Você está na página 1de 166

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

NA SAÚDE DA MULHER E DO RECÉM


NASCIDO

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE


RUA 27 ESQUINA COM AVENIDA ARAGUAIA – CENTRO
3223-0430
GOIÂNIA – GOIÁS
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE
RUA 27 ESQUINA COM AVENIDA ARAGUAIA – CENTRO
3223-0430
GOIÂNIA – GOIÁS
ÍNDICE

SER MULHER 3
FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL 7
ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS ÓRGÃOS REPRODUTORES FEMININOS 10
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 19
GRAVIDEZ 26
A PLACENTA E AS MEMBRANAS FETAIS 30
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS QUE OCORREM NA MULHER DURANTE A GESTAÇÃO 34
PRÉ-NATAL 41
ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO 47
INTERCORRÊNCIAS E PATOLOGIAS OBSTÉTRICAS 54
ABORTO 75
RELAÇÃO UTEROFETAL 81
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PRÉ-PARTO 88
MODIFICAÇÕES LOCAIS NO PUERPÉRIO 111
ALEITAMENTO MATERNO 114
CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO NA SALA DE PARTO E BERÇÁRIO 120
CÂNCER 125
MIOMA OU LEIOMIOMA 130
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 134
PROLAPSO UTERINO 140
MENOPAUSA 147
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 151
REFERÊNCIAS 155

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE


RUA 27 ESQUINA COM AVENIDA ARAGUAIA – CENTRO
3223-0430
GOIÂNIA – GOIÁS
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

SER MULHER

Segundo Santos; Andrade; apud, 2012. Pergunta geradora de muitos


questionamentos em solo fértil de tantas respostas. SER MULHER.... Assumir polaridades
feminino-masculino, criando e recriando, como em um caleidoscópio, imagens e formas de
viver. Viver sendo, fazendo, conhecendo e reconhecendo a criação construída a cada dia.
Momento fugaz que mostra e esconde a essência do feminino presente em todos nós.
Pode ser marcado como um conjunto de normas e valores, costumes e práticas por
meio das quais a diferença entre homens e mulheres e a cultura expressada e
hierarquizada. O gênero delimita campos de atuação para cada sexo e dá apoio a
elaboração de políticas, leis e suas formas de aplicação. Em função da organização social
das afinidades de gênero, homens e mulheres estão arriscados a padrões distintos de
adoecimento, sofrimento e morte. (Negreiros, 2004; Brasil, 2008ª; Hera, 2010).
No cenário das políticas nacionais de saúde no Brasil, a saúde da mulher só foi
motivo de apreensão nas primeiras décadas do século XX, sendo limitado ás demandas
relativas a gravidez e ao parto. A probabilidade de ampliação das ações de saúde,
analisando todos os ciclos da vida da mulher, da menarca á pós-menopausa, só ocorreu a
partir de 1984, com a implantação do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher
(PAISM), por demanda do movimento de mulheres organizadas (Brasil, 2004).
O PAISM incluiu, como ações educativas, preventivas de diagnostico, tratamento e
recuperação das infecções sexualmente transmissíveis (ITS), câncer de colo de útero e
mama, menopausa, planejamento familiar, gravidez, parto e puerpério (Brasil, 2004). O
PAISM incorporou, como princípios e diretrizes, a hierarquização, a descentralização e a
regionalização dos serviços de atenção à saúde, assim como a equidade e a integralidade.
Em 1988 constituição federal (CF), veio aprovação do capítulo da saúde, que faz
parte os artigos 196 a 200 e também aprovação das leis orgânicas como leis 8080/90 e
8142/90 onde a saúde localizada na premissa como direitos de todos e dever do Estado e
nos princípios da universalidade, integralidade, equidade e participação da comunidade a

4
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

precisão de operacionalização do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Brasil,


2004).
De tal modo que institucionalizou a Atenção Integral à Saúde da Mulher como uma
política de Estado e aconteceram avanços no sentido da integralidade, como a incorporação
da temática da desigualdade de gênero e da violência sexual nas ações de saúde.
Isso ocasionou uma oferta deficiente de serviços, uma infraestrutura precária da
rede de atenção primaria, a falta de integração dos três níveis de complexidade das ações
de saúde, e profissionais pouco qualificados e com altas taxas de mortalidades maternas na
década de 1990 colaborou para priorização as ações da assistência planejamento
reprodutivo e na gravidez, parto e puerpério. (Brasil, 2004).
Com processo de transição demográfica, ficou evidenciado pela queda da taxa de
mortalidade geral, pela queda da taxa de fecundidade e pelo aumento da população com
mais de 60 anos, assim como processo epidemiológico, evidenciado pela redução da
morbimortalidade. (Brasil, 2007ª; Ipea, 2009ª). Outro fator de grande seriedade no panorama
da saúde da mulher foi à inserção no mundo do trabalho.
Em meados do século XX, o papel da mulher era social e limitado ao ambiente
privado da família, sendo a ela dedicada a função de reprodução e cuidado com bem-estar
dos seus familiares, em geral dos filhos e marido, sendo ela puramente, mãe, mulher, avó,
amiga esquecendo-se da sua própria identidade. (Angell, 2004).
Hoje em dia com base os princípios do SUS, de modo a garantir a universalidade, a
equidade e a integralidade da atenção à saúde. Dessa forma, foi instituída a Rede Cegonha
em 2011, por meio da portaria nº 1.459, que se organiza de modo assegurar o acesso, ao
acolhimento e a resolutividade, por meio de um modelo de atenção voltada ao pré-natal,
parto e nascimento, puerpério e sistema logístico, que inclui transporte sanitário e regulação.
(BRASIL, 2011a).
Entretanto após ser mãe começa outra, fase da vida onde surgi novas ideias,
lembrando que os acontecimentos são temporários, despreocupe-se, olhe a natureza, não
deixa a vida girar só entorno do filho e esposo.
Fase da Vida – Pessoal e Profissional
✔ - Até os 21 anos; crescimento biológico e psicológico;
✔ -Dos 21 aos 42 anos; desenvolvimento social e profissional;
✔ -A partir dos 42 anos: amadurecimento espiritual.
✔ -Dos 21 aos 28 anos; emotiva.
✔ -Dos 28 aos 35 anos; Racional.
✔ -Dos 35 aos 42 anos; Consciente.

5
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ -Dos 42 aos 49 anos; Imaginativa.


✔ -Dos 49 aos 56 anos; Inspirativa.
✔ -Dos 56 anos em diante; Intuitiva.

www.saudetotal.com.br
Ser profissional
✔ -Ser ético; preservar a moral, permanecer no sigilo, manter a honestidade.
✔ -Trabalho, versus, família e família versus vida profissional;
Ser Mãe
✔ -Ser mãe é desesperar-se pelas demoras, assistir-se com medo dos tombos
é sucumbir aos choros e gritos, nada comparado a relação de mãe filho ou filha.
Por Fim as Conquistas
✔ Orgulhe-se das conquistas, exerça o poder de ser feliz, explore as sensações
vivi das de amor, sexo, carreira e sonho, veja que valeu a pena.

6
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

EXERCÍCIOS
1- Mulher é símbolo de vida e forma humana capaz de entender e compreender todas as
coisas e dificuldade, sendo ela flexível. Explique o papel da mulher na sociedade.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2- No cenário político nacional de saúde no Brasil, a saúde da mulher só foi motivo de
apreensão nas primeiras décadas do século XX. Qual era o foco?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3- Programa de atenção integral a mulher (PAISM), surgiu a partir de 1984. Qual era sua
finalidade na época?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4- Com a constituição de 1988, veio aprovação de um capítulo da saúde e também
aprovação da lei orgânica que a saúde tinha como direitos seguintes:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5- Com o planejamento familiar, a mulher passou a trabalhar fora, uso de contraceptivo e
outros. Como está a nossa população hoje em questão do perfil epidemiológico da
população?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
6- Explique qual objetivo da Rede Cegonha.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

7
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL


O ciclo menstrual representa a capacidade que a mulher tem em atingir a
fertilidade, caracterizada pela ovulação. As ovulações acontecem mensalmente
caracterizadas por hemorragias do útero (descamação do endométrio), consequentes de
influencias hormonais dos ovários, que por sua vez, são estimulados pela hipófise. O ciclo
menstrual faria de mulher para mulher, e 20 dias a 45 dias, sendo em média, de 28 dias.
A Hipófise

www.google.com.br
A hipófise é uma glândula de tamanho de uma ervilha, localizada na base do
cérebro logo atrás dos olhos. Ela produz vários outros hormônios que estimulam o
crescimento, a contração do útero, o volume da urina e controle o funcionamento de outras
glândulas endócrinas como a tireoide, os ovários e os testículos.
A Puberdade ocorre com aumento da produção do hormônio gonadotrópico
(GnRH), ou seja, aumento do folículo estimulante (FSH), e hormônio luteizante (LH), pois a
hipófase das meninas, como dos meninos não secreta nenhum hormônio gonodotrópico
(GnRH), até idade dos 10 anos aos 14 anos.
No início secreta somente hormônio folículo estimulante (FSH), que ao iniciar a vida
sexual a menina em crescimento mais tarde secreta hormônio luteizante (LH), que auxilia na
ovulação do ciclo menstrual, ou seja, o rompimento do folículo com a expulsão do óvulo
maduro, captado pelas fímbrias das tubas uterinas e levado para o seu interior.
A capa restante do folículo de Graaf rompido, denominado de corpo lúteo, inicia a
secreção de progesterona, que tem como função manter o endométrio proliferado à espera
do suposto embrião.

8
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Se, não ocorrer à fecundação, o corpo lúteo inicia um processo de involução,


passando a denominar-se corpus albicans.
As fases do ciclo menstrual
Fase Proliferativa ou folicular – começa no 1º dia do ciclo estendendo-se até a
ovulação.
Características:
1-Proliferação do endométrio;
2-Desenvolvimento do folículo pela ação do FSH;
3-Secreçãode estrogênio pelo folículo maduro.
Fase Ovulatória – ocorre entre ao 12º e o 16º dia antes da menstruação, num curto
período.
Características
1-Secreção de LH pela hipófise;
2-Rompimento do folículo e expulsão do óvulo maduro.
Fase Secretória ou Luteínica – começa na ovulação estendendo-se até o primeiro
dia da próxima menstruação.
Características
1-Formação de corpo lúteo;
2-Secreção de grande quantidade de progesterona pelo corpo lúteo;
3-Espessamento da parede do endométrio, constituído um “ninho”, altamente
nutritivo para o suposto embrião.

9
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

EXERCÍCIOS
1-Explique qual é fisiologia do ciclo menstrual.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2-Explique qual é importância da hipófise no amadurecimento do óvulo.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3-Quais são as fases do ciclo menstrual?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4-Como funciona os hormônios na puberdade?

10
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS ÓRGÃOS REPRODUTORES FEMININOS


Os órgãos reprodutores femininos estão divididos em dois grupos: os órgãos
internos e a genitália externa e ainda, outras estruturas e eles vinculadas: bexiga, uretra,
reto, diafragma pélvico, períneo, devido à sua estreita proximidade, e as mamas, por
estarem funcionalmente relacionadas.
Órgãos externos
A genitália externa feminina, como um todo, é comumente denominada de vulva;
ocasionalmente o termo pudendo é usado para esse grupo de órgãos.
A vulva inclui todos os órgãos situados entre as coxas visíveis externamente,
estendendo- se desde a área sobre a sínfise púbica até a base do corpo perineal, localizada
imediatamente acima do ânus.
As estruturas seguintes estão incluídas na vulva: monte de Vênus, grandes lábios,
pequenos lábios, clitóris, vestíbulo, meato urinário, introito vaginal e estruturas glandulares.

11
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br
Monte Vênus
Monte Vênus – (monte pubiano), constitui a porção superior da vulva, é o firme
coxim de tecido adiposo e conjuntivo que reveste sínfise púbica e os ossos púbicos
adjacentes. A pele contém muitas glândulas sebáceas e pós, a puberdade é recoberta por
pelos.

ww.saudetotal.com.br
Grandes lábios

12
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

São duas grandes pregas de tecido adiposo e, conjuntivo, cobertas por pele, que
formam os limites laterais da vulva. Eles partem do monte de Vênus e se dirigem para baixo,
afinando-se gradativamente para posteriormente desaparecer na base do corpo perineal. Os
grandes lábios estão habitualmente situados em intima justaposição, recobrindo as
estruturas situadas entre eles, mas podem estar entreabertos em mulheres que já pariram.
Cada lábio tem uma superfície externa e uma interna. Após a puberdade, a
superfície externa é recoberta por pêlos, que se tornam mais esparsos na região perineal. A
superfície interna do lábio é úmida e tem a aparência de uma membrana mucosa; tem
numerosas glândulas sebáceas, mas não é recoberta por pêlos. Os lábios contêm vasos
sanguíneos em abundância. Algumas vezes desenvolvem-se veias varicosas que podem
sofrer um aumento durante a gravidez.
Pequenos lábios
São dois finos folhetos cutâneos situados entre os grandes lábios e paralelamente a
eles podem ainda se projetar para frente, entre eles. A semelhança da face interna dos
grandes lábios, os pequenos lábios têm uma coloração avermelhada e a aparência de uma
membrana mucosa, são úmidos, contêm numerosas glândulas sebáceas e não são cobertos
por pêlos. Contém um grande número de vasos sanguíneos.
A maior quantidade de nervos confere uma grande sensibilidade. Na parte
dianteira, cada pequeno lábio se divide em duas partes por uma curta distância e depois se
une, em um ângulo, com outro lábio, para formar uma prega dupla de tecido em torno do
clitóris, um folheto sobre o clitóris e outro sob ele.
Clitóris
É um corpúsculo pequeno, cilíndrico localizado na porção superior da vulva, na
região em que os pequenos lábios se unem anteriormente. O clitóris é o homologo do pênis
do homem e, de forma similar a este, é composto por tecido erétil, contém vasos e nervos, e
é extremamente sensível. O clitóris mede de 2 a 3 cm em extensão, mas é quase totalmente
coberto pelos lábios.
Vestíbulo vaginal
É a área triangular que se torna visível quando afastados os pequenos lábios; o
clitóris é o ápice desse triângulo, e a fúrcula, sua base. O orifício do meato uretral, os ductos
de Skene (parauretrais), a vagina e as glândulas de Bartholin (vulvovaginais) estão
localizadas no vestíbulo.
Meato Urinário
Embora não fazendo parte dos órgãos genitais femininos, o meato urinário externo
é descrito juntamente com a vulva devido à sua localização anatômica. Está na linha média

13
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

do vestíbulo, abaixo do clitóris e acima do orifício vaginal. Varia consideravelmente em


aspecto oscilando desde uma abertura facilmente identificável até uma elevação enrugada
de tecido que parece não ter qualquer orifício. A separação dos pequenos lábios, seguida da
sua leve tração para cima, revelará uma abertura triangular na membrana enrugada que
circunda o meato.
Os Ductos Para-uretrais
Têm calibre muito pequeno, se abre exatamente de cada lado do meato uretral.
Esses ductos podem ser infectados pelos gonococos.
Introito Vaginal e Hímen
O orifício vaginal está na porção inferior do vestíbulo. É parcialmente coberto pelo
hímen, um tecido membranoso que varia consideravelmente em espessura e tamanho nas
diferentes mulheres. A abertura do hímen tem um contorno aproximadamente circular; pode
ser tão grande que o orifício vaginal fique completamente aberto, ou pode ser muito
pequena e praticamente fechar o orifício. O hímen pode ser bastante elástico e estirar-se
consideravelmente com a distensão, ou pode romper-se facilmente. Após o parto, os
resquícios do hímen são como pequenos “restos” de membrana mucosa em torno do orifício
vaginal; recebem o nome de carúnculas mirtiformes.
Períneo
É a área situada entre as coxas que se estendem desde a região púbica até o
cóccix e está situado, superficialmente, abaixo do diafragma pélvico. É constituído de vários
pares de músculos e seus fáscias, entre os quais estão os bulbos cavernosos (esfíncter
vaginal), os músculos transversos do períneo e aqueles que formam o esfíncter anal. O
diafragma pélvico e os músculos e fáscias do períneo estão estreitamente relacionados em
estruturas e função; as estruturas perineais reforçam o diafragma servindo de suporte, e
auxiliando na constrição dos orifícios que os atravessam.
Órgãos Reprodutores Internos
Os órgãos reprodutores femininos internos estão contidos na cavidade pélvica
verdadeira. Compreendem o útero e a vagina no centro, um ovário e uma tuba de Falópio de
cada lado, juntamente com seus vários ligamentos, vasos sanguíneos, suprimento linfático,
nervos e uma certa quantidade de tecido adiposo e conjuntivo.
Útero
É o órgão no qual o feto se desenvolve e através do qual a menstruação ocorre. É
uma estrutura muscular que contém uma cavidade revestida por membrana mucosa. O
útero está situado na cavidade pélvica entre a bexiga e o reto; próximo à sua porção

14
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

superior ele se une, com uma tuba de cada lado, e sua extremidade inferior (a cérvix) se
projeta para dentro da vagina.
O útero tem a forma e o tamanho aproximado de uma pera invertida, algo achatada.
Seu tamanho é variável em diferentes mulheres, mas as medidas se aproximam de 7,5 cm
de comprimento, 5, 0 cm de largura na porção superior, e 2,5 cm de diâmetro antero –
posterior. O seu peso aproximado é de 60 g. O útero aumenta tremendamente durante a
gravidez, atingindo um comprimento de 30 a 35 cm, uma largura de 20 a 25 cm, e um peso
de aproximadamente 1.000 g. Depois da gravidez o útero retorna quase ao seu tamanho e
forma primitivos, mas não inteiramente.
O útero é composto de duas porções: uma porção superior, triangular, denominada
corpo, e uma porção inferior cilíndrica e menor, denominada cérvix ou colo.
Corpo
Se estreita de cima para baixo. Sua porção superior, arredondada, situada acima
dos pontos de entrada das tubas de Falópio, é denominada fundo uterino, e a porção inferior
estreitada, onde o corpo encontra a cérvix, é chamada istmo. O istimo é significativo durante
a gravidez, quando forma o segmento inferior do útero; o remanescente do corpo forma o
segmento uterino superior.
O corpo do útero é uma massa firme, compacta, formada de fibras musculares (não
estriadas) involuntárias, irregularmente dispostas, de tecido conjuntivo, fibras elásticas,
nervos e vasos sanguíneos e de um revestimento interno de membrana e a mucosa. Possui
três camadas: a serosa, a muscular, e a mucosa.
1. Serosa – também denominada perimétrio é a camada externa. É derivada do
peritônio que cobre a frente e o dorso do útero, exceto ao longo da parte inferior da parede
anterior, onde se curva para cima da bexiga;
2. Muscular - denominada miométrio é a camada intermediária. Forma a maior
parte do útero. Esta camada é formada de tecido muscular, através do qual estão
espalhados vasos sanguíneos e linfáticos.
3. Interna – mucosa que reveste a cavidade uterina é denominada endométrio.
É uma membrana mucosa rósea, aveludada, altamente vascularizada, que contém
numerosas glândulas uterinas e é coberta por epitélio colunar ciliado. Esta camada sofre
constantes alterações cíclicas durante o período reprodutor e sua espessura varia entre 1 e
5mm, dependendo do período do ciclo.
Cerviz

15
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Constitui a menor parte do útero, mede de 2,5 a 3 cm de comprimento,


aproximadamente um terço do corpo. O seu diâmetro é de aproximadamente 2, 5 cm. Cerca
de metade da cérvix se projeta para dentro da vagina.
Suprimento Sanguíneo – o útero tem um excelente suprimento de sangue, linfa e nervos.
O abundante suprimento sanguíneo alcança o útero principalmente através das artérias
uterinas, a partir das artérias ilíacas (hipogástricas) internas; mas também o alcança até
certo ponto através das artérias ovarianas, a partir da aorta.
Vagina – é um canal musculomembranoso que se estende desde a parte inferior da vulva
até a cérvix, ligando assim os órgãos reprodutores externos e internos. Serve como órgão
de copulação e como passagem para o fluxo menstrual e para o feto durante o parto.
É abundantemente suprida por vasos sanguíneos e linfáticos. A camada mucosa é
uma membrana densa, espessa, normalmente disposta em pequenas dobras ou pregas
chamadas rugas. Não existem glândulas na vagina.
Durante os anos reprodutores da vida, a secreção vaginal é normalmente ácida,
com um pH variando entre 4,0 e 5,0. O PH varia com a atividade ovariana: a acidez é algo
reduzida pela secreção cervical alcalina, antes do começo da menstruação, e pelo fluxo
menstrual, durante a menstruação.
Tubas de Falópio
Também conhecidas como ovidutos, são duas delgadas tubas musculares que se
dirigem uma de cada lado, dos cornos da cavidade uterina para os ovários. Proporcionam o
trajeto através do qual os óvulos alcançam o útero. Depois de atravessar a parede muscular
uterina, as tubas se estendem entre os folhetos da margem superior dos ligamentos largos,
tomando um curso algo tortuoso que se dirige para cima e para fora. Seu comprimento varia
entre 7 e 14 cm.
Ovários
As glândulas sexuais (gônadas) da mulher são dois órgãos pequenos, ovais,
achatados, localizados um de cada lado do útero.
Ovulação; na ovulação, um folículo rompe-se em resposta à elevação de LH,
(folículo luteizante), o que libera um ovócito maduro. Em geral, isso ocorre entre 14º dia de
um ciclo de 28 dias. Quando a ovulação ocorre, há uma queda no estrogênio. Quase
sempre a ovulação ocorre aproximadamente 10 a 12 horas após o pico LH E 24 A 36 horas
após o Pico dos níveis de estrogênio.
As extremidades distais das tubas uterinas tornam-se ativas próximo ao momento
da ovulação e criam correntes que ajudam a transportar o óvulo para o útero.
Fase Lútea

16
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

A fase lútea tem início na ovulação e perdura até a fase menstrual do próximo
ciclo. Após o folículo se rompe até a fase menstrual do próximo ciclo. Após o folículo se
rompe e liberar o óvulo, ele se fecha e forma um corpo lúteo. Esse corpo lúteo secreta
quantidade crescentes de progesterona, que interage com o endométrio para prepara-lo á
implantação. No início da fase lútea a progesterona induz as glândulas endometriais a
secretarem glicogênio, muco e outras substâncias. Essas glândulas tornam-se tortuosas e
apresentam lumens largos, em razão do aumento da atividade secretória. A progesterona
secretada pelo corpo lúteo aumenta levemente a temperatura corporal até o início do
próximo período.
Um ovário é habitualmente descrito como tendo a forma e tamanho de uma
amêndoa; cada um deles mede aproximadamente, de 4 a 5 cm de comprimento, 2 cm de
largura e 1 cm de espessura, e tem um peso de 2 a 5 g.
Órgãos pélvicos relacionados:
1. Bexiga e Uretra.
2. Reto.
3. As mamas.
As mamas são grandes glândulas cutâneas do tipo racemoso ou dispostas em
cachos de uvas, especialmente modificadas. São embebidas em tecido adiposo e
conjuntivo, e abundantemente supridas por nervos e vasos sanguíneos. Estão situadas
bastante distantes dos órgãos pélvicos, mas, devido à sua intima relação funcional com
esses órgãos, as mamas femininas podem ser encaradas como glândulas acessórias do
sistema reprodutor feminino.
Sua função é secretar, na parturiente, o alimento necessário para a criança durante
os primeiros meses de vida.
As mamas estão simetricamente situadas, uma de cada lado do tórax, e ocupam o
espaço entre a segunda e sexta costelas, estendendo-se da margem do esterno até a linha
axilar média. Uma camada de tecido conjuntivo as separa dos músculos e costelas
subjacentes. As mamas têm normalmente um formato hemisférico ou cônico, mas variam
em tamanho e também em formato nas diferentes idades e nos diferentes indivíduos,
principalmente em mulheres que já deram à luz ou amamentaram crianças, quando tendem
a se tornar pendulares.
Um mamilo faz protrusão através do ápice de cada mama por uma distância de 0,6
a 1,3 cm. Os mamilos são dotados de grande sensibilidade e de tecido erétil, e tornam-se
mais rígidos e proeminentes durante a gravidez ou nos períodos menstruais. As superfícies

17
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

dos mamilos são penetradas pelos orifícios dos ductos lácteos, que são em número de 15 a
20.
As mamas são cobertas por uma pele macia e delicada, exceto as aréolas, áreas
pigmentadas circulares que circundam os mamilos e medem de 2,5 a 10 cm de diâmetro. As
aréolas são mais escuras nas morenas do que nas louras e, em todas as mulheres
tornam-se mais escuras durante a gravidez, clareando gradualmente após o parto. A
superfície dos mamilos e das aréolas se torna áspera devido a pequenas protuberâncias ou
papilas, conhecidas como tubérculos de Montgomery. Essa aspereza é acentuada durante a
gravidez, quando as papilas se tornam maiores. Os tubérculos são glândulas sebáceas que
secretam um material lipoide que lubrifica os mamilos, auxiliando a protegê-los durante a
sucção da criança.

www.google.com.br

18
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Fase proliferativa: inicia-se com aumento da glândula endometrial, em resposta aos níveis
crescentes de estrogênio.
Fase secretória: sucede a ovulação até cerca 3 dias antes do próximo período menstrual.
Fase menstrual: tem início quando as artérias espirais se rompem em razão de isquemia, o
que libera no útero, e o endométrio é descamado. Se não ocorrer fertilização, o corpo lúteo
sofre degeneração.
Hormônio liberador das gonadotrofinas: (GnRH) é secretado pelo hipotálamo de modo
pulsátil ao longo do ciclo reprodutivo.
Hormônio Folículo-Estimulante: (FSH) é responsável basicamente pelo amadurecimento
do folículo ovariano.

19
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Hormônio luteinizante: (LH) é secretado pela adenoipófise e é necessário não apenas para
o amadurecimento final dos folículos pré-ovulatórios, mas para a lutinização do folículo
rompido. Como resultado, a produção de estrogênio declina e a progesterona continua.

EXERCÍCIOS:
1- Que glândulas estão localizadas de cada lado da uretra feminina e secretam muco para
manter a abertura úmida e lubrificada durante o ato sexual;
a- Glândulas de cowper;
b- Glândulas de Bartholin;
c- Glândula de Skene;
d- Glândulas seminais;

2- O ciclo ovariano compreende todas as seguintes fases, exceto;


a- Secretória;
b- Folicular;
c- Ovulação;
d- Lútea;

3- Que hormônio é produzido pelo corpo lúteo em altos níveis para preparar o endométrio
para implante logo após a ovulação?
a- Estrogênio;
b- Prostaglandinas;
c- Prolactina;
d- Progesterona;

20
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Métodos contraceptivos – vantagens e desvantagens
Atualmente, existem diversos métodos contraceptivos disponíveis para evitar uma
gravidez indesejada e até mesmo doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Os mais modernos e populares são a pílula e a camisinha, porém há outras opções.
Eles são classificados por: métodos de barreira e métodos hormonais
Métodos de barreira:
Os métodos de barreira são removíveis, que evitam a entrada do esperma no útero.
Esses contraceptivos são indicados às mulheres que não podem tomar algum tipo de
hormônio ou que desejam proteção de DSTs. São eles:
Preservativo masculino: popularmente conhecido como camisinha, é um contraceptivo
utilizado no pênis, para recolher o esperma, impedindo-o de entrar no corpo da mulher. A
camisinha é descartável e o material do preservativo é composto por látex ou poliuretano.
Além de prevenir uma gravidez indesejada, previne também contra doenças sexualmente
transmissíveis (DST).
Preservativo feminino: conhecido também como “camisinha feminina” é um contraceptivo
inserido na vagina antes da penetração do pênis, para impedir a entrada do esperma no
útero. O preservativo é pré-lubrificado com silicone, porém, outros lubrificantes, à base de
água ou óleo, podem ser usados, para melhorar o desconforto e o ruído que o preservativo
feminino pode causar. Esse método contraceptivo também reduz o risco de contrair doenças
sexualmente transmissíveis (DST).

Diafragma: é um contraceptivo composto por uma membrana de silicone, em forma de


cúpula, envolvido por um anel flexível. Existem diafragmas de vários tamanhos, podendo
variar entre 50 mm a 105 mm. O diafragma é inserido na vagina antes da relação sexual,

21
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

impedindo a entrada do esperma no útero. É recomendável que o diafragma seja utilizado


junto a um creme ou geleia espermicida, para oferecer maior lubrificação e também para
aumentar a eficácia contraceptiva. O diafragma deve permanecer no lugar durante seis a
oito horas depois do coito para poder evitar a gravidez, mas deve ser removido dentro de 24
horas.

Espermicidas: são substâncias químicas em forma de geleia, creme, comprimido, tablete


ou espumas, que devem ser colocadas na vagina 15 minutos antes da relação sexual. Os
espermicidas servem como barreira para impedir o contato dos espermatozoides com o
útero. Usados isoladamente, os espermicidas não oferecem grande eficácia, mas
associados a outros métodos de barreira, como o diafragma, são úteis e oferecem mais
proteção. Em algumas mulheres, a substância pode provocar reações alérgicas.
Dispositivo Intrauterino (DIU): é um método anticoncepcional constituído por um aparelho
pequeno e flexível que é inserido dentro do útero. Ele só pode ser utilizado em pacientes
saudáveis e que apresentem exames ginecológicos normais; ausência de vaginites, tumores
pélvicos, doença inflamatória pélvica (DIP), etc. Existem vários modelos de DIU e é um
contraceptivo que deve ser colocado por um profissional da saúde. www.google.com.br

22
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Métodos hormonais:
Os métodos hormonais servem para controlar ou interromper a ovulação, evitando
a gravidez, mas não previnem contra doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Pílula contraceptiva oral combinada: ou simplesmente pílula, como é conhecida
popularmente, é um método contraceptivo composto por diferentes tipos de hormônios, que
servem para inibir a ovulação e evitar a gravidez. O uso de pílulas anticoncepcionais não é
recomendado para mulheres fumantes, ou com pressão arterial elevada, histórico de câncer
de mama, fígado, ou câncer endometrial. O melhor tipo de pílula para cada paciente deve
ser indicado por um ginecologista.
Contraceptivo hormonal injetável: esse método contraceptivo é feito com uma injeção de
hormônios, que é administrada uma vez por mês ou a cada três meses, dependendo do tipo
de contraceptivo injetável. Esse método é muito eficaz para evitar gravidez.

Anel vaginal: é um anel fino e flexível e deve ser colocado na vagina, durante três
semanas. Na quarta semana, o anel vaginal deve ser removido e, assim, reinserir um novo
anel depois de sete dias de pausa. O diâmetro externo é de 54 mm e a espessura é de 4
mm. O anel vaginal contém hormônios como estrogênio e progesterona, que são absorvidos
para a circulação e levam à inibição da ovulação. Sua indicação e uso devem ser feitos com
o acompanhamento de um ginecologista. Esse método contraceptivo não pode ser utilizado
por mulheres que apresentem histórico de coágulos de sangue, derrame ou ataque
cardíaco, ou algum tipo de câncer.
23
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Adesivos cutâneos com hormônios: são pequenos selos que contêm estrogênio e
progesterona. Esses dois hormônios são absorvidos pela pele e vão diretamente para a
circulação sistêmica. Os adesivos devem ser usados por 21 dias, seguido de pausa de sete
dias. Os benefícios, eficácia e contraindicações são as mesmas para os anéis vaginais e as
pílulas.

www.google.com.br
Esponja vaginal
Esponja vaginal esponja vagina é outra opção de método anticoncepcional de
barreira para as mulheres.
A lógica por trás da esponja é semelhante à do diafragma, ela cobre a entrada do
útero, mas não protege a mucosa da vagina, não servindo como proteção para as doenças
sexualmente transmissíveis.
A esponja contraceptiva é um dispositivo macio, em forma de disco, feito de
espuma de poliuretano e com uma alça para facilitar a sua remoção. A esponja já vem com
espermicida e deve ser molhada antes de ser inserida na vagina.
A esponja só deve ser retirada após 6 horas da última relação sexual, podendo
permanecer dentro da vagina por até 30 horas. Não é preciso trocar a esponja se mais de
uma relação sexual ocorrer dentro do prazo de 24 horas.
Ao contrário do diafragma, não há tamanhos diferentes para a esponja. A sua
eficácia em mulheres que já tiveram pelo menos um parto é mais baixa que nas mulheres
que nunca pariram.
.

24
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br
Muco Cervical (método billings)
O método billings é a observação diária do muco cervical. O muco cervical é
uma secreção produzida pelo colo do útero para a proteção do trato genital da mulher. Sua
aparência muda durante o ciclo menstrual. A mulher pode observar o muco ao colocar o
dedo no canal vaginal verificando sua aparência ou observando as diferentes sensações na
vulva ao longo do dia. A abstinência ou atividade sexual deve acontecer conforme aparência
do muco cervical.

www.google.com.br
Temperatura Basal (TCB ou também)
O método de temperatura basal consiste em medir a temperatura corporal da
mulher para identificar os dias da ovulação. Nos primeiros 4 dias do ciclo menstrual a
temperatura se mantém mais baixa cerca de 35 a 36 °C, mas pode variar de pessoa para
pessoa. Quando a mulher entra na fase fértil, sua temperatura aumenta 0,5 a 0,8 °C e
permanece elevada até o dia da próxima menstruação. Essa elevação de temperatura é um
indício de fertilidade.
A mulher deve observar durante alguns meses a sua temperatura, medindo logo ao
acordar, antes de fazer qualquer esforço e de preferência no mesmo horário. A medição é
feita colocando um termômetro na boca ou na vagina. Pode se medir com qualquer
termômetro, mas o mais indicado é o termômetro digital que além de dar a temperatura mais
rápido ainda grava a última temperatura. Os resultados devem ser anotados todos os dias.
Logo a mulher começa a se conhecer melhor e a identificar os dias mais férteis. Esse
método pode ser usado juntamente com o método Billings.

25
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Efeitos colaterais: Nenhum.


Tabelinha
Esse método consiste em identificar o meio do ciclo para saber os dias mais férteis.
Primeiramente a mulher precisa contar a duração de seu ciclo menstrual contando do
primeiro dia da menstruação até o próximo primeiro dia da menstruação do mês seguinte.
Os ciclos podem variar de 26 a 32 dias. O dia fértil acontece mais ou menos no meio do
ciclo, por exemplo, se uma mulher tem um ciclo de 28 dias, no 14º do ciclo ela estará fértil.
Para medir é preciso saber a duração dos últimos 3 ciclos, pega-se o de menor duração e
dívida por 2, esse será o dia fértil. Se não deseja engravidar, abstenha-se de sexo 3 dias
antes e 3 dias depois do dia fértil. Esse método não previne contra doenças sexualmente
transmissíveis.
Esse método é contraindicado para mulheres com ciclos irregulares.
Como age: Indica os possíveis dias férteis.
Possíveis efeitos colaterais: Nenhum.

www.google.com.br
Coito Interrompido
O coito interrompido consiste em retirar o pênis da vagina antes da ejaculação e é
preciso autocontrole por parte do homem. Esse método tem uma margem de ineficácia, pois
o líquido que costuma sair do pênis antes da ejaculação contém espermatozoides. Pode ser
utilizado por qualquer pessoa, até mesmo aquelas que não têm condições de usar outros
métodos.
Essa prática pode deixar os parceiros sexualmente insatisfeitos e ansiosos. Esse
método não previne contra doenças sexualmente transmissíveis.
Como age: Impede que os espermatozoides entrem em contato com sistema
reprodutivo da mulher.
Possíveis efeitos colaterais: Nenhum.

26
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

EXERCÍCIOS
1-Atualmente existem diversos métodos contraceptivos qual é seu objetivo?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2-Qual é a finalidade da camisinha feminina e masculina?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3-Qual é a eficácia do diafragma como método contraceptivo?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4-Descreva a função do espermicida.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5-Qual é a indicação do DIU?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
6-Qual é a função da pílula contraceptiva?

27
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
7-Como funciona a esponja vaginal?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
8-Diferencie o método muco cervical da temperatura basal.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

GRAVIDEZ
O diagnóstico de gravidez

www.google.com.br
A confirmação da gravidez é a primeira tarefa da assistência ante parto para o
profissional de saúde, para a mulher e sua família. Para a maioria das mulheres, o
diagnóstico de gravidez é feito por causa da manifestação de certos sinais e sintomas.
Tradicionalmente os sinais de gravidez são classificados em: sinais e sintomas
presuntivos, sinais de probabilidades e sinais de certeza.
1.Sinais presuntivos:
● -Amenorreia;
● -Náuseas e vômitos;

28
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

● -Alterações do apetite;
● -Sialorréia;
● -Polaciúria;
● -Aumento do volume e da sensibilidade mamária;
● -Hiperpigmentação da aréola e mamilos;
● -Surgimento de tubérculos de Montgomery;
● -Fadiga e presença de colostro;
● -Surgimento da rede de Haller.
2.Sinais e Sintomas Prováveis
São classificadas dessa forma porque indicam uma gravidez, mas necessitam de
outros fatores para uma confirmação. São eles:
● -Alterações na forma, tamanho e consistência do útero;
● -Aumento do volume abdominal em torno da 16ª semana.
3.Sinais e Sintomas Positivos
São aqueles que confirmam a gravidez, pois evidenciam a presença do feto no
ventre.
● -Percepção e apalpação dos movimentos fetais;
● -Apalpação das partes fetais;
● -Ausculta dos batimentos cardiofetais em torno da 21ª semana de gestação.
Prenhez
Prenhez, gestação ou gravidez é o estado peculiar à mulher que concebeu e no
qual evoluciona o produto da concepção (Briquet, Obstetrícia Normal). Estado entre a
fecundação e o parto.
A gravidez é uma parte fundamental do ciclo biológico vital da mulher, devendo ser
considerada um fenômeno normal. Durante este período ocorrem modificações fisiológicas
especificas relacionadas principalmente aos órgãos da reprodução. Estas modificações são
essenciais para a manutenção da prenhez, o desenvolvimento do feto, o parto e a lactação.
Duração – a gravidez normal tem duração de 40 semanas ou 280 dias, com
variação clinica aceitável de 37 semanas completas a 42 semanas incompletas, o referencial
é o primeiro dia do último período menstrual. O período gestacional é dividido em três
trimestres para conveniente com a classificação de certos eventos obstétricos.
Nomenclatura
● Grávida – mulher gestante, prenha;
● -Nuligravida ou nuligesta – mulher que nunca engravidou;
● -Primigravida ou primigesta – mulher que engravida pela primeira vez;

29
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

● -Secundigrávida ou secundigesta – mulher que engravida pela segunda vez;


● -Multigrávida ou multigesta – mulher que engravidou várias vezes;
● -Nulípara – mulher que nunca teve gravidez com concepto viável;
● -Primípara – mulher que deu à luz a um feto viável, vivo ou morto, pela primeira vez;
● -Multípara ou plurípara – mulher que deu à luz duas ou mais vezes;
● -Parturiente – mulher em trabalho de parto;
● -Puérpera – mulher que deu à luz .
Avaliação Pré-Concepcional
Entende-se por avaliação pré-concepcional a consulta que o casal faz antes de
uma gravidez, objetivando identificar fatores de risco ou doenças que possam alterar a
evolução normal de uma futura gestação. Constitui, assim, instrumento importante na
melhoria dos índices de morbidade e mortalidade materna e infantil.
Faz-se necessária, portanto, a implementação da atenção em planejamento familiar
num contexto de escolha livre e informada, com incentivo à dupla proteção (prevenção da
gravidez, do HIV, da sífilis e DSTS), nas consultas médicas e de enfermagem, nas visitas
domiciliares, durante as consultas de puericultura, puerpério e nas atividades de vacinação,
assim como parcerias com escolas e associações de moradores para a realização de
atividades educativas.
A atenção em planejamento familiar contribui para a redução da morbimortalidade
materna e infantil na medida em que:
● Diminui o número de gestações não desejadas e de abortamentos
provocados;
● Diminui o número de cesáreas realizadas para fazer a ligadura tubária;
● Diminui o número de ligaduras tubárias por falta de opção e de acesso a
outros métodos anticoncepcionais.
● Aumenta o intervalo entre as gestações, contribuindo para diminuir a
frequência de bebês de baixo peso para que eles sejam adequadamente amamentados;
● Possibilita planejar a gravidez em mulheres adolescentes ou com patologias
crônicas descompensadas, tais como: diabetes, hipertensão, portadores do HIV, entre
outras.

30
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

EXERCICÍOS
1-Cite os sinais e sintomas presuntivos da gestação.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2-Quais são os sinais e sintomas prováveis da gestação?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3-Descreva os sinais e sintomas positivos da gestação.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4-Dê o conceito de prenhez.

31
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5-Descreva as nomenclaturas mais utilizadas na obstetrícia.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
6-O que se entende por período pré-concepcional?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

A PLACENTA E AS MEMBRANAS FETAIS


A placenta e as membranas fetais são estruturas indispensáveis à vida e ao
bem-estar do feto. Essas estruturas começam o desenvolvimento ao mesmo tempo em que
o feto e aumentam em complexidade e em tamanho simultaneamente ao crescimento e
desenvolvimento do feto. A placenta e as membranas fetais proporcionam ao feto proteção
contra traumatismo, oxigênio e nutrição e remoção do dióxido de carbono e produtos de
desintegração metabólica. Tendo servido a sua finalidade, essas estruturas separam-se do
útero e são expelidas depois do nascimento do feto.

32
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

As membranas fetais e a decídua:


As membranas fetais, às vezes denominadas membranas embrionárias incluem o
ânion e o córion, ambas envolvendo completamente o feto, e o saco vitelino e a alantóide.
Essas membranas, e o endométrio da gravidez ajudam a fornecer proteção e nutrição para o
embrião.
A Decídua
É a membrana mucosa alterado do útero gravídico. Embora não seja um produto do
óvulo fertilizado, é descrita por causa de suas funções na proteção e nutrição do embrião em
desenvolvimento. A decídua se separa e é expelida depois da saída do feto, com exceção
de uma camada basal da qual o endométrio se regenera após a gravidez.
O Âmnio
É a mais interna das duas membranas fetais; a membrana mais externa é chamada
córion. O âmnio começa a se desenvolver muito cedo na vida embrionária, aparecendo na
segunda semana.
Envolve o embrião completamente em um saco membranoso, antes mesmo de o
corpo tomar forma.
A vesícula coriônica cresce e, por volta do final da segunda semana, começam a
ser formar projeções filiformes denominadas vilosidades coriônicas.
O Líquido Amniótico:
Muito cedo em seu desenvolvimento, durante a segunda semana, o saco
membranoso com duas camadas, formado pelo âmnio e córion, contém um liquido
levemente opaco, conhecido como líquido amniótico. Ele circunda o embrião, e conforme
este se desenvolve a cavidade amniótica e as quantidades de líquido aumentam. A
quantidade de líquido no final da gravidez é de cerca de 850 ml.
O líquido amniótico no início da gravidez é muito semelhante ao plasma materno.
De cerca do quarto mês de vida até o nascimento, o feto modifica a composição e o volume

33
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

deste líquido. O feto engole o liquido e elimina urina hipotônica para ele em quantidades
maiores.
O líquido amniótico é formado de 98% de água entre 1 e 2 % de sólidos orgânicos e
inorgânicos. Contêm eletrólitos, glicose, lipídios, proteínas, enzimas, hormônios e maiores
concentrações de ureia e ácido úrico e creatinina à medida que os nascimentos se
aproximam.
O volume do líquido aumenta conforme a gravidez avança, em uma proporção de
25 ml por semana da 11ª `15ª semanas, e numa proporção de 50 ml por semana da 15ª a
28ª semanas. Há um volume médio de 50 ml na 12ª e um de 400 ml na metade da gravidez,
e um volume variável, com uma média de 850 ml, no ultimo trimestres. O volume alcança
um pique de cerca de 1.000 ml na 38ª semana e então começa a diminuir.
Às vezes ocorre a presença de uma quantidade excessiva de líquido amniótico,
chamada polidramnios, ou mais raramente, de uma pequena quantidade dele, denominada
oligoidrâmnios. Essas situações podem estar associadas com anomalias congênitas nas
quais o feto não pode engolir o líquido, ou não pode produzir urina, ou no qual as
membranas produzem excessiva quantidade de líquido, ou com várias outras condições.
Algumas vezes não há defeito aparente associado com polidrâmnio ou oligoidrâmnio.
O feto começa a engolir liquido em torno do 4º mês de desenvolvimento, e
calcula-se que na época do nascimento tenha bebido cerca de 500 ml por dia. Isso pode
indicar que o líquido é importante para o metabolismo fetal, ele auxilia a eliminação de
secreções dos rins e do trato respiratório; permite que o feto se mova com facilidade no
útero, protege contra possíveis lesões por equalização da pressão de qualquer força
repentina e o mantém em uma temperatura uniforme. Agindo como uma pressão aquosa,
quando forçado para baixo pelas contrações uterinas no trabalho de parto, pode ser
importante na dilatação do colo.
Visto que o líquido amniótico contém células e secreções que originam com o feto,
sua análise dá informações valiosas relacionadas com a saúde e maturação fetais. Quando
necessário para diagnóstico, uma amostra do líquido pode ser colhida com uma agulha
inserida na cavidade amniótica através das paredes abdominal e uterina.
A Placenta:
Vital para a vida do feto, se forma como um órgão especial para servir a ele. Serve
como pulmão, trato intestinal e rins para o feto na vida intrauterina, funcionando como um
órgão para a troca de nutrientes e produtos degradados entre mãe e feto. Também funciona
como um órgão endócrino, produzindo hormônios que servirão ao feto e que são

34
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

necessários para a manutenção da gravidez. A saúde e algumas vezes a sobrevivência do


feto dependem do funcionamento eficiente da placenta durante a gravidez.
As características funcionais próprias à placenta incluem diferentes atividades,
como o transporte de oxigênio e de metabólitos da mãe para o feto, a eliminação de
produtos degradados pelo feto para a circulação materna, e a produção de hormônios
proteicos e esteroides para as necessidades do feto e da gravidez. À medida que o embrião
se desenvolve, o âmnio envolve o pedículo embrionário, e surge o cordão umbilical. Ele se
estende da área umbilical do feto para o centro da superfície fetal da placenta. O cordão
umbilical se desenvolve com o feto. No termo, mede cerca de 55 cm de comprimento, mas
pode variar de 30 a 100 m. Seu diâmetro, no termo, varia de 1 a 25 cm. O cordão umbilical
é úmido, branco leitoso, e frequentemente tem um aspecto torcido ou espiralado ao longo de
todo o seu comprimento. Seus vasos sanguíneos, que também são em espiral, podem
frequentemente ser vistos protuberantes na superfície do cordão.
O cordão umbilical contém três vasos sanguíneos, duas artérias e uma veia. Uma
substancia gelatinosa, chamada geleia de Wharton, formada de tecido conjuntivo mucoide,
envolve os vasos e forma o restante do interior do cordão.
Ao contrário do padrão usual, a artéria carrega sangue venoso e a veia transporta
sangue oxigenado. O sangue do feto flui através das duas artérias umbilicais para a
placenta, onde deixa seus produtos degradados, e a veia conduz sangue oxigenado e
sustento alimentar da placenta para o feto. É evidente que a vida do feto depende de um
fluxo bidirecional ininterrupto de sangue através do cordão umbilical.

EXERCICÍOS
1-Qual a importância da placenta e das membranas fetais?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2-Explique como ocorre à decídua.

35
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3-Diferencie Âmnio do Córion
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4-Qual a finalidade do líquido Amniótico?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5-Quais são os métodos de diagnóstico de gravidez? Explique cada um deles
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
6-Dê o conceito de Prenhez.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
7-Como se dá avaliação pré-concepcional?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS QUE OCORREM NA MULHER DURANTE A GESTAÇÃO
Profundas alterações fisiológicas ocorrem no corpo materno durante a gravidez,
envolvendo todos os sistemas. Esses ajustes funcionais em resposta à carga fisiológica
aumentada começam na primeira semana da gestação e contínua durante toda ela. Após a
liberação do feto e da placenta, o corpo da mãe começa a retornar ao seu estado anterior à

36
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

gravidez. Algumas alterações revertem rapidamente. As mais lentas estarão completas em


aproximadamente seis semanas, com exceção das mamas, que continuam a secretar leite
por alguns meses se a mãe amamentar o filho.
Também ocorrem numerosas alterações emocionais e psicológicas intensas
durante a gravidez. O meio pelo qual a futura mãe responde a essas alterações dependerá
de vários fatores, como seu planejamento anterior da gravidez, suas relações familiares, o
número de filhos que tem, seu modo habitual de se ajustar a alterações e muitos outros
Alterações dos órgãos reprodutores
Corpo uterino
Tamanho – as alterações gestacionais mais acentuadas ocorrem no útero, que é
transformado de um órgão pequeno e quase sólido em um que contém um feto a termo,
uma placenta e de 500 a 1000 ml de líquido amniótico.
O peso do útero aumenta cerca de 20 vezes durante a gravidez, de cerca de 60 g,
antes da gestação, para cerca de 1.000 g, ao termo, e aumenta de tamanho de cinco a seis
vezes.
Ao fim da gravidez o útero tem de 30 a 35 cm de comprimento, 20 a 25 cm de
largura e cerca de 22 cm de profundidade. Sua capacidade terá aumentado de 500 a 1000
vezes, de aproximadamente 10 ml ou menos para uma média de 5.000 ou mais.
A parede muscular uterina é enormemente aumentada devido à acentuada
hipertrofia e uma extensão das células musculares. Além disto, há um aumento considerável
no desenvolvimento do tecido conjuntivo e elástico, o que faz aumentar a forca da parede
uterina.
Há também um acentuado aumento no tamanho e número dos vasos sanguíneos e
linfáticos e uma hipertrofia da inervação para o útero.
Durante a primeira metade da gestação, as paredes do útero se espessam para
aproximadamente 2 cm.
No terceiro trimestre o aumento do tamanho uterino é provocado por distensão
mecânica. À medida que o feto cresce rapidamente, exerce pressão sobre as paredes
uterinas, que começam a se distender e a afinar. No final da gravidez, as paredes uterinas
têm apenas cerca de 5 mm de espessura. Isso permite palpar o feto com facilidade através
dos tecidos uterinos e abdominais distendidos.

Tubas de Falópio e Ovários

37
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Ocorrem mudanças de posição durante a gravidez. Esses órgãos são levados para
cima pelo útero em crescimento, saindo da pelve para a cavidade abdominal e, devido à
tração, seu eixo longitudinal fica quase vertical, em vez de em ângulo reto com o útero.
Como o aumento do útero é mais acentuado no fundo, as tubas e os ligamentos
ovarianos estão ligados mais próximos da metade do útero do que no estado não gravídico.
Há um grande aumento na vascularização desses órgãos. Não ocorre ovulação durante a
gravidez; os folículos que tiverem começado a se desenvolver sofrem alterações diversas.
Geralmente há apenas um grande corpo lúteo da gravidez presente em um dos ovários.
Vagina – As alterações da vagina são devidas principalmente ao aumento da vascularização
os vasos sanguíneos ficam realmente maiores.
Essa mudança faz com que o tom rosado normal do revestimento mucoso da
vagina mude para vermelho ou mesmo púrpura, sendo a cor mais escura roxa chamada de
sinal de Chadwick.
Para preparar a parede vaginal para distensão que deverá sofrer durante o parto,
algumas alterações ocorrem. A mucosa fica mais espessa, ocorre hipertrofia dos músculos e
o tecido conjuntivo fica mais frouxo.
A hipertrofia dos músculos lisos é quase tão grande quanto a do corpo uterino. A
descarga vaginal originária das glândulas cervicais é mais profusa. É espessa, branca e de
consistência friável e tem forte reação ácida.
Vulva e Períneo
As alterações na vulva incluem edema e a vascularização aumentada. São comuns
as varizes vulvares na gravidez. Os tecidos perineais exibem alterações semelhantes às da
vagina – maior vascularização, hipertrofia da pele e músculos e afrouxamento dos tecidos
conjuntivos.
Alterações das mamas
Modificações acentuadas ocorrem nas mamas durante a gravidez, devido ao
desenvolvimento de tecido glandular quiescente. As mamas aumentam de tamanho e
firmeza, e ficam nodulares, por causa da hipertrofia dos alvéolos. Frequentemente aparecem
estriações na pele.
Aumento é perceptível algumas semanas após a concepção e continua por toda a
gestação. Há também um aumento considerável na vascularização das mamas, no início da
gravidez, e as veias superficiais ficam mais proeminentes.
Essas alterações são frequentemente acompanhadas por uma sensação de dor,
formigamento e peso nas mamas, no início da gestação, e são considerados sinais
presuntivos de gravidez.

38
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Há uma grande variação individual no aumento do tamanho das mamas, mas o


aumento médio é de cerca de 700 g para cada mama.
Alterações no abdome
O abdome modifica de contorno à medida que o útero em crescimento se estende
para dentro da cavidade abdominal, ocupando – a cada vez mais, até que o feto contido
pelo útero fica completamente dentro dela. Os músculos abdominais sustentam grande parte
do peso do feto.
Pelo fim da gravidez, o fundo uterino terá subido de modo a exercer pressão contra
o diafragma. Os órgãos abdominais superiores ficam espremidos na parte superior da
cavidade abdominal e os intestinos ficam acima, por trás e dos lados do útero.
A profundidade do umbigo aumenta bastante nos três primeiros meses da
gestação, ficando depois cada vez mais raso, nivelando-se com a superfície ou fazendo
protrusão.
Modificações no sistema cardiovascular
Algumas das mais extensas e significativas adaptações da fisiologia materna
durante a gravidez ocorrem no sistema cardiovascular. Os ajustes do sistema circulatório
são tão importantes para a mãe quanto para o feto.
Protegem as funções normais da mãe, adaptando o corpo dela às exigências da
gravidez realizando uma função básica no atendimento às suas necessidades metabólicas.
Proporcionam crescimento e desenvolvimento adequados ao feto, garantindo o
aporte de nutrientes e remoção de escorias de forma eficaz. A causa da alteração da
circulação na gravidez é obscura, e pode ser multifatorial.
Atualmente, parece razoável supor que as modificações drásticas na produção
hormonal no início da gravidez desempenham uma parte importante na gênese das
adaptações circulatórias.
Edema das pernas
Quando qualquer pessoa fica de pé ou sentada por longos períodos, a pressão
venosa normalmente mais elevada nas pernas, em oposição à parte superior do corpo,
aumenta a pressão capilar nos membros inferiores. Isso resulta em um desvio de líquido no
sangue para o espaço extra vascular e, subsequentemente, em edema das pernas e pés.
Na mulher grávida, a pressão venosa muito mais alta do que a normal, provocada
pela pressão coloidoncótica do plasma também permite a saída de líquido dos capilares.
O edema posicional das pernas é muito comum e pode ser considerado normal na
gravidez. Pode ficar limitado aos pés e tornozelos ou se estender até as coxas e incluir
também a vulva.

39
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Para minimizar o edema a mulher grávida que precisar ficar de pé ou sentada por
muito tempo deve caminhar frequentemente para melhorar a circulação através da ação
massageante dos músculos próximos das veias. O líquido de edema das extremidades
inferiores é redistribuído quando a mulher deita, e frequentemente é mobilizado e excretado
até certo ponto quando ela está em posição dorsal, especialmente em decúbito lateral.
Dispnéia
Aproximadamente 60 a 70% das mulheres grávidas desenvolvem dispneia, uma
necessidade consciente de respirar. A dispneia deve ser diferenciada de hiperventilação,
que é uma queixa comum das mulheres grávidas.
A sensação de dispneia está com frequência presente no repouso e não ao mover
– se de um lado para outro. Pode ser episódica e tem probabilidade de começar a ocorrer no
primeiro trimestre da gravidez.
A causa é obscura. Parece não estar relacionada com a mecânica da respiração,
porém pode ser causada pelas alterações da sensibilidade do centro respiratório. Acredita
–se que a PCO 2.
Alveolar mais baixa possa contribuir para o fenômeno. As mulheres dispneicas
podem ter uma tendência a hiperventilar mais excessivamente do que as que não o são, e
podem ser mais sensíveis à progesterona ou ter um nível mais elevado desse hormônio.
Alterações na pele
As alterações gravídicas da pele consistem em fluxo sanguíneo aumentado,
aparecimento de aranhas vasculares, intensificação da cor das áreas pigmentadas,
aparecimento de estrias e, possivelmente, elevação da atividade das glândulas sebáceas e
sudoríparas e dos folículos pilosos.
Durante a última parte da gravidez desenvolvem-se frequentemente rachas ou
estrias irregulares, onduladas, ligeiramente deprimidas na pele do abdome e às vezes
também na pele das mamas, cadeiras e parte superior das coxas. Essas estrias são
denominadas estrias gravídicas.
As estrias recentes são denominadas estrias gravídicas. As estrias recentes são de
coloração rósea – clara ou azulada. Depois do parto assumem um aspecto argêntico,
brilhante, de tecido cicatricial. Em uma mulher multípara pode haver tanto estria recentes
como antigas; as resultantes de gestações anteriores são argênticas e brilhantes e são
denominadas estrias albicans.
Dois fatores estão envolvidos na formação das estrias e parece que ambos
precisam estar presentes. A pele é preparada pela separação de suas fibras de colágeno

40
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

pelos hormônios da gravidez e em seguida ela sofre uma tensão provocada pelo útero em
aumento.
Como resultado do aumento da coloração, os mamilos e as áreas areolares das
mamas ficam mais escuros. A área umbilical fica mais pigmentada. A línea Alba, uma linha
esbranquiçada que divide o abdome longitudinalmente, do esterno à sínfise pubiana, fica
mais escura e passa a ser chamada de línea nigra, essa linha fica progressivamente mais
pálida após o parto.
As modificações de pigmentações da pele são provavelmente provocadas por um
hormônio hipofisário, o hormônio Folículo Estimulante (FSH). O seu nível sanguíneo
enormemente aumentado na gravidez, a partir do segundo mês. Foi relatado que também o
estrogênio e a progesterona estimulam a deposição de melanina.
As áreas pigmentadas das mamas e do abdome usualmente não retornam
completamente à cor original. A máscara da gravidez usualmente desaparece ou, pelo
menos, fica consideravelmente mais clara.
Cuidados com os dentes
Os dentes requerem durante a gravidez a mesma assistência que sempre
necessitam. As parteiras antigas diziam sem qualquer base cientifica que a gestante perde
um dente para cada bebê. O feto não retira o cálcio da dentição maternal. Entretanto, a
náuseas, a regurgitação ácida, o ptialismo (excesso de salivação) e as alterações dos
hábitos dietéticos podem contribuir para a formação de caries durante a gravidez.
O tratamento dentário está raramente contraindicado, porém o dentista deve estar a
par da gravidez antes de escolher as drogas e os agentes anestésicos. O segundo trimestre
parece o mais indicado para este tipo de tratamento, pois a gestante se sente bem e não
está muito pesada para permanecer sentado o tempo necessário.
A utilização de raios – X deve ser adiada até a segunda metade da gestação ou até
depois do parto. Como sempre, um avental de chumbo deve ser empregado para cobrir o
abdome no momento do exame.
Durante a gravidez as gengivas apresentam grande tendência para a hemorragia,
como consequência do aumento dos níveis de estrogênio. Em algumas ocasiões podem
mostrar-se vermelhas e edemaciadas, em geral o uso de uma escova de dente de cerdas
macias será útil.
Sintomas Gastrointestinais
Náuseas e vômitos
Estes são provavelmente os distúrbios mais comuns da gestação, e ocorrem em
cerca de 50 a 70 % das grávidas. Os sintomas variam de náuseas leves quando a mulher

41
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

levanta a cabeça de manhã, até vômitos persistentes e frequentes, que então assumem
proporções graves e se denominam “vômitos perniciosos. ”
Embora mesmo a náusea mais leve possa ser devida a certas alterações
orgânicas, os fatores emocionais provavelmente exercem alguma influência. A náusea pode
com frequência, ser devida a um estado de tensão. Algum tipo de tensão emocional deve
ser esperado mesmo quando a gestação é altamente desejada, pois diversos ajustamentos
precisam ser realizados. Além da náusea a gestante pode queixar-se de mau gosto na boca.
A náusea e o vômito, em geral, desaparecerão ao final do primeiro trimestre,
provavelmente quando forem feitos certos ajustamentos físicos e emocionais. Em geral pode
ter alívio mais precoce quando são tomadas algumas medidas profiláticas. O repouso e o
relaxamento frequentemente auxiliarão a reduzir a tensão e, em consequência disso, podem
ser sugeridas como medidas profiláticas contra a náusea.
A náusea da gravidez pode ocorrer a qualquer momento durante o dia, porém,
como aparece com mais frequência pela manhã bem cedo, assim que a mulher se levanta, é
comumente denominada “náusea matutina”.
Esse tipo de problema é com frequência aliviada pela ingestão de 2 a 3 bolachas
de sal ou 1 torrada, sem nenhum tipo de líquido imediatamente ao acordar, seguida de
repouso no leito por 20 a 30 minutos; então a mulher deve levantar –se e ingerir um
desjejum leve.
Secreção vaginal
Normalmente se mostra bastante aumentada durante os últimos meses de
gestação. Comumente a secreção moderada profusa amarelada ou branca não tem
significado particular, embora possa ser desagradável.
A realização de duchas deve ser evitada, exceto quando especificamente prescrita
pelo médico, pois as secreções vaginais normais possuem excelentes propriedades
antissépticas. Além do banho comum, a vulva pode ser lavada com água morna após cada
micção, para reduzir o acúmulo de secreções nos pelos pubianos.
Calcinhas de algodão ou aquelas cujas entrepernas são cobertas por forro de
algodão mostram-se em geral mais confortáveis, porque são mais absorventes e permitem
uma melhor circulação de ar. Algumas mulheres acham que o uso de um papel higiênico fino
aumenta sua sensação de limpeza e conforto.

42
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

EXERCÍCIOS
1- Ao instruir uma cliente sobre hormônios, que hormônio a enfermagem identifica
responsável de acalmar o útero e evitar contrações durante o início da gravidez?
a- Estrogênio;
b- progesterona;
c- Ocitocina;
d- Prolactina;
2- Ao avaliar uma cliente, qual dos itens a seguir a enfermagem identifica como sinal ou
sintoma de presunção de gravidez?
a- Inquietação;
b-Humor elevado;
c- Polaciúria;
d- Lombalgia;

3- Ao obter um exame de sangue para gravidez, que hormônio a enfermagem espera que o
teste meça?
a- hCG;
b- hPL;
c- FSH;
d- LH;

4- Um sentimento universal expresso pela maioria das mulheres ao saber que está grávida
é:
a- Aceitação;
b- Depressão;
c- Ciúme;
d- Ambivalência;

43
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

PRÉ-NATAL
Objetivo do Pré-Natal
O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o desenvolvimento da
gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para saúde
materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e
preventivas.
Acolhimento
A Política Nacional de Humanização toma o acolhimento como postura prática nas
ações de atenção e gestão das unidades e compromisso dos usuários com as equipes e os
serviços, contribuindo para a promoção da cultura e solidariedade e para a legitimação do
sistema público de saúde.
O acolhimento da gestante na atenção básica implica a responsabilização pela
integralidade do cuidado a partir da recepção da usuária com escuta qualificada e a partir do
favorecimento do vínculo e da avaliação de vulnerabilidades de acordo com o seu contexto
social, entre outros cuidados.
É cada vez mais frequente a participação do pai no pré-natal, devendo sua
presença ser estimulada durante as atividades de consulta e de grupo, para o preparo do
casal para o parto, como parte do planejamento familiar.
A gestação, o parto, o nascimento e o puerpério são eventos carregados de
sentimentos profundos, pois constituem momentos de crises construtivas, com forte
potencial positivo para estimular a formação de vínculos e provocar transformações
pessoais.
Rede Cegonha
A Rede Cegonha é uma rede temática que foi criada em 2011, como uma inovadora
estratégia do Ministério da Saúde no campo do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da
Portaria nº 1.459 (BRASIL, 2011ª).

44
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

A rede prioriza o acesso ao pré-natal de qualidade, a garantia do acolhimento com


avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade, a vinculação da gestante á unidade de
referência e ao transporte seguro, segurança na atenção ao parto e nascimento, atenção á
saúde das crianças de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade, além de acesso ás
ações do planejamento reprodutivo. (BRASIL, 2011 b).
Dentre as causas de mortalidade materna estão: fatores políticos e sócios
econômicos, fatores culturais, fatores ambientais, fatores biológicos, infecção, fatores
nutricionais, fatores genéticos, escolaridade baixa renda má condição de moradia,
contaminação hospitalar, uso de medicamento.
Mortalidade materna é toda morte produzida por causa da gravidez, aborto, parto
e/ou puerpério até 42 dias após o evento obstétrico, independentemente da duração e do
lugar da gravidez, decorrente de qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou
seu manejo, mas não decorrente de causas acidentais ou incidentais (SAY et al., 2014).
Geralmente, as gestantes morrem devido às complicações durante ou após a
gravidez e o nascimento do bebê. A maioria dessas complicações se desenvolve durante a
gravidez e outras podem existir antes dela, mas são agravadas durante a gestação.
As maiores complicações são:
✔ Sangramento severo (provável após o nascimento do bebê);
✔ Infecções (normalmente após o nascimento do bebê);
✔ Pressão alta durante a gravidez (pré-eclâmpsia ou eclampsia);
✔ Aborto clandestino (SAY et al., 2014).
O Brasil necessita melhorar a qualidade do pré-natal e das ações de educação em
saúde, permitir o acesso, no pré-natal, aos exames necessários, favorecer o conhecimento
prévio da gestante do local do parto, fortalecer o atendimento à mulher e à criança no
puerpério e o acompanhamento do desenvolvimento da criança (CAVALCANTI et al., 2013;
BRASIL, 2011a).
Pré-natal:
Inicialmente, no pré-natal há a captação precoce das gestantes, o acolhimento com
classificação de risco e vulnerabilidade, a consulta integrada, os exames pré-natais, os

45
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

programas educativos, a vinculação da gestante ao local de parto e a implantação da


consulta odontológica (BRASIL, 2012).
A partir do teste positivo para a gravidez, muitos outros exames serão necessários.
Saiba quais devem ser realizados, de acordo com cada trimestre da gestação. Os listados
abaixo são os obrigatórios e recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Há
ainda outros que podem ser indicados em casos específicos de cada gestação. Converse
sempre com o seu médico.
Na primeira consulta realizada no pré-natal o médico deverá realizar o cálculo com
a data da última menstruação (DUM), para chegar a data provável do parto, também
chamada Regra de Magelle.
a-DUM conhecido;
1-Somar 7 dias ao 1º dia da última menstruação;
2-Subtrai 3 meses nos meses de Janeiro, Fevereiro e março;
3-Soma 9 meses de Abril a Dezembro;
b)-DUM não conhecido, procurar o paciente quando ocorreu a última menstruação se foi no
início do mês, meio ou final sendo calculado nas datas 5, 15, 25.
OBSERVAÇÃO: Se for do dia 26 a 30 em diante, soma 7 nos dias e subtrai 2 nos meses.
Na primeira consulta de Pré-Natal
✔ -Coleta do histórico da gestante;
✔ -Anamnese, motivo da consulta, antecedentes familiares, antecedentes
pessoais, antecedentes ginecológicos, antecedentes sexuais e obstétricos;
✔ -Gestação atual;
✔ -Exame físico;
✔ -Exame específico;
✔ -Medida da Altura Uterina;
✔ -Ausculta do BCF (batimentos cárdios fetais);
✔ -Verificação da presença de edema;
✔ -Manobras de Leopold.

46
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br

1º TRIMESTRE
✔ Glicemia de jejum: usado para o diagnóstico do diabetes gestacional.
✔ Hemograma completo: verificam sinais indiretos de infecção, de anemia ou
alterações nas plaquetas, importantes na coagulação.
✔ Urina 1 e Urocultura: verifica se a mulher tem alguma infecção urinária, sem
sintomas aparentes. Quando não tratada, pode levar ao trabalho de parto prematuro. O
exame deve ser feito pelo menos uma vez a cada trimestre.
✔ Sorologias para agentes infecciosos: identifica o contato da gestante com
micro-organismos causadores de doenças, que podem interferir no desenvolver saudável da
gestação.
✔ Sífilis: doença sexualmente transmissível. Se não for tratada, a sífilis pode
passar para o bebê pela placenta, podendo causar malformações até a perda da gravidez.
✔ HIV: quando a doença é tratada corretamente durante a gestação e os
cuidados necessários são feitos na hora do parto, reduz-se muito as chances de o bebê ser
contaminado pelo vírus
✔ Hepatite B e C: caso a pesquisa na mãe for positiva, pode-se medicar o
recém-nascido, reduzindo o risco de contaminação. Se o bebê é atingido, terá ao longo da
vida 40% de chance de desenvolver câncer de fígado e 40% de cirrose hepática.
✔ Tipagem sanguínea: demonstra o grupo sanguíneo e o fator Rh da grávida.
Se a gestante for Rh negativo e o pai Rh positivo, ela precisa ser medicada com a
imunoglobulina na 28ª semana da gravidez e nas primeiras 72 horas após o parto, caso o
bebê seja Rh positivo.
Assim, previne-se a produção de anticorpos contra as hemácias, protegendo a
gravidez atual e as futuras. Atualmente, é possível determinar o fator Rh do feto por meio da

47
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

técnica de PCR em tempo real, já a partir da 8ª semana de gestação, coletando-se uma


amostra de sangue periférico materno, de maneira segura, sem risco para a gestação.
Esta informação conseguida pelo exame da genotipagem RHD fetal irá determinar
o uso ou não da imunoglobulina no início do terceiro trimestre ou em caso de sangramento
antes desse período.
✔ Toxoplasmose: o Toxoplasma gondii pode passar pela placenta e ter ou não
consequências para o bebê. Para minimizar os efeitos da infecção, medica-se a gestante
contaminada. No caso de o exame ser negativo, aconselha-se a repetição a cada três
meses, além dos cuidados de dieta e higiene, principalmente quando se possui animais
domésticos.
✔ . Rubéola: embora em geral inofensiva para a mulher, a rubéola pode causar
malformações cardíacas, oculares e cerebrais no feto. Quando contraída durante a gravidez,
pode provocar o parto prematuro e aborto.
✔ Citomegalovírus: se o vírus passar para o feto, pode causar problemas,
como baixo peso, microcefalia, icterícia, além de ser a principal causa de surdez congênita.
✔ Citologia oncótica (Papanicolau): faz o rastreio do câncer de colo uterino,
além de identificar infecções vaginais que podem comprometer o bom desenvolvimento da
gravidez.
✔ Ultrassonografia endovaginal ou transvaginal: confirma a presença, a
quantidade de embriões, o tempo de gravidez, como também a frequência cardíaca do feto.
✔ Ultrassonografia Morfológica do Primeiro Trimestre: avalia a anatomia do
bebê, além de realizar algumas medidas importantes, como a da translucência nucal e osso
nasal.
O objetivo é o diagnóstico de malformações, assim como avaliar o risco de o bebê
ter doenças genéticas, em especial a Síndrome de Down. A combinação de testes
sanguíneos bioquímicos (PAPP-A e free-beta -HCG livre) aos exames ultrassonográficos
permite uma sensibilidade de até 97% para o diagnóstico da Síndrome de Down, quando
realizado entre a 11ª e a 13a semanas de gestação.
2º TRIMESTRE
Ultrassonografia morfológica do Segundo Trimestre: avalia a anatomia fetal,
placenta, quantidade de líquido amniótico e colo uterino. Podem-se obter informações da
circulação materna pela dopplervelocimetria.
3º TRIMESTRE
No começo do terceiro trimestre repetem-se as sorologias realizadas no início da
gestação.

48
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ Teste de sobrecarga com glicose: usado no rastreamento do diabetes


gestacional, mais comum de aparecer após as 28 semanas de gestação.
✔ Ultrassonografia obstétrico: verifica a quantidade de líquido amniótico, o
crescimento e o peso do feto; e a maturação e a localização da placenta
✔ Cardiotocografia: é feito durante o pré-natal, para avaliar o bem-estar do
bebê quando necessário. São registrados os batimentos cardíacos, a movimentação e a
contração uterina.
✔ Dopplervelocimetria colorida: estudo da circulação materna e fetal pela
ultrassonografia. Avalia o bem-estar da gestação.
Pesquisa da bactéria estreptococo B na cultura de secre­ção vaginal: detecta a
presença dessa bactéria na vagina e ânus. Se confirmada, está indicado o uso de
antibióticos na hora do parto para proteger a criança de uma infecção neonatal.
Conferir o calendário de vacinas da gestante de acordo com o Programa Nacional
de Imunização do ano atual.

EXERCICÍOS
1-Qual é o objetivo do pré-natal de baixo risco?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2-A Politica Nacional de Humanização prevê o acolhimento da gestante na unidade de
saúde. Explique á importância do acolhimento.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3-Quando foi criada a rede cegonha? Com qual objetivo? E foi instituída por qual portaria?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

49
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

4-Quais são as maiores complicações que podem ocorrer durante a gestação?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
5-Cite quais são o teste da mamãe solicitados no primeiro trimestre de gestação.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
6-Cite quais são os exames realizados no segundo trimestre de gestação.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
7-Cite quais são os exames realizados no terceiro trimestre de gestação.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
.

ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO


A atenção ao pré-natal de alto risco será realizada de acordo com as singularidades
de cada usuária, com integração à Atenção Básica, a qual cabe à coordenação do cuidado,
com garantia de atenção à saúde progressiva, continuada e acessível a todas as mulheres
(BRASIL, 2013).
São atribuições da Atenção Básica no pré-natal de alto risco, conforme art. 7º da
Portaria nº 1.020, de 29 de maio de 2013:
I. Captação precoce da gestante de alto risco, com busca ativa das gestantes;
II. Estratificação de risco;
III. Visitas domiciliares às gestantes de sua população adscrita;
IV. Acolhimento e encaminhamento responsável ao estabelecimento que realiza o
pré-natal de alto risco, por meio da regulação;

50
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

V. Acolhimento e encaminhamento responsável de urgências e emergências


obstétricas e neonatais;
VI. Vinculação da gestante ao pré-natal de alto risco;
VII. Coordenação e continuidade do cuidado;
VIII. Acompanhamento do plano de cuidados elaborado pela equipe
multiprofissional do estabelecimento que realiza o pré-natal de alto risco.
O pré-natal de alto risco poderá ser realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS),
quando houver equipe especializada ou matriciamento; e nos ambulatórios especializados,
vinculados ou não a um hospital ou maternidade (BRASIL, 2013). Esses estabelecimentos
deverão:
✔ Acolher e atender a gestante de alto risco referenciada;
✔ Elaborar e atualizar, por meio de equipe multiprofissional, o Projeto
Terapêutico Singular e o Plano de Parto, segundo protocolo. Específico a ser instituído por
cada estabelecimento;
✔ Garantir maior frequência nas consultas de pré-natal para maior controle dos
riscos, de acordo com Manual de Gestação de Alto Risco do Ministério da Saúde, disponível
no sítio eletrônico www.saude.gov.br/sas;
✔ .Realizar atividades coletivas vinculadas à consulta individual para trocas de
experiências com outras gestantes e acompanhantes;
✔ .Garantir a realização dos exames complementares de acordo com
evidências científicas e parâmetros estabelecidos na Portaria nº 650/GM/MS, de 5 de
outubro de 2011, incluindo exames específicos para o pai, quando necessário
✔ Garantir o acesso aos medicamentos necessários, procedimentos
diagnósticos e internação, de acordo com a necessidade clínica de cada gestante e com
diretrizes clínicas baseadas em evidências em saúde;
✔ Manter as vagas de consultas de pré-natal disponíveis para regulação pelas
Centrais de Regulação;
✔ .Assegurar o encaminhamento, quando for o caso, ao centro de referência
para atendimento à gestante portadora de HIV/Aids; e
✔ Alimentar os sistemas de informação disponibilizados pelo Ministério da
Saúde. (BRASIL, 2013).
Dentre as Complicações na Gestação de Alto Risco Estão:
Nascimento prematuro e de crianças com baixo peso são considerados os
principais problemas perinatais com grande importância na saúde pública, já que a
incidência destes não reduz significativamente.

51
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Infecções bacterianas intrauterinas e urogenitais da mãe são reconhecidas como


fatores de risco e infecções distantes, como as periodontais, também podem resultar nestas
complicações perinatais.
A doença periodontal é a segunda patologia mais prevalente no mundo e pode
acometer cerca de 30% a 100% de pacientes do gênero feminino durante a gestação. Tanto
na instalação quanto na progressão da doença periodontal um conjunto de eventos
imunopatológicos e inflamatórios está envolvido, associado a fatores modificadores locais,
sistêmicos, ambientais e genéticos (NAVES et al., 2009).
A presença de células inflamatórias durante a inflamação periodontal eleva os
níveis de prostaglandina, enzimas proteolíticas e citocinas pró-inflamatórias, e essas
substâncias podem funcionar como importantes indicadores de risco para o nascimento
prematuro e de crianças com baixo peso, já que induzem a liberação de proteases
(colagenase, elastase e outras) e de macrófagos que têm a capacidade de atravessar a
membrana fetal humana, conduzindo assim a sua ruptura.
Outro caso também considerado gravidez de risco são mulheres portadoras de
úteros em diferentes condições como didelfo (mulher que possui dois úteros e dois colos
uterinos), bicorno (é um útero dividido em dois, mas com um colo apenas) útero septado
(útero que possui uma parede que o divide ao meio).
O maior risco para essas mulheres é não conseguir levar a gravidez até o fim,
porém com a evolução da medicina e dos exames, o médico conseguirá descobrir o
problema ainda em fase inicial da gravidez e tratar adequadamente a possibilidade de um
parto prematuro.
Incompetência istmo cervical leva á uma gravidez de risco, pois o colo uterino não
tem capacidade suficiente para aguentar o peso da gravidez e se abre precocemente e leva
a gestação à um parto prematuro. A mulher com ICC deve fazer a cerclagem por volta da
12ª semana de gestação e fazer repouso absoluto durante toda a gestação.
Mulheres que possuem problemas com contrações verdadeiras durante toda a
gestação também são consideradas como gravidez de risco. Essas contrações são a fase
inicial do parto e são passiveis de serem medicadas durante os meses de gestação que se
apresentam como um risco.
O aumento considerável de líquido amniótico ou queda também pode caracterizar a
gravidez como de risco. Para tal o médico deve fazer um controle rigoroso do aumento
(polidramnia) e ainda maior em casos de perda do líquido, pois pode levar à um quadro de
morte do bebê e risco de infecção para mãe e bebê.

52
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Adolescente muito novas também são consideradas como gravidez de risco, por
exemplo uma menina de 12 anos grávida ainda não desenvolveu totalmente seu aparelho
reprodutor por isso deve ser monitorada com cuidado. Mulheres acima de 38 anos também
são encaradas como passiveis de uma gravidez de risco, devemos lembrar que o corpo está
preparado para a gravidez até os 35 anos quando o risco de doenças é menor pela
qualidade dos óvulos.
Mamães com problemas renais, de coração, portadoras de hepatite e de doenças
transmissíveis como HIV e sífilis são consideradas de alto risco, portanto devem fazer o pré
natal com um médico especializado em alto risco. Histórico de aborto de repetição é um
prognostico que é levado em consideração e encarado como gravidez de risco pelo
ginecologista.
Ele certamente irá acompanhar de perto aquela gestante que já teve abortos
anteriormente. Mulheres que possuem trombofilia (doença sanguínea que causa trombose)
também são consideradas de risco.
A gravidez é um processo natural e dinâmico que envolve diversas, em mudanças
fisiológicas mulheres normotensas, no entanto, muitos desafios podem surgir durante este
período, um deles está relacionado às Síndromes Hipertensivas da Gravidez (DHEG) como
a pré-eclâmpsia leve, a pré-eclâmpsia grave, a eclampsia e a síndrome Hellp - (H) hemólise
(el) enzimas hepáticas elevadas (lp) baixa contagem de plaquetas, ou CID (coagulação
intravascular disseminada) (ANGONESI, POLATO, 2010).
Esta síndrome pode estar presente desde a implantação do ovo, caracterizando-se,
clinicamente, por aumento dos valores da pressão arterial após a 20ª semana de gestação,
associado (pré-eclâmpsia) ou não (hipertensão gestacional) à proteinúria. Nessa fase, a
doença é assintomática, dependendo seu diagnóstico unicamente do exame físico e de
dados laboratoriais da gestante. A evolução natural da doença é o desenvolvimento para as
formas graves, entre elas, a eclampsia e a síndrome HELLP (FEBRASGO, 2011).
É relevante citar que a hipertensão arterial pode ser pré-existente, ou seja, ao invés
de ser induzida pela gravidez pode ser: coincidente – é a hipertensão arterial que antecede
a gravidez e persiste após o parto; agravada pela gravidez: hipertensão prévia e/ou
sub-clínica é a que se agrava com a gravidez; ou ainda, transitória: hipertensão que se
desenvolve após a primeira metade da gestação e caracteriza-se por elevação discreta da
pressão arterial, sem prejuízo para a gravidez. Regredindo após o parto, mas, na maioria
das vezes retorna em gestações subsequentes. (SASS,2007).
Assim, a definição de hipertensão na gravidez é: Pressão arterial sistólica (PAS)
maior ou igual a 140 mmHg e/ou Pressão arterial diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg

53
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

(Definição de PA diastólica K5 = 5º ruído de Korotkoff = desaparecimento da bulha)


(ANGONESI, POLATO, 2010). O diagnóstico da hipertensão arterial em gestantes é definida
como a pressão arterial sistólica >ou = a 140 mmHg e ou diastólica > ou = 90 mmHg.
Utiliza-se a média de duas medidas no mesmo braço e a elevação deverá ser confirmada 4
horas após (GUIDELINE, 2008).
Os grupos de gestantes com o risco de ocorrência de pré-eclampsia são de 6 a
17% nas nulípara, 2 a 3% nas multíparas, gemelaridades, obesidade, hipertensão prévia,
história familiar, diabetes gestacional, e a doença renal (FERREIRA, 2009).
Portanto, as consultas realizadas durante o pré-natal, recomendadas pelo MS
(2010), são importantes tanto na sua quantidade, e mais essencialmente na qualidade
dessas consultas. Assim, medidas preventivas podem ser tomadas pela gestante, com
orientações médicas e acompanhamento por profissionais da saúde, como, a mudança no
estilo de vida, parar de fumar, perder peso, diminuição da ingesta de sódio, diminuição do
estresse, da carga de trabalho, evitar o uso de álcool. (LOPES, 2010)
As condutas de enfermagem para pacientes com DHEG têm vários objetivos
dentre eles: diminuir a irritabilidade do sistema nervoso central, controlar a pressão
sanguínea, promover a diurese, controlar o bem-estar materno-fetal, auxiliar na dor, aliviar
náuseas e vômitos, reduzir edemas e atentar para os sinais de alerta (cefaléia, dor
epigástrica, oligúria, distúrbios visuais (SOARES, FLORIANO, 2008; ZANOTTI et al., 2009),
e outras ainda não citadas.
Os Exames Realizados na Gestação de Alto Risco
1º TRIMESTRE
✔ Glicemia de jejum: usado para o diagnóstico do diabetes gestacional.
✔ Hemograma completo: verificam sinais indiretos de infecção, de anemia ou
alterações nas plaquetas, importantes na coagulação.
✔ Urina 1 e Urocultura: verifica se a mulher tem alguma infecção urinária, sem
sintomas aparentes. Quando não tratada, pode levar ao trabalho de parto prematuro. O
exame deve ser feito pelo menos uma vez a cada trimestre.
✔ Sorologias para agentes infecciosos: identifica o contato da gestante com
micro-organismos causadores de doenças, que podem interferir no desenvolver saudável da
gestação.
✔ Sífilis: doença sexualmente transmissível. Se não for tratada, a sífilis pode
passar para o bebê pela placenta, podendo causar malformações até a perda da gravidez

54
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ HIV: quando a doença é tratada corretamente durante a gestação e os


cuidados necessários são feitos na hora do parto, reduz-se muito as chances de o bebê ser
contaminado pelo vírus
✔ Hepatite B e C: caso a pesquisa na mãe for positiva, pode-se medicar o
recém-nascido, reduzindo o risco de contaminação. Se o bebê é atingido, terá ao longo da
vida 40% de chance de desenvolver câncer de fígado e 40% de cirrose hepática
✔ Tipagem sanguínea: demonstra o grupo sanguíneo e o fator Rh da grávida.
Se a gestante for Rh negativo e o pai Rh positivo, ela precisa ser medicada com a
imunoglobulina na 28ª semana da gravidez e nas primeiras 72 horas após o parto, caso o
bebê seja Rh positivo.
Assim, previne-se a produção de anticorpos contra as hemácias, protegendo a
gravidez atual e as futuras. Atualmente, é possível determinar o fator Rh do feto por meio da
técnica de PCR em tempo real, já a partir da 8ª semana de gestação, coletando-se uma
amostra de sangue periférico materno, de maneira segura, sem risco para a gestação.
Esta informação conseguida pelo exame da genotipagem RHD fetal irá determinar
o uso ou não da imunoglobulina no início do terceiro trimestre ou em caso de sangramento
antes desse período
✔ Toxoplasmose: o Toxoplasma gondii pode passar pela placenta e ter ou não
consequências para o bebê. Para minimizar os efeitos da infecção, medica-se a gestante
contaminada. No caso de o exame ser negativo, aconselha-se a repetição a cada três
meses, além dos cuidados de dieta e higiene, principalmente quando se possui animais
domésticos.
✔ Rubéola: embora em geral inofensiva para a mulher, a rubéola pode causar
malformações cardíacas, oculares e cerebrais no feto. Quando contraída durante a gravidez,
pode provocar o parto prematuro e aborto.
✔ Citomegalovírus: se o vírus passar para o feto, pode causar problemas,
como baixo peso, microcefalia, icterícia, além de ser a principal causa de surdez congênita.
✔ Citologia oncótica (Papanicolau): faz o rastreio do câncer de colo uterino,
além de identificar infecções vaginais que podem comprometer o bom desenvolvimento da
gravidez.
✔ Ultrassonografia endovaginal ou transvaginal: confirma a presença, a
quantidade de embriões, o tempo de gravidez, como também a frequência cardíaca do feto.
✔ Ultrassonografia Morfológica do Primeiro Trimestre: avalia a anatomia do
bebê, além de realizar algumas medidas importantes, como a da translucência nucal e osso
nasal.

55
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ O objetivo é o diagnóstico de malformações, assim como avaliar o risco de o


bebê ter doenças genéticas, em especial a Síndrome de Down. A combinação de testes
sanguíneos bioquímicos (PAPP-A e free-beta -HCG livre) aos exames ultrassonográficos
permite uma sensibilidade de até 97% para o diagnóstico da Síndrome de Down, quando
realizado entre a 11ª e a 13a semanas de gestação.
2º TRIMESTRE
✔ Ultrassonografia morfológica do Segundo Trimestre: avalia a anatomia
fetal, placenta, quantidade de líquido amniótico e colo uterino. Podem-se obter informações
da circulação materna pela dopplervelocimetria.
3º TRIMESTRE
No começo do terceiro trimestre repetem-se as sorologias realizadas no início da
gestação.
Teste de sobrecarga com glicose: usado no rastreamento do diabetes gestacional,
mais comum de aparecer após as 28 semanas de gestação.
✔ Ultrassonografia obstétrica: verifica a quantidade de líquido amniótico, o
crescimento e o peso do feto; e a maturação e a localização da placenta
✔ Cardiotocografia: é feito durante o pré-natal, para avaliar o bem-estar do
bebê quando necessário. São registrados os batimentos cardíacos, a movimentação e a
contração uterina.
✔ Estudo da circulação materna e fetal pela ultrassonografia. Avalia o
bem-estar da gestação.
✔ Pesquisa da bactéria estreptococo B na cultura de secre­ção vaginal: detecta
a presença dessa bactéria na vagina e ânus. Se confirmada, está indicado o uso de
antibióticos na hora do parto para proteger a criança de uma infecção neonatal.

56
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

EXERCICÍOS
57
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

1-Cite quais são as atribuições da Atenção Básica de Saúde


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2-Descreva quais são as complicações que podem ocorrer na gestação.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3-Quais são os exames solicitados pelo médico em uma gestação de alto risco?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4-Explique porque é importante controlar a PAS E PAD durante a gestação. E qual o valor
considerado PA alta pelo ministério da Saúde.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

58
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

INTERCORRÊNCIAS E PATOLOGIAS OBSTÉTRICAS


1-Antecedentes obstétricos ginecológicos;
✔ -Infertilidade;
✔ -Mortalidade Perinatal;
✔ -Aborto Habitual;
✔ -Adolescência;
✔ -Idade superior a 40 anos.
2-Anomalias Pélvicas ou do aparelho reprodutor;
✔ -Doenças do sistema reprodutor: miomas, tumores de ovários, malformação
uterina ou vaginal, incompetência do istmo-cervical;
✔ -Cicatriz uterina;
✔ -Anomalias pélvicas como deficiência da bacia;
✔ -Desnutrição.
3-Intercorrências obstétricas:
✔ -Hemorragias uterinas, durante a gestação;
✔ -Doença múltipla e prolongada;
✔ -Amniorrexe prematura;
✔ -Desvio de crescimento fetal intra-uterino;
✔ -DHEG (doença hipertensiva especifica da gravidez);
✔ -Ameaça de parto prematuro.
4-Intercorrências clínico-cirúrgicas
✔ -Hipertensão arterial;
✔ -Anemia;
✔ -Diabetes;
✔ -Cardiopatias;
✔ -Doenças infecciosas e parasitárias;
✔ -Doenças auto-imunes em atividade;
✔ -Doenças renais.
Gravidez Ectópica ou Tubaria
É implantação do ovo fora da cavidade uterina. Sendo uma a cada 300 gestações.
É observada com maior frequência nas gestantes de grupos socioeconômicos baixo.
Fatores Predisponentes
✔ -Atraso na captação do óvulo.
✔ -Interrupção ou retardo na migração do ovo.
✔ -Inflamações tubárias.

59
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Classificação
✔ -Tubária 90% dos casos: quando o ovo se implanta na tuba uterina.
✔ -Ovárica: quando o ovo se implanta no ovário.
✔ -Abdominal: quando o ovo se implanta na cavidade abdominal.
Manifestações Clínicas
✔ Os sinais e sintomas variam de acordo com o local de implantação.
✔ -Dor em flanco D ou E.
✔ -Discreto sangramento.
✔ -Presença de todos os sinais e sintomas do início da gravidez.
✔ -Ruptura da tuba, seguida de dor súbita e intensa.
✔ -Náuseas, vômitos, desmaios.
✔ -Choque em 40% dos casos.
✔ -Temperatura normal ou baixa.
Tratamento
✔ -Cirúrgico.
Cuidados de Enfermagem
✔ -Observação e registro dos sinais vitais.
✔ -Orientar a paciente quanto aos exames necessários:
✔ -Exame ginecológico.
✔ -Tipagem sanguínea.
✔ -Ficar atento aos possíveis sinais de choque.
✔ -Observar e registrar perdas sanguíneas.
✔ -Providenciar acesso venoso para infusões venosas.
✔ Cuidados no pós-operatório.

60
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ www.google.com.br

www.google.com.br
Crescimento intra-uterino restrito (CIUR)
De acordo com a época do parto, os recém-nascidos são classificados em função
do tempo de duração da gestação, como:
✔ -Pré-termo nascidos com menos de 37 semanas de gestação.
✔ -A termo – nascidos entre 38 a41 semanas de gestação.
✔ - Pós-termo – nascidos com mais de 42 semanas de gestação.
Ao RN que nasce com peso menor ou igual a 2.500g independe da idade
gestacional, deve-se associar o funcionamento inadequado da placenta, tendo como
consequência o Crescimento intra-uterino restrito (CIUR).
Fatores Predisponentes
✔ -Hipertensão arterial.
✔ -Malformações placentárias.
✔ -Tabagismo.
✔ -Infecções.
✔ -Intoxicações.
✔ -Fatores nutricionais.

61
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Tratamento e Cuidados de Enfermagem


✔ O tratamento realizado varia de acordo com a etiologia;
✔ -Hipotensores, quando a causa for hipertensão arterial.
✔ -Manter repouso no leito.
✔ -Promover atividades educativas.
✔ -Dieta hiperprotéica.
Gestação Prolongada
É caracterizada quando a gestação ultrapassa 42 semanas de gestação. Portanto,
se ultrapassados os limites crono-fisiologico, repercussões negativas poderão atingir o feto.
O diagnóstico certo, o profissional deverá considerar a possibilidade de erro por
irregularidade menstrual, assim como o uso de anticoncepcional hormonal. A incidência
maior ocorre entre as primíparas.
Complicações
✔ -Distocia de apresentação.
✔ -Disfunção placentária.
✔ -Óbito fetal em decorrente da insuficiência placentária.
Cuidados de enfermagem
✔ -Refazer os cálculos da IG e da DPP.
✔ -Avaliar a vitalidade pela movimentação fetal e contagem dos BCFs quando a
gestação estiver entre 40 a 41 semanas e 6 dias. Nos casos de normalidade, aguardando
para o trabalho departo, e se alterados, encaminhar para a maternidade, pois o feto poderá
estar sem sofrimento.
Tratamento
✔ -Indução do trabalho de parto com oxitocina, se as condições do colo forem
favoráveis.
✔ -Interrupção da gravidez.
Hiperemese Gravídica
✔ A hiperemese é conhecida como vômitos incoercíveis ou perniciosos da
gravidez. É uma condição clínica que pode gerar graves alterações hidroeletrolíticas e
nutricionais em razão da intensidade com que os vômitos se apresentam, podendo requerer
hospitalização.
Fatores de Risco
✔ -Níveis altos de gonadotrofina coriônica durante o primeiro trimestre.
✔ - Avanço dos níveis de estrogênio e progesterona.
✔ -Insuficiência adreno-cortical.

62
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ -Alergia a antígeno do pai.


✔ -Alergia a secreção do corpo lúteo ou proteínas placentárias.
Sinais e Sintomas
✔ -Náuseas e vômitos persistentes, impossibilitando a consumo de qualquer
alimento;
✔ -Perda de peso;
✔ -Alcalose metabólica, pela perda de ácido clorídrico;
✔ -Acidose, pela redução nutricional;
✔ -Desidratação;
✔ -Epigastralgia;
✔ -Pirose;
Complicações
✔ -Insuficiência hepatorrenal, que pode evoluir para óbito;
✔ -Febre e Icterícia;
✔ -Cetose.
Formas de tratamento
✔ -Ofertar dois biscoitos de sal em jejum;
✔ -Internação hospitalar;
✔ -Hidratação e administrar vitamina;
✔ -Balanço hídrico e apoio psicológico.
Cuidados de Enfermagem
✔ -Administrar antieméticos;
✔ -Acesso venoso;
✔ -Evitar alimentos quente e mornos, com isso previne os enjoos;
✔ -Evitar alimentos gordurosos;
✔ -Controlar sinais vitais.
Mola Hidatiforme
✔ Amola é uma anomalia que acontece em 1 a cada 2.000 gestações. É uma
anomalia que ocorre no desenvolvimento da placenta, sendo modificada a vilosidade
coriônicas em uma massa de vesículas claras e viscosas.
✔ Uma das complicações o coriocarcinoma, um tumor maligno das
células trofobláticas com metástases rápidas.
Manifestações
✔ -Crescimento uterino desproporcional á idade gestacional;
✔ -Sangramento variável;

63
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ -Ocorrência da pré-eclâmpsia.
✔ Tratamento
✔ -Aborto;
✔ -Explorar a cavidade uterina após curetagem;
✔ -Histerectomia ou histerotomia, se anomalia não for eliminada.
Cuidados de enfermagem
✔ -Controlar sangramento;
✔ -Administrar oxitotócicos para que útero contraia;
✔ -Tipagem sanguínea;
✔ -Orientar a paciente para iniciar quimioterapia;
✔ -Encaminhar a paciente para o planejamento familiar.
Doença Hipertensiva Específica da gravidez (DHEG)
Chamada de toxemia gravídica é caracterizada pela tríade hipertensão
arterial, edema e proteinúria (albuminúria), com aparecimento após a 20ª semana de
gestação, podendo evoluir para pré-ecâmpsia, posteriormente eclampsia, levando a
gestante a apresentar convulsões, coma e óbito.
Fatores de Riscos.
✔ -Primiparidade;
✔ -Multiparidade;
✔ -Gestação que apresenta polidrâmnio e mola;
✔ -Hipertensão crônica e diabetes mellitus;
✔ -Alimentação inadequada.
Sinais e Sintomas
-Pré-eclâmpsia leve;
✔ -Ganho de peso em excesso mais de 450g/semana;
✔ -Hipertensão arterial leve >140/90mmhg;
✔ -Proteinúria, edema de mão e face;
-Pré-eclâmpsia grave
✔ -Hipertensão arterial > 160/110mmhg;
✔ -Proteinúria, anazarca (edema geral);
✔ -Cefaleia frontal;
✔ -Diplopia, visão turva, estocoma;
✔ -Epigastralgia, náuseas e vômitos;
✔ -Nervosismo e alterações de comportamento, irritabilidade;
✔ -Oligúria.

64
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

-Eclampsia
✔ -A gestante, além de apresentar os sintomas referidos, pode evoluir para
hemorragia cerebral, AVE, insuficiência renal ou insuficiência cardíaca.
Tratamento
✔ -Consultas de pré-natal;
✔ -Diagnóstico precoce;
✔ -Dieta e redução do sal;
✔ -Repouso em decúbito lateral esquerdo (DLE).
✔ -Pré-eclâmpsia e eclampsia
✔ -Administrar medicação para hipertensão;
✔ -Anticonvulsivante;
✔ -Tranquilizantes e sedativos;
✔ -Balanço hídrico;
✔ -Administrar diuréticos;
✔ -Controle de peso;
✔ -Dieta hipossódica e hiperprotéica;
✔ -Controle dos sinais vitais;
✔ -Monitorar o Batimentos cardio fetais (BCF).
Síndrome de Hellp
Embora rara, mas com certa frequência, a síndrome de Hellp é considerada como
agravamento da pré-eclâmpsia, por caracterizar uma hepatopatia relacionada com a
gravidez.
Sinais e Sintomas
✔ -Hemólise;
✔ -Elevação das enzimas hepáticas;
✔ -Contagem baixa de plaquetas, casos mais graves icterícia, e óbito.
Alterações do Liquido Amniotico
Oligoamnia
É a redução acentuada do volume de líquido amniótico.
Fatores de Riscos;
✔ -Doenças cardiovasculares;
✔ -Anomalias congênitas renais;
✔ -Deslocamento prematuro da placenta;
✔ -Ruptura das membranas amnióticas.
Diagnóstico

65
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ -AU (altura uterina) menor que o esperado para idade gestacional;


✔ -Pequena perda de líquido amniótico, caracterizando o parto seco;
✔ -Redução do líquido amniótico pela ultrassonografia (ILA < 5cm).
Complicações
A redução da quantidade de líquido amniótico predispõe a compressão do cordão
umbilical, e como consequência o feto poderá entrar em sofrimento.
Cuidados de Enfermagem
✔ -Providenciar a hospitalização;
✔ -Repouso;
✔ -Estimular a super-hidratação até 3l/dia.
✔ -Super-hidratação parenteral com Ringer Lactato EV 1000ml de 6/6 h;
✔ -Indução do parto ou interrupção da gestação.
Polidramnia
✔ Aumento excessivo da quantidade de líquido amniótico ou defeito nos
mecanismos de reabsorção e eliminação. Geralmente há mais de 2.000ml de líquido nestas
situações. Ocorre em 1,5 a 4% das gestações.
As causas de polidrâmnio
✔ Diabetes Gestacional causa aumento da quantidade de urina fetal devido à
hiperglicemia.
✔ Insuficiência Renal Aguda e Insuficiência Cardíaca Congestiva – de
congestão volêmica materna como causa de aumento do volume de LA.
✔ Malformações fetais como anencefalia prejudicam os mecanismos de
reabsorção do líquido amniótico como a deglutição.
✔ Gestações gemelares – pela presença de dois fetos na cavidade e maior
produção de urina. Em 1/3 dos casos não se encontra causa definida, mesmo após
exaustiva investigação.

66
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN



Quais os problemas em maior quantidade de líquido amniótico?
✔ Distensão uterina maior causa perda de efetividade das contrações, podendo
ocorrer parto prolongado. Esta distensão favorece o aumento de pressão dentro da bolsa
amniótica e a Rotura Prematura de Membranas é comum. O retorno uterino ao seu tamanho
normal prejudica a contenção do sangramento obstétrico e aumenta o risco de hemorragias
pós-parto.

67
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN


✔ Durante a rotura pode ocorrer passagem do cordão umbilical à frente da
apresentação fetal e compressão deste com sofrimento fetal agudo. O chamado prolapso de
cordão é uma situação emergencial que necessita de cesárea.
✔ Quando ocorre a rotura prematura de membranas pode ocorrer expulsão
rápida do feto, o chamado “parto em avalanche”. Há risco de descolamento de placenta e
hemorragias maternas.
Há necessidade de drenagem do líquido?
✔ Raramente. A indicação será o desconforto respiratório materno intenso.
Pode ser feita por via transcervical e possui risco de provocar Rotura de membranas e
infecção do LA além de predispor a parto prematuro.
Há algum tratamento clínico?
✔ Sim. A indometacina, um anti-inflamatório pode ser usado em casos
selecionados como forma de reduzir a quantidade de líquido amniótico. Atua diretamente
nos rins e pulmões fetais e oferece risco de fechamento precoce do ducto arterioso,
podendo levar a sofrimento fetal. Portanto, não é consenso o seu uso.

68
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN


Amniorrexe Prematura
A amniorrexe prematura ou rotura prematura de membranas é caracterizada como
a rotura espontânea das membranas amnióticas antes do início do trabalho de parto e após
a 20ª semana de gestação, pois se ocorrer antes desse período é considerado abortamento.
Ocorre em aproximadamente 10% das gestações, sendo a grande maioria a termo.
Nesse período, a aminiorrexe prematura parece ocorrer devido um processo natural de
amadurecimento, com uma diminuição progressiva de colágeno. Outras causas são
infecções e inflamações, causadas pela ação das enzimas produzidas por bactérias.
Fatores de risco:
✔ – Exames invasivos, como amniocentese e cordocentese;
✔ – Incompetência istmo cervical;
✔ – Inserção baixa da placenta;
✔ – Macrossomia;
✔ – Polidramnia;
✔ – Trabalho de parto prematuro;
✔ – Infecções genitais;
✔ – Tabagismo;
✔ – Sangramento vaginal;

69
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ – Vaginose bacteriana;
✔ – Gemelaridade;
✔ – Deficiências nutricionais;
✔ – Doenças maternas;
✔ – Atividade sexual;
✔ – Traumatismo;
✔ – Passado de parto prematuro.
Sinais, Sintomas e Diagnóstico:
A paciente relata perda vaginal de líquido claro ou amarelado. O diagnóstico pode
ser confirmado pelo exame especular, pela detecção do pH vaginal maior que 6-6,5, pelo
teste de cristalização da secreção vaginal.
Prognóstico:
A paciente pode desenvolver sérias infecções, como corioamnionite, endometrite e
sepse. O feto e o neonato apresentam risco elevado de complicações. A maior parte das
gestantes evolui para parto prematuro e em menos de uma semana de rotura. Tem risco
maior de descolamento placentário e prolapso de cordão.
Os recém-nascidos são vulneráveis a doença da membrana hialina, hemorragia
intraventricular, leucomalácea periventricular, infecção e enterocolite necrotizante.
As principais complicações são: infecção, prematuridade, acidentes de parto,
compressão de cordão, sofrimento fetal e malformações.
Conduta
✔ A conduta depende da idade gestacional, da presença ou não de infecção, da
avaliação da vitalidade fetal e da presença ou não de trabalho de parto. Na presença de
infecção é obrigatória a interrupção da gravidez, independentemente da idade gestacional.
✔ Descartado o processo infeccioso, a conduta se baseia na idade gestacional.
Se for maior que 34 semanas é mandatória a interrupção da gravidez. Entre 34 e 24
semanas sem sinais de infecção ou sofrimento fetal, deve-se adotar conduta conservadora,
visando o amadurecimento pulmonar fetal.
✔ A paciente deve ser mantida hospitalizada, em repouso, com hidratação
abundante e submetida a pesquisa de sofrimento fetal e infecção. Se a idade gestacional for
menor que 24 semanas, deve-se optar pela conduta conservadora (se a paciente estiver em
bom estado geral), com repouso absoluto e controle da temperatura até 24 semanas.

Leucomalácea

70
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

É um tipo de lesão cerebral que afeta recém-nascidos. Os ventrículos cerebrais são


câmaras cheias de líquido. LPV é o enfraquecimento/isquemia do tecido cerebral ao redor
dos ventrículos. Isso ocorre porque o tecido cerebral é ferido ou morto. Ela pode ser
causada pela falta de fornecimento de sangue para o tecido, antes, durante e após o
nascimento. É muito difícil dizer quando isso acontece. LPV é associado com HIV
(hemorragia intraventricular).
Causas e Fatores de Risco
✔ LPV é muito mais comum em lactentes prematuros que nos lactentes
nascidos a termo. Acredita-se que uma das principais causas desta condição são as
mudanças no fluxo sanguíneo para a área ao redor dos ventrículos do cérebro, uma área
frágil e propensa a lesões, especialmente antes de 32 semanas de gestação.
✔ Quanto mais prematuro o bebê é, maior o risco de desenvolver esta doença.
Os bebês prematuros que têm hemorragia intraventricular (HIV) também estão em maior
risco de desenvolver esta condição
Sinais e exames:
✔ Os testes utilizados para diagnosticar LPV incluir um ultra-som e
ressonância magnética da cabeça.
Tratamento
✔ Não existe tratamento para LPV.
Expectativas (prognóstico)
✔ LPV é frequentemente associada com problemas neurológicos e de
desenvolvimento em bebês , geralmente durante o primeiro ano de vida. Esta condição pode
levar à paralisia cerebral, especialmente espasticidade (rigidez ou aumento do tônus
muscular) nas pernas.
✔ Bebês com LPV correm o risco de sérios problemas neurológicos,
especialmente aqueles que envolvem movimentos como sentar, engatinhar, andar e mover
os braços, porque esses bebes podem necessitar de fisioterapia.
✔ Leucomalácia pode levar a problemas tanto de desenvolvimento físico como
cognitivo (déficit visual, auditivo, e na fala). Contudo, a gravidade desses problemas varia.
Em alguns casos leves, a leucomalácia periventricular foi detectado em exames de imagem,
mas não apresentavam sintomas. Neste caso, o bebê ainda necessidade de avaliações
periódicas para detectar qualquer sinal de problemas. Nos casos mais graves, a LPV pode
causar, paralisia cerebral ou outras formas graves de atrasos físico e cognitivo. Só o tempo
dirá quão grave deficiência da criança. Uma criança com diagnóstico de LPV deve ser

71
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

regularmente avaliada por um especialista de desenvolvimento. Isto pode ajudar a detectar


problemas mais cedo para que você e seu bebê pode obter ajuda rapidamente.

✔ www.google.com.br
Deslocamento Prematuro da Placenta
É o descolamento da placenta com implantação normal antes da hora, que ocorre
após 20 ou mais semanas de gestação. Este descolamento pode ser parcial ou completo.
Causas:
✔ – Mecânicas – Trauma (queda, acidente); Cordão umbilical curto; polidramnia
(excesso de líquido amniótico no útero); gestação de gêmeos; retração do útero após
expulsão de 1° feto devido à descompressão rápida de um útero que estava muito
distendido, torção de útero durante a gestação.
✔ – Não mecânicas – Hipertensão arterial (pressão alta); Doença hipertensiva
especifica da gravidez (hipertensão gestacional); multiparidade (vários partosanteriores);
má- formação da placenta ou do cordão umbilical; ruptura da porção marginal da placenta.
– Desconhecidas.
Fatores de Risco:
São fatores que aumentam a chance de a paciente desenvolver a doença.
✔ – Hipertensão arterial;
✔ – Tabagismo (gestantes que fumam);
✔ – Uso de álcool ou outras drogas como a cocaína durante a gestação;
✔ – Episódio anterior de descolamento prematuro de placenta;
✔ – Desnutrição;
✔ – Anemia.
Sinais e Sintomas:
✔ – Sangramento vaginal no final da gravidez
✔ – Dor em baixo ventre intensa
✔ – Dor na região lombar e abdominal
✔ – Contrações uterinas

72
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ – Hipertonia uterina (contração constante do útero)


✔ – Hipovolemia (por sangramento que não se exterioriza, pode ocorrer em
20% das gestantes)
✔ – Hipotensão arterial (pressão baixa)
✔ – Pulso filiforme (pulso de baixa amplitude)
✔ – Hipotensão postural
✔ – Dificuldade para ouvir o coração do feto
✔ – Morte do feto
. Diagnóstico:
✔ Deve ser clinico, pois demanda conduta rápida do médico.
Tratamento:
✔ – Feto vivo – realizar cesárea imediatamente
✔ – Feto morto – dependerá do volume de sangramento e da proximidade do
parto
✔ – Paciente apresentando sangramento abundante e dilatação do colo uterino
ainda está no início (o parto vai demorar ainda para acontecer) deve ser realizado cesariana
✔ – Sangramento discreto, com dilatação do colo uterino próximo do total,
realiza-se parto normal.
Prevenção:
Não existe prevenção 100% para esta patologia, porém, realizar pré-natal e
controle da pressão ajudam na diminuição da incidência desta doença.
Cuidados de Enfermagem
✔ -Controlar a hemorragia;
✔ -Monitorar sinais vitais e BCFs;
✔ -Acesso venoso de grande calibre;
✔ -Administrar medicação prescrita;
✔ -Mensurar a AU;
✔ -Ofertar oxigênio;
✔ -Encaminha-la ao parto vaginal.
Placenta Prévia:
A placenta prévia ocorre quando a placenta recobre parcial ou totalmente a
abertura interna do colo do útero, geralmente a partir de 30 semanas de gestação, podendo
causar sintomas como sangramento vaginal intenso. Esse problema é mais frequente em
mulheres que estão grávidas de gêmeos, multíparas, que têm cicatrizes uterinas anteriores,
que têm mais de 35 anos ou que já tiveram placenta prévia anterior.

73
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Tratamento da placenta prévia


✔ O tratamento da placenta prévia deve ser orientado pelo obstetra e pode ser
feito no hospital ou em casa, de acordo com a idade gestacional e o sangramento vaginal
que a grávida apresenta. Geralmente, o tratamento envolve repouso e a adoção de alguns
cuidados, como:
✔ Evitar fazer esforços e ficar muito tempo de pé, permanecendo a maior parte
do dia sentada ou deitada, de preferência, com as pernas elevadas;
✔ Deixar de trabalhar, tendo que ficar em casa;
✔ Evitar ter contato íntimo. Quando o sangramento é intenso, a mãe poderá ter
que ficar internada e fazer transfusões de sangue ou até uma Cesária de emergência.
Em casos mais graves o médico também poderá prescrever remédios para ajudar
no desenvolvimento dos órgãos do bebê, assim como remédios para evitar o parto
prematuro e para que a gravidez se mantenha pelo menos até as 36 semanas de gestação.
Riscos da placenta prévia
O principal risco de placenta prévia é provocar parto prematuro e hemorragia, o que
irá prejudicar a saúde da mãe e do bebê.
Além disso, a placenta prévia também pode causar acretismo placentário, que é
quando a placenta fica presa à parede do útero, dificultando sua saída na hora do parto.
Esse agravamento pode causar hemorragias com necessidade de transfusão de
sangue e, nos casos mais graves, remoção total do útero e risco de vida para a mãe.
Existem 3 tipos de acretismo placentário:
1. -Placenta acreta: quando a placenta está presa à parede do útero de maneira mais
leve;
2. -Placenta increta: a placenta está presa mais profundamente que na acreta;
3. -Placenta percreta: é o caso mais grave, quando a placenta está presa de forma
mais forte e profunda no útero.
O acretismo placentário é mais comum em mulheres que já tiveram uma cesária
anterior devido à placenta prévia, e muitas vezes a sua gravidade só é conhecida no
momento do parto.

74
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.saudetotal.com.br
Sintomas de Sintomas de placenta prévia
Os sintomas de placenta prévia são mais frequentes a partir do 3º trimestre de
gravidez e incluem: Sangramento vaginal, normalmente indolor, de cor vermelho vivo.
Na presença destes sintomas, a grávida deve ir imediatamente ao hospital para ser
examinado pelo obstetra e este solicitar uma ultrassonografia para verificar a localização da
placenta, pois estes sintomas podem ser confundidos com o descolamento.
. O diagnóstico da placenta prévia é feito através de um exame de ultrassom.
Quando alguma irregularidade desse tipo na placenta é encontrada no início da gravidez,
chama-se placenta baixa, e é provável que a placenta se posicione corretamente após as 30
semanas. Em gestantes que não apresentam sintomas, a placenta prévia só é descoberta
pelo ultrassom do 3º trimestre, que faz parte dos exames do pré-natal.
O parto em caso de placenta prévia
Quando se tem placenta prévia é necessário fazer uma cesárea, pois a abertura do
colo do útero está coberta com a placenta, o que impede a passagem do bebê e pode
provocar hemorragia na mãe durante o parto normal. Além disso, pode ser necessário que o

75
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

bebê nasça antes do tempo previsto, pois a placenta pode descolar muito cedo e prejudicar
o suprimento de oxigênio ao bebê.
Cuidados de Enfermagem
✔ -Controle dos sinais vitais;
✔ -Controle de BCFs;
✔ -Observar perdas sanguíneas;
✔ -Realizar transfusões sanguíneas;
✔ -Estabelecer acesso venoso de grande calibre.
Incompetência Cervical
A incompetência istmo cervical incompetência cervical uterina ou um cérvix
incompetente é um cérvix (colo do útero) que começa a dilatar prematuramente, sem que se
verifiquem dores ou contrações, mais frequentemente no 2º trimestre da gravidez.
Poderá correr um risco mais elevado de interrupção da gravidez (aborto
espontâneo) se não receber tratamento para um cérvix incompetente. Paralelamente, o
bebé poderá nascer antes do tempo e vir a ter problemas de saúde ou, inclusivamente,
morrer.
Causas da incompetência cervical
O médico poderá desconhecer a causa subjacente a um cérvix incompetente. Não
há nada, porém, que possa ter feito de errado para originar um problema de tal natureza
neste órgão.
Poderá ter incompetência cervical se tiver tido um parto difícil aquando de uma
gravidez passada. Uma raspagem uterina ou uma cirurgia ao colo uterino poderão ser causa
de um cérvix incompetente.
Poderá sofrer deste problema se tiverem administrado à sua mãe, enquanto ela
estava grávida de si, um medicamento designado por dietilestilbestrol. Por outro lado,
poderá já ter nascido com um cérvix incompetente sem que haja nenhuma razão específica
para tal.
Sinais e sintomas da incompetência cervical
É possível que não sinta nada nem detecte quaisquer sintomas de incompetência
istmo cervical. Se estiver grávida e o cérvix incompetente não for devidamente tratado,
poderá começar a ter uma hemorragia.
Por outro lado, a sua bolsa das águas poderá romper, desencadeando, assim, um
aborto espontâneo. Provavelmente, não sentirá dores nem cãibras, como acontece num
aborto espontâneo normal.
Riscos e Complicações da incompetência cervical

76
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Existem riscos associados aos tratamentos para o cérvix incompetente. Porém, se


optar por não se submeter a qualquer cirurgia, poderá verificar-se um aborto espontâneo,
não obstante o repouso e a medicação.
Existem ainda riscos associados à cirurgia de encerramento do cérvix. Você ou o
seu bebé poderão apanhar uma infecção.
O colo uterino poderá entrar em ruptura se os pontos não forem removidos antes
que você entre numa fase mais adiantada do trabalho de parto. Consulte o médico se estiver
preocupada ou se tiver quaisquer questões acerca da sua medicação ou tratamento.
A sua bolsa das águas poderá rebentar, fazendo com que entre prematuramente
em trabalho de parto.
Tratamento da incompetência istmo cervical
Poderá necessitar de repouso absoluto durante os últimos 4 a 6 meses da gravidez.
O médico também lhe poderá prescrever uma medicação para evitar as contrações.
.Poderá necessitar de se submeter a uma cirurgia para encerrar o cérvix (cerclagem
cervical), o que ajudará a evitar um aborto espontâneo. Também poderá efetuar a cirurgia
antes de engravidar para corrigir o cérvix anómalo.
Cabe-lhe a si e ao seu médico decidir se deverá dar à luz através da vagina ou
mediante uma cirurgia designada por cesariana.
Cuidados de Enfermagem:
-Pré-cirúrgia;
✔ Manter repouso no leito;
✔ -Constatar a presença de contrações uterinas;
-Pós-Cirúrgicos:
✔ -Manter repouso absoluto no leito, o qual deverá estar em posição de
trendelemburg;
✔ -Verificar cateterismo venoso nas primeiras 24 horas;
✔ Controlar sangramento;
✔ -Orientar abstinência sexual por 15 dias, prazo geralmente determinado pelo
médico.
Infecção do Trato Urinário
Na gestação, a infecção urinária (IU) se reveste de grande importância e interesse
em razão de sua elevada incidência nesse período especial da vida da mulher. É a terceira
intercorrência clínica mais comum na gestação, acometendo de 10 a 12% das grávidas.
A maioria destas infecções ocorre no primeiro trimestre da gravidez, 9% sob a
forma de infecção urinária baixa (cistite) e 2% como infecção urinária alta (pielonefrite). A

77
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

infecção urinária cria várias situações doentias e contribui para a mortalidade materna
infantil.
Como ocorre
As infecções urinárias são causadas por bactérias da flora intestinal que
contaminam o trato urinário. As bactérias são encontradas na urina quando se rompe o
equilíbrio entre a defesa do organismo e a sua virulência. Normalmente na gravidez, a urina
é mais rica em nutrientes (açúcar e aminoácidos), o que propicia um meio de cultura mais
rico, facilitando o crescimento das bactérias.
Também ocorre, normalmente, na gravidez, uma dilatação do trato urinário, criando
condições de estase urinária (urina parada) que favorece o crescimento bacteriano e a
instalação da infecção urinária. O aumento do útero, ao ocupar mais espaço, pode obstruir
parcialmente o ureter e criar condições de estase urinária. A estase é um mecanismo
complicador e favorecedor de IU nas grávidas.
Sintomas
Os sintomas surgem e se definem de acordo com o tipo de infecção que se
estabeleceu no trato urinário da grávida.
Há quatro tipos de infecção, descritos a seguir:
Bacteriúria assintomática
É definida como a presença de proliferação bacteriana na urina, em grávida que
não apresenta sintomas ou queixas urinárias, provavelmente, porque não está ocorrendo
lesão e agressão à mucosa do trato urinário.
Na gravidez, a incidência de bacteriúria assintomática é da ordem de 4 a 7%. Nas
grávidas diabéticas, a incidência é maior, em torno de 12 a 14%, e nas mulheres que já
tiveram IU antes de engravidar, é de 18 a 20 %. É interessante observar que a metade
(50%) das bacteriúrias assintomáticas se tornam sintomáticas até o final da gestação.
Infecção urinária baixa
É também chamada de cistite. A contaminação e agressão bacteriana são restritas
à bexiga. Caracteriza-se, principalmente por ardência ao urinar (disúria), urgência para
urinar, frequência aumentada (polaciúria), dor supra púbica e, algumas vezes, sangue no
término da micção ou no exame de urina.
Pielonefrite aguda
É a infecção urinária que ocorre no rim, também chamada de infecção urinária alta.
Caracteriza-se pela contaminação ascendente da uretra até o rim. Ocorre em
aproximadamente 2% das grávidas, geralmente no último trimestre. Apresenta-se,

78
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

clinicamente, com início abrupto ou súbito, comprometendo muito o estado geral da grávida
com febre, calafrios, dor lombar intensa, náuseas e vômitos.
A presença das toxinas liberadas pelas bactérias pode desencadear o trabalho de
parto pelo aumento das contrações uterinas. Por esta razão, a pielonefrite aguda na grávida
pode ser responsabilizada por abortamento, trabalho de parto prematuro, hipertensão
arterial gestacional, óbito fetal e até mesmo morte materno fetal nos casos de infecção
severo e generalizado.
✔ A grande maioria das pielonefrites agudas ocorre depois das infecções
bacterianas assintomáticas, daí a importância de se descobrir as IU assintomáticas, que
podem redundar em pielonefrite.
Pielonefrite crônica
É uma fase crônica das infecções renais anteriores que deixaram lesões ou
cicatrizes nos rins. Geralmente, não apresentam sintomas, mas podem estar acompanhadas
de hipertensão arterial. Com a gravidez, a hipertensão pode se tornar severa e piorar a
função renal; com isto, o estado de saúde da mãe e do feto se altera.
Tratamento
A suspeita diagnóstica de IU se dá pelos sintomas de: micção frequente, ardência,
urgência, dor lombar, náuseas, vômitos, sangue na urina e febre.
Para toda a gestante deve-se sempre solicitar de 3 em 3 meses exames de urina e
urocultura. Com estes cuidados, procuramos descobrir as infecções urinárias assintomáticas
e tratá-las precocemente.
No exame comum de urina, o sedimento urinário apresenta um número aumentado
de leucócitos, acompanhados de sangue e albumina na urina.
Considera-se infecção urinária quando a cultura de urina é positiva, ou seja, com
mais de 100.000 bactérias por mililitros de urina. A urina para cultura deve ser colhida pelo
jato médio com técnica de antissepsia adequada. As grávidas principalmente no 3º trimestre
contaminam a urina muito facilmente, por esta razão é importante que a coleta seja
bem-feita para evitar erros na interpretação da urocultura.
O diagnóstico de lesões do rim na IU é feito pela ultrassonografia (ecografia), que é
uma investigação não invasiva e que permite a avaliação anatômica do rim, como
malformações e tamanho renal, pode também, mostrar cálculos e obstruções. Poderá
ocorrer que a paciente tenha sinais clínicos de IU, mas as uroculturas são negativas.
Quando isto ocorrer deve-se procurar outras infecções, por outros microrganismos como
Clamídia, Herpes, Cândida albicans, Tricomoníase e outros.

79
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Constatada a IU na grávida, ela deve ser imediatamente tratada para evitar


complicações, como infecção generalizada, abortamento, parto prematuro, hipertensão
gestacional e piora de anemia.
O tratamento deve basear-se no antibiograma. O médico deve escolher antibióticos
que não sejam prejudiciais ao feto e a medicação deve ser usada pelo menor tempo
possível, mas num período suficiente para ter a segurança de um tratamento adequado e
eficaz.
Prevenção
Nas gestantes que têm IU recorrente, podem-se usar medicações preventivas por
um longo período. Recomenda-se uma ingestão abundante de líquidos e, nas micções,
procurar sempre o esvaziamento completo da bexiga.
ABORTO

Aborto é a interrupção precoce da gravidez, espontânea ou provocada, com a


remoção ou expulsão de um embrião (antes de oito ou nove semanas de gestação) ou feto
(depois de oito ou nove semanas de gestação), resultando na morte do concepto ou sendo
causada por ela. Isso faz cessar toda atividade biológica própria da gestação.
A questão do aborto envolve aspectos morais, éticos, legais e religiosos, cuja
avaliação depende da singularidade de cada pessoa. Quando o aborto é induzido por razões
médicas, realizado por profissionais capacitados e em boas condições de higiene, é um
procedimento seguro. No entanto, quando feito de maneira inadequada, geralmente resulta
em graves complicações e inclusive na morte da mulher. Fala-se em dois tipos de abortos:
os espontâneos e os induzidos.

80
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br

www.google.com.br
Tipos Aborto:
Aborto Espontâneo
O aborto espontâneo ocorre involuntariamente, por acidente, por anormalidades
orgânicas da mulher ou por defeito do próprio ovo. Ocorre normalmente nos 1º dias ou
semanas da gravidez, com um sangramento quase igual ao fluxo menstrual, podendo
confundir muitas vezes a mulher do que realmente está acontecendo. Surge quando a
gravidez é interrompida sem que seja por vontade da mulher. Pode acontecer por vários
fatores biológicos, psicológicos e sociais que contribuem para que esta situação.
Há dois tipos de aborto espontâneo: o aborto iminente e o inevitável.

81
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ O aborto iminente é uma ameaça de aborto. A mulher tem um leve


sangramento seguido de dores nas costas e outras parecidas com as cólicas menstruais. ·
✔ O aborto inevitável é quando se tem a dilatação do útero para expulsão do
conteúdo seguido de fortes dores e hemorragia.
O aborto incompleto que é quando ocorre depois da saída dos coágulos a saída restante
do conteúdo e o aborto preso, que é quando o ovo morre, mas não é expelido.
O aborto completo quando ocorre a expulsão do feto, placentas e membranas, ou seja,
quando todo o concepto é expulso
Aborto Induzido
O aborto induzido é um procedimento usado para interromper uma gravidez.
Pode acontecer quando existem malformações congénitas, quando a gravidez
resulta de um crime contra a liberdade e autodeterminação sexual, quando a gravidez
coloca em perigo a vida e a saúde física e/ou psíquica da mulher ou simplesmente por
opção da mulher.
É legal quando a interrupção da gravidez é realizada de acordo com a legislação
em vigor (ver legislação).
Quando feito precocemente por médicos experientes e em condições adequadas
apresenta um elevadíssimo nível de segurança.
Aborto Ilegal:
O aborto ilegal é a interrupção duma gravidez quando os motivos apresentados não
se encontram enquadrados na legislação em vigor ou quando é feito em locais que não
estão oficialmente reconhecidos para o efeito.
O aborto ilegal e inseguro constitui uma importante causa de mortalidade e de
mobilidade maternas. O aborto clandestino é um problema de saúde pública.
Legalidade do aborto
O aborto no Brasil é tipificado como crime contra a vida pelo Código Penal
brasileiro. O artigo 128 do Código Penal dispõe que o crime de aborto é impunível nas
seguintes hipóteses:
✔ 1.quando não há outro meio para salvar a vida da mãe
✔ 2.quando a gravidez resulta de estupro.
Aborto com consentimento da gestante é o nomen iuris recebido pelo crime do
artigo 126. Preferiu o legislador criar um tipo à parte do que tratar a pessoa que colabora
com o aborto consentido como co-autor do tipo do artigo 124. O artigo 124 refere-se apenas
a gestante e este artigo refere-se a quem, não sendo a própria gestante pratica um aborto.

82
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Trata-se de uma preocupação da lei penal em não dar margem a discussão sobre a
atipicidade (cada crime necessita de um tipo específico). Os dois artigos anteriores (124 e
125) da lei referiam-se a gestante e a quem pratica o aborto contra sua vontade. Aqui,
erige-se em crime autônomo a conduta do terceiro que pratica o crime, ainda que com
consentimento da gestante.
Aborto provocado por terceiro é o nomen iuris recebido pelo crime do artigo 125 do
Código Penal brasileiro. Trata-se da modalidade mais grave do crime de aborto (ou
abortamento, já que há quem defenda que aborto, na verdade, é o produto e não a prática).
Essa modalidade é especialmente insidiosa pois trata-se da interrupção da gravidez em que
a mulher também é vítima. Aqui tutela-se tanto o produto da concepção como a liberdade da
mãe de ter seu filho.
Aborto Provocado
O aborto provocado é todo aquele que tem como causador um agente externo, que
pode ser um profissional ou um "leigo" que utiliza as seguintes técnicas: Dilatação ou corte
uma faca, em forma de foice, dilacera o corpinho do feto que é retirado em pedaços.
Sucção ou Aspiração
O aborto por sucção pode ser feito até a 12ª semana após o último período
menstrual (amenorréia). Este aborto pode ser feito com anestesia local ou geral.
Com a local a paciente toma uma injeção intramuscular de algum analgésico. Já na
mesa de operação faz um exame para determinar o tamanho e a posição do útero. Se for
anestesia geral, toma-se uma hora antes da operação uma injeção intramuscular de
Thionembutal.
Inicia então uma infusão intravenosa. O Thionembutal adormece o paciente e um
anestésico geral por inalação como o Óxido de Nitroso é administrado através de uma
máscara. A partir daí o procedimento é o mesmo da anestesia geral e local.
O colo do útero é imobilizado por uma tenáculo, e lentamente dilatado pela inserção
de uma série de dilatadores cervicais. Depois está relacionada a quantidade de semanas de
gestação. Liga-se esta ponta ao aparelho de sucção, no qual irá evacuar completamente os
produtos da concepção.
A sucção afrouxa delicadamente o tecido da parte uterina e aspira-o, provocando
contrações do útero, o que diminui a perda de sangue. Com a anestesia local, usa-se uma
injeção de Ergotrate para contrair, o que pode causar náusea e vômitos.
Curetagem
Na curetagem é feita a dilatação do colo do útero e com uma cureta (instrumento de
aço semelhante a uma colher) é feita a raspagem suave do revestimento uterino do embrião,

83
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

da placenta e das membranas que envolvem o embrião. A curetagem pode ser realizada até
a 15ª semana após a última menstruação. Este tipo de aborto é muito perigoso, por que
pode ocorrer perfuramento da parede uterina, tendo sangramento abundante. Outro fator
importante é que se pode tirar muito tecido causando a esterilidade.
Drogas e Plantas
Existem muitas substâncias que quando tomadas causam o aborto. Algumas são
tóxicos inorgânicos, como arsênio, antimônio, chumbo, cobre, ferro, fósforo e vários ácidos e
sais. As plantas são: absinto (losna, abuteia, alecrim, algodaro, arruba, cipómil – homens
esperradura e várias ervas amargas).
Todas estas substâncias têm de ser tomadas em grande quantidade para que
ocorra o aborto. O risco de abortar é tão grande como o de morrer, ou quase.
Envenenamento por sal
É feito do 16ª à 24ª semana de gestação. O médico aplica anestesia local num
ponto situado entre o umbigo e a vulva, no qual irá ultrapassar a parede do abdome, do
útero e do âmnio (bolsa d’água). Com esta seringa aspira-se o fluído amniótico, no qual será
substituído por uma solução salina ou uma solução de prostaglandina.

Após um prazo de 24 à 48 horas, por efeito de contrações do feto é expulso pela


vagina, como num parto normal. O risco apresentado por este tipo de aborto é a aplicação
errada da anestesia, e a solução ter sido injetada fora do âmnio, causando a morte
instantânea.
Sufocamento
Este método de aborto é chamado de "parto parcial". Nesse caso, puxa-se o bebe
para fora deixando apenas a cabeça dentro, já que ela é grande demais. Daí introduza um
tubo em sua nuca, que sugará a sua massa cerebral, levando-o à sua morte. Só então o
bebê consegue ser totalmente retirado.
Esquartejamento
O feto é esquartejado ainda dentro da mãe. Deixando-o em pedaços. Retirada do
líquido amniótico. Esta é uma das maneiras mais lentas de praticar o aborto: O abortista
retira o líquido amniótico de dentro do útero e coloca uma substância contendo sal.
Consequências:
1-Laceração do colo uterino provocada pelo uso de dilatadores.
2-Insuficiência do colo uterino, favorecendo abortos sucessivos no primeiro e no segundo
trimestre (10% das pacientes);
3- Partos prematuros, na 20ª ou 30ª semana de gestação.

84
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

4- Perfuração do útero que acontece quando é usada a colher de curetagem ou o aspirador;


mais frequentemente, através do histerômetro (instrumento que mede a cavidade uterina). O
útero grávido é muito frágil e fino; pode ser perfurado sem que o cirurgião se dê conta. É
uma complicação muito séria.
5-Infecção e obstrução das trompas, provocando esterilidade;
6-Intervenção para estancar a hemorragia produzida;
7-Perigo de lesão no intestino, na bexiga ou nas trompas;
8- A artéria do útero, nesses casos, frequentemente, é atingida, criando a necessidade de
histerectomia (extirpação do útero), se não for possível estancar a hemorragia.
9- Perdas de sangue ou fortes hemorragias causadas pela falta de contração do músculo
uterino. As perdas de sangue são mais intensas se a gravidez for avançada. Essas perdas
são de 200 ml na 10ª semana de gravidez, 350 na 12ª, 450 na 13ª semana.
10- Necessidade de transfusão de sangue;
11- Ablação do útero, se a hemorragia não for estancada.
12-Endometrite (inflamação) pós-aborto (infecção uterina secundária, decorrente do aborto).
13-Gravidez ectópica (fora do lugar apropriado).
14-Esterilidade.

EXERCÍCIOS

1-O que é aborto?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2-Explique como ocorre aborto espontâneo.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3-Cite quais são os tipos de aborto
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4-Defina gravidez ectópica.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5-Quais são os fatores de risco da hiperemese gravídica?

85
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
6-Doença hipertensiva especifica da gravidez, tem como quais fatores de riscos?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7-Cite os sinais e sintomas da pré-eclâmpsia leve, eclampsia.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
17-Descreva os sinais e sintomas da placenta prévia.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

RELAÇÃO UTEROFETAL
A relação uterofetal é compreendida como a relação bacia materna, com a cabeça
fetal, em relação á atitude, situação, apresentação e posição.

86
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Bacia obstétrica
Bacia ou pelve: 2 ossos ilíacos, sacro, cóccix, pubis e respectivas articulações: sínfise
púbica, sacroilíacas, sacro coccígenas.
Bacia grande ou anatomia: acima da linha inominada Bacia pequena, verdadeira,
obstétrica ou escava: inferior à linha inominada.
Obs: promontório: vértice da articulação entre a 5a vértebra lombar e o sacro.
Inclinação pélvica: 60º - do estreito superior com a linha horizontal
Trajeto duro: parte óssea. Trajeto mole: do útero até a vulva: estreitamentos anulares:
orifício cervical, diafragma pélvico, óstio vaginal.

Tipos de Pelve

87
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Relação útero-fetal Feto pesa a termo: ml 3000-3500g macrossômico: >4000g cabeça.

88
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br

www.google.com.br/serach
Relação:
✔ -Atitude: Relação das diversas partes do feto entre si.
✔ -Atitude de Buda: cabeça fletida, flexão da coluna para frente, coxas sobre a bacia.
✔ -Atitude do polo cefálico de acordo com pontos de referência em relação aos eixos:

89
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN


1- Ântero-posterior
- Atitude flexão – generalizada= apresentação de vértice
- Atitude de deflexão
o 1º grau= apresentação de bregma (B)
o 2º grau= apresentação de fronte (N)
o 3º grau= apresentação de face (M)
2- Laterolateral
- Sinclitismo – sutura sagital eqüidistante do pubis e do sacro
- Assinclitismo
o anterior= obliqüidade de Nägele- sutura sagital próximo ao sacro
o posterior= obliqüidade de Litzmann- sutura sagital próximo ao pubis

90
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Situação: relação do maior eixo materno com o maior eixo fetal. Longitudinal ou transversa.
Apresentação: região fetal que ocupa o estreito superior e que nele se insinuará.

www.google.com.br

91
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Cefálica:
o Fletidas (A)
o Defletidas : 1° grau (B), 2° grau (C), 3° grau (D)

www.google.com. br

92
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br
Pélvica:
✔ Completas: Pernas e coxas fletidas
✔ Incompletas: Modo de nádegas, Modo de joelho, Modo de pés

www.google.com.br/saude
Apresentação acromial ou transversa: qualquer parte do corpo pode se apresentar,
como por exemplo, flanco, dorso e um dos ombros.

93
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PRÉ-PARTO
-Período Premonitório ao parto
É o período que antecede o verdadeiro trabalho de parto pela sensação que o
verdadeiro trabalho de parto vai começar. Ocorre de 10 a 15 dias antes do parto.
Parto
É a combinação de fenômenos pelos quais o feto, a placenta e as membranas se
desprendem e são expulsos do corpo da gestante. O feto pode ser expulso pelas vias
genitais(parto normal) ou através de meio cirúrgico (parto cesáreo).
Classificação do Parto:
✔ -Conforme IG:
✔ -Parto a termo ou normal: ocorre entra a 37° e 41° semanas a partir da DUM;
✔ -Parto Prematuro: ocorre antes da 37° semana de gestação;
✔ -Abortamento: Anterior as 24 semanas de gestação.
Procedimento
✔ -Espontâneo: sem interferência;
✔ -Dirigido: com auxilio de episiotomia;
✔ -Induzido: auxilio de medicamentos e manobras;
✔ -Cirúrgico: cesária.
Caracteristicas
✔ -Descida do fundo uterino;
✔ -Sensação de peso e dor no baixo ventre, em virtude da compressão fetal;
✔ -Polaciúria;
✔ -Dores lombares;
✔ -Aumento do muco cervical;
✔ -Perda do tampão mucoso.

94
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Diagnóstico do trabalho de parto


Caracteristicas
✔ -Presença de 2 contrações uterinas (dor de parto) em 10 minutos, com duração
mínima de 30 segundos cada;
✔ -Aumento gradativo da intensidade, duração das contrações uterinas em 10 minutos;
✔ -Dilatação e esvaecimento do colo uterino;
✔ -Perda de líquido amniótico;
✔ -Progressão do feto pela pelve.
Admissão
A equipe de enfermagem deve dar assistência á parturiente e ao feto
proporcionando tranquilidade e segurança a ambos; pontos fundamentaios para este
momento tão importante que é o nascimento.
Assistência de enfermagem
✔ -Verificar sinais vitais;
✔ -Observar a dinâmica uterina, isto é, frequência, duração e intensidade das
contrações;
✔ -Caracteristica da apresentação, situação e posição do feto
✔ -Registrar os BCFs;
✔ -Solicitar que a paciente esvazie a bexiga;
✔ -Realizar o histórico e exame fisico da gestante,com objetivo de colher
informaç~eossobre possiveis complicações no trabalho de parto, parto e puerpério.
✔ -Observar oestdo da bolsa amniótica;
✔ -Realizar a tricotomia;
✔ -Providenciar camisola estéril para gestante e higiene corporal se o estado da
paciente permitir;
✔ -Anotar os dados no prontuário da gestante.
Cardiotografia
É o exame utilizado no pré-parto para adetecção da intensidade, frequencia e
duração das contrações. A paciente deveposicionar em decúbito dorsal.
No entanto a melhor posição para gestante é em decúbito lateral esquerdo (DLE),
para evitar a compressão da veia cava inferior.
Carditocografia

95
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br
Fatores Hormonais que causam aumento da contrações uterinas
Hormônios do Parto
A ocitocina é um hormônio que potencializa as contrações uterinas tornando-as
fortes e coordenadas, até completar-se o parto.
Quando inicia a gravidez, não existem receptores no útero para a ocitocina. Estes
receptores vão aparecendo gradativamente no decorrer da gravidez. Quando a ocitocina se
liga a eles, causa a contração do músculo liso uterino e também, estimulação da produção
de prostaglandinas, pelo útero, que ativará o músculo liso uterino.
O parto depende tanto da secreção de ocitocina quanto da produção das
prostaglandinas, porque sem estas, não haverá a adequada dilatação do colo do útero e
consequentemente, o parto não irá progredir normalmente. Não são bem conhecidos os
fatores desencadeantes do trabalho de parto, mas sabe-se que, quando o hipotálamo do
feto alcança certo grau, de maturação estimula a hipófise fetal a liberar ACTH.
Agindo sobre a adrenal do feto, esse hormônio aumenta a secreção de cortisol e
outros hormônios, que estimulam a placenta a secretar prostaglandinas. Estas promovem
contrações da musculatura lisa do útero. Ainda não se sabe o que impede o parto
prematuro, uma vez que nas fases finais da gravidez, há uma elevação do nível de ocitocina
e de seus receptores, o que poderia ocasionar o início do trabalho de parto, antes do fim
total da gravidez. Existem possíveis fatores inibitórios do trabalho de parto, como a
proporção estrógeno/progesterona e o nível de relaxina, hormônio produzido pelo corpo
lúteo do ovário e pela placenta.
A progesterona mantém seus níveis elevados durante toda a gravidez, inibindo o
músculo liso uterino e bloqueando sua resposta a ocitocina e as prostaglandinas. O
estrógeno aumenta o grau de contratilidade uterina. Na última etapa da gestação, o
estrógeno tende a aumentar mais que a progesterona, o que faz com que o útero consiga ter
uma contratilidade maior.
A relaxina aumenta o número de receptores para a ocitocina, além de produzir um
ligeiro amolecimento das articulações pélvicas (articulações da bacia) e das suas cápsulas
articulares, dando-lhes a flexibilidade necessária para o parto (por provocar remodelamento
do tecido conjuntivo, afrouxa a união entre os ossos da bacia e alarga o canal de passagem

96
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

do feto). Tem ação importante no útero para que ele se distenda, a medida em que o bebê
cresce. O nível de relaxina aumenta ao máximo antes do parto e depois cai rapidamente.
Ainda não se conhecem os fatores que realmente interferem no trabalho de parto,
mas uma vez que ele tenha iniciado, há um aumento no nível de ocitocina, elevando muito
sua secreção, o que continua até a expulsão do feto.

www.google.com.br
Períodos Clínicos ou Fases Clínicas do Parto
Primeiro período – Dilatação
Esta etapa inicia-se quando as contrações uterinas aparecem em intervalos de 10
em 10 minutos e com duração superior a 20 segundos, o que podem ser percebidas pela
dor e pelo endurecimento da barriga. Geralmente neste momento há a saída do tampão
mucoso pela vagina (uma secreção espessa branco-avermelhada).
A dilatação é verificada quando o médico ou a parteira fazem o exame de toque
vaginal e percebem abertura do orifício do colo do útero.
Para o bebê nascer ele deve descer e encaixar a cabecinha na pelve materna, e
neste processo vai pressionando o colo do útero que então fica cada vez mais fino e
dilatado. Se a bolsa não estiver estourado até este momento o médico deve rompê-la para
facilitar o processo.

97
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

As contrações aumentam em intensidade e diminui o intervalo entre elas, até que o


feto esteja pronto para ser expulso do útero. Esta fase pode durar várias horas. Nas
mamães de primeira viagem costuma demorar mais do que nas que já tiveram partos
normais anteriores.
Durante a fase de dilatação pode aliviar suas dores com anestesia, exercícios
respiratórios, técnicas de relaxamento e a presença de alguém da sua confiança
Quando a gestação aproxima – se do fim (40 semanas) e a mãe ainda não entrou
em trabalho de parto o médico pode optar por induzir o processo com medicamentos dados
á mãe, de maneira que as contrações comecem e inicie a dilatação do colo do útero. Esta
opção é sempre feita em ambiente hospitalar e com cuidadosa monitorização do feto e da
parturiente.

98
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Segundo período – Expulsão


Neste período as contrações têm frequência a cada minuto e duração de 60 ou
mais segundos. A mulher pode sentir uma vontade súbita de evacuar ou fazer força para
expulsar o bebê, são os chamado “puxos”, que nada mais são do que a contração dos
músculos abdominais e aumento da pressão dentro da barriga, com o objetivo de empurrar
o bebê pelo canal de parto.
A anestesia pode tirar a sensação do puxo, por isso é muito importante a sua
colaboração para fazer o máximo de força possível no momento das contrações.
Geralmente esta fase é mais rápida, e em cerca de 30 minutos espera-se que a
cabecinha do bebê comece a sair pela vagina, mas em algumas situações pode durar mais
tempo, até 2 horas. Pode ser feito um corte no períneo (episiotomia) se o médico verificar
resistência à saída da cabeça do bebê.
Terceiro período – Dequitação ou segundamento
Após a saída do bebê e o corte do cordão umbilical, é hora de expulsar a placenta
de dentro do útero. O útero vai continuar com algumas contrações que podem ser
imperceptíveis ou sentidas como cólicas, e a placenta descola-se da parede interna desse
órgão e sai pela vagina.

99
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

O descolamento se dá segundo o mecanismo de Baudelocque-Schultze, em


75% das vezes, e caracteriza-se por exteriorizar primeiro a face fetal da placenta, e
posteriormente, a saída do hematoma retroplacentário.
No restante das vezes, o secundamento se dá segundo o mecanismo de
Baudelocque-Duncan, quando ocorre a primeira saída do hematoma retroplacentário e em
seguida a saída da placenta. O primeiro acontece principalmente em placenta de inserção
fúndica e o segundo, em placenta de inserção lateral. As membranas acompanham o
descolamento da placenta. Após o descolamento, ocorre à descida, quando a placenta,
empurrada pelas contrações uterina, alcança a vagina, distendendo-a e desencadeando
novamente o fenômeno do puxo, provocará sua expulsão ou desprendimento.
Quarto período – Revisão
Depois da saída da placenta, o médico ou parteira verificam o canal de parto para a
presença de lacerações, faz a sutura da episiotomia, se houver, e observa a estabilidade
clínica de um modo geral da mulher.
Mecanismo do parto
Apresentação cefálica
1-Encaixamento ou insinuação:
✔ -Passagem do maior diâmetro perpendicular à linha de orientação (biparietal) pela
área do estreito superior.
✔ -Flexão da cabeça e assinclitismo (passagem de 1 parietal antes do outro, mais freq:
posterior) auxiliam na passagem. Pode ocorrer acavalgamento ósseo
2. Descida
✔ -Cabeça desloca do estreito superior para o inferior
✔ -Pelo toque pode definir a progressão de acordo com De Lee ou Hodge
3. Rotação interna da cabeça
✔ -Finalidade de colocar a linha de orientação no diâmetro do estreito inferior,
✔ após a retropulsão do cóccix.
4. Desprendimento da cabeça
✔ -Deflexão e desprendimento da cabeça com retropulsão do cóccix.
✔ -Manobra de Ritgen: retenção da parte posterior do períneo para desprendimento
lento da cabeça fetal.
5. Rotação externa da cabeça e rotação interna das espáduas
✔ -Occipicio volta para a posição primitiva.
✔ -Coincide com a rotação intra-pélvica das espáduas, que se insinua no oblíquo
posterior oposto e roda para ântero-posterior.

100
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

6. Desprendimento das espáduas (tronco)


✔ -Espádua anterior se fixando no subpubis.
✔ -Pto de apoio: inserção braquial do deltóide.
Expulsão
✔ -Liberação do restante do corpo.
Cuidados de enfermagem no Trabalho de Parto
Orientar aparturiente de todos procedimentos aserem realizados;
✔ -Preparar o material para o exame como luvas de procedimnetos, lubrificantes,
estetóscopio de pnard ou sonar, e pinça amniótomo.
✔ -Avaliar BCFs;
✔ -Observar a dinãmica uterina;
✔ -Manter aparturiente, em decúbito lateral esquerdo;
✔ -Manter acesso venoso;
✔ -Verificar sianis vitais;
✔ -Anotar a evolução do parto;
✔ -Oferecer dieta liquida;
✔ -Estimular deambulação;
✔ -Ofertar banho morno á37cº;
✔ -Manter massagem na região dorsal para alivio das contrações;
✔ -Orientar o uso bola suíça, diminui a sensação dolorosa e aumenta as contrações;
✔ -Orientar o uso do banquinho ou cavalinho a mulher fica próxima a posiçãode
cócoras, provendo melhor aporte de oxigênio para ofeto, aumenta a pressão
abdominal e favorece a descida do bebê. Pode ser associada a exercicíos
respiratórios e massagem, o que contribui para diminuição da dor.
✔ -Movimento de bamboleio a mulher segue o ritmo das contrações movendo a pelve
para frente para trás, de um lado parao outro em movimentos circulares. Esses
movimentosservem para facilitar, a descida e a rotação do bebê no canal do parto.
www.google.com.br

101
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br
Distocia
É caracterizada pelo conjunto das dificuldades do parto sendo também denominada
como parto dificil. Distócias O Palavra originada do grego: dustokia. O Significado: mal parto;
parto anormal, difícil. O Anormalidade(s) do(s) mecanismo(s) do parto que interferem na
evolução fisiológica do mesmo. O EUTÓCIA: originado do grego, eutokia. O Significado:
parto harmonioso, parto normal.
✔ Distócia do Trajeto: O Canal Vaginal O Estreitos. A Distócia do Objeto. a Distócias
Fetais. a Distócia do Motora. a Distócias Funcionais (uterinas).
✔ Distócias de Trajeto ou Trajeto Mole: O Colo Uterino: O Edema (sequela de parto
ou cirurgia) A Rigidez (partos, cicatrizes, radioterapia), Aglutinação (há esvaecimento
porém sem dilatação), a Distopias (prolapso uterino) O Miomas, Carcinomas de
Vagina: a Neoplasias: mioma, carcinoma, sarcoma O Rigidez Estenoses de Vulva: as
Varizes, cistos, abscessos de Bartholin, estenoses, alterações do hímen, hematomas
e condilomas.
✔ Distócias de Trajeto ou Trajeto Duro: a Avaliação dos diâmetros. Distócias de
Trajeto ou Trajeto Duro: a Desproporção Céfalo-Pélvica: O Biparietal > 9,8cm. O
Descida fica interrompida. O Leva a cefalohematoma.
✔ Distócias do Objeto a apresentação cefálica fletida: O occipício posterior
persistente e occipício transversa baixa são distócias de rotação. Apresentação
cefálica defletida: O 1° grau: apresenta o bregma. O 2° grau: apresenta o naso. O 3°
grau: apresenta o mento.

102
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ Distócias do Objeto a apresentação Pélvica: é Incompleta (90%): A Completa:


(10%) a apresentação Córmica.
✔ Distócias do Objeto ou Distócia Bisacromial: O Encravamento do ombro anterior
acima do púbis, mas também o ombro posterior pode ficar retido acima do
promontório. A Manobra de Mc Roberts, a episiotomia. A anestesia, com Rotação
Fetal, pode ocorrer fratura de clavícula.
✔ Distócias Funcionais a Hiperatividade Uterina: O Parto Taquitócito ou Precipitado
= > 5 contrações/min. a Hipoatividade Uterina: a atividade uterina ineficiente, a
Atonia ou Hipotonia, a Hipertonia: com obstrução: defletida de 2° grau e
desproporção céfalo- pélvica, sem obstrução: DPP errada, distorcias funcionais: são
importantes causas de cesárea!!!
✔ Distócias Funcionais ou distócias Cervicais Primárias (aglutinação): O Colo
esvaece, mas não dilata a etiologia desconhecida, pode apresentar Hipoplasia
congênita do orifício interno do colo. O Falso Trabalho de Parto: a contração sem
dor: Braxton-
✔ Hicks. A Provável inflamação, não dilata o colo e esvaecimento. O Não há
sangramento ou saída de muco.
Parto assistido por fórceps ou ventosa
O fórceps e a ventosa são instrumentos que são ligados à cabeça do bebê para
que ele possa ser retirado por via vaginal, no parto normal.
Vários motivos levam ao uso dos dois métodos, incluindo circunstâncias em que
haja sofrimento fetal ou em que a mãe não esteja mais conseguindo fazer força.
São intervenções definidas apenas no momento do parto, para facilitar a saída do
bebê. O fórceps, também chamado de fórcipe, é formado por duas partes alongadas e
conectadas que se curvam nas pontas para abrigar a cabeça do bebê. Já a ventosa é uma
espécie de semicírculo de metal ou silicone ligado a uma pequena bomba a vácuo, e é
ajustada mais atrás da cabeça do bebê. O tipo de material usado na ventosa varia
dependendo da posição do bebê.
Indicações do fórceps
✔ -Falta de rotação do pólo cefálico;
✔ -Sofrimento fetal;
✔ -Prematuridade;
✔ -Período expulsão prolongado;
✔ -Cardiopatias;
✔ -Pneumonias;

103
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ -Eclâmpsia;
✔ -Cicatriz uterina anterior.
✔ Cuidados de enfermagem os mesmos aplicados ao parto normal.
Prolapso Do Cordão Umbilical
O prolapso do cordão umbilical consiste na deslocação do cordão para dentro do
canal de nascimento, à frente da cabeça ou de partes do corpo do bebé.
O prolapso do cordão pode fazer com que o cordão fique espremido o que diminui
ou impede o normal fornecimento de sangue e oxigénio ao bebé. Isto é particularmente
perigoso para o bebé, que entra em carência, e pode levar ao decréscimo do seu ritmo
cardíaco.
Fatores Predisponentes
✔ -Rotura da bolsa amnióticaantes do encaixamento da apresentação.
✔ -Apresentação pélvica;
✔ -Placenta prévia;
✔ -Polidramnia;
✔ -Gemelaridade;
✔ -Prematuridade.
Cuidados de Enfermagem
✔ -Utilização de luva estéril;
✔ -Se o cordão apresentar pulsação, isto é, vitalidade fetal, manter a gestante em
posição tredelemburg, para impedir que o feto nasça antes da chegada ao hospital.
✔ -Em caso de dilatação incompleta deverá encaminhar para realizar a cesariana.
Rotura Uterina
Ruptura uterina (ou rotura uterina) é o rompimento lento e progressivo, total ou
parcial, das paredes do útero, o que mais frequentemente ocorre durante o parto. No
entanto, essa complicação não ocorre apenas durante o parto, pode acontecer também
durante a gestação. Nesse caso, as cavidades abdominal e uterina entram em comunicação
e há extrusão do feto ou de partes dele. Trata-se de uma das complicações obstétricas mais
temidas da gravidez porque representa risco de vida tanto para o feto quanto para a mãe.
Causas da ruptura uterina
A ruptura uterina ocorre devido a um aumento de pressão no interior do útero, seja
pelas contrações uterinas durante o trabalho do parto (o mais comum) seja pelo crescimento
do próprio feto, durante a gestação.
Ela pode dever-se a condições inerentes ao parto e aos procedimentos obstétricos,
tais como desproporção cefálio pélvica e parto obstruído, por exemplo, ou ser facilitada por

104
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

fatores ligados à gestante: um grande número de partos anteriores; cirurgias uterinas


prévias (inclusive cesariana), etc.
Outros fatores que podem levar à ruptura uterina são: traumas e cicatrizes
uterinas, malformações congênitas do útero, doenças uterinas diversas, desnutrição,
polidrâmnio (aumento do líquido amniótico), tumores, curetagens malfeitas, dentre outros.
Sinais e Sintomas
Se a ruptura ocorre no início da gestação, a paciente apresentará um quadro de
abdome agudo, com dor intensa e sinais de sangramento interno.
Ocorre-se mais tarde durante a gestação pode ser pouco sintomática e evoluir aos
poucos, causando uma dor abdominal imprecisa e sangramento vaginal.
Quando ocorre durante o trabalho de parto, geralmente se apresentam com dor
súbita bem localizada e grande sangramento causado pela rotura.
Existem casos em que a rotura se dá apenas em alguma das camadas do útero,
mas não em todas: ruptura incompleta. Nestes casos os sintomas são menos intensos e na
maioria das vezes a situação só é reconhecida após o parto. Uma ruptura até então
incompleta pode tornar-se completa no momento do parto.
Manifestações Clínicas
✔ -Rotura Incompleta;
✔ -Taquicardia;
✔ -Palidez;
✔ -Sangramento vaginal discreto;
✔ -Dor abdominal durante as contrações;
✔ -Ausência de dilatação do colo uterino, apesar das contrações.
✔ -Rotura Completa;
✔ -Taquicardia, palidez, pele fria e pegajosa, dispneia são sinais de choque;
✔ -Ausência do BCFs;
✔ -Ausência das contrações;
✔ -Feto palpável com facilidade;
✔ -Dor abdominal súbita ou intensa;
✔ -Sangramento intra-abdominal e vaginal.
Tratamento
✔ -Sutura;
✔ -Transfusão sanguínea;
✔ -Histerectomia imediata;
✔ -Hemostasia completa;

105
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ -Antibioticoterapia.
Cuidados de Enfermagem
✔ -Manter acesso venoso calibroso;
✔ -Administrar hidratação prescrita;
✔ -Oferecer apoio psicológico
Hemorragia Pós-Parto
A hemorragia pós-parto é a perda de mais de meio litro de sangue durante ou
depois da terceira etapa do parto, no momento em que se expulsa a placenta.
Este problema é a terceira causa mais frequente de morte materna no parto, depois
das infecções e das complicações provocadas pela anestesia. As causas da hemorragia
pós-parto são diversas e a maioria delas pode ser evitada.
Uma causa é a hemorragia que se verifica no local donde se soltou a placenta.
Esta hemorragia ocorre quando o útero não se contrai corretamente, quer porque se
distendeu em demasia, quer porque o parto foi prolongado ou anormal, quer porque a
mulher teve várias gravidezes anteriores ou ainda porque se utilizou um anestésico
relaxante muscular durante o parto.
A hemorragia pós-parto também pode ser devida a feridas (lacerações) de um
parto espontâneo, à presença de tecido (em geral, partes da placenta que não se soltaram
de forma adequada) que não foi expulso durante o parto ou à existência de valores baixos
de fibrinogénio (um importante fator necessário à coagulação).
A perda de uma quantidade importante de sangue costuma dar-se pouco depois do
parto, mas o risco subsiste até um mês mais tarde
Fatores Predisponentes
✔ -Atonia uterina;
✔ -Laceração do trajeto;
✔ -Retenção placentária;
✔ -Rotura uterina;
✔ -Inversão uterina;
✔ -Atonia uterina precedida por fatores como: gestação múltipla, polidramnia, mioma
uterino, multiparidade e parto prolongado.
Antes de começar o trabalho de parto, devem ser tomadas precauções para evitar
uma hemorragia pós-parto. Uma das medidas consiste em tratar certos problemas, como a
anemia.
Outra é reunir a maior quantidade possível de informação acerca da paciente. Por
exemplo, o facto de se saber que a mulher tem maior quantidade de líquido amniótico, que

106
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

tem uma gravidez múltipla (de gémeos), que possui um tipo de sangue raro ou que teve
crises anteriores de hemorragia pós-parto pode fazer com que o médico esteja preparado
para enfrentar possíveis perturbações hemorrágicas.
O médico tenta sempre reduzir ao mínimo a sua intervenção no parto. Uma vez que
a placenta se tenha desprendido do útero, a mulher recebe oxitocina para facilitar a
contração uterina e reduzir a perda de sangue. Se a placenta não se soltar por si só 30
minutos depois do parto, o médico tira-a de forma manual. Se a expulsão tiver sido
incompleta, extrai manualmente os fragmentos que faltam.
Em casos excepcionais, os fragmentos infectados da placenta ou de outros tecidos
devem ser extraídos cirurgicamente (por meio de raspagem). Depois da expulsão da
placenta, a mulher é submetida a controlo durante pelo menos uma hora para assegurar que
o útero se contraiu e também para controlar a hemorragia vaginal.
Em caso de hemorragia grave, faz-se uma massagem abdominal para ajudar a
contrair o útero e é administrada uma perfusão endovenosa contínua de oxitocina. Se a
hemorragia persistir, pode ser necessária uma transfusão de sangue. Pode-se examinar o
útero para procurar cortes ou fragmentos retidos da placenta e de outros tecidos, e depois
extraí-los cirurgicamente; ambos os procedimentos requerem um anestésico. Também se
examinam o colo uterino e a vagina. Pode-se injetar prostaglandina no músculo uterino para
facilitar a contração.
Se o útero não puder ser estimulado para que se contraia e a hemorragia seja
reduzida, é possível que seja necessário fazer uma laqueação das artérias que levam o
sangue ao útero. Devido à quantidade abundante de sangue que chega à pélvis, o facto de
se conseguir controlar a hemorragia não significa que o êxito da operação seja definitivo. A
extirpação do útero (histerectomia) raramente é necessária.
Retenção de Placenta
Retenção de placenta é quando a placenta é expelida dentro de uma hora após o
nascimento vaginal de seu bebê. Placenta retida pode ocorrer mesmo quando apenas uma
parte da placenta não é expelido, ou parte dela foi removida durante a dequitação. Isto pode
ser visto quando se examina a placenta e encontrou uma lágrima, ou nota de que não é toda
a placenta. Em casos raros, a placenta retida pode passar despercebida até que ocorram os
outros sintomas.
Há sempre uma causa conhecida para cada caso de retenção de placenta. Existem
alguns fatores que podem aumentar o risco de retenção de placenta. Estes incluem:
✔ -Parte da placenta implantada no útero de uma cicatriz;
✔ -O nascimento prematuro;

107
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ -Indução ou o aumento do trabalho;


✔ -Anormalidades placentárias, como uma placenta lobulada;
✔ -Hipotonia ou atonia do útero.
Cuidados médicos e de enfermagem
É a extração manual da placenta.
Parto Natural
No parto natural, bastante confundido com o parto normal, não são realizadas
intervenções com medicamentos e procedimentos, como corte do períneo ou anestesia de
peridural ou ráqui. Nele, as necessidades da mulher são respeitadas e também deve ser
acompanhado por um profissional da saúde.
Para realizar o parto natural são recomendados exercícios durante a gravidez para
fortalecimento do períneo e musculatura da bacia.
Muitas mães que optam por esse tipo de parto preferem dar à luz em casa, na
banheira, de cócoras ou mesmo na cama. Os mesmos métodos podem ser realizados em
hospitais também.
Apesar de não sofrer intervenções, os riscos também estão presentes.
Complicações na hora do parto podem acontecer exigindo outros métodos para o
nascimento do bebê. Se essa é uma de suas preferências, converse com seu médico para
saber se é o indicado para sua gravidez.
Parto Humanizado
No Brasil há uma forte campanha pelo parto humanizado. Assim como no parto
natural, as vontades da mãe são respeitadas. Ela deve contar com o apoio de seu
companheiro e, muitas vezes, conta com a doula, que é formada em obstetrícia e
acompanha a mulher durante a gestação e o parto.
O parto humanizado propõe a experiência total sobre o processo de dar à luz para
a mãe, seu parceiro e o bebê que está chegando. A ideia é que a obstetrícia auxilie, mas
não interfira no parto.

108
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br
Cesárea
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 15% dos partos acabarão na mesa de
cirurgia, ou seja, sendo cesárea. No parto cirúrgico, a gestante recebe anestesia geral ou da
cintura para baixo, a chamada peridural. Um corte com cerca de 20 centímetros é feito
abaixo do umbigo até acima da vagina para retirada do filho.
A mamãe vê o bebê rapidamente e é sedada para finalização da cirurgia, enquanto
o bebê fica na sala de pediatria neonatal sob observação.
Ao contrário do parto normal, a recuperação não acontece no mesmo dia. Após a
cesárea, a mamãe deve tomar cuidados com a cicatrização. Problemas na bexiga e prisão
de ventre podem ser um dos efeitos colaterais após a cirurgia.
Esse tipo de parto pode trazer riscos ao bebê, como complicações respiratórias ou
gerar uma infecção hospitalar.

109
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

A cesárea deve ser a opção em casos de complicação no parto normal, ou se a


gestante possui algum problema de saúde, como pressão alta ou diabetes, eclampsia, HIV,
e também situação e apresentação do feto como ( cefálica, pélvica ou transversa) outros.

www.google.com.br

www.gogogle.com.br

110
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br
Parto na Água
O parto na água também acontece pelo canal vaginal e pode ser realizado no
hospital ou em casa. A mamãe se mantém posicionada em uma banheira com água em
temperatura de 36º a 37cº, que pode trazer conforto e alívio.
Esse tipo de parto é acompanhado por médicos e auxiliares e não impede uso de
medicação caso necessário, mas não é recomendado para as mulheres com diabetes ou
pressão alta.
Os riscos são os mesmos encontrados no parto normal: o de ruptura do útero. A
vantagem de recuperação rápida também se assemelha com o parto normal.

111
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br

www.google.com.br
Doula

A palavra "doula" vem do grego "mulher que serve". Nos dias de hoje, aplica-se às
mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o
parto.

112
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Antigamente a parturiente era acompanhada durante todo o parto por mulheres


mais experientes, suas mães, as irmãs mais velhas, vizinhas, geralmente mulheres que já
tinham filhos e já haviam passado por aquilo. Depois do parto, durante as primeiras
semanas de vida do bebê, estavam sempre na casa da mulher parida, cuidando dos
afazeres domésticos, cozinhando, ajudando a cuidar das outras crianças.
Conforme o parto foi passando para a esfera médica e nossas famílias foram
ficando cada vez menores, fomos perdendo o contato com as mulheres mais experientes.
Dentro de hospitais e maternidades, a assistência passou para as mãos de uma equipe
especializada: o médico obstetra, a enfermeira obstétrica, a auxiliar de enfermagem, o
pediatra. Cada um com sua função bastante definida no cenário do parto.
O médico está ocupado com os aspectos técnicos do parto. As enfermeiras
obstetras passam de leito em leito, se ocupando hora de uma, hora de outra mulher. As
auxiliares de enfermeira cuidam para que nada falte ao médico e à enfermeira obstetra. O
pediatra cuida do bebê. Apesar de toda a especialização, ficou uma lacuna: quem cuida
especificamente do bem-estar físico e emocional daquela mãe que está dando à luz? Essa
lacuna pode e deve ser preenchida pela doula ou acompanhante do parto.
O ambiente impessoal dos hospitais, a presença de grande número de pessoas
desconhecidas em um momento tão íntimo da mulher, tende a fazer aumentar o medo, a dor
e a ansiedade. Essas horas são de imensa importância emocional e afetiva, e a doula se
encarregará de suprir essa demanda por emoção e afeto, que não cabe a nenhum outro
profissional dentro do ambiente hospitalar.
O que a doula faz
Antes do parto a ela orienta o casal sobre o que esperar do parto e pós-parto.
Explica os procedimentos comuns e ajuda a mulher a se preparar, física e emocionalmente
para o parto, das mais variadas formas.
Durante o parto a doula funciona como uma interface entre a equipe de
atendimento e o casal. Ela explica os complicados termos médicos e os procedimentos
hospitalares e atenua a eventual frieza da equipe de atendimento num dos momentos mais
vulneráveis de sua vida. Ela ajuda a parturiente a encontrar posições mais confortáveis para
o trabalho de parto e parto, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas
naturais que podem aliviar as dores, como banhos, massagens, relaxamento, etc.
Após o parto ela faz visitas à nova família, oferecendo apoio para o período de
pós-parto, especialmente em relação à amamentação e cuidados com o bebê.
A doula e o pai ou acompanhante

113
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

A doula não substitui o pai (ou o acompanhante escolhido pela mulher) durante o
trabalho de parto, muito pelo contrário. O pai muitas vezes não sabe bem como se
comportar naquele momento. Não sabe exatamente o que está acontecendo, preocupa-se
com a mulher, acaba esquecendo-se de si próprio. Não sabe necessariamente que tipo de
carinho ou massagem a mulher está precisando nessa ou naquela fase do trabalho de parto
Eventualmente o pai sente-se embaraçado ao demonstrar suas emoções, com
medo que isso atrapalhe sua companheira. A doula vai ajudá-lo a confortar a mulher, vai
mostrar os melhores pontos de massagem, vai sugerir formas de prestar apoio à mulher na
hora da expulsão, já que muitas posições ficam mais confortáveis se houver um suporte
físico.
O que a doula não faz
A doula não executa qualquer procedimento médico, não faz exames, não cuida da
saúde do recém-nascido. Ela não substitui qualquer dos profissionais tradicionalmente
envolvidos na assistência ao parto. Também não é sua função discutir procedimentos com a
equipe ou questionar decisões.

Vantagens
As pesquisas têm mostrado que a atuação da doula no parto pode:
✔ -Diminuir em 50% as taxas de cesárea
✔ -Diminuir em 20% a duração do trabalho de parto
✔ -Diminuir em 60% os pedidos de anestesia
✔ -Diminuir em 40% o uso da oxitocina
✔ -Diminuir em 40% o uso de fórceps.
Embora esses números refiram-se a pesquisas no exterior, é muito provável que os
números aqui sejam tão favoráveis quanto os acima mostrados.
Parto de Cócoras
A diferença entre o parto normal e o de cócoras é apenas a posição, que permite
mais conforto e alívio das dores para algumas mulheres.
Para esse tipo de parto de cócoras existe uma cadeira especial disponível para o
apoio da mamãe e que também auxilia o obstetra durante o processo.
Nesse caso, o bebê deve estar posicionado e encaixado para que o parto ocorra
tranquilamente. Em situações de risco, não é um dos tipos recomendados. A saída do bebê
acontece de maneira rápida devido a posição. Assim como no parto normal, a recuperação é
rápida.

114
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

As opções são muitas, mas o que irá determinar o tipo de parto para a chegada do
seu bebê será o seu pré-natal e sua conversa com o médico. Tire todas as dúvidas com seu
obstetra e se informe para que você fique tranquila para o momento mais esperado de sua
vida: a hora de dar à luz

www.google.com.br
Assistência de enfermagem no puerpério
O puerpério é o período do ciclo gravídico puerperal que se inicia logo após a
dequitação estendendo-se cerca de 6 semanas, quando o organismo materno retorna ás
suas condições pré-gravídicas. É caracterizada pela regressão das modificações sistêmicas
e locais que ocorreram na gestação.
Classificação
✔ -Puerpério Imediato- inicia-se na 1ª hora pós-parto, estendendo-se até a 2ª hora, ou
seja, tem início imediato após a saída da placenta, estendendo-se por duas horas.
✔ -Puerpério Mediato- inicia-se na 2ª hora, estendendo-se até o 10º dia. Esse período
é marcado pela regressão das modificações nos órgãos genitais.

115
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

EXERCÍCIOS
1-Qual é a relação útero-fetal?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2-Quais são os tipos de pelve na gestante?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

3-Diferencie parto normal de parto natural.


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

4-Quais são os períodos do parto?

116
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

5-Explique como ocorre distocia.


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

6-Explique como ocorre parto fórceps.


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

7-Quais são os fatores de risco que leva ao prolapso de cordão?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

8-O que é ruptura uterina?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

9-Como ocorre hemorragia pós-parto?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

10-Diferencie parto humanizado de parto das águas.


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

117
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

11-Quais são as indicações da cesariana?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

12-Qual é a importância das doulas?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

13-Dê a classificação de puerpério e explique cada uma delas.


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

MODIFICAÇÕES LOCAIS NO PUERPÉRIO


Útero: atinge a cicatriz umbilical após a dequitação (saída da placenta), e regride em torno
de 1 cm até o 3º dia, e depois em 0,5 cm até o 12º dia quando o útero tangencia a borda
superior da sínfise púbica. Essa involução pode ser irregular, variando de puérpera para
puérpera.

118
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Forma-se inicialmente um tamponamento dos vasos pela compressão do miométrio


para, em seguida, formarem-se trombos que impedirão a perda sanguínea. Esse processo
de hemóstase pode ser percebido através do globo de segurança de Pinard, onde os vasos
uterinos estão contraídos, e com isso tem-se um útero com consistência firme.
Inicialmente surgem os LÓQUIOS, que é a perda vaginal após o parto, constituída
de produtos de descamação e sangue da ferida placentária, do colo uterino e da vagina.
Forma-se inicialmente um tamponamento dos vasos pela compressão do miométrio
para, em seguida, formarem-se trombos que impedirão a perda sanguínea. Esse processo
de hemóstase pode ser percebido através do globo de segurança de Pinard, onde os vasos
uterinos estão contraídos, e com isso tem-se um útero com consistência firme.
Colo Uterino: após o parto, o colo está flácido, violáceo e lacerado nas comissuras. A
restauração epitelial inicia-se dentro de 4 dias. Até o o 3º dia pós-parto, o colo é permeável
ao dedo indicador, já no 5º dia torna-se impérvio nas primíparas, e no 10º dia nas
multíparas. Com 6 semanas, o colo apresenta características pré-gravídicas.
Vulva E Vagina: Nas primigestas, podem ser encontrados retalhos de membrana himenal
(carúnculas mirtiformes) decorrente da compressão cefálica fetal. A vagina tem a aparência

119
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

edemaciada e arroxeada, voltando a aparência do estado anterior à gestação por volta da 3ª


semana, nas mulheres que amamentam. Já aquelas que não amamentam, alterações
acontecem em torno da 6ª semana.
Períneo: está com sua musculatura distendida e fraca, com os tecidos edemaciados e
cianosados. E com frequência podem surgir viscosidades do plexo hemorroidário ou
hemorroidas preexistentes podem-se agravar.
Parede Abdominal: a musculatura fica distendida durante a gestação, perdendo sua
tonicidade. É importante a orientação da enfermeira quanto os exercícios para auxiliarem na
recuperação da força e do tônus muscular.
Modificações Gerais Do Puerpério
Sinais Vitais: Temperatura: pode haver elevação da temperatura, durante as primeiras 24h
do pós parto, de até 38 °C, que é atribuída ao esforço e à desidratação do parto ou à
invasão de germes e produtos tóxicos locais na circulação materna através das pequenas
soluções de continuidade existentes no canal de parto. Uma elevação acima de 38 °C, por
duas vezes nos primeiros 10 dias após o parto, (excluindo as primeiras 24h), é considerada
complicação puerperal.
✔ Pulso: pode ocorre queda da frequência cardíaca para 50-60 nos primeiros 8 dias
após o parto, atribuída ao aumento brusco do retorno venoso. Respiração: há retorno
do padrão respiratório por causa da descompressão do diafragma, consequente ao
esvaziamento uterino. Pressão arterial: a queda da pressão sanguínea pode estar
relacionada à perda excessiva de sangue, enquanto uma elevação é sugestiva de
hipertensão gravídica.
Sistema Cardiovascular: o volume sanguíneo, que logo após o parto declina em função do
volume da hemorragia da dequitação, retorna ao normal nas primeiras 6 semanas.
A pressão venosa nos MMII cai bruscamente após o parto por causa da
descompressão das veias ilíacas e da veia cava inferior, atenuando as varizes existentes.
Há tendência a complicações tromboembólicas, devido ao aumento de fibrinogênio que é
um fator de coagulação, para diminuir o risco é importante à deambulação precoce e
frequente.
E também realizar o exame para verificar trombose, através sinal de Homans
(verifica pulsação dos MMII), que consiste no dorso flexão do pé sobre a perna e o doente
vai referir dor na massa muscular na panturrilha. Para identificação de Edema muscular: é
feito a palpação da massa muscular dando menor mobilidade do gastrocnêmio que fica
edemaciado. Quando comparada com outro membro constitui o sinal da Bandeira
(apalpação do pulso poplíteo).

120
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Sistema Urinário: a retenção urinária após o parto pode ocorrer em razão de a bexiga estar
muitas vezes edemaciada e traumatizada, sensibilidade diminuída à pressão exercida pela
urina, edema e traumatismos dos tecidos em torno do meato urinário. Dor lombar discreta,
febre, retenção urinária, disúria, polaciúria são indicativos de infecção urinária.
Sistema Digestivo: a descompressão abdominal corrige e normaliza a topografia gástrica,
favorecendo o mais rápido esvaziamento do estômago. O funcionamento fisiológico
intestinal é restaurado em torno do 3° ao 4° dia após o parto.
Sistema Tegumentar: a hiperpigmentação da face (melasma), do abdome e da mama, que
no puerpério imediato se intensifica (pela retração da pele), sofre redução progressiva,
embora possa persistir por muito tempo ou permanecer.
Exercícios
1-Quais são as modificações no puerpério?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

2-Como se encontra o colo do útero?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

3-Quais os cuidados de enfermagem que devemos ter com a região do perineo?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

4-Descreva qual a modificações que ocorre no sistema cardiovascular após o parto.


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

ALEITAMENTO MATERNO

121
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

O leite materno é forte e adequado para o bebê, que não vai necessitar de outro
alimento até os 6 meses de idade. Depois dessa idade o ato de amamentar deve ser
mantido, mas acompanhado com os demais alimentos habituais da família.
Quais são as vantagens da amamentação?
O leite materno é o alimento mais completo que existe para o bebê até o sexto mês.
Por isso não é preciso completar com outros leites, mingaus ou suquinhos, fazendo
economia para o orçamento familiar;
O leite materno é muito fácil de digerir e não sobrecarrega o intestino e os rins do
bebê. Isso explica porque as fezes do bebê são aguadas (amarelas ou verdes),
Ele protege o bebê da maioria das doenças; É prático, não precisa ferver misturar,
coar, dissolver ou esfriar. Está sempre pronto, a qualquer hora ou lugar; e que a urina se
apresente bem clarinha e abundante. Transmite amor e carinho, fortalecendo os laços entre
a mãe e o bebê;
Protege a mãe da perda de sangue em grande quantidade depois do parto.
Também protege a mãe da anemia porque impede a menstruação, a amamentação diminui
as chances de a mãe ter câncer de mama e de ovário.
Existe leite fraco?
Não. O leite nunca é fraco. A aparência do leite muda conforme a fase da
amamentação, nos primeiros dias o leite é geralmente em pequena quantidade. É o colostro,
um leite concentrado, nutritivo e com muitos anticorpos.

122
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

É a primeira vacina do bebê. No começo da vida é muito importante que ele receba
o colostro a toda hora. Além de dar proteção, ajuda a treinar o jeito de mamar.
O que fazer para ter bastante leite?
Quando o bebê começa a mamar, quando nasce, ainda na sala de parto, a descida
e a produção do leite são mais rápidas. Quanto mais o bebê mama, mais leite se produz. A
produção do leite acontece quando o bebê suga. Para manter boa produção de leite, a mãe
deve oferecer o peito ao bebê sempre que ele quiser e amamentar durante a noite.
Descansar também ajuda. Para o bebê mamar mais, não dê a ele chás, água, sucos ou
outro tipo de leite nos primeiros meses de vida.
Como amamentar o bebê?
A mãe deve estar confortável. Se achar necessário poderá apoiar os pés, os braços
e as costas. O uso de travesseiros costuma ajudar.
A posição do bebê também é importante, encostado no corpo da mãe, com o
bumbum apoiado pela mão da mamãe. Ele precisa estar de frente para o peito, bem quando
o bebê abocanha uma grande parte da aréola, aquela parte mais escura do peito em volta
do bico, fica mais fácil extrair o leite de dentro do peito para a boca.
Isso mantém uma boa produção de leite e protege o peito das rachaduras. Uma
dica para o bebê abrir bem a boca e pegar bastante aréola, passe o bico do peito na parte
que fica entre a boca e o nariz.

Como evitar o ingurgitamento mamário?

123
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Para evitar o empedramento, toda vez que o peito estiver muito cheio ou pesado
ele deve ser esvaziado. Para retirar o leite do peito, faça massagens suaves em todo o
peito. Depois, coloque o polegar e o indicador na linha que divide a aréola do restante do
peito e aperte suavemente um dedo contra o outro. O leite inicialmente sai em gotas e logo
após em pequenos jatos.
O que fazer para evitar rachaduras?
Para não tirar a proteção natural da pele da aréola, não passe creme, sabonetes ou
loções e evite esfregar ou massagear os mamilos. Passar o próprio leite, depois das
mamadas, limpas e protege a aréola. Ensinar o bebê a abrir bem a boca na hora de
abocanhá-la e amamentar é o mais importante para prevenir e evitar as rachaduras.
A alimentação da mãe pode prejudicar a amamentação?
Não. A maioria dos alimentos não afeta a amamentação. Comer um pouco mais
que o habitual é suficiente para essa fase em que o corpo está produzindo leite. Os
alimentos ácidos não “talham” o leite. Não é necessário tomar mais leite de vaca para
produzir leite. Café, chá preto ou mate e refrigerantes em grande quantidade podem
provocar cólicas no bebê. Parar temporariamente com eles vai mostrar se são os
causadores das cólicas. As bebidas alcoólicas e o cigarro são desaconselháveis porque
podem afetar a saúde do bebê.
As mães que têm anemia podem amamentar?
Sim, mas devem procurar um tratamento. O médico poderá receitar a medicação
adequada orientar uma dieta e a mãe continua amamentando.
As mães podem tomar medicamentos durante a amamentação?
A maioria dos medicamentos é compatível com a amamentação. A mãe só deve
tomar remédios quando orientada pelo médico ou por um profissional habilitado.
Por que, às vezes, a mãe sente que está com pouco leite?
Muitas mulheres voltam para suas atividades normais e nem sempre conseguem
tempo para descansar. Além de todo o trabalho que já faziam antes, elas também estão
produzindo leite.
Descansar, sempre que possível, nos intervalos das mamadas pode ajudar.
Qual é a idade de parar de amamentar?
A amamentação é exclusiva até 6 meses de vida e recomendada até 2 anos ou
mais. O leite acompanha o crescimento do bebê e ainda contém proteínas, vitaminas,
energia e anticorpos para a melhor proteção da criança. Depois de 2 anos de idade, mãe e
bebê devem decidir se continuam ou não.
Quando a mãe engravida novamente pode continuar a amamentar?

124
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Sim. Uma nova gestação não prejudica o leite, mesmo que mude um pouquinho o
seu gosto. O bebê às vezes estranha, mas logo se acostuma. A amamentação não costuma
prejudicar o bebê que está se formando. O médico ou profissional que acompanha o
pré-natal deve orientar essa nova gravidez.
Como fazer para trabalhar e amamentar?
Durante a licença-maternidade dar só de mamar, sem qualquer outro líquido.
Depois desse período, peça para levar o bebê consigo no trabalho, para continuar a
amamentação. Se não for possível, peça à pessoa que vai cuidar do bebê para levá-lo ao
seu trabalho para que você mesma possa amamentá-lo. Se o seu trabalho for perto de sua
casa, aproveite a “pausa amamentação” para ir amamentar.
Como fazer para conservar o leite estocado?
No trabalho, a mãe pode, após lavar as mãos, retirar e guardar seu leite em um
frasco de vidro, com tampa plástica de rosca, lavado e fervido. Se houver geladeira, manter
o leite sob refrigeração. Se não houver, manter em isopor com gelo.
Conservação e validade:
Segundo ANVISA 2009, na geladeira: leite cru - 12 horas, leite pasteurizado
degelado - 24 horas, No freezer: leite cru - até 15 dias leite pasteurizado - 6 meses
Para ser dado ao bebê, o leite deve ser descongelado e aquecido no próprio frasco,
em banho-maria. O leite materno não pode ser descongelado em microondas e não deve
ser fervido.
Caso esse armazenamento não seja possível, para manter a produção ela deve
apenas ordenhar seu leite e jogá-lo fora.
A partir dos 6 meses, continuar amamentando e oferecer novos alimentos, inclusive
água tratada, filtrada ou fervida. Por volta dos 8 meses, a criança poderá receber os
alimentos preparados para a família, sem excesso de sal ou gordura. Para temperar use
alho, cebola, ervas e um fio de óleo.
Fissuras e Rachaduras dos mamilos
São lesões que surgem nos mamilos, originadas da apreensão inadequada do RN.
Essas lesões são mais frequentes nas nutrizes com mamilos invertidos ou planos.
Rachaduras são lesões superficiais, em enquanto fissuras são lesões profundas.
Sinais e Sintomas
✔ -Dor á sucção e ao encontro do sutiã com os mamilos;
✔ -Exsudato e sangramento nas lesões.
Tratamento
✔ -Exposição dos mamilos ao sol duas vezes ao dia;

125
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ -Evitar o uso de sabões e sabonetes nos mamilos e aréola;


✔ -Aplicar o próprio leite materno sobre os mamilos.
Deiscência da sutura
É caracterizada pela aberturados pontos, tanto superficiais como profundos, da
incisão cirúrgica.
Cuidados de enfermagem
✔ -Observação diária das condições da rafia;
✔ -Estimulação da higienização perineal;
✔ -Realizar curativo perineal;
✔ -Orientar quanto á importância do repouso relativo.
Infecção Puerperal
É caracterizada por qualquer infecção originada no aparelho genital após o parto,
ou seja, nos primeiros dez dias pós-parto.
Fatores de Risco
✔ -Deficiência de assepsia na técnica ou instrumental contaminado;
✔ -Foco infeccioso pré-existente;
✔ -Relação sexual antes do fim do puerpério;
✔ -Trabalho de parto prolongado;
✔ -Restos placentários.
Manifestações clinicas
✔ -Hipertermia;
✔ -Subinvolução, amolecimento e hipersensibilidade uterina;
✔ -Útero doloroso á palpação;
✔ -Loquiação purulenta e fétida;
✔ -Cefaleia, mal-estar, dor, calor e hiperemia na incisão ou laceração.
Tratamento
✔ -Ambulatorial ou hospitalar;
✔ -Analgésicos, antitérmicos, antibióticos.
Cuidados de enfermagem
✔ -Administrar os medicamentos prescritos;
✔ -Estimular a deambulação;
✔ -Orientar a higiene perineal;
✔ -Realizar curativo;
✔ -Controlar temperatura e pulso;
✔ -Observar a involução da infecção.

126
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

EXERCÍCIOS
1-Qual é a importância do aleitamento materno?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2-Quais são os sinais e sintomas do ingurgitamento mamário?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

3-Como ocorrem as fissuras?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

4-O que é uma deiscência de sutura?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

5-Como caracteriza infecção puerperal?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

127
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO NA SALA DE PARTO E BERÇÁRIO


Assim que nasce, o bebê tem como primeiro desafio se acostumar ao ambiente fora
do útero. Em outras palavras, terá de respirar e controlar a temperatura do corpo por conta
própria. Além de se acostumar com a intensidade da luz, dos sons e dos cheiros. Para
auxiliá-lo nessa tarefa, deve haver, na sala de parto, um pediatra. É esse especialista que
vai colocá-lo em um berço aquecido para ajudar a estabilizar sua temperatura. E é ali
também que o médico o seca e faz os primeiros exames. O objetivo é checar como o
pequeno está. Esses testes não são aleatórios e seguem padrões que mostram como o
recém-nascido reage nos primeiros minutos de vida. Trata-se do chamado boletim de Apgar.

www.google.com.br

128
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

O Apgar analisa cinco itens relacionados à saúde da criança: frequência cardíaca,


respiração, tônus muscular (se é rígido ou flácido), coloração da pele e se o bebê está ativo
e reativo à manipulação. Essa avaliação acontece, aproximadamente, no primeiro minuto
pós-nascimento e, em seguida, no quinto minuto de vida. Para cada item é dada uma nota,
que varia de 0 a 2. O pediatra soma essas notas e chega a um resultado final tanto para o
primeiro quanto para o quinto minuto de vida do pequeno.
A ausência do chororô costuma indicar muito mais uma característica do pequeno
do que a presença de algum problema grave, principalmente se os outros dados do Apgar
apontarem que ele está se adaptando bem fora do útero. Vale saber que devemos estimular
o recém-nascido para que ele chore.
Ainda dentro da sala de parto o pediatra passa uma sonda de nelaton nº 6, na vias
aéreas superiores (nariz e boca), liberando a passagem do ar e assim, evitar que a criança
bronquiaspire com sua secreção.
Depois os cuidados de enfermagem de aspirar ao recém-nascido, administra
vitamina K, preveni contra hemorragia do coto do cordão umbilical, e em seguida administra
nitrato de prata uma gota em cada olho para prevenir conjuntivite gonocócica. Tem
maternidade que o banho, pesar e medir o recém-nascido só são realizados após a segunda
hora do nascimento.
Alojamento Conjunto
A cada dia que passa mais e mais médicos e hospitais estão se convencendo de
que o Alojamento Conjunto é a melhor maneira para um recém-nascido de começar sua
vida. São tantas as vantagens, tanto para a mãe como para a criança, até mesmo para os
seus familiares (pai, avôs, irmãos, etc.) que nos países mais desenvolvidos já faz muitos
anos que a grande maioria dos médicos prefere este sistema.
Segundo o Ministério da Saúde, Alojamento Conjunto é o sistema hospitalar em
que o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece com a mãe, 24h por dia,
num mesmo ambiente, até a alta hospitalar. Este sistema possibilita a prestação de todos os
cuidados assistenciais, bem como a orientação à mãe sobre a saúde de binômio mãe e filho.
Objetivos
✔ -Aumentar os índices de Aleitamento Materno;
✔ -Estabelecer vínculo afetivo entre mãe e filho;
✔ -Permitir aprendizado materno sobre como cuidar do RN;
✔ -Reduzir o índice de infecção hospitalar cruzada;
✔ -Estimular a participação do pai no cuidado com o RN;

129
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ -Possibilitar o acompanhamento da Amamentação, sem rigidez de horário, visando


esclarecer às dúvidas da mãe e incentiva-la nos momentos de insegurança;
✔ -Orientar e incentivar a mãe (ou pais) na observação de seu filho, visando esclarecer
dúvidas;
✔ -Reduzir a ansiedade da mãe (ou pais) frente às experiências vivenciadas;
✔ -Favorecer troca de experiências entre as mães;
✔ -Melhorar a utilização das unidades de cuidados especiais para RN;
✔ -Aumentar o nº de crianças acompanhadas por serviço de saúde.

Mãe Canguru

O Método Mãe Canguru é muito mais do que a posição vertical em que o bebê
prematuro permanece “amarrado” ao corpo da mãe. É um tipo de humanização e
assistência neonatal que implica no contato precoce pele a pele entre mãe e o bebê
prematuro, pelo tempo que quiserem. Saibam que não só a mamãe participa; o papai
também pode entrar nessa.
Esse tipo de humanização oferece ao bebê uma vivência da passagem da vida
uterina para a extra-uterina, aumentando muito o vínculo entre pais e bebê. E esse vínculo
deixa o bebê mais seguro, proporcionando mais confiança aos pais no manuseio do seu
filho. O Método aproxima os pais do bebê. É uma relação importante para o
desenvolvimento completo do bebê que veio ao mundo.
A “Mãe Canguru”, além de ser um gesto mais do que carinhoso, estabelece maior
apego, segurança, incentivo ao aleitamento materno e melhor desenvolvimento da criança,
evitando infecções hospitalares. Quanta coisa boa. O Método se desenvolve em três etapas.
A primeira ocorre quando o bebê ainda está internado na Unidade de Terapia
Intensiva Neonatal (UTI Neo). Os pais devem ter livre o acesso à UTI Neo e serem

130
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

possibilitados a manter o contato físico com o seu bebê, isto é, serem estimulados pela
equipe hospitalar a tocarem seu bebê que está dentro da incubadora.
Se o bebê estiver em condições clínicas estáveis, principalmente em relação à
respiração, os pais poderão fazer a posição Canguru, onde o bebê fica apenas de fralda
“amarrado” no peito nu do papai ou da mamãe. A equipe do hospital e em conjunto com a
opinião dos pais irão decidir quanto tempo será feita essa posição dentro da UTI Neo.
Quando o bebê está bem estável, pode ir para o Alojamento Conjunto para que
mãe e bebê permaneçam 24 horas na posição Canguru. O Alojamento Conjunto é o quarto
em que mãe e bebê permanecem juntos. O bebê não fica no berçário e é a mamãe quem
fará os cuidados com o bebê, com supervisão da equipe hospitalar.
Na posição Canguru, o bebê tem menos refluxo e as vias aéreas são mantidas
livres, o que evita o sufocamento da criança e há diminuição do risco de apneia (parada da
respiração durante o sono). O contato com o corpo da mãe promove a manutenção dos
níveis adequados de temperatura corpórea do bebê. O desenvolvimento neurológico da
criança é melhor, ainda mais pelo fortalecimento dos laços afetivos entre mãe e bebê.
Canguru em casa - Já a terceira etapa consiste na alta hospitalar, mas não do
Método. Já orientada e segura para cuidar do bebê sozinha em casa, a mamãe recebe alta
para fazer a posição Canguru em casa. A mãe tem que assegurar que fará a posição
Canguru durante as 24 horas do dia. Não só ela, mas qualquer outra pessoa da sua
confiança e que esteja habilitada para “amarrar” o bebê ao corpo, como o papai ou a vovó.
Todas as tarefas de casa poderão ser realizadas com o bebê no peito. Se bem
amarrado não tem perigo dele escorregar. Mesmo depois da alta hospitalar, na primeira
semana a mamãe tem que visitar o hospital de dois em dois dias. Na segunda semana, as
sessões podem ficar de três em três dias, até chegar a uma vez por semana. Tudo isso para
verificar as condições do bebê, pois se precisar, o bebê é prontamente internado.
O método é comprovadamente eficaz, entretanto, em nenhum momento essa
metodologia apresentou-se como uma substituição à tecnologia. Os equipamentos
hospitalares são necessários, sim, mas com indicações precisas. O Mãe Canguru vem para
complementar toda a tecnologia disponível.
Até quando? - O bebê é mantido na posição Canguru até que mãe e bebê se
sintam bem. O comum é até o bebê atingir 2 quilos ou até quando seria a data provável do
parto, ele começa a ficar agitado, a subir pela mãe e a suar. É como se estivesse na hora de
nascer mesmo, dentro de uma gestação completa. É a hora em que o bebê “avisa” que
deixou de ser um canguruzinho.

131
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

EXERCICÍOS
1-Como é descrito a escala do Apgar?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2-Quais são os primeiros cuidados que são prestados pelo pediatra dentro da sala de parto?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3-Quais são os cuidados prestados dentro do berçário?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4-Defina Alojamento conjunto.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5-Dê os objetivos do alojamento conjunto.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

132
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

6-Explique o que é mãe canguru.


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
7-Qual objetivo da mãe canguru.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
8-Até quando o bebê é mantido no método canguru?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

CÂNCER
Câncer DE Mama
O câncer de mama representa o principal tipo de câncer na mulher. Este
geralmente apresenta um bom índice de cura, principalmente quando diagnosticado em sua
fase precoce.
Geralmente o tumor se inicia na mama, pode atingir a axila e até mesmo aparecer
em outros órgãos, fato que chamamos de metástases.
A extensão do tumor determina a forma de tratamento. Assim estimula-se a
medidas de autocuidado da mama como o autoexame e a mamografia.
Os principais fatores de risco constituem o sexo feminino, a idade (> 50 anos),
história familiar (primeiro ou segundo grau direto) ou pessoal: ausência de filhos, primeira
gravidez após os 30 anos, uso de hormônios externos, consumo de álcool, doença mamária
prévia, radiação torácica e obesidade.
Geralmente a possibilidade da população geral de desenvolver câncer de mama é
de 1 em cada 10 mulheres ao longo de suas vidas, porém outro número a se considerar é
que em geral a taxa anual é de 50 casos para cada 100.000 mulheres/ ano. O câncer de
mama também acomete os homens, no entanto é raro, representando apenas cerca de 1%
dos casos.

133
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

A associação de riscos eleva a possibilidade de câncer, mas esta não é uma


condição absoluta. É necessário saber que riscos existem, porém deve-se principalmente
ficar atento aos cuidados com a mama.
Sinais E Sintomas
Geralmente o câncer de mama aparece como uma massa ou tumoração palpável.
Esse material é encaminhado para a biópsia a fim de confirmar o diagnóstico. O fato é que
nem toda a massa é câncer, porém na presença de uma massa ou tumoração mamária a
mulher deve procurar um ginecologista ou mastologista.
Outros sintomas menos frequentes constituem o endurecimento mamário, a
presença de secreção pelo mamilo com aspecto de água de rocha ou sangue e o
aparecimento de gânglios axilares.
A melhor maneira de se prevenir constitui a realização de medidas de autocuidado
da mama. Assim sugere-se a realização do autoexame da mama mensalmente, o qual deve
ser realizado pelo menos uma semana após o período menstrual. Na presença de alguma
anormalidade, um médico deverá ser procurado.
A principal maneira de se prevenir o câncer de mama é a realização do exame de
mamografia. Esse exame favorece o diagnóstico precoce e a elevação nas taxas de cura.
Assim sugere-se a realização do exame de mamografia de maneira regular (anualmente) a
partir dos 40 anos de idade.
Tratamento
O tratamento é multidisciplinar. Assim geralmente a mulher será tratada com um
cirurgião, um oncologista clínico e um radio-oncologista. A ordem do tratamento depende
das condições em que o tumor foi diagnosticado.
No que se refere ao tratamento cirúrgico pode-se retirar toda a mama ou parte dela,
da mesma forma que na axila, onde pode-se realizar a retirada de um linfonodo (linfonodo
sentinela), ou a retirada de todos os linfonodos. O tratamento depende das características
do tumor quando se realizou o diagnóstico.
No que se refere a oncologia clínica, a paciente poderá ser submetida a um
tratamento após a cirurgia (tratamento adjuvante), ou antes da cirurgia (tratamento
neoadjuvante). Da mesma forma pode ser submetida a quimioterapia, hormonioterapia e
tratamento alvo-específico. Tudo depende das características do tumor
O mais importante a se saber sobre o tratamento constitui o fato que este se tornou
multidisciplinar e multimodal (com a participação de vários profissionais), fato este que tem
elevado as taxas de cura.
Câncer de ovário

134
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Câncer de ovário
www.google.com.br
Câncer de ovário com metástase
Sinais e Sintomas
O câncer de ovário pode causar vários sinais e sintomas. Entretanto, é mais
frequente o aparecimento de sintomas quando a doença se disseminou para outros órgãos.
Os sintomas mais comuns incluem:
✔ -Dor pélvica e/ou inchaço abdominal.
✔ -Dificuldade na alimentação ou sensação de plenitude.
✔ -Necessidade urgente e frequente de urinar.
Estes sintomas são também comumente causados tanto por outras doenças não
cancerígenas como por outros tipos de câncer. Quando são causados pelo câncer de ovário,
tendem a ser persistentes, por exemplo, ocorrem com mais frequência ou são mais severos.
Se uma mulher apresentar estes sintomas quase que diariamente por mais de algumas
semanas, deve consultar seu médico, de preferência um ginecologista
Outros sintomas do câncer de ovário podem incluir:
✔ -Fadiga.
✔ -Dor de estômago.
✔ -Dor nas costas.
✔ -Dor durante a relação sexual.
✔ -Constipação.
✔ -Mudanças no funcionamento do intestino.
✔ -Alterações menstruais.
✔ -Inchaço abdominal com perda de peso.
Causas (fatores predisponentes)
O desenvolvimento dos tumores de ovário está relacionado a fatores genéticos,
ambientais e hormonais. Os principais fatores de risco são:

135
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ -História familiar
✔ -Síndromes hereditárias: Síndrome de Lynch II (Câncer colorretal hereditário não
polipoide –HNPCC) , Síndrome de câncer ovário-mama (associada com a mutação
dos genes BRCA1 e BRCA2)
✔ -Idade maior que 50 anos
✔ -Infertilidade
✔ -Obesidade
✔ -Menopausa tardia
✔ -Nuliparidade (mulheres que nunca tiveram filhos)
Alguns fatores são considerados protetores contra a doença como a multiparidade
(múltiplos filhos), amamentação, uso de pílulas anticoncepcionais, ligadura tubária
(laqueadura), histerectomia (retirada do útero) e salpingo-ooforectomia (retirada dos ovários
e tuba) bilateral.
Prevenção
Para a prevenção primária devem-se priorizar hábitos de vida saudáveis, com
alimentação adequada e controle de peso. Ressaltamos a importância do exame
ginecológico de rotina. Em caso de parente de primeiro grau com câncer de ovário e/ou
mama deve haver um controle mais rigoroso.
Diagnóstico
Uma percentagem significativa das pacientes com câncer de ovário inicial pode não
apresentar sintomas específicos. Na presença de sintomas o exame ginecológico e/ou
exames de imagem (ultrassonografia, por exemplo) podem mostrar achados suspeitos
motivando a investigação complementar. A cirurgia ganha importância no diagnóstico e
estadiamento da doença.
Tratamento
O tratamento depende basicamente do tipo do tumor, do estadiamento (extensão
da doença), idade e condições de saúde da paciente. A abordagem deve ser multidisciplinar
e individualizada. A cirurgia constitui a principal modalidade terapêutica. A terapia sistêmica
com quimioterapia é frequentemente indicada para complementar o tratamento, podendo ser
utilizada antes ou depois da cirurgia.
Câncer do colo do útero
O Câncer de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada
principalmente pelo HPV, o papilomavírus humano. Este pode se manifestar através de
verrugas na mucosa da vagina, do pênis, do ânus, da laringe e do esôfago, ser

136
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

assintomático ou causar lesões detectadas por exames complementares. É uma doença


demorada, podendo levar de 10 a 20 anos para o seu desenvolvimento.
Alguns riscos favorecem o aparecimento dessa doença:
• Sexo desprotegido com múltiplos parceiros;
• Histórico de DSTs (HPV);
• Tabagismo;
• Idade precoce da primeira relação sexual;
• Multiparidade (Várias gravidezes).
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de colo de útero é o
segundo tumor mais frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de
mama.
Ao contrário do que se acredita a endometriose e a genética não possuem relação
com o surgimento desse câncer. Mas o Câncer de Colo de Útero casa não tratado, pode
evoluir para uma doença mais severa, o Carcinoma invasor do colo uterino (tumor maligno).
Afeta em sua maioria mulheres entre 40 e 60 anos de idade.
✔ -Úteros – Útero
✔ -Cervix– colo do útero
✔ -Cervical Câncer – Câncer de colo do útero

www.google.com.br
Sintomas
Por ser uma doença lenta, geralmente quando os sintomas aparecem o câncer já
se encontra em estágio avançado.
Os principais sintomas são:
✔ -Corrimento persistente de coloração amarelada ou rosa e com forte odor;
✔ -Sangramento após o ato sexual;

137
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

✔ -Dor pélvica.
✔ -Em casos mais graves há o surgimento de edemas nos membros inferiores,
problemas urinários e comprometimento de estruturas extragenitais.

EXERCÍCIOS
1-Explique como ocorre a câncer de mama.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2-Quais são os fatores de risco para o câncer de mama?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3-Descreva os sinais e sintomas do câncer de mama
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4-Como é feito a prevenção do câncer de mama?

138
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5-Como é realizado o autoexame da mama e qual melhor tratamento do mesmo?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
6-Quais são os sinais e sintomas do câncer de ovário?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
7-Como se dá o diagnóstico do câncer de ovário?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
8-Qual é o tratamento do câncer de ovário?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
9-Quais são os principais fatores de risco para o câncer de útero?

MIOMA OU LEIOMIOMA
O mioma uterino, também chamado de leiomioma, é um tumor originado do tecido
muscular do útero. O mioma é um tumor benigno do útero, ou seja, uma lesão que não é
câncer e nem apresenta risco de transformação maligna.
O útero é um órgão majoritariamente composto por músculos. O mioma é um
crescimento anormal de uma área desta musculatura, formando geralmente uma tumoração
com formato arredondado. O mioma é composto exatamente pelo mesmo tecido do útero,
sendo apenas uma lesão mais densa.
Existem quatro tipos de miomas:
1. Mioma submucoso: são tumores que crescem logo abaixo do miométrio, a
camada que recobre a parede interior do útero. O mioma submucoso se estende para dentro
da cavidade uterina, podendo, quando grande, ocupar boa parte da mesma.

139
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

2. Mioma subseroso: são tumores que crescem logo abaixo da serosa, a camada
que recobre a parte externa no útero. Miomas subserosos dão ao útero uma aparência
nodular
3. Mioma pediculado: são tumores subserosos que crescem e acabam se
destacando do útero, ficando presos por um fino cordão, chamado de pedículo. O mioma
pediculado pode crescer para dentro da cavidade uterina ou para fora do útero.
4. Mioma intramural: são tumores que crescem dentro da parede muscular do
útero. Quando grandes, podem distorcer a parede externa como os miomas subserosos
e/ou a parede interna como os miomas submucosos.
Causas e fatores de risco
O mioma é uma doença de mulheres em idade reprodutiva e apresenta relação
com os hormônios estrogênio e progesterona. Os miomas não surgem antes da puberdade
e são incomuns em adolescentes.
Não se sabe bem o que causa os miomas, sendo estes provavelmente o resultado
de alterações genéticas, hormonais, vasculares e influências do meio externo.
Se as causas ainda não foram elucidadas, alguns fatores de risco já são bem
conhecidos:
✔ -História familiar: mulheres cujas mães ou irmãs tenham miomas, apresentam maior
risco de também tê-los.
✔ -Raça negra: O mioma ocorre em todas as etnias, mas as mulheres
afrodescendentes apresentam uma maior incidência. Além disso, neste grupo, os
miomas costumam surgir mais cedo, ao redor dos 20 anos de idade.
✔ -Gravidez: mulheres que nunca engravidaram ou que tiverem sua primeira gravidez
tarde apresentam maior risco de desenvolverem miomas.
✔ -Idade da menarca: quanto mais cedo for a idade da primeira menstruação, maior o
risco de surgirem miomas.
✔ -Anticoncepcionais: a pilula costuma diminuir o risco de mioma e é, inclusive, uma
das opções de tratamento: Todavia, quando meninas começam a tomá-la muito
precocemente, antes dos 16 anos, parece haver um aumento no risco.
✔ -Bebidas alcoólicas: o consumo de bebidas, particularmente cerveja, aumenta o risco
de miomas.
✔ -Hipertensão: mulheres hipertensas apresentam maior risco de terem miomas.
Sintomas

140
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

O mioma pode ser um tumor único ou vários tumores; pode ser minúsculo ou ter
vários centímetros de diâmetro; pode causar sintomas ou ser completamente assintomático,
passando despercebido por muito tempo.
A maioria dos leiomiomas são pequenos e assintomáticos. Quando o mioma causa
sintomas, estes normalmente se enquadram em uma das três categorias:
✔ – Sangramento vaginal.
✔ – Dor pélvica.
✔ – Problemas reprodutivos.
O sangramento vaginal é o sintoma mais comum do(s) mioma(s), tipicamente se
apresentando como uma menstruação mais volumosa e/ou que dura vários dias.
Sangramentos vaginais que ocorrem fora dos períodos menstruais não costumam ser
causados por miomas.
Os miomas submucosos são aqueles que mais frequentemente se apresentam com
sangramentos.
Dor ou uma sensação de peso na pelve é um sintoma comum dos miomas
subserosos. Dependendo da localização, podem haver outros sintomas, como dificuldade
para urinar no caso de miomas que comprimam a bexiga, prisão de ventre nos miomas
próximos do reto e dor durante a relação sexual nos miomas localizados nas regiões mais
anteriores do útero
O mioma não interfere na ovulação, mas dependendo do seu tamanho e
localização, pode atrapalhar uma eventual gravidez. Miomas grandes, múltiplos e que
causam deformidade da cavidade uterina, mais comumente os intramurais e submucosos,
podem aumentar o risco de complicações na gestação, como abortos, sangramentos, rotura
do útero e problemas no parto. O risco de complicações aumenta quando a placenta
encontra-se implantada sobre um mioma. Os miomas subserosos não costumam causar
problemas na gestação.
O diagnóstico dos miomas normalmente é feito através do exame ginecológico e do
ultrassom.
Tratamento
Mulheres com miomas pequenos e assintomáticos não necessitam de tratamento.
Na verdade, até 40% dos miomas regridem espontaneamente em um período de três anos.
Nas mulheres com sintomas, o tratamento inicial é geralmente feito com drogas,
tentando reduzir os sangramentos e diminuir o tamanho dos miomas. Entre as opções estão
os medicamentos análogos do GnRH, que induzem a uma temporária menopausa, inibindo

141
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

a produção de estrogênios pelos ovários, os anticoncepcionais orais e o DIU com liberação


de progesterona.
A cirurgia para o mioma torna-se uma opção quando:
✔ – Os sintomas não respondem ao tratamento com drogas.
✔ – Há intenção de engravidar e os miomas podem atrapalhar a gestação.
✔ – Há dúvidas se os tumores são realmente miomas ou alguma lesão maligna.
A miomectomia é a cirurgia na qual retira-se apenas o leiomioma, mantendo-se o
resto do útero intacto. Dependendo do tipo de mioma, a miomectomia pode ser feita por
laparoscopia, incisão abdominal ou histeroscopia. Em até 1/4 dos casos, o mioma volta a
crescer após algum tempo.
A embolização da artéria uterina é outra opção, sendo realizada com a colocação
de um cateter dentro da artéria uterina, responsável pela vascularização do mioma, seguida
da injeção de agentes que levam à formação de trombos causando interrupção do fluxo de
sangue. A isquemia do mioma leva-o a “murchar” e desaparecer em algumas semanas.
A histerectomia, que é a retirada completa do útero, é a opção de tratamento nas
mulheres mais velhas ou naquelas que não mais desejam ter filhos.

INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

142
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

As infecções sexualmente transmissíveis (DSTs) são aquelas que podem ser


adquiridas durante o contato sexual.
Classificam-se como:
✔ Obrigatoriamente de transmissão sexual;
✔ Frequentemente transmitida por contato sexual;
✔ Eventualmente transmitida por contato sexual.
O não uso da camisinha é a principal causa do contágio.
As doenças mais conhecidas são:
Gonorreia – Infecção causada por bactéria. Na mulher, tem aspecto clínico variado, desde
formas quase sem sintomas até vários tipos de corrimento amarelados e com odor forte na
vagina (vaginite) e uretra.
Sinais e sintomas: tanto no homem como na mulher, a apresentação mais comum da
gonorreia é a uretrite, manifestando-se através de secreções purulentas em grande
quantidade e dor ao urinar.
Diagnóstico: clínico-epidemiológico e laboratorial.

www.google.com.br
Sífilis – É uma infecção causada por bactéria. No homem e na mulher, 20 a 30 dias após o
contato sexual, surgem uma pequena ferida (úlcera) em um dos órgãos genitais (pênis,
vagina, colo do útero, reto).
Sinais e sintomas: Primário – aparece uma lesão chamada de cancro duro, caracterizada
por uma ulceração geralmente única, circular e oval. Secundário- ocorre o aparecimento de

143
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

manchas na pele de todo o corpo, pápulas ou roséolas sifilíticas, lesões descamativas


palmoplantares, queda de cabelo, ínguas e sintomas gerais com febrícula e mal-estar.
Diagnóstico: clínico e laboratorial (exame de sangue VDRL).
Cancro mole ou bubão – É causado pela bactéria Haemophilus ducrey. Nesse caso,
surgem várias feridas nos genitais (que são doloridas) e na virilha.

www.google.com.br
A secreção dessas feridas pode contaminar diretamente, sem ter relações sexuais,
outras pessoas e outras partes do corpo.
Sinais e sintomas: caracterizam-se por apresentar múltiplas lesões, tipo úlceras,
precedidas de dor e que exalam um odor.
Diagnóstico: clínico- epidemiológico
Tricomoníase – É causada pelo protozoário Trycomona vaginalis. Na mulher causa
corrimento amarelo, fétido, com cheiro típico, que pode causar irritação urinária. Não há
sintomas em homens.
Sinais e sintomas: É caracterizada por corrimento amarelo fétido, ardência na uretra.
Diagnóstico: clinico-epidemiologico.
Herpes genital – É causado por vírus. Em ambos os sexos surgem pequenas bolhas que se
rompem e causam ardência ou queimação, e cicatrizam sozinhas. O contágio sexual só
ocorre quando as bolhas estão no pênis, vagina ou boca.
Sinais e sintomas: geralmente o vírus é transmitido por contato direto com lesões ou
objetos contaminados. Pode ou não apresentar sintomas como formigamento, aumento da
sensibilidade, mialgias, ardência ou prurido que antecedem ao aparecimento das lesões.
Pode ainda estar associado a mal-estar, febre ardência ao urinar, secreção uretral hialina e
corrimento genital aquoso.
Diagnóstico: Clínico.

144
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Herpes genitália feminina

www.google.com.br

Condiloma acuminado ou crista de galo – É causado pelo HPV, uma virose que está
relacionada ao câncer de colo do útero e ao câncer do pênis. Inicialmente, é caracterizado
por uma pequena verruga nos órgãos genitais tanto do homem como da mulher. O
tratamento deve ser realizado em conjunto pelo casal.
Sinais e sintomas: sua apresentação lembra uma couve-flor ou verruga ou ainda lesões
que são diagnosticadas por meio de exames específicos. Acomete a região genital, podendo
também ocorrer nos lábios e língua. Algumas lesões na maioria das vezes são
assintomáticas e podem provocar uma discreta coceira.
Diagnóstico: clínico e preventivo (através do exame ginecológico Papanicolau).

Uma vulva com condiloma

www.google.com.br

Candidíase – É a infecção causada por micose ou fungo chamada de Cândida albicans,


que produz corrimento semelhante a leite coalhado, que causam muita coceira e afeta 20 a
30% das mulheres jovens e adultas. No homem dá coceira no pênis, vermelhidão na glande

145
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

e no prepúcio. Deve-se tratar o casal. Pode não ser uma doença adquirida por transmissão
sexual.
Sinais e Sintomas: prurido, hiperemia, corrimento tipo coalhada.
Diagnóstico: Clinico.
Candidíase

www.google.com.br
Clamídia – É considerada atualmente a doença sexualmente transmissível de maior
incidência no mundo, podendo atingir homens e mulheres em qualquer fase de suas vidas,
desde que nasçam de mães contaminadas ou durante o contato sexual. Nas mulheres, a
porta de entrada é o colo uterino. O sintoma, quando ocorre, é um discreto corrimento.
Diagnóstico: clinico e exame Papanicolau
Linfogranuloma Venéreo
Conhecido como Chamydia Tracomatis, trata-se de uma doença inflamatória
pélvica, epididimite e envolvimento do sistema linfático que, no homem, é desenvolvida na
uretra e, na mulher, na uretra e também no colo do útero.
Sinais e sintomas: Aparecimento de feridas ou pequenos caroços na pele dos locais que
estiveram em contato com essa bactéria (pênis, vagina, boca, colo do útero e ânus) que
dura, em média, de três a cinco dias. Em seguida surge um inchaço doloroso dos gânglios
da virilha. Não tratado, o caso pode piorar produzindo feridas e secreção purulenta,
acompanhada de febre e mal-estar.
Diagnóstico: clínico-epidemiológico.
É importante que as pessoas não tenham vergonha de procurar um profissional de
saúde assim que surgem os primeiros sinais de qualquer uma dessas doenças. Da mesma
forma, é necessário que o parceiro ou parceira sexual seja tratado no mesmo momento,
para que ocorra a interrupção da transmissão dessas doenças e sua reinfecção.
Hepatite B

146
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Causada por vírus da hepatite B (VHB), sua transmissão é via sexual (ocorre
através da pele e mucosa lesionada nas relações sexuais) e também é transmitida de mãe
para filho, através do sangue pelas vias parenteral e percutânea e, fluidos corporais.
Sinais e sintomas: manifestam-se com anorexia, náuseas, cansaço, vômito e icterícia.
Muitos pacientes não apresentam sintomas.
Diagnóstico: realização de exame de sangue: marcador sorológico HBsAg.
Hepatite C
Causada pela infecção com o vírus da hepatite C, é transmitida principalmente por
meio do sangue infectado, através de via parenteral (que não passa pelo sistema digestivo,
como as injeções), sendo a via sexual e vertical (da mãe para o filho) pouco frequentes. A
doença é encontrada em pessoas que receberam transfusão de sangue e ou
hemoderivados antes de 1993, usuários de drogas injetáveis, inaláveis ou picadas, pessoas
que compartilham ou utilizam instrumentos não esterilizados para aplicação de piercings,
tatuagem, manicure e objetos de higiene pessoal.
Sinais e sintomas: similares à hepatite B
Diagnóstico: através de exame laboratorial (marcador sorológico Anti-Hcv).

EXERCÍCIOS
1-Dê a definição de mioma.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2-Explique quais são os sinais e sintomas do mioma.

147
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3-Cite as causas e os fatores de riscos para o desenvolvimento do mioma.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4-Descreva quais são as causas da gonorreia.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5-Explique o que acontece na sífilis primária, segundaria e terciaria.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
6-Descreva as formas de tratamento do mioma.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
7-Qaul é a causa da tricomoníase?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
8-Explique qual tratamento do condiloma venéreo?
9-Linfogranuloma venéreo quais são os sinais e sintomas. Explique as suas possíveis
complicações.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

PROLAPSO UTERINO
O prolapso uterino é a descida do útero para o interior da vagina causada pelo
enfraquecimento dos músculos que mantém os órgãos dentro da pelve na posição correta.
Apesar de ser mais comum em mulheres idosas, esta alteração também pode ocorrer antes
da menopausa ou durante a gravidez.

148
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Fotos do prolapso uterino

Prolapso uterino grau I Prolapso uterino grau II


Prolapso uterino grauIII

Classificação
A classificação do prolapso uterino é feita de acordo com o nível de descida do
útero pela vagina e, são classificados da seguinte forma:
✔ -Prolapso uterino de grau 1: o útero desce, mas o colo do útero não aparece na
vulva;
✔ -Prolapso uterino de grau 2: O útero desce e o colo aparece junto com a parede
anterior e posterior da vagina;
✔ -Prolapso uterino de grau 3: o útero está fora da vulva até 1 cm;
✔ -Prolapso uterino grau 4: o útero exterioriza-se mais de 1 cm.
Outros órgãos da região da pelve como as paredes da vagina, bexiga e reto
também poderão sofrer este deslocamento devido ao enfraquecimento dos músculos de
sustentação da pelve.
Tratamento
O tratamento do prolapso uterino poderá ser feito com exercícios para fortalecer os
músculos pélvicos chamados exercícios de Kegel. Veja como fazer estes exercícios em:

149
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Cirurgia para prolapso uterino


A cirurgia para prolapso uterino é segura e eficaz, sendo indicada quando a
recuperação não responde às outras formas de tratamento.
De acordo com a indicação do médico, a paciente pode
✔ Reparar o útero: nestes casos o cirurgião repõe o útero no seu local, mantendo-o
dentro da vagina através de um aparelho chamado pessário e, procede à colocação
de próteses, chamadas redes, que mantém o o útero na sua posição;
✔ Retirada do útero: nesta cirurgia ocorre a retirada parcial ou total do útero e,
geralmente é feita em mulheres na menopausa, ou quando o prolapso é muito grave.
A histerectomia é eficaz na cura do prolapso uterino, porém poderá desencadear
menopausa imediata se os ovários também forem retirados. Veja o que mais pode
acontecer após a retirada do útero.
Prolapso uterino na gravidez
O prolapso uterino na gravidez é muito raro e, pode ocorrer antes da gestação ou
durante a gravidez. Além disso, o prolapso do útero na gravidez pode levar a infecção
cervical, retenção urinária, aborto espontâneo e ao trabalho de parto prematuro. Por isso
devem-se seguir todas as orientações do obstetra para diminuir o risco de complicações.
Sintomas
✔ Dor na barriga;
✔ Corrimento vaginal;
✔ Sensação de algo saindo pela vagina;
✔ Incontinência urinária;
✔ Dificuldade em evacuar;
✔ Dor nas relações sexuais.
Quando o prolapso uterino é menos grave os sintomas podem não ser observados.
Causas
A causa mais comum do prolapso uterino é o enfraquecimento muscular da pelve
devido ao envelhecimento. No entanto, outras causas que contribuem para a ocorrência do
prolapso podem ser:
✔ Partos múltiplos;
✔ Menopausa devido a redução do hormônio estrogênio.
✔ Sequelas de infecções anteriores na região da pelve;
✔ Obesidade;
✔ Levantamento excessivo de pesos;

150
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Além destas causas, tosse crônica, constipação intestinal, tumores pélvicos,


acumulo de líquido no abdome, causam aumento da pressão no abdômen e na pelve e, por
isso também podem causar o prolapso uterino.
O diagnóstico do prolapso uterino é feito com exames clínicos que avaliam todos os
órgãos da pelve simultaneamente, além de exames ginecológicos como a colposcopia e
esfregaços vaginais feitos pelo ginecologista para avaliar a melhor forma de tratamento.
Cistocele ou Prolapso de Bexiga
A cistocele ou prolapso da bexiga, popularmente conhecida como “bexiga caída”, é
o resultado do enfraquecimento da musculatura do períneo da mulher, principalmente entre
as paredes da bexiga e da vagina, provocando a queda da bexiga na vagina. Esta condição
pode também envolver o útero, que desce na vagina e pode, inclusive, ficar aparente a partir
da abertura vaginal.
A razão mais comum para a ocorrência da cistocele é o parto vaginal. Para facilitar
o parto as paredes da vagina se distendem, sob a ação de hormônios, mas elas podem
permanecer estiradas mesmo depois, sobretudo nas mulheres que tiveram vários filhos.
A cistocele pode ter outras causas. Com o envelhecimento, após a menopausa, a
diminuição nos níveis de estrogênio causa a degeneração dos músculos pélvicos e isso, por
sua vez, pode levar à cistocele.
A cistocele também pode estar ligada à constipação intestinal, obesidade crônica,
pressão abdominal aumentada, como nas tosses crônicas ou nas cirurgias pélvicas
anteriores e até mesmo à genética. Também a histerectomia (remoção do útero) pode
causar cistocele. Em resumo, a cistocele ocorre por um enfraquecimento dos tecidos e
fáscias (membranas) que sustentam a bexiga em sua posição normal.
Os sinais e sintomas da cistocele dependem do grau da doença. No caso de um
distúrbio leve em que a bexiga cai apenas um pouco, não existem sintomas visíveis.
Para os graus mais elevados da doença, os sinais e sintomas são mais graves e
podem incluir pressão na pelve e na vagina, sensação de corpo estranho, dificuldade de
iniciar ou interromper a micção, aumento da frequência urinária, retenção e incontinência
urinárias, incidência recorrente de infecção do trato urinário, dor por ocasião das relações
sexuais.
Diagnóstico

O diagnóstico da cistocele é feito pelos sinais e sintomas referidos pela paciente e


pelo exame físico que o médico deve realizar.

151
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

O tratamento da cistocele leve, sem sintomas, pode ser feito com exercícios
destinados a fortalecer a musculatura perineal e devem ser orientados por um fisioterapeuta.
Nos casos moderados pode ser utilizado um pessário (dispositivo circular de silicone feito
para cobrir o colo do útero e para impedir a fecundação ou conter o prolapso uterino), um
tampão ou um diafragma como uma alternativa ou como um precedente à cirurgia.
Nos casos graves, a correção tem de ser feita por cirurgia em que o médico
recoloca a bexiga de volta à sua posição normal. A operação, geralmente simples, é
realizada por um ginecologista ou um urologista.
Por vezes, pode ser recomendada a retirada do útero, se houver conjuntamente um
prolapso desse órgão. Se houver recorrência da cistocele, uma segunda cirurgia pode ser
realizada. Paralelamente, é recomendável fazer a terapia com estrogênio para aquelas
pacientes que já estejam na menopausa, se os músculos pélvicos se enfraqueceram devido
à ausência de estrogênios.
A cistocele pode ser prevenida por meio de medidas que incluem exercícios
orientados, antes e após o parto, uma dieta saudável e a manutenção de uma correta
hidratação. Um parto correto e com pequena laceração de tecidos perineais também
contribui muito para a prevenção da cistocele. Ela também pode ser evitada pelo controle do
peso corporal e da constipação intestinal.
Exercícios de Kegel.
O uso de cremes ou anéis contendo hormônio para serem aplicados na vagina
poderá ajudar a restaurar o tecido vaginal, no entanto, quando se trata de prolapso uterino
grave, somente a cirurgia poderá ser eficaz.
Os exercícios de Kegel servem para combater a perda involuntária de urina e
prolapso uterino, tanto no homem quanto na mulher, porque tonificam e fortalecem o
músculo chamado Pubiococcígeo, localizado no assoalho pélvico.
Além disso, os exercícios de kegel são ajudam a melhorar o prazer no contato
íntimo, pois aumentam a circulação sanguínea na região. Nas mulheres, estes exercícios
combatem o vaginismo, que ocorre quando a mulher contrai os músculos da vagina
involuntariamente, impedindo a penetração.
No homem, os exercícios de kegel também servem para combater a ejaculação
precoce e para tratar a disfunção erétil.

152
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br
6 passos para fazer corretamente
Para fazer os exercícios de Kegel devem-se seguir os seguintes passos:
1. -Esvaziar a bexiga;
2. -Identificar o músculo pubococcígeo: para isso, tentar interromper o jato de xixi
enquanto urina;
3. -Voltar a contrair o músculo pubococcígeo depois de urinar para se certificar que
sabe contrair o músculo corretamente;
4. -Realizar 10 contrações seguidas do músculo;
5. -Relaxar por alguns instantes;
6. -Retomar o exercício, fazendo, pelo menos, 10 séries de 10 contrações todos os
dias.
Os exercícios de kegel podem ser realizados em qualquer posição, seja sentado,
deitados ou de pé, e podem inclusive ser realizados com o auxílio de bolas de ginástica. No
entanto, é mais fácil iniciar estando deitado com as pernas dobradas.
Pompoarismo

153
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

www.google.com.br
O pompoarismo é uma antiga técnica oriental que tem como objetivo aumentar a
consciência e controle da mulher sobre os músculos pélvicos e, desta forma, melhorar
substancialmente sua qualidade de vida. Ela consiste no fortalecimento da musculatura da
região através de movimentos de contração e relaxamento.
As maiores vantagens decorrentes deste processo são o combate à flacidez da
vagina, o melhor funcionamento do trato urinário e maior prazer durante o sexo, com a
paciente tendo mais capacidade de atingir e controlar o orgasmo.
Pompoarismo aumenta o prazer da mulher, sim ao contrair a vagina durante a
penetração, a mulher aumenta o atrito entre o canal e o pênis, elevando o prazer para
ambos.
Além disso, uma vez que o orgasmo se caracteriza pela contração dos músculos da
vagina, ao ter maior controle sobre este processo, a mulher é capaz de potencializar seu
próprio clímax e até desengatilhá-lo sozinha.
O pompoarismo auxilia na eliminação das dores na hora do sexo.
Os passos para fazer em casa:
1. -Desprezar a urina, em jatos;
2. - Sente-se com as pernas cruzadas, uma sobre a outra, e com o tronco levemente
inclinado para frente. Puxe a musculatura da vagina, como se estivesse fechando o
assoalho pélvico, contraindo o períneo, e solte devagar, sem despencar. Repita
várias vezes.
3. -Fique em pé e deixe os joelhos semi-flexionados. Apoie bem os pés no chão e
relaxe a musculatura do trapézio, ombro, pescoço e rosto. Contraia o assoalho

154
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

pélvico, como se houvesse um fio puxando a base do tronco para cima. Inspire
contraindo a musculatura e expire relaxando. Se ficar mais confortável, coloque as
mãos entre as pernas.
4. - Deite-se na cama, colchão ou tapete. Flexione os joelhos, apoie os pés no chão e
mantenha a coluna reta e bem apoiada na superfície. Primeira parte: inspire e expire
encolhendo a barriga, como se estivesse empurrando o umbigo para as costas.
Depois, inspire relaxando e expire contraindo o assoalho pélvico.
5. - Realize o movimento de contrair e relaxar a musculatura pélvica (sem soltar de uma
vez) subindo uma escada.
6. - Contraia a musculatura do assoalho pélvico e simule uma tosse ou espirro. Repita
algumas vezes. Esses exercícios fortalece a bexiga e assoalho pélvico.

EXECICÍOS
1-Descreva o que é prolapso uterino.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2-Dê a classificação de prolapso uterino.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3-Explique o que exercícios de Kegel.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4-Qual é o objetivo do exercício de Kegel?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5-Quais são os sinais e sintomas do prolapso uterino?

155
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

6-Defina o que cistocele?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

7-Quais são os sinais e sintomas da cistocele?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

MENOPAUSA
SINÔNIMOS: CLIMATÉRIO

Menopausa é o período fisiológico após a última menstruação espontânea da


mulher. Nesse espaço de tempo estão sendo encerrados os ciclos menstruais e ovulatórios.
O início da menopausa só pode ser considerado após um ano do último fluxo
menstrual, uma vez que, durante esse intervalo, a mulher ainda pode, ocasionalmente,
menstruar.

156
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Esse tempo de transição que antecede a menopausa é chamado de climatério. Ele


representa a passagem da fase reprodutiva da mulher para a não reprodutiva. O organismo
deixa de produzir, de forma lenta e gradativa, os hormônios estrogênio e progesterona.
A menopausa é mais um estágio na vida da mulher. Nesse período ocorrem
transformações no organismo feminino, que aumentam a possibilidade de aparecimento e
agravamento de doenças.
Não há uma idade exata para a menopausa: ela varia de mulher para mulher. Em
média, ocorre entre os 45 e 55 anos. Pode acontecer antes dessa fase, de forma
espontânea ou cirúrgica – a chamada menopausa precoce. A menopausa cirúrgica ocorre
após a retirada dos ovários ou do útero. Quando aparecem após os 55 anos, é intitulada
menopausa tardia.
Sintomas
Apesar de não haver uma data pré-estabelecida para o início do climatério (período
de transição para a menopausa), algumas mudanças no corpo feminino indicam a chegada
da menopausa. A intensidade ou a duração do fluxo menstrual modifica-se, tende a ficar
mais espaçada, até parar.
Durante o climatério, é comum as mulheres sentirem outros sintomas físicos e
comportamentais. Os principais sintomas da menopausa são:
✔ -Ausência da menstruação;
✔ -Ressecamento vaginal (secura);
✔ -Ondas de calor;
✔ -Suores noturnos;
✔ -Insônia;
✔ -Diminuição no desejo sexual;
✔ -Diminuição da atenção e memória;
✔ -Perda de massa óssea (osteoporose);
✔ -Aumento do risco cardiovascular;
✔ -Alterações na distribuição da gordura corporal;
✔ -Depressão.
Nessa fase, é ideal que a mulher faça consulta regulares com outros profissionais
além do ginecologista habitual, especialmente com o cardiologista e, se necessário, o
psicólogo. Devido à redução do metabolismo ocasionado pela idade, pode haver ganho de
peso, aumento do nível do colesterol e, consequentemente, da Pressão Arterial. Para evitar
esses sintomas, recomenda-se a visita ao cardiologista uma vez por ano, para que assim o
profissional possa orientar exercícios físicos adequados. Em casos de baixa autoestima e

157
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

depressão, o psicólogo é o profissional que dará o suporte necessário para a superação


dessa fase repleta de desafios.
Diagnóstico
Não há uma data certa para a menopausa ocorrer, no entanto há um indicativo para
saber se a mulher está no climatério. O principal sintoma é a escassez da menstruação.
Ir regularmente ao médico é importante para confirmar se, de fato, a mulher entrou
na menopausa. Em algumas mulheres, a menstruação vai se espaçando com um intervalo
cada vez maior, até parar. Em outras, cessa de uma vez. “Só se saberá que é a última
depois de um ano sem nenhum sangramento. Então se confirma que a mulher não pode
mais ficar grávida”, declara o ginecologista e psicólogo Jorge José Serapião, professor do
Instituto de Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Se a mulher toma pílula, pondera ele, o diagnóstico é mais difícil. José Serapião
avisa que “a pílula cria um ciclo artificial. Em determinada idade, se surgirem
contraindicações ao seu uso, pode haver a necessidade de troca por dispositivos
intrauterinos (DIU) ou algum método definitivo, como ligadura de trompas”, explica o
ginecologista e psicólogo.
Alguns tipos de DIU com progesterona também dificultam o diagnóstico, porque
suspendem artificialmente a menstruação. “Se a mulher quiser ter certeza de que está na
menopausa, não existirá a necessidade de retirar o DIU. Podem ser realizadas as dosagens
hormonais, como as do FSH e LH, na faixa próxima há dos 50 anos”.
Exames
Para detectar o início da menopausa, o exame clínico, em certos casos, é mais
preciso, assim como o exame manual das mamas em relação à mamografia. É também
através dos relatos da mulher ao seu médico que é possível analisar as variações na
concentração dos hormônios, como progesterona, estrogênio e FSH.
De acordo com os eventuais sintomas, o médico poderá solicitar exames
complementares. Caso suspeite de anemia, o especialista poderá solicitar um hemograma.
Os exames mais solicitados são a mamografia, a ultrassonografia e o Papanicolau. Para
ajudar na detecção precoce de doenças, o ginecologista pode pedir ultrassom transvaginal e
exames de sangue.
Tratamentos e cuidados
O método mais eficaz de tratar a menopausa é a terapia de reposição hormonal.
Ela traz de volta ao organismo os hormônios estrogênio e progesterona, de modo a
amenizar e/ou reverter os sintomas da menopausa, tais como ondas de calor, depressão,
ressecamento vaginal, falta de libido, entre outros.

158
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

O tratamento é realizado por meio de comprimidos, adesivos ou géis que repõem o


estrogênio. Os medicamentos mais recomendados são comprimidos para consumo diário,
que contêm progesterona e hormônio esteroide feminino para proteger o útero.
Outro método utilizado é o uso da pílula anticoncepcional, no qual a mulher toma
por três semanas e faz um intervalo de sete dias. A grande diferença entre a “pílula” e o
comprimido de terapia hormonal é a concentração de hormônios, isso porque no tratamento
hormonal é usado o estrogênio natural em doses mínimas, apenas o suficiente para que a
mulher se sinta bem. Já a pílula possui estrogênio sintético e seu objetivo maior é evitar a
gravidez.
O tratamento hormonal pode ser realizado por meio de medicamentos com
progesterona e hormônio esteroide, apenas com estrogênio, ou, em alguns casos, com
hormônio masculino – a testosterona. Há também os tratamentos não hormonais que
procuram amenizar os sintomas sem repor os hormônios em queda. Alguns desses
tratamentos usam inibidores de receptação de serotonina, clonidina, cinarizina. Ainda há
tratamento sem medicação, como acupuntura, relaxamento, etc.
O tratamento para a menopausa varia de acordo com o perfil de cada paciente. É
necessário primeiramente analisar as condições físicas, como a Pressão Arterial, para então
escolher o tratamento adequado para cada mulher. Os primeiros resultados da reposição
hormonal aparecem, geralmente, após um mês do início do tratamento.
A terapia de reposição hormonal (TRH) é aconselhada para mulheres que têm
sintomas incluídos à falta de estrogênio, como ondas de calor, sudorese noturna, secura
vaginal, insônia e etc. Outra vantagem do tratamento é a prevenção da osteoporose.
Quanto à doença cardiovascular, a TRH não é mais empregada para prevenção, a
qual é feita com atividade física e controle dos fatores de risco. Algumas mulheres não
sentem nenhuma alteração em seu bem-estar e, por isso, não precisam de terapia
hormonal. Há mulheres que sentem um único sintoma e que pode ter tratamento específico.
Em determinados eventos, a reposição é contraindicada, como histórico ou
tendência de câncer de mama e trombose. O estrogênio reposto pela terapia hormonal pode
aumentar o risco dessas doenças se desenvolverem. A influência, porém, é pequena, diz
Steiner. “Um estudo mostra que, entre as mulheres que não fazem terapia hormonal, a caso
de câncer de mama anual é de 30 casos por grupo de 10 mil pessoas. Nas mulheres que
fizeram terapia hormonal, o número sobe para 38.”, afirma o especialista.
A reposição hormonal melhora a elasticidade da pele e da mucosa. Além disso, o
cabelo tende a ficar mais bonito e volumoso. Em geral, são mudanças sutis, embora
perceptíveis pela própria paciente.

159
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

Dependendo do tipo de terapia hormonal, pode haver ganho de peso por conta do
inchaço. No entanto, não ocorre o ganho calórico. Há dois fatores que influenciam os
quilinhos a mais nessa fase: a queda do estrogênio (parcialmente compensada pela
reposição hormonal) e, principalmente, o envelhecimento, que reduz o ritmo do
metabolismo. Segundo especialistas, a falta de estrogênio aumenta o risco de acúmulo de
gordura na barriga, como o que acontece nos homens. Isso aumenta o risco de diabetes,
colesterol e doenças cardiovasculares.
. Se a mulher faz o tratamento quando está ingressando no climatério, ele auxilia a
diminuir a incidência de doenças cardiovasculares. Se já se passaram cinco ou sete anos da
última menstruação e o tratamento é feito, o risco aumenta.
O estrogênio é um hormônio que ajuda a evitar doenças cardiovasculares – por isso
o homem que não tem essa substância sofre mais infarto e acidente vascular cerebral (AVC,
também chamado de derrame). Assim como a mulher entra no climatério, sua produção
de estrogênio diminui pouco a pouco, até parar por completo, o que tende a intensificar o
depósito de gordura em veias e artérias. Depois alguns anos, ela já sofre os efeitos de não
ter esse hormônio.
A seguir disso, você der estrogênio para essa mulher, ele vai causar problemas
para o vaso, cuja placa de aterosclerose pode evoluir para ruptura e trombose, e,
dependendo do órgão acometido, causar infarto do miocárdio ou derrame.
Não por acaso, a principal causa de morte da mulher na pós-menopausa são as
doenças cardiovasculares. Se ela não faz terapia hormonal, tem que se exercitar e
conservar uma dieta equilibrada para que o coração se mantenha saudável. Além disso,
também é feita a terapia hormonal.
A terapia hormonal é o mais ativo dos tratamentos. É também extenso: melhora a
pele, protege os ossos e o coração, além de diminuir a secura vaginal.
Há diferentes tipos de tratamentos. Bem como a paciente tem útero, usam-se
estrogênio e progesterona (esta protege contra câncer de endométrio). Para as mulheres
que não têm útero, utiliza-se somente o estrogênio. Neste tipo de tratamento, os riscos de
câncer de mama são quase nulos.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Violência Sexual
“A violência sexual é a mais cruel forma de violência depois do homicídio, porque é
a apropriação do corpo da mulher – isto é, alguém está se apropriando e violentando o que
de mais íntimo lhe pertence. Muitas vezes, a mulher que sofre esta violência tem vergonha,
medo, tem profunda dificuldade de falar, denunciar, pedir ajuda. ”(Aparecida Gonçalves, secretária

160
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da
República.)

De acordo com a OMS, violência sexual é “qualquer ato sexual ou tentativa de obter
ato sexual, investidas ou comentários sexuais indesejáveis, ou tráfico ou qualquer outra
forma, contra a sexualidade de uma pessoa usando coerção”. Pode ser praticada, segundo
o organismo, por qualquer pessoa, independentemente da relação com a vítima, e em
qualquer cenário, incluindo a casa e o trabalho.
No Código Penal brasileiro
No Brasil, estupro é coagir alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso –
conforme definido no capítulo sobre os crimes contra a liberdade sexual do Código Penal,
após as alterações promovidas em 2009 com a Lei nº 12.015.
Violência sexual na Lei Maria da Penha
A Lei Maria da Penha, por sua vez, descreve em seu artigo 7, alínea III, a violência
sexual cometida em contexto de violência doméstica e familiar – ou seja, cometida por
alguém da rede social da vítima e não por desconhecidos:
Qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de
relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força. Que a
induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade.
Que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno
ou manipulação, Ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.
Em complemento ao Código Penal, a descrição na Lei Maria da Penha auxilia a
evidenciar as diversas formas de violência sexual, que vão muito além do estupro. Isso é
importante já que, segundo especialistas, estereótipos relacionados aos papéis sexuais, e
exercidos desigualmente por homens e mulheres, ainda fazem, muitas vezes, uma violência
desta gravidade não ser reconhecida.
Estupro cometido por parceiro íntimo
“Ainda não temos números das ocorrências de estupro doméstico porque,
infelizmente, persiste na cultura brasileira uma ideia de que é obrigação da mulher ‘servir’ ao
marido – então, muitas vezes, ela não reconhece a violência que sofre ou não denúncia o
parceiro. ” (Aparecida Gonçalves, secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria de
Políticas para as Mulheres da Presidência da República.)

Dispensa do Boletim de Ocorrência em caso de estupro

161
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

A Norma Técnica: Atenção Humanizada ao Abortamento, lançada em 2005 pelo


Ministério da Saúde, desobriga a mulher vítima de estupro e proporcionar um Boletim de
Ocorrência (BO) para dispor do direito de atendimento na rede de saúde.
Segundo especialistas, isso tem o objetivo de trazer prioritariamente a mulher
vítima de violência sexual para o ambiente de saúde, sem encaminhá-la em primeiro lugar a
um órgão policial.
Diferentes pesquisas revelam que são inúmeros os relatos de discriminação,
preconceito e humilhação que as mulheres que sofrem violência sexual passam no processo
de denúncia.
Dever de informar
A Lei nº 10.778/2003 estabeleceu a notificação compulsória dos casos de violência
atendidos em serviços de saúde públicos ou privados, ou seja, o profissional que realiza o
atendimento tem o dever de informá-lo ao Ministério da Saúde.
O bom atendimento às mulheres que buscam os serviços de saúde pode também
encorajar a própria vítima a romper o silêncio.
Quando a violência sexual resulta em gravidez, a vítima tem o direito ao aborto
previsto no Código Penal. É obrigação do sistema público de saúde garantir as condições
objetivas para que a interrupção da gestação ocorra de forma segura.
A Anticoncepção de Emergência foi avalizada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) como medida essencial para se evitar a gravidez em consequência de estupro. A AE
é utilizada com o conhecimento e o consentimento da vítima e impede a fecundação do
óvulo. Especialistas afirmam que, quando a rede de saúde oferece o serviço de
anticoncepção de emergência até antes de se completarem 72 horas do estupro, cai o
número de abortos previstos por lei.
Lei garante atendimento a vítimas de violência sexual
Desde 2013, o Brasil conta com a Lei nº 12.845/2013, que garante o atendimento
obrigatório e imediato no Sistema Único de Saúde (SUS) a vítimas de violência sexual.
De acordo com essa lei, todos os hospitais da rede pública são obrigados a
oferecer, de forma imediata, a chamada pílula do dia seguinte, medicação que evita a
fecundação do óvulo em até 72 horas após a relação sexual.
A lei também garante para as vítimas de estupro o direito a diagnóstico e
tratamento de lesões no aparelho genital; amparo médico, psicológico e social; profilaxia de
doenças sexualmente transmissíveis, realização de exame de HIV e acesso a informações
sobre seus direitos legais e sobre os serviços sanitários disponíveis na rede pública.

162
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

EXERCÍCIOS
1-Quais os primeiros sintomas da menopausa?

163
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2-Quais são os fatores de risco durante a menopausa?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3-Cite os sintomas da menopausa.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4-Como é feito o diagnóstico da menopausa?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5-Quais os exames realizados durante a menopausa?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
6-De acordo o código penal Brasileiro quando é considerado estupro?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
7-A lei Maria da Penha diz o que na íntegra?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
8-Como é utilizada o método de contracepção. E qual lei institui esse método?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

REFERÊNCIAS

164
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

ABCMED, 2014. Cistocele ou bexiga caída: o que saber?. Disponível em:


<http://www.abc.med.br/p/saude-da-mulher/737812/cistocele+ou+bexiga+caida+o+que+sab
er.htm>. Acesso em: 29 dez. 2016.
AKKAD, Andrea A. et al. Abnormal uterine bleeding on hormone replacement: the
importance of intrauterine structural abnormalities. Obstetrics & Gynecology, v. 86, n. 3, p.
330-334, 1995.
BERAL, V. et al. Breast cancer and hormone replacement therapy: collaborative reanalysis of
data from 51 epidemiological studies of 52, 705 women with breast cancer and 108, 411
women without breast cancer. Lancet, v. 350, n. 9084, p. 1047-1059, 1997
-Brasil., 2012. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0102assistencia1.pdf
DALY, Edel et al. Risk of venous thromboembolism in users of hormone replacement therapy.
The Lancet, v. 348, n. 9033, p. 977-980, 1996.
-Enfermagem em Saúde Coletiva, Souza, et al; 2012.
-Enfermagem Materno-Neonatal, Ricci, S, S, ED. Guanabara Koogan,RJ,2013.
Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development –
NICHD
-Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO
http://www.febrasgo.org.br/site/?p=10448 http://febrasgo.luancomunicacao.net/wp
content/uploads/2013/05/Femina-v37n9_Editorial.pdf.
FREEMAN, Ellen W.; SAMMEL, Mary D.; LIN, Hui. Temporal associations of hot flashes and
depression in the transition to menopause. Menopause (New York, NY), v. 16, n. 4, p. 728,
2009.
Gonçalves, I.;Fonseca, A.; Oncomed. www.oncomed.com.br
http://www.nichd.nih.gov/health/topics/contraception/conditioninfo/Pages/types.aspx.
Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Doenças
Sexualmente Transmissiveis. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.193-210.
Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.Guanabara Koogan, 2011
Lima,G. R; Girão, M,J.B.C.,Baracat,E. c., Papiloma Virus Humano e o câncer de Colo
uterino.In. gindecologia de consultório. 2003. 19ª ed. P. 213-218.Editora de Projetos
Médicos. São Paulo.
Manual Obstétrico, Silva J. C. ed. 3ª revisada e ampliada, 2013.
MONTENEGRO, C.A.B; Ana Cris Duarte Doulas.com.br
REZENDE FILHO, J. Rezende: obstetrícia fundamental. 12.ed. Rio de Janeiro:
-ROSSOUW, Jacques E. et al. Postmenopausal hormone therapy and risk of cardiovascular
disease by age and years since menopause. Jama, v. 297, n. 13, p. 1465-1477, 2007.

165
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL IRMÃ DULCE ASSIST. DE ENF. NA SAÚDE DA MULHER E DO RN

-SHARGIL, A. A. Hormone replacement therapy in perimenopausal women with a triphasic


contraceptive compound: a three-year prospective study. International journal of fertility, v.
30, n. 1, p. 15, 18-28, 1984.

166

Você também pode gostar