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ABORDAGEM TÉCNICA A
TENTATIVAS DE SUICÍDIO
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Elaboração
Cel PM Carlos Alberto de Camargo Junior - SP
Maj PM Diógenes Martins Munhoz - SP
Cap BM Richelmy Murta Pinto - MG
Revisão
Ten Cel BM Erik Francisco Silva de Oliveira - PB
Ten Cel BM Cezar Alberto Tavares da Silva - PA
Ten Cel BM Christiano Wanderley Couceiro Costa – RN
Maj BM Luiz Gustavo da Silva Lock - RS
Maj BM Victor Gonzaga de Mendonça - DF
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MENSAGEM DA LIGABOM
Recomenda-se a sua revisão e atualização a cada dois anos, ou menor período, caso
o próprio Comitê Nacional de Abordagem Técnica a Tentativas de Suicídio
(CONATTS) ache necessário.
Ramon Dieggo Pimentel Valle Baylão Diniz e Valdir Ferreira de Oliveira Junior- BA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8
HISTÓRICO DA ABORDAGEM TÉCNICA A TENTATIVAS DE SUICÍDIO.....10
1. GLOSSÁRIO ............................................................................................. 11
1.1 ABORDADOR ......................................................................................... 11
1.2 ABORDADOR AUXILIAR ........................................................................... 11
1.3 ABORDAGEM DE DISSUASÃO .................................................................. 11
1.4 ABORDAGEM TÁTICA ............................................................................. 11
1.5 ANÁLISE DE SITUAÇÃO ........................................................................... 12
1.6 AVALIAÇÃO INICIAL ................................................................................ 12
1.7 AVALIAÇÃO DE RISCOS .......................................................................... 12
1.8 COMANDANTE DA EMERGÊNCIA .............................................................. 12
1.9 COMPORTAMENTO SUICIDA .................................................................... 12
1.9.1 Ideação suicida ................................................................................ 13
1.9.2 Ato suicida ....................................................................................... 13
1.9.3 Tentativa de suicídio ........................................................................ 13
1.9.4 Tentativa abortada ........................................................................... 13
1.9.4.1 Tentativa interrompida ............................................................... 13
1.9.4.2 Suicídio...................................................................................... 13
1.10 CONTROLE DE PERÍMETRO ..................................................................... 14
1.10.1.1 Zona quente .............................................................................. 14
1.10.1.2 Zona morna ............................................................................... 14
1.10.1.3 Zona fria .................................................................................... 14
1.10.1.4 Zona de segurança ................................................................... 14
1.11 ESPAÇO DE COMUNICAÇÃO .................................................................... 15
1.12 EQUIPE DE ABORDAGEM TÁTICA ............................................................. 15
1.13 FATORES DE RISCO ................................................................................ 15
1.13.1.1 Predisponentes ......................................................................... 15
1.13.1.2 Precipitantes.............................................................................. 15
1.14 FATORES DE PROTEÇÃO ......................................................................... 15
1.15 LINGUAGEM CORPORAL ......................................................................... 16
1.16 MÉTODO DE SUICÍDIO ............................................................................. 16
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INTRODUÇÃO
Entre 2011 e 2016, de acordo com o MS, (BRASIL, 2018), houve no país um aumento
de 27,4% na taxa de incidência de suicídio, sendo que homens morreram mais por
suicídio (79%), comparados às mulheres (21%), numa taxa de mortalidade de 3,6
vezes maior que das mulheres. Por outro lado, ainda conforme a mesma fonte, nas
amostras de indivíduos que tentaram suicídio, os números invertem-se, sendo as
mulheres que mais tentam o suicídio (69%), comparadas aos homens (31%).
envolvendo tentativas de suicídio, nas quais o bombeiro atua como último recurso
para a dissuasão do tentante. A abordagem técnica, seja de dissuasão ou tática, por
sua vez, exige técnica, preparo e muito treinamento para fazer frente aos diversos
riscos inerentes a esse tipo de atendimento.
A abordagem exige toda uma análise que deve ser criteriosamente realizada para a
garantia do maior nível de segurança, tanto para os atendentes, quanto para o
tentante e as demais pessoas presentes nos locais de atendimento. Assim, as
abordagens realizadas pelas equipes de salvamento devem cumprir os preceitos
técnicos estabelecidos para que se aproveitem todas as chances de sucesso para a
dissuasão ou convencimento, ou a contenção do tentante (abordagem tática). Esses
preceitos figuram na presente nota técnica nacional.
Guias de atendimento.
Os estudos iniciais para a criação de uma técnica inédita iniciaram-se por volta de
2005 e contaram com a participação de inúmeros profissionais: Bombeiros,
Psicólogos, Psiquiatras, Enfermeiros, Socorristas, entre outros e tal estudo durou até
o ano de 2015, quando da apresentação da Dissertação supra citada. Rapidamente
aceita e adotada por alguns Corpos de Bombeiros Militares do país, a técnica passou
a ser alvo de algumas publicações acadêmicas e iniciou o processo da escrita de
alguns Protocolos e Compêndios nesses Estados.
Ainda em data atual estudos são mantidos e incentivados por todo Brasil, pois a
Abordagem Técnica é um organismo vivo que deve sempre adaptar-se ao tempo e à
realidade de cada região e corporação, todavia sem nunca perder seu olhar
humanizado e acolhedor para tentantes que sofrem diariamente em pontes,
sacadas, torres, etc.
SIGAMOS!!!
1. GLOSSÁRIO
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1.1 Abordador
Todo ato pelo qual um indivíduo causa lesão a si mesmo, independentemente do grau
de intenção letal e do verdadeiro motivo desse ato. Uma definição tão abrangente
possibilita conceber o comportamento suicida ao longo de um continuum1, a partir de
pensamentos de autodestruição, por meio de ameaças, gestos, tentativas de suicídio
e, por fim, suicídio (BOTEGA, 2015, p. 24).
1
Continuum representa uma série de acontecimentos sequenciais e ininterruptos, fazendo com que haja uma
continuidade entre o ponto inicial e o final.
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1.9.4.2 Suicídio
Morte autoprovocada com evidências (explícitas ou implícitas) de que a pessoa
pretendia morrer (QUEVEDO e CARVALHO, 2014, p. 166).
2
Ex: “Quando eu deixar de viver, não sofrerei mais por isso.”
3
Ex: “Me vejo ingerindo uma quantidade considerável de determinado medicamento.”
4
Ex: “Ninguém sentirá minha falta se eu morrer agora.”
5
Ex: “Escuto vozes me ordenando pular daqui agora!”
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Percepção, conhecimento.
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É uma área restrita, situada imediatamente ao redor do incidente, que se prolonga até
o ponto em que os riscos e seus efeitos nocivos não possam mais afetar as pessoas
posicionadas fora dela. Dentro dessa área ocorrerão as ações de controle, sendo
permitida apenas a presença de pessoal técnico qualificado, devidamente trajados
com equipamentos de proteção individual (EPI) necessários à segurança.
É uma área demarcada após a zona morna, destinada para outras funções de apoio.
É o local onde estará o Posto de Comando, a Área de Espera, e toda a logística do
atendimento.
1.13.1.1 Predisponentes
1.13.1.2 Precipitantes
Fatores que funcionam como gatilhos para a tentativa atual (luto ou perda traumática,
separação conjugal, desemprego, conflito amoroso, derrocada financeira, etc.)
(PINTO, 2020, p. 45).
1.22 Risco
1.23 Tentante
1.25 Vínculo
Assim sendo, conforme Munhoz (2018), temos comportamentos gerais desejáveis por
parte do abordador. Durante o atendimento, a equipe e principalmente o abordador
devem:
e) ouvir atentamente;
Por outro lado, há comportamentos improdutivos que devem ser evitados a todo custo
como, conforme (MUNHOZ, 2018):
k) dar cigarros, celulares, refeições ou algo do tipo, dentre outros. (MUNHOZ, 2018).
A equipe de abordagem tática deve ser composta por militares do Corpo de Bombeiros
Militar, com qualificações técnicas específicas e EPI adequados para atuar frente aos
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Para o acionamento de uma abordagem tática alguns quesitos devem ser levados em
consideração:
a) Isolamento do local;
Cabe ressaltar que só após serem adotadas as ações supradescritas é que deve ser
iniciada a Abordagem de Dissuasão de acordo com a doutrina específica da
Abordagem Técnica a Tentativas de Suicídio.
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Notas:
4 GUIAS DE ATENDIMENTO
A - Objetivos propostos:
A - Objetivos propostos:
A - Objetivos propostos:
A - Objetivos propostos:
A - Objetivos propostos:
A - Objetivos propostos:
A - Objetivos propostos:
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Após a desistência, por parte do tentante, e após sua condução à viatura que irá
transportá-lo, o abordador que realizou a abordagem poderá (preferencialmente) ir
com esse até sua entrega à equipe hospitalar especializada.
REFERÊNCIAS
BOTEGA, Neury José. Crise Suicida: Avaliação e manejo. 1ª. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2015. 302 p. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República
Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
HOMOLOGO: