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MANUAL DE CIVISMO E CIDADANIA

Este pequeno breviário é uma contribuição do DLC-12 aos LC, no sentido de organizar suas
cerimônias segundo a legislação e normas vigentes, bem como orientar as efemérides que merecem
uma assembleia especial.

Sendo também base para trabalho com comunidades e escolas, incentivando o culto ao civismo
em estudantes e cidadãos.

Este Guia de Eventos, Cerimonial e Protocolo tem como finalidade contribuir para a padronização dos
eventos que acontecem nos LC.

Muitas vezes, um evento é apenas um ponto de uma série de atividades que acontecem sobre
determinado tema. Em outras ocasiões, é a peça principal. Mas em qualquer das situações, a abertura de um
evento é sempre uma vitrine de destaque.

Nessa lógica, a execução do cerimonial e a ordem do protocolo contribuem, fundamentalmente, para o


sucesso da realização dos eventos. O cerimonial deve respeitar às regras protocolares instituídas pela
legislação vigente para assegurar uma boa condução do evento.

O cerimonial não depende apenas do desempenho de quem o apresenta, já que há uma série de regras
que devem ser seguidas para garantir a ordem hierárquica, bem como detalhes que farão com que o evento,
independente da dimensão, seja bem visto pelo público participante.

Os eventos são acontecimentos que devem ser planejados para assegurar os melhores resultados. O
cerimonial não existe para ser um incômodo, tampouco o protocolo para ser “quebrado”, mas para facilitar a
organização e beneficiar os participantes.

O trabalho desenvolvido na organização geral de um evento e na condução do cerimonial e protocolo


contribui na formação da imagem que as pessoas envolvidas vão guardar da instituição. Para o Lions é de
fundamental importância que as pessoas levem uma boa imagem da instituição. Por isso, recomendamos aos
LC criarem um grupo de trabalho para estudo do assunto.

DEFINIÇÃO

Civismo- Refere-se a atitudes e comportamentos que no dia-a-dia manifestam os cidadãos na


defesa de certos valores e práticas assumidas como os deveres fundamentais para a vida coletiva,
visando a preservar a sua harmonia e melhorar o bem-estar de todos. Mais especificamente, o civismo
consiste no respeito aos valores, às instituições e às práticas especificamente políticas de um país.

Dessa forma, o civismo é uma questão de cultura política e de filosofia política. Além disso, os
conceitos de cidadania e de republicanismo também estão associados de maneira positiva ao civismo.

Entretanto, por vezes o civismo é tomado como sinônimo de nacionalismo, pressupondo um


comportamento mais beligerante, a que se associa a xenofobia.

Portanto civismo é a dedicação pelo interesse público, é o patriotismo que cada


cidadão deve ter no seu dia a dia, para isso devemos conhecer bem os nossos símbolos
nacionais e as relações entre as pessoas que se encontram em uma situação de
equilíbrio de condições em uma sociedade.
É muito comum confundir civismo com militarismo. Civismo é o mesmo que
civilismo e vem do latim civis, que quer dizer cidadão. Civismo, pois, é o sentimento de
patriotismo e de nacionalismo.

O termo civismo consiste no respeito aos valores, instituições e as práticas políticas de um país
diariamente. Um mau civista é um individuo que para na vaga de deficiente físico, mesmo não sendo.
Já a cidadania são os direitos e deveres deste cidadão, ainda que ele não seja um bom civista e continue
a parar em local proibido, assume o risco de levar uma multa e sabe disso.

E quem tem direito também tem dever, não basta saber que se pode isso ou aquilo; precisa ter
consciência e educação para praticar tanto a cidadania quanto o civismo.

O cidadão que conhece suas obrigações pode e deve ser cobrado quando deixa de cumpri-las,
tudo isso parece óbvio, mas o que se vê hoje em dia é uma população sem acesso a informação e que
continua a ter hábitos do mau cidadão.

Civismo e cidadania são termos que se entrelaçam para designar o estágio de conhecimento do
cidadão na sociedade em que está inserido, além de fazerem parte da educação que deve ser
experimentada por ele em seu lar e em ambiente educacional.

Feliz é o povo que vê na educação de seus semelhantes um instrumento para a prática do civismo
e da cidadania de forma consciente. Vamos fazer parte deste povo que pratica civismo e a cidadania
em nossas cidades?

Desenvolvimento

Para os LC como clubes de serviço, campanhas de cunho educacional permanente é bem mais
produtiva que campanhas assistencialistas, pois traduzem o efeito desejado pela fundação do
movimento, que é a transformação de vida das pessoas dando-lhes oportunidade de ascensão social.

Se observarmos atentamente em nossas comunidades, veremos quanta falta de civismo e


cidadania existe, por falta de conhecimento de leis, educação em regras de convivência, egoísmo e
outras práticas nocivas.

O estudo desta observação nos oferece um rico material, para desenvolver campanhas visando o
aprimoramento da nossa sociedade.

Baseado em datas comemorativas, quer de acontecimentos, quer de homenagens, sugerimos


através de um calendário cívico/social, algumas datas em que poderão ser desenvolvidas atividades ao
longo do AL. Ficando a critério de cada LC a escolha de outras datas, de acordo com sua vocação, bem
com o engenho e a arte peculiar.

Calendário Comemorativo

Como, normalmente, os LC fazem recesso para os festejos de final de ano, iniciaremos com
datas a partir do final de janeiro.

Janeiro
1 – Confraternização Universal
22- DIA MUNDIAL DO HANSENIANO
28 – Dia da Abertura dos Portos (1808)
30 –Dia da Não -violência
Fevereiro
21 – Dia da Conquista do Monte Castelo (1945 2ª Guerra
Mundial)
24 – Promulgação da Primeira Constituição Republicana
(1891)
27 – Dia Nacional do Livro Didático
Março
08 – Dia Internacional da Mulher
21 – Dia Internacional Contra a Discriminação Racial
22 – Dia Mundial da Água
30 – Dia Mundial da Juventude
31 – Dia da Saúde e Nutrição
Abril
01 – Dia da Abolição da Escravidão dos Índios – 1680
04 – Dia Nacional do Parkinsoniano
07 – Dia Mundial da Saúde
08 – Dia Mundial do Combate ao Câncer
13 – Dia do Hino Nacional -1º Execução do Hino Nacional
Brasileiro -1831
19 – Dia do Exército Brasileiro
21 – Tiradentes
22 – Comemoração do Descobrimento do Brasil
22 – Dia da Força Aérea Brasileira
23 – Dia de São Jorge

Maio
01 – Dia Mundial do Trabalho

08 –Dia da Vitória(Brasil na 2ª Guerra Mundial)


Junho
01 – Semana Mundial do Meio Ambiente
05 – Dia da Ecologia
05 – Dia Mundial do Meio Ambiente
Julho
01 – Dia da Vacina BCG
26 – Dia da Vovó

Agosto
01 – Dia Mundial da Amamentação
12 – Dia Nacional da Artes
20 – Dia dos Maçons
22 – Dia do Folclore
25 – Dia do Feirante
25 – Dia do Soldado
29 – Dia Nacional de Combate ao Fumo
Setembro
01 – Início da Semana da Pátria
06 – Oficialização da Letra do Hino Nacional
07 – Independência do Brasil – Data Nacional
16 – Dia Internacional para a Preservação da Camada de
Ozônio
21 – Dia da Luta Nacional das Pessoas com Deficiências
23 – Início da Primavera
25 – Dia Nacional do Trânsito
28 – Dia da Lei do Ventre Livre
Outubro
01 – Dia Internacional da Terceira Idade
04 – Dia da Natureza
08 – Dia da Ecologia
08 – Dia do Nascituro
10 – Semana da Ciência e Tecnologia
12 – Dia de Nossa Senhora Aparecida
12 – Dia da Criança
15 – Dia do Professor
16 – Dia Mundial da Alimentação
18 – Dia do Médico
23 – Dia da Aviação e do Aviador
24 – Dia das Nações Unidas – ONU
Novembro
01 – Dia de Todos os Santos
02 – Dia de Finados
03 – Instituição do Direito e Voto da Mulher (1930)
05 – Dia Nacional da Língua Portuguesa (desde 2005)
15 – Proclamação da República
16 – Semana da Música
19 – Dia da Bandeira
20 – Dia Nacional da Consciência Negra
25 – Dia Nacional do Doador de Sangue
Dezembro
01 – Dia Internacional da Luta Contra a AIDS
08 – Dia da Família
25 – Natal
31 – Reveillon

Sugestão de Atividades

a-Ciclo de palestras em escolas, clubes e entidades,

b-Encenação de peça teatral sobre o tema, com atores locais ou estudantes

c- Ato público em parceria com prefeituras,

d- Organização de Seminários e

e- Divulgação por panfletos ou pela imprensa da lei que regula uso e atitudes perante
os símbolos nacionais, buscando maior amor, respeito e orgulho pelo Brasil.

f-Orientar escolas e órgãos públicos quanto ao uso dos símbolos nacionais.

2-Datas Comemorativas.

a- Promoção de ciclos de palestras ou seminários nos Conselhos Municipais ou Clubes,

b- Caso seja assunto referente a saúde ou cidadania, promover Ferira de Saúde e da


Cidadania, com ampla panfletagem e divulgação na imprensa. Recomendamos
realizar o evento em parceria com o Poder Público, para que haja solução de
continuidade,

c- Promover ato solene junto à Câmara Municipal,

d- Para assuntos ambientais proceder atos públicos, tais como caminhadas, plantios de
árvores, conscientização de economia de água, etc e
e- Em questão de cidadania promover campanhas de educação no trânsito, respeito à
estacionamentos privativos ,obediência a convenções sociais, etc.

APRESENTAÇÃO DOS SIMBULOS NACIONAIS


LEI Nº 5.700, DE 1º DE SETEMBRO DE 1971
(Apresentação modificada para melhor visualização)
Dispõe sobre a forma e a apresentação dos Símbolos Nacionais e dá outras
providências O Presidente da República,
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei
CAPÍTULO III
Da Apresentação dos Símbolos Nacionais
SEÇÃO I
Da Bandeira Nacional
Art. 10º A Bandeira Nacional pode ser usada em todas as manifestações do sentimento
patriótico dos brasileiros, de caráter oficial ou particular.
Art. 14º Hasteia-se, obrigatoriamente, a Bandeira Nacional, nos dias de festa ou de luto nacional.
em todas as repartições públicas, nos estabelecimentos de ensino e sindicatos.
Parágrafo único. Nas escolas Públicas ou particulares, é obrigatório o hasteamento solene da
Bandeira Nacional, durante o ano letivo, pelo menos uma vez por semana.

Art. 15º A Bandeira Nacional pode ser hasteada e arriada a qualquer hora do dia ou da noite.
Parágrafo Primeiro - Normalmente faz-se o hasteamento às 8 horas e o arreamento às 18 horas.
Parágrafo Segundo - No dia 19 de novembro, Dia da Bandeira, o hasteamento é realizado às 12
horas, com solenidades especiais.
Parágrafo Terceiro - Durante a noite a Bandeira deve estar devidamente iluminada.

Art. 16º Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas simultaneamente, a Bandeira
Nacional é a primeira a atingir o tope e a última a dele descer.

Art. 23º A Bandeira Nacional nunca se abate em continência.

SEÇÃO II
Do Hino Nacional
Art. 24º A execução do Hino Nacional obedecerá às seguintes prescrições:
I - Será sempre executado em andamento metronômico de uma semínima igual a 120
(cento e vinte).
II - É obrigatória a tonalidade de si bemol para a execução instrumental simples.
III - Far-se-á o canto sempre em uníssono.
IV - Nos casos de simples execução instrumental, tocar-se-á a música integralmente, mas
sem repetição; nos casos de execução vocal, serão sempre cantadas as duas partes do
poema.
V - Nas continências ao Presidente da República, para fins exclusivos do Cerimonial Militar,
serão executados apenas a introdução e os acordes finais, conforme a regulamentação
específica.
Art. 25º Será o Hino Nacional executado:
I - Em continência à Bandeira Nacional e ao Presidente da República, ao Congresso
Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, quando incorporados; e nos demais casos
expressamente determinados pelos regulamentos de continência ou cerimônias de cortesia
internacional.
II - Na ocasião do hasteamento da Bandeira Nacional previsto no parágrafo único do
artigo 14.
Parágrafo Primeiro - A execução será instrumental ou vocal de acordo com o cerimonial
previsto em cada caso.
Parágrafo Segundo - É vedada a execução do Hino Nacional em continência, fora dos
casos previstos no presente artigo.
Parágrafo Terceiro - Será facultativa a execução do Hino Nacional na abertura de sessões
cívicas, nas cerimônias religiosas a que se associe sentido patriótico, no início ou no
encerramento das transmissões diárias das emissoras de rádio e televisão, bem assim para
exprimir regozijo público em ocasiões festivas.
Parágrafo Quarto - Nas cerimônias em que se tenha de executar um Hino Nacional
Estrangeiro, este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro.
SEÇÃO III
Das Armas Nacionais
Art.26º É obrigatório o uso das Armas Nacionais:
VI- Nas Prefeituras e Câmaras Municipais.
IX- Na frontaria, ou no salão principal das escolas públicas.

SEÇÃO IV
Do Selo Nacional
Art. 27º O Selo Nacional será usado para autenticar os atos de governo e bem assim os
diplomas e certificados expedidos pelos estabelecimentos de ensino oficiais ou
reconhecidos.
CAPÍTULO IV
Das Cores Nacionais
Art. 28º Considera-se cores nacionais o verde e o amarelo.
Art. 29º As cores nacionais podem ser usadas sem quaisquer restrições, inclusive associadas
a azul e branco.

CAPÍTULO V
Do Respeito Devido à Bandeira Nacional e ao Hino Nacional
Art. 30º Nas cerimônias de hasteamento ou arreamento, nas ocasiões em que a Bandeira se
apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, todos
devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, os civis do sexo masculino com a
cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas
corporações.
Parágrafo único. É vedada qualquer outra forma de saudação.
Art. 31º São consideradas manifestações de desrespeito à Bandeira Nacional, e portanto
proibidas:
I - Apresentá-la em mau estado de conservação.
II - Mudar-lhe a forma, as cores, as proporções, o dístico ou acrescentar-lhe outras
inscrições.
III - Usá-la como roupagem, reposteiro, pano de boca, guarnição de mesa, revestimento de
tribuna, ou como cobertura de placas, retratos, painéis ou monumentos a inaugurar.
IV - Reproduzi-la em rótulos ou invólucros de produtos expostos à venda.
Art. 32º As Bandeiras em mau estado de conservação devem ser entregues a qualquer
Unidade Militar, para que sejam incineradas no Dia da Bandeira, segundo o cerimonial
peculiar.
Art. 33º Nenhuma bandeira de outra nação pode ser usada no País sem que esteja ao seu
lado direito, de igual tamanho e em posição de realce, a Bandeira Nacional, salvo nas sedes
das representações diplomáticas ou consulares.
Art. 34º É vedada a execução de qualquer arranjo vocal do Hino Nacional, a não ser o de
Alberto Nepomuceno; igualmente não será permitida a execução de arranjos artísticos
instrumentais do Hino Nacional que não sejam autorizados pelo Presidente da República,
ouvido o Ministério da Educação e Cultura.

CAPÍTULO VI
Das Penalidades
Art. 35º A violação de qualquer disposição da presente lei, excluídos os casos previstos no
artigo 44 do Decreto-Lei n. 808, de 29 de setembro de 1969, sujeita o infrator à multa de 1
(uma) a 4 (quatro) vezes o maior salário mínimo em vigor, elevada ao dobro nos casos de
reincidência.
Art. 36º A autoridade policial que tomar conhecimento da infração de que trata o artigo
anterior, notificará o autor para apresentar defesa no prazo de 72 (setenta e duas) horas,
findo o qual proferirá a sua decisão, impondo ou não a multa.
Parágrafo Primeiro - A autoridade policial, antes de proferida a decisão, poderá determinar
a realização, dentro do prazo de 10 (dez) dias, de diligências esclarecedoras, se julgar
necessário ou se a parte o requerer.
Parágrafo Segundo - Imposta a multa, e uma vez homologada a sua imposição pelo juiz,
que poderá proceder a uma instrução sumária, no prazo de 10 (dez) dias, far-se-á a
respectiva cobrança, ou a conversão em pena de detenção, na forma da lei penal.
Art. 39º É obrigatório o ensino do desenho e do significado da Bandeira Nacional, bem
como do canto e da interpretação da letra do Hino Nacional em todos os estabelecimentos
de ensino, públicos ou particulares, dos primeiro e segundo graus.
Art. 40º Ninguém poderá ser admitido no serviço público sem que demonstre
conhecimento do Hino Nacional.

Saudações Civis
As pessoas devem estar de pé, em silêncio e com respeito, a bandeira deve estar
descoberta, sem nenhuma pessoa a frente ou objeto atrapalhando o visualização.

Por lei, escolas públicas e particulares são obrigadas a hastear a bandeira nacional pelo
menos uma vez por semana.

Em Linha de Mastro (nº par de bandeiras)

A bandeira do Brasil deve se posicionar ao centro-direita do dispositivo, ou seja, a


esquerda do observador (consulte figura acima). Sempre do lado direito deverá estar com
uma bandeira a menos.

Por ordem de importância países, estados, municípios e instituições, sempre da direita pra
esquerda.

Ex.: na figura acima se fossemos hastear bandeiras seria nesta ordem: Estados Unidos,
Brasil, Município e Instituição.

Em Recinto Fechado

Neste caso deverá ser usada em mastro à direita da mesa ou desfraldada na posição central
em cima do presidente da sessão.

A bandeira deve estar descoberta, sem nenhuma pessoa à frente ou objeto atrapalhando o
visualização.
Em Linha de Mastro (nº ímpar de bandeiras)

A bandeira do Brasil deve se posicionar ao centro com número igual de bandeiras para
cada lado.

A Bandeira nunca deve ser menor, sempre igual ou maior que as outras, caso seja hasteada
com outros países deve ser do mesmo tamanho para não ser considerado desrespeito.

A noite a bandeira deve estar iluminada.


Não é permitido hastear sem iluminação.

Em Desfiles Militares

Posição de descansar, ombro-armas e em continência.

A Bandeira Nacional, quando hasteada junto com outras, deve ser a primeira a chegar ao
topo do mastro e a última a descer.
Saudações Militares

Abater espadas, continência individual e apresentar armas.

A Bandeira em mau estado de conservação deve ser entregue à unidade militar ou


representação mais próxima para ser incinerada.

Reproduzida e Desfraldada

A bandeira nacional pode ser reproduzida (figura avião) ou desfraldada em prédios,


paredes em salas de reuniões entre outros lugares. Em hipótese nenhuma a bandeira pode
ser desfraldada ou reproduzida na posição vertical.

Em Funeral e Luto Oficial

Pode ser colocada sobre ataúdes, cobrindo o caixão, mas é proibido que seja enterrada. Só
em caso de falecimento de uma personalidade importante do cenário nacional leva o
presidente a decretar luto oficial, somente assim a bandeira pode ser hasteada a meio-
mastro.
Desfiles Civis

Não pode ser conduzida na posição vertical. Deve estar desfraldada ou em mastros.
Ocupará uma posição à frente ou à direta de outra bandeira, em caso de mais de duas
bandeiras, se posicionará no centro, à frente das demais.

Composições Artísticas

Em flâmulas, panóplias, escudos, desenhos, deve ser igual ou maior que as outras
bandeiras. Deve estar em destaque e descoberto.
Hino Nacional Brasileiro

Compositor: Poema: Joaquim Osório Duque Estrada / Música: Francisco Manoel da Silva
História e Informações

A letra do hino nacional do Brasil foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927) e a
música é de Francisco Manuel da Silva (1795-1865). Tornou-se oficial no dia 1 de setembro de
1971, através da lei nº 5700.

Existe uma série de regras que devem ser seguidas no momento da execução do hino. Deve ser
executado em continência à Bandeira Nacional, ao presidente da República, ao Supremo Tribunal
Federal e ao Congresso Nacional. É executado em determinadas situações, entre elas: cerimônias
religiosas de cunho patriótico, sessões cívicas e eventos esportivos internacionais.
Violoncelista e compositor consagrado, Francisco Manuel da Silva (1795/1865)
compôs em 1823 um hino em comemoração à Proclamação da Independência do
Brasil. Admirador da “Marselhesa”, ele achava que um hino vibrante e triunfal,
como o seu, era mais adequado à celebração do acontecimento do que o
composto por Dom Pedro I, belo também, mas, incapaz de motivar o entusiasmo
do povo.

Pouco divulgada, a composição só seria relembrada em abril de 1831, ao ser


cantada pela multidão que festejava a abdicação de Pedro I, passando a ser
conhecida, com letra de Ovídio Saraiva, como “Hino 7 de Abril”.

Dez anos depois, bem orquestrado, o hino seria executado nos festejos da
Coroação de Dom Pedro II, ganhando a denominação de “Hino da Coroação”.
Então, embora não oficializado, mas já consagrado pela tradição como nosso
Hino Nacional, foi em 1869 tema de uma peça magistral, a “Fantasia Sobre o Hino
Brasileiro”, composta e tocada num sarau no Paço pelo célebre pianista-
compositor norte-americano Louis Moreau Gottschalck.

Proclamada a República, logo os mais radicais desejaram a feitura de um novo


hino pátrio, considerando o antigo herança do Império. Daí a realização em
janeiro de 1890 de um concurso para a sua escolha que teve a participação de 29
concorrentes. Só que o chefe do governo, marechal Deodoro da Fonseca, decidiu
em boa hora que ao vencedor caberia apenas o título de “Hino da Proclamação
da República”. Isso em razão dos apelos de vários políticos que pediam em nome
do povo a manutenção do velho hino.

Assim, realizado o concurso, foi assinado o Decreto n° 171, de 20.01.1890, que


conservava o “Hino Nacional” e adotava o “Hino da Proclamação da República”,
ou seja, respectivamente, o de Francisco Manuel da Silva e o de Leopoldo Miguez
e José Joaquim Medeiros e Albuquerque.

O Brasil passava então a ter o seu hino oficializado, porém, de forma incompleta
pois faltava-lhe a letra. Tal situação permaneceria ignorada até julho de 1909,
quando o governo instituiu um novo concurso “para escolha de uma composição
poética a se adaptar com todo o rigor à melodia do Hino Nacional”. Ganhadora,
uma poesia de Joaquim Osório Duque Estrada (1870/1927) ainda esperaria vários
anos para afinal ser declarada oficialmente a letra do “Hino Nacional Brasileiro”,
pelo Decreto n°15.671, de 06.09.1922, véspera do Centenário da Independência e
99 anos depois da criação da composição. E, por falar em datas, Francisco
Manuel morreu cinco anos antes do nascimento de seu parceiro Osório Duque
Estrada.

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas


De um povo heroico o brado retumbante
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos
Brilhou no céu da pátria nesse instante

Se o penhor dessa igualdade


Conseguimos conquistar com braço forte
Em teu seio, ó liberdade
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó pátria amada
Idolatrada
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce
Se em teu formoso céu, risonho e límpido
A imagem do cruzeiro resplandece

Gigante pela própria natureza


És belo, és forte, impávido colosso
E o teu futuro espelha essa grandeza

Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil
Ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil
Pátria amada
Brasil!

II

Deitado eternamente em berço esplêndido


Ao som do mar e à luz do céu profundo
Fulguras, ó Brasil, florão da América
Iluminado ao sol do novo mundo!

Do que a terra mais garrida


Teus risonhos, lindos campos têm mais flores
"Nossos bosques têm mais vida"
"Nossa vida" no teu seio "mais amores"

Ó pátria amada
Idolatrada
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado
E diga o verde-louro dessa flâmula
Paz no futuro e glória no passado

Mas, se ergues da justiça a clava forte


Verás que um filho teu não foge à luta
Nem teme, quem te adora, a própria morte

Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil
Ó pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil


Pátria amada
Brasil!
Hino à Bandeira Nacional
Compositor: Poema: Olavo Bilac / Música: Francisco Braga

Na inauguração da Escola de Tiradentes do Rio de Janeiro, em 1905, foi cantado o Hino à


Tiradentes, sendo a música de Francisco Braga e a letra de Olavo Billac.
O Dr. Francisco Pereira Passos, prefeito do Distrito Federal, que assistia às solenidades,
determinou ao Dr. Manoel Bonfim, diretor da Instrução Pública, que em todas as escolas
municipais deveriam no momento do hasteamento da Bandeira Nacional executar um hino em
honra ao Pavilhão Nacional.
Foi incumbido de fazer o hino, Francisco Braga e a letra coube a Olavo Billac que nesta época era
inspetor escolar.
No princípio de 1906, o insti tuto Profissional, hoje “João Alfredo”, executou pela primeira vez o
Hino à Bandeira em homenagem a Francisco Braga, que havia sido aluno e mestre da banda do
Instituto.
Das escolas municipais o hino começou a ser cantado em todas as outras escolas, não apenas no
Distrito Federal, mas em todo país.
O Hino à Bandeira foi apresentado em grande exibição no Teatro Lírico a 15 de agosto de 1906,
para encerrar a festa oferecida pela Prefeitura aos membros da 3ª Conferência Panamericana.
Diversas vezes foi o hino executado com grande pompa.
O hino foi oficializado com o decreto nº 15.671 de 6 de setembro de 1922.

A atual Bandeira Nacional foi adotada pelo decreto n.° 4, de 19 de novembro de


1889, quatro dias após a Proclamação da República (15 de novembro de 1889). Sua
elaboração foi realizada por Raimundo Teixeira Mendes (positivista), Miguel Lemos
(diretor do Apostolado Positivista do Brasil), Manuel Pereira Reis (astrônomo) e
Décio Vilares (pintor).
Salve lindo pendão da esperança!
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra


em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas


Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Recebe o afeto que se encerra


Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Contemplando o teu vulto sagrado,


Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amado,
poderoso e feliz há de ser!
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

Sobre a imensa Nação Brasileira,


Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!

Recebe o afeto que se encerra


Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

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