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Produção digital: Geethik

■ CIP – Brasil. Catalogação na fonte.


Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
L53m
Lehfeld, Lucas de Souza Monografia jurídica: guia prático para elaboração
do trabalho científico e orientação metodológica / Lucas de Souza Lehfeld,
Paulo Eduardo Lépore, Olavo Augusto Vianna Alves Ferreira. 2. ed. rev.,
atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.

Anexos
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-309-6529-7

1. Pesquisa jurídica – Metodologia. 2. Direito – Metodologia. 3. Redação


forense.
4. Redação forense. I. Lépore, Paulo Eduardo. II. Ferreira, Olavo A. Vianna
Alves.
III. Título.

10-6278. CDD: 808.06634


CDU: 808.1:34
Com muita honra aceitei prefaciar este livro (Monografia jurídica –
Guia prático para elaboração do trabalho científico e orientação
metodológica), de autoria de Lucas de Souza Lehfeld, Olavo Augusto Vianna
Alves Ferreira e Paulo Eduardo Lépore.
Toda monografia jurídica, se o seu autor quer que ela seja reconhecida
cientificamente, tem que seguir uma determinada forma. Existe um certo
consenso em torno dessa forma. Os eminentes autores deste livro voltaram
suas atenções precisamente para isso. São informações e dicas muito claras e
objetivas, o que torna a obra extremamente útil para a finalidade a que se
destina.
Para todos aqueles que desejam elaborar um trabalho científico (TCC,
dissertação de mestrado, tese de doutoramento etc.), nada mais conveniente
que ter em mãos uma obra de fácil consulta.
Todo trabalho científico deve ser desenvolvido de acordo com uma
estrutura, que é composta de dados pré-textuais (capa, folha de rosto,
dedicatória, agradecimentos, sumário, introdução etc.), textuais (conteúdo a
ser desenvolvido, com início, meio e fim) e pós-textuais (anexos etc.).
Em primeiro lugar, o interessado deve cuidar dos elementos pré-textuais,
que são os que antecedem o conteúdo do trabalho e o individualizam (por
meio de uma introdução, na qual são explicitados os objetivos da obra, a
metodologia etc.). A justificativa da escolha do tema também é relevante,
mostrando a originalidade da pesquisa, quando é o caso. Em segundo lugar,
vem o conteúdo principal da pesquisa, os debates teóricos, as evidenciações e
objeções, as controvérsias doutrinárias etc. Os elementos pós-textuais
complementam o projeto, facilitando informações extras para o leitor.
Os três autores deste livro já contavam (e contam) com qualificação
técnica e científica mais do que recomendada para sua elaboração.
Lucas de Souza Lehfeld é Pós-doutor em Direito pela Universidade de
Coimbra (POR), Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica
(PUC/SP) e Mestre em Direito pela Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Graduado em Direito pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP e em
Ciências Contábeis pela Universidade de São Paulo (FEA/RP – USP). É
avaliador de Cursos de Direito pelo INEP/MEC, Coordenador do Curso de
Direito do Centro Universitário Barão de Mauá (CUBM) e Professor do
Curso de Pós-Graduação em Direito Público da Pontifícia Universidade
Católica – PUC/MG. Autor das obras Controle das Agências Reguladoras e
Agências Reguladoras, pela Editora Atlas, Código Florestal Comentado e
Anotado – Artigo por Artigo, pela Editora Método.
Olavo Augusto Vianna Alves Ferreira é Doutor em Direito do Estado
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008), Mestre em Direito
do Estado Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002) e atualmente
Coordenador do Curso de Direito da UNAERP, onde é Professor de Direito
Constitucional da graduação e do Programa de Mestrado. Procurador do
Estado de São Paulo. Foi membro eleito do Conselho Superior da
Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo. Professor convidado de direito
constitucional do Curso LFG, professor convidado de cursos de pós-
graduação (PUC-COGEAE, USP-FDRP, UFBA, Escola Superior do
Ministério Público, JUSPODIVM e FAAP), orientador da pós-graduação da
Escola Superior da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo e da USP-
FDRP. Autor de vários livros jurídicos.
Paulo Eduardo Lépore é Mestre em Direitos Coletivos e Função Social
do Direito pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP e Advogado. É
Coordenador da Comissão de Direitos Infanto-juvenis da Décima Segunda
Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil do Estado de São Paulo (OAB-
SP) e Coordenador da Pós-graduação em Direito e Professor da Universidade
do Estado de Minas Gerais – UEMG (Frutal-MG). Coordenador de Pesquisa
e Monografia e Professor de Pós-graduação e Graduação da Faculdade
Barretos – FB (Barretos-SP). Coordenador da Revista Juris Barretos.
Professor do Centro Universitário Barão de Mauá – CBM (Ribeirão Preto-
SP). Professor da Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes – LFG (“Pós-
Graduação, “TV LFG” e “Aulas Temáticas na Web”). Ex-bolsista CAPES e
FAPESP. Coautor das obras Estatuto da Criança e do Adolescente
Comentado (2010)e Comentários à Lei Nacional da Adoção – Lei 12.010/09
(2009), ambas publicadas pela Editora Revista dos Tribunais.
Nada do que é imprescindível para a elaboração de um excelente
trabalho científico ficou de fora deste livro. Como escolher o tema a ser
desenvolvido, como elaborar seu projeto científico, como cuidar dos
elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, tudo, enfim, mereceu a devida
atenção dos autores. Obra enxuta, por força da sua linguagem direta, mas
muito elucidativa e estimulante.
Que este livro tenha o merecido acolhimento de todos os acadêmicos e
interessados na elaboração de trabalhos científicos.

São Paulo, 10 de fevereiro de 2011

Luiz Flávio Gomes


Doutor em Direito Penal pela
Universidade Complutense de Madrid
Nota da Editora: o Acordo Ortográfico foi aplicado integralmente nesta obra.
1. INTRODUÇÃO

2. PRIMEIROS PASSOS
2.1 Desvendando o trabalho científico: o que é uma monografia
jurídica?
2.2 Tipos de trabalhos científicos
2.2.1 Artigo científico
2.2.2 Paper
2.2.3 Sinopse
2.2.4 Informe científico
2.2.5 Ensaio científico
2.2.6 Resenha crítica
2.2.7 Monografia e Dissertação
2.2.8 Tese de Doutorado
2.3 A escolha do tema
2.4 A escolha do orientador e a atividade de orientação

3. CONCEITOS IMPORTANTES
4. PROJETO DE TRABALHO CIENTÍFICO
4.1 Capa
4.2 Folha de Rosto
4.3 Sumário
4.4 Desenvolvimento do projeto de pesquisa (elementos essenciais)
4.4.1 Elementos do projeto de pesquisa

5. TRABALHO CIENTÍFICO: OS ELEMENTOS TEXTUAIS


5.1 Elementos pré-textuais
5.1.1 Capa (obrigatório)
5.1.2 Lombada (opcional)
5.1.3 Folha de rosto (obrigatório)
5.1.3.1 Anverso da folha de rosto
5.1.3.2 Verso da folha de rosto
5.1.4 Errata (opcional)
5.1.5 Folha de aprovação (obrigatório)
5.1.6 Dedicatória(s) (opcional)
5.1.7 Agradecimento(s) (opcional)
5.1.8 Epígrafe (opcional)
5.1.9 Resumo na língua vernácula (obrigatório)
5.1.10 Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
5.1.11 Lista de ilustrações (opcional)
5.1.12 Lista de tabelas (opcional)
5.1.13 Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
5.1.14 Lista de símbolos (opcional)
5.1.15 Sumário (obrigatório)

5.2 Elementos textuais


5.2.1 Introdução
5.2.2 Desenvolvimento do texto
5.2.3 Considerações finais
5.2.4 Estilo de linguagem
5.2.5 Organização do texto

5.3 Elementos pós-textuais


5.3.1 Referências (obrigatório)
5.3.2 Glossário (opcional)
5.3.3 Apêndice(s) (opcional)
5.3.4 Anexo(s) (opcional)
5.3.5 Índice (opcional)

6. NORMAS PARA CONFECÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO


6.1 Formato
6.1.1 Folha
6.1.2 Texto
6.1.3 Impressão
6.1.4 Fonte da letra
6.1.5 Tamanho de letra
6.1.6 Tabulação de parágrafo
6.1.7 Margem
6.1.8 Espaçamento
6.1.9 Seções e subseções
6.1.10 Títulos sem indicativo numérico
6.1.11 Elementos sem título e sem indicativo numérico
6.1.12 Notas de rodapé
6.1.13 Paginação
6.1.14 Siglas
6.1.15 Equações e fórmulas
6.1.16 Ilustrações
6.1.17 Tabelas
6.1.18 Citações
6.1.18.1 Definições
6.1.18.2 Citações no texto
6.1.18.2.1 Sistema autor-data
6.1.18.2.2 Sistema nota de rodapé
6.1.18.3 Notas de referência (utilização de Id.; Ibid.; op.
cit.; loc. cit.; Cf.)

7. REFERÊNCIAS
7.1 Tipos de autoria
7.2 Exemplos de referências
7.2.1 Obra ou Monografia (no todo)
7.2.2 Capítulo de obra (parte de obra / monografia)
7.2.3 Periódico (revista) no todo
7.2.4 Parte de periódico (revista)
7.2.5 Artigo de revista, boletim (periódico)
7.2.6 Artigo e/ou matéria de jornal
7.2.7 Eventos científicos
7.2.8 Trabalhos apresentados em congressos
7.2.9 Dissertações e Teses
7.2.10 Entrevistas
7.2.11 Legislação (leis, medidas provisórias, decretos etc.)
7.2.12 Jurisprudência
7.2.13 Normas Técnicas
7.2.14 Material divulgado em meio digital / eletrônico
7.2.14.1 Base de dados (no todo) em CD-ROM,
disquete e outras mídias
7.2.14.2 Base de dados (em parte) em CD-ROM,
disquete e outras mídias
7.2.14.3 E-mail
7.2.14.4 Monografia (no todo ou em parte) em meio
eletrônico
7.2.14.5 Artigo e/ou matéria de revista, boletim, em
meio eletrônico
7.3 Expressões que podem ser utilizadas na ausência de dados em
referências

8. DEFESA ORAL
8.1 Introdução
8.2 Composição das bancas de defesa
8.3 A apresentação oral

9. A PESQUISA JURÍDICA
9.1 Fontes de pesquisa jurídica
9.1.1 Jurisprudência
9.1.2 Dissertações de mestrado e teses de doutorado
9.1.3 Periódicos
9.1.4 Bases de dados na área do Direto
9.1.5 Bibliotecas

9.2 Métodos de pesquisa


9.2.1 Método dedutivo
9.2.2 Método indutivo
9.2.3 Método dialético

9.3 Fomento à pesquisa: as bolsas de estudo


9.3.1 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico – CNPq
9.3.2 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior – CAPES
9.3.3 Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP
9.3.4 Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino
Superior Particular – FUNADESP
9.3.5 As Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados – FAPs
9.3.6 Fundos setoriais de ciência e tecnologia
9.3.7 Outras formas de incentivo à pesquisa científica:
prêmios, processos de seleção de projetos e concursos de
monografias
9.4 Transformação do trabalho científico em artigo

10. DICAS E BOAS PRÁTICAS PARA A PESQUISA 109


10.1 A importância do sumário provisório (projeto de pesquisa)
10.2 Técnica redacional
10.3 Ética na pesquisa: o problema do plágio e do autoplágio
10.4 Administração do tempo

REFERÊNCIAS

ANEXOS
Anexo A – Ordem dos elementos
Anexo B – Modelo de Capa
Anexo C – Modelo de Lombada
Anexo D – Modelo de Folha de Rosto
Anexo E – Modelo de Ficha Catalográfica (verso da folha de rosto)
Anexo F – Ficha de Avaliação
Anexo G – Modelo de Dedicatória Agradecimentos Epígrafe
Anexo H – Modelo de Resumo
Anexo I – Abreviaturas dos meses (utilização em referências
bibliográficas)
A proposta do presente manual é auxiliar o estudante ou o profissional
do direito na confecção de trabalhos científicos, como monografias,
dissertações de mestrado e teses de doutorado.
Busca-se, de forma clara e objetiva, esclarecer ao acadêmico as
principais normas referentes à organização e apresentação da monografia
jurídica, determinadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), principalmente àquelas que versam sobre citações, referências
bibliográficas e formatação do trabalho.
A ABNT é o órgão competente, no país, para determinar normas sobre
elaboração de trabalhos técnicos e científicos. Assim, o respeito a essas
regras é de fundamental importância para a legitimação da monografia como
trabalho científico.
Além das normas da ABNT, o manual também apresenta orientações
metodológicas rápidas e úteis para o processo de investigação científica,
como a busca, valendo-se da tecnologia (v.g. Internet), de fontes de pesquisa
jurídica confiáveis e atuais, ou mesmo dicas para a elaboração do texto
científico.
Nesse manual, portanto, o acadêmico poderá encontrar regras para
realizar citações e referências bibliográficas das obras utilizadas em sua
pesquisa. Também saberá desenvolver a pesquisa científica, desde o projeto
de pesquisa até a apresentação do trabalho monográfico com todos os seus
elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais obrigatórios de acordo com as
normas da ABNT, e com a adequada orientação metodológica na elaboração
do texto.
2.1 DESVENDANDO O TRABALHO CIENTÍFICO: O QUE É
UMA MONOGRAFIA JURÍDICA?

Quem está em vias de concluir o curso de graduação em direito fica


apreensivo para a realização da monografia jurídica.
Mas o que é uma monografia? Como a própria expressão revela,
monografia significa única (mono) escrita (grafia), ou seja, um trabalho que
se desenvolve a partir da escrita ou do desenvolvimento de um único tema,
respeitando-se regras de pesquisa e metodologia científica.
Com o passar dos anos a monografia jurídica passou a receber o nome
de TCC – Trabalho de Conclusão de Curso, porque se realizava e apresentava
apenas no último ano do curso de direito.
Hodiernamente, em alguns cursos brasileiros, as monografias podem ser
realizadas e apresentadas no penúltimo ano do bacharelado em direito, de
modo que alguns cursos de direito referem-se a ela apenas como TC –
Trabalho de Curso.
Também já existem algumas faculdades, centros universitários e
universidades que, no TC ou TCC, em vez de monografias, exigem outros
tipos de trabalhos científicos, a exemplo de artigos.
Assim é que se torna importante o conhecimento sobre os diversos tipos
de trabalhos científicos.

2.2 TIPOS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS

2.2.1 Artigo científico

O artigo científico tem o propósito de difundir os resultados de um


projeto de pesquisa, ou mesmo de uma monografia, dissertação ou tese.
Geralmente publicado em periódicos, contém título, nome do autor,
sumário sintético, resumo (em português e em outro vernáculo), palavras-
chave, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências. Ademais, o
texto deve apresentar entre 5 e 25 laudas, dependendo, evidentemente, das
normas para publicação do periódico em que será apresentado.
O autor deve buscar as normas de publicação antes da elaboração do
artigo, além de visar publicações que tenham avaliação pela CAPES, em seu
“Portal de Periódicos” (<http://novo.periodicos.capes.gov.br>), que será
objeto de tópico próprio deste livro.

2.2.2. Paper

Conhecido como “pequeno artigo”. Geralmente, é apresentado de duas a


dez laudas e estruturado como artigo científico. Pode ser publicado em anais
ou revistas, contendo título, indicação do autor, texto e referências.

2.2.3 Sinopse

Trata-se de pequeno texto, menor do que o resumo, com uma


apresentação sintética da pesquisa ou do trabalho. É utilizado geralmente para
montagem de banco de dados bibliográficos documentais e anais de
publicação.
2.2.4 Informe científico

Trata-se de meio científico de comunicação de resultados parciais de


uma pesquisa. É documento sintético, em que são descritos os procedimentos
metodológicos da pesquisa científica, demonstrando os dados levantados e
analisados.

2.2.5 Ensaio científico

É um ensaio teórico, que traz a visão de determinado problema de


pesquisa. É um documento que apresenta pensamento analítico e crítico a
respeito de uma temática.

2.2.6 Resenha crítica

Apresenta de forma analítica e crítica o conteúdo de uma obra


bibliográfica. Trata-se de uma pesquisa científica em nível preliminar,
simples, exploratória e crítica.

2.2.7 Monografia e Dissertação

As monografias são apresentadas nas conclusões dos cursos de


graduação e pós-graduação lato sensu (também chamada de especialização).
Já as dissertações são os trabalhos exigidos para o encerramento dos cursos
de pós-graduação stricto sensu em nível de mestrado.
Monografias e dissertações são trabalhos de natureza reflexiva, pois
comunicam os resultados de uma pesquisa realizada. Devem apresentar o
tema com rigor e seriedade teórico-metodológica. Podem ser descritivos,
argumentativos ou dissertativos.
Os temas das monografias e dissertações não precisam ser inéditos,
porém, devem retratar o processo de pesquisa de forma autêntica e
fundamentada em fontes bibliográficas e documentais, trazendo as diversas
correntes sobre o tema, adotando o autor uma delas. O texto também deve ser
realizado com coerência, logicidade e clareza, bem como submetido a rigor
metodológico (respeitando-se as normas da ABNT).

2.2.8 Tese de Doutorado1

Trata-se do requisito para a obtenção do título de doutor em uma pós-


graduação stricto sensu em nível de doutorado.
A tese representa uma contribuição técnico-científica para a área de
estudo apresentada no trabalho. É uma investigação original de um tema, com
maior grau de profundidade, principalmente quanto ao levantamento da
problemática da pesquisa. Ou seja, o tema, aqui, precisa ser inovador. Assim,
exige capacidade de análise, reflexão, argumentação, criatividade e síntese.
Neste caso, o pesquisador deve apresentar maturidade na investigação
científica, ter familiaridade com a pesquisa, metodologia e domínio da
temática.

2.3 A ESCOLHA DO TEMA

Uma das principais fases de elaboração de um trabalho científico é a


escolha do tema. Trata-se de etapa na qual é imprescindível optar por um
assunto sobre o qual o autor tenha verdadeira paixão, considerando que esta
viabilizará grande motivação para enfrentar um árduo trabalho na pesquisa,
redação e revisão do trabalho e, ao final, a defesa.
É recomendável que, antes de procurar o orientador, o autor já tenha
feito uma pesquisa bibliográfica identificando as principais dificuldades do
tema, seja em relação à quantidade e qualidade das obras sobre o assunto,
seja pelo interesse que este despertará na comunidade acadêmica, sempre
pensando na publicação futura de um artigo ou de um livro. Caso o autor
esteja com muitas dúvidas quanto ao tema e à bibliografia adequados,
procurar o orientador é sempre a melhor solução.
Alguns apontam que a escolha do tema é o momento mais difícil, mas o
autor do trabalho deverá ter consciência de que somente a pesquisa inicial
mostrará se o tema será ou não interessante para ser levado ao orientador.
Há uma tendência a escolher temas genéricos, mas tal situação deverá
ser superada, considerando que a monografia (“mono” significa único)
deverá tratar de assunto específico ou pontual. Neste momento, é
imprescindível o auxílio do orientador.
Não poderá o autor se esquecer de problematizar o tema, isto é,
transformá-lo em algumas questões, respondendo-as após minuciosa
pesquisa.
Superada a fase de identificação das obras, objeto da pesquisa, temos o
estudo de doutrina, jurisprudência e legislação da área, que serão objeto da
leitura científica, a qual, segundo CERVO e BERVIAN (2002, p. 34), se
constitui de três etapas:
1) Visão sincrética, na qual se realizará uma leitura de reconhecimento que
tem como objetivo localizar as fontes numa aproximação preliminar
sobre o tema, e a leitura seletiva, localizando as informações de acordo
2) com os propósitos do estudo; Visão analítica, que compreende a leitura
crítico-reflexiva dos textos selecionados acompanhada de reflexão, na
3) busca dos significados e na escolha das ideias principais; Visão sintética,
a qual constitui a última etapa do Método de Leitura Científica,
concretizada por meio da leitura interpretativa e realizada a partir dos
referenciais estabelecidos pela proposta.
Realizada a leitura, deverá o autor elaborar a ficha bibliográfica, que
consiste no fichamento da obra, contendo a identificação do autor (nome e
prenome), o título da obra, a edição, a editora, o ano, bem como a reprodução
do conteúdo lido de interesse do pesquisador, com a indicação da página que
foi retirada a informação, se possível. Esse registro será de grande valia
quando da elaboração tanto do projeto de pesquisa, como o próprio trabalho
científico.
O pesquisador pode classificar as fichas de diversas formas, dependendo
da sua necessidade. Assim, pode fazê-lo por ordem alfabética pelo nome do
autor, por assuntos ou temas, por títulos das obras analisadas etc. Atualmente,
esse processo é realizado por meio de arquivos de editores de texto, como o
Word.
Exemplo de ficha bibliográfica: TEMA OU ASSUNTO:

IDENTIFICAÇÃO DA OBRA:

NOME, Prenome. Título da obra. n.° ed. (edição) Local da Editora:


Editora, ano.

SELEÇÃO DO CONTEÚDO DE INTERESSE: Aqui o pesquisador


pode selecionar trechos da obra consultada, identificando a página no qual
se encontra o conteúdo transcrito, se possível. Ou pode ser realizado um
resumo do texto pesquisado, com as informações principais do autor
analisado.

2.4 A ESCOLHA DO ORIENTADOR E A ATIVIDADE DE


ORIENTAÇÃO

A escolha do orientador é de suma importância para o sucesso da


pesquisa e da confecção do trabalho científico. Trata-se de uma relação
interpessoal que, além do conhecimento científico na área de interesse,
apresenta outros fatores que devem ser trabalhados pelas partes envolvidas,
como empatia e compromisso com a pesquisa.
O planejamento da orientação, portanto, é imprescindível para o regular
andamento da investigação científica e apresentação do trabalho. Portanto,
deve-se estabelecer, num primeiro momento, o cronograma das atividades
que serão realizadas ao longo da pesquisa, agendando os momentos de
orientação; como datas das reuniões com o orientador, de apresentação do
levantamento bibliográfico, entrega de capítulos, de correção do texto e
apresentação do trabalho.
O cronograma deve ser revisto sempre que houver variáveis que atrasem
ou dificultem a pesquisa, como, por exemplo, a demora em adquirir
determinada obra, ou mesmo compromissos não previstos, como o
cancelamento de reuniões de orientação. Por isso, o cronograma realizado
deve ser coerente com a disponibilidade de tempo do orientando e orientador,
levando-se em consideração as atividades profissionais e sociais de cada um
dos envolvidos na pesquisa. A fixação de metas, sem considerar essas
variáveis, pode trazer desânimo e frustração pelo seu descumprimento por
parte do orientando.
O texto a ser apresentado para análise e avaliação do orientador deve
conter rigor metodológico, bem como técnica redacional adequada, com
observância à gramática e ortografia. Essas características facilitam a
correção do conteúdo do trabalho, otimizando o tempo de análise por parte do
orientador. Ademais, a orientação deve se concentrar na linha de raciocínio
utilizada, coesão textual, referencial teórico e levantamento bibliográfico, e
não em erros de português ou mesmo metodológicos (ex.: utilização
adequada das normas da ABNT).
__________
1 Tal como fizemos quanto à dissertação de mestrado, apenas tecemos brevíssimas
considerações sobre a tese de doutorado, já que esta não constitui nosso objeto de
estudo, neste trabalho.
Conforme ABNT NBR 14724, de 17.03.2011 (válida a partir de
17.04.2012), alguns termos são importantes no processo de elaboração do
trabalho científico. Assim, como medida de esclarecimento, listamos, logo
abaixo, alguns conceitos:
1) Abreviatura: representação de uma palavra por meio de alguma(s) de
2) sua(s) sílaba(s) ou letra(s); Agradecimento: texto em que o autor faz
agradecimentos dirigidos àqueles que contribuíram de maneira relevante
3) à elaboração do trabalho; Anexo(s): texto ou documento não elaborado
4) pelo autor que serve de fundamentação, comprovação e ilustração;
Apêndice(s): texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de
complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do
5) trabalho; Capa: proteção externa do trabalho sobre a qual se imprimem
6) as informações indispensáveis à sua identificação; Citação: menção, no
7) texto, de uma informação extraída de outra fonte; Dados internacionais
de catalogação: também conhecida como ficha catalográfica, que se
encontra no verso da folha de rosto, em que há o registro das
8) informações que identificam a publicação na sua situação atual;
Dedicatória(s): página em que o autor presta homenagem ou dedica seu
9) trabalho; Dissertação: documento que representa o resultado de um
trabalho experimental ou exposição de um estudo científico
retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o
objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o
conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de
sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador
10) (doutor), visando a obtenção do título de mestre; Elementos pós-
11) textuais: elementos que complementam o trabalho; Elementos pré-
textuais: elementos que antecedem o texto com informações que ajudam
12) na identificação e utilização do trabalho; Elementos textuais: parte do
13) trabalho em que é exposta a matéria; Epígrafe: página em que o autor
apresenta uma citação, seguida de indicação de autoria, relacionada com
14) a matéria tratada no corpo do trabalho; Errata: lista das páginas e linhas
em que ocorrem erros, seguidas das devidas correções. Apresenta-se
quase sempre em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho depois
15) de impresso; Folha de aprovação: página que contém os elementos
16) essenciais à aprovação do trabalho; Folha de rosto: página que contém
17) os elementos essenciais à identificação do trabalho; Glossário: relação
de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido dúbio,
18) utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições;
19) Ilustração: desenho, gravura, imagem que acompanha um texto; Índice:
lista de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério, que
20) localiza e remete para as informações contidas no texto; Lombada: parte
da capa do trabalho que reúne as margens internas das folhas, sejam elas
21) costuradas, grampeadas, coladas ou mantidas juntas de outra maneira;
Referências: conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de
22) um documento que permite sua identificação individual; Resumo em
língua estrangeira: versão do resumo para idioma de divulgação
23) internacional; Resumo na língua vernácula: apresentação concisa dos
pontos relevantes de um texto, fornecendo uma visão rápida e clara do
24) conteúdo e das conclusões do trabalho; Sigla: reunião das letras iniciais
25) dos vocábulos fundamentais de uma denominação ou título; Símbolo:
26) sinal que substitui o nome de uma coisa ou de uma ação; Sumário:
enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho,
27) na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede; Tabela:
28) elemento demonstrativo de síntese que constitui unidade autônoma;
Tese: documento que representa o resultado de um trabalho experimental
ou exposição de um estudo científico de tema único e bem delimitado.
Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se
em real contribuição para a especialidade em questão. É feito sob a
coordenação de um orientador (doutor) e visa a obtenção do título de
29) doutor, ou similar; Trabalhos acadêmicos – similares (trabalho de
conclusão de curso – TCC, trabalho de graduação interdisciplinar –
TGI, trabalho de conclusão de curso de especialização e/ou
aperfeiçoamento e outros): documento que representa o resultado de
estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve
ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo
independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a
coordenação de um orientador.
30) Volume: unidade física do trabalho.
Em regra, os trabalhos científicos são precedidos de um projeto de
pesquisa. Assim se dá com as monografias, dissertações e teses de doutorado.
O projeto de pesquisa é um documento preliminar ao trabalho científico
e que tem por objetivo estabelecer as diretrizes para a investigação que será
realizada, especialmente quanto à delimitação do tema a partir de uma
problematização. Isso porque a pesquisa se inicia por meio de um problema,
um questionamento sobre a realidade que o pesquisador pretende desvendar.
Assim, quanto à estrutura do projeto, o acadêmico deverá delimitar o
título de seu trabalho, demonstrar a justificativa e relevância do objeto a ser
estudado (pesquisado), apresentar a sua fundamentação jurídico-social e
histórica, expor a problematização, estabelecer os objetivos, esclarecer sobre
a metodologia utilizada, elaborar um sumário provisório do trabalho a ser
realizado (resultado da pesquisa), apresentar o cronograma de execução e a
bibliografia básica.
Como o objetivo desse guia é se tornar objeto de consulta prática, segue
abaixo um modelo de projeto de pesquisa, com todos os elementos
supracitados, de forma comentada.

4.1 CAPA
INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
CURSO DE DIREITO

PROJETO DE PESQUISA

TÍTULO DO TRABALHO

Discente: NOME COMPLETO DO ALUNO, EM CAIXA ALTA


Orientador: NOME COMPLETO DO DOCENTE,
EM CAIXA ALTA

CIDADE
ANO

4.2 FOLHA DE ROSTO

NOME DO DISCENTE

TÍTULO DO TRABALHO
Projeto de pesquisa apresentado como cumprimento parcial da Disciplina / Curso (COLOCAR A
FINALIDADE DO PROJETO)
CIDADE
ANO

4.3 SUMÁRIO

SUMÁRIO

1. Título do projeto de pesquisa p.


2. Justificativa, relevância e fundamentação teórico-empírica p.

2.1 Justificativa e relevância do projeto de pesquisa p.


2.2 Justificativa e fundamentação teórico-empírica do tema p.

3. Problematização p.
4. Hipóteses p.
5. Objetivos p.

5.1 Objetivo geral p.


5.2 Objetivos especiais p.

6. Revisão da Literatura p.
7. Metodologia e Referencial Teórico p.

8. Desenvolvimento do trabalho (sumário provisório) p.


9. Cronograma p.
10. Orçamento p.
11. Referências p.

4.4 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE PESQUISA


(ELEMENTOS ESSENCIAIS)
Abaixo, apresentamos o desenvolvimento do projeto de pesquisa. Cabe
ressaltar que os elementos apresentados são obrigatórios. Há possibilidade de
acrescentar outros, dependendo da necessidade do pesquisador e dos
objetivos da pesquisa. Assim, o projeto também poderá, por exemplo,
apresentar as hipóteses da pesquisa (afirmações relacionados ao problema
levantado que serão testadas quando da investigação científica, no intuito de
se buscar a resposta para a problematização), a revisão da literatura
(levantamento bibliográfico prévio, para esclarecimento a respeito de termos
e conceitos que serão utilizados no trabalho científico) e o orçamento
(planejamento dos custos, despesas e receitas da pesquisa que será realizada).

4.4.1 Elementos do projeto de pesquisa

Os elementos serão apresentados com numeração, na seguinte sequência


lógica:

1. TÍTULO DO TRABALHO

Título em Negrito e Itálico

2. JUSTIFICATIVA, RELEVÂNCIA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-EMPÍRICA

2.1 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO DE PESQUISA

O discente deve apresentar as possíveis contribuições geradas para a


comunidade científica, destacando a importância do tema para a ciência do
direito a partir dos contextos jurídico, político e social em que se insere.

2.2 JUSTIFICATIVA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-EMPÍRICA DO TEMA

Trata-se da maior e mais importante parte do projeto. Nesse ponto


devem ser esclarecidos todos os aspectos científicos relativos ao tema. Deve-
se descrever a questão de fundo que ilustra o tema, apontando-se os
fundamentos jurídicos que irão permear o desenvolvimento do trabalho até a
sua conclusão. São imprescindíveis os apontamentos detalhados referentes às
fontes do direito que serão utilizadas.

3. PROBLEMATIZAÇÃO

Deve-se construir um questionamento a que o trabalho se proporá a


esclarecer. Recomenda-se a utilização de uma frase interrogativa seguida dos
possíveis desdobramentos gerados pela pergunta.

4. HIPÓTESES
Uma vez levantada a problematização a ser esclarecida, o
desenvolvimento da pesquisa científica praticamente se orienta por meio de
hipóteses apresentadas já em fase de projeto de pesquisa. Elas, na verdade,
são teorias inicialmente destacadas como possíveis respostas ou soluções ao
problema ou questionamento levantado pelo pesquisador. São teses que serão
colocadas à verificação, no sentido de se constatar a sua veracidade e relação
com o tema e problema do projeto de pesquisa.
Cabe ressaltar que as hipóteses devem ser levantadas de forma coerente,
o que exige do pesquisador (aluno) conhecimento prévio do tema, por meio
de uma pesquisa exploratória inicial, a partir de referências ou mesmo pela
experiência prática na área jurídica a ser trabalhada na pesquisa. Por isso as
hipóteses, em fase de projeto de pesquisa, embora não obrigatórias (depende
da necessidade do pesquisador), são importantes para uma adequada
condução da pesquisa científica. São “caminhos” (teorias) que serão
selecionados e percorridos pelo pesquisador na busca daquele que seja mais
objetivo, menos tortuoso, para se alcançar os objetivos (resultados)
propostos.

5. OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

Apontar o objetivo principal do projeto, ou seja, aquilo que se almeja


construir ou que se deseja concluir.

5.2 OBJETIVOS ESPECIAIS

Nesse ponto deverão ser indicados os objetivos especiais que


acompanharão ou servirão de embasamento para a consecução do objetivo
geral. Os objetivos especiais deverão ser enumerados, utilizando-se como
índice de referência as letras do alfabeto seguidas de parênteses.

Exemplo:
a) Analisar [...]; b) Estudar [...];

6. REVISÃO DA LITERATURA
A revisão da literatura no projeto de pesquisa demonstra a maturidade
científica do aluno (pesquisador) na realização da investigação científica.
Neste momento, em razão da complexidade do tema, há por vezes a
necessidade de esclarecer o significado de eventuais termos ou mesmo teorias
que serão adotados e desenvolvidos no trabalho científico. Por isso, o projeto
já deve apresentar um referencial bibliográfico que busque clarear eventuais
dúvidas a respeito de institutos, teorias, ou mesmo conceitos a serem
utilizados no texto final (resultado da pesquisa científica).
A redação do texto a ser apresentado neste item do projeto deve levar
em consideração as orientações normativas a respeito de citações diretas
(longas e curtas) e indiretas (ABNT NBR 10.520:2002), uma vez que se
baseia em literatura pesquisada. Constitui erro comum a utilização de
conceitos doutrinários sem a devida citação. Até mesmo relatos históricos
devem ter sua origem citada.

7. METODOLOGIA E REFERENCIAL TEÓRICO

A descrição da metodologia a ser utilizada no processo de investigação


científica é item obrigatório do projeto de pesquisa. O sucesso da
investigação científica depende do(s) método(s) científico(s) a ser(em)
observado(s).
A iter processual da investigação científica funda-se, basicamente, na
problematização (início do processo), no levantamento das possíveis teses a
respeito (hipóteses), na sua experimentação – verificando a veracidade e
coerência com o problema gerador do processo –, e nas conclusões que
decorrem dessa verificação.
Para tanto, a metodologia compreende o(s) tipo(s) de pesquisa(s), o(s)
método(s) científico(s) e o referencial teórico a serem utilizados na
estruturação e desenvolvimento da investigação científica.
Assim, no primeiro parágrafo desse item do projeto devem ser indicadas
quais disciplinas estão envolvidas no desenvolvimento do trabalho,
indicando-se, sucintamente, quais serão as fontes documentais pesquisadas
(pesquisa bibliográfica). Se houver outros tipos de pesquisa, como
documental (dados obtidos em documentos levantados e selecionados), de
campo (observação in loco do objeto a ser estudado), ou mesmo qualitativa
(interpretação dos dados e informações obtidos) ou quantitativa (baseada em
estatística, mensuração, quantificação do objeto a ser estudado), eles devem
ser também apontados, assim como seu alcance quanto à elaboração do
trabalho.
No segundo parágrafo deverão ser indicados os métodos que serão
utilizados, por exemplo, dedutivo (processo de raciocínio lógico em que se
parte de uma premissa maior [generalizada, teorizada] para compreender
dados ou fenômenos estudados em particular), indutivo (processo de
raciocínio em que, ao inverso do método dedutivo, se parte de dados em
particular para generalizações, teorizações a respeito da realidade, fenômeno
ou dado estudado), dialético (busca da síntese a partir da tese e de sua antítese
– contraponto), analítico (decomposição do objeto estudado em partes, sendo
cada uma delas analisadas) etc.
No terceiro parágrafo, em pesquisas científicas mais complexas, que
dependam de maturidade científica, como dissertações de mestrado e teses de
doutorado, o projeto de pesquisa deve apresentar o referencial teórico em que
o pesquisador se baseará para a análise da problematização por meio de
levantamento de hipóteses e propositura de objetivos e resultados a serem
alcançados. Cabe ressaltar que o referencial teórico não se trata de revisão da
literatura (esclarecimento de termos e institutos no sentido de suprir eventual
dúvida inicial a respeito do tema), mas sim a referência (teoria(s),
princípio(s), posição jurisprudencial, determinação legal), o supedâneo para a
fundamentação e argumentação a respeito do problema e suas possíveis
soluções.

8. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO (SUMÁRIO PROVISÓRIO)


Neste item devem ser apresentados todos os elementos pré-textuais,
textuais e pós-textuais. Note-se que os elementos devem ser simplesmente
enunciados, sendo descabido o desenvolvimento de qualquer um deles nesta
fase de projeto.
A elaboração do sumário provisório, para fins de otimização do tempo, é
fundamental. Um bom sumário, mesmo que provisório, proporciona ao
pesquisador segurança, uma vez que lhe revela o início, meio e fim do seu
trabalho. Com o sumário, o pesquisador pode organizar o seu levantamento
bibliográfico levando em consideração as seções (antigos capítulos do
trabalho) e subseções do texto monográfico, além de começar a escrever pelo
item (seção) mais importante, que seja o cerne da pesquisa, uma vez que no
início, em regra, o pesquisador está mais disposto e motivado.
Ademais, com a seção mais importante do trabalho já elaborada, o
pesquisador tem parâmetros objetivos para distribuir seu esforço científico
aos demais pontos a serem tratados.
Como elaborar um sumário provisório? Depende do título do trabalho
(que decorre do tema, e este, da problematização). O título do trabalho (tema
delimitado) contém, na realidade, categorias teóricas que serão praticamente
as seções do sumário provisório. Exemplo: O título do trabalho é “Controle
social das Agências Reguladoras”. Pode-se, assim, definir as seguintes
categorias: a) Agências como Entidades da Administração Pública; b)
Agências Reguladoras; c) Controle da Administração Pública (tipos de
controle); d) Controle social.

Modelo de Sumário Provisório: A linha de pesquisa está estruturada


genericamente da seguinte forma:

1. INTRODUÇÃO (corpo 14, negrito)

2. AGÊNCIAS COMO ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (TÍTULO DA SEÇÃO [“CAPÍTULO”], corpo 14,
negrito)

2.1 Título da subseção primária (corpo 12, negrito)


2.1.1
2.2 Título da subseção secundária (corpo 12, sem negrito) Título da subseção primária
2.2.1. Título da subseção secundária [...]
3. DAS AGÊNCIAS REGULADORAS

3.1 Título da subseção primária


3.2 Título da subseção primária
3.3 Título da subseção primária

4. O CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

4.1 Título da subseção primária


4.2 Título da subseção primária
4.3 Título da subseção primária

5. O CONTROLE SOCIAL DAS AGÊNCIAS REGULADORAS

5.1 Título da subseção primária


5.2 Título da subseção primária
5.3 Título da subseção primária
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

7. REFERÊNCIAS

9. CRONOGRAMA
As atividades programadas para o desenvolvimento do trabalho deverão
ser descritas na primeira coluna da tabela. Já o período destinado a cada
atividade deve ser preenchido com “x” nas colunas seguintes da mesma linha.

MESES

Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

X X

X X

Levantamento
X X
bibliográfico
(doutrina nacional,
X X
estrangeira, bem
como a legislação
vigente) X X

X X

X X

Análise de X X
documentos, dados
e informações X X
relacionados ao
tema X X

X X

X X

X X

X X
Confecção do texto X X X X

X X X X

Revisão e X X X X
elaboração do texto
final X X X X

X X X X

10. REFERÊNCIAS
As referências devem ser organizadas em ordem alfabética, por nome do
autor. Para sua elaboração, devem ser observadas as normas da ABNT (NBR
6023:2002).
Exemplo (Vide Seção 7 – Referências): NOME DO AUTOR
(Conhecido como SOBRENOME), Prenome. Título da Obra. n.° ed.
(edição) Cidade da Editora: Editora, Ano da obra em algarismo algébrico.

Observação importante: Deve-se lembrar de enumerar as páginas após


o sumário do projeto.
A estrutura de uma monografia, como qualquer outro trabalho científico
(tese, dissertação etc.) deve observar os seguintes elementos pré-textuais,
textuais e pós-textuais, de acordo com a ABNT NBR 14724:2011:

Estrutura Elemento Seção correspondente

Capa (obrigatório) elemento externo 3.1.1

Lombada (opcional) elemento externo 3.1.2

Folha de rosto (obrigatório) 3.1.3

Errata (opcional) 3.1.4

Folha de aprovação (obrigatório) 3.1.5

Dedicatória(s) (opcional) 3.1.6

Agradecimento(s) (opcional) 3.1.7

Epígrafe (opcional) 3.1.8


Elementos pré-textuais

Resumo em língua vernácula (obrigatório) 3.1.9

Resumo em língua estrangeira (obrigatório) 3.1.10


Lista de ilustrações (opcional) 3.1.11

Lista de tabelas (opcional) 3.1.12

Lista de abreviaturas e siglas (opcional) 3.1.13

Lista de símbolos (opcional) 3.1.14

Sumário (obrigatório) 3.1.15

Introdução 3.2.1

Elementos textuais Desenvolvimento 3.2.2

Conclusão 3.2.3

Referências (obrigatório) 3.3.1

Glossário (opcional) 3.3.2

Elementos pós-textuais Apêndice(s) (opcional) 3.3.3

Anexo(s) (opcional) 3.3.4

Índice(s) (opcional) 3.3.5

5.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

5.1.1 Capa (obrigatório)

Deve conter as informações transcritas abaixo, na seguinte ordem:


d) nome da instituição; nome do autor; Título e subtítulo, se houver;
c)
a)
b)
número de volumes (se houver mais de um, deve constar em cada capa a
e) especificação do respectivo volume); local (cidade) da instituição onde
f) deve ser apresentado; ano de depósito (da entrega).
5.1.2 Lombada (opcional)

Conforme a ABNT NBR 12225, deve constar:


a) nome do autor, impresso longitudinalmente e legível do alto para o pé da
lombada. Esta forma possibilita a leitura quando o trabalho está no
b) sentido horizontal, com a face voltada para cima; título do trabalho,
c) impresso da mesma forma que o nome do autor; elementos
alfanuméricos de identificação (p. ex., v. 2).

5.1.3 Folha de rosto (obrigatório)

5.1.3.1 Anverso da folha de rosto

Os elementos devem constar na seguinte ordem:


c) nome do autor; título principal do trabalho; subtítulo, quando houver:
a)
b)
deve ser evidenciada a sua subordinação ao título principal, precedido de
d) dois pontos; número de volumes, quando houver mais de um, em cuja
e) folha de rosto deve constar a especificação do respectivo volume;
natureza (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso e outros) e
objetivo (aprovação em disciplina pretendido); nome da instituição a
f) qual é submetido; área de concentração; nome do orientador e, se houver,
h) do coorientador; local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;
g)
ano de depósito (da entrega).

5.1.3.2 Verso da folha de rosto

Deve constar a ficha catalográfica, elaborada pela Biblioteca da


Instituição de acordo com o Código de Catalogação Anglo-Americano
vigente.

5.1.4 Errata (opcional)

Elemento que deve ser inserido logo após a folha de rosto, constituído
pela referência do trabalho e pelo texto da errata, disposto da seguinte
maneira:
ERRATA

Folha Linha Onde se lê Leia-se


40 5 aceitacao aceitação

5.1.5 Folha de aprovação (obrigatório)

Elemento colocado logo após a folha de rosto, constituído pelo nome do


autor, título do trabalho e seu subtítulo (quando houver), natureza, objetivo,
nome da instituição, área de concentração, data de aprovação, nome, titulação
e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituições a que
pertence (opcional). A data de aprovação e as assinaturas são colocadas após
a aprovação do trabalho.

5.1.6 Dedicatória(s) (opcional)

Elemento colocado após a folha de aprovação.

5.1.7 Agradecimento(s) (opcional)

Colocado após a dedicatória.

5.1.8 Epígrafe (opcional)

Colocada após os agradecimentos.

5.1.9 Resumo na língua vernácula (obrigatório)

Constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas, não


ultrapassando 500 palavras, seguido, logo abaixo, das palavras-chave (no
mínimo, três).

5.1.10 Resumo em língua estrangeira (obrigatório)


Deve ser apresentado com as mesmas características do resumo em
língua vernácula, digitado em folha separada (em inglês, Abstract; em
espanhol, Resumen; p. ex.). Deve ser seguido das palavras-chave, na língua
correspondente.

5.1.11 Lista de ilustrações (opcional)

Deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com


cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo
número de página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista
própria para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas,
fotografias, gráficos, mapas, organogramas e outros).

5.1.12 Lista de tabelas (opcional)

Elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item


designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número de
página.

5.1.13 Lista de abreviaturas e siglas (opcional)

Consiste na relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no


texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes grafadas por
extenso.

5.1.14 Lista de símbolos (opcional)

Deve ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com os


devidos significados.

5.1.15 Sumário (obrigatório)

Elemento obrigatório, cujas partes são acompanhadas do(s) respectivo(s)


número(s) da(s) página(s). Havendo mais de um volume, em cada um deve
constar o sumário completo do trabalho.

5.2 ELEMENTOS TEXTUAIS

5.2.1 Introdução

Trata-se da parte inicial na qual é apresentado o trabalho. Contempla


informações sobre natureza, importância, metodologia e objetivos da obra, e
é pautada em uma revisão da literatura pertinente. Ademais, deve conter uma
apresentação da estrutura de capítulos do trabalho.
Apesar de aparecer na parte inicial do texto, é recomendado que ela seja
redigida quando encerrado o desenvolvimento do trabalho, momento em que
o autor já tenha adquirido maior maturidade e domínio sobre o tema, além de
uma visão mais clara dos objetivos da obra.
Ressalta-se que os títulos “Introdução”, “Considerações Finais” (ou
“Conclusão”) também são numerados. O título “Referências” não, sendo este
centralizado.

5.2.2 Desenvolvimento do texto

Concede-se ao autor total liberdade para a discussão, comparação e


apresentação dos resultados referentes à pesquisa realizada. Desta forma, o
tema deve ser desenvolvido de modo que se possibilite uma percepção
completa da metodologia empregada, tomando-se o cuidado para que os
resultados conseguidos sejam apresentados de maneira clara e objetiva,
coerentes com a revisão bibliográfica que fomentou o seu desenvolvimento.
É importante que o texto traga as diversas correntes jurídicas sobre o
tema, não somente a adotada pelo autor, o que tornará o trabalho mais rico
em conteúdo.

5.2.3 Considerações finais


Nesta parte o autor deve avaliar os resultados do trabalho desenvolvido.
Como desfecho do texto, é importante finalizar as ideias apresentadas ao
longo da discussão do tema de cristalino e coerente, evitando apresentar
dados quantitativos. Caso julgue pertinente, o autor pode sugerir ações a
serem seguidas futuramente, em razão da complexidade do tema.
Observação: Nas Considerações finais, não se deve apresentar citações.
Trata-se de momento específico para as conclusões do autor do trabalho.

5.2.4 Estilo de linguagem

O texto deve ser redigido em Língua Portuguesa, preferencialmente no


impessoal (ex.: Objetiva-se; Analisa-se etc.) ou primeira pessoa do plural,
evitando-se fazer referência pessoal.
Deve ser mantida a uniformidade de tratamento em todo o trabalho,
precavendo-se do uso de expressões como “eu”, “minha pesquisa”, “nosso
trabalho” etc. Importante primar pela consistência na apresentação, isto é,
pela manutenção de um padrão uniforme em todas as fases. Os trabalhos
científicos são caracterizados principalmente pela objetividade e clareza das
informações. Tais características podem ser obtidas fazendo-se uso de frases
curtas, que façam menção apenas a um pensamento.
Recomendamos a utilização da obra: Curso de Português Jurídico, cujos
autores são Antonio Henriques e Regina Toledo Damião, da Editora Atlas,
que facilita na redação jurídica.
Deve-se evitar redigir parágrafos formados somente por uma única frase.
As frases que estejam relacionadas a um mesmo aspecto devem ser
compiladas em um único parágrafo. Ademais, evitar expressões vagas (ex.:
“parece ser”, “creio que” etc.) e outras que não transmitam a verdadeira ideia
do objeto de estudo. É recomendado evitar a utilização de siglas e
abreviaturas na redação do texto. Porém, caso sejam utilizadas, na primeira
vez em que aparecerem no texto, devem vir na forma completa, acompanhada
da abreviatura entre parênteses. Vale observar que não se deve usar pontos
para separar as letras das siglas.
Termos antigos e antiquados, gírias e expressões vulgares devem ser
evitados. Recomendável a utilização de dicionário, buscando a precisão da
terminologia.

5.2.5 Organização do texto

O texto monográfico deve estar divido em capítulos, cada qual


organizado em seções e subseções. Os capítulos (seções) devem ser
numerados com algarismos arábicos ou romanos.
A divisão das seções deve ser realizada por seções e subseções
organizadas com algarismos arábicos, separados apenas por ponto. Vide item
4.1.9, supra, do presente guia.
Os títulos das seções e subseções podem ser destacados utilizando-se
recursos como, por exemplo, negrito ou caixa alta. Se houver necessidade de
mais de três subseções, estas devem ser colocadas como alíneas, iniciadas em
letras minúsculas seguidas de parênteses e espaço, e subalíneas começadas
por hífen colocado sob a primeira letra da alínea (conforme demonstrado no
item 4.1.9, supra).

5.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

5.3.1 Referências (obrigatório)

São apresentadas de acordo com a ABNT NBR 6023. A formatação das


referências encontra-se descrita em tópico próprio do presente guia.

5.3.2 Glossário (opcional)

Elaborado em ordem alfabética.


5.3.3 Apêndice(s) (opcional)

Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas,


travessão e respectivos títulos. Exemplo: APÊNDICE A – Avaliação
numérica das células somáticas.

APÊNDICE B – Avaliação numérica das células-tronco.


Quando esgotadas as 23 letras do alfabeto, podem-se utilizar letras
maiúsculas dobradas:

APÊNDICE AA – Avaliação numérica de sinapses dos neurônios do cérebro


humano.

5.3.4 Anexo(s) (opcional)

Segue o mesmo padrão do Apêndice. Exemplos:


ANEXO A – Representação gráfica das células somáticas.

ANEXO B – Representação gráfica das células-tronco.


Ou, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto:
ANEXO AA – Representação gráfica de sinapses dos neurônios do cérebro
humano.

5.3.5 Índice (opcional)

Elaborado em ordem alfabética, de acordo com a ABNT 6034.


6.1 FORMATO

6.1.1 Folha

Deve-se usar folha do tipo A4 (21 cm x 29,7 cm).

6.1.2 Texto

Deve ser digitado ou datilografado no anverso da folha, respeitando-se o


número mínimo de laudas, em regra, determinado pelas normas da
Instituição. Cabe ressaltar que pela nova norma da ABNT (NBR
14724:2011), o texto pode ser no anverso e no verso da folha (no entanto,
deve-se atentar para as normas da Instituição a respeito da estruturação do
trabalho científico e verificar se há essa possibilidade de uso do verso da
lauda).

6.1.3 Impressão

O trabalho deve ser impresso com tinta de cor preta (cores somente para
as ilustrações).

6.1.4 Fonte da letra


Deve-se usar a fonte Times New Roman.

6.1.5 Tamanho de letra

O tamanho da letra deve ser 12 para todo o texto; excetuando-se as


citações de mais de três linhas (10), notas de rodapé (10), paginação (10) e
legendas das ilustrações e das tabelas (10). Quanto aos títulos e capítulos,
deve-se utilizar o tamanho 14.

6.1.6 Tabulação de parágrafo

A tabulação deve ser de 2 cm, a partir da margem esquerda (observação:


quando se tratar de citações de mais de três linhas, deve-se observar um recuo
de 4 cm da margem esquerda).

6.1.7 Margem

As margens deverão obedecer aos seguintes limites: Margem esquerda:


3 cm (+ 1 cm para encadernação) Margem superior: 3 cm
Margem direita: 2 cm
Margem inferior: 2 cm

6.1.8 Espaçamento

O texto deve ser digitado/datilografado com espaço 1,5, excetuando-se


as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das
ilustrações e das tabelas, ficha catalográfica, natureza do trabalho, objetivo,
nome da instituição, que devem ser digitados/datilografados em espaço
simples.
As referências, no final do texto, devem ser separadas entre si por um
espaço simples em branco.

6.1.9 Seções e subseções


Os títulos das seções devem começar na parte superior da lauda e ser
separados do texto que os sucede por dois espaços 1,5, entrelinhas.
Quanto às subseções, os títulos devem ser separados do texto que os
precede e que os sucede por dois espaços 1,5.
O indicativo número de uma seção precede seu título, alinhado à
esquerda, separado por um espaço de caractere.
Deve-se adotar a numeração progressiva para as seções do texto. Os
títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um texto,
devem iniciar em folha distinta (ex.: os capítulos). Destacam-se
gradativamente os títulos das seções, utilizando-se os recursos de negrito,
itálico ou grifo, no sumário e de forma idêntica no texto.

Exemplo:

1 TÍTULO DA SEÇÃO (CAPÍTULO)


(seção primária, em negrito; caixa alta, corpo 14, alinhada à margem esquerda)
(2 espaços 1,5)

1.1 Título (subseção primária, em negrito; só a primeira letra em caixa alta, corpo 12, alinhada à
margem esquerda)
(2 espaços 1,5)

1.1.1 Título (subseção secundária, em fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à
margem esquerda) (2 espaços 1,5)
1.1.1.1 Título (subseção terciária; fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à margem
esquerda) (2 espaços 1,5)
1.1.1.1.1 Título (subseção quaternária; fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à
margem esquerda) (1 espaço 1,5)
a) Alínea (fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à margem esquerda); (1 espaço
1,5)
b) Alínea;
(1 espaço 1,5)

– Subalínea (fonte normal; corpo 12, primeira letra em caixa alta, alinhada à margem esquerda) (1 espaço
1,5)
– Subalínea

6.1.10 Títulos sem indicativo numérico

Os títulos, sem indicativo numérico, como errata, agradecimentos, lista


de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos,
sumário, referências, glossário, apêndice, anexo e índice, devem ser
centralizados.1
Cabe ressaltar que a Introdução e as Considerações finais não são
numeradas e devem estar alinhadas à margem esquerda, levando em
consideração as regras referentes à seção primária (letras maiúsculas, corpo
14, negrito).

6.1.11 Elementos sem título e sem indicativo numérico

Fazem parte desses elementos a folha de aprovação, a dedicatória e a


epígrafe.

6.1.12 Notas de rodapé

Devem ser digitadas/datilografadas dentro das margens, ficando


separadas do texto por um espaço simples de entrelinhas e por filete de 3 cm,
a partir da margem esquerda.2
6.1.13 Paginação

Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser


contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada a
partir da primeira folha da parte textual (a partir da Introdução), em
algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda
superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha.
No caso de trabalho constituído de mais de um volume, deve ser
mantida uma única sequência de numeração das folhas, do primeiro ao último
volume. Havendo apêndice(s) e anexo(s), as suas folhas devem ser
numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do
texto principal.

6.1.14 Siglas

Quando aparecer pela primeira vez no texto, a forma completa do nome


precede a sigla, colocada entre parênteses.
Exemplo: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

6.1.15 Equações e fórmulas

Devem ser destacadas no texto e, se necessário, numeradas com


algarismos arábicos entre parênteses, alinhados à direita. Na sequência
normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte
seus elementos (expoentes, índices e outros).

Exemplos:

x+y=z ... (1)


z+w=k ... (2)
6.1.16 Ilustrações

Qualquer que seja seu tipo (desenhos, esquemas, fluxogramas,


fotografias, gráficos, mapas e outros), sua identificação aparece na parte
inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem
de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, do respectivo título e/ou
legenda explicativa de forma breve e clara, dispensando consulta ao texto e
da fonte. A ilustração deve ser inserida o mais próximo possível do trecho a
que se refere, conforme o projeto gráfico.

Exemplo:

(figura centralizada)

Fonte: GEN (2011)

(espaçamento 1,5)

Figura 1 – Logotipo do Grupo Editorial Nacional.


(junto à margem esquerda da folha)

6.1.17 Tabelas

Apresentam informações tratadas estaticamente. Observar as mesmas


regras para as ilustrações, conforme item anterior.
6.1.18 Citações

Devem ser realizadas de acordo com a ABNT NBR 10520 e NBR 6023.

6.1.18.1 Definições

b) citação: menção de uma informação extraída de outra fonte;


a)
citação de citação: citação direta ou indireta de um texto a cujo
c) original não se teve acesso; citação direta: transcrição textual de
d) parte da obra do autor consultado; citação indireta: texto baseado
na obra do autor consultado.

6.1.18.2 Citações no texto

As citações no texto podem ser realizadas a partir de dois sistemas, quais


sejam:
b) sistema autor-data; sistema de notas de rodapé.
a)

6.1.18.2.1 Sistema autor-data

Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição


responsável ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e
minúsculas, e, quando estiverem entre parênteses, em letras maiúsculas.
Em seguida, exemplos de citações diretas e indiretas no texto, valendo-
se do Sistema autor-data, conforme ABNT NBR 10520.3

a) Citação indireta, sobrenome do autor fora de parênteses e com


menos de três linhas. Nesse caso, apenas é obrigatório o ano da
obra referida. A indicação do número da página consultada é
opcional:

A ironia seria assim uma forma implícita de


heterogeneidade mostrada, conforme a classificação da proposta
por Authier-Reiriz (1982).

b) Citação direta (deve-se usar a citação entre aspas), sobrenome


do autor fora de parênteses e com menos de três linhas. Nesse
caso, deve constar entre parênteses o ano e o número de página
da obra referente à citação.

Oliveira e Leonardos (1943, p. 146) dizem que a “[...]


relação da série São Roque com os granitos porfiroides pequenos
é muito clara.”

c) Citação direta, sobrenome do autor, ano e número de página


entre parênteses, com menos de três linhas. Deve constar no
final da citação.

“Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo


não é uma psicanálise da filosofia [...]” (DERRIDA, 1967, p.
293).

d) Havendo outros elementos indicativos da obra, como volume,


tomo ou seção da fonte consultada, nas citações diretas, devem
ser especificados. Devem seguir a data, separados por vírgula e
precedido pelo termo que o caracteriza, de forma abreviada.
Nas citações indiretas, é opcional.

Meyer parte de uma passagem da crônica de “14 de maio”,


de A Semana: “Houve sol, e grande sol, naquele domingo de
1888, em que o Senado votou a lei, que a regente sancionou [...]”
(ASSIS, 1994, v. 3, p. 583).

e) As aspas devem ser utilizadas em citação direta, com menos de


três linhas. Aspas simples são utilizadas para indicar citação no
interior da citação.

Segundo Sá (1995, p. 27): “[...] por meio da mesma ‘arte de


conversação’ que abrange tão extensa e signifi-cativa parte da
nossa existência cotidiana [...].”

f) As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser


destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com corpo
menor (tamanho 10) que a do texto utilizado e sem as aspas,
com espaçamento de entrelinhas simples. Quanto ao
espaçamento entre parágrafos que antecede e sucede à citação,
deve-se utilizar 1,5.

A teleconferência permite ao indivíduo participar de um encontro nacional


ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos
comuns de teleconferência incluem o uso da televisão, telefone, e
<<4 cm>>
computador, Através de audioconferência, utilizando a companhia local de
telefone, um sinal de áudio pode ser emitido em um salão de qualquer
dimensão. (NICHOLS, 1993, p. 181).

g) Citações de dois ou três autores. Devem ser mencionados os


autores na ordem de apresentação na obra citada.

“Não se mova, faça de conta que está morta.” (CLARAC;


BONNIN, 1985, p. 72). (citação direta).

“A CTNBio possui fundamental responsabilidade frente ao


desenvolvimento econômico sustentável.” (LEHFELD;
ARAÚJO; LEPORE, 2006, p. 50).

Conforme Lehfeld, Araújo e Lepore (2006), a nova Lei de


Biossegurança não surtiu os efeitos esperados, especialmente
para a disciplina da clonagem. (citação indireta)

h) Quando houver mais de três autores, utilizar a expressão “et.


al.” (que significa “e outros”).

Segundo Tárrega et. al. (2006), a democracia representativa


encontra-se falida. A busca, hodiernamente, é de instrumentos
democráticos participativos.

“A democracia representativa está morta.” (LEHFELD et.


al., 2006, p. 8).

i) Quando houver coincidência de sobrenomes e ano da obra, os


prenomes devem servir como diferenciadores.

Exemplos: (SOUZA, F., 1993) e (SOUZA, A., 1993)


j)(BARBOSA, Cássio, 1965) e (BARBOSA, Celso, 1965)
Quando ocorrer citação de obras de mesma autoria, publicadas
no mesmo ano, acrescenta-se, para distingui-los, letras
minúsculas do alfabeto logo após a data, sem espaço.

Exemplos: (ABIQUIM, 1998a); (ABIQUIM, 1988b) e


(ABIQUIM, 1998c) Em conformidade com Gomes Júnior
(2004a), [...].

k) Citações indiretas de diversos documentos da mesma autoria,


publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente,
têm as suas datas separadas por vírgula.

Exemplos: (DREYFUSS, 1989, 1991, 1995) (CRUZ;

l)CORREA; COSTA, 1998, 1999, 2000) Citações indiretas de


diversas obras de vários autores, mencionados
simultaneamente, devem ser separadas por ponto e vírgula, em
ordem alfabética.

Diversos autores salientam a importância do


“acontecimento desencadeador” no início de um processo de
aprendizagem (CROSS, 1984; KNOX, 1986; MERIZOW, 1991).

m) Nos casos em que não há menção da autoria pela obra, indicar


a instituição responsável, seguindo as mesmas regras
anteriormente dispostas para as citações diretas e indiretas.

“Comunidade tem que poder ser intercambiada em qualquer


circunstância, sem quaisquer restrições estatais, pelas moedas
dos outros Estados-membros.” (COMISSÃO DAS
COMUNIDADES EUROPEIAS, 1992, p. 34).

n) Nos casos de citação de obras sem indicação de autoria ou


responsabilidade, mencionar a primeira palavra do título
seguida de reticências, data de publicação do documento e
página(s) da citação, no caso de citação direta, separados por
vírgula e entre parênteses.

“As IES implementarão mecanismos democráticos,


legítimos e transparentes de avaliação sistemática das suas
atividades, levando em conta seus objetivos institucionais e seus
compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO...,
1987, p. 55).

o) No caso em que há citação de outra citação, deve-se utilizar a


expressão “ apud”, que significa “citado por”, “conforme”,
“segundo”.4
Exemplos: Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3)
diz ser [...].

“[...] o viés organicista da burocracia estatal e o


antiliberalismo da cultura política de 1937, preservado de modo
encapuzado na Carta de 1946.” (VIANNA, 1986, p. 172 apud
SEGATTO, 1995, p. 214-215).

6.1.18.2.1.1 Citações no texto e sua correspondente referência

Cabe ressaltar que as citações realizadas no texto, sejam diretas ou


indiretas, devem ser referenciadas no final do trabalho, quando relacionadas
às obras consultadas (Referências). Nesse caso, deve-se observar as regras
previstas no item 4 do presente guia.

Exemplo I

a) No texto

O mecanismo proposto para viabilizar esta concepção é o chamado


Contrato de Gestão, que conduziria à captação de recursos privados como
forma de reduzir os investimentos públicos no ensino superior (BRASIL,
1995).

b) Nas referências (localizada no final do trabalho, após as conclusões)

BRASIL. Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado.


Plano diretor da reforma do aparelho do Estado. Brasília, DF, 1995.

Exemplo II

a) No texto
De fato, semelhante equacionamento do problema conteria o risco de se
considerar a literatura meramente como uma fonte a mais de conteúdos já
previamente disponíveis, em outros lugares, para a teologia (JOSSUA;
METZ, 1976, p. 3).

b) Nas referências

JOSSUA, J. P.; METZ, J. B. Editorial: Teologia e Literatura. Concílium,


Petrópolis, v. 115, n. 5, p. 2-5, 1976.

Exemplo III

a) No texto

Merriam e Caffarella (1991) observam que a localização de recursos tem um


papel crucial no processo de aprendizagem autodirigida.

b) Nas referências

MERRIAM, S.; CAFFARELLA, R. Learning in adulthood: a


comprehensive guide. São Francisco: Jossey-Bass, 1991.

Exemplo IV

a) No texto

Bobbio (1995, p. 30) com muita propriedade nos lembra, ao comentar


esta situação, que os “juristas medievais justificaram formalmente a validade
do direito romano ponderando que este era o direito do Império Romano que
tinha sido reconstituído por Carlos Magno com o nome de Sacro Império
Romano.”

b) Nas referências
BOBBIO, Noberto. O positivismo jurídico: lições de Filosofia do Direito.
São Paulo: Ícone, 1995.

6.1.18.2.2 Sistema nota de rodapé

Neste caso, as citações devem ser referenciadas por notas de rodapé,


com a utilização da ABNT NBR 6023:2002.

a) Citação indireta, com indicação do autor no texto: faz-se a


referência em nota de rodapé, iniciando-se com o título da obra
em negrito (se houver subtítulo, em fonte normal), edição,
cidade, editora, ano e página (verifique Seção 7 – Referências)

Édis Milaré afirma que o EIA-RIMA, bem como a Lei das


Unidades de Conservação da Natureza, são instrumentos eficazes
para garantir a Política Nacional do Meio Ambiente.5

b) Citação indireta, sem indicação do autor no texto: faz-se a


referência em nota de rodapé, iniciando-se com o nome (letras
maiúsculas) e prenome do autor, nome da obra em negrito,
edição, cidade, editora, ano e página. (verifique Seção 7 –
Referências).

O EIA-RIMA, bem como a Lei das Unidades de


Conservação da Natureza, são instrumentos eficazes para
garantir a Política Nacional do Meio Ambiente.6

c) Citação direta, inferior a três linhas, com a indicação do autor


no texto: em fonte normal, entre aspas, parágrafo com recuo de
2 cm (normal) da margem esquerda, com referência em nota de
rodapé, iniciando-se pelo título em negrito (se houver subtítulo,
em fonte normal), edição, cidade, editora, ano, página
(verifique Seção 7 – Referências).

Conforme Sérgio Said Staut Júnior, a “reflexão sobre a


natureza dúplice dos direitos autorais remete a um outro conjunto
de preocupações, dentre elas, a questão do fundamento dos
direitos autorais”.7

d) Citação direta, menos de três linhas, sem indicação do autor no


texto: em fonte normal, entre aspas, parágrafo com recuo de 2
cm (normal) da margem esquerda, com referência em nota de
rodapé, iniciando-se pelo nome (letras maiúsculas) e prenome
do autor, título em negrito (se houver subtítulo, em fonte
normal), edição, cidade, editora, ano, página (verifique Seção 7
– Referências).

“O estudo atual do direito autoral passa por alguns


problemas, problemas que são sentidos e são produtos do
momento conturbado pelo qual a sociedade e, por extensão, o
Direito vêm passando”.8

e) As aspas devem ser utilizadas em citação direta, com menos de


três linhas. Aspas simples são utilizadas para indicar citação no
interior da citação.

“Por força do art. 5°, caput, I da Lei 7.347/85, é parte


legítima para propor a ação civil pública a associação que ‘I –
esteja constituída há pelo menos um ano, nos termos da lei
civil’”.9

f) As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser


destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, corpo
menor (tamanho 10), sem as aspas, com espaçamento
entrelinhas simples. A referência será feita em nota de rodapé,
conforme orientações anteriores, quanto aos elementos que
devem compô-la. Quanto ao espaçamento entre parágrafos que
antecede e sucede à citação, deve-se utilizar 1,5.

Segundo a doutrina, Parlamentarismo é o sistema de governo que dá ao


Parlamento a primazia da política governamental. Dessa forma, o
executivo é exercido mediante delegação da maioria do Parlamento, que
<<4 cm>> elege um Conselho de Ministros, sendo o Primeiro-Ministro o chefe do
governo. Se o Conselho for incompetente ou corrupto, instala-se um
remédio imediato: é derrubado, sendo rapidamente substituído por outro
Conselho.10

g) Citações de dois ou três autores. Devem ser mencionados os


autores na ordem de apresentação na obra citada.

Nas omissões, por vezes, a pessoa não pratica a ação devida


por causa de uma incapacidade de conduta: é o caso de quem se
acha em meio a uma crise de histeria e não pode gritar para uma
pessoa cega que está caminhando para um precipício; daquele
que fica paralisado em razão de um choque emocional num
acidente e não pode prestar socorro às pessoas etc.11

Paulo: Saraiva, 2005. p. 28.


Outro exemplo (citação com menos de três linhas): “Outro
importante desafio é a dificuldade de internalização pelas
pessoas do real significado do desenvolvimento sustentável,
apesar de esta temática estar presente exaustivamente nas
agendas e nos debates atuais”.12

h) Quando houver mais de três autores, utilizar a expressão “ et.


al.” (que significa “e outros”) (citação longa).
A estabilidade no mandato é fundamental para a autonomia
das agências, no entanto não pode se portar como um manto
intocável, devendo ser destituída a partir do momento em que se
vislumbra a incompetência de seu portador.13

i) Quando não houver menção à autoria da obra, indicar a


instituição responsável, seguindo as mesmas regras
anteriormente dispostas para as citações diretas e indiretas
(Vide Seção 7 – Referências) (citação longa).

O mecanismo proposto para viabilizar esta concepção é o


chamado Contrato de Gestão, que conduziria à captação de
recursos privados como forma de reduzir os investimentos
públicos no ensino superior.14

j) Quando não houver menção à autoria da obra, apenas do


título, este deve iniciar a referência, em maiúsculo. Quanto aos
demais elementos, observar as regras anteriormente dispostas
para as citações diretas e indiretas, e a Seção 7 – Referências.

“Em Nova Londrina (PR), as crianças são levadas às


lavouras a partir dos 5 anos”.15

k) Quando houver citação de outra citação, deve-se utilizar a


expressão “ apud”, que significa “citado por”, “conforme”,
“segundo”.16

Segundo Lépore, a competência normativa da agência está


compreendida pelos standards determinados pela lei, de forma
genérica, possibilitando assim o referido órgão determinar regras
de conduta para os agentes submetidos ao seu controle”.17
Devem ser indicadas as supressões, interpolações, comentários,
l)
ênfase ou destaques, do seguinte modo:

Supressões: [...]

Interpolações, acréscimos ou comentários: [ ]

Ênfase ou destaque: grifo ou negrito ou itálico (utiliza-se o


termo “grifo nosso”. Quando for do autor citado, indicar com
“grifo do autor”).

Exemplos:

“O Código Florestal [...] ocupou-se do assunto de forma indireta ou


reflexa.”

“A disciplina jurídica dos contratos é direito-custo. A margem de


atuação da autonomia da vontade e a intervenção do estado, calibradas pela
lei, interferem no cálculo empresarial”.18

m) Quando a citação incluir texto traduzido pelo autor, deve-se


inserir a expressão “tradução nossa” entre parênteses.

A regulação é um processo em que interessa não apenas o


momento da formulação das regras, “mas também aqueles da sua
concreta aplicação, e por isso, não a abstrata, mas a concreta
modificação dos contextos de ação dos destinatários”.19

6.1.18.3 Notas de referência (utilização de Id.; Ibid.; op cit.; loc. cit.;


Cf.)

As notas de referências devem observar as regras da ABNT NBR


10520:2002.

A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua


referência completa. As subsequentes citações da mesma obra devem ser
referenciadas de forma abreviada, utilizando as seguintes expressões,
quando for o caso.

a) Quando a citação subsequente for do mesmo autor, realizada


na mesma página, utilizar Idem (“mesmo autor”. De forma
abreviada, Id.).

“O art. 21, XIX, diz que compete à União instituir sistema


nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios
de outorga de direitos de seu uso”.20 Continua o referido autor:
“[...] e o art. 22, IV, estabelece a competência privativa da União
para legislar sobre águas”.21

b) Quando a citação subsequente for da mesma obra, realizada na


mesma página, utilizar Ibidem (“na mesma obra”. De forma
abreviada, Ibid.).

O reconhecimento do direito a um meio ambiente sadio


configura-se, na verdade, como extensão do direito à vida, quer
sob o enfoque da própria existência física e saúde dos seres
humanos, quer quanto ao aspecto da dignidade dessa existência –
a qualidade de vida –, que faz com que valha a pena viver.22

Deveras, “o caráter fundamental do direito à vida torna


inadequados enfoques restritos do mesmo em nossos dias; sob o
direito à vida, em seu sentido próprio e moderno, não só se
mantém a proteção contra qualquer privação arbitrária da vida,
mas além disso encontram-se os Estados no dever de buscar
diretrizes destinadas a assegurar o acesso aos meios de
sobrevivência [...]”.23

c) Quando a citação subsequente for de obra já citada, utilizar


opus citatum (“obra citada”. De forma abreviada, op. cit.),
nos seguintes casos:

c.1) Quando a citação subsequente estiver na mesma página, mas


intercalada com outra citação, de autor diverso.

“Hoje se exige maior participação-cidadã no processo


político”24. Para tanto, “imprescindível o acesso a instrumentos
democráticos de participação”25. Como exemplo, podemos citar
“a ação popular, ação civil pública, direito de petição e de obter
informações de repartições públicas, e outras”.26

c.2) Quando a citação subsequente estiver em página posterior do


trabalho.

Alexandre de Moraes afirma que a decisão tomada pela


agência, embora discricionária, pode ser perfeitamente revista
pelo Poder Judiciário quanto a sua legalidade”.27

Em página posterior do trabalho:

O controle judicial, ademais, vai além da legalidade quanto se trata de


decisão proferida por órgão regulador. Sem se apropriar do mérito, o Poder
Judiciário “pode revê-la quanto à sua proporcionalidade e razoabilidade,
princípios que devem ser observados em qualquer prática administrativa”.28

Observação: se houver citação de mais de uma obra, de um mesmo


autor, importante informar também o título antes de se utilizar o op. cit., em
páginas posteriores do trabalho. Exemplo: MORAES, Alexandre de.
Agências Reguladoras, op. cit., p. 23.

d) Quando a citação subsequente for da mesma página da obra


citada, deve-se utilizar loco citato (“no lugar citado”. De forma
abreviada, loc. cit.).

Em nota de rodapé:

e) Quando a citação refere-se à obra, legislação, jurisprudência


ou outro documento, no todo, utiliza-se confira, confronte ( De
forma abreviada, Cf.).

O meio ambiente, na realidade, é um conjunto de condições,


leis, influências e interações de ordem física, química e
biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas.29
__________
1 Observe também o ANEXO G – Modelo de Dedicatória Agradecimentos Epígrafe.
2 Como pode ser observado nesse exemplo.
3 A maioria dos exemplos transcritos no presente documento foi reproduzida da referida
norma da ABNT, para fins didáticos.
4 Não se recomenda utilizar muito essa forma de citação em trabalhos científicos. Isso
geralmente ocorre devido ao fato de a pessoa não ter tido acesso ao documento original,
fazendo com que ele cite trechos já citados em outras obras.
5 Direito do ambiente: doutrina – jurisprudência – glossário. 4. ed. rev., ampl. e atual. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. p. 437.
6 MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: doutrina – jurisprudência – glossário. 4. ed. rev.,
ampl. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. p. 437.
7 Direitos autorais: entre as relações sociais e as relações jurídicas. Curitiba: Moinho do
Verbo Editora, 2006. p. 71.
8 STAUT JÚNIOR, Sérgio Said. Direitos autorais: entre as relações sociais e as relações
jurídicas. Curitiba: Moinho do Verbo Editora, 2006. p. 51.
9 MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: doutrina – jurisprudência – glossário. 4. ed. rev.,
ampl. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. p. 248.
11 DOWER, Nelson Godoy Bassil. Instituições de direito público e privado. 13. ed. São
10
ZAFFARONI, Eugênio Raúl; PIERANGELI, José Henrique. Manual de direito penal
brasileiro: parte geral. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997. p. 441.
12 MARTINS, Sérgio Roberto; SOLER, Antonio Carlos Porciúncula; SOARES, Alexandre
Melo. Instrumentos tecnológicos e jurídicos para a construção da sociedade sustentável.
In: VIANA, Gilney; SILVA, Marina; DINIZ, Nilo (orgs.). O desafio da sustentabilidade:
um debate socioambiental no Brasil. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2001.
p. 159.
13 LEHFELD, Lucas de Souza et. al. Autonomia das agências reguladoras. São Paulo:
Editora Mizuno, 2007. p. 54.
14 BRASIL. Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado. Plano diretor da
reforma do aparelho do Estado. Brasília, DF, 1995.
15 NOS CANAVIAIS, mutilação em vez de lazer e escola. O Globo, Rio de Janeiro, 16 jul.
1995. O País, p. 12.
16 Não se recomenda utilizar muito essa forma de citação em trabalhos científicos. Isso
geralmente ocorre devido ao fato de a pessoa não ter tido acesso ao documento original,
fazendo com que ele cite trechos já citados em outras obras.
17 LÉPORE, Paulo Eduardo apud LEHFELD, Lucas de Souza. Autonomia das agências
reguladoras. São Paulo: Mizuno, 2007. p. 60. (se houver a informação a respeito da obra
do autor citado, pode também ser referenciada. Ex.: LÉPORE, Paulo Eduardo. Agências
reguladoras e suas competências. São Paulo: Lemos, 2007 apud LEHFELD, Lucas de
18 Souza. Autonomia das agências reguladoras. São Paulo: Mizuno, 2007. p. 60.) COELHO,
Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. São Paulo: Saraiva, 2006. v. 3. p. 16. (grifo
nosso).
19 MAJONE, Giandomenico; LA SPINA, Antonio. Lo Estato regulatore. Bologna: II Mulino,
2000. p. 28. (tradução nossa).
20 MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: doutrina – jurisprudência – glossário. 4. ed. rev.,
ampl. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. p. 286.
21 Id., p. 286.
22 TRINDADE, Antonio A. Cançado. Direitos humanos e meio ambiente: paralelos dos
sistemas de proteção internacional. Porto Alegre: Fabris, 1993. p. 76.
23 Ibid., p. 75.
24 LEHFELD, Lucas de Souza. Autonomia das Agências Reguladoras. São Paulo:
Mizuno, 2007. p. 82.
25 ARAUJO, José Carlos Evangelista. Democracia participativa. São Paulo: Lemos, 2007.
p. 54.
26 LEHFELD, Lucas de Souza, op. cit., p. 100.
27 Agências Reguladoras. São Paulo: Atlas, 2002. p. 50.
28 MORAES, Alexandre, op. cit., p. 54.
29 Cf. MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: doutrina – jurisprudência – glossário. 4. ed. rev.,
ampl. e atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
Conforme observado, trata-se de elemento pós-textual obrigatório, no
qual se encontram as obras e os materiais citados e pesquisados pelo autor do
trabalho científico.
A disposição dessas obras deve levar em consideração as regras
estabelecidas pela ABNT NBR 6023 de agosto de 2002.
Segue-se a ordem alfabética, considerando o sobrenome do autor, ou o
nome da instituição responsável pela obra.

7.1 TIPOS DE AUTORIA

a) Várias citações de um mesmo autor

A ordem de entrada na lista de referências é o ano de


publicação em ordem crescente.

b) Mais de um trabalho de um mesmo autor, com o mesmo ano de


publicação

A ordem de entrada na lista de referências deve seguir a


ordem de citação no texto do documento, devendo ser
identificados pelo ano, seguidos (sem espaço) de letras
minúsculas, em ordem alfabética.

c) Para autores com sobrenomes idênticos

Utilizam-se os prenomes para definir a sequência.

d) Para o mesmo autor com trabalhos em anos distintos

Pode-se adotar como critério de entrada na listagem a ordem


alfabética dos títulos dos trabalhos ou seguir a ordem
cronológica destes.

e) Obra com dois ou três autores

Todos os autores devem ser mencionados, com a entrada


pelo sobrenome em maiúsculo, na ordem em que aparecem no
documento e separados por vírgula.

f) Obra com mais de três autores

Deve-se entrar com o sobrenome do primeiro autor, seguido


da expressão latina abreviada “et al.” (em minúscula, não
utilizando negrito ou itálico).

g) Mais de uma obra por autor

Na segunda obra referenciada, não se repete o nome do


autor, sendo substituído por um traço (underline), com cerca de 3
cm.

Exemplo:
DI PIETRO, M. S. de. Direito administrativo. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1998.

______. Parcerias público-privadas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2000.

7.2 EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS

7.2.1 Obra ou Monografia (no todo)

AUTOR (ES) da obra (SOBRENOME, Nome). Título do livro (negrito): subtítulo (sem negrito). Número da
edição. Local de Publicação: Editor(a), ano de publicação. Número de páginas (opcional) ou volume. ISBN
(opcional) Exemplos:

FONSECA, R. Agosto. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. 349p.

GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998. 317 p., 21 cm. (Coleção
Antropológica e Ciência Política, 15). Bibliografia: p. 131-132. ISBN 85 228-0268-8.

IBICT. Manual de normas de editoração do IBICT. 2 ed. Brasília, DF, 1993. 41p.

MEIRELLES, H. L. Direito administrativo brasileiro. 27 ed. São Paulo: Malheiros, 2002.

PASSOS, L. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: Matemática, segunda série, 2, primeiro grau: livro
do professor. São Paulo: Scipione, 1995. 136 p.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental. Estudo de
impacto ambiental – EIA. Relatório de impacto ambiental – RIMA: manual de orientação. São Paulo,
1989. 48 p. (Série Manuais).

URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o Brasil. Brasília, DF: IPEA,
1994. (mais de três autores)

7.2.2 Capítulo de obra (parte de obra/monografia)

AUTOR (ES) DO CAPÍTULO. Título do capítulo / parte. In: Autor(es) do livro. Título do livro (negrito). Número
da edição. Local de Publicação: Editor(a), ano de publicação. Volume ou capítulo correspondente. páginas
inicial-final do capítulo.

Obs.: se o capítulo e o livro forem de autoria de uma mesma pessoa, não é necessário repetir o nome e
sobrenome após o termo “In”.

Exemplos:

ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHMIDT, J. (Org.). História dos
jovens 2: a época contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 7-16.

SANTOS, F. R. dos. A colonização da terra Tucujús. In: ______. História do Amapá, 1º grau. 2 ed. Macapá:
Valcan, 1994. cap. 3, p. 15-24.

7.2.3 Periódico (revista) no todo

TÍTULO DA REVISTA (abreviada ou não). Local de publicação: Editor(a), datas de início e de encerramento da
publicação se houver.

Exemplos:

BOLETIM GEOGRÁFICO. Rio de Janeiro: IBGE: 1943-1978. Trimestral REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de
Janeiro: IBGE, 1939-.

SÃO PAULO MEDICAL JOURNAL. São Paulo: Associação Paulista de Medicina, 1941 – Bimestral. ISSN 0035-
0362.

7.2.4 Parte de periódico (revista)

TÍTULO DA REVISTA (abreviada ou não). Local de publicação: Editor(a), número ou parte da revista, data (mês.
Ano). Número de páginas.

Exemplo:
DINHEIRO. Revista semanal de negócios. São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jan. 2000. 98 p.

7.2.5 Artigo de revista, boletim (periódico)

AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da Revista, (abreviado ou não, em negrito) Local de
publicação, Editora, número do Volume, número do Fascículo, Páginas inicial-final, mês e ano.

Exemplos:

COSTA, V. R. À margem da lei: o Programa Comunidade Solidária. Em pauta: revista da Faculdade de Serviço
Social da UERJ, Rio de Janeiro, UERJ Editora, n. 12, p. 131-148, 1998.
GURGEL, C. Reforma do Estado e Segurança pública. Política e Administração, Rio de Janeiro, Editora Juris,
v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997.

7.2.6 Artigo e/ou matéria de jornal

AUTOR DO ARTIGO (SOBRENOME, Nome). Título do artigo. Título do Jornal (em negrito), Local de
Publicação, dia mês. Ano. Número ou Título do Caderno, seção ou suplemento, páginas inicial e final do
artigo.

Exemplos:

NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de S. Paulo, São Paulo, 28 jun. 1989. Folha Turismo,
Caderno 8, p. 13.

Obs.: Os meses devem ser abreviados de acordo com o idioma da publicação. Quando não houver seção,
caderno ou parte, a paginação do artigo precede a data.

Exemplo:

LEAL, L. N. MP fiscaliza com autonomia total. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p. 3, 25 abr. 1999.
7.2.7 Eventos científicos

São os documentos relativos a congressos, conferências, simpósios,


encontros, seminários etc., publicados na forma de anais ou resumos.

NOME DO CONGRESSO, n., ano. Cidade onde se realizou o Congresso. Título… (negrito). Local de
publicação: Editora, data de publicação. Volume (quando houver).

Obs.: Quando se tratar de mais de um evento, realizados simultaneamente, deve-se seguir as mesmas regras
aplicadas a autores pessoais.

Exemplo:

REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., 1997. Poços de Caldas. Química: academia,
indústria, sociedade: livro de resumos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997.

7.2.8 Trabalhos apresentados em congressos

AUTOR(ES) DO TRABALHO. Título do trabalho. In: NOME DO CONGRESSO, n., ano, Cidade de realização do
congresso. Anais... ou Resumo... ou Proceedings... (em negrito). Local de publicação: Editora, ano da
publicação. Páginas inicial-final do trabalho.

Exemplo:

SOUZA, L. S.; BORGES, A. L.; REZENDE, J. O. Influência da correção e do preparo do solo sobre algumas
propriedades químicas do solo cultivado com bananeiras. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO E
NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 21., 1994, Petrolina. Anais... Petrolina: EMBRAPA, CPATSA, 1994. p. 3-4.

7.2.9 Dissertações e Teses

SOBRENOME, Nome (abreviado). Título (em negrito): subtítulo. Ano. Número de folhas (f.) ou Volume. Tipo
de trabalho (Mestrado, Doutorado etc.) – Unidade, Instituição de Ensino, Local (cidade), ano de apresentação.

Exemplos:

MORGADO, M. L. C. Reimplante dentário. 1990. 51 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) –


Faculdade de Odontologia, Universidade Camilo Castelo Branco, São Paulo, 1990.

ALENTEJO, Eduardo. Catalogação de postais. 1990. Trabalho Apresentado como requisito parcial para
aprovação na Disciplina Catalogação III, Escola de Biblioteconomia, Universidade de Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 1999.

7.2.10 Entrevistas

NOME DO ENTREVISTADO. Título (em negrito): Tipo da entrevista [mês. Ano]. Entrevistadores. Local:
Obs.: Instituição, ano. Tipo de gravação (quando houver). Referência da entrevista A entrada para entrevista é dada
pelo nome do entrevistado. Deve-se iniciar com o nome do entrevistador, caso este tenha maior destaque do que
o entrevistado. Para referenciar entrevistas gravadas, deve-se fazer a descrição física conforme o dispositivo
utilizado.

Exemplo:

SILVA. Luiz Inácio Lula da. Luiz Inácio Lula da Silva: depoimento [abr. 1991]. Entrevistadores: V. Tremel e
M. Garcia. São Paulo: SENAI-SP, 1991. 2 cassetes sonoros. Entrevistas concedidas ao Projeto Memória do
SENAI-SP.

7.2.11 Legislação (leis, medidas provisórias, decretos etc.)

PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Lei, Decreto etc. n., data (dia, mês e ano). Ementa. Documento em que foi
publicado – em negrito (leva-se em consideração as normas referentes ao tipo de documento publicado –
revista, obra etc., como Local, volume, número, páginas inicial-final, mês. Ano.) Exemplos:

BRASIL. Código civil. 46 ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

________. Constituição (1988). Emenda constitucional n.° 9, de 9 de novembro de 1995. Lex: legislação
federal e marginalia, São Paulo, v. 59, p. 1966, out./dez. 1995.

________. Medida provisória n.° 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 1997. Seção 1, p. 29514.

SÃO PAULO (Estado). Decreto n.° 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea de legislação e
jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.

Ou:

SÃO PAULO (Estado). Decreto n.° 42.882, de 20 de janeiro de 1998. Dispõe sobre a desativação de unidades
administrativas de órgãos da Administração direta e das autarquias do Estado e dá providências correlatas.
LEX: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.

7.2.12 Jurisprudência

Jurisdição e órgão competente. Título (natureza da decisão ou ementa) e número, partes envolvidas (se
houver), relator, local, data e dados da publicação.

Exemplos:

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas-corpus n.° 181.636-1 da 6° Câmara Cível do Tribunal de Justiça
do Estado de São Paulo, Brasília, DF, 6 de dezembro de 1994. Lex: jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais
Federais, São Paulo, v. 10, n. 103, p. 236-240, mar. 1998.

Ou quando retirada de meio eletrônico:

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas-corpus n.° 181.636-1 da 6° Câmara Cível do Tribunal de Justiça
do Estado de São Paulo, Brasília, DF, 6 de dezembro de 1994. Disponível em <http://www.stj.gov.br>.
Acesso em 12 set. 2006.

Em nota de rodapé (de forma simplificada):

TJSP, HC n. 376.330-3/5-00, 5ª Câmara Criminal, Rel. Des. Damião Cogan, j. 18.04.2002, RT 804/368.

Legenda:

HC = habeas corpus
RT = Rel. Des. = Relator Desembargador j. = julgamento Revista dos Tribunais (onde se encontra publicada a
jurisprudência)

7.2.13 Normas Técnicas

ORGÃO NORMALIZADOR. Título (em negrito): subtítulo, número da Norma. Local, ano. Total de página(s) ou
volume (itens opcionais).

Exemplos:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação: citações em


documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Catálogo de teses de Universidade de São Paulo, 1992. São Paulo, 1993.
467 p.

7.2.14 Material divulgado em meio digital / eletrônico

7.2.14.1 Base de dados (no todo) em CD-ROM, disquete e outras


mídias

AUTOR (SOBRENOME, Nome). Título (em negrito). Local: Editora, data. Tipo de suporte. Notas.

Exemplo:

KOOGAN, A.; HOUAISS, A. (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral de André Koogan. São
Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM.

7.2.14.2 Base de dados (em parte) em CD-ROM, disquete e outras


mídias
AUTOR(ES) DA PARTE (SOBRENOME, Nome). Título da parte. In: AUTOR DO TODO. Título do todo (em
negrito). Local: Editora, data. Tipo de suporte. Notas.

Exemplo:

MORFOLOGIA DOS ARTRÓPODES. In: ENCICLOPÉDIA multimídia dos seres vivos. [S. l.]2 Planeta DeAgostini,
c1998. CD-ROM 9.

7.2.14.3 E-mail

AUTOR(ES) DA MENSAGEM (SOBRENOME, Nome). Assunto da mensagem. [mensagem pessoal] (em


negrito). Mensagem recebida por <e-mail do destinatário> data de recebimento, dia mês e ano.1

Obs.: As informações devem ser retiradas, sempre que possível, do cabeçalho da mensagem recebida. Quando
o e-mail for cópia, poderão ser acrescentados os demais destinatários, após o primeiro, separados por
ponto e vírgula.

Exemplo:

LEHFELD, L. de S. Normas de biossegurança [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por


<lehfeldrp@gmail.com> 20 dez. 2006.

7.2.14.4 Monografia (no todo ou em parte) em meio eletrônico

a) Monografia no todo

AUTOR(ES) (SOBRENOME, Nome). Título da monografia. Título do site (em negrito) (se houver). Local (se
houver): Editor(a) (Instituição responsável, se houver), ano. Disponível em: <Endereço Eletrônico>. Acesso
em: dia mês. Ano, horário (hh:mm:ss).

Exemplo:
ALVES, Castro. Navio negreiro. Virtual Books, 2000. Disponível em:
<http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/portr/Lport2/navionegreiro.htm>. Acesso em: 10 jan.
2002, 16:30:30.

b) Monografia em parte

AUTOR(ES) (SOBRENOME, Nome). Título. In: AUTOR(ES) (se houver). Título da parte/artigo. Título da obra
principal (em negrito) (se houver). Local (se houver): Editor(a) (Instituição responsável, se houver), ano.
(outros dados, como volume, capítulo etc., se houver). Disponível em: <Endereço eletrônico>. Acesso em: dia
mês. Ano, horário (hh:mm:ss).

Exemplo:

SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Tratados e organizações ambientais em matéria de meio
ambiente. In: _________. Entendendo o meio ambiente. São Paulo, 1999. v. 1. Disponível em:
http://www.bdt.org.br/sma/entendendo/atual.htm>. Acesso em: 8 mar. 1999.

7.2.14.5 Artigo e/ou matéria de revista, boletim, em meio eletrônico

AUTOR(ES) (SOBRENOME, NOME). Título do artigo. Título da revista ou boletim (negrito). Local de
publicação, número do Volume, número do Fascículo, Páginas inicial-final, mês e ano. Disponível em:
<Endereço eletrônico>. Acesso em: dia mês. Ano.

Exemplo:

RIBEIRO, P. S. G. Adoção à brasileira: uma análise sociojurídica. Dataveni@. São Paulo, ano 3, n. 18 ago.
1998. Disponível em: <http://www.datavenia.inf.br/frame.artig.html>. Acesso em: 10 set. 1998.

7.3 EXPRESSÕES QUE PODEM SER UTILIZADAS NA AUSÊNCIA


DE DADOS EM REFERÊNCIAS

a) Quando a editora não puder ser identificada, deve-se colocar a


expressão [s. n.], que corresponde sine nomine.
b) Quando o local e o editor não puderem ser identificados, deve-se
colocar a expressão [S. l. : s. n.], que corresponde sine loco; sine
nomine.
c) Quando somente o local não puder ser identificado, deve-se
colocar apenas a expressão [S. l.].
d) Se nenhuma data de publicação, distribuição, impressão, puder
ser determinada, registra-se uma data aproximada entre colchetes:

[1990 ou 1991] um ano ou outro

[1980?] data provável


[1995] data certa, não indicada no item
[entre 1930 e 1942] use intervalos menores de 20 anos
[ca. 1998] data aproximada
[198-] década certa
[195-?] década provável
[17--] século certo
[17--?] século provável
__________
1 [S. l] – utiliza-se quando não há indicação do local em que foi produzida a obra.
Abreviação da expressão latina sine loco. Vide item 4.3, infra.
8.1 INTRODUÇÃO

Depois do árduo trabalho de pesquisa, redação e revisão do trabalho,


resta o momento final, a defesa. Caracterizado pelo excesso de ansiedade por
parte do autor do trabalho, mas toda preocupação deve ser transferida para
uma apresentação marcada pela qualidade e precisão, considerando que
ninguém conhecerá mais seu trabalho do que o próprio autor. Trata-se do ato
de coroamento de um longo processo no qual o candidato ao título
demonstrará o domínio sobre o tema.

8.2 COMPOSIÇÃO DAS BANCAS DE DEFESA

Em algumas instituições há tradição da banca dispensar a sustentação


oral e já passar diretamente para a arguição, em trabalhos de graduação,
especialização, mestrado e doutorado, ficando ao talante da maioria dos
membros, mas vá preparado para situações diversas com a apresentação
memorizada. As bancas de graduação são compostas, geralmente, por três
examinadores (orientador – presidente da banca – convidado e indicado pela
Instituição de Ensino). No entanto, o Curso pode estabelecer outras regras.
As de mestrado, por sua vez, são compostas por três examinadores e as de
doutorado por cinco, todos professores doutores.
A realização de pesquisa sobre o currículo dos membros da banca
evitará surpresas durante a defesa sobre trabalho científico que não foi citado
ou lido na elaboração do trabalho do candidato ou até tema conexo, busque o
curriculum vitae de cada examinador (como por exemplo, no site
http://lattes.cnpq.br/).

8.3 A APRESENTAÇÃO ORAL

Recomendável a leitura do trabalho e a estruturação de uma


apresentação na preparação para defesa, inclusive formulação de prováveis
questões objeto de arguição. Proponha ao orientador uma reunião prévia, com
antecedência de cerca de quinze dias da data da apresentação, para viabilizar
tempo hábil para aperfeiçoamento.
Caso exista sustentação oral do trabalho, faça uma apresentação da
introdução, o desenvolvimento e as conclusões, deixando bem claro quais
foram os objetivos da pesquisa. Não leia apontamentos ou o trabalho, é
cansativo para a banca examinadora e não prende atenção nem do leigo,
quanto mais de professores de estirpe.
A duração é imprevisível, portanto, prepare-se para uma longa arguição.
Os erros devem ser corrigidos por meio da errata (vide item 3.1.4), a
qual é opcional, mas caso a entregue, antes do início dos trabalhos, aos
membros da banca, evitará enumeração dos erros constatados.
Excelentes defesas são marcadas pela simplicidade, serenidade, polidez
e segurança, demonstrando a verdadeira paixão pelo tema. O trabalho será
enriquecido com as contribuições dos doutos examinadores.
Durante a arguição algumas orientações:
i) Utilize Vossa Excelência, sempre, para tratar os examinadores; Agradeça
ii)
iii) inicialmente a presença de cada um dos membros da banca; Anote os
comentários e as questões formuladas, as quais são imprescindíveis para
iv) revisão do trabalho para futura publicação; Nunca interrompa o
vi) examinador; Evite empregar gírias ou expressões populares; Caso tenha
v)
opinião diversa do examinador, apresente com o máximo de educação e
vii) polidez; Prepare-se para críticas severas, quando deverá explicar e expor
argumentos não externados na tese, valendo-se da vasta pesquisa
viii) efetuada na preparação do trabalho; Considere que os examinadores já
passaram por esta situação e que não há trabalho imune a críticas.
Ao final, agradeça a todos os examinadores e atenda às recomendações
retificando o trabalho, lembrando que “uma verdade há que me não assusta,
porque é universal e de universal consenso: não há escritor sem erros” (Rui
Barbosa, Réplica, Separata das Pandectas brasileiras, 2ª tir., p. 21 –
atualizamos a redação).
9.1 FONTES DE PESQUISA JURÍDICA

Atualmente, a grande dificuldade do pesquisador em qualquer área do


conhecimento não mais consiste na busca de dados, em razão da evolução
tecnológica principalmente da Internet, mas sim no processo de seleção
dessas informações. A imensa quantidade de dados hoje facilmente obtidos
em sites na Internet, ou mesmo a partir de obras ou revistas publicadas e
disponíveis no mercado, não significa, necessariamente, em uma pesquisa de
qualidade, razão pela qual a preocupação em selecionar, de forma adequada,
informações atualizadas e dados e informações fidedignos à realidade.
Importante que, ao elaborar o trabalho científico, o pesquisador busque
selecionar fontes de pesquisa jurídica de qualidade, seja na Internet, seja no
mercado editorial. Assim, a proposta aqui apresentada é proporcionar alguns
subsídios ao pesquisador ou acadêmico do Direito para melhorar a sua
seleção das informações e dados para a realização do trabalho científico.
A pesquisa jurídica geralmente se baseia em levantamento bibliográfico
de obras ou manuais do Direito. No entanto, cabe ressaltar que há outras
fontes importantes de pesquisa que podem ser consultadas, trazendo à
investigação científica diversidade de dados e consequentemente qualidade
no referencial teórico e prático do tema objeto de estudo. Sob esse prisma,
cabe salientar algumas fontes de pesquisa que podem passar despercebidas
pelo pesquisador ou acadêmico do Direito.

9.1.1 Jurisprudência

Atualmente, em razão do avanço tecnológico da Internet, os acórdãos


dos tribunais estaduais, federais e superiores podem ser facilmente
consultados pelo pesquisador. Os votos dos desembargadores e ministros
proporcionam à pesquisa ampla fundamentação jurídica balizada no direito
“vivo”, aplicado, e muitas vezes repensado em razão da complexidade e
particularidade dos casos submetidos à apreciação do Poder Judiciário.
O pesquisador, por exemplo, pode ter acesso aos acórdãos dos Tribunais
de Justiça dos Estados de São Paulo (http://www.tj.sp.gov.br), Minas Gerais
(http://www.tjmg.jus.br), Santa Catarina (http://www.tj.sc.gov.br), Rio
Grande do Sul (http://www.tj.rs.gov.br), Rio de Janeiro
(http://www.tjrj.gov.br), Goiás (http://www.tjgo.jus.br), Distrito Federal e
dos Territórios (http://www.tjdft.jus.br), Bahia (http://www.tjba.jus.br) e de
outros estados do país.
Quanto aos tribunais superiores, o pesquisador, também por meio da
internet, pode consultar acórdãos do Supremo Tribunal Federal
(http://www.stf.jus.br), Superior Tribunal de Justiça (http://www.stj.gov.br),
Tribunal Superior do Trabalho (http://www.tst.gov.br), Tribunal Superior
Eleitoral (http://www.tse.gov.br) e Superior Tribunal Militar
(http://www.stm.jus.br).
Os tribunais regionais federais, do trabalho e eleitorais também, em seus
sites, disponibilizam seus acórdãos para pesquisa. Alguns exemplos: Tribunal
Regional Federal da 1ª Região (http://www.trf1.gov.br), Tribunal Regional do
Trabalho da 15ª Região (http://www.trt15.jus.br) e Tribunal Regional
Eleitoral de São Paulo (http://www.tre-sp.gov.br).
Importante ainda ressaltar que há jurisprudência de tribunais
administrativos que pode também ser consultada via Internet, como as
decisões e orientações dos Tribunais de Contas dos Estados e da União
(http://www.tcu.gov.br), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(http://www.cade.gov.br), da Justiça Desportiva
(http://www.justicadesportiva.uol.com.br), das Agências Reguladoras
brasileiras, como Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL
(http://www.anatel.gov.br), Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL
(http://www.aneel.gov.br) e Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (http://www.anp.gov.br) etc.

9.1.2 Dissertações e teses de doutorado

Outra fonte de pesquisa jurídica é a produção científica dos acadêmicos


do Direito, principalmente trabalhos produzidos em programas de pós-
graduação stricto sensu no país. Dissertações de mestrado e teses de
doutorado são fruto de esforço científico sobre temas atuais e que passaram
pelo crivo de banca examinadora, formada por professores doutores. Isso
garante, de certa forma, a qualidade do trabalho e consequentemente das
referências bibliográficas pesquisadas.
A CAPES exige dos programas de mestrado e doutorado no país a
comunicação das dissertações de mestrado e teses do doutorado à
comunidade científica. Assim, o pesquisador ou acadêmico do Direto pode
ter acesso a esses trabalhos por meio de consulta ao acervo das bibliotecas
das instituições de ensino superior que possuam pós-graduação stricto sensu,
como a Universidade de São Paulo – USP, Universidade Estadual Paulista –
UNESP, Pontifícia Universidade Católica – PUC, Universidade Federal de
Santa Catarina – UFSC, Universidade de Brasília – UNB etc., ou pelos sites
das referidas instituições1.
Há também a possibilidade de consultar esses trabalhos pela biblioteca
digital de teses e dissertações, disponível no site do Instituto Brasileiro de
Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT. Assim, basta acessar o
endereço http://bdtd.ibict.br.

9.1.3 Periódicos

Atualmente, os periódicos especializados em Direito também se


mostram fundamentais para uma pesquisa de qualidade. Assim, as revistas
jurídicas contêm artigos com temas atuais nas mais diversas áreas do Direito,
o que possibilita ao pesquisador informações atualizadas e também amplo
referencial bibliográfico consultado pelos articulistas.
Evidentemente, a preocupação do pesquisador, neste caso, está no
processo de seleção dos periódicos que realmente tragam artigos científicos
com aprofundamento teórico. Isso porque há no mercado diversos periódicos
publicados ou mesmo disponíveis na Internet, em meio eletrônico. Nem
sempre os artigos colacionados passaram pela análise e correção de um
conselho editorial comprometido com a qualidade do texto.
Nesse sentido, quanto aos periódicos publicados por meio impresso, o
pesquisador ou acadêmico do Direito pode se valer do Sistema QUALIS da
CAPES, que ranqueia as revistas jurídicas, dando uma classificação quanto à
sua importância e influência na comunidade jurídica.
A classificação dos periódicos é apresentada pelas letras A, B, C, sendo
a primeira considerada a categoria de revistas mais bem selecionadas e
relevantes. Cabe ressaltar que, para uma pesquisa de qualidade, devem ser
analisados periódicos que tenham classificação mínima B.
Há também disponível na Internet uma relação de revistas científicas
selecionadas pela CAPES, em seu “Portal de Periódicos”
(http://novo.periodicos.capes.gov.br), que são ótimas fontes de pesquisa.
Antes da consulta, recomenda-se a leitura do tutorial sobre os recursos de
busca no seu acervo, em razão da imensa quantidade de periódicos
disponíveis. Importante ressaltar que para o acesso a determinados
periódicos, imprescindível que seja feito por intermédio de instituições de
ensino superior com programas de pós-graduação stricto sensu credenciados
pela CAPES, em razão de direitos autorais decorrentes de assinaturas.
Algumas instituições de ensino superior publicam periódicos impressos
ou de forma eletrônica disponíveis na Internet. São exemplos os Cursos de
Direito da UNESP (http://www.franca.unesp.br), USP
(http://www.direito.usp.br), Fundação Getulio Vargas – FGV
(http://portal.fgv.br), Universidade Presbiteriana Mackenzie
(www.mackenzie.br), Universidade de Brasília – UNB
(http://www.unb.br/noticias/artigos/index.php), Universidade Federal do
Piauí (http://www.ufpi.br), Universidade Federal de Goiás
(http://www.direito.ufg.br) etc.
Em órgãos públicos também são encontradas revistas eletrônicas de
interesse do pesquisador na área do Direito. Os tribunais superiores, como o
STJ e STF, possuem em seus sites periódicos que podem ser consultados via
Internet. São artigos produzidos por seus membros ou por autores de renome
na seara jurídica. Há também os informativos que podem ser recebidos via e-
mail. Basta realizar o cadastro para receber os clippings, com os principais
acórdãos proferidos.
Em outros Poderes do Estado, órgãos também publicam revistas
importantes, com boa classificação na CAPES. É o caso, por exemplo, do
Senado Federal, que publica a Revista de Informação Legislativa, ótimo
periódico que pode ser consultado via Internet (http://www.senado.gov.br).
No Executivo, cabe relacionar a publicação do Ministério da Justiça
disponível para download na Internet (http://www.mj.gov.br).
Quanto aos periódicos impressos, as editoras apresentam um amplo rol
de revistas nas mais diversas áreas do Direito. Exemplificativamente, a
Editora Revista dos Tribunais (http://www.rt.com.br) publica periódicos,
disponíveis em meio digital e impresso, de direito constitucional e
internacional, direito ambiental, direito privado, do consumidor, ciências
criminais, tributário, direito bancário e do mercado de capitais, direito
educacional, de processo, direito do trabalho, da concorrência etc. A Lex
(http://www.lex.com.br), por sua vez, publica a Revista Lex do direito
brasileiro, da legislação federal e marginália, de jurisprudência do TJ de São
Paulo, a Revista Magister de direito civil e processual civil, de direito da
família e sucessões, direito trabalhista e previdenciário, direito empresarial,
concorrencial e do consumidor, direito penal e processual penal, direito
ambiental e urbanístico etc.
Existem também institutos que publicam periódicos ou artigos
importantes que podem ser utilizados pelo pesquisador do Direito, como o
Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (http://www.ibccrim.org.br),
Instituto Brasileiro de Direito de Família (http://www.ibdfam.org.br),
Instituto Brasileiro de Direito Processual
(http://www.direitoprocessual.org.br), Instituto Brasileiro de Direito
Administrativo (http://www.ibda.com.br), Instituto Brasiliense de Direito
Público (http://www.idp.edu.br), Sociedade Brasileira de Direito Público
(http://www.sbdp.org.br), Instituto Brasileiro de Direito Tributário
(http://www.ibdt.com.br) e outros.
Por fim, vale ressaltar que se deve ter cautela em buscar artigos em sites
jurídicos que trazem uma quantidade enorme de trabalhos, das mais diversas
áreas e autores, o que pode denotar uma deficiência na seleção científica e
editorial dos trabalhos. Neste sentido, importante que se analise a biografia
do autor, o referencial teórico trabalhado no artigo e a data de sua publicação,
no intuito de verificar a procedência e qualidade do material.

9.1.4 Bases de dados na área do Direto

As bases de dados também são boas fontes de pesquisa, embora pouco


utilizadas nos trabalhos científicos na área jurídica. Abaixo, alguns exemplos
de bases de dados que podem ser consultadas pelo pesquisador ou acadêmico
do Direito:
a) SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) – Artigos de várias áreas
b) do conhecimento (http://www.scielo.org) SCIRUS (Scientific
Information Only) – Artigos de várias áreas do conhecimento
(http://www.scirus.com)
c) Domínio Público – Artigos, obras clássicas e literatura
(http://www.dominiopublico.gov.br)
d) Bibliotecas Virtuais Temáticas – Bibliotecas com títulos em diversas
e) áreas do conhecimento (http://prossiga.ibict.br/bibliotecas/) IBICT
(Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia) – Acesso a
bibliotecas temáticas e dissertações de mestrado e teses de doutorado
f) (http://www.ibict.br) Google Books – Acesso a obras digitalizadas de
diversas bibliotecas do mundo (http://books.google.com)
g) Periódicos da CAPES – Acesso a diversas revistas científicas
(http://novo.periodicos.capes.gov.br)
h) Wiley Online Library – Base de dados com artigos em diversas áreas do
i) conhecimento (http://www.onlinelibrary.wiley.com) Science Direct –
Base de dados com artigos em diversas áreas do conhecimento
j) (http://www.sciencedirect.com/) Presidência da República Federativa do
Brasil – Site em que se encontra toda a legislação federal vigente no país
(http://www.planalto.gov.br)

9.1.5 Bibliotecas

O levantamento bibliográfico é tradicionalmente o método mais


utilizado pelo pesquisador do Direito. A doutrina é fonte imprescindível para
um trabalho monográfico.
Com o avanço da Internet, nos dias atuais é possível a consulta de
acervos de bibliotecas de diversas instituições de ensino superior ou mesmo
de órgãos públicos. Na maioria, contudo, somente haverá possibilidade de
constatar a presença da obra ou manual de interesse, sem acesso ao seu
conteúdo, pois são poucas que possuem seu acervo digitalizado e disponível
na Internet.
Assim, cabe ao pesquisador escolher a instituição ou órgão de interesse
e verificar se o site possibilita o acesso ao acervo da biblioteca, como no caso
da Universidade de São Paulo, Universidade Estadual Paulista, Universidade
de Brasília, Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal de Santa
Catarina, Universidade Federal do Piauí, Pontifícia Universidade Católica
etc.

9.2 MÉTODOS DE PESQUISA

A atividade do pesquisador se traduz em verdadeira investigação. Para


que se possa obter resultados adequados à finalidade pretendida é necessário
que a investigação seja desenvolvida a partir de um ou mais métodos de
pesquisa, conforme se verá na sequência.

9.2.1 Método dedutivo

Faz uso da dedução para que seja possível obter-se uma conclusão a
respeito de determinadas premissas verdadeiras. O pesquisador analisa
premissas verdadeiras com o objetivo de, combinando-as, obter um resultado
igualmente verdadeiro. O resultado de pesquisas dedutivas é sempre
indubitável. Costuma-se afirmar que o método dedutivo parte do geral
(premissas verdadeiras) para chegar ao particular (conclusão específica).
Exemplo: crianças são especialmente protegidas pelo Estatuto da Criança e
do Adolescente (premissa 1). Crianças são as pessoas que têm até 12 anos
incompletos (premissa 2). Helena, que tem 5 anos de idade, é especialmente
protegida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

9.2.2 Método indutivo

Parte de uma premissa que leva o pesquisador a intuir uma conclusão de


abrangência maior. A pesquisa servirá justamente para investigar se a
conclusão mais ampla do autor é verdadeira ou não. Tem aplicação em
pesquisas por amostragem que buscam a conclusão (provavelmente
verdadeira) a partir de uma parte do todo, para, apenas depois, tentar a
comprovação por meio da atividade de pesquisa. O resultado de uma
pesquisa indutiva é apenas provável. Fala-se que o método indutivo se inicia
no particular (premissa intuída) para tentar chegar ao geral (comprovação de
uma conclusão genérica). Exemplo: o código de defesa do consumidor
permite que o consumidor desista da compra feita pela internet (premissa),
portanto, o código de defesa do consumidor garante o direito de o
consumidor se arrepender de qualquer compra que fizer (conclusão de
abrangência maior intuída pelo pesquisador). Ao realizar a investigação o
pesquisador desvenda que, em verdade, o código de defesa do consumidor só
garante o direito de arrependimento em relação a compras feitas fora do
estabelecimento comercial, não se aplicando, pois, àquelas operações
realizadas em lojas físicas. Nesse caso, a pesquisa realizada comprovou que a
premissa (o código de defesa do consumidor permite que o consumidor
desista da compra feita pela internet) estava induzindo o pesquisador a uma
conclusão errada.

9.2.3 Método dialético

Busca conclusões a partir da contraposição de premissas aparentemente


antagônicas. Trabalha-se com uma tese e uma antítese para que se possa
chegar a uma síntese que, em essência, nada mais é do que uma nova tese.
Exemplo: deve-se reduzir a idade penal para incriminar as condutas de jovens
(tese), mas será que a redução da idade penal resolverá o problema da
violência? (antítese). Síntese: a redução da idade penal não resolverá o
problema da violência porque os jovens não praticam atos ilícitos porque não
cumprem penas, mas devido à grande desigualdade social e falta de
oportunidades de estudo e trabalho.
Vale notar que esses métodos precisam estar apontados, descritos e
justificados no projeto do trabalho científico. Também é aconselhável que
sejam apresentados nas introduções dos trabalhos científicos.

9.3 FOMENTO À PESQUISA: AS BOLSAS DE ESTUDO

O processo de investigação científica, muitas vezes, demanda recursos


financeiros que podem ser obtidos com o auxílio de agências de fomento,
principalmente para aqueles que iniciam os primeiros passos na pesquisa.
Cabe ressaltar que na área do Direito há grandes oportunidades de bolsas
de estudo, em diversos níveis, como iniciação científica, mestrado, doutorado
ou mesmo pós-doutorado. Assim, no intuito de aproximar o pesquisador ou
aquele que se inicia na pesquisa jurídica aos recursos financeiros públicos ou
privados disponíveis no mercado, abaixo estão relacionadas algumas das
principais agências de fomento à pesquisa.

9.3.1 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico – CNPq

Atualmente, trata-se de agência federal de fomento que possui um dos


maiores orçamentos públicos para o desenvolvimento da pesquisa. Fundação
vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para apoio à
pesquisa brasileira, contribui diretamente para a formação de pesquisadores,
como mestres, doutores, especialistas e iniciantes na pesquisa científica, em
diversas áreas do conhecimento.
Criado em 1950, o CNPq é uma das maiores e mais consistentes
estruturas públicas de apoio à Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) dos
países em desenvolvimento, com financiamento de programas e pesquisas
voltados ao incremento da produção de conhecimento e geração de novas
oportunidades de crescimento para o país.
Para ter acesso a essas oportunidades proporcionadas pelo CNPq, basta
o acompanhamento dos editais dos programas de financiamento publicados
no próprio site da fundação (http://www.cnpq.br).

9.3.2 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior – CAPES

Criada em 1951, com o objetivo de assegurar a existência de pessoal


especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender às
necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao
desenvolvimento do país, atualmente a Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior – CAPES – exerce papel fundamental na
manutenção da qualidade e expansão da pós-graduação stricto sensu
brasileira (programas de mestrado e doutorado).
Assim, alunos regularmente matriculados nos programas de pós-
graduação stricto sensu podem buscar junto à CAPES recursos financeiros
para o desenvolvimento de suas pesquisas. A referida instituição concede
bolsas de estudos para mestrandos e doutorandos, no país ou no exterior.
Basta acessar o site (http://www.capes.gov.br) para acompanhar os diversos
programas de bolsas e incentivos à pesquisa científica.

9.3.3 Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP

Empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia,


criada em 1967, para substituir e ampliar o papel do Fundo de Financiamento
de Estudos de Projetos e Programas, sucedâneo do Fundo de
Desenvolvimento Técnico-Científico – FUNTEC – do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES –, constituído em 1964 com
a finalidade de financiar a implantação de programas de pós-graduação nas
universidades do país. Atualmente, a FINEP tem como missão “promover o
desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio do fomento público
à ciência, tecnologia e inovação em empresas, universidades, institutos
tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas”.
Para acesso aos programas de financiamento, basta verificar as
chamadas públicas no site http://www.finep.gov.br, com programas de apoio
a projetos de pesquisa em diversas áreas, como a jurídica.

9.3.4 Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino


Superior Particular – FUNADESP

Instituição não estatal de direito privado, a Fundação Nacional de


Desenvolvimento do Ensino Superior Particular – FUNADESP – surgiu em
1998 a partir da iniciativa de um grupo de mantenedores, dirigentes e
educadores de instituições de ensino superior particular. Tem a missão de
propiciar às universidades, centros universitários e faculdades a busca
contínua da qualidade e relevância das atividades de ensino, pesquisa,
extensão, gestão acadêmica e de desenvolvimento institucional, científico e
tecnológico.
Para tanto, a FUNADESP tem por objetivo, além da capacitação de
docentes do ensino superior, estimular a realização de estudos e pesquisas
que proporcionem a participação das instituições de ensino superior privadas
na geração e disseminação de conhecimentos científicos, técnicos, culturais e
artísticos, em prol da sociedade.
O pesquisador ou acadêmico interessado pode escolher dois tipos de
programas de financiamento: a) Programa de Capacitação de Recursos
Humanos ou b) Programa de Bolsas de Fomento à
Pesquisa/Desenvolvimento/Inovação. O primeiro refere-se à capacitação
docente e dos recursos humanos de instituições de ensino superior, como a
possibilidade de bolsas para mestrado, doutorado e pós-doutorado, no país ou
no exterior. O segundo incentiva a institucionalização da pesquisa e
implantação da pós-graduação stricto sensu nas instituições de ensino
superior, bem como fomenta processos de inovação e interação dessas
instituições com o setor produtivo.
Para acesso a bolsas, deve-se ficar atento ao calendário das chamadas
públicas disponível no site da FUNADESP (http://www.funadesp.org.br).

9.3.5 As Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados – FAPs

Outra fonte de fomento à pesquisa encontra-se nas fundações de amparo


à pesquisa dos estados-membros do país. São resultados da aproximação e
relação dessas unidades federativas com a política nacional de ciência e
tecnologia, que oportunizam aos acadêmicos e pesquisadores a possibilidade
de obtenção de bolsas de estudo ou pesquisa. Assim, na maioria dos estados
brasileiros há presença de fundações de amparo à pesquisa, como a Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP – e a do Estado de
Minas Gerais, conhecida como FAPEMIG.
A FAPESP, instituída em 1962, atualmente é uma das mais importantes
agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do país. Ligada à
Secretaria de Ensino Superior do governo do estado de São Paulo, possui um
orçamento anual superior a R$ 400 milhões, o que lhe possibilita apoiar a
pesquisa e financiar a investigação, o intercâmbio e a divulgação da ciência e
tecnologia produzida no estado paulista.
Esse apoio dá-se por meio de bolsas e auxílios à pesquisa em todas as
áreas do conhecimento. As bolsas se destinam a estudantes de graduação e
pós-graduação, e os auxílios a pesquisadores com titulação mínima de doutor,
vinculados a instituições de ensino superior do estado de São Paulo.
Para acesso a esses programas de fomento à pesquisa, o interessado
pode se inscrever no próprio site (http://www.fapesp.org.br), por meio do
Sistema de Apoio e Gestão (SAGE).
A FAPEMIG, por sua vez, é a única agência de fomento ao
desenvolvimento científico e tecnológico de Minas Gerais. Fundação do
Governo Estadual, vinculada à Secretaria do Estado de Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior, tem por missão induzir e fomentar a pesquisa e a inovação
científica e tecnológica para o desenvolvimento do estado mineiro.
Há diversas modalidades de apoio à pesquisa, como bolsas de estudo,
desenvolvimento de projetos de pesquisa, eventos, congressos, programas da
CAPES, publicações etc. Para ter acesso, importante que o interessado fique
atento aos editais e, além disso, faça o seu cadastro no site da FAPEMIG
(http://www.fapemig.br).
Outros estados também apresentam fundações de amparo à pesquisa,
como o Rio de Janeiro (FAPERJ – http://www.faperj.br); Goiás (FAPEG –
http://www.fapeg.go.gov.br); Santa Catarina (FAPESC –
http://www.fapesc.rct-sc.br); Rio Grande do Sul (FAPERGS –
http://www.fapergs.rs.gov.br); e Mato Grosso (FAPEMAT –
http://www.fapemat.mt.gov.br).

9.3.6 Fundos setoriais de ciência e tecnologia

Criados a partir de 1999 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, os


Fundos Setoriais de Ciência e Tecnologia são instrumentos de financiamento
de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação. No país, há 16 fundos
que podem ser consultados no site da FINEP (http://www.finep.gov.br). São
fontes de recursos financeiros destinados ao desenvolvimento de estudos,
principalmente relacionados a inovações tecnológicas com vistas à definição
de uma política nacional de ciência e tecnologia no país por longo prazo.
Ademais, 30% dos recursos desses fundos são obrigatoriamente dirigidos às
Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, promovendo a desconcentração das
atividades de ciência e tecnologia, e consequentemente disseminando os seus
benefícios em todo o território brasileiro.

9.3.7 Outras formas de incentivo à pesquisa científica: prêmios,


processos de seleção de projetos e concursos de
monografias

Cabe ressaltar que a pesquisa pode ser desenvolvida também por meio
de prêmios dados por vários organismos estatais e não estatais, bem como a
realização de concursos ou seleção de projetos de pesquisa. Assim, o
acadêmico do Direito pode participar de eventos, como o prêmio Jovem
Cientista, concedido desde 1981 pelo CNPq, em parceria com a Fundação
Roberto Marinho, Grupo de Empresas Gerdau e Eletrobras
(http://www.premiojovemcientista.cnpq.br), ou o Prêmio Petrobras de
Tecnologia, concedido pela Petrobras, em parceria com o Ministério da
Ciência e Tecnologia, o CNPq e o Ministério de Minas e Energia,
denominada (http://www.petrobras.com.br). Tem por objetivo o
desenvolvimento de trabalhos científicos que contribuam para a evolução de
conhecimento nos atuais desafios da Petrobras.
Há também concursos de monografias e seleção de projetos de pesquisa
realizados por diversos órgãos públicos e privados. Há premiações ou mesmo
recursos financeiros para o desenvolvimento da pesquisa jurídica. Exemplo
de órgão público que realiza processos de seleção de projetos de pesquisa é o
Ministério da Justiça (http://www.mj.gov.br), que atualmente desenvolve o
Projeto Pensando o Direito. Mas também há outros que promovem concursos
de monografias, como exemplo o Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (http://www.cade.gov.br), que geralmente concede premiações a
trabalhos na área de direito concorrencial e regulatório.
Assim, como se observa, o pesquisador ou acadêmico do Direito pode se
valer, para o desenvolvimento de sua investigação científica, de recursos
financeiros de agências de fomento, ou mesmo participar de concursos ou
premiações. Basta ficar atento às oportunidades que essas instituições e
órgãos oferecem, sendo que hodiernamente, em razão do avanço tecnológico
da Internet, são processos desburocratizados, de fácil participação, muitas
vezes com o simples preenchimento de formulário eletrônico.

9.4 TRANSFORMAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO EM


ARTIGO

Após a apresentação do trabalho científico em banca examinadora, com


a sua aprovação, cabe ao autor adequar seu texto para publicação, seja como
artigo ou livro. Para tanto, deverá identificar previamente qual será a editora
ou revista que publicará seu trabalho e se adequar às suas exigências para
publicação, mediante prévia consulta a site ou até buscando contato com o
setor responsável.
Obtidas as regras, o autor deverá segui-las fielmente, lembrando que a
linguagem deverá ser mais acessível do que a empregada no trabalho
científico, visando que até o acadêmico que cursa o primeiro semestre possa
entender o trabalho, sem perder a qualidade exigida pela linguagem
científica. Trata-se de um trabalho difícil, devendo o autor buscar publicações
consagradas (em livros ou revistas) para obtenção de um parâmetro.
__________
1 Para saber quais são os programas de mestrado e doutorado credenciados no país,
basta acessar o site da CAPES (http://www.capes.gov.br).
10.1 A IMPORTÂNCIA DO SUMÁRIO PROVISÓRIO (PROJETO
DE PESQUISA)

O trabalho científico, em sua estruturação, precisa ter lógica e


continuidade entre suas seções (capítulos) e subseções, bem como
compreender as categorias teóricas do título proposto. Neste sentido, cabe
ressaltar a importância do projeto de pesquisa, bem como a delimitação do
tema.
Títulos muito amplos (p. ex.: “Da dispensa na licitação”) inviabilizam a
profundidade e extensão da investigação científica, tornando o texto muitas
vezes superficial, ou meramente descritivo, sem profundidade doutrinária,
jurisprudencial e legislativa.
A partir de um título bem delimitado e objetivo, o sumário será
desenvolvido naturalmente, compreendendo as categorias teóricas
determinadas no título. Exemplo: “O Princípio da vedação do retrocesso na
tutela jurídico-constitucional das Áreas de Preservação Permanente (APPs)”.
A partir desse título, podemos estruturar o seguinte sumário provisório: 1.
Introdução; 2. Da Tutela jurídica das Áreas de Preservação Permanente
(APPs); 3. Dos Princípios do Direito Ambiental (entre eles colocar em
subseção o da vedação do retrocesso); 4. O Princípio da Vedação do
Retrocesso e sua aplicação na proteção das APPs; 5. Conclusão; 6.
Referências.

10.2 TÉCNICA REDACIONAL

A boa redação é fundamental para o trabalho científico. Conhecer a


língua portuguesa, tanto em relação à gramática e à ortografia, quanto ao
vocabulário adequado à área jurídica em análise, é imprescindível para que o
pesquisador possa transmitir a informação (mensagem), em todos os seus
detalhes, ao leitor.
O texto deve ser claro e objetivo, sem rodeios. Hodiernamente, a
divulgação da pesquisa por meio do trabalho científico não mais se reveste de
vocabulário rebuscado, de difícil compreensão. Escrever bem não significa
escrever de modo difícil, com palavras já não mais utilizadas nos dias atuais,
ou mesmo com inversões de ordem direta das frases (sujeito, verbo e
complemento).
Os parágrafos não devem ser longos. Em regra, a primeira frase do
parágrafo deve ser o tema (ideia) principal (tópico frasal), a ser desenvolvido
nas linhas seguintes do parágrafo. Havendo outro tema (ideia), deve-se
começar outro parágrafo.
Uma dica mais pragmática e objetiva (quantitativa): o parágrafo deve ter
no máximo oito linhas (em regra, isso basta para desenvolver o conteúdo
apresentado no tópico frasal).
Em tempo, deve-se revisar o texto. A revisão deve ser realizada tanto
pelo autor como por terceiros (de preferência, com competência para leitura e
correção da língua portuguesa). A leitura por outra pessoa busca evitar que
erros que não conseguimos observar por “vício de autoria” passem
desapercebidos.

10.3 ÉTICA NA PESQUISA: O PROBLEMA DO PLÁGIO E DO


AUTOPLÁGIO

O plágio é um dos grandes problemas na produção científica atual, não


só no Brasil, mas em todo o mundo, em todas as áreas do conhecimento. No
direito, infelizmente o plágio é uma realidade, principalmente em virtude da
dinâmica do mercado editorial, bem como das exigências de órgãos públicos
de regulação de cursos de pós-graduação (lato e stricto sensu) e de
graduação, que determinam, na maioria das vezes, a qualidade das
Instituições avaliadas pela quantidade de publicações, sem necessariamente
observarem a qualidade do material produzido.
Portanto, o plágio traduz-se reprodução de texto ou conteúdo, no
trabalho, sem a devida referência bibliográfica. Ou seja, o autor do trabalho
acaba se apropriando daquela informação ou dado de autoria de outrem.
Vício que prejudica a integridade e autenticidade do trabalho científico, bem
como viola direitos autorais, constituindo crime nos termos do Código Penal
(“Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: Pena –
detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa”) e ilícito civil, gerando ao
autor cuja obra foi fraudulentamente reproduzida, requerer indenização
contra o plagiador conforme Lei de Direitos Autorais (Lei n. 9.610/98, arts.
102 a 110).
Por isso, é fundamental que o pesquisador, ao se valer de ideias,
informações ou dados de outrem, faça a devida referência em seu texto,
garantindo a integridade do trabalho, bem como a ética na pesquisa. Com
isso, evita-se problemas sérios, facilmente apurados por meio de programas
de computador especializados em constatar o plágio.
Outro fenômeno que vem se tornando rotineiro nos trabalhos científicos
é o autoplágio, que na realidade se trata da “reciclagem de texto”,
“expediente praticado por um autor de copiar trechos de seus artigos antigos
em novos manuscritos”. (FAPESP, 2014, p. 9).
A produção científica decorrente desse expediente, no entanto, acaba
gerando um texto sem inovação, com pouco valor agregado à busca do
conhecimento a respeito de um determinado fenômeno ou objeto sob análise.
Evidentemente que poucas sentenças utilizadas de outros trabalhos já
realizados pelo pesquisador não comprometem o valor científico do novo
texto. Isso “é diferente da repetição literal de vários parágrafos” (FAPESP,
2014, p. 9). Por isso, cada caso deve ser analisado e, se constatado o
problema, em regra, o editor ou a editora responsável deve considerar a
possibilidade de publicar uma correção ou mesmo de fazer uma retratação.
A ética na pesquisa, portanto, é diretriz fundamental de qualquer
produção do conhecimento científico, principalmente nos dias atuais, em que
há uma grande facilidade, por instrumentos tecnológicos, como a internet, de
obter informações e dados. Isso demanda, cada vez mais, integridade no
comportamento do aluno (pesquisador), para não deixar levar por essa prática
irregular (se não ilegal).

10.4 ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO

O tempo é uma das principais variáveis que influenciam no desempenho


do pesquisador e, consequentemente, no resultado da investigação científica.
Muitos trabalhos, principalmente na graduação, acabam não abordando de
forma aprofundada o tema que foi proposto em seu título. Por isso a
administração do tempo é fundamental.
Como desperdiçamos tempo no processo de investigação científica?
Algumas possíveis causas que podem responder a essa pergunta:

a) Não conseguimos priorizar as atividades, pois geralmente


acumulamos mais compromissos do que deveríamos. “Acreditamos
que tudo que nos chega seja extremamente importante”
(VOLPATO, 2011, p. 24). Nesse sentido, a administração do tempo
depende de prioridades em nossos compromissos. Não deixe de
dizer “não” àquilo que possa prejudicar o seu planejamento.
b) Realizar triagem do que irá ler. A leitura engrandece o
conhecimento, no entanto, devemos ser práticos e objetivos quando
se trata de pesquisa e elaboração do trabalho científico. Assim, ler
coisas equivocadas pode derrubar todo um planejamento e gerar
desperdício de tempo. O que, portanto, deve ser lido? Isso
dependerá de seu sumário provisório (projeto de pesquisa). Por
isso, não deixe de elaborá-lo.
c) Desorganização. “Quem é desorganizado perde tempo no meio da
bagunça, seja física, emocional ou de logística. Invista tempo para
se organizar, pois isso economiza tempo. Cinco minutos de
reflexão antes do início de cada dia podem lhe evitar perdas
significativas de tempo ao longo do dia” (VOLPATO, 2011, p. 24).
d) Identifique o material consultado. Os fichamentos do material
levantado, que nos dias atuais se dão por meio de arquivos e pastas
eletrônicas, devem ser nomeados de forma clara, numa sequência
lógica, podendo ser consultados a qualquer momento, de forma
rápida. Além dos computadores, há como armazenar essas
informações em “nuvens”, ou seja, em bancos de dados que se
encontram na internet, aos quais o pesquisador pode ter acesso por
meio de diversos aparelhos (celular, notebook, tablet etc.).

As informações armazenadas em pastas e arquivos, seja o material


bibliográfico levantado, ou mesmo o próprio trabalho científico, devem ser
protegidas. Assim, é fundamental a realização de backups rotineiros,
copiando essas informações e dados em mais de um dispositivo eletrônico,
como HD do computador, pendrive, CDs ou mesmo na “nuvem”, atualmente
mais recomendado (Ex.: Dropbox, Google Cloud; iCloud).
ALVES, M. B. M.; ARRUDA, S. M. Como fazer referências:
bibliográficas, eletrônicas e demais formas de documentos. Disponível em:
<http://bu.ufsc.br/framerfer.html>. Acesso em 23 maio 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-6023N:
informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
22p.
______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos:
apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos:
apresentação. Rio de Janeiro, 2005.
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo:
Prentice Hall, 2002.
DIEHL, A. A.; TATIM, D. C. Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas –
Métodos e Técnicas. São Paulo: Prendice Hall, 2004.
DUPAS, M. A. Pesquisando e normalizando: Noções básicas e
recomendações úteis para a elaboração de trabalhos científicos. São Carlos:
EDUFSCar, 2002. 73p. (Série Apontamentos).
FAPESP. Pesquisa, São Paulo, Fapesp, n. 223, set. 2014.
RICHARDSON, J. R. et al. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 1999.
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Saraiva,
1998.
VOLPATO, G. L. Método lógico para redação científica. Botucatu: Best
Writing, 2011.
ANEXO A – ORDEM DOS ELEMENTOS
ANEXO B – MODELO DE CAPA

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR


CURSO DA INSTITUIÇÃO

(corpo 16)

TÍTULO (E SUBTÍTULO, SE HOUVER)

(corpo 16)

NOME DO ALUNO

(corpo 16)
CIDADE – UF
ANO

(corpo 16)
ANEXO C – MODELO DE LOMBADA
ANEXO D – MODELO DE FOLHA DE ROSTO

NOME DO ALUNO
(corpo 14 ou 16)

TÍTULO DO TRABALHO (E SUBTÍTULO, SE HOUVER)


(corpo 14 ou 16)

Trabalho de Conclusão do Curso de Direito apresentado à Faculdade Barretos, sob a orientação


do Prof. (Nome do professor), para a obtenção do título de Bacharel em Direito.
(corpo 14).
CIDADE – UF
ANO
ANEXO E – MODELO DE FICHA CATALOGRÁFICA (verso da folha
de rosto)
ANEXO F – FICHA DE AVALIAÇÃO

NOME DO ALUNO
(corpo 14 ou 16)

TÍTULO DO TRABALHO (E SUBTÍTULO, SE HOUVER)


(corpo 14 ou 16)

Trabalho de Conclusão do Curso de Direito (ou do Programa de Pós-Graduação em Direito) apresentado à


Instituição de Ensino, para a obtenção do título de Bacharel em Direito.
(corpo 14)

Nota: _____
BANCA EXAMINADORA
__________________________________
Orientador: (Indicar o nome)

_________________________________
Indicado Externo: (Indicar o nome)

________________________________
Indicado da Faculdade: (nome do professor)

Cidade, UF, ____ de _______________ de ______


ANEXO G – MODELO DE DEDICATÓRIA AGRADECIMENTOS
EPÍGRAFE
(mesmo modelo para dedicatória; agradecimentos e epígrafe)

Dedico (ou Dedicatória)


Agradeço (ou Agradecimentos)

Escreva o texto a partir do centro para o lado direito e inferior da página, de forma justificada,
letra 12 e espaçamento 1,5.

Observação: Quanto à epígrafe, deve-se colocar apenas a citação e nome do autor, sem título
(“Epígrafe”), como no caso da dedicatória e dos agradecimentos.
ANEXO H – MODELO DE RESUMO

RESUMO

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxx
Expressões-Chave: Agências Reguladoras; Instrumentos Processuais; Controles sociais; Democracia
Participativa.
ANEXO I – ABREVIATURAS DOS MESES (UTILIZAÇÃO EM
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS)

Português Espanhol Italiano

Janeiro – jan. Enero – ene. Gennaio – gen.

Fevereiro – fev. Febrero – feb. Febraio – feb.

Março – mar. Marzo – mar. Marzo – mar.

Abril – abr. Abril – abr. Aprile – apr.

Maio – maio Mayo – mayo Maggio – mag.

Junho – jun. Junio – jun. Giugno – giug.

Julho – jul. Julio – jul. Giuglio – giugl.

Agosto – ago. Agosto – ago. Agosto – ago.

Setembro – set. Septiembre – set. Settembre – set.

Outubro – out. Octubre – oct. Ottobre – ott.

Novembro – nov. Noviembre – nov. Novembre – nov.

Dezembro – dez Diciembre – dic. Decembre – dec.

Dicembre – dic.

Francês Inglês Alemão

Janvier – jan. January – Jan. Januar – Jan.

Février – fév. February – Feb. Februar – Feb.


Mars – mars March – Mar. Marz – Marz

Avril – avr. April – Apr. April – Apr.

Mai – mai May – May Mai – Mai

Juin – juin June – June Juni – Juni

Juillet – juil July – July Juli – Juli

Août – août August – Aug. August – Aug.

Septembre – sept September – Sept. September – Sept.

Octobre – oct October – Oct. Oktober – Okt

Novembre – nov. November – Nov. November – Nov.

Decembre – dec. December – Dec. Dezember – Dez.

Fonte: NBR 6023/2002.


Código Florestal Comentado e Anotado -
Artigo por Artigo
Lehfeld, Lucas de Souza
9788530962203
432 páginas

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No intuito de facilitar a compreensão do novo Código


Florestal, os autores, com competência técnica,
ousadia e didática, sistematizaram a obra da seguinte
forma: Comentário artigo por artigo, com a indicação
da doutrina mais atualizada a respeito do conteúdo
normativo analisado; Fundamentação constitucional
de cada Capítulo do Código; Legislação correlata aos
temas trazidos pelo Código e pela Jurisprudência.
Com uma proposta estruturada, os pesquisadores
Lucas de Souza Lehfeld, Nathan Castelo Branco de
Carvalho e Leonardo Isper Nassif Balbim
conseguiram o que parecia impossível: oferecer um
rico texto interpretativo da recentíssima Lei Federal
n.º 12.651/2012, o Código Florestal. Todos os artigos
da Lei são comentados, sempre partindo de uma
perspectiva histórica da legislação, com indicação de
farta doutrina e, na medida do possível,
jurisprudência. O leitor pode ter acesso, ainda, aos
textos vetados e às razões dos vetos. Um cuidado
especial foi tomado na indicação da legislação
complementar, de molde a permitir ao leitor ampliar
seus horizontes após a leitura dos comentários. Tudo
isso transforma o livro em uma fonte de pesquisa
atualíssima. Trata-se de obra didática, sem que o
conteúdo acadêmico fique prejudicado. Pelo
contrário, encontramos no texto um aprofundamento
sistemático dos principais temas abordados pelo
Código Florestal: as Áreas de Preservação
Permanente – APPs, a Reserva Legal e as áreas
remanescentes de florestas. Os autores se
preocuparam, ainda, em apresentar fundamento
constitucional dos principais dispositivos, perfilando-
se na linha daqueles que entendem que existe um
Direito Ambiental Constitucional. Marcelo Gomes
Sodré Compre agora e leia
Monografia Jurídica - Passo a Passo -
Projeto, pesquisa, redação e formatação
Queiroz, Rafael Mafei Rabelo
9788530962975
184 páginas

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Este livro é um guia para questões práticas e teóricas


que surgem no momento da elaboração de uma
monografia jurídica, na conclusão formal de programa
educacional de graduação ou pós-graduação,
visando a algum título universitário específico, seja de
bacharel, especialista, mestre ou doutor. O trabalho
de pesquisa é, em grande parte, individual. Ninguém
pode ler, estudar, pensar, interpretar ou escrever pelo
autor da monografia: ele deverá fazê-lo por conta
própria. É nesse contexto que se encontra a
praticidade desta obra, ao indicar caminhos e
técnicas que evitam ou ajudam a superar obstáculos
frequentemente encontrados por pesquisadores e
estudantes em geral.

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Direito Empresarial - Volume Único
Cruz, André Santa
9788530985516
976 páginas

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A obra traz a melhor doutrina sobre Direito


Empresarial, apresentando os posicionamentos
divergentes a respeito dos temas mais polêmicos e a
solução dada pelos Tribunais, a partir de uma rica
seleção dos julgados mais recentes do Superior
Tribunal de Justiça.Para fixação da matéria, há
quadros esquemáticos com o resumo dos assuntos
mais importantes.A legislação também recebeu
atenção especial. O autor transcreve os dispositivos
legais pertinentes e com isso, a um só tempo,
demonstra a importância do conhecimento da
estrutura normativa da matéria, bem como facilita
esse estudo, tornando desnecessária a leitura
complementar da legislação.Nessa linha, faz
referência constante ao posicionamento da
jurisprudência pátria sobre os mais variados temas,
dando prioridade aos entendimentos do Superior
Tribunal de Justiça. Nesse ponto, o autor não se
limitou a indicar os principais julgados, fazendo
questão de transcrever, quase sempre, os acórdãos,
para que o leitor conheça com detalhes os
argumentos utilizados para a solução de cada
assunto polêmico.Ademais, o autor tem se mostrado,
a cada edição, atento à evolução do Direito
Empresarial, procurando inserir na obra assuntos
atuais e relevantes. Nesta edição, por exemplo, há
um capítulo específico que trata do comércio
eletrônico, da economia do compartilhamento e das
criptomoedas.Trata-se, enfim, de obra completa e
indispensável para quem deseja compreender o
Direito Empresarial, estudantes e profissionais, bem
como para aqueles que se preparam para concursos
públicos.Acompanhe as nossas publicações,
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Direito penal estruturado
Greco, Rogério
9788530985868
896 páginas

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Esta obra, que abrange tanto a parte geral quanto a


parte especial do Código Penal, surgiu da
necessidade de trazer textos mais compactos aos
estudantes e profissionais do Direito, já familiarizados
com o tema, mas que precisam, muitas vezes, de
informações rápidas, seja para memorização, seja
para compreensão de assuntos já estudados nos
manuais sobre a matéria.Direito Penal estruturado é
composto por esquemas gráficos, chaves, conceitos
resumidos, enfim, todos os recursos necessários para
um célere e imediato entendimento dos pontos
estudados, possibilitando ao leitor rememorar
conceitos de forma ágil e prática.O livro tem por
finalidade auxiliar aqueles que lecionam Direito Penal,
a parte geral ou a parte especial, haja vista que os
roteiros apresentados servem de norte perfeito para
que as aulas tenham um curso de evolução natural,
permitindo aos alunos uma visão sequencial dos
tópicos correspondentes a cada tema
apresentado.Trata-se, portanto, de obra inovadora,
que servirá, a partir de agora, como referência tanto
para aqueles que ainda se encontram em formação
universitária, como para os estudantes de Direito que
pretendem fazer concursos públicos e, ainda, para os
profissionais que lidam, no dia a dia, com a área
penal.

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Curso de Direito Administrativo
Oliveira, Rafael Carvalho Rezende
9788530984687
1040 páginas

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A obra é resultado da experiência do autor como


professor nos cursos de graduação, pós-graduação e
preparatórios para concursos públicos, além da sua
atuação profissional como procurador do Município
do Rio de Janeiro, advogado liberal e consultor
jurídico,o que permite estabelecer o diálogo entre a
teoria e a prática do Direito Administrativo. Trata-se
de um Curso de Direito Administrativo completo, atual
e didático, com a demonstraçãodas bases teóricas,
doutrinárias e jurisprudenciais necessárias à
compreensãocrítica desse ramo do Direito. Traz,
ainda, as mais significativas posições doutrinárias e o
entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores,
sempre acompanhados da opinião fundamentada do
autor. Destaca-se a jurisprudência atualizada do STF,
do STJ e do TCU, com menção aos respectivos
Informativos. A combinação da experiência prática
com a base teórica permitiu a elaboração de uma
obra que servirá como ferramenta de consulta e
estudo aos operadores do Direito e aosestudantes
em geral. Visando auxiliar no entendimento de alguns
tópicos, este livro traz resumos em quadros sinóticos
ao final dos capítulos e vídeos sobre os temas
selecionados. Os temas são abordados de maneira
didática e objetiva. Acompanhe as nossas
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