O direito à igualdade é tido por direito fundamental na ordem constitucional insculpida
na Lei Fundamental de 1988. A questão da isonomia se põe ao se deparar com uma realidade em que os sujeitos que compõe a sociedade brasileira não são iguais entre si. Portanto, cabe ao Estado promover meios para que a igualdade entre os sujeitos seja atingida com a finalidade de realidade ao texto constitucional. Um dos meios que o Estado dispõe são as Ações Afirmativas. Sendo assim, o trabalho traz como problemática como as reservas de cotas quanto política pública de acesso ao ensino superior, constituem a busca pela efetivação da igualdade material? Nesse diapasão encontra-se a relevância deste trabalho, primeiramente, social uma vez que pensa a discriminação racial como fator de desigualdade social e os mecanismos para a sua diminuição; depois, acadêmica, constituindo mais uma contribuição sobre o tema em um período em que a Lei n. 12.711/2012 está a ponto de ser revista pelo Legislativo; e, por fim, juridicamente, a pesquisa aponta o Direito como mecanismo para dirimir as desigualdades. O objetivo geral desta monografia é apontar o papel das cotas raciais na conquista, garantia e manutenção da igualdade apontadas na Constituição da República de 1988. Quanto aos objetivos específicos, analisar o princípio da igualdade e o seu contraponto, a discriminação racial; estipular o papel das Ações Afirmativas no Direito nacional; e, traçar o panorama histórico da aplicação das cotas raciais nas universidades públicas Além disso, em razão do grande debate que gira em torno da temática das Ações Afirmativas e, por consequência, das cotas raciais e da referida lei, trará algumas críticas feitas a elas e as repercussões jurídicas por meio dos julgados da Suprema Corte do país. Para tanto, foi utilizado o método dedutivo de abordagem, uma vez que o estudo partiu do conhecimento geral sobre as cotas raciais no Brasil e os seus efeitos para a realização do direito à igualdade. Como método de procedimento optou-se pela pesquisa explicativa, pois a partir do estudo das cotas raciais como método de ingresso nas universidades públicas pode-se conseguir uma forma de se efetivar o princípio constitucional da isonomia. Por sua vez, utilizou-se da pesquisa documental com análise da legislação, doutrina e jurisprudência relacionadas com o tema. Desta forma, considerando o aspecto fundamental e principiológico do direito à igualdade e as deficiências sociais geradas por um processo histórico e de profundas raízes, entendeu-se que as cotas são um vetor para se atingir a igualdade, mas que há fatores históricos, sociais e estruturais que impedem a real possibilidade de se atingir a mesma, necessitando um olhar holístico para que a integração ocorresse de forma efetiva. Mas, é preciso ressaltar e repetir que sem esta política o racismo seria ainda mais preponderante e pouco se teria avançado na área social.
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