições para comercialização de seus produtos em época de preços mais
favoráveis, facultando-lhe ainda vender a Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) o produto financiado: b) Sem opção de venda
(EGF/SOB): visam proporcionar recursos financeiros ao beneficiário, de
modo a lhe permitir o armazenamento e a conservação de seus produtos,
para vendas futuras em melhores condições de mercado.

O governo contempla o produtor rural pessoa física também com vários


incentivos fiscais, dentre eles a compensação de prejuízo, quando o resultado da
exploração da atividade for positivo os prejuízos obtidos em anos calendário
anteriores podem ser compensados. Afirma Anceles (2002, p.137) “O saldo do
prejuízo acumulado da atividade rural, apurado a partir do ano calendário de 1987,
constante da escrituração da pessoa física, poderá ser compensado com o resultado
positivo apurado nos anos-calendário seguintes”.
Se o resultado da atividade rural for negativo (prejuízo), poderá ser
compensado nos anos calendários posteriores. A partir de 2006, o resultado da
exploração da atividade rural do produtor rural pessoa física passou a ser realizada
através do livro caixa, ficando dispensados somente aqueles cuja receita anual não
ultrapasse 56.000,00. Conforme afirma Marion (2009, p.182) “O resultado da
exploração da atividade rural por pessoas físicas, a partir do ano calendário de 1996,
deverá ser feita mediante escrituração do livro caixa, exceto para contribuintes cuja
receita anual dessa atividade seja de valor até R$ 56.000,00, estando estes
dispensados da escrituração do livro”.
O produtor rural pessoa física pode também optar pela tributação simplificada
e parceria, onde será aplicado o percentual sobre a receita total financeira, ficando
esse desfavorecido na compensação de todos os prejuízos total, pois ao optar pelo
resultado de 20% o produtor rural pessoa física não poderá fazer a compensação de
todo prejuízo obtidos correspondentes há anos-calendários anteriores ao da opção.
Conforme afirma Marion (2009, p.183) “O produtor rural poderá optar pelo cálculo do
resultado (lucro) da atividade simplesmente aplicado o percentual de 20% (vinte por
15

cento) sobre a receita bruta no ano-calendário”. Todavia, a pessoa física que optar
por essa modalidade de tributação simplificada perderá o direito a compensação do
total dos prejuízos.
2.5 Atividade Rural

O meio rural é responsável pelo desenvolvimento de inúmeras atividades,


divididas em produção agrícola, zootécnica e agroindustrial.
Nepomuceno (2004, p. 118) identifica como atividades rurais: […] a extração
e a exploração vegetal e animal; a exploração da apicultura, avicultura, cunicultura,
suinocultura, sericicultura, piscicultura e outras culturas animais; a transformação de
produtos decorrentes da atividade rural, sem que sejam alteradas a composição e as
características do produto in natura, feita pelo próprio agricultor ou criador, com
equipamentos e utensílios usualmente empregados nas atividades rurais, utilizando
exclusivamente matéria-prima produzida na área rural explorada; o cultivo de
florestas que se destinem ao corte para comercialização, consumo ou
industrialização.
As atividades rurais podem ser exercidas de várias formas, desde o cultivo
para a própria sobrevivência até em grandes empresas que exploram os setores
agrícolas, pecuários, e agroindustriais.
Segundo Marion (2002, p. 22), “empresas rurais são aquelas que exploram a
capacidade produtiva do solo através do cultivo da terra, da criação de animais e da
transformação de determinados produtos agrícolas”

Por fim conforme aduz Crepaldi (2012):


As atividades rurais representam o conjunto de atividades desenvolvidas no
campo, desde o preparo do solo até a colheita, envolvendo todos os gastos
com o plantio, colheita, transporte e armazenagens internas, gestão e
administração dentro da unidade produtiva, para o possível crescimento e
cultivo das culturas vegetais.
As atividades agrícolas representam o conjunto de atividades desenvolvidas
no campo, desde o preparo do solo até a colheita, envolvendo todos os gastos com
o plantio, colheita, transporte e armazenagens internas, gestão e administração
dentro da unidade produtiva, para o possível crescimento e cultivo das culturas
vegetais.
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Conforme Marion (1996, p. 43), este ciclo é composto de diversas etapas:


[...] preparo do solo, plantio, adubação, uma nova adubação, tratamento
fitos sanitários, irrigação, cultivo manual (capina, roçada, limpeza entre
outros), cultivo mecânico (aração, limpeza mecânica etc.) cultivo químico
(aplicação de herbicidas), raleação e desbaste, poda, colheita e outras,
dependendo da cultura em si, estes são os passos a serem desenvolvidos
na maioria das vezes.
2.6 Gestão Financeira para Produtor Rural

A contabilidade deve ser vista como ferramenta de gestão, para que possa
projetar os resultados da empresa a partir de metas, já o contador tem como desafio
oferecer as ferramentas para contribuir com planejamento, com informações rápidas
e corretas, na velocidade dos negócios, diminuindo as chances de perda. O
processo de informação torna-se expressivo e decisivo no mundo dos negócios de
tal forma que, o usuário, neste caso o produtor rural, necessita conhecer o tipo de
informação que lhe proporcione optar sempre pela melhor alternativa.
Para Crepaldi (2005):
O gestor deve estar sempre atento às tarefas de planejar, organizar,
direcionar os subalternos diretos e o controle administrativo, além de
sempre apresentar planos como orçamentos e controles que permitam
acompanhar o andamento da atividade.

De acordo com Crepaldi (2005), a gestão de empresas rurais no Brasil ainda


se desenvolve dentro de critérios bastante tradicionais ou com um padrão de
desempenho inaceitável. Essas características não são atribuídas somente as
pequenas propriedades, mas sim nas médias e grandes. A maioria dos produtores
visa somente como um custo, e não consegue, enxergar o grande beneficio que elas
podem fornecer.
Para Oliveira (1996), “O sistema de informação influencia diretamente três
níveis: o estratégico, o tático e o operacional. Onde, o nível estratégico considera a
interação entre as informações internas e do ambiente empresarial (externas) ”.
Barros (2012) afirma que diante deste mecanismo de gestão, as empresas
conseguem atingir um grau de maturidade, alcançando um crescimento econômico e
17

financeiro. O planejar é uma função administrativa e por isso tem como objetivo
alcançar resultados através de processos estratégicos, táticos e operacionais.
O planejamento rural tem por principal meta organizar os planos de produção
da propriedade visando melhor utilização dos fatores de produção, aumento das
eficiências técnica e econômica e, por conseguinte, melhoria da rentabilidade
econômica e da renda do proprietário (CREPALD, 2012, p. 43).
Para Oliveira Neto (2004) o avanço do setor agrícola brasileiro nos últimos
anos tem incentivado a utilização e aperfeiçoamento de técnicas e ferramentas de
gestão, fato que deve ser avaliado sob o ponto de vista da pressão exercida pelos
custos de produção, o que tem levado várias empresas rurais a priorizarem a
redução dos gastos somando-se a busca incessante por melhores índices de
produtividade.
O papel do Contador que é de gerar informações gerenciais que permitam a
tomada de decisão é seguida por uma certa dificuldade muito devido à falta de
dados consistentes e reais.
Segundo Crepaldi (2005):
Para obter os dados referentes ao movimento econômico-financeiro diário
da propriedade é preciso que o administrador da propriedade saiba como
está a rentabilidade da sua atividade produtiva, quais os resultados e como
podem ser otimizadas por meio da avaliação dos resultados, fontes de
receita e tipos de despesas, necessários para definir a situação de seu
negócio.
Para Padoveze (2000), “outra postura a ser adotada pelo empresário rural é a
de desvincular-se, ao máximo, da pessoa física. Do ponto de vista organizacional
deve adotar uma postura autônoma responsável por todas as atividades que
compõem a administração financeira e contábil”.
Conforme Valle (1987), “as operações de gestão agrária são consideradas
sob tríplice aspecto: o técnico, o econômico e o financeiro”. Sob o aspecto técnico,
estuda-se a possibilidade de plantio de determinada cultura vegetal ou criação de
gado na área rural, isso implica a escolha das sementes, os implementos a serem
usados, tipos de alimentação do gado, a rotação de culturas, espécies de
fertilizantes e o sistema de trabalho.

3. METODOLOGIA
Quanto aos objetivos: descritiva
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Na concepção de Gil (1999) a pesquisa descritiva:

Tem como principal objetivo descrever características de determinada


população ou fenômeno ou estabelecimento de relações entre as
variáveis. Uma de suas características mais significativas está na
utilização de técnicas padronizadas de coletas de dados.

Quanto as variáveis: qualitativa

Quanto à pesquisa qualitativa, Richardson (1999, p.80) menciona que:

Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever


a complexidade de um determinado problema, analisar a interação de
certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos
por grupos sociais.

Quanto à abrangência: bibliográfica

Para a elaboração desta pesquisa adotou-se a pesquisa bibliográfica diante


de uma análise qualitativa, Então, para a obtenção dos dados foram utilizados
como meio de pesquisa de pesquisa livros, artigos e revistas sobre o tema que está
sendo apresentado. Para (FONSECA, 2002, p. 32):

A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências


teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como
livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico
inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador
conhecer o que já se estudou sobre o assunto.

Com tudo isso, analisando tudo que foi estudado, chegamos a resposta do objetivo
Central desse artigo que é como a contabilidade pode ajudar o produtor rural na sua
gestão financeira.

A questão da importância da contabilidade rural para as empresas tem grande


relevância social. Uma das razões para esta pesquisa é a necessidade de se
comprovar ser essencial que efetivem o uma melhor gestão na atividade rural,
mesmo que em algumas empresas foram encontradas dificuldades pelo fato do
19

pouco conhecimento de seus empresários, e de algumas vezes terem poucos


recursos para contratar mão-de-obra qualificada para o auxílio nessa gestão, porém,
o trabalho demonstrou a importância desta gestão, é fundamental no crescimento
das empresas rurais.
Portanto, o planejamento oferece a empresa elementos para que a mesma se
antecipe e possa ter uma opção já calculada, caso precise tomar uma decisão. Entre
essas decisões citam-se captação de recursos externos, tais como empréstimos.
Acredita-se, que a boa gestão depende da adoção de todas as partes, tanto do
empresário, quanto do Contador.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse presente artigo tem por objetivo contribuir para demonstrar a


importância da Contabilidade Rural para o produtor rural, como uma ferramenta de
gestão que permite, por meio da informação contábil, o planejamento e o controle
orçamentário para a tomada de decisões. O mundo dos negócios, com o
desenvolvimento da tecnologia, a agricultura vem produzindo cada vez mais, porém,
muitas vezes, há incertezas devido às situações climáticas, que não podem ser
controladas, mercado instável e devido à acirrada competitividade estes itens
parecem andar juntos. Por isso, na atividade rural, os produtores devem estar
atentos a tudo o que os rodeia, devem sempre procurar novas tecnologias e o
aprimoramento de suas técnicas de produção para poderem competir no mercado
do agronegócio. Para isso precisa do profissional da área contábil, devidamente
registrado para lhe auxiliar, no melhor caminho para o sucesso do negócio.
Podemos dizer que após todo o estudo, apesar de algumas dificuldades,
conseguimos alcançar o objetivo principal do artigo, levar para quem precisa,
informações relevantes, necessárias para o bom andamento dos negócios rurais,
fazendo assim com que as empresas possam crescer e ajudar na atividade
agropecuária do País, por isso a grande perspectiva desse artigo é de que as
informações apresentadas venham contribuir e facilitar o entendimento para aqueles
que cada vez mais, o produtor rural veja a necessidade da contabilidade como um
sistema para acompanhamento e controle das suas atividades agrícolas, tendo por
objetivo o estudo, registro e controle da gestão econômica financeira do patrimônio
das empresas que se dedicam a essa atividade.
20

5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CREPALDI, S. A. Contabilidade Rural: Uma Abordagem Decisórial, 7ed. São Paulo:
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CREPALDI, Silvio Aparecido, (2005) - Contabilidade Rural: Uma abordagem
decisorial, 3 ed. São Paulo: Atlas.
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SCHMIDT, Paulo; SANTOS, José Luiz dos. História do Pensamento Contábil. v. 8.
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