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Unidade 2

Apresentação
A unidade começa com o tema Matemática nas profissões, com exem­
plos de sua utilidade para diferentes profissionais, o que, esperamos, poderá
contribuir para uma disposição favorável ao aprendizado. No eixo Números
e operações, destacamos os capítulos dedicados às operações inversas, o
início do estudo das frações e o estudo do algoritmo habitual para divisão.
Na história de nosso ensino, o algoritmo para dividir tem sido o principal
obstáculo que as crianças enfrentam nos primeiros anos escolares. A se­
quência didática que adotamos reduz muito essas dificuldades, propiciando
a compreensão da lógica desse procedimento. Há colegas que nos últimos
anos vêm preferindo ensinar outra técnica para dividir (método das estima­
tivas, ou “processo americano”). As atividades do Livro do aluno subsidiam
também essa abordagem, embora não seja nossa primeira opção. Mais in­
formações sobre esse tema são apresentadas nos comentários dos capítulos
que tratam de divisão.
Do ponto de vista formativo, são muito ricos o capítulo 15 (que aborda a
origem do dinheiro e aspectos éticos relacionados a ele), o capítulo 22 (em que
se desenvolve a comunicação matemática com uma proposta de redação),
o capítulo 27 (com a observação “científica” de duas formas geométricas
espaciais: o cilindro e o cone) e o Refletindo mais (em que é discutida uma
surpreendente estratégia para resolver um problema).

Principais objetivos da unidade

• Desenvolver a noção de operação inversa.


• Dar sequência ao estudo do algoritmo habitual da divisão.
• Iniciar o estudo das frações.
• Promover a construção de polígonos e a descoberta de algumas propriedades.
• Propor atividades de observação e análise de formas geométricas espaciais.
• Desenvolver noções sobre vistas e mapas.
• Explorar a comunicação matemática.
• Desenvolver estratégias de resolução e formulação de problemas.
• Conscientizar os alunos do uso da Matemática em diferentes profissões.

Se os alunos adquiriram o Caderno de Atividades, lembramos que lá


encontrarão atividades suplementares que exploram ainda mais o conteúdo
trabalhado neste livro.

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Esquema da unidade
Neste esquema, apresentamos os principais conteúdos da unidade
agrupados de acordo com seu eixo e, no centro, elementos que motivam ou
favorecem a abordagem desses conteúdos.

Números e operações Espaço e forma

• Algoritmo habitual da • Corpos redondos


divisão • Polígonos: construção e
• Frações propriedades
• As operações inversas • Simetria e assimetria
• Cálculo mental, incluindo as • Vistas e mapas
tabuadas
• Problemas convencionais
ou não; estratégias de
resolução

• Material dourado, “dinheiro decimal”,


moldes de figuras espaciais, material
para construir e comparar frações,
construções com palitos
• Jogo da trilha
• Cotidiano (contabilidade na loja,
fachadas de casas, uso nas profissões)

Tratamento da informação Grandezas e medidas

• Criação de texto sobre • Origens e uso do dinheiro


Matemática • Medidas de comprimento e
• Interpretação de gráficos de perímetro
linhas (ou segmentos)
• Pesquisa estatística

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Objetivos
da abertura

• Adquirir noções concretas


sobre as aplicações da
Matemática.
• Valorizar a escola e o apren-
dizado da Matemática.

Orientações didáticas
• A exploração desta Abertura
deve ser precedida de um
diálogo sobre a utilidade da
Matemática. Provavelmente, as
crianças têm alguns exemplos
baseados em suas vivências.

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• As questões dos Primeiros con-
tatos reforçam o diálogo sobre
a utilidade da Matemática.
• Na questão 2, peça aos alunos
que observem a foto da médica
e pergunte: “O que ela está
fazendo?”.
• É improvável que as crianças
possam responder à pergun-
ta 3. Portanto, você deve ex-
plicar que a Matemática do juiz
não se baseia em cálculos, mas
em raciocínio lógico. Quando o
juiz profere uma sentença (por
exemplo, inocenta um réu), ele
precisa justificar sua decisão
com base na lei. Ele precisa
então raciocinar logicamente
para redigir seus argumentos. A
Matemática pode desenvolver
essa habilidade, quando é es-
tudada da maneira adequada.
(Veja o texto da parte inferior
desta página.)

Desenvolvendo argumentação e comunicação


Ao pedir às crianças que expliquem de que maneira fizeram um cálculo mental ou
como resolveram um problema, estamos colaborando para que organizem seu
raciocínio e desenvolvam suas habilidades de argumentação e comunicação. Em
situações como essas, é correto dizer que a Matemática desenvolve habilidades
de argumentação.
Essas habilidades têm utilidade por toda a vida, especialmente quando se deseja
convencer racionalmente alguém por meio da palavra. Por isso, o aprendizado da
Matemática pode ser muito útil a advogados, jornalistas, professores, publicitários…
– a praticamente todos os que se comunicam com o público e precisam expor ideias
de maneira clara e convincente.

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Objetivos
do capítulo

• Revisar e ampliar conheci-


mentos sobre nosso siste-
ma monetário.
• Resolver problemas, em
especial com o uso informal
da proporcionalidade.
• Ler e interpretar textos.
• Com preen der a função
social do dinheiro e refletir
sobre questões éticas rela-
cionadas com sua posse.

Orientações didáticas
• Promova a leitura e a inter-
pretação do texto do início da
página, dialogando com as
crianças, e depois proponha as
questões da seção Conversar
para aprender.
• Na questão c, esperamos que
todos percebam que o apo-
sentado merece o dinheiro que
recebe, porque trabalhou muito
tempo, mas há outro fator que
poucas crianças sabem: na
época em que trabalhou, o
aposentado contribuiu todo
mês para a Seguridade Social,
isto é, de certa forma economi-
zou um valor que agora recebe
de volta. Dê algumas informa-
ções sobre isso à turma.
• Na questão d, esperamos que
as crianças concordem que o
trabalho é o meio mais comum
e correto de ganhar dinheiro.
• Para a questão f, sugerimos
Atenção !
uma atividade. Converse com Providenciar material
os alunos sobre a importância
Na página 64 do Livro do aluno, as crianças precisarão de dados para a seção
do dinheiro e a cobiça que ele
Vamos jogar?.
causa. Depois, peça que cada
um pense e escreva uma frase
respondendo à pergunta: “A
coisa mais importante da vida é Dica de site
o dinheiro?”. As várias respos- O nome da unidade mometária variou bastante em nossa história. Dos réis (plural
tas devem ser lidas e comen- de real) do Império, passamos ao cruzeiro na República e tivemos o cruzeiro novo,
tadas, desde que você ache o cruzado e, atualmente o real.
adequado. Haverá diferentes
Se quiser enriquecer a abordagem de nosso sistema monetário, recomendamos o
pontos de vista, mas a reflexão
site: <http://mod.lk/bcb> (acesso em: 14 jul. 2015), do Banco Central.
contribuirá para a formação
de todos.

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• Os problemas podem ser re-
solvidos em sala de aula – em
dupla – ou como tarefa de casa.
Depois, porém, devem ser
destacados os problemas 1 e
2, que abordam informalmente
a relação entre multiplicação e
proporcionalidade.
• Havendo dificuldade no pro-
blema 2, uma resolução por
meio de desenho ou esquema
ajuda a compreender. Veja um
exemplo na parte inferior desta
página.

Esquema para explicar o problema 2 Para leitura do aluno


1 pele de raposa 4 galinhas Este pode ser um bom momen-
1 machado 1 pele de raposa 4 galinhas to para sugerir aos alunos que
leiam o livro O tesouro do vovô,
1 pele de raposa 4 galinhas indicado em De leitor para leitor
na página 207 do Livro do aluno.
Total: 12 galinhas

Logo, 1 machado equivale a 12 galinhas, e 2 machados equivalem a 24 galinhas.

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Objetivos
do capítulo

• Exercitar o cálculo mental


das tabuadas de 1 a 6.
• Desenvolver ideias intuiti-
vas sobre possibilidades e
probabilidades.
• Resolver problemas.
• Desenvolver comportamen-
tos adequados a jogos em
grupo, respeitando as regras
e os adversários, aprenden-
do a ganhar e a perder.

Orientações didáticas
• Os alunos usarão o tabuleiro
do Envelope que acompanha o
livro e marcadores (que podem
ser peões, caso haja dispo-
nibilidade, ou papéis com os
nomes dos alunos etc.).
• O jogo serve como exercício
das tabuadas, ajudando a
memorizá-las. Além disso,
propicia a formulação de pro-
blemas bastante interessantes.
Propomos que seja jogado
mais de uma vez.

Atenção !
Providenciar material
Na página 67 do Livro do aluno, proporemos cálculo mental com reais e centavos
de real. É interessante que os alunos tenham algumas moedas do nosso Sistema
Monetário para visualizarem certos cálculos.

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• Depois de o jogo ser realizado
ao menos duas vezes, propo-
nha a página de problemas
(que podem ser resolvidos em
duplas, sem seu auxílio). De-
pois, promova uma correção e
comente-os.
• Uma situação interessante para
problematizar surge quando
você pergunta aos alunos por
que as casas com números
ímpares são premiadas. Talvez
percebam que obter número
ímpar é mais raro, o que jus-
tifica o prêmio. E por que é
mais raro obter número ímpar?
Porque o produto ímpar só é
obtido quando se tira número
ímpar nos dois dados (basta
um dos dados ter um número
par para termos produto par).
Não esperamos que os alunos
percebam todos os detalhes, e
eles só deverão ser discutidos
caso sinta que podem ser com-
preendidos.

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Orientações didáticas
• Esta página também apresenta
problemas que têm jogos como
contexto, mas esses problemas
não se relacionam com o jogo
da trilha da página 64.
• Sugerimos que os alunos re-
solvam os problemas em du-
plas ou trios, sem explicações
prévias. Circulando pela sala
de aula, dê sugestões ou dicas
quando achar conveniente.

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• Sugerimos a abordagem oral
das atividades. Você mesma
pode ler. A cada questão, de-
signe uma criança para dar a
resposta e verifique se a turma
toda está de acordo antes de
passar para a próxima. Assim,
as próprias crianças fazem as
correções.
• Cálculos envolvendo números
com vírgula que representam
quantias em dinheiro podem ser
facilitados com o uso de moe-
das. Portanto, é interessante ter
algumas moedas para mostrar.
Por exemplo, na atividade 1,
obtém-se de maneira mais fá-
cil o resultado de R$ 2,20 $ 2
quando R$ 2,20 está concre-
tizado em duas moedas de 1
real e duas de 10 centavos.
Assim, basta tomar metade da
quantidade de moedas com
uma moeda de cada valor. Ou-
tro exemplo: na atividade 2, o
cálculo R$ 1,50 $ 3 fica fácil se
você mostra a quantia R$ 1,50
com 3 moedas de 50 centavos.
• Na atividade 4, deve ser preciso
explicar o que é poupança.
• Na atividade 5, havendo difi-
culdade, podem-se representar
as quantidades por cédulas de
nosso dinheiro.
• Na atividade 6, há uma “pe-
gadinha”: o padrão que se
observa nas contas iniciais
é quebrado nas contas dos
itens e e f.

Questões econômicas
Aproveite o contexto das
atividades desta página e discuta
se devemos sempre comprar o
que desejamos ou se seria melhor
economizar. As respostas talvez per-
mitam uma conversa sobre o gasto
responsável, sobre a necessidade
de economizar quando se deseja
comprar alguma coisa cara etc. Es-
sas ideias podem ser úteis a todos.

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Objetivos
do capítulo

• Desenvolver a ideia de ope-


ração inversa, envolvendo
também multiplicação e
divisão.
• Usar esquemas ou diagramas
na resolução de problemas
relacionados às operações
inversas.

Orientações didáticas
• O texto do problema 1 deve ser
lido pelas crianças em voz alta
e interpretado em um diálogo
com perguntas e respostas.
• Verifique se os alunos sabem
o que é o caixa de uma loja e
que entendimento têm de con-
trolar vendas e despesas. Eles
devem compreender que em
uma loja há contabilidade, isto
é, são efetuados cálculos para
saber quanto se gastou, quanto
se pode comprar, quanto deve
sobrar para pagar impostos
etc. Pergunte: “Quais são as
possíveis despesas da dona de
uma loja de roupas?”.
• Na questão a do problema 1,
os alunos devem compreen-
der que, se vendas e despesas
empataram, a quantia relativa
às vendas é igual à quantia
relativa às despesas.
• Deixe a questão 2 inteiramente
por conta da turma.

Sugestão de atividade com cálculo mental


Explore cálculo mental com pequenas quantias em dinheiro, envolvendo centavos,
da mesma maneira que na página 67. Prepare uma série de problemas como estes:
• Vou comprar uma lâmpada que custa R$ 3,20 e pagar com uma cédula de 5 reais.
Qual deverá ser o troco?
• Comprei um refrigerante de R$ 2,20 e um sanduíche de R$ 4,50. Quanto gastei
ao todo?
Escreva os enunciados em uma tira de cartolina, coloque-os em um saco, escolha
uma criança e sorteie um problema. Ela deverá responder calculando mentalmente.
No início, se necessário, ajude nos cálculos, usando moedas de centavos.
Se quiser mais animação, divida a turma em fileiras iguais e promova com esses
problemas uma competição entre fileiras.

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• Promova uma leitura dos
problemas.
• No problema 3, verifique se
todos percebem pela ilustração
qual é o mais pesado.
• Aproveite o problema 4 para
ter certeza de que todos são
capazes de ler as horas nos
relógios apresentados.
• Finalmente, no problema 5,
após a leitura, pergunte: “Qual
é a informação importante
fornecida na caixa de deter-
gente?”. (A quantidade de
unidades.)

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Objetivos
do capítulo

• Identificar eixo de simetria.


• Reconhecer a Matemática
presente na cultura popular.
• Desenvolver percepção
geométrica, senso estético
e expressão oral.

Orientações didáticas
• Convide as crianças a exa-
minar as imagens da página,
que mostram fachadas de
casas populares do Nordeste
brasileiro. São casas humildes,
mas cuidadas, revelando as
preocupações estéticas de
seus construtores. A casa de
Messejana é a mais simples,
mas exibe rigorosa simetria na
fachada. Já na casa de Baía
Formosa, o construtor fez ques-
tão de evitar a simetria até no
frontal ornamental que esconde
o telhado e dá certa imponência
à fachada.
• Ouça o que dizem as crianças
sobre as imagens. Especial-
mente nas escolas de classes
média e média alta, elas talvez
só percebam a pobreza das ca-
sas. Depende de você ampliar
essa visão, explorar a arte e a
história presentes nelas. Não
deixe de discutir a questão c.
Ouça as opiniões dos alunos e
apresente a sua também.

Casa José de Alencar


A casa branca da foto acima foi adquirida pelo pai de José de Alencar em 1825.
Nela nasceu o famoso escritor em 1829 e lá viveu até os 9 anos, quando a família
se transferiu para o Rio de Janeiro, onde o menino cearense estudou, formou-se
advogado e escreveu vários romances célebres, com destaque para Iracema e O
guarani, vindo a falecer em 1877. A residência de Messejana pertence atualmente
à Universidade Federal do Ceará, que lá promove eventos culturais.

70 Unidade 2

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• Os alunos não terão dificuldade
nestas atividades que reforçam
noções de simetria – completar
desenhos simetricamente.
• Recomende que, de início, fa-
çam os desenhos e as pinturas
sem traços fortes. Havendo en-
gano, é só apagar e recomeçar.
Depois que estiverem seguros
do resultado, poderão reforçar
os traços.
• Antes de começar a tarefa, infor-
me que você deseja um trabalho
bem feito. Vá além do desenho e
diga que sempre devemos exe-
cutar as tarefas o melhor possí-
vel. Seria absurdo um médico
que não se preocupa em curar
seu paciente ou uma dona de
casa que lava a louça deixando
pratos sujos; da mesma forma,
nenhum aluno deveria fazer
tarefas sem capricho.

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Orientações didáticas
• Neste Vamos explorar?, os
alunos encontrarão eixos de
simetria de losango, quadra-
do e triângulos, manipulando
e dobrando moldes dessas
figuras fornecidos na Ficha 8
do Envelope.
• Ao identificar eixos de sime-
tria em figuras geométricas
básicas, os alunos percebem
propriedades dessas figuras.
Embora o uso das proprieda-
des ocorra mais tarde, após
o 6o ano, tê-las interiorizadas
facilita o aprendizado futuro
da Geometria.
• Consideramos importante in-
vestir no registro da atividade.
Você pode instruir a turma. O tí-
tulo seria: “Eixos de simetria em
formas planas”. Em seguida,
poderiam ser feitos desenhos
à mão livre de cada figura com
seus eixos de simetria. Em-
baixo, os alunos escreveriam
o nome da figura e quantos
eixos ela tem.
• Para aguçar a percepção das
crianças, peça que observem
o comprimento dos lados do
triângulo. Elas podem perceber
que no triângulo com 3 eixos de
simetria há 3 lados de mesmo
comprimento; no triângulo com
1 eixo de simetria há 2 lados
de mesmo comprimento; e,
finalmente, no triângulo sem
eixo de simetria os lados têm
comprimentos diferentes entre
si. Em resumo: “mais eixos de
simetria, mais lados com com-
primentos iguais”. Simetria axial
Já apresentamos atividades sobre reconhecimento de padrões. A simetria pode ser
considerada uma espécie de padrão presente em determinadas figuras geométricas.
De início, percebê-la leva a uma maior compreensão das figuras geométricas e suas
propriedades, além de desenvolver o senso estético das crianças. Em todos os ciclos
do Ensino Fundamental o estudo da simetria propicia atividades de interesse que
integram Arte e Matemática.
Mais tarde, ideias sobre simetria ajudarão a aprender conceitos de Física, Química,
Biologia etc. Apenas um exemplo: os biólogos muitas vezes levam em conta a si-
metria do corpo dos animais para melhor caracterizá-los. No dia a dia, a noção de
simetria tem utilidade para marceneiros, arquitetos, decoradores etc.
Há vários tipos de simetria. A que apresentamos neste capítulo chama-se simetria
axial (em razão de um eixo) ou especular, porque é a simetria que um espelho produz,
ou ainda simetria de reflexão.

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Objetivos
do capítulo

• Efetuar medidas.
• Fazer estimativas e expres-
sar medidas aproximadas.
• Conceituar perímetro.

Orientações didáticas
• Converse com os alunos sobre
medidas de comprimento, esti-
mulando-os a recordar noções
já aprendidas. Informe-os de
que nas atividades desta página
farão medições com a régua
desenhada no texto e com a ré-
gua real de cada um. Proponha
que realizem as tarefas.
• Na atividade 2, o comprimento
do palito é “quanto falta” de 5
para 18, ou seja, 18 2 5 5 13.
As crianças contarão o número
de centímetros, mas depois
convém perguntar: “Qual é
a conta que dá a medida do
palito? Por quê?”.
• Na atividade 3, o objetivo é medir
o perímetro das figuras. (O termo
perímetro aparece na próxima
página do Livro do aluno.)

Na construção da noção de simetria, optamos, desde o livro de 1o ano, por abordá-


-la em contextos da realidade, explicitando sua presença na Natureza, nas artes e
em objetos comuns do dia a dia.
Na página 72 do Livro do aluno, porém, a atividade em torno do eixo de simetria
é inteiramente matemática. Ocorre que a simetria pode ter um papel importante
no aprendizado da Geometria e mesmo de outros ramos da Matemática, quando
os alunos tiverem mais idade. Assim, aproveitamos as abordagens significativas
ocorridas até aqui para darmos um primeiro passo em um contexto exclusivamente
matemático.

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Orientações didáticas
• Nesta página é apresentada a
noção de perímetro como medi-
da do contorno de um polígono.
Convém promover a leitura e a
resolução oral de cada questão,
deixando o registro para logo
depois. Comandando a leitura,
você terá oportunidades para
intervir, explicar o que for pre-
ciso e enfatizar algumas ideias.
Referimo-nos à medida do
contorno e não à soma das
medidas dos lados, porque o
perímetro só corresponde a
essa soma nos polígonos. Um
círculo, por exemplo, tem perí-
metro, mas não tem lados.
• O uso do palito como unidade
de medida de comprimento
favorece o entendimento das
noções abordadas.

Sugestão de atividade: Problema sobre perímetro


A atividade seguinte reforça a ideia de perímetro e tem mais de uma solução. Ele
pressupõe desenho na malha quadriculada.
• Peça aos alunos que desenhem todos os retângulos possíveis com perímetro
de 12 cm. (Há um retângulo de lados que medem 1 cm e 5 cm, outro de lados
medindo 2 cm e 4 cm, e o terceiro seria o quadrado de lado 3 cm, que as crianças
provavelmente não aceitarão como retângulo.)

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• Nas atividades da seção Vamos
medir?, o pedaço de barban-
te usado é um instrumento
de medida pouco preciso. O
objetivo da atividade não é a
exatidão. Desejamos reforçar o
conceito: medir comprimentos
é, essencialmente, verificar
quantas unidades cabem no
comprimento medido. Preten-
demos, ainda, desenvolver a
capacidade de estimar com-
primentos, o que é favorecido
pelas vivências relacionadas
com o barbante de 1 metro.
• Sugerimos que as atividades
sejam realizadas em grupos
de três alunos. No final, o gru-
po faz um relatório contendo
título da atividade, nome dos
membros do grupo, lista dos
objetos medidos e resultado
das medições. O grupo pode
também expressar o que achou
da atividade e o que aprendeu
com ela.
Relatórios são importantes:
favorecem a expressão escri-
ta, a reflexão e a organização,
ajudando, assim, a reter as
experiências do aprendizado.
Dessa forma, constituem um
momento de sistematização.

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Objetivos
do capítulo

• Coletar dados e organizá-los


em tabelas.
• Construir e interpretar grá-
fico de barras.
• Interpretar gráfico de linhas.
• Usar intuitivamente a noção
de média.
• Refletir sobre aspectos da
vida de crianças e adoles-
centes.

Orientações didáticas
• Sugerimos que as crianças
leiam em voz alta o enunciado
da atividade 1 e que seja dis-
cutida de imediato a questão
e. Sobre as intenções dessa
discussão, leia o texto Estudo
ou lazer eletrônico?, na parte
inferior desta página. Depois,
a turma poderá responder à
atividade 1 no caderno.
• Havendo oportunidade, as-
sinale que o total de alunos
da turma pode ser calculado
somando os grupos de eletrô-
nicos (10 1 12 1 6 1 8 5 36) ou
os grupos de tempo de estudo
(8 1 14 1 12 1 2 5 36).
• Na atividade 2, oriente os alu-
nos a escolher alguns temas
para pesquisa. A turma pode
ser dividida em grupos, cada
grupo cuidando de uma pes-
quisa. Depois, poderão ser
feitos gráficos para expor em
um mural, de modo que toda a Estudo ou lazer eletrônico?
escola conheça as preferências Nesta página, apresentamos uma comparação entre tempo de estudo e tempo de
de seu 4o ano. lazer com dispositivos eletrônicos (TV, jogos, tablets etc.). Não temos a intenção de
condenar a TV ou os jogos eletrônicos, mas parece-nos que tudo deve ser moderado.
O lazer eletrônico rouba tempo não apenas do estudo, mas da prática de brinca-
deiras de cunho esportivo que fazem muito bem à saúde. Além disso, tanto na TV
como em diversos jogos, há violência inconsequente, que não traz benefício algum.
Você não precisa defender nossos pontos de vista, talvez nem concorde com eles.
Basta incentivar as crianças e refletir e dar a própria opinião. Algumas permanece-
rão na TV e nos jogos, outras perceberão que há atividades mais benéficas como
nadar, dançar ou estudar.

76 Unidade 2

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• As atividades desta página tra-
tam da interpretação de gráfi-
cos. Aparece o primeiro gráfico
de linhas da obra. Propomos
que você promova leitura e
resolução oral das atividades.
• Nos gráficos de linhas (ou de
segmentos), é preciso coor-
denar uma posição horizontal
e uma vertical. No gráfico da
atividade 3, a posição hori-
zontal dá o ano, e a posição
vertical dá o número de me-
dalhas ganhas pelo Brasil na
Olimpíada desse ano. Oriente
as crianças a colocar o dedo no
ano de 2004 do eixo horizontal
e depois subir o dedo até o
ponto que indica o número de
medalhas. Esse número é lido
no eixo vertical; no caso, é 10.
Repita esse procedimento com
os anos de 2008 e 2012.

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Orientações didáticas
• As atividades desta página
sugerem um trabalho voltado
para a Saúde, integrado com
a área de Ciências.
• A altura média das crianças va-
ria de acordo com a região do
país. Entretanto, seria ideal que
crianças com estatura muito in-
ferior à média de seus colegas
de mesma idade consultassem
um médico para evitar proble-
mas futuros.
• Na atividade 1, sugerimos que,
seguindo uma ordem conve-
niente, você pergunte a cada
menino sua altura e registre a
informação na lousa; depois,
faça o mesmo com as meninas,
registrando as alturas em outra
coluna. Se as crianças pre-
encherem as tabelas apenas
olhando as alturas registradas
na lousa, cometerão vários en-
ganos. Por isso, é bom fazê-lo
com a participação de todos.
Você pode perguntar: “Quantas
meninas têm altura menos de
115 cm? Quantas têm altura de
115 cm a 124 cm?”, e assim por
diante. Se houver certeza de
que se obteve o valor correto,
todos farão o registro. Observe
que com essa atividade de per-
guntas e respostas reforçamos
noções sobre ordenação dos
números.
• A atividade 2 deve ser comen-
tada em sala de aula, após a re-
solução. Não deixe de verificar
se os alunos têm noções ade-
quadas sobre boa alimentação.
Acreditamos que as crianças Sobre alimentação saudável
já saibam quais alimentos são É conveniente conversar com os alunos sobre o caráter geral das respostas na ati-
mais saudáveis, mas o que de- vidade 2. De fato, alguns alimentos devem ser mais consumidos que outros, mas
termina o consumo são hábitos nenhum deve ser consumido em excesso. Merece discussão especialmente a carne
familiares. Leia o texto na parte de vaca, que, embora recomendável na fase de crescimento, deve ter consumo
inferior desta página. bastante reduzido na fase adulta, segundo princípios modernos de nutrição. Além
disso, também se deve informar às crianças que algumas pessoas não consideram
adequado comer nenhum tipo de carne, incluindo peixes, quase sempre por motivos
de consciência que parecem bastante respeitáveis.

78 Unidade 2

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Objetivos
do capítulo

• Compreender a lógica do al-


goritmo habitual da divisão.
• Praticar o algoritmo (em
situações básicas).
• Repartir quantias usando o
“decim” (dinheiro decimal).
• Desenvolver leitura e in-
terpretação de textos e
imagens.

Orientações didáticas
• Os alunos já tiveram um pri-
meiro contato com o algoritmo
da divisão. Aqui, o trabalho é
retomado para evidenciar a
lógica dessa técnica. As ativi-
dades desta página auxiliam a
compreensão do algoritmo da
divisão nos casos em que há
trocas de centenas por deze-
nas e de dezenas por unidades.
• A compreensão do algoritmo
depende muito da vivência
propiciada na seção Vamos
explorar?. É verdade que boas
explicações podem propiciar
essa compreensão, mas a
atividade concreta de repartir
dinheiro favorece percepções
que dificilmente as explicações
poderiam suprir. Para vivenciar
as atividades dessa seção, os
alunos devem usar o dinheiro
decimal fornecido nas fichas do
Envelope (ou podem produzir o
próprio dinheiro de brinquedo).
• Nas questões c, e, f da ativida-
de 3, deve-se registrar também
o resto.

79

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Orientações didáticas
• Esta página e a seguinte cons-
tituem uma única atividade.
O cálculo que ocorre nesta
página, com o “decim”, ocorre
também na próxima, mas por
escrito, usando o algoritmo
habitual.
• É preciso compreender que o
registro do algoritmo reproduz
as ações ocorridas na divisão
com dinheiro decimal (decim).
• A compreensão depende de
como as crianças relacionam
os dois processos. Você pode
esclarecer a relação, pedindo a
uma criança que efetue a divi-
são que aparece nesta página
com decim e, a cada passo da
divisão feita por ela, apresentar
o passo correspondente do
algoritmo na lousa. Planeje
sua atuação, porque o enten-
dimento das crianças depende
bastante disso.
• Depois, promova a leitura das
duas páginas conjuntamente,
reforçando o paralelo entre as
ações.

80 Unidade 2

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• As orientações para esta página
já apareceram quando tratamos
da anterior, uma vez que as
duas foram planejadas para ser
apresentadas conjuntamente.
Sugerimos a seguir algumas
ações complementares.
• Convide algum aluno para
explicar na lousa uma divisão
como 456 $ 3. Antes, a divi-
são pode ser efetuada com
cédulas de decim.
• Esclareça que é costume refe-
rir-se ao processo apresentado
como “divisão na chave”.
• A seção Conversar para apren-
der permite avaliar o enten-
dimento da turma e tirar as
dúvidas.

81

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Orientações didáticas
• As atividades visam fazer as
crianças praticarem o algoritmo
recém-apresentado. Peça que
iniciem o trabalho e circule pela
sala de aula, observando como
procedem. Em muitos casos,
uma pequena intervenção sua
em um cálculo incorreto au-
xiliará o aluno a encontrar o
caminho correto. Portanto,
acompanhe de perto o trabalho
desta página.

82 Unidade 2

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• Nas atividades desta página
continua o exercício do algo-
ritmo, mas você precisa fazer
algumas intervenções. Por isso,
não convém abordar a página
logo depois da anterior.
• De início, peça às crianças
que leiam silenciosamente a
história da atividade 5. Nem
todas com preen derão bem
o texto, mas esperamos que
todas percebam o contexto.
Por meio de perguntas, faça a
turma verbalizar que se trata de
uma divisão de certa quantia
de dinheiro decimal (decim) e
qual é a quantia dividida. De-
pois, convide alguma criança
que entendeu a divisão para
explicá-la aos colegas. Peça,
então, que preencham as res-
postas da atividade 5.
• Em seguida, mostre na lousa
como se registra a divisão
da atividade 5. Não é difícil
entender, levando em conta
os exercícios anteriores. Nes-
sa divisão, embora não seja
usual, quando se observa que
ninguém receberá centena,
pode-se escrever zero centena
no quociente. O registro ficaria
assim:

C D U 3
1 2 3 0 4 1
0 3 C D U
0
Depois, solicite que façam a
atividade 6. Avise que a divisão
lá mostrada é a que você fez na
lousa; o trabalho das crianças
é efetuar duas divisões simila-
res, que você corrigirá quando
terminarem.

83

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Objetivos
do capítulo

• Desenvolver a capacidade
de comunicar-se matema-
ticamente por escrito.
• Refletir sobre a própria
aprendizagem.
• Identificar os símbolos ma-
temáticos 1 , 0,5 e 50%,
2
reconhecendo seus signi-
ficados.
• Interpretar expressões de
inspiração matemática usa-
das na linguagem cotidiana.
• Discutir significados das
palavras que designam as
quatro operações.

Orientações didáticas
• A atividade 1 proposta nesta
página é valiosa, pois, ao cons-
truir o texto, as crianças orga-
nizam sua reflexão e ampliam a
compreensão do algoritmo de
divisão e do sistema decimal.
O e-mail de cada criança pode
também ser enviado a seus
pais. Os adultos sabem dividir,
mas quase sempre sem en-
tender o processo, por isso a
explicação da criança costuma
deixá-los maravilhados.
A leitura dos textos em sala de
aula permite que você sugira
melhorias e que as próprias
crianças, ao comparar seu
texto com o de colegas, apri-
morem o trabalho. Exemplo da prática: o texto de uma aluna
• A atividade 2 deve ficar intei- A atividade desta página inspira-se em uma iniciativa da professora Vera Úrsula, do
ramente a cargo das crianças. colégio Dom Barreto de Campinas (SP), quando trabalhava com uma obra anterior
Espera-se que quase todas de nossa autoria. Nessa época, o e-mail era pouco usado e a professora pediu
tenham bom desempenho. uma redação sobre técnica da divisão. A aluna Bruna Límoli produziu um magnífico
texto, que apresentamos ao lado como exemplo e fonte de inspiração para todas
as nossas colegas professoras:

84 Unidade 2

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• O estudo das frações inicia-
-se no final desta unidade.
Entretanto, aqui já abordamos
o uso social de símbolos liga-
dos a números fracionários e
porcentagens, preparando e
ampliando os significados do
que virá logo mais.
• Promova a leitura em voz alta,
tire eventuais dúvidas, coordene
a resolução oral das questões
e, depois, peça o registro. Na
atividade 1, questione os alu-
nos: “Se 50% de uma quantia é
metade dela e 100% é a quantia
toda, então o que é 25% dessa
quantia?”. Se responderem, por
exemplo, que é metade da me-
tade da quantia, demonstrarão
bom entendimento.
• No item b da atividade 1, espe-
ramos que os alunos interpre-
tem 1 1 kg como um e meio
2
quilograma; se isso não ocorrer,
informe-os a respeito.
• Na atividade 2, convém que
as crianças observem em uma
calculadora comum a situação
descrita. Lembre-as de que,
nesse caso, a vírgula é repre-
sentada por ponto.

Bruna Límoli 4o ano E

Divisão

315 dividido para 2 crianças.


Eu vou dar 1 centena para uma criança e a outra centena
para a outra criança.
Sobrou uma centena.
Eu vou trocar ela por 10 dezenas.
Eu vou juntar com mais uma dezena.
Daí eu divido 5 para cada criança e sobra uma dezena.
Eu vou trocar por dez unidades e junto com mais as cinco
unidades e dou sete para cada uma e sobra uma unidade.

85

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Orientações didáticas
• As atividades desta pági-
na podem ser desenvolvidas
oralmente, numa interação da
professora com os alunos, que
leriam e seriam convidados a
interpretar e opinar. A interpre-
tação da linguagem cotidiana
que usa termos matemáticos
enriquece tanto o vocabulário
dos alunos quanto o entendi-
mento da Matemática.
• Na atividade 4, comente que
não se deve dar todo tipo de
alimento aos animais. Eles
devem ter uma dieta saudável,
de acordo com a orientação de
um veterinário. Aliás, os seres
humanos também deveriam
procurar manter uma alimen-
tação saudável.
A questão b da atividade 4
é polêmica. Não há resposta
única para ela. Certamente, é
necessário lutar para reduzir as
desigualdades, mas isso não
significa que todas as riquezas
devam ser divididas igualmen-
te. Promova a discussão e ouça
os alunos.

86 Unidade 2

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Objetivos
do capítulo

• Desenvolver habilidades
relativas à representação de
formas espaciais no plano
do papel.
• Identificar e representar
diferentes vistas.
• Retomar vocabulário relativo
a poliedros.
• Conceituar mapas como
vista superior simplificada.

Orientações didáticas
• Este Vamos explorar? retoma
noções já estudadas: altura,
face, vértice, vista superior
etc. Você pode comentar que
estas atividades relacionam-se
com mapas e com edificações.
Quem sabe possa surgir daí um
futuro engenheiro, arquiteto ou
geógrafo?
• Na atividade 3, é necessário
que as crianças realmente
olhem as pilhas do alto. Re-
comende que respeitem as
proporções dos blocos no
desenho, tanto quanto possí-
vel. Ao colorir, devem levar em
conta as cores das faces dos
blocos. Reforce que se trata
de vista superior simplificada,
sem detalhes acidentais; por
exemplo, se um bloco estiver
amassado, isso não deverá
aparecer.
No final, recomende que guar-
dem os blocos; eles serão
úteis em atividade posterior.
Se achar necessário, proponha
outras atividades similares a
essa atividade 3.

87

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Orientações didáticas
• Nestas páginas conceituam-se
outras vistas além da superior.
Sugerimos que as atividades
sejam realizadas oralmente e,
depois, registradas.

88 Unidade 2

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• As crianças podem fazer sozi-
nhas estas atividades. Depois,
você pode corrigir oralmente e
comentar o que for necessário,
reforçando a conexão entre
plantas ou mapas e vistas su-
periores simplificadas.
• Na atividade 2, verifique que
formas espaciais as crianças
identificam. Seus nomes são,
da esquerda para a direita: pris-
ma de base triangular, pirâmide
de base quadrada, cilindro,
cubo, prisma de base hexago-
nal. Não é preciso decorá-los,
mas é bom que as crianças
ouçam esses nomes para irem
se familiarizando com eles.

Para leitura do aluno

Este pode ser um bom momen-


to para sugerir aos alunos que
leiam o livro Zoom, indicado em
De leitor para leitor na página
206 do Livro do aluno.

Sugestão de atividades
Uma possibilidade é pedir aos alunos que façam um mapa (ou planta) da sala de aula.
Outra possibilidade é recortarem e trazerem plantas ou mapas que aparecem em
anúncios de jornais para análise coletiva. Conhecemos uma escola em que, após a
análise de plantas de apartamentos apresentadas em jornais, cada aluno desenhou
a planta do “apartamento de meus sonhos”. Foi um magnífico exercício de desenho
geométrico intuitivo.

89

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Objetivos
do capítulo

• Reconhecer multiplicação
e divisão como operações
inversas.
• Reconhecer propriedades
da divisão.
• Enfrentar desafios.
• Refletir sobre o próprio
aprendizado.

Orientações didáticas
• Antes de abordar a página, pro-
ponha uma situação-problema
similar à da história e peça seu
resultado. Por exemplo, dividir
63 figurinhas entre 7 páginas
de um álbum.
Depois, solicite leitura em voz
alta e interpretação da histó-
ria (em vez da simples leitura,
pode ser divertido escolher
duas crianças para dramatizar
a cena). Finalmente, proceda à
seção Conversar para aprender.
• Na questão d, discuta a ideia
com as crianças. Dê exemplos,
como sugere o texto A divisão
e sua operação inversa na parte
inferior desta página. É bom se
conscientizarem de que saber
tabuadas facilita o aprendizado
futuro.

A divisão e sua operação inversa


As crianças conseguem dividir “números pequenos” sem usar multiplicação. Por
exemplo, em 12 $ 3, visualizam que 3 grupos de 4 elementos formam 12. Podem
ainda efetuar divisões como 423 $ 3, porque com o algoritmo habitual as divisões são
simples. No exemplo dado, usando o algoritmo habitual, são feitas as divisões parciais
de 4 por 3 (4 centenas $ 3), 12 por 3 (12 dezenas $ 3) e 3 por 3 (3 unidades $ 3).
Entretanto, com “números maiores”, saber o resultado das multiplicações é um auxi-
liar necessário para efetuar divisões mentalmente ou para usar o algoritmo habitual.
Por exemplo, 72 $ 8 só é fácil para quem conhece a “tabuada do 8”. Essa é uma
das razões que tornam útil a ideia de operação inversa. Para aproveitar as tabuadas
nas divisões é preciso, portanto, saber que multiplicação e divisão são operações
inversas, ideia trabalhada neste capítulo.

90 Unidade 2

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• Deixe esta página a cargo das
crianças, sem explicações pré-
vias. Sugerimos que trabalhem
em duplas.

Desafios!
• Os dois desafios usam a ideia de
operação inversa, mas não de
maneira óbvia. Veja na parte
inferior desta página como os
desafios podem ser resolvidos.

Sobre os Desafios!
O desafio 1 pode ser resolvido por tentativas ou por meio deste diagrama:

1 6 1 5 40
João Maria

Percebe-se, então, que 1 5 34, Maria tem 34 $ 2 5 17, e João tem


17 1 6 5 23.
No desafio 2, pode-se pensar no diagrama:

IDADE $ 2 1 8 5 29

Portanto, fazendo 29 2 8 descobre-se metade da idade, que é 21. Logo, a idade


é 2 # 21 5 42.

91

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Objetivos
do capítulo

• Efetuar divisões usando o


algoritmo habitual.
• Desenvolver domínio do
algoritmo da divisão, su-
perando as dificuldades
típicas.
• Exercitar cálculos escritos
em geral.

Orientações didáticas
• Antes de abordar as atividades,
chame um aluno para efetuar
na lousa a divisão de 312 por
3, ou outra em que apareça
zero nas dezenas do quocien-
te, como 424 $ 4. É provável
que ocorra o erro típico de que
tratamos, isto é, a criança obter
14 (ou 16 na segunda divisão).
Compare o resultado obtido com
o resultado que se obtém pelo
cálculo mental. Por exemplo:

300 $ 3 5 100
312 $ 3 5 104
12 $ 3 5 4
A partir daí, mostre com mate-
rial dourado ou com o decim,
nosso dinheiro decimal, por
que deve aparecer um zero nas
dezenas do quociente.
A leitura da página pode ser
feita (note que a história só ter-
mina na página seguinte), mas
orientada por você, que deve
reforçar ideias que já aparece-
ram na atividade prévia.

92 Unidade 2

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• Explicadas as divisões em que
aparece o famigerado “zero
intercalado”, convide uma ou
duas crianças para “dar uma
aula”, efetuando na lousa, por
exemplo, 428 $ 4 ou 318 $ 3.
Em seguida, proponha as ati-
vidades 3 e 4, que você deve
acompanhar para tirar dúvidas.
• Na atividade 4, surgem divisões
que não são iniciadas pelas
centenas. Por exemplo, em
243 $ 4, as 2 centenas divi-
didas por 4 não resultam em
centenas; por isso, passamos
a dividir as 24 dezenas. Essa
quebra de padrão em relação
aos cálculos propostos até aqui
não parece trazer problemas
para as crianças. Examinando
o exemplo dado, elas farão as
divisões propostas. (Muitas
crianças fazem as divisões pro-
postas sem olhar o exemplo.)
• Observamos que na divisão
243 $ 4 não é preciso, nem é
costume, escrever 060 no quo-
ciente. Isso foi feito no Livro do
aluno apenas para ressaltar que
a divisão das 2 centenas por 4
resultou em zero centena. Além
disso, escrever C, D e U sobre
o dividendo não é obrigatório,
embora ajude alguns alunos no
início do aprendizado.

Sugestão para o cálculo mental


Passe a explorar daqui para a frente multiplicações e divisões em uma mesma sessão
de cálculo mental. Pensamos em divisões similares às da página 91; as multiplica-
ções correspondentes são as básicas, das tabuadas. Por exemplo: 27 $ 9; 35 $ 5;
48 $ 6; 30 $ 5 etc.

93

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Objetivos
do capítulo

• Dividir objetos inteiros (in-


teiro contínuo) em partes
iguais.
• Usar a notação habitual
de fração (meios, terços,
quartos, quintos e sextos)
para porções de figuras ou
objetos divididos em partes
iguais.
• Resolver problemas.
• Construir noções sobre a
ordem de grandeza de uma
fração.
• Comparar frações.
• Noções de equivalência de
frações.

Orientações didáticas
• As atividades são uma intro-
dução ao estudo das frações.
Como os problemas propostos
são diretamente ligados ao
cotidiano, as crianças devem
se sair bem e adquirir a base
para compreender o que virá
em seguida.
• Note que apresentamos ape-
nas as frações com nume-
rador 1. Frações com numera-
dores iguais a 2, 3, 4... serão
estudadas no 5o ano.
• Explique a primeira situação da
página e peça às crianças que
realizem as demais atividades.
Depois, retome as questões,
corrigindo-as oralmente e pe-
dindo que mostrem na lousa Como nasceram as frações?
os desenhos que fizeram nas Provavelmente as frações nasceram de situações práticas relativas à divisão de ob-
questões a e b da atividade 1. jetos, comprimentos ou massas em partes iguais. As situações de divisão propostas
Note que há várias maneiras nesta página têm, portanto, similaridade com as que deram origem às frações do
corretas de dividir igualmente ponto de vista histórico. Refletindo sobre essas situações, as crianças não redes-
os sanduíches e a torta de cobrirão as frações (o que envolve um processo que pode ter demorado mais de
limão entre os 4 amigos. um século), mas ficarão mais bem preparadas para compreendê-las e relacioná-las
com situações reais.

94 Unidade 2

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• Sugerimos que você faça uma
exposição para a turma tendo
por base o texto inicial da pá-
gina. Se preferir, promova uma
leitura em voz alta. Em seguida,
cada questão é lida, e você
dá um pequeno tempo para
a resolução, então confere as
respostas. Assim se garante a
apreensão das noções iniciais
sobre frações.
• Comente com os alunos que
podemos dizer:
1
(um terço) ou terça parte,
3
1
(um quarto) ou quarta parte,
4
1
(um quinto) ou quinta parte
5
etc.

95

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Orientações didáticas
• Nesta página, as crianças em-
pregarão as noções de frações
aprendidas nas páginas ante-
riores para reconhecer frações.
A novidade é que o inteiro (ou
unidade) aparece sob diferen-
tes aspectos.
• Sugerimos que a turma traba-
lhe sem seu auxílio. É importan-
te, porém, conferir as respostas
logo em seguida para reforçar
esse aprendizado inicial.

96 Unidade 2

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• À primeira vista, esta página
parece conter questões iguais
às da página anterior. De fato,
aqui também está em jogo o
reconhecimento de frações,
mas o contexto é inteiramente
novo. As frações aparecem em
situações do cotidiano. O que
para um adulto é uma mudança
muito pequena, para uma crian-
ça pode ser um grande passo.
Além disso, a atividade 5 aborda
a fração de uma quantidade, isto
é, de um inteiro que não é con-
tínuo, é um grupo de pessoas.
Esse uso das frações, aliás mui-
to comum, será mais explorado
nas próximas unidades.
• As crianças podem continuar
trabalhando sozinhas e você
pode fazer a correção oral logo
que terminarem. Entretanto,
caso ache melhor para sua
turma, as questões poderão ser
lidas em voz alta. Após cada
leitura, havendo compreensão
do que se pede, dê um pe-
queno tempo para as crianças
responderem.
• A questão b da atividade 4 e a
questão c da atividade 6 têm
respostas alternativas. Entre-
tanto, não damos ênfase a
essas respostas, porque neste
capítulo só tratamos de frações
unitárias (com numerador 1).
2 3
Não é o caso de ou .
4 6

97

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Orientações didáticas
• Mesmo um professor de Mate-
mática tem alguma dificuldade
em saber se 2 é maior ou me-
5
nor que 3 . Certos aspectos das
7
frações são bastante abstratos
e, se parecem difíceis para
adultos, são mais ainda para
as crianças. Por isso, às vezes,
além de explicações verbais
ou desenhos na lousa, vale a
pena propor atividades com
materiais específicos, como os
desta seção Vamos explorar?.
• O material usado aqui é muito
simples: 5 tiras de papel com
12 cm de comprimento por
3 cm de largura, que podem
ser destacadas da Ficha 10 do
Envelope. Cada tira deve ser
pintada de uma cor e dobrada
em partes iguais, segundo
orientações desta página.
Preparadas as tiras, divida
a turma em grupos de 2 ou
3 alunos e peça que preen-
cham a sequência decrescente
no pé da página. Verifique se
percebem que, quanto menor
o “número de baixo da fra-
ção” (denominador), maior é a
quantidade representada pela
fração. Isso confunde os alunos
no início, mas é bastante lógi-
co: dividindo a unidade por um
número “pequeno” obtêm-se
pedaços “grandes”.

98 Unidade 2

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• Siga com as atividades desta
página. Circule entre os gru-
pos, auxiliando, corrigindo e
sugerindo.
• A atividade 1 trata da compara-
ção de frações. O tema é difícil
para crianças do 4o ano, mas
fica mais fácil com a manipu-
lação do material, embora exija
muita atenção.
• As primeiras ideias de equiva-
lência de frações aparecem na
atividade 2. Novamente, oriente
os alunos a usar as tiras para
que possam descobrir que
duas frações de 1 formam uma
6
fração de 1 e que três frações
3
de 1 formam 1 .
6 2
• Na atividade 3, para resolver os
dois problemas a turma deverá
usar as ideias de equivalência
em relação às frações 1 e 1 .
2 4
• A atividade 4 é particularmente
desafiadora, porque os alu-
nos deverão descobrir, por
meio de tentativas com as tiras,
duas maneiras de completar a
unidade, representada pela tira
verde, usando tipos diferentes
de frações.
Dê um tempo para a resolução
e o registro e, quando a maioria
tiver resolvido a questão, peça
a alguns alunos que mostrem a
solução com as tiras e também
com desenhos na lousa.
Para alguns grupos, é bom que
você mostre com as tiras os
exemplos dados no livro.
• Certamente as crianças esque-
cerão os muitos detalhes dessa
vivência com frações, mas al-
gumas ideias sobre como lidar
com frações ficarão e poderão
dar frutos no resto deste ano
escolar e no próximo.

99

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Objetivos
do capítulo

• Construir formas espaciais.


• Observar semelhanças e
diferenças entre formas
espaciais.
• Perceber propriedades físi-
cas das formas de objetos e
relacioná-las com a função
do objeto.
• Ampliar vocabulário relativo
a formas espaciais.

Orientações didáticas
• Retomamos o estudo das for-
mas espaciais. Diferenciamos
as figuras espaciais formadas
por polígonos (os poliedros de
maneira geral, embora não seja
preciso apresentar o nome) dos
corpos redondos e usamos a
ideia de superfície. Nas figuras
formadas por polígonos, a su-
perfície é plana; no cilindro, no
cone e na esfera há superfícies
não planas.
• É importante dar aos alunos
uma boa ideia do significado
da palavra superfície, usando
recursos visuais e gestuais,
além das palavras. Por exem-
plo, ao falar da superfície da
mesa, passe a mão sobre ela;
ao se referir à superfície do
cubo, explique que ela é dife-
rente do cubo inteiro, o qual
tem um interior; a superfície de
nosso planeta também não é o
mesmo que o planeta inteiro. Conhecendo poliedros e corpos redondos
Convém mostrar alguns obje-
tos com as formas citadas na Os poliedros são figuras geométricas espaciais cuja superfície é formada por po-
atividade (cubo, pirâmide, cone lígonos. Os polígonos são figuras planas. Portanto, a superfície de um poliedro é
etc.). Usando-os, será mais formada por diferentes regiões planas, denominadas faces.
fácil recordar conceitos como Esfera, cilindro ou cone são exemplos das formas espaciais que costumam ser cha-
face, aresta e vértice. madas corpos redondos. Essas formas não são poliedros. Sua superfície tem regiões
• A seção Conversar para apren- não planas. É certo que a base do cone e as bases dos cilindros são regiões planas,
der, além de revisar ideias, pois são círculos; mas a superfície restante não é plana, é curvada ou “arredondada”.
propicia novas reflexões sobre As descrições acima servem para caracterizar as figuras geométricas mostradas
a forma geométrica de objetos na página.
do dia a dia. Nós, adultos, compreendemos as descrições e visualizamos as formas, porque já
temos alguma familiaridade com elas. As crianças ainda não a têm. Por isso, o ob-
jetivo das atividades propostas na seção Vamos construir? (na página 101 do Livro
do aluno) é propiciar essa familiarização.

100 Unidade 2

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• Nesta página, são construídos
um cilindro e um cone; em
seguida, essas formas são
analisadas.
• Dirija a atividade. Tente fazer
que executem com você cada
passo da construção. Isso faci-
lita sua orientação e evita erros.
Terminada a montagem, as
crianças devem passar para as
atividades de observação das
formas. É claro que isso pode
ocorrer em uma aula posterior.

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Orientações didáticas
• Na atividade 4, peça explica-
ções orais: “Por que cabe mais
água na caneca cilíndrica?”.
Espera-se que as crianças
digam, de algum modo, que
“na caneca cônica cabe menos
porque, de cima para baixo, ela
vai afinando, enquanto a cilín-
drica mantém a mesma largura
do topo à base”.
• Na questão a da atividade 5,
o cilindro não rola até a mesa,
mas havendo grande inclina-
ção ele pode escorregar até
ela. Pergunte aos alunos o que
aconteceria na atividade 3 se
no lugar do cilindro estivesse
o cone.

Cilindros e cones: exemplos


Já sabemos que edifícios e latas de conserva
podem ter forma cilíndrica. Veja outros exemplos:
uma moeda também é cilíndrica, embora pareça
um cilindro muito “achatado”; um lápis sem apon-
tar tem forma cilíndrica; muitos troncos de árvore
têm forma que se aproxima do cilindro.
Quanto ao cone, o exemplo mais frequente é o
chapéu de palhaço e a casquinha de sorvete.
Vejamos outros: parte de um funil é sempre côni-
ca; certos pinheiros têm forma cônica; a parte de A forma de
muitos copos
cima de algumas torres também pode ser cônica; vem da forma
encontramos em copos e embalagens de sorvete de um cone
cones cujo “bico” foi cortado. cortado.

102 Unidade 2

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Objetivos
do capítulo

• Resolver problemas.
• Usar recursos como esque-
mas, desenhos e tentativas
na resolução de problemas.
• Desenvolver habilidades
de busca e seleção de in-
formações.

Orientações didáticas
• São três páginas de problemas
variados, cada uma merecendo
um tipo de abordagem.
Nesta página, sugerimos que
os alunos trabalhem os pro-
blemas em duplas. Se recla-
marem de usar o caderno,
informe-os de que vale a pena
disporem de mais espaço para
rascunhar ou desenhar, o que
auxilia a resolver.
• A primeira dificuldade do pro-
blema 1 é reescrever o enun-
ciado de maneira que faça
sentido. A atividade desenvolve
leitura atenta, capacidade de
expressão verbal e o enten-
dimento de texto. Proponha
outros desafios desse tipo para
a turma.
• No problema 3, talvez seja
necessário recordar como é o
losango.
• Se for preciso ajudar os alunos
no problema 4, sugira que fa-
çam um desenho – represen-
tando a estrada por uma linha
reta e colocando os marcos de
quilometragem – e representem
o itinerário do personagem.
• O problema 5 explora a ex-
pressão “ganha a mais”. Esse
tipo de problema normalmente
se resolve por subtração, pois
fornece a diferença entre duas
quantidades, e a diferença é
justamente o que uma tem a
mais ou a menos que a outra.

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Orientações didáticas
• Nesta página, dirija o trabalho
dos alunos.
• Peça a leitura silenciosa da
cena em sala de aula. Verifique
se todos os alunos sabem o
que é sacolão: estabelecimento
comercial que vende, principal-
mente, frutas, legumes e verdu-
ras. Depois, escolha algumas
crianças para explicar a cena
e o surpreendente método de
subtração descrito, isto é, uma
subtração efetuada por meio
da adição. Na verdade, esse
método usa a ideia de que a
adição é a operação inversa da
subtração.
• Na atividade 2, promova a lei-
tura em voz alta e resoluções
orais, pedindo às crianças que
expliquem como pensaram.
O raciocínio proposto pede
cálculos mentais. Nenhum mé-
todo de cálculo mental deve ser
obrigatório. Entretanto, é impor-
tante praticá-lo ao menos no
momento de sua apresentação,
como se propõe nesta página.
Seu uso posterior dependerá da
escolha de cada criança.

O jogo da forca
Na página 105 do Livro do aluno aparece o jogo da forca. Você pode ensiná-lo às
crianças por seu valor educativo. Como se joga? O jogador 1 pensa em uma palavra
(por exemplo, alegria) e faz um esquema como este:

A A

O jogador 2 não conhece a palavra e deve adivinhar as 5 letras restantes. Se ele


acerta uma tentativa, a letra é colocada no local adequado; se erra, o jogador 1
desenha uma cabeça na forca. No segundo erro, o jogador 1 desenha o corpo; no
terceiro as pernas, e no quarto, os braços. Completado o desenho, o jogador 2
perde; mas, se acerta a palavra antes de errar quatro vezes, ele ganha. Essas regras
podem ser modificadas.

104 Unidade 2

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• Dirija os trabalhos apenas na
atividade 1. Assegure-se de
que as crianças entenderam
qual é o problema da menina e
como ela pode resolvê-lo. Ex-
plique o jogo da forca, se quiser
(leia o texto O jogo da forca na
parte inferior da página anterior
deste Guia). Depois, os alunos
devem fazer os problemas so-
zinhos.
• Trate os problemas como de-
safios. O problema 2 é espe-
cialmente difícil. Naturalmente,
você pode permitir perguntas
e dar pistas, mas deve evitar
ajudar em excesso. Diga para
fazerem tentativas, mas or-
ganizadamente. É importante
anotar as tentativas para não
fazer novamente o que já foi
feito (leia texto na parte inferior
desta página).

Tentativas na resolução de problemas


Uma das estratégias empregadas no jogo da forca é a tentativa. Essa estratégia
também serve para resolver problemas. Este é o tema desta página.
Fazer tentativas não significa proceder cegamente. Tentativas eficientes exigem
organização do raciocínio, como se vê nos problemas 2 e 3 desta página. No pro-
blema 2, é preciso que a cada tentativa os alunos verifiquem se estão acima ou
abaixo do número procurado. Por isso, apresentamos uma tabela para auxiliá-los.
Às vezes, as tentativas não servem para resolver o problema. Entretanto, testando
algumas respostas, compreendemos melhor a natureza do problema e achamos
um caminho para a resolução.

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Objetivos
da seção

Avaliar:
• compreensão das ideias
de simetria axial e de vista
superior;
• escrita e leitura de números
da ordem dos milhares;
• relação entre metro e cen-
tímetro;
• reconhecimento das for-
mas e de propriedades de
retângulos, cubos e blocos
retangulares;
• habilidade de cálculo mental
envolvendo quantias em
reais e centavos;
• domínio do algoritmo da
divisão e da subtração;
• uso da noção de operação
inversa.

Orientações didáticas
• A princípio, as crianças devem
ler as questões e resolvê-las
sem auxílio. Entretanto, de
acordo com a turma, pode
ainda ser necessário que você
leia em voz alta alguns itens
antes de começar os trabalhos.
Em todo caso, nas próximas
atividades desse tipo, evite
fazer isso.

106 Unidade 2

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• Nesta página, mantenha as
orientações da página anterior.

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Objetivos
da seção

• Desenvolver estratégias de
resolução de problemas.
• Desenvolver raciocínio ma-
temático.
• Raciocinar sobre hipóteses
e tirar conclusões.

Orientações didáticas
• A seção toda aborda um tipo de
problema que há muito tempo
aparece em livros de Matemá-
tica. Trata-se, portanto, de um
“problema clássico”.
• É enriquecedor ler e interpretar
o texto inicial e a resolução do
problema proposta por Sara. O
final da atividade 1 deve ficar
por conta das crianças.

Um problema e seus objetivos


Há mais de um método para resolver o problema dos perus e coelhos: tentativas,
uso de álgebra ou a estratégia aritmética apresentada na atividade.
O problema não foi abordado por seu valor prático, mas pelo desafio que essa re-
solução aritmética, extremamente engenhosa, representa. Portanto, esta atividade
deve ser vista como uma diversão intelectual.
É pouco provável que uma criança descubra o método de resolução apresentado.
Entretanto, praticamente todas as crianças podem compreendê-lo, o que justifica
pedagogicamente tratar do problema: cria-se uma oportunidade para desenvolver
raciocínio matemático, pensar hipoteticamente e tirar conclusões.
Assim, o ensino de Matemática, além de tratar dos conhecimentos necessários à
vida em sociedade, atinge outro de seus objetivos: o desenvolvimento das modali-
dades de raciocínio favorecidas pela própria Matemática, enriquecendo a formação
de cada criança.

108 Unidade 2

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• As atividades 2 e 3 devem
ser executadas pelos alunos,
talvez em duplas, para que
possam trocar ideias.
• Resolver a atividade 3 indica
compreensão do método de
resolução apresentado na pá-
gina anterior.

Dica de site

No site <http://mod.lk/mental> (acesso em: 14 jul. 2015), em um contexto desa-


fiador, a criança praticará cálculo mental para chegar o mais rápido possível ao
topo de uma montanha.
Antes de indicar o site às crianças, você deve acessá-lo para ver como tudo funciona.

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