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2 - Cotas raciais
R - A Constitucionalidade das Cotas Raciais em Universidades Públicas à
Luz do Neoconstitucionalismo
O neoconstitucionalismo representa um marco na interpretação e
aplicação do Direito Constitucional, pautando-se na efetivação dos direitos
fundamentais e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Nesse contexto, as cotas raciais em universidades públicas no Brasil se
destacam como um instrumento de promoção da igualdade, alinhando-se
aos princípios consagrados nos artigos 3º e 5º da Constituição Federal de
1988.
Neoconstitucionalismo e a Promoção da Igualdade:
O neoconstitucionalismo confere uma nova perspectiva à interpretação
do Direito, destacando a importância dos princípios constitucionais na
tomada de decisões judiciais e políticas públicas. O artigo 3º da
Constituição Federal estabelece a promoção do bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor ou qualquer outra forma de
discriminação, enquanto o artigo 5º assegura a igualdade perante a lei.
Estes dispositivos fundamentais fornecem a base jurídica para a
implementação das cotas raciais.
Cotas Raciais em Universidades Públicas:
As cotas raciais representam uma estratégia legítima para enfrentar as
desigualdades históricas que afligem grupos étnico-raciais marginalizados.
Ao reservar vagas para estudantes negros e pardos, as universidades
públicas não apenas cumprem seu papel de promover a educação como
um direito fundamental, mas também atuam como agentes de
transformação social, promovendo a diversidade e a inclusão.