Esta tese explora como a geopoética pode contribuir para novos modos de pensar e habitar o mundo de forma sensível e poética através da educação. A autora argumenta que a geopoética permite acessar os significados e simbolismos inerentes aos lugares e reconhecê-los como base do conhecimento, indo além de interpretações objetivas. A pesquisa qualitativa busca entender como a geopoética pode constituir um fazer geográfico atravessado por um senso estético e pedagógico dos
Esta tese explora como a geopoética pode contribuir para novos modos de pensar e habitar o mundo de forma sensível e poética através da educação. A autora argumenta que a geopoética permite acessar os significados e simbolismos inerentes aos lugares e reconhecê-los como base do conhecimento, indo além de interpretações objetivas. A pesquisa qualitativa busca entender como a geopoética pode constituir um fazer geográfico atravessado por um senso estético e pedagógico dos
Esta tese explora como a geopoética pode contribuir para novos modos de pensar e habitar o mundo de forma sensível e poética através da educação. A autora argumenta que a geopoética permite acessar os significados e simbolismos inerentes aos lugares e reconhecê-los como base do conhecimento, indo além de interpretações objetivas. A pesquisa qualitativa busca entender como a geopoética pode constituir um fazer geográfico atravessado por um senso estético e pedagógico dos
modos sensíveis de habitar. 2022. 142 fls. Tese (Doutorado em Geografia) – Departamento de Geociências, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2022.
Imersos em uma experiência primitiva e telúrica da terra, experimentamos sua
intimidade material, um enraizamento, uma espécie de fundação da realidade geográfica, reafirmando que o espaço geográfico não é somente superfície, implica profundidade (DARDEL, 2011) dada não somente pela percepção cognitiva, mas encontrada em experiências sensíveis corporificadas. A presente tese busca inquietar o legado colonial da objetividade, que fomenta a visão dicotômica sujeito-objeto, oferecendo a possibilidade de (re)pensar um habitar poético da terra, por meio de um fazer geográfico perpassado pela geopoética. O fio condutor desta tese está no entendimento de que a geopoética imprime em si uma educação estética de mundo, uma educação dos sentidos e da percepção sensorial, capaz de reinventar e fazer emergir novos modos de pensar e habitar os ambientes. Enquanto ferramenta para compreender e expressar nossa relação com o mundo, a geopoética permite acessar os simbolismos e significações inerentes à paisagem e reconhecê-las enquanto base fundante do conhecimento, reafirmando que nossa relação terrestre não pode ser inteiramente compreendida por leis invariáveis e universalmente válidas. A problemática da pesquisa busca elucidar: quais as possíveis contribuições da geopoética na constituição de um fazer geográfico atravessado por um senso estético, poético e pedagógico de mundo? Neste exercício, comungando do desejo de encontrar formas genuínas de se conectar a terra, vislumbro pela geopoética, na linha formalizada por Kenneth White e relida em uma aproximação com a Geografia, em especial com a geograficidade dardeliana, caminhos para promover um fazer geográfico que resgate nossa inteligência nativa com a Terra, um habitar com intencionalidade original. Esta pesquisa qualitativa de natureza exploratória, em uma perspectiva da Geografia Humanista, envolveu pesquisas bibliográficas e de campo de forma amalgamada. Como resultados, essa tese apresenta um esforço narrativo de fundar mundos para além de interpretações sentimentais, com atravessamentos entre relações particulares com os lugares e experiências coletivas que revelam o “espírito do lugar”, no campo de uma ética que reconhece um solo comum (Terra) e modos inteligentes de habitá-lo. Com a geopoética convidamos a uma imersão ao nomadismo intelectual, um encontro físico com os lugares e um novo modo de caminhar no/pelo mundo.
Palavras-chave: educação dos sentidos; experiências urbanas; habitar;