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CENTRO PAULA SOUZA

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE LINS


TÉCNICO EM SERVIÇOS JURIDICOS

AMANDA DE SOUZA

GEOVANNA LETICIA SILVA ANDRADE

RYELLEN SOUZA GARCIA

OS MAUS-TRATOS AOS ANIMAIS EM RODEIOS

LINS
2020
AMANDA DE SOUZA

GEOVANNA LETICIA SILVA ANDRADE

RYELLEN SOUZA GARCIA

OS MAUS-TRATOS AOS ANIMAIS EM RODEIOS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Banca Examinadora do Curso
Técnico em Serviços Jurídicos da Escola
Técnica Estadual de Lins sob a orientação da
Prof.ª Carla Baggio Laperuta Froes.

LINS
2020
AMANDA DE SOUZA

GEOVANNA LETICIA SILVA ANDRADE

RYELLEN SOUZA GARCIA

OS MAUS-TRATOS AOS ANIMAIS EM RODEIOS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Banca Examinadora do Curso
Técnico em Serviços Jurídicos da Escola
Técnica Estadual de Lins sob a orientação da
Prof.ª Carla Baggio Laperuta Froes.
Data da defesa: ___/___/___

Banca Examinadora

Prof.
Resumo

Os costumes esportivos das competições de rodeio e as formas pelas quais esta


competição pode ser realizada e que o público e às autoridades competentes saberem
se os animais foram abusados, abordando estudos minuciosos a fim de desmistificar
pensamentos equivocados a respeito deste evento, como parte da competição. Ele é
chamado de rodeio, dessa maneira podemos demonstrar a prática desse esporte,
portanto, a doutrina cultural será registrada publicamente para provar exatamente
como conduzir o rodeio. Também a Constituição Federal reconhece a legitimidade
deste esporte no Brasil e acima de tudo protege esses animais de maus tratos
tornando este um esporte saudável, rentável e que traz inúmeros benefícios para a
população que costuma frequentar esses tipos de evento e as leis que regulam o
conteúdo público e documentos legais e sua implementação legal detalhados como
um todo. A posição de alguns estudiosos famosos também será apresentada para
verificar se há algum dano à grande lei.

Palavras-chave: Rodeio; Direitos dos Animais; Maus-tratos; Direito Ambiental.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................06

CAPITULO I – A ETIMOLOGIA DA PALAVRA RODEIO...........................................07

1.1 O Surgimento do Rodeio.......................................................................................07

1.1.1 Vaquejadas........................................................................................................07

1.1.1.1 Evolução da vaquejada...................................................................................09

1.1.2 Chegada dos rodeios ao Brasil..........................................................................10

1.1.3 Os independentes..............................................................................................11

1.1.4 Rodeio como negócio........................................................................................11

1.2 A evolução do Rodeio...........................................................................................12

1.3 Modalidades do Rodeio........................................................................................13

1.3.3 As provas funcionais..........................................................................................15

1.3.4 Equipamentos e acessórios...............................................................................17

1.3.5 Os circuitos de rodeios.......................................................................................18

1.3.6 Das festas às provas do rodeio..........................................................................19

1.4 Leis dos Rodeios que Admite o Rodeio como Esporte..........................................21

CAPITULO II - O DIREITO AMBIENTAL E DOS ANIMAIS........................................23

2.1 Direito dos Animais...............................................................................................23

2.1.1 História do Direito dos Animais...........................................................................23

2.1.2 Filosofia e ética animal.......................................................................................26

2.1.3 Bem-estar animal...............................................................................................27


2.1.4 Os animais como sujeito de direito.....................................................................28

2.2 Declaração Universal dos Direitos dos Animais....................................................29

2.3 Definição de Meio Ambiente..................................................................................29

2.3.1 Como surgiu o Direito Ambiental?......................................................................30

2.3.2 O Direito Ambiental no Brasil..............................................................................31

2.4 Princípios Ambientais...........................................................................................35

2.4.1 Princípios Gerais de Direito Ambiental...............................................................35

CAPITULO III – O RODEIO DENTRO DA CONSTITUIÇÃO......................................39

3.1 Nova lei reforça as atividades de rodeio................................................................42

3.2 Dia Nacional do Rodeio é definido em lei...............................................................44

3.2.1 O rodeio como atividade econômica..................................................................45

3.3 Ausência de indícios de maus-tratos.....................................................................46

3.4 Manifestação Cultural ou Prática Degradante.......................................................48

3.4.1 Analisando a ADI 4.983 e a Emenda Constitucional de 96/2017........................49

3.5 Lei que regula as montarias em rodeios é inconstitucional....................................51

CONCLUSÃO............................................................................................................53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..........................................................................54
6

INTRODUÇÃO

Esse esporte competitivo teve origem nos Estados Unidos e no Brasil na


década de 1950, este tipo de esporte competitivo acontece em eventos agrícolas e
noites de peão de cowboy, ele tem várias modalidades, como cavalgadas e
montadas em touro, também inclui contra-relógio, cada método tem suas próprias
regras e cada competidor. Deve ser observado e seguido. Para ganhar mais
proteção, os competidores e rodeios são amparados pelas leis federais 10.519/02 e
10.220/01, que determinam as regras gerais para a aplicação desse método, cuja
finalidade é verificar as capacidades sanitárias e defensivas dos animais, na hora,
ele vai participar das atividades e, por fim, do peão do cowboy como atleta
profissional. Todas as formas de rodeio são inspiradas no trabalho da fazenda, que
mostra o cotidiano, expõe a vida do campo e conquistou milhões de torcedores em
todo o País.

O direito ambiental, onde renomados juristas da área de meio ambiente


demonstram o conceito de meio ambiente, também existem os direitos dos animais,
pois são os principais artistas dos rodeios, portanto, devem ser preservados no
cumprimento de seus direitos e não devem ser submetidos a tortura ou qualquer
outra forma de crueldade, então vamos explicar esses direitos que cuidam do bem-
estar animal.

O detrimento dessas circunstâncias que só acarretou benefícios tanto para o


rodeio quanto para os animais e os que frequentam este evento, o rodeio caiu no
gosto dos brasileiros em virtude disso o presente trabalho tem como escopo
principal a demonstração real de como tudo acontece tanto antes do animal sair de
uma propriedade para ir até uma festa como no decorrer das apresentações e até
mesmo ao final dela, a fim de orientar e esclarecer a cerca de sua rotina bem como
o estilo de vida e a relação homem e animal, mas principalmente vamos mostrar e
comentar todas as leis relacionadas e dirigidas a prática de rodeio.
7

CAPITULO I

A ETIMOLOGIA DA PALAVRA RODEIO

1.1 O Surgimento do Rodeio

A palavra rodeio vem do espanhol e significa "rodear" para coletar vacas,


rodeios são atividades de entretenimento compostas por uma pessoa, cujos topos
profissionais precisam ser mantidos no animal por oito segundos, seja ele um cavalo
ou uma vaca. A avaliação é realizada por dois árbitros com pontuação máxima de 50,
um avalia os jogadores e o outro avalia os animais, com pontuação total de 100.

Essa prática começou em 1820, quando colonos americanos se mudaram para


o Texas. Durante esse período, o México era independente e herdou território do
governador da Nova Espanha. Então, o governo começou a chegar a um acordo com
os Estados Unidos para forçá-los a ocupar um novo local.

Com o passar dos anos, a relação entre os dois foi abalada, pois os americanos
não queriam obedecer à ordem territorial do México de libertar escravos, seguir o
catolicismo e pagar certos impostos, como isso, a luta pela independência do Texas
começou, os mexicanos foram derrotados e as relações entre os países foram
rompidas. Por causa do relacionamento entre as pessoas durante este período, os
americanos acabaram adotando alguns costumes espanhóis, como domar animais,
com isso venho o show de rodeio em uma fazenda de gado no meio-oeste.

A cidade de Deer Trail, Colorado, realizou seu primeiro teste de equitação em


1869, os ranchos e fazendas são como os filmes de faroeste, são lugares de teste e
entretenimento. O vaqueiro participou de provas como cavalgada e laço, essa
atividade teve tanto sucesso que se tornou um local de entretenimento público no
oeste dos Estados Unidos de 1890 a 1910.

1.1.1 Vaquejadas
8

Vaquejada é um evento cultural no nordeste do Brasil, algumas pessoas


chamam de um esporte em que dois cowboys montados a cavalo têm que derrubar
um boi, puxando-o pelo rabo, entre duas faixas, isso era muito popular na segunda
metade do século 20, e ativistas dos direitos dos animais o questionam desde 2010
devido ao possível abuso de gado.

Em decisão declarada em 6 de outubro de 2016, o Supremo Tribunal Federal


(STF) determinou a inconstitucionalidade de uma lei estadual do Ceará que pune o
esporte como atividade cultural, sob a alegação de inexistência de atividade cultural.
O direito de anular a proteção do meio ambiente está contido no artigo 225 da
Constituição da República. Depois que o STF decidiu tornar a vaquejada
inconstitucional, o Congresso aprovou uma emenda constitucional que permitia as
práticas da vaquejada e determinava certos direitos e obrigações a serem seguidos,
e também visava a proteção dos animais.

Ela surgiu no sertão nordestino do século 17 ao 18, na vasta fazenda de gado,


essa fazenda não era cercada na época. Em junho, após o período das chuvas, os
fazendeiros realizavam a chamada "festa de apartação", reuniam dezenas de
vaqueiros, levavam cambistas misturados com seus vizinhos e separavam o gado
para vender e o gado para intimidar ou aqueles para serem castrados.

Durante a divisão, os bois chamados de "marueiros" ou "barbatões",


escaparam do rebanho e resistiram ao chamado dos vaqueiros que perseguiam e
derrubava-os pela cauda. Essa prática de pegar gado no meio da caatinga é chamada
de "pegada do boi", que conquistou o respeito e a fama dos vaqueiros e seus cavalos
entre os participantes. Além de famoso, o vaqueiro também recebeu um bônus, que
pode ser um bônus ou uma recompensa em dinheiro pelo próprio animal. Essas
iniciativas gradualmente se tornaram uma espécie de ritual de feriado, atraindo não
apenas cowboys, mas também comunidades da região.

Na década de 1940, vaqueiros baianos e cearenses começaram a expor suas


habilidades na interação com o gado por meio de atividades inusitadas conhecidas
como "corrida de morão" (ou "Mourão") eram trancados no quintal e os vaqueiros
desafiavam o rebanho, perseguindo as vacas em qualquer lugar do quintal, uma de
cada vez, vence a pessoa com maior desempenho no empate do touro. Alguns anos
depois, pequenos fazendeiros de todo o Nordeste começaram a promover uma nova
9

modalidade de vaquejada e os vaqueiros tiveram que pagar uma certa quantia para
participar dessa disputa, o dinheiro é usado para organizar eventos e premiar os
vencedores.

Essas montarias são compostas basicamente por cavalos nativos da região e


agora foram substituídas por animais com melhores linhagens. O solo de poeira e
cascalho que os peões estão acostumados a enfrentar é substituído por uma
superfície de areia, e há restrições e regulamentações claras, cada par tem o direito
de usar três vacas. A primeira vaca ganha oito pontos, a segunda vaca ganha nove
pontos e a terceira vaca ganha dez pontos, esses pontos são somados e os pontos
são contados ao final da vaquejada, a dupla com a maior pontuação é a campeã e
recebe o valor em dinheiro. Essa vaquejada com três vacas sempre foi chamada de
"bolão".1

1.1.1.1 Evolução da vaquejada

No ano de 1880 a 1910 essa prática era praticada nos trabalhos de gado, que
foram introduzidas em fazendas, e nas fazendas a palavra vaquejada não existia
formalmente, o Brasil vivia a transição da monarquia para a república. Período de
1920 a 1950, a ideia da festa vaquejada começou a aparecer como brincadeiras de
argolas e corridas de pé-de-mourão. Durante esse período, o Lampião uma vez
participou de uma pequena reunião realizada na fazenda de um amigo.

Dentre 1960 e 1970 começaram a ser tocadas as primeiras Vaquejadas num


raio de 6 m, o público ainda não despertou o movimento futuro, eram encontros de
amigos, e os cowboys raramente participam. De 1980 a 1990, ouve a mudança das
regras da vaquejada, o alcance de força de 6 m exigido pelo vaqueiro foi alterado para
10 m, e sua principal característica era a tecnologia. Os prêmios foram distribuídos
aos competidores, mas o público ainda era pequeno. Dos anos 90 até hoje, a
vaquejada é muito importante e os organizadores começam a assumir o comando, e
o vaqueiro é conhecido agora como atleta de atletismo. 2

1
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vaquejada
2
Disponível em:
https://www.abvaq.com.br/institucional#:~:text=Evolu%C3%A7%C3%A3o%20da%20vaquejada,apresenta%C3
10

1.1.2 Chegada dos rodeios ao Brasil

Em 1947, a primeira competição de rodeio foi realizada em Barretos. Não havia


arena, mas era cercada por arquibancadas na praça central da cidade. Na verdade, o
evento foi uma exposição realizada em Barretos, mas o rodeio atraiu muita atenção.

Aliás, há muitos anos Barretos é ponto de parada do Corredor do Cowboy,


antigo meio de transporte de gado entre os estados, atraindo muitos vaqueiros que
fazem o melhor que podem e inventam habilidades, e métodos competitivos. O
interesse pelo rodeio corre no sangue do povo desta cidade.3

Em 1956, a cidade fez seu primeiro rodeio com o surgimento dos “Os
independentes” formado na época por 20 jovens solteiros e financeiramente
independentes. O objetivo era arrecadar fundos para entidades assistenciais na festa
de aniversário de Barretos.

Como resultado, surgiu o maior rodeio do Brasil, que se tornou referência para
outras cidades promoverem festas semelhantes. A década de 1960 foi uma expansão
desse evento, transformando competidores brasileiros em profissionais em busca de
prêmios. 4

Os peões que antes só tocavam a boiada agora competiam entre si, buscando
prêmios cada vez mais altos e viajando em busca de outros rodeios. Americana, a
segunda maior arena de rodeio do Brasil, surgiu em 1987, quando Zédo Prato, o maior
locutor de rodeio, apareceu e foi influenciou. Cerca de 25.000 pessoas participaram
dos primeiros rodeios americanos. Atualmente, a festa atraiu mais de 400.000
pessoas.

%A7%C3%A3o%20nos%20s%C3%ADtios%20e%20fazendas.&text=De%201960%20aos%20anos%2070,com%20
participa%C3%A7%C3%A3o%20m%C3%ADnima%20de%20vaqueiros.
3
Disponível em: http://kinghorse.com.br/rodeio/origem-dos-rodeio/
4
Disponível em: http://blog.7mboots.com.br/2019/07/03/rodeio-aprenda-mais-
sobre/#:~:text=%C3%89%20preciso%20voltar%20um%20pouco,explicar%20a%20origem%20ao%20rodeio.&te
xt=Assim%20surgiu%20o%20rodeio%20nas,montaria%20em%20sela%2C%20em%201869
11

Outros grandes rodeios do Brasil estão ocorrendo em Limeira, Jaguaruana,


Cajamar, Piracicaba, Itu e muitos outros lugares. Os vaqueiros ainda buscam o maior
bônus, que hoje chega a 300 mil reais.5

No Brasil, ele foi oficialmente reconhecido como esporte pela Lei nº


10.519/2002 e se tornou uma mania nacional, reunindo pessoas de todas as idades e
diferentes localidades, permitindo que os peões mostrassem coragem, habilidade e
competência. Assim como os Estados Unidos, o rodeio brasileiro tornou-se um meio
de vida.

1.1.3 Os Independentes

Em 1955, poucos anos após o primeiro rodeio de Barretos, foi criada a


organização "Os Independentes", com o objetivo de organizar partidos políticos em
torno de temas agrícolas. A primeira festa do Peão de Boiadeiro de Barretos foi
realizada no segundo ano (1956). A festa cresceu exponencialmente ao longo do
tempo e agora atrai 900.000 pessoas a cada ano, um número impressionante.

Em 1956, foi realizada a primeira festa de cowboys em Barretos, a estrutura


era bastante modesta e consistia em um antigo biombo circense, que se tornou
referência para as comemorações internas no estado. A principal atração do festival
é o rodeio, mas também há outras atrações, como disputas culturais e jogos de
futebol.

Por isso, em 1960, a Barretos Cowboy Party era amplamente conhecida em


todo o Brasil, e o festival de folclore contava com a participação de países sul-
americanos (como Argentina, Uruguai e Paraguai) e de várias regiões do Brasil. 6

1.1.4 Rodeio como negócio

5
Disponível em: https://www.comprerural.com/qual-foi-o-primeiro-rodeio-do-
brasil/#:~:text=No%20ano%20de%201987%20surgiu,para%20mais%20de%20400%20mil.
6
Disponível em: https://www.independentes.com.br/festadopeao/historiarodeio
12

No século 20, o rodeio tornou-se um esporte capaz de movimentar grandes


quantias de dinheiro, o que levou à profissionalização de sua organização nos Estados
Unidos. Essa forma de fazer negócios mudou para outros países onde o rodeio é
popular, como México, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Brasil.

Entre os anos 1950 e 1970, a especialização dos esportes indoor era evidente,
criando algumas organizações de gestão esportiva, como a National Inter-University
Competitive Sports Association (NIRA) e a NFR-Finalmente National Cycling
Association. Atualmente, o principal organizador da competição global de rodeio é a
PBR (Professional Bull Rider).7

Muitos anos depois, mais precisamente em 2001, o rodeio se tornou um


esporte, a única habilidade originada no ambiente de trabalho. Como resultado, os
residentes de muitas grandes cidades mudaram-se para o interior, em busca de
símbolos de regionalismo e vida agrícola. Portanto, combinado com óculos, música,
entretenimento, esportes, coragem e muitas emoções, a equitação se tornou o foco
da maioria dessas atividades.

Hoje em dia, os rodeios brasileiros são amplamente conhecidos em todo o


mundo e as festas de penhores se tornaram o verdadeiro centro do fluxo de caixa,
porque milhões de pessoas as usam regularmente, o que leva ao consumo massivo
de várias mercadorias.

O número de feiras, exposições agrícolas, festas de peão e outros eventos


semelhantes em todo o país tem aumentado muito, portanto, esses eventos não são
apenas para promover eventos comerciais, divulgação de produtos, ferramentas
agrícolas e novas tecnologias utilizadas no setor.

Por isso, o rodeio é um dos desportos que mais crescem no mundo, onde se
reúnem pessoas de todas as idades e diferentes classes sociais, que envolve tradição
e modernidade.

1.2 A evolução do Rodeio

7
Disponível em: http://kinghorse.com.br/rodeio/origem-dos-rodeio/
13

Inicialmente, o rodeio nada mais era do que um hobby e uma atividade de lazer
para os trabalhadores de fazenda, que se dedicavam às atividades com animais, e
até levavam esses animais de um lugar para outro (o chamado entourage), essas
atividades acabavam sendo eles fornecem a conveniência de enfrentar os touros.

Todas essas atividades são realizadas de forma sutil e natural, pois são
realizadas por pessoas simples com hábitos rurais, apenas para encontrar um
pequeno grupo de amigos e passar aqui uns agradáveis dias ao pôr do sol. Minutos
para encerrar mais uma jornada de trabalho e descanso à noite para se preparar para
o trabalho do dia seguinte, ou seja, esta não é uma atividade competitiva, mas para
diminuir a pressão da jornada de trabalho.

Porém, com o passar dos anos, o tempo das reuniões dos comitês aumenta ao
longo do ano, torna-se cada vez mais frequente, o que faz com que os peões se
preparem para essas reuniões, cada vez mais.

1.3 Modalidades do Rodeio

Segundo o site da Confederação Nacional de Rodeio – CNAR8, este esporte


divide-se nas seguintes modalidades: touro, cutiano, bareback, bulldoging, três
tambores, sela americana, tean penning, laço em bezerro e laço em dupla.

Montaria em touros, entre outros métodos, são considerados os mais radicais.


A pontuação é baseada no desempenho técnico de peões e animais. Este método é
descrito a seguir no site mencionado:

É praticada em todos os países em que o rodeio existe como esporte. Em


Barretos foi introduzida no ano de 1979 e é a grande atração das arenas no
mundo. Exige do cowboy é muito preparo físico e mental. Na montaria em
touros é usada a corda Americana em polacos. O atleta tem que usar luvas de
couro na mão que segura a corda e colete de segurança. A montaria em touros
exige a contagem, equilíbrio, flexibilidade, coordenação e reflexo. O atleta só
pode usar uma das mãos para manter-se em cima do animal e só é avaliado
se ultrapassar os oito segundos exigidos para nota. Se encostar a mão erguida
em qualquer parte do corpo ou do animal será automaticamente
desclassificado.

8
Disponível em:
http://www.cnar.com.br/?fbclid=IwAR25cbLM6TV_vqQMmUl0yz0x8_OcWJp36yExWfuntvOAxHna635Xqa40brI
14

Montaria em cavalo dividem-se em três estilos: montaria em cutiano, um arreio


é usado, e um peitoral é colocado entre o pescoço e o peito do animal, no qual o peão
é segurado, que o peão segurará com uma mão. A nota também se aplica ao conjunto
e o tempo mínimo geralmente é de 8 segundos, mas em alguns rodeios pode ser
encurtado. Portanto, este método está descrito no site:

Quando o rodeio deixou de ser brincadeira para virar disputa entre os peões do
interior brasileiro, a ação de montar em cavalos xucros ganhou o nome de estilo
Cutiano. É praticada em Barretos desde a primeira edição da festa no ano de
1956. Nessa modalidade é meio usado arreio, baixeira, peiteira e rédeas com
duas canas, que o peão segura com a mão de apoio. No primeiro pulo do
animal o cowboy deve posicionar as esporas entre o pescoço e a paleta do
cavalo. A partir do segundo pulo as esporas devem ser puxadas em direção à
cava da paleta. As esporeadas aumentam o grau de dificuldade de montaria,
uma vez que o cowboy fica mais solto sobre o animal. Por outro lado, isso
significa que quanto mais esporeadas forem dadas, maiores as chances de se
conquistar notas altas. O estilo Cutiano é praticado apenas no Brasil.
Sela americana, em que o cavalo é selado e o peão segura apenas o cabresto
com uma das mãos e deve apoiar as pernas no pescoço do animal, puxando as
esporas para o arco posterior da sela. É necessário um tempo de 8 segundos e o
resultado depende do correto posicionamento da espora e do equilíbrio do jogador
durante a montagem. No site da Confederação Nacional de Rodeios (CNAR) consta
que:

É o estilo de montaria em cavalos mais antigo do Rodeio americano. É


considerada a modalidade com maior grau de dificuldades, pela habilidade
técnica que exige do atleta. O equipamento consiste em uma sela sem pito e
sem baixeiro. Com a mão de apoio, o competidor segura uma corda de
aproximadamente 1,20 metros, que está ligada ao cabresto. A outra mão,
chamada de ponto de equilíbrio, não pode tocar em parte alguma do animal.
No primeiro pulo, ou competidor posiciona as duas esporas, sem pontas, em
sua paleta. No segundo pulo ele puxa as esporas passa pela barriga e chega
até o final da sela, na traseira do cavalo.
Bareback, o peão é coletado segurando apenas a alça de couro colocada no
animal. Portanto, nem sela nem estribo são usados. É relativamente novo no Brasil.
A pontuação é atribuída a um conjunto de peões/cavalos. O site da CNAR descreve
ele como uma prova originária dos Estados Unidos, na qual o competidor marca o
animal posicionando as duas esporas no pescoço do cavalo, em seguida puxa elas
fazendo com que suas pernas alcance a alça do bareback, sendo a alça segurada por
uma das mãos, o competidor tem que ficar em cima do animal por 8 segundos
esporeando-o de maneira com que eles corram.
15

1.3.1 As provas funcionais

As provas funcionais são praticamente simulações de atividades cotidianas


realizadas em áreas rurais, principalmente aquelas onde se cria gado. Nessas
competições, os vencedores são considerados os mais rápidos e não ofensivos.
Essas provas se dividem em: laço em bezerro, o competidor deve jogar sua panturrilha
ao redor do pescoço. Após o laço, o cavalo deve descer do cavalo, soltar o bezerro e
amarrar três pernas. A prova de quem faz em menos tempo vence. A CNAR assim
aclara:

Prova de velocidade e precisão. Nela o lançador tem como objetivo a tarefa de


laçar um bezerro de cerca de 40 dias e 120 kg. A prova começa no brete
quando o bezerro rompe a barreira e é perseguido pelo laçador. Esse,
sacudindo o laço e com a outra corda presa na boca, joga o laço na cabeça do
bezerro, desce do cavalo e segurando-o pelas patas o joga no chão amarrando
três patas juntas. Enquanto isso, o cavalo puxa fortemente a corda, ou seja, o
suficiente para não deixar nenhuma folga, mas também não tão forte ao ponto
de arrastar o bezerro. Amarrando o bezerro, o cavaleiro levanta as duas mãos
indicando a finalização do trabalho. Se o concorrente não lançar o bezerro ou
não levantar as duas mãos, esse tempo será computado. O tempo máximo
para execução da lançada é de 120 segundos.
Laço em dupla, prova realizada com dois peões, um responsável por atar a
panturrilha pelo canto ou pescoço e o outro por uma das pernas. O final da prova é
quando as duas alças são posicionadas no cavalo, uma em frente da outra, abraçando
o animal com os fios esticados. A dupla que completar a tarefa em menos tempo
vence. No site da CNAR há explicação sobre essa modalidade:

É também conhecida como Team Roping. Exige o trabalho de equipe e


cooperação entre os dois laçadores: o “cabeceiro” o que laça a cabeça e
“peseiro” o que laça os pés do bezerro. A prova acontece na ação conjunta de
dois cavaleiros que se posicionam no brete, um de cada lado de saída do
bezerro. Quando animal rompe a barreira, o cabeceiro corre atrás dele em
perseguição, meneando a corda, enquanto o peseiro segue um pouquinho
atrás. O cabeceiro é quem laça primeiro e tem que acertar um dos três lugares
permitidos, ou seja, ao redor dos chifres, ao redor de um chifre e da cabeça ou
ao redor do pescoço. Depois enrola a corda no “pito” da sela. O segundo
laçador laça então os pés do animal. A prova acaba quando os dois laçadores
se posicionam na frente um do outro com as cordas esticadas.
Bulldogging, pouco praticado no Brasil, o peão consegue descer do cavalo em
cima do boi agarrando os chifres e derrubando-o. Outro peão faz o que os jogadores
chamam de "muro", circundando o boi para que ele não se desvie das amarras de
quem vai derrubá-lo. Esse teste é muito parecido com as vaquejadas tradicionais,
16

porém neste caso, tipicamente nordestino, a tosquia é feita com a cauda do animal.
Esclarece o site da CNAR:

É praticado por dois competidores que têm como objetivo virar e derrubar ao
chão um garrote no menor espaço de tempo. Um cavaleiro certa o animal
enquanto o outro trata de agarrar os seus chifres e derrubá-lo à unha,
literalmente. Quem fica à direita do animal faz o trabalho de esteira, cercando
o boi e não deixando que ele se distancie muito. O outro cavaleiro posiciona-
se do lado contrário, tendo a função de saltar do cavalo em movimento sobre o
touro usando as mãos para agarrar os chifres do animal e derrubá-lo ao chão.
Exige técnica, velocidade e precisão do cavaleiro. O sincronismo entre os dois
é essencial.
Três tambores, são executadas por mulheres a cavalo que percorrem a pista
em torno de três tambores dispostos em triângulo. O vencedor é aquele que escolhe
o percurso no menor tempo possível e comete as penalidades mínimas.

Com a participação apenas de mulheres, esta prova une habilidade e


velocidade. Num percurso medido com exatidão, três tambores são colocados numa
distância mínima de quatro metros uns dos outros. As competidoras tem a tarefa de
realizar o percurso contornando os tambores com precisão, numa sequência
estabelecida e voltar em disparada para o local de onde saiu, brigando contra o
cronômetro. A atleta parte em linha reta, contorna o primeiro tambor numa manobra
de 360 graus, segue para o segundo e terceiro tambor e volta em disparada para linha
de partida. Derrubar tambor implica em penalização de 5 segundos acréscimos ao
tempo final. A competidora tem que estar em perfeita harmonia com seu cavalo para
obter sucesso.

No caso da prova de três tambores, os competidores precisam de treinamento


extensivo em um cavalo ou égua, geralmente um Quarter Horse, tornando a atividade
cara.

Tean Penning:

A prova é realizada em uma pista de tamanho variável com a participação de


três cavaleiros. O trio deve apartar três bezerros, em um lote de 30, numerados
de 0 a 9. Os 3 bezerros escolhidos pelos juízes devem ser colocados em um
curral localizado dentro da pista num tempo máximo de 2 minutos. Vence o trio
que realizar a tarefa no menor tempo, pois necessita de táticas e combinações
de apartar os bezerros entre o trio participante. As provas geralmente são
compostas por pai mãe e filhos. É uma forma de reunir amigos e familiares.
Assim consta no site da CNAR.
Para ambas as categorias, a permanência mínima no animal é de oito
segundos para que o pedestre receba a pontuação, caso contrário, eles não serão
17

julgados. As principais regras das montagens são transmitidas na tela ou pelo


comentarista.

Há um prêmio específico para cada competição, que difere em valores,


incluindo motos, automóveis de passageiros e vans de entrega. A classificação final
apresenta-se de forma diferente em cada campeonato, umas promovem prémios aos
cinco primeiros, outras classificam ao décimo lugar. Da mesma forma, em alguns
campeonatos, prêmios de animais são concedidos, independentemente de um peão
cair ou não.

1.3.2 Equipamentos e acessórios

Conforme no site da Confederação Nacional de rodeios, os seguintes


equipamentos e acessórios utilizados nas provas: sedém, o cinto de rodeio, que é
passado na virilha, tem o objetivo de estimular o animal. Do ponto de vista legal, deve
ser feito de lã ou espuma coberta com um tecido macio. Corda Americana, é um
acessório que cobre o peito de um boi, feito de náilon ou "ramiya" (um tipo de fibra
vegetal) que é trançado à mão e recebe "alcatrão" (um tipo de cola que o peão segura
firmemente ao agarrar o animal) para maior aderência onde gruda uma luva de rodeio
(couro). Polacos, sinos amarrados com corda americana, que tem duas finalidades:
servir de enfeite para o animal ao dirigir e ajudar a corda a soltar o animal mais rápido,
derrubando-o. Arreio, um assento de couro montado em um cavalo no estilo cutiano.
Estribo, um acessório de metal no qual o piloto coloca os pés. Usado em Cutiano e
Sela Americana. Barrigueira, um arreio que prende a sela ao cavalo, que consiste em
uma espécie de cinto que envolve a barriga do animal. Rédea, uma corda na qual o
peão é segurado por uma mão de apoio, usada apenas no estilo Cutiano. Baixeiro,
uma capa de tecido grosso ou pele de carneiro, colocada entre os lombos do animal
e o arreio, usada no Cutiano. Alça de Apoio, sem estribos, o único suporte é uma
pequena alça na qual o peão é guardado. Sobre uma sela pequena, fica quase deitado
nas costas do cavalo, menor e mais leve do que o touro, o cavalo se agita com vigor
na arena. Cabo de Sisal, corda presa ao cabresto. Cabresto, vai na cabeça do cavalo
e na montaria Sela Americana, é conectado por um cabo com cerca de 1,20 m de
18

comprimento. Sela, assento de couro, sem pinça, usado apenas no modo Sela
Americana.

1.3.3 Os circuitos de rodeios

No Brasil, os rodeios acontecem paralelamente à exposição de pedestre/vilas,


o que ajuda a formar um loop. Portanto, em muitos casos, apesar das exceções, os
eventos realizados no Colorado são apenas mais uma etapa dos eventos da empresa.

Vale ressaltar que as regras das competições competitivas são diferentes entre
os diversos campeonatos: Circuito Nacional de Rodeio Completo, Top Team Cup;
PBR; Brahma Super Bull PBR; Copa Brahma Barretos; Circuito RR de Rodeios.

Dos campeonatos citados acima, o Top Team Cup é considerado o


campeonato de rodeio mais importante do país, reunindo os melhores jogadores da
atualidade, bem como os animais e profissionais mais destacados das arenas
brasileiras. As disputas referem-se às modalidades de montaria em touro, montaria
sem sela e Sela Americana, além da prova de três tambores.

O Top Team Cup é voltado para a evolução do rodeio esportivo e também para
a valorização de todos os corredores, animais e profissionais envolvidos na pista. A
campeã recebe 600 mil reais, sendo que os 400 mil reais restantes são distribuídos
entre a campeã feminina de três barris, as vencedoras das outras duas categorias da
Top Team Cup e os animais (bois e cavalos) que se destacam na competição.

No Brasil, a PBR substituiu a montaria em touro do formato tradicional de


rodeio, tornando-se uma atração única. Ela é responsável por organizar os melhores
torneios profissionais do Brasil e de outros países, incluindo a Copa do Mundo. Este
campeonato é realizado em cinco países com maior tradição equestre: EUA, Canadá,
Brasil, México e Austrália. Os escritórios da PBR também estão localizados lá.

O Brahma Super Bull é o maior campeonato de montaria em touro do país, sua


premiação individual ultrapassa um milhão de reais e dá ao jogador a chance de ir ao
mundial, dando a ele a oportunidade de participar da final mundial de rodeio em Las
Vegas, nos Estados Unidos. A Copa Brahma Barretos dá aos atletas a oportunidade
19

de participar do Campeonato PBR Brasil, e seu evento acontece na Festa do Peão de


Barretos.

Os promotores do circuito participaram de eventos "concorrentes", o que foi


uma oportunidade de contato com diversos produtores da indústria cultural de rodeio
no Colorado. Conhecer esses diferentes circuitos no cenário nacional é uma ilustração
que nos permite identificar como a experiência única do Colorado se relaciona com o
que chamamos de indústria da cultura do rodeio. Nesse caso, embora cada cidade na
pista tenha sua especificidade, também há uma tendência de definir certos padrões
ou normalizar. Tendo em vista a observação piloto de eventos de rodeio em Londrina,
Sabáudia e Primeiro de Maio, vamos agora delinear alguns padrões.

Em cada rodeio, acontecem competições equestres em touros e cavalos ou os


próprios touros, o que confere ao peão com maior pontuação o título de campeão. Os
peões de maior prestígio são aqueles que conseguem acumular mais títulos e prêmios
ao longo de sua carreira.

É formada uma comissão organizadora responsável pelo evento, composta


pelo presidente do partido e sua equipe. Todo rodeio tem um diretor cuja presença é
a referência na festa. Em seguida, a data do evento, local e hora são determinados.
Esse comitê tem como objetivo dividir o trabalho entre o grupo, gerar
responsabilidades e compromissos para a implementação do evento.

A comissão organizadora de rodeios é responsável pelo contato direto com


empresários e profissionais especializados neste segmento. Através deles alugam-se
tropeiros (pecuaristas), em média quatro a cinco empresas de rodeio, concertos,
equipamentos de som e luz, palco (caso não haja instalação), estruturas metálicas
para eventos não permanentes, stands, cabines, juiz, locutor, palhaço, salva-vidas e
equipe de segurança.

1.3.4 Das festas às provas do rodeio

Para uma festa de rodeio atrair um grande público de qualquer tipo, as ações
no palco, equipamentos de áudio, iluminação, câmeras, telas, computadores,
20

inspeções estruturais, bretes, palco, etc. são todos consertados, tudo precisa ser
consertado com antecedência, a inspeção e montagem começam na hora combinada.

Quando o caminhão da empresa de rodeio chega ao local designado, o animal


é colocado na parte inferior das bretes e verificado com o veterinário para encontrar
possíveis ferimentos que possam prejudicar a integridade dos animais. Se fatores
agravantes forem identificados, a participação de animais é proibida. Dessa forma,
caso algum imprevisto impeça a empresa de participar da prova, o Exército de
Convecção costuma transportar animais reserva.

Recentemente, a atenção do anfitrião mudou para a promoção das massas. A


partir das mudanças na produção performática, os animadores passaram a buscar
mais recursos técnicos. Os animadores medem o consumo deste desporto sob a
forma de performance, valorizando o carácter do locutor, tendo como principal tarefa
informar, guiar a atenção, despertar emoções e entreter o público através da interação
na valorização do desempenho dos atletas. Fogos de artifício, luzes e foguetes foram
preparados com antecedência no palco, que se tornou o ponto alto da cerimônia de
abertura da competição e criou um efeito visual muito atraente para o público.

As luzes são apagadas e acesas uma a uma, criando um efeito de suspense e


despertando a expectativa do público. Quando soava o episódio do locutor, enquanto
o locutor cumprimentava todos na passarela, o comando para iniciar os fogos de
artifício foi acionado no centro do palco. A tarefa do locutor é usar palavras para
transmitir as emoções que acompanham o rodeio, e ativar o público com poemas e
ritmos sobre o folclore e a cultura sertanejos, dando assim início à abertura oficial do
evento. Os palestrantes costumam proferir frases fortes para estimular e mudar as
emoções dos presentes.

Após o início dos fogos de artifício, a cavalaria e as amazonas entraram na


arena e ergueram as bandeiras do estado e da cidade onde o evento foi realizado, as
bandeiras do Brasil e da Federação Desportiva, e colocaram os animais no palco.
Cavaleiros e Amazonas alinharam-se lado a lado no centro da arena para comemorar
a entrada do comitê organizador, autoridade política, juízes, peões, salva-vidas,
cassetetes, outros locutores e comentaristas centrais que participarão da arena.

Depois que todos os convidados entraram, tiraram os chapéus conforme a


cerimônia de costume e esperaram pelo Hino Nacional Brasileiro. Mais tarde, quando
21

houver participantes estrangeiros, o hino nacional de outros países. Após o hino, o


locutor começou a rezar pela voz da canção Ave Maria, quando o cavaleiro entrou,
carregando a imagem da santa, que se acredita ser a padroeira do rodeio, e São
Sebastião do rodeio, que acreditam ser o protetor dos cavaleiros.

Ao final do ritual de abertura, as montarias começam. Os porteiros


(responsáveis pela abertura do portão ao sinal do peão) permanecem na arena; juiz
de brete (autoridade máxima na arena), que pode desclassificar o peão e o animal em
caso de violação das regras; pode haver dois ou três salva-vidas; locutor; orador
assistente; juiz que julga montarias; e palhaço torcendo.

Ao sinal do peão, os porteiros abrem agilmente os portões. O cronômetro é


acionado quando o animal cruza a linha marcada no portão. A partir desse momento,
o peão deve permanecer pelo menos oito segundos acima do animal no qual está
montado. Esses testes se enquadram em duas categorias: passeios a cavalo;
montando um touro.

As montarias usam sedem, uma corda feita de crina ou lã que deve ser
amarrada na virilha do animal, causando desconforto; consequentemente, fará o
animal pular com mais ferocidade.

Em ambas as categorias é necessária a permanência mínima de oito segundos


sobre o animal, para que os peões possam receber a nota, caso contrário, não serão
avaliados. As principais regras das montarias são transmitidas em um telão ou pelo
comentarista.

Para cada competição existe uma premiação definida, variando em dinheiro,


motos, carros e camionetes. A classificação final apresenta-se de forma distinta entre
os campeonatos, alguns promovem premiações aos cinco primeiros colocados,
enquanto outros classificam até o décimo colocado. Do mesmo modo, alguns
campeonatos promovem premiações destinadas aos animais, independentemente de
haver queda ou não do peão.

1.4 Leis dos Rodeios que Admite o Rodeio como Esporte


22

Como visto a realização de rodeios não é uma novidade no Brasil, sendo que,
muito antes do final dos anos 80, esses eventos já atraíam grande quantidade de
pessoas e movimentavam um volume considerável de dinheiro. Em meados dos anos
90, o sucesso das festas de Barretos, Uberaba, Presidente Prudente, Colorado,
Jaguariúna e o fato de acontecerem mais de 1.500 rodeios no país por ano,
transformaram essas confraternizações rurais em um negócio muito lucrativo.

Então, os rodeios, que acontecem dentro dessas festas, passaram a ter alto
grau de autonomia, sendo promovidos por grandes empresas de eventos, as quais
contratam profissionais especializados, sob a forma de prestação de serviços, quais
sejam, tropeiros, locutores, equipes de som e luz, proprietários de estruturas metálicas
para montagem de arquibancadas e bretes, entre outros. Dessa forma, formou-se um
comércio de profissionais e empresas para execução das tarefas que possibilitam a
realização dos rodeios atuais. Ademais, tais confraternizações tornaram-se
grandiosos eventos que pretendiam uma unidade entre esporte e festa, exigindo uma
maior profissionalização nesses dois níveis, isto é, na organização da festa e na
consolidação da prática esportiva.

Assim, com o fim de garantir maior clareza no que tange à proteção dos animais
e ante a vulnerabilidade jurídica desses eventos, foi aprovado na Câmara dos
Deputados o projeto de lei do Deputado Jair Menegheli, que, em seguida, foi acatado
também pelo Senado Federal e pelo Congresso Nacional.

Pelos fatos apresentados, foi necessário criar uma lei federal que permitisse o
rodeio como esporte, em 7 de julho de 2002, o Presidente da República, Fernando
Henrique Cardoso, aprovou um projeto de lei sobre a promoção e fiscalização da
proteção desses animais, levando em conta a insegurança jurídica dessas partes. A
proposta foi apresentada pelo deputado Jair Meneghelli, que foi aprovada pela
Câmara dos Deputados com anuência do Senado e do Congresso Nacional.

Com a aprovação da Lei 10.519/02, vieram as sanções e obrigações das


comissões organizadoras e rodeios de peões. Em 11 de abril de 2001, um peão de
rodeio foi tratado como atleta profissional pela lei 10.220/01, que estabelece as regras
gerais para o exercício da profissão de peão de rodeio. Desta forma, o rodeio
modificou-se para uma atividade esportiva e autêntica.
23

CAPITULO II
O DIREITO AMBIENTAL E DOS ANIMAIS

2.1 Direito dos Animais

O direito dos animais é um assunto que tem muita confusão nas leis mais
amplas, diz respeito aos direitos dos animais, é inacreditável que as pessoas que
fazem parte da população brasileira não conheçam essa lei. Infelizmente, o Brasil não
se entusiasmou com essa lei porque se entendia que os animais não aproveitavam o
privilégio da liberdade, da integridade física e principalmente da vida.

Conforme nosso dispositivo legal, o primeiro ponto da lei que protegia os


animais de qualquer abuso ou selvageria era a cidade de São Paulo, conforme
expressa no artigo 220 do Código de Conduta, em 6 de outubro de 1986, que
cocheiros e carroceiros atacam animais com brutalidade e repreensões excessivas,
prevendo penalidades.

A Constituição Federal de 1988, no artigo 225, § 1º, inciso VIII, afirma que os
animais são vulneráveis, estabelecendo a obrigação comunitária e estadual de
respeitar a vida para a independência corporal e a saúde física desses animais, além
de reprimir explicitamente atividades que geram ameaças ao papel ecológico desses
animais ou causar o extermínio, submetendo todas as espécies à crueldade no reino
animal.

A lei constitucional confere que os animais tenham um direito, ou seja, de não


se submeterem a tratos severos, ações que ameacem as atividades ecológicas ou a
defesa de sua família, que é controlada por um conjunto de normas federais. Nº
9.605/98, reconhecendo a atividade de sujeito que intimidar, agredir, molestar ou
cortar animais como crime expresso no art.

2.1.1 História do Direito dos Animais


24

A discussão dos direitos dos animais no século 20 pode ser levada até a história
dos primeiros filósofos, no século 6 a.c, Pitágoras, um filósofo e matemático, falava
de respeito pelos animais porque acreditava na jornada das almas. Aristóteles,
escreveu no século 4 a.c, argumentando que os animais estavam distantes dos
humanos na Grande Corrente da Existência ou em uma escala natural, ao acusar a
irracionalidade, concluiu-se que os animais não teriam interesse próprio, apenas
existiriam para o bem do ser humano.

No século 15, o filósofo Ramon Bogéa afirmou que os animais deveriam ter
direitos como os humanos, no século 17, o filósofo francês René Descartes dizia que
os animais não têm alma, por isso não pensam e não sentem dor, portanto, maus-
tratos não eram ruins. Sendo contra isso, Jean-Jacques Rousseau argumentava no
começo de seus Discursos de 1754 sobre as desigualdades, que os humanos são
animais, embora ninguém "se justifique pelo intelecto e pela liberdade". Porém, uma
vez que os animais são seres sensíveis, eles também devem participar da lei natural,
e que o homem é responsável pelo cumprimento de alguns de seus deveres, a saber,
“um tem o direito de não ser desnecessariamente maltratado pelo outro”. Mas Voltaire,
outro escritor francês, respondeu a Descartes no seu Dicionário Filosófico:

Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas
privadas de conhecimento e sentimento, que procedem sempre da mesma
maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Será porque falo que julgas
que tenho sentimento, memória, ideias? Pois bem, calo-me. Vês-me entrar em
casa aflito, procurar um papel com inquietude, abrir a escrivaninha, onde me
lembra tê-lo guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que
experimentei os sentimentos de aflição e prazer, que tenho memória e
conhecimento. Vê com os mesmos olhos esse cão que perdeu o amo e
procura-o por toda parte com ganidos dolorosos, entra em casa agitado,
inquieto, desce e sobe e vai de aposento em aposento e enfim encontra no
gabinete o ente amado, a quem manifesta sua alegria pela ternura dos ladridos,
com saltos e carícias. Bárbaros agarram esse cão, que tão prodigiosamente
vence o homem em amizade, pregam-no em cima de uma mesa e dissecam-
no vivo para mostrarem-te suas veias mesentéricas. Descobres nele todos os
mesmos órgãos de sentimento de que te gabas. Responde-me maquinista,
teria a natureza entrosado nesse animal todos os órgãos do sentimento sem
objetivo algum? Terá nervos para ser insensível? Não inquines à natureza tão
impertinente contradição. (VOLTAIRE, 2001, p. 127)
O escritor escocês John Oswald, em seu livro The Cry of Nature or an Appeal
to Mercy and Justice on Behalf of the Persecuted Animals, disse que o ser humano é
naturalmente composto por sentimentos de misericórdia e compaixão. "Se todos os
humanos testemunhassem a morte do animal que comem", argumentou, "uma dieta
vegetariana seria muito mais popular." Contanto, a divisão do trabalho permite ao
25

homem moderno poder comer carne sem passar pelo que Oswald chama de alerta
para as sensibilidades naturais do homem, enquanto a brutalização do homem
moderno o faz se adaptar a essa insensibilidade.

Então, um tempo depois no século XVIII, um dos fundadores do utilitarismo


moderno, o filósofo britânico Jeremy Bentham, dizia que a dor animal é tão real e
igualmente a dor humana e que "pode chegar um dia em que o resto das criaturas
animais obterão direitos que nunca serão evitados, eles poderiam ser privados, exceto
por meio da tirania." Bentham também dizia que é a capacidade de sofrer, não a
capacidade de raciocinar, que deve ser a medida de como tratamos os outros seres.
Se o raciocínio fosse o critério, muitas pessoas, incluindo crianças e pessoas
especiais, então eles também precisariam ser tratados como coisas.

No século 19, o filósofo alemão Arthur Schopenhauer disse que os animais têm
a mesma essência que os humanos, apesar de sua falta de razão. Embora considere
o vegetarianismo uma boa causa, ele não o considera moralmente necessário e,
portanto, se opõe à biotomia como uma expansão da preocupação moral com os
animais. Sua crítica à ética kantiana é uma polêmica ampla e frequente contra a
exclusão dos animais de seu sistema moral, como exemplificado pela famosa frase:
"Amaldiçoada toda moralidade que não veja uma unidade essencial em todos os olhos
que enxergam do sol." 9

O movimento moderno pelos direitos dos animais começou na década de 70 e


é um dos poucos exemplos de movimentos sociais que foram concebidos por filósofos
e permaneceram na vanguarda do movimento. No início dessa década, um grupo de
filósofos da Universidade de Oxford começou a se perguntar por que o status moral
dos animais não humanos era necessariamente inferior ao dos seres humanos. Esse
grupo incluía o psicólogo Richard D. Ryder, que cunhou o termo "especismo" em 1970,
usado em um livreto impresso para descrever os interesses dos seres com base em
representantes de uma espécie particular.

Ryder é co-Autor do influente livro Animals, Men and Morals: An Inquiry into the
Maltreatment of Non-people, editado por Roslind e Stanley Godlovitch e John Harris e
publicado em 1972. Foi uma resenha de seu livro para Nova York que Peter Singer,

9
Disponível em: https://nionfern.wixsite.com/animalcidadao/single-post/2017/02/26/Pequeno-resumo-da-
evolu%C3%A7%C3%A3o-do-direito-animal
26

agora sendo professor de bioética no Centro Universitário de Valores Humanos da


Universidade de Princeton, tomou a decisão em 1975 de iniciar a Libertação Animal.
O livro é frequentemente citado como a "bíblia" do movimento pelos direitos dos
animais, mas não é realmente os direitos morais ou legais dos animais não humanos,
pois é baseado no utilitarismo.

Durante as décadas de 80 e 90 o movimento se concentrou em uma variedade


de grupos profissionais e acadêmicos, incluindo teólogos, juízes, físicos, psicólogos,
psiquiatras, veterinários, patologistas e artigos vivisseccionistas.10

2.1.2 Filosofia e ética animal

Os direitos dos animais formam o conceito de que todos ou alguns animais são
capazes de governar suas próprias vidas, vivem porque devem ter ou têm direitos
pessoais específicos, e alguns direitos fundamentais devem ser cobertos pela lei. Os
defensores dos direitos dos animais rejeitam a noção de que os animais são
simplesmente bens de capital ou propriedade para o benefício da humanidade. Este
conceito é sempre confundido com uma posição sobre o bem-estar animal, que
considera a crueldade contra os animais um problema, mas não dá a eles direitos
morais específicos.

Alguns ativistas também diferenciam animais sentimentais e autoconscientes e


outras formas de vida, acreditando que apenas animais sentimentais, ou talvez
apenas animais que têm um grau significativo de autoconsciência, devem ter direito à
sua própria vida e corpo, qualquer que seja sua forma, como são valorizados pelas
pessoas. Outros podem estender esta lei a todos os animais, incluindo aqueles que
não desenvolveram um sistema nervoso ou autoconsciência, eles apoiam a visão de
que qualquer ser humano ou instituição que comercializa animais por comida,
entretenimento, cosméticos, roupas, vivissecção ou qualquer outro motivo viola os
direitos dos animais de possuir e alcançar seus próprios fins.

Poucas pessoas negariam que os grandes primatas (não humanos), são


inteligentes, autoconscientes, têm objetivos e talvez fiquem frustrados quando

10
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_dos_animais
27

restringem sua liberdade. Por outro lado, os animais como as águas-vivas têm um
sistema nervoso simples e são mais automáticos, capazes de reflexos básicos, mas
incapazes de formular qualquer propósito para suas ações ou planos para o futuro.
Mas a biologia da mente é uma grande caixa preta que requer consideração da
existência e ausência da mente em outros animais.

A discussão sobre os direitos dos animais é muito semelhante a discussão


sobre o aborto e é complicado pela dificuldade que estabelece uma distinção clara
entre bases morais e julgamentos políticos. O padrão de relacionamento humano/não
humano está profundamente enraizado na pré-história e nas nossas tradições.

Os defensores desses direitos têm tentado identificar diferenças moralmente


significativas entre humanos e animais que possam justificar a atribuição de direitos e
interesses aos primeiros e não aos últimos. Várias diferenças têm sido propostas entre
as pessoas, incluindo ter uma alma, ser capaz de falar uma língua, ser autoconsciente,
ter muita inteligência e ser capaz de reconhecer os direitos e interesses dos outros.
No entanto, tais critérios encontram dificuldades quando não parecem se aplicar a
todos ou apenas aos humanos: qualquer um deles pode ser aplicado a alguns, mas
não a todos os humanos, e a alguns animais.11

2.1.3 Bem-estar animal

O termo bem-estar animal é usado há muito tempo e não significa só que o


animal está bem de saúde, porque o bem-estar animal é uma ciência e, do mesmo
modo que é definido por critérios mensuráveis e está relacionado a diversas
características como meio ambiente, manejo, temperatura ambiente, comportamento
animal e outras características que têm impacto direto na vida do animal. Tudo porque
os animais são seres sentimentais (que sentem emoções como dor, alegria e
estresse) e buscam uma vida boa.

Hoje, o bem-estar animal é cada vez mais conhecido pelo grande público,
principalmente no que diz respeito à pecuária. Nas prateleiras dos supermercados

11
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_dos_animais#cite_note-17
28

pode-se encontrar principalmente galinhas e ovos com certificados e selos de


proteção animal.

Mas a definição de bem-estar também se aplica aos animais domésticos,


selvagens etc. Pois eles devem estar bem alimentados, confortáveis, ter contato com
sua espécie, ter um local adequado para dormir e condições adequadas para brincar
e expressar o comportamento natural de sua espécie.

2.1.4 Os animais como sujeito de direito

Nos tempos atuais, é fundamental garantir os direitos e a proteção dos animais,


pois a legislação visa garantir essa proteção.

Para Dias:

O animal como sujeito de direitos já é concebido por grande parte de


doutrinadores jurídicos de todo o mundo. Um dos argumentos mais comuns
para a defesa desta concepção é o de que, assim como as pessoas jurídicas
ou morais possuem direitos de personalidade reconhecidos desde o momento
em que registram seus atos constitutivos em órgão competente, e podem
comparecer em Juízo para pleitear esses direitos, também os animais tornam-
se sujeitos de direitos subjetivos por força das leis que os protegem. Embora
não tenham capacidade de comparecer em Juízo para pleiteá-los, o Poder
Público e a coletividade receberam a incumbência constitucional de sua
proteção. O Ministério Público recebeu a competência legal expressa para
representá-los em Juízo, quando as leis que os protegem forem violadas. Daí,
pode-se concluir com clareza que os animais são sujeitos de direitos, embora
esses tenham que ser pleiteados por representatividade, da mesma forma que
ocorre com os seres relativamente incapazes ou os incapazes, que, entretanto,
são reconhecidos como pessoas.
Com isso, deve-se admitir que à medida que os animais evoluem, tornam-se
sujeitos jurídicos, junto com as leis que os protegem.

Dias cita:

As novas teorias dos direitos dos animais nos levam a concluir que eles têm o
direito a uma legislação protetiva. Eles possuem interesses que devem estar
protegidos por leis levando em consideração as necessidades de sua espécie.
Devem ter garantidos direitos fundamentais, que lhe assegurem ser tratados
com o mesmo respeito com que se exige que sejam tratados os seres
humanos. Os animais possuem seus próprios interesses que devem estar
protegidos por leis.
29

É necessário reconhecer que os direitos dos animais derivam do simples fato


de sua existência e, logo, é certo que a defesa dos direitos se baseia na importância
para o planeta e na sobrevivência da espécie humana.

Para Silva a Declaração Universal dos Direitos dos Animais de 1978, subscrita
pelo Brasil, cujo preâmbulo considera que “todo animal possui direitos”, defende mais
uma vez a existência do animal como sujeito de direito. Afirma que mesmo não
possuindo poder coercitivo, a Declaração Universal dos Direitos dos Animais subsiste
como uma carta de princípios, de natureza moral. Para o autor, a moral deve sempre
estar acima do direito, “assumindo a função de norma de comando em relação a todas
as leis”.

2.2 Declaração Universal dos Direitos dos Animais

Considerando que todo animal tem direitos, tendo em conta que o


desconhecimento e o desrespeito a essas leis levaram e ainda levam o homem a
cometer crimes contra os animais e contra a natureza, o reconhecimento pela espécie
humana do direito de existência para outras espécies animais é fundamental para a
coexistência de outras espécies no mundo, tendo em mente que o genocídio é
cometido pelo homem e existe o perigo de outros serem cometidos ainda, o respeito
das pessoas pelos animais está relacionado ao respeito das pessoas por seus
vizinhos, mas a educação deve ser ensinada desde a infância para observar,
compreender, respeitar e amar os animais.

2.3 Definição de Meio Ambiente

O ambiente pode ser definido da seguinte forma, que é composto de vários


elementos ecológicos que formam agregados naturais, incluindo todos os animais,
vegetação, microrganismos, terra, espaço, rochas e eventos não artificiais sem
intervenção humana.
30

Elementos como água, oxigênio e condições atmosféricas podem ser


entendidos como o meio ambiente e podem ser considerados raios magnetismo,
energia e emissão de energia por ondas de partículas.

O conceito de meio ambiente para as Nações Unidas (ONU) é definido da


seguinte maneira “meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos,
biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto
ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas”.12

2.3.1 Como surgiu o Direito Ambiental?

O homem se desenvolveu e a natureza existe há muito tempo. Embora os


humanos possam agir como destruidores, não se pode negar que muitos da mesma
espécie têm feito esforços incessantes para proteger a mãe de quem dependemos
completamente. Nos tempos antigos, os fazendeiros mais velhos deixaram as terras
estéreis para prosperar. Muitas pessoas têm divindades na "mãe natureza" e até
religiões monoteístas como o judaísmo, o cristianismo ou o islamismo. Talvez o
primeiro e mais famoso ecologista tenha sido até São Francisco de Assis. Sua
introdução à natureza na cosmologia foi parte da criação de Deus. Ele achou
necessário chamar o lobo de "irmão lobo", a andorinha de "irmã andorinha", etc.

Mas foi só na década de 1960 que a proteção ambiental passou a ter destaque
nas discussões políticas e, então na lei. De uma perspectiva jurídica puramente
centrada no homem, uma visão mais abrangente emergiu nos últimos anos, incluindo
a obrigação de proteger o meio ambiente e os direitos dos animais.

Em 1972, foi realizada em Estocolmo, na Suécia, a primeira Conferência


Mundial do Meio Ambiente, que foi o primeiro marco no encontro realizado com
representantes de diversos países do mundo para debater as questões ambientais
mundiais. O Brasil, que viveu sob uma ditadura militar durante o chamado milagre
econômico, participou de uma conferência para defender o crescimento econômico
de forma irresponsável ao meio ambiente.

12
Disponível em: https://memoria.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2014/09/o-que-e-meio-ambiente
31

Na década de 1980, foi retomada a discussão sobre a proteção do meio


ambiente diante do desenvolvimento econômico. Em 1983, a Assembleia Geral da
ONU nomeou a então Primeira-Ministra norueguesa Gro Harlem Brundtland (Gro
Harlem Brundtland) para estudar esta questão e estabeleceu a Presidente da
Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD). Em 1987, o
comitê apresentou um relatório intitulado "Nosso Futuro Comum", também conhecido
como Relatório Brundtland, que cunhou o termo desenvolvimento sustentável.

Em 1992, o Brasil sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio


Ambiente e Desenvolvimento (UNCED), comumente conhecida como ECO-92 ou Rio-
92, com a presença de mais de 150 países. É considerada uma das reuniões mais
importantes sobre o assunto, durante a qual foram produzidos diversos documentos,
entre eles a Convenção sobre Diversidade Biológica e a Agenda 21.13

2.3.2 O Direito Ambiental no Brasil

O Brasil, enfatizou seu crescimento econômico e viveu por algum tempo sob a
ditadura militar do milagre econômico, participou da reunião da ONU e defendeu o
crescimento econômico ecologicamente responsável. Isso significa que o país
colocará o crescimento econômico acima das políticas ambientais.

No entanto, essa posição mudou com a redemocratização do país. A


constituição de 1988 foi inovadora em muitos aspectos em comparação com as
anteriores e, por outro lado, não poderia ser diferente em relação à proteção ambiental
e à legislação de proteção ambiental.

A Constituição atual é um marco na legislação ambiental brasileira que se


refere à garantia legal da proteção ao meio ambiente e à preocupação com a
conservação e o uso racional dos recursos naturais. Segundo o artigo 225:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso


comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para os presentes
e futuras gerações.

13
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_ambiental
32

A proteção ambiental foi incluída na Constituição de 1988 após pressões de


movimentos ambientais nacionais e internacionais, conferências e relatórios para
proteger o nosso meio ambiente. Em nosso país, esses movimentos se fortaleceram,
principalmente após o colapso das autoridades militares.

Nesse sentido, devemos destacar que o Brasil se destaca em termos de


biodiversidade com a maior floresta tropical do mundo, o rio Amazonas e outros
biomas muito ricos. Por isso, muitos movimentos garantem que o direito ambiental é
de extrema importância aqui.

No Brasil, o governo cria leis ambientais, e as agências ambientais são


responsáveis por monitorá-las. Quando o assunto é regulamentação ambiental, nosso
país é considerado avançado, com uma das legislações mais completas do mundo.
No entanto, não há aplicação prática disso.

Segundo Michel Prieur, um dos maiores especialistas na área do direito


ambiental na Europa, a aplicação de normas de proteção ambiental não é um desafio
apenas em nosso país. De acordo com ele, “em todos os países do mundo é a mesma
coisa: as leis são boas, mas não são aplicadas. Tem conflitos de interesses e pressões
econômicas que atrapalham a aplicação da lei”. 14

Herman Benjamin é um advogado brasileiro, juiz, ecologista e professor


universitário, atual Ministro do Supremo Tribunal de Justiça. Ele nos apresenta a
seguinte retrospectiva histórica: A primeira fase é a descoberta, de 1500 a meados do
século 20, de um período em que a proteção ambiental no Brasil não dava muita
atenção, exceto por alguns princípios isolados. A segunda fase, a fase fragmentada,
na qual o legislador "lidando com categorias amplas de recursos naturais, mas ainda
não lidando com o próprio meio ambiente, impôs escrutínio jurídico às atividades de
exploração". O Código Florestal (1965), o Código de Caça, Pesca e Mineração (todos
de 1967), a Lei de Zonas Industriais (1980) e a Lei de Agroquímicos (1989) datam
desse período. Por fim, a terceira fase, anunciada com a publicação da Lei 6.938/81,
dá início à “fase holística” do direito ambiental em que, nas palavras de Herman, “o
meio ambiente passa a ser totalmente protegido, ou seja, como um sistema ecológico
integrado”.

14
Disponível em: https://www.politize.com.br/direito-ambiental/
33

Em junho de 2012, o Brasil mais uma vez sediou as Nações Unidas, recebendo
representantes de todo o mundo que debateram o futuro do direito ambiental em uma
conferência chamada "Rio + 20". Este foi um período particularmente crítico para o
Brasil, pois houve uma série de falhas ambientais nos últimos anos, como a iminente
revogação do Código Florestal de 1965, e vários megaprojetos com graves
implicações ambientais, como é o caso da Usina de Belo Monte.

Legislação Ambiental Brasileira, o plano de fundo histórico dessa legislação


remonta às portarias da Filipinas, que estabeleceram regras para o controle da
exploração vegetal no país, além de disciplinar o uso do solo, poluir as águas dos rios
e regulamentar a caça. Ann Helen Wainer é a principal obra sobre a evolução histórica
da legislação.

A Lei nº 12.651/2012 revogou a antiga Lei do Código Florestal Brasileiro nº


4.771/65. A antiga lei pioneira tratava de questões relacionadas ao direito material
fundamental. Segundo Marcia Dieguez Leuzinger, bacharel em direito e especialista
em direito ambiental pela PUC Rio de Janeiro e pela PUC São Paulo, o atual Código
Florestal “oferece muita proteção não só para os ecossistemas florestais, mas também
para outras formas de vegetação, nas áreas ambientais indicadas, incluídas nas áreas
de proteção permanente (APP) e nas áreas de reserva legal (RL)”.

Porém, a questão do meio ambiente não foi introduzida em nosso ordenamento


jurídico até a Lei 6.938/81, que instituiu a PNMA (Política Nacional do Meio Ambiente).
Nesse sentido, afirma Marcelo Abelha Rodrigues, professor de direito civil e de direito
ambiental: “Pode-se dizer que a Lei 6.938/81 (Política Nacional do Meio Ambiente) foi,
por assim dizer, um marco inicial, o primeiro diploma de lei que tratava do meio
ambiente como lei aplicável e Autônomo. Anteriormente, a proteção ambiental
acontecia de forma indireta e reflexiva, desde que só ocorresse quando a proteção
fosse concedida a outros direitos, por exemplo, vizinhança, propriedade, regras de
ocupação de áreas urbanas etc."

A Lei 7.347 foi proclamada em 1985, que dava a possibilidade de litígio por
meio de ação civil pública sempre que houvesse dano ou ameaça ao meio ambiente,
aos consumidores, aos bens e aos direitos artísticos, estéticos, históricos, turísticos e
paisagísticos. Na minuta do referido ato, no art. 1 parágrafo IV, foi a primeira vez que
34

se falou em defesa dos direitos comuns e coletivos dos cidadãos, no entanto, este
ponto foi vetado pelo Presidente da República.

Então, com a proclamação da Lei 8.078/90, a previsão do recurso à ação civil


pública para a defesa de eventuais interesses dispersos foi reintroduzida em nosso
ordenamento, que acrescentou o inciso IV do artigo 1º da Lei 7.347/85, anteriormente
vetada. A Lei 8.078/90 também definiu os direitos do metaindividuais, criando
institutos de direito homogêneos, dispersos, coletivos e individuais.

Nessa lógica, alguns autores dizem que a Constituição Federal de 1988


introduziu a defesa dos bens coletivos em nosso ordenamento jurídico ao incorporar
a redação do art. 225. Ela permite até um terceiro tipo de bem ambiental, esse recurso
é caracterizado pela falta de um bem específico, ou seja, não é do interesse exclusivo
de uma pessoa privada, nem é considerado um bem público, é um bem comum,
destinado ao uso coletivo de todas as pessoas. Guilherme José Purvin de Figueiredo,
Coordenador-Geral da Associação dos Professores de Direito Ambiental do Brasil,
tem uma visão diferente sobre isso, argumentando que a defesa de interesses
disseminados e coletivos "se devidamente exercida pelo Estado, não pode merecer
outra objeção, além da proteção de interesses públicos fundamentais. Nesse
contexto, não há razão para argumentar que o surgimento da consciência da
existência de interesses dispersos causaria uma crise profunda e inevitável da
dicotomia clássica entre direito público e direito privado. “

No dia 18 de julho de 2000 Lei Federal nº 9.985, que é regulamentado pelo art.
225 § 1º incisos I, II, III e VII da Constituição Federal e institui o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza. Segundo Herman, a configuração legal e
ecológica das unidades de proteção depende do cumprimento de cinco pressupostos:
significado natural, oficialismo, delimitação territorial, objetivo de conservação e
regime especial de proteção e administração. Márcia confirma que esta lei “tem a
vantagem de sistematizar o tratamento normativo das unidades de proteção (UC) que
antes estavam desordenadas em várias leis e atos normativos”.15

2.4 Princípios Ambientais

15
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_ambiental#cite_note-20
35

Os princípios são a razão de uma norma jurídica, são estruturas da lei que não
se encontram estabelecidas por qualquer norma legal. A definição dele para o filósofo,
educador e advogado Miguel Reale é:

Princípios são enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e


orientam a compreensão do ordenamento jurídico, a aplicação e integração ou
mesmo para a elaboração de novas normas. São verdades fundantes de um
sistema de conhecimento, como tais admitidas, por serem evidentes ou por
terem sido comprovadas, mas também por motivos de ordem prática de caráter
operacional, isto é, como pressupostos exigidos pelas necessidades da
pesquisa e da práxis.16
Portanto, os princípios podem ser considerados como geradores de uma lei,
em outras palavras, têm o efeito de educar o legislador ou outra pessoa responsável
sobre suas causas.

No campo do direito ambiental, a existência de diferentes leis ambientais não


poderia ser diferente, auxiliando na aplicação de sanções e, auxiliando nas discussões
mais polêmicas sobre o meio ambiente.

2.4.1 Princípios Gerais de Direito Ambiental

O princípio de um direito equilibrado ao meio ambiente, do ponto de vista


ecológico, consiste em preservar as propriedades e funções naturais deste meio
ambiente de forma a permitir "a existência, evolução e desenvolvimento dos seres
vivos". Ter direito a um meio ambiente ecologicamente sustentável equivale a dizer
que existe uma lei que determina que o meio ambiente não seja significativamente
insustentável. (MACHADO, 2014, p. 61)

Por outro lado, o princípio do direito a uma qualidade de vida saudável diz que
não basta viver ou proteger a vida, é apenas buscar e alcançar “qualidade de vida”. A
Organização das Nações Unidas (ONU), classifica anualmente os países nos quais a
qualidade de vida é medida em pelo menos três fatores: saúde, educação e produto
interno bruto. “A qualidade de vida é o último elemento da autoridade pública, onde a
felicidade do indivíduo encontra o bem comum para superar a estreita visão

16
Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-104/teoria-geral-dos-principios/
36

quantitativa anteriormente expressa no conceito de padrão de vida”. (MACHADO,


2014, p. 65)

A saúde humana não existe apenas em contradição à falta de diagnóstico de


doenças, levando em consideração a condição dos elementos da natureza como a
água, solo, ar, flora, fauna e paisagem, para avaliar se esses elementos estão em
estado saudável, e se seu uso pode resultar em saúde ou doenças e transtornos para
as pessoas (MACHADO, 2014, p. 66)

O princípio do desenvolvimento sustentável, quando somado ao termo


sustentabilidade, o conteúdo do meio ambiente tem um novo conceito:
sustentabilidade ambiental, com isso, teremos que considerar três elementos: o
tempo, a duração dos efeitos e a consideração do estado do ambiente em relação ao
presente e ao futuro. (MACHADO, 2014, p. 67)

Do mesmo modo que é apresentado, a ideia de “sustentabilidade ambiental”


não entra na compreensão do desenvolvimento, na sua aparência económica e social,
que se denomina “desenvolvimento sustentável” e que é uma visão que pode competir
ou se opor à ideia de “sustentabilidade ambiental”.

Em relação ao princípio público da proteção do ambiente, este baseia-se numa


disposição legal que trata o ambiente como um bem que deve ser garantido e
protegido para o uso de todos ou, se assim o desejarem, para o uso coletivo. Nesse
sentido, melhor dizendo, como ornamento do direito ao meio ambiente
ecologicamente estabilizado, nunca irá resultar em qualquer privilégio privado, mas
apenas no uso comum e conjunto do mesmo espaço com todos os seus recursos.
MILARÉ, 2015, p. 261).

Na teoria, “em nome desta lei, não é possível apropriar-se de partes individuais
do ambiente para uso pessoal. A natureza legal de um ambiente ecologicamente
sustentável é favorável ao uso generalizado de pessoas. Assim, a realização
individual deste direito fundamental está intrinsecamente ligada à sua realização
social”. (MILARÉ, 2015, p. 261)

Nas leis jurídicas do país, esse princípio desempenha um papel muito


importante, pois o direito ordinário não só diferencia o meio ambiente como um bem
coletivo que deve ser absolutamente garantido e protegido para benefício social, mas
37

também as normas básicas brasileiras, que é apresentado como: bens de uso geral
da população e uma vida substancialmente saudável e confortável, estabelecendo
uma administração pública e a comunidade como um todo responsáveis pela sua
defesa.

O princípio da prevenção é utilizado quando o risco é certo e quando contém


elementos seguros para admitir que a atividade é grave. Na prática, o princípio da
prevenção tem como objetivo prevenir danos ao meio ambiente, por meio da
imposição de medidas cautelares, antes da implantação de projetos e atividades
reconhecidas como eficazes ou potencialmente poluentes, animais ou plantas podem
ser realmente temidos e discordantes do grau de proteção escolhido. Este princípio
se depara com a incerteza do próprio conhecimento científico, sua aplicação observa
argumentos supositórios situados no campo das possibilidades e não
necessariamente posições científicas claras e conclusivas, ele tem como objetivo
estabelecer procedimentos que possam apoiar decisões racionais na fase de
incerteza e controvérsia, a fim de reduzir o custo dos experimentos. Suas vocações
sempre voltam, por exemplo, ao discutir questões como aquecimento global,
engenharia genética e organismos geneticamente modificados, clonagem e exposição
a campos eletromagnéticos gerados por estações de rádio base. Com isso, os dois
principais documentos acordados pelo Brasil nas Nações Unidas por ocasião da Eco
de 92, a Declaração do Rio e a Convenção sobre Mudança do Clima, foram
incorporados ao direito ambiental. (MILARÉ, 2015, p. 265)

O princípio da participação expressa a visão da ação, participando de tudo e


da ação conjunta, dada a importância e o dever desta ação conjunta, este foi o objetivo
consagrado na Constituição no domínio da proteção do ambiente. O princípio da
participação também é um dos elementos do estado social de direito (que também
poderia ser chamado de estado de proteção ambiental), uma vez que todos os direitos
sociais são a estrutura básica de uma qualidade de vida saudável, como sabemos, é
um dos principais pontos de proteção ambiental. (FIORILLO, 2014, p. 129)

Então, nesse ponto de vista, demonstra a participação de dois temas básicos


que confirmam esse exercício conjunto: conhecimento e disciplina ambiental,
instrumentos de ação, aliados à complementaridade.
38

Por fim, o princípio da Ubiquidade, mostra que o tema da proteção ambiental,


no epicentro dos direitos humanos, deve ser considerado sempre que houver
necessidade de se criar e desenvolver políticas, ações, legislações sobre qualquer
tema, atividade, trabalho etc. Isso porque, na medida em que a vida e a qualidade de
vida são pontos indispensáveis da tutela constitucional, tudo o que for feito, criado ou
desenvolvido deve primeiro passar por uma consulta ambiental, para finalmente saber
se existe a possibilidade do meio ambiente estar insatisfeito. (FIORILLO, 2014, p. 133)
39

CAPITULO III

O RODEIO DENTRO DA CONSTITUIÇÃO

Em 18 de julho de 2002, foi promulgada a Lei nº 10.519, que regula as regras


gerais das apresentações de rodeio, além de prever a promoção e fiscalização da
proteção à saúde animal no momento da realização do evento, no artigo 1º, Parágrafo
único, diz que é considerado rodeio, montarias e provas de laço nas quais são
avaliados as habilidades de dominar os animais e o desenvolvimento do próprio
animal.

Neste caso, são atribuídas às entidades promotoras de provas de rodeio em


determinadas obrigações e responsabilidades, as quais se encontram estipuladas no
artigo 3º da lei 10.519, nomeadamente ao nível da manutenção da integridade física
dos concorrentes e dos animais, pelo que é obrigatória. Oferece infraestrutura médica
completa, incluindo ambulâncias de plantão, equipes de emergência e médicos de
clínica geral. Em relação aos animais, o veterinário qualificado também deverá ser
contratado pela organização que organiza a equipe de rodeio, que além de observar
as normas disciplinares e prevenir qualquer forma de abusos e lesões, também será
responsável por zelar pela boa saúde e higiene dos animais.

Outra questão da lei diz respeito ao transporte de animais, que deve ser feito
em veículos adequados e que não causem interferências profundas. Além disso, a
instalação de infraestrutura deve ser proporcionada de forma a garantir sua
integridade física durante a chegada, hospedagem e alimentação, sempre por conta
da organização. Outra parte da base da estrutura do jogo é a obrigação de montar a
arena e os bretes cercado com materiais amortecedores como areia ou outros
materiais para reduzir o impacto de cowboys ou dos animais.

O artigo 4º confirma esta questão da proteção animal ao determinar que os


objetos técnicos usados na montaria não devem causar danos aos animais, e devem
obedecer às regras estabelecidas pela organização internacional de representantes
de rodeio (seguindo regras internacionalmente reconhecidas). Como todos sabemos,
a característica do rodeio também é um esporte perigoso, pois entre as pessoas
40

envolvidas, sejam peões, salva-vidas ou outros profissionais que trabalham na arena


ou próximo a ela, estão sujeitas a acidentes. Nesse caso, deve-se contratar seguro
de vida pessoal e seguro de invalidez permanente ou temporária para dar suporte a
esses profissionais, entre eles madrinheiros, salva-vidas, domadores, porteiros, juízes
e locutores além dos peões membros. Se o conteúdo da lei não for cumprido, o infrator
pode ser punido com multas e outras sanções, como advertências e suspensões,
temporárias ou permanentes, são aplicadas pelas autoridades nacionais.

Leis gerais do desporto nacional estão na Lei nº 9.615 de 1998, conhecida


como Lei Pelé, igual a Lei do Desporto, podemos concluir que a atividade do atleta
profissional é caracterizada por remuneração combinado em contrato especial de
trabalho desportivo, expressado no artigo 1º da Lei nº 10.220 de 2001. Essa lei
tradicional é bem conhecida dos operadores do direito esportivo, os chamados a
cláusula de compensação devida ao atleta pela entidade profissional em caso de
rescisão por atraso na remuneração, rescisão indireta e demissão injustificada do
atleta, bem como a cláusula de compensação do estagiário nos termos do artigo 28
da Lei Pelé devem estar presentes no contrato profissional de rodeio, mas na forma
de uma cláusula penal que pode ser aplicada em caso de incumprimento ou violação
unilateral do contrato. A Lei Pelé também tem consequências se o atraso no
pagamento do salário do atleta ultrapassar três meses. Se isso acontecer no universo
do rodeio, a festa que promove o evento não poderá participar de nenhuma
competição, formal ou social. No caso do futebol, o clube contratante e assim vencido
terá rescindido o contrato especial de trabalho desportivo.

O Artigo 2, Parágrafo 1 da Lei nº 10.220 de 2001 reforça a obrigação dos atletas


de competição de assinarem seguro de vida e acidentes, e basicamente reflete o
disposto no Artigo 45 da Lei Pelé. A Lei nº 9.615 de 1998 com os dispositivos na Lei
nº 10.220 de 2001 permite a assinatura de contratos com atletas menores, e determina
que os documentos profissionais só podem ser assinados se forem maiores de 16
anos e contarem com o consentimento do responsável.

A Federação Nacional de Rodeio (CNAR) é uma entidade nacional de gestão


do esporte sem fins lucrativos que é a única entidade reconhecida pelo Ministério do
Esporte desde 2001. É responsável pelo apoio aos campeonatos nacionais e
brasileiros de rodeio profissional, os regulamentos de equitação do CNAR estipulam
as condições sanitárias exigidas e suas regras de comportamento sanitário em seu
41

Artigo 20 e Artigo 21. Além da inspeção no animal, deve ser fornecida a validade do
certificado de vacinação do animal. Em todos os estágios de preparação e
treinamento, a felicidade deve ter precedência sobre todos os outros requisitos para
touros e cavalos. Isso inclui bons métodos de manuseio, treinamento e transporte. Se
as regras e diretrizes normativas não forem seguidas, após avaliação do juiz e de sua
comissão disciplinar, o CNAR poderá aplicar sanções, tais como advertências por
escrito, desclassificação da competição, suspensão temporária de uma ou mais
competições e expulsão da competição, bom, até foram expulsos do CNAR com base
na gravidade da violação e da violação.

As demais ligas serão as entidades nacionais que incluem os competidores em


eventos oficiais anuais, assim dispõe o artigo 20, §3º, da Lei nº 9.615 de 1998. Então
nesse sentido, no ano de 2006, a Liga Nacional de Rodeio (LNR) foi criada para
fornecer produtos modernos e de alta qualidade ao mercado de rodeio para expandir
o desempenho dos competidores sem afetar a profissionalização dos eventos de hoje.
A LNR promove competições de touradas em todo o Brasil e abre as portas para
jovens e novos competidores que queiram desenvolver sua carreira esportiva no
mundo do rodeio.

Não se pode esquecer que o respeito ao bem-estar animal conforme acordo


estabelecido pela entidade organizadora do rodeio também está sujeito à fiscalização
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. De acordo com o Decreto nº
9.975, de 16 de agosto de 2019, esta cartilha é considerada o exemplo central e
superior do Sistema Único de Sanidade Agropecuária e é utilizada para avaliar o
acordo de bem-estar animal estabelecido pela entidade promotora de rodeios. O seu
artigo 1º, Parágrafo único que diz, que a qualquer momento o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento pode financiar a avaliação do bem-estar animal. Além
disso, o Ministério reconhecerá e aprovará os programas estabelecidos por meio do
projeto de lei que certifica o reconhecimento, e a fiscalização do cumprimento dessas
normas será realizada pelos órgãos estaduais e regionais de sanidade agropecuária
como intermediários.

Segundo uma das maiores promotoras de rodeio do planeta, a Professional Bull


Riders, conhecida como PBR, não há como fazer saltos em touro, pelo que este
desporto é inteiramente da sua natureza. Portanto, nem todo animal é adequado para
exercícios. A PBR também esclareceu que a vida do touro de rodeio neste esporte
42

começa aos quatro anos e costuma durar até os doze. Ao finalizar a partida, isso
equivale ao afastamento da prática profissional do esporte, animais utilizados para
cruzamentos e genética, devendo proporcionar descanso adequado para a pastagem
em tempo natural e atividades ao ar livre.

A legislação inerente a esta modalidade não só comprova a robustez e clareza


da sua regulamentação, mas também apresenta várias semelhanças com a
combinação de normas jurídicas que regem o futebol, por exemplo, nomeadamente
ao nível da celebração de contratos e dos direitos e obrigações dos atletas. Não há
dúvida de que o movimento das origens norte-americanas pela conquista do Brasil se
baseia inteiramente em um conjunto de leis, regulamentos e normas que amparam o
país e garantem seu normal funcionamento, sem comprometer a legalidade ou
fiscalização de atos ilícitos.17

3.1 Nova lei reforçar as atividades de rodeio

Jair Bolsonaro, aprovou proposta que regulamenta as práticas de rodeio, ela foi
aprovada pela Câmara dos Deputados no final de agosto de 2019 e não houve vetos,
sendo assim a Lei 13.873/19, ficaram reconhecidos o rodeio, a vaquejada e o laço
como expressões esportivo-culturais pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro de
natureza imaterial, sendo atividades ligadas à vida, à identidade, à ação e à memória
de grupos formadores da sociedade brasileira.

Esta nova lei define o que será considerado esporte, equestre e esporte
tradicional, incluem adestramento, competições completas de hipismo, corridas de
enduro, hipismo country, teste de laço e velocidade, cavalgadas, competições de
caminhada, corrida, competições de rodeio e polo equestre.

A lei também determinou que os regulamentos especiais relacionados com


rodeios, vaquejadas, laço e outras competições equestres devem ser aprovados pelas
respectivas associações do Ministério da Agricultura. Os regulamentos devem incluir
regras para garantir a proteção e bem-estar dos animais e estipular penalidades para
o não cumprimento.

17
Disponível em: https://ibdd.com.br/o-rodeio-brasileiro-e-a-legislacao-aplicavel/
43

Para não prejudicar outras legislações relacionadas ao bem-estar animal, deve


haver sempre água e alimentos suficientes, bem como locais adequados para
descanso. Além de fornecer assistência médica veterinária, instalações, ferramentas
e utensílios adequados também devem ser usados para prevenir lesões e doenças. 18

O Ceará editou a Lei Estadual nº 15.599/2013 para regulamentar as atividades


de vaquejada do estado. Esse padrão define o padrão para a competição e obriga os
organizadores a tomar medidas de segurança contra os vaqueiros, o público e os
animais. No entanto, o Procurador-Geral moveu uma ação inconstitucional direta
contra a lei. De acordo com a ação, com a profissionalização da vaquejada, algumas
práticas começaram a ser adotadas, como contenção e instigação de animais antes
de jogá-los na pista para entrar na arena com entusiasmo quando a porta fosse aberta.
Essa prática pode causar danos e constituir crueldade para com os animais, o que é
vedado pelo art. 225, § 1º, VII, da CF/88.

O Supremo Tribunal Federal apurou que a crueldade provocada pela


"vaquejada" significa que mesmo que seja uma atividade cultural, não pode ser
permitida. O termo “crueldade” que consta na parte final do inciso VII do § 1º do art.
225 da CF/88, inclui a tortura e maus-tratos de gado em exercícios de vaquejada para
tornar esse comportamento intolerável, o que é aprovado por polêmicas regras
nacionais. Portanto, mesmo que se reconheça a importância de vaquejada como
expressão cultural regional, esse fator não pode impedir que as atividades sejam
afetadas por outros valores constitucionais, principalmente o impacto na proteção
ambiental.

A lei 13.364/2016 depois de um mês após esta decisão do STF sobre a ADI
4983/CE, o Congresso Nacional editou a Lei nº 13.364/2016, prevendo que o Rodeio
e a Vaquejada devem ser considerados como expressões artístico-culturais e
manifestações da cultura nacional e de patrimônio cultural imaterial, foi uma “reação”
do Poder Legislativo à decisão do STF.

A Assembleia Nacional pode modificar a lei, o que contraria a decisão do STF


na ADI 4983, pois a decisão do STF se limita à lei do estado do Ceará, que permite a
vaquejada naquele estado. A força vinculativa da sentença é limitada a isso. Portanto,

18
Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/586617-nova-lei-regulamenta-vaquejada-e-rodeio-texto-
preve-protecao-a-animais/
44

esta lei no Estado do Ceará é inconstitucional e ninguém pode refutá-la. No entanto,


a decisão do STF não impedirá que a Assembleia Nacional ou mesmo outros países
editem leis que permitam o cancelamento formal, leis que não violam a decisão do
STF.

Essa lei por si só não é suficiente para superar a decisão do STF, a Suprema
Corte acredita que isso ocorre porque não há nenhuma lei que proíba o uso da
vaquejada. Ao contrário, o tribunal decidiu que, embora exista uma lei que
regulamente essa atividade, a língua vaquejada é inconstitucional por violar o art. 225,
§ 1º, VII, da CF/88 que diz todos tem o direito ao meio ambiente preservado, e que
assegura a proteção da fauna e coisas que provocam a extinção ou crueldade com os
animais. Porém, a lei não ajudou muito os apoiadores da vaquejada, e é certo que o
STF manterá essa proibição. Consciente disso, a Assembleia Nacional decidiu alterar
a própria Constituição para estipular claramente que são permitidas atividades
desportivas com animais, desde que sejam expressões culturais.19

3.2 Dia Nacional do Rodeio é definido em lei

A data 4 de outubro passa a ser o Dia Nacional do Rodeio, instituído pela Lei
13.922, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019. O aniversário foi
escolhido por ser reconhecido internacionalmente como o dia do padroeiro dos
animais, São Francisco de Assis, por isso, o Dia do Animal também é comemorado
no dia 4 de outubro.

A lei é do PLC 108/2018, aprovada no Senado no início de outubro, o relator


do projeto foi o senador Wellington Fagundes, para ele, a iniciativa valoriza a
importância das atividades que acontecem em quase todo o território do país. Ele
lembrou que são mais de dois mil rodeios realizados anualmente em todo o país, com
um público de 24 milhões, acima ainda do futebol. Além da dimensão cultural, o rodeio
gera empregos e movimenta a economia local, afirma a senadora.

19
Disponível em: https://www.dizerodireito.com.br/2019/09/lei-138732019-altera-lei-133642016-para.html
45

Os rodeios se originaram em uma ampla variedade de fazendas em diferentes


regiões da Espanha e do Novo Mundo. No Brasil, a versão histórica da dedicação foi
a primeira competição de rodeio realizada em Barretos no final dos anos 1940.

Em 1956, um grupo de jovens que se autodenominava "Os Independentes"


organizou a Primeira Festa do Peão Boiadeiro de Barretos. Este encontro continua
até os dias de hoje e é o maior encontro do Brasil, no dia em que foi realizado, o
público atingiu cerca de 900 mil pessoas. No Rio Grande do Sul, aconteceu o chamado
rodeio crioulo, que tem características próprias e está profundamente enraizado na
tradição dos índios mestiços.20

3.2.1 O rodeio como atividade econômica

O Senado analisa o dia nacional do rodeio e segundo eles, os peões do rodeio,


popularizando este espetáculo, reinventaram uma tradição no país e afirmam que este
evento rural foi transformado em um típico evento nacional que representa uma
atividade econômica que gera milhares de empregos. 21

Sobre essa questão, o site terra noticiou, em 29 de maio de 2012, que os


rodeios movimentam dois bilhões de reais por ano no Brasil, nas mais de mil e
duzentas festas de peão ocorridas no país.22

Lembrando que, segundo dados da Confederação Nacional de Rodeios


(CNAR), estima-se que sejam realizados aproximadamente 1.800 rodeios no Brasil
ao longo do ano, atraindo uma variedade de pessoas. Quatro milhões de pessoas
visitaram os trinta maiores rodeios do país em 2010, segundo levantamento do jornal
Folha de S. Paulo. Esse número representa 70% dos espectadores que assistiram
aos jogos da série A do Campeonato Brasileiro nos estádios. No entanto, os

20
Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/12/05/dia-nacional-do-rodeio-e-
definido-em-lei
21
Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/10/09/senado-analisa-dia-nacional-do-
rodeio#:~:text=O%20esporte%20do%20rodeio%20tem,diversas%20regi%C3%B5es%20do%20Novo%20Mundo.
&text=%E2%80%94%20Ao%20lado%20de%20suas%20dimens%C3%B5es,de%20reais%20a%20cada%20ano.
22
Disponível em: https://www.terra.com.br/esportes/rodeios-movimentam-r-2-bi-por-ano-no-brasil-veja-
agenda,50085b49070fd310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
46

patrocínios de marcas para tais eventos no Brasil são pequenos se comparados


àqueles que investiram no futebol, ou aos eventos equestres nos EUA.

Rodeio também eleva o nome da cidade em todo o país, permitindo patrocínio


de milionários, negócios, comerciais crescentes e mobilizando mais de cinquenta
milhões de telespectadores pagantes.

Nesse sentido, o vice-governador do Tocantins, João Oliveira, também


destacou a importância do rodeio para a cidade de Presidente Kennedy/TO. Segundo
ele, o evento é uma verdadeira festa dos habitantes da região, promovendo a alegria
e integração da comunidade com a população dos municípios vizinhos, movimentando
o local. A prefeita da cidade, Dalva Oliveira, anunciou que a festa de peão foi batizada
de “Tonho do Major” em homenagem ao falecido vaqueiro e que o evento foi um
grande sucesso, gerando emprego e renda para a população.23

Em 2009, o então deputado Luís Augusto Lara, durante encontro com o vice-
presidente do Banrisul, Rubens Bordini, destacou a importância econômica e cultural
da festa de peão para a região Sul. Ele disse que: “o rodeio já se consolidou como um
evento tradicional da região, que congrega tradicionalismo, cultura e lazer. Serão
quatro dias de shows e provas campeiras, gerando empregos e renda para o sul do
estado”.24

3.3 Ausência de indícios de maus-tratos

No relatório técnico realizado na 52ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos,


um especialista designado, ao ser indagado se os animais foram incomodados pelos
níveis de ruído durante os eventos, mas ele disse que os animais estavam calmos e
não apresentavam sinais de estarem incomodados com o som alto. Ele acrescentou
que o ECOA (Centro de Estudos de Comportamento Animal) está pesquisando o tema
para determinar qual o nível sonoro ideal que não representa nenhum problema para
a saúde animal. Ele disse que no dia 23 de agosto de 2007 foi com o professor

23
Disponível em: https://secom.to.gov.br/noticias/vice-governador-destaca-importancia-do-rodeio-show-para-
presidente-kennedy-50578/
24
Disponível em: https://al-rs.jusbrasil.com.br/noticias/989685/deputado-lara-destaca-importancia-do-rodeio-
internacional-de-pelotas-em-audiencia-no-banrisul
47

Orivaldo Tenório de Vasconcelos, junto com o engenheiro Ricardo Morais Soares,


medir o nível de som na arena.

A outra pergunta feita é se havia fezes nos bretes, pois isso é um indício de
estresse animal ou descaso com sua alimentação, mas disse que isso não é um fato
comprovado, que isso varia de organismo do animal para animal. Convocado para a
existência de sangue vivo no chão em rachaduras e feridas na pele dos animais, o
veterinário explicou que nos dias da perícia ele não tinha visto nenhum animal
sangrando e alguns tinham apenas marcas antigas na pele, o que poderia ser por
vários motivos, incluindo cerca da fazenda, lutas de animais.

Também foi perguntado sobre a possibilidade de usar choques elétricos ou


objetos pontiagudos para fazer o animal pular mais, e se eles puxam ou empurram a
cauda do boi, ele respondeu que não usam nenhum tipo de instrumento quando o
animal está no brete, mas as vezes usam um condutor elétrico para conduzir o animal
ao brete, mas totalmente com a responsabilidade de um veterinário. Em relação à
dilatação das pupilas do animal, o que comprovaria estresse e dor, o profissional
explicou que observou os animais muito tranquilos no interior dos bretes. Ele explicou
que apesar de observar em alguns relatos que os veterinários se apegaram ao forte
brilho presente nos olhos dos animais durante as filmagens, alegando que era
estresse, era plausível indicar que ele teve a chance de conferir duas fotos, uma delas
um animal atrás da montaria e a outra de animal domesticado em repouso, ambas
com a mesma marca nos olhos, indicando a necessidade de trabalhos científicos para
estabelecer a verdadeira causa dessa extensão.

Outra questão da pesquisa era se os batimentos cardíacos e os movimentos


respiratórios do animal mudariam logo após a competição, indicando estresse. O
especialista declarou que:

Pessoalmente acredito não ser o batimento cardíaco e a frequência respiratória


bons parâmetros para medir o estresse dos animais, pois são variáveis que
apresentam variações facilmente, podendo nos levar a uma interpretação
duvidosa, já que existem muitos fatores no ambiente que promovam sua
alteração. Os movimentos cardíacos e respiratórios do animal logo após a
prova apresentam-se alterados (acelerados) sim, porém acredito que seja mais
em função do esforço físico (exercício de saltar ou correr) do que de um
estresse sofrido pelo animal. Os animais, após a prova, apresentaram
comportamento normal, pois foi possível chegar ao animal e mensurar o
batimento, acredito que caso estivesse estressado seria complicado realizar tal
mensuração, pois o animal não aceitaria que chegasse até ele. Acredito
48

também serem características muito individuais, pois como pode ser visto
abaixo o animal que tinha batimento mais elevado aumento 20 batimentos e o
outro que tinha menor batimento dobrou seus movimentos cardíacos,
demonstrando que os animais apresentam também limiares de comportamento
diferentes entre eles.
Questionado sobre a existência de dores físicas nos animais devido aos
acessórios utilizados nas casas de penhores, o veterinário afirmou que as provas
inspecionadas por ele não submetiam dores aos animas. Para explicar melhor sua
resposta, o especialista fez uma comparação inteligente entre homem e animal, ele
diz que quando nós seres humanos sentimos dor e incomodo nós não fazemos as
coisas da melhor forma e os animais são do mesmo jeito, quando não estão bem eles
demonstram na falta de apetite, entre outras coisas.

3.4 Manifestação Cultural ou Prática Degradante

Os defensores da vaquejada argumentavam que suas ações eram uma forma


de expressão cultural popular que remonta ao século XVII e eram amparadas pelo
artigo 215, parágrafo 1º da Constituição Federal, que diz que o estado irá garantir os
direitos culturais e protegerá manifestações culturais populares.

Com isso, a proibição do uso da vaquejada enfraquece a cultura/tradição


nordestina. Além disso, acreditam que essa manifestação tenha contribuído para o
aquecimento da economia local, pois estima-se que o evento possa movimentar mais
de 600 milhões de reais por ano, além de gerar milhares de empregos, direitos e
indiretos renda. Finalmente, os defensores alegaram que não havia crueldade com os
animais (eles não seriam mortos ou feridos).

Já os ambientalistas divergem dessa opinião, afirmando categoricamente que


a prática da vaquejada causa sim maus tratos aos animais (muitas vezes o rabo do
boi é arrancado na corrida), e, portanto, deveria ser proibida com base no artigo 225,
§1º, VII da CF/88. Diante desse enorme conflito de interesses, o Supremo Tribunal
Federal ingressou com ação direta de inconstitucionalidade ADI 4.983, questionando
a Lei Estadual do Ceará nº 15.599 / 2013, que regulamenta a prática da vaquejada no
estado.
49

O STF julga o mérito da ADI e acredita que a vaquejada obviamente viola a


constituição, pois irá causar tratamento cruel aos animais envolvidos, caso contrário,
veremos isso no cardápio da ADI, que diz, que é obrigação do estado garantir o direito
cultural e não submeter os animais a crueldade.

O relator da ADI, Ministro Marco Aurélio, disse:

A par de questões morais relacionadas ao entretenimento às custas do


sofrimento dos animais, bem mais sérias se comparadas às que envolvem
experiências científicas e médicas, a crueldade intrínseca à vaquejada não
permite a prevalência do valor cultural como resultado desejado pelo sistema
de direitos fundamentais da Carta de 1988. O sentido da expressão “crueldade”
constante da parte final do inciso VII do § 1º do artigo 225 do Diploma Maior
alcança, sem sombra de dúvida, a tortura e os maus-tratos infringidos aos
bovinos durante a prática impugnada, revelando-se intolerável, a mais não
poder, a conduta humana autorizada pela norma estadual atacada. No âmbito
de composição dos interesses fundamentais envolvidos neste processo, há de
sobressair a pretensão de proteção ao meio ambiente.
O grupo ruralista do Congresso Nacional aprovou a Lei nº 13.364 / 2016, que
promoveu Rodeio e Vaquejada e as correspondentes expressões artísticas e culturais
a expressões da cultura nacional e do patrimônio cultural imaterial. No entanto, a
própria Assembleia Nacional promulgou a emenda constitucional nº 96/2017, que
acrescentou o § 7º ao artigo 225 da Constituição Federal, ela diz que não são
crueldade práticas que utilizam animais desde que sejam manifestações culturais e
sejam regulamentadas pela lei do bem-estar animal.

Em última análise, a crueldade com os animais através da vaquejada é um


insulto ao direito de equilibrar o meio ambiente (um direito humano básico), por isso
deve ser considerada uma cláusula básica.

Se o tribunal mantiver o entendimento que aprovou a ADI 4.983 herança, não


deve apenas considerar a Lei Federal nº 13.364/2016 e a Constituição nº 96/2017 CE
como inconstitucionais, pois não há previsão de vaquejada na Carta da República,
para que não haja mais abusos Comportamento animal. Em qualquer caso, há uma
violação da Cláusula Stone, e sua inconstitucionalidade deve ser reconhecida e
impedida.25

3.4.1 Analisando a ADI 4.983 e a Emenda Constitucional de 96/2017

25
Disponível em: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/vaquejada-pode-ou-nao-pode-o-que-o-stf-diz/
50

Diante dessa contradição, o STF deve determinar a constitucionalidade do


Ceará a nº 15.599, de 2013. O Ministro Relator Marco Aurélio votou pela
inconstitucionalidade da lei do Ceará, levando em consideração a jurisprudência do
STF no conflito de princípios entre as expressões culturais e o meio ambiente. O
ministro também forneceu laudos técnicos e médicos que se mostraram prejudiciais à
saúde do gado em puxões e cortes forçados. O relator também reconhece a questão
de determinar o nível de sacrifício que os próprios indivíduos e comunidades devem
suportar para tornar os direitos ambientais eficazes.

Por outro lado, o Ministro Edson Fachin discordou do voto do Relator e votou a
favor da rejeição da ADI por entender que vaquejada é uma forma de expressão
cultural que não tem a mesma forma que anteriormente decidida pelo mesmo tribunal.
Mesmo no MPF que fez exigências inconstitucionais, a vaquejada foi considerada uma
forma de expressão cultural na petição inicial apresentada ao STF, e a sociedade
aberta e multicultural brasileira.

A votação foi de 6 votos a favor e 5 votos contra a violação da Constituição pelo


Ceará. Votaram a favor da ADI os ministros Marco Aurelio Mello, Luis Roberto
Barroso, Rosa Weber, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Carmém Lúcia. Os
ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes, Teori Zavascki, Luiz Fux e Dias Toffoli são
outros.

No que se refere à última frase da Constituição Federal, o Supremo Tribunal


Federal é a instância máxima, embora a Ação Direta nº 4.993 da Constituição valha
apenas para as leis do Estado do Ceará, a Emenda Constitucional nº 96 é uma forma
de poder legislativo federal. A descoberta de uma tentativa de contornar o que o
Judiciário pode interpretar como inconstitucional equivale à decisão já tomada na
esfera estadual.

Portanto, a 96ª Emenda Constitucional é uma espécie de retrocesso, é uma


resposta ao ativismo judicial e uma reação política oposta, é uma escolha política de
o poder judiciário interferir ativa e frequentemente com outros poderes.

No entanto, este efeito não é ilegal nem inconstitucional, ao mesmo tempo que
permite voltar a debater o tema, discutindo fatos ou ideias não adiantadas, e respeita
o princípio da descentralização, neste caso o poder não difere de outro. A
51

sobreposição existe de forma independente e harmoniosa, e evita a rigidez da


Constituição Federal.26

3.5 Lei que regula as montarias em rodeios é inconstitucional

Ao imaginar o tratamento cruel dos animais, viola o artigo 193, X, da


Constituição do Estadual, bem como o artigo 225 da Constituição Federal e o artigo
7º da Constituição Federal, garantindo assim o bem-estar dos animais praticantes de
atividades esportivas, o órgão especial do Tribunal de Justiça de São Paulo contestou
o termo "montaria" na lei municipal de Trabiju, que regulamenta os rodeios na cidade.

O termo “montaria” está relacionado ao funcionamento da cavalgada. Além de


permitir o uso de condutores elétricos para guiar o animal, equipamentos específicos
como sedimentos, esporas, circunferências e abdômen também são permitidos. Para
o juiz Tiago Siano, trata-se claramente de uma violação da integridade do corpo do
animal:

O sofrimento impingido aos animais pela permissibilidade da norma


increpada, notadamente, no que respeita à montaria e aos apetrechos
utilizados para que saltem ou se submetam a outras condutas
predeterminadas, configura hipótese de maltrato doloroso injustificável,
como elucida os dados técnicos apresentados, disse o relator.
Siano também falou sobre crueldade com os animais apenas para fins de
entretenimento, ele fala que essa situação viola o mandamento constitucional ao
autorizar a prática em ato de crueldade contra os animais para a realização do
espetáculo. Diante dessa situação, as pessoas perceberam a inconstitucionalidade do
termo "instalação" na legislação municipal e nos dispositivos que permitem o uso de
condutores elétricos, o que, segundo ele, causa um sofrimento imenso.

Alguns membros da agência especial não tiveram sucesso no julgamento. Para


eles, o termo “valor” está de acordo com os parâmetros estabelecidos pela legislação
federal e estadual sobre a matéria, excluindo-se as alegações contra o artigo 144 e o
193, inciso X da carta da Bandeirante.

26
Disponível em: https://periodicos.uni7.edu.br/index.php/iniciacao-
cientifica/article/download/661/574/#:~:text=E%2C%20destaca%20que%20como%20uma,artigo%20215%20d
a%20Constitui%C3%A7%C3%A3o%20Federal.
52

O juiz votou que é inconstitucional o uso de condutores elétricos apenas em


animais participantes de rodeios, o que é considerado uma "prática cruel" e é
incompatível com o texto constitucional.27

Os casos estudados mostram que o Supremo Tribunal Federal aprofundou o


entendimento de que os direitos dos animais são superiores aos direitos de expressão
cultural, e as pessoas não devem abusar dos animais para seu próprio
entretenimento, embora ambos os conceitos existam em animais. Dentro da mesma
hierarquia constitucional, o bem-estar animal e os direitos dos animais são superiores
aos direitos de expressão cultural.

Porém, as duas atividades inconstitucionais anteriores são diferentes da


vaquejada. Afinal, seja na “briga de galos” ou na “farra do boi”, a violência é inerente,
é uma condição necessária para que esse esporte aconteça, e esse esporte às vezes
termina com a morte de animais. Mas na vaquejada, as pessoas acreditavam que a
violência era o resultado desse esporte e, portanto, buscavam o mínimo de danos e
tentavam evitar qualquer abuso desnecessário de animais.

Deve-se considerar também que a vaquejada é uma importante fonte de renda


e emprego, principalmente para as áreas mais pobres do Nordeste, portanto, o
comportamento inconstitucional desse esporte terá um efeito prejudicial. Mas acredita-
se que é importante considerar o impacto da cultura no bem-estar animal para justificar
a manutenção da atividade.28

27
Disponível em: https://www.conjur.com.br/2019-out-30/lei-regula-montaria-animais-rodeio-inconstitucional
28
Disponível em: https://periodicos.uni7.edu.br/index.php/iniciacao-
cientifica/article/download/661/574/#:~:text=E%2C%20destaca%20que%20como%20uma,artigo%20215%20d
a%20Constitui%C3%A7%C3%A3o%20Federal
53

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As polêmicas do rodeio envolvem diferentes opiniões sobre os animais deste


esporte, para que as pessoas possam ter uma compreensão mais clara do que
acontece neste evento, pode-se dizer também que os donos desses animais são
muito entusiasmados e cautelosos, cuidando deles como seus filhos, e até gastando
muito dinheiro para manter esses touros e cavalos no auge de sua forma corporal.

Muitas pessoas comparam touros de rodeio com cães e gatos que vivem em
suas casas. Essa é uma jogada terrível, mas é importante lembrar que esses
animais que vivem em nossas casas são relativamente calmos na maioria dos
casos. Porém, essas vacas já são animais silvestres com características mais
ferozes, portanto, o método de tratamento é completamente diferente, mas é
equivalente à parte que sempre visa manter o bem-estar do animal.

Por fim, devido ao respeito e cumprimento das normas constitucionais, e


muitas vezes com o apoio de diversos órgãos públicos municipais, as competições
são amparadas por diversas leis federais, sendo a implantação desse esporte
totalmente legal. Portanto, se a cultura de uma área remota não for cruelmente
tratada ou valorizada, ou seja, a cultura de um país é mostrada, não há necessidade
de abolir esse tipo de esporte que deve sempre respeitar os animais e suas
condições físicas, e fazer mais melhorias de ferramentas para praticá-los da melhor
forma e dentro da lei.
54

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