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do Tigre, RS
Etges, Juliane Cecília1
Marques, Cláudia Brazil2
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo de identificar oportunidade de diversificação produtiva na
propriedade rural, como específico: a) verificar quais as culturas desenvolvidas na
propriedade e os canais de comercialização; b) conhecer os indicadores que mostram o
percentual de retorno na comercialização da produção; c) analisar os resultados da gestão
através dos indicadores que apresentem a eficiência da propriedade; d) sugerir estratégias de
gestão que possam atender a resultados de eficiência da propriedade rural. A metodologia
usada foi o usado o estudo de caso, exploratório descritivo e de análise quantitativa. Conclui-
se que para que a propriedade possa buscar ampliar suas metas de sustentabilidade,
conquistando novas oportunidades com eficácia e servindo-se de novas alternativas rentáveis
se faz necessário planejar o seu negócio de acordo a estrutura do mercado e os recursos
disponíveis.
ABSTRACT
This work has like objective to identify opportunity of productive diversification in the rural
property, I eat specifically: a) check which the cultures developed in the property and the
channels of marketing; b) to know the indicators that show the percentage of return in the
marketing of the production; c) to analyse the results of the management through the
indicators that present the efficiency of the property; d) to suggest strategies of management
that could pay attention to results of efficiency of the rural property. The worn-out
methodology was the used one the case study, explore descriptively and of quantitative
analysis. It is ended that so that the property can look to enlarge his marks of sustentabilidade,
conquering new opportunities with efficiency and serving of new profitable alternatives if it
does necessarily his business of agreement plans to structure of the market and the available
resources.
1 INTRODUÇÃO
1
Aluna do curso de Administração da Faculdade Dom Alberto- Santa Cruz do Sul, RS
2
Professora Mestre orientadora do trabalho de conclusão do Curso de Administração da Faculdade Dom
Alberto- Santa Cruz do Sul, RS
2
2 REVISÃO DA LITERATURA
Percebe-se que as cadeias de produção do país estão vivendo uma nova expansão
financeira e econômica, o que de modo geral também estimula os produtores a se lançar
novamente aos investimentos, sejam eles para comprar máquinas e equipamentos, buscando
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agora e não ser mais tarde. A atividade agropecuária mantém estreita relação com os
mecanismos públicos, mas é cada vez mais dependente de sua própria eficiência. Desse modo,
o risco precisa ser considerado um elemento inerente à atividade em si (HAMER, 2011).
Na abordagem teórica, tudo se mostra evidente, mas a prática diária do produtor
aconselha-se aproveitar os anos mais favoráveis para armazenar e posteriormente aproveitar
anos menos exitosos para executar investimentos a custos menores, tornando o resultado mais
atraente, fugindo do efeito coletivo. Sendo que nos anos de prosperidade é perceptível às
extravagâncias ocorram com frequências. Porém pensar estrategicamente é entender que estes
são momentos de criar musculatura para os anos problemáticos e neles crescer, não o
contrário. Percebe-se que muitos produtores empreendem exatamente nos anos em que todos
também estão dispostos a investir (HAMER, 2011).
Em contrapartida os negócios requerem que os gestores sejam eficientes na tomada de
decisão. Os avanços na gestão da propriedade rural têm sido conquistados ao longo do tempo,
mas, a atividade agrícola ainda mantém prolixos gerenciais inaceitáveis para o nível de
competitividade que paira sobre o setor. Muitos indicadores de desempenho do negócio, ainda
são utilizados frequentemente para atender necessidades legais, ao invés de auxiliares nos
processos de decisão, para estes, o feeling tem sido um aliado importante (HAMER, 2011).
Em virtude disso, é necessário desenhar estratégias gerais, principalmente de longo
prazo, faz toda a diferença. Até porque secas e excesso de chuvas, maus preços sempre
existiram na atividade desde que ela se tornou uma atividade econômica integrada e relevante
(HAMER, 2011).
Portanto, entende-se que a oscilação de preços é apenas um dos fatores a serem
considerados, mas que precisa ser fortemente considerada. Porque ao observar a agitação do
preço de um produto em uma quinzena, diferenças essas que chegam a oscilar em 50% nos
preços sendo bem comum, mantendo-se muitas vezes o mesmo custo de produção. O grande
mérito dos produtores é exatamente este. Pois, outras atividades urbanas de fabricação e
vendas, tomando como exemplo poderia substituir o preço do produto se ele fosse reduzido
em 50%, uma verdade inconstante, está na hora do produtor considerá-la na elaboração de
suas estratégias e pensar mais na saúde financeira do seu negócio em longo prazo
principalmente em função dos investimentos (HAMER, 2011).
Por conseguinte, a funcionalidade do negócio, principalmente para os médios e
pequenos produtores está em manter uma boa musculatura, tanto nos períodos de super safras
e também nos períodos que ocorrem estiagens ou desvalorização dos preços e isto, significa
armazenar recursos financeiros nos momentos favoráveis e não cair na tentação de realizar
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investimentos exagerados para que, quando a crise chegar para os demais, outras
oportunidades possam ser aproveitadas. A regra é bastante simples, mas de difícil
implantação, pois requer dedicação de monge e emoção contida nos negócios. Até porque há
somente duas maneiras de aproveitá-las: chegar antes dos demais ou esperar a redução do
fluxo para então aproveitar a criação de valor (HAMER, 2011).
Sendo que a tecnologia é um dos principais indicadores que fez com que a agricultura,
modifique os padrões de produção, e assim possibilitando novas oportunidades para o
mercado agrícola. No Brasil, têm-se a agricultura como uma atividade empresarial, pois o
agribusiness (agronegócio) já foi incorporado ao cotidiano de muitas lavouras.
Sendo que, “a nova realidade impõe a mudança de gestão que viabilizem estratégias
alternativas”. Onde ainda existem agricultores [...] que por força até da dificuldade de custear
sua produção reduzem o custo diminuindo o emprego de tecnologia. (MOREIRA, 2001).
Cabe ressaltar que a grande maioria dos agricultores possui máquinas e implementos
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eficientes e realizam um ótimo trabalho no cultivo da cultura, porém muitas vezes não
possuem um controle diante dos gastos que obtêm, ou seja, não possuem controles de suas
entradas e saídas.
O agricultor necessita buscar informações, sobre o meio em que está inserido, mas,
sobretudo, precisa aprender a interpretar estes acontecimentos para dar horizonte às suas
decisões. O produtor não interpreta a palavra “tendência”, que é probabilidade, não é o que
vai acontecer, ele precisa de formação pra interpretar os fatos. Ele precisa aprender a
comercializar sua safra com estratégia. O mercado já propicia mecanismos de
comercialização que auxiliam em muito a garantir um preço decente e justo. Ou mesmo
atenuar nas épocas de cotações aviltantes. Os mecanismos são diversos e a aplicação varia
muito conforme a commodity, pois muitos não têm operações no mercado de futuros, outros
não têm sequer operações de trava no mercado físico (MITTMANN, 2010).
O agronegócio está associado à maneira pela qual sua gestão tem incorporado diversas
práticas tradicionalmente relacionadas às organizações urbanas. Sendo assim, há um conjunto
de ações de decidir o que, quando e como produzir, sem contar os fatores internos e externos
que envolvem a gestão de uma propriedade. Porém o Proprietário não tem controle sobre
certos fatores principalmente externos assim sendo o mesmo deve tomar decisões que lhe
permitam ajustar-se quando necessário e aproveitando ao máximo as condições favoráveis
(Sauresing, 2012).
O monitoramento operacional da propriedade rural refere-se ao acompanhamento do
ambiente produtivo antes, durante e depois de uma operação com o objetivo de caracterizar o
comportamento dos elementos que influenciam nos resultados. Por sua vez, o controle
operacional é um instrumento de averiguação da efetividade das atividades e pode ser
entendido como coleta e avaliação de informações em tempo real com a finalidade de corrigi-
los caso necessário. O controle de qualidade operacional tem a finalidade de manter as ações
dentro de padrões, regras ou diretrizes preestabelecidas. A qualidade operacional pode ser
definida como o resultado que atende as expectativas criadas em função das recomendações
técnicas e da tecnologia utilizada (Penche Filho e Storino, 2012).
O bom planejamento operacional prevê tempo e recursos para avaliar o estado das
máquinas e as condições dos ambientes necessárias para seu pleno funcionamento. Ao
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estabelecer um plano para recondicionar as máquinas para uma nova jornada de trabalho, o
administrador dá condições para que a operação ocorra livre dos efeitos de desgastes e fadigas
das peças. As substituições que por ventura são realizadas necessitam de tempo para serem
ajustadas e testadas no contexto funcional para que não ocorram surpresas no momento da
operação (Penche Filho e Storino, 2012).
3 METODOLOGIA
suas atividades desde, de 1960, sempre apostando na agricultura que por sinal se comparado
com os anos anteriores, percebe-se que ocorreu muitas modificações principalmente com o
desenvolvimento do Plantio Direto e a modernização dos equipamentos para o cultivo o que
diminuiu o emprego de mão de obra.
safra garantida. Custos de frete e entre outros também são importantes para avaliar realmente
as vantagens de mantermos alguns serviços terceirizados.
O gráfico 1 mostra os valores que cada cultura representa para a propriedade. Tem que
levar em consideração também que cada ano, os valores da saca ou a arroba vendida é muito
variável, ou seja, o ano atual pode ser positivo, mas o próximo ano por algum fator pode não
ser um ano de grandes expectativas.
Porém, esta questão varia principalmente com relação aos preços de comercialização,
quando a produtividade de outros países produtores é inferior por condições climáticas entre
outros fatores, interferem diretamente nos preços de venda da produção nacional. Desta forma
podemos analisar o gráfico onde mostra os valores e a rentabilidade que cada produto agrícola
representa.
Gráfico 1- Produção total da propriedade- 2010-2011
Conforme o gráfico 1 mostra as culturas que mais produzem, porém precisa levar em
consideração diversos fatores que podem influenciar o bom desempenho como: a) condições
climáticas; b) valores da saca ou arroba do produto; e c) a quantidade de hectares plantados.
Percebe-se que, o total de despesas, apresenta informações que podem mostrar que
determinada cultura ainda poderá ter viabilidade de produção ou ser substituída por outra mais
rentável, pois dependendo dos preços dos insumos e o valor pago no mercado pelo produto
produzido, poderá mostrar maio rentabilidade ou não diante dos fatores do mercado de
produtos ou de insumos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
em suas atividades procurando investir em tudo que realmente pode ser viável. Pesquisando,
fazendo negócios com muito diálogo observando todos os detalhes, analisando as tendências
de mercado pelos meios de comunicação para saber quais as expectativas.
Chama atenção que, é necessário investir em qualidade e não quantidade, pois no
momento da venda percebe-se que isso influência na negociação, acatando novas ideias sobre
o manejo de cada cultura e suas inovações, além do planejamento entre os mesmos para que
toda e qualquer decisão tomada seja por consentimento de todos os envolvidos no processo.
Porém, a mão de obra de pessoas terceiras, está com valores elevados para a contratação, os
proprietários procuram realizar as tarefas diárias sem auxílio de outras pessoas, eliminando
gastos e também possíveis ações judiciais.
Sendo que, existem diversas maneiras de obter melhores resultados de produção,
quanto à eficiência dos processos produtivos, mas, para isso é necessário que ocorra um
planejamento adequado, com controles adequados, possibilitando o estudo de estratégias que
permitam o desenvolvimento potencial da propriedade, tais como: a) o acompanhamento das
tendências de cada cultura; b) critérios adequados nas negociações de tomada de crédito
bancário; e c) realização de pesquisa de mercado, quanto ao ponto, preço, distribuição e
comercialização dos produtos produzidos.
Concluiu-se que, estar atento ao comportamento do mercado fornecedor de nutrientes,
sementes e tecnologia para o melhoramento da produção, poderá refletir diretamente no bom
desempenho da propriedade, tornando-a competitiva, mas, deve ser continuamente este
processo de gerenciamento, não apenas aleatório ou esporádico, para que, então os bons
resultados possam ser contínuos.
Ao finalizar, percebeu-se que o assunto desenvolvido neste trabalho, é muito amplo
por apresentar diversos aspectos importantes, desta forma, deve-se discutir em novas
pesquisas, pois é um assunto que trata de aspectos pertinentes ao desenvolvimento e a
sustentabilidade dos recursos produtivos. Um dos aspectos negativos encontrado durante a
realização do trabalho foi à deficiência em referencial bibliográfico que trata do assunto do
gerenciamento da pequena propriedade.
5 REFERÊNCIAS
COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em Administração: Um guia Prático para alunos
de graduação e pós-graduação. 2ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
15
COPETTI, Lucia Daiane. Fatores que dificultam o acesso dos agricultores familiares às
políticas de crédito rural: O caso do Pronaf – crédito no município de Alegria. Disponível
em: <http://www6.ufrgs.br/ pgdr/dissertação _teses _listas.php>. Acesso em 27mar 2011.
HAMER, Eleri. Quando é hora de investir ou de poupar. O Brasil Agrícola A Granja, São
Paulo, p. 32-32, abril, 2011.
MITTMANN, Leandro Mariani; BRUM, Argemiro Luís Brum. A gestão é o verdadeiro pote
de ouro. O Brasil Agrícola A Granja, São Paulo, p. 18-27, jun.2010.
MOREIRA, Antonio Carlos; PINAZZA, Antonio. O desafio global. Panorama Rural, São
Paulo, p. 63-76, nov. 2001.
NANTES, José Flávio. Gestão da produção rural no agronegócio. In: BATALHA, Mário
Otávio. Gestão agroindustrial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. p. 518-554.
NANTES, José Flávio; SCARPELLI, Moacir. Gestão da produção rural no agronegócio. In:
BATALHA, Mário Otávio. Gestão agroindustrial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. p. 556-583.
SAUERESSIG, Denise; Diversificar Faz Bem. O Brasil Agrícola A Granja, São Paulo, p.
22-32, Maio, 2012.