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AO JUÍZO DA 20ª VSJE DO CONSUMIDOR – COMARCA SALVADOR - BA.

Processo número: 0142708-55.2023.8.05.0001

Processo anterior (idêntico – já julgado): 0176507-26.2022.8.05.0001

CETRO VIAÇÃO TRANSPORTE LTDA., pessoa jurídica de direito privado,inscrita


no CNPJ 03.314.223/0001-11, com sede social na à Rua Doutor Altino Teixeira, nº
1145, Térreo, Porto Seco de Pirajá – Salvador – Bahia – CEP 41.233-010, vem, devida-
mente representada por seus advogados, nos autos da ação, número em epígra-
fe,respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar, CONTESTAÇÃO, em
face do processo epigrafado, que lhe move o sr. DANILO PIRES COSTA, pelas razões de
fato e direito a seguir aduzidas:

- PRELIMINARES -

- DA COISA JULGADA -

Douto Magistrado, o autor já ingressou com a mesma ação no processo


número: 0176507-26.2022.8.05.0001, inclusive, por conta deste fato o
processo foi REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO , da 14ª VSJE Consumidor para esse
MM Juízo, conforme se verifica no evento 12 -, todavia, espantosamente,
mesmo sendo notório que após o trânsito em julgado do reconhecimento da
ilegitimidade passiva não se pode rediscutir em ulterior processo envolvendo
as mesma partes, pedido e causa de pedir. Absurdamente o autor através da
mesma advogada ingressou com a mesma ação que outrora foi extinta com
trânsito em Julgado, fazendo coisa julgada formal .

Absurdamente, a mesma ação foi ajuizada, data máxima venia, ou é falta


de conhecimento, ato de litigância de má-fé, ou qualquer outro motivo, mas o
certo é que, patrono do autor, ajuizou a mesma ação , distribuição por sorteio,

Assinado eletronicamente por: ALEXANDRE SANTA ROSA OLIVEIRA;


Código de validação do documento: 94a17338 a ser validado no sítio do PROJUDI - TJBA.
mesmo sabendo que o processo já tinha sito apreciado pela 20ª VSJE, no
mínimo teria de ser por dependência, em uma clara tentativa de for çar o
julgamento da ação que já tinha sido julgada e tr ansitada em julgado por
outro Magistrado, o que é um absur do, porém o intento não logrou ê xito, visto
que o Juiz da 14ª se julgou incompetente, enviando o processo para o MM
Juízo prevento, ou seja, 20ª VSJE gerando novos custos, seja para essa
indevida empresa, seja para o Judiciário, assim, requer a condenação do autor
em litigância de má-fé, bem como a ato atentatório da dignidade da justiça.

Com efeito a presente ação deve ser extinta, visto que não pode se redis-
cutir processo transitado em Julgado onde foi reconhecida a ilegitimidade
passiva. Vejamos entendimento pacífico:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. RITO
SUMARÍSSIMO. ART. 896, § 6º, DA CLT. ILEGITIMIDADE
PASSIVA. COISA JULGADA FORMAL. ART. 5º, INCISO XXXVI,
DA CF. O TRÂNSITO EM JULGADO DO RECONHECIMENTO DA ILEGI-
TIMIDADE PASSIVA NÃO PODE SER REDISCUTIDO EM ULTERIOR PRO-
CESSO ENVOLVENDO AS MESMAS PARTES, PEDIDO E CAUSA DE PEDIR,
UMA VEZ QUE O SUJEITO PASSIVO SERIA NOVAMENTE ILEGÍTIMO NES-
SA NOVA DEMANDA, NÃO HAVENDO FALAR EM VIOLAÇÃO DO ART. 5º,
INCISO XXXVI, da CF. Agravo de Instrumento não provido.

(TST - AIRR: 314403520045220002, Relator: Roberto Pes-


soa, Data de Julgamento: 05/05/2010, 2ª Turma, Data de
Publicação: 28/05/2010) – grifou-se

Ainda,

PROCESSO CIVIL. SENTENÇA DE EXTINÇÃO. ILEGITI-


MIDADE PASSIVA. REPETIÇÃO DA AÇÃO CONTRA O
MESMO RÉU. COISA JULGADA MATERIAL. Faz coisa julgada
material a sentença que julga extinta a ação reconhecendo a ilegi-
timidade passiva, sendo impossível o novo ajuizamento de ação
idêntica contra o mesmo réu. Sentença mantida por seus próprios
fundamentos. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº
71004321303, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais,
Relator: Pedro Luiz Pozza, Julgado em 06/08/2013)

(TJ-RS - Recurso Cível: 71004321303 RS, Relator: Pedro Luiz


Pozza, Data de Julgamento: 06/08/2013, Primeira Turma Recur-
sal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
08/08/2013)

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Ademais, verifica-se que o trânsito em julgado do reconhecimento da ilegitimida-
de passiva não pode ser rediscutido em ulterior processo envolvendo as mesmas
partes, mesmos pedidos e causa de pedir, uma vez que o sujeito passivo seria novamen-
te ilegítimo. Caso contrário, seria inócua a coisa julgada formal se um magistrado
pudesse declarar a parte ilegítima, e outro, em idêntica demanda ajuizada após o
trânsito em julgado da primeira, declará-la legítima em relação aos mesmos sujeitos,
pedido e causa de pedir. Deste modo, o presente processo é um “natimorto”, nasceu
morto, devendo ser extinto, e aplicado as multas pertinentes.

Augusto Magistrado, pela máxima prudência, e princípio da eventualida-


de, e concentração da defesa, passará a tratar as outras preliminares e mérito
daqui para frente, mas como dito apenas por prudência, visto que tem
convicção que o processo não ultrapassará a supracitada preliminar, pois esse
é o direito.

-DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA-

Egrégio Julgador, a ora demandada é TOTALMENTE ILEGÍTIMA PARA FIGURAR NO POLO


PASSIVA DESSA DEMANDA, frise-se, NÃO POSSUI AUTORIZAÇÃO DA ANTT, NÃO POSSUI LINHA

REGULAR, MUITO MENOS BALCÕES EM RODOVIÁRIA, E AINDA, NÃO POSSUI ÔNIBUS FAZENDO

TRANSPORTES INTERESTADUAIS , todavia é uma empresa que faz turismo,e NÃO tem
linha regular, muito menos saindo de alguma rodoviária. A parte autora se equivo-
cou, COLOCANDO A EMPRESA ERRADA, indevidamente nessa demanda.

Ademais, na inicial, a parte autora indica que seu alegado dano, foi em face de
suposto atraso, devolução de valores, e afins, assim,IMPERIOSO REITERAR QUE ESSA

EMPRESA NÃO POSSUI LINHA REGULAR PARA NENHUMA PARTE DO BRASIL, MUITO MENOS PARA O
LOCAL NARRADO PELA PARTE AUTORA. FRISE-SE ESSA EMPRESA FOI INSERIDA INDEVIDAMENTE NO

POLO PASSIVO, CETRO VIAÇÃO, ORA EMPRESA INSERIDA INDEVIDAMENTE, NÃO POSSUIR ÔNIBUS EM

LINHA FIXA SAINDO DE RODOVIÁRIAS, MUITO MENOS LINHA DE TRANSPORTES DE PASSAGEIROS,

NÃO DESEMPENHA NENHUMA ATIVIDADE DELINEADA NA PRESENTE AÇÃO, por questão simples,
NÃOpossui autorização da ANTT, sendo totalmente estranhas aos fatos narrados na

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peça exordial, apenas sendo uma empresa de turismo que faz algumas viagens de
excursão, e não linha regular.
Douto Magistrado, o equívoco é claramente percebido com uma simples, e rápida
análise no bilhete juntado pelo próprio passageiro (1.5 voucher passagem) que a
empresa que realizou a viagem é outra, existe até uma pequena semelhança nos nomes,
mas não ao ponto de justificar o erro na qualificação da presente ação, sem olvidar que
os CNPJ`s são totalmente diferentes. Vejamos:

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Destaque-se, o nome da empresa que consta no bilhete da passageira, juntado pelo
próprio autor é VIAÇÃO CETRO MOVER - CNPJ 00389.075.0006-10, aINDEVIDA RÉ, é
CETRO VIAÇÃO TRANSPORTE LTDA - CNPJ 03.314.223/0001-11 -, essa, ora ré,
NÃOpossuindo nenhuma relação com a empresa que fez a viagem e vendeu o
bilhete. Repise-se, essa demandada, não relizou nenhuma viagem, o autor dessa
ação NUNCA foi cliente, consumidor de nenhum serviço da empresa, ora ré, haja
vista a empresa em tela não possuir linha de ônibus regular saindo de nenhuma
rodoviária, não vende passagens de ônibus interestaduais, não possui autorização
ANTT, nada tendo a ver com transporte regular de passageiros ou venda de
passagens, repise-se,NÃO POSSUI AUTORIZAÇÃO DA ANTT.

Douto Magistrado, vejamos um printdo vídeo feito pelo próprio autor juntado nos
autos, no evento 8– 8.7 e 8.10, fica claro o erro, e a ilegitimidade passiva dessa
empresa, ora (indevida) ré.Vejamos:

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Com efeito essa empresa NÃO SE CHAMA, Viação Cetro Mover, e sim CENTRO
VIAÇÃO TRANSPORTES, o que ocorre é uma grande confusão em face das empresas,
pois o bilhete, o vídeo, e as fotos feitas pelo autor deixa claro a grande confusão,

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trocando as empresas, a razão social da verdadeira empresa de transportes interesta-
dual, como base nas próprias provas juntadas, é Viação Cetro Mover, e por intermédio
do nome se consegue facialmente chegar no CNPJ que prova o equívoco.

Imperioso destacar que facilmente se consegue o cartão no CNPJ da empresa, vis-


to que tal informação rapidamente pode ser extraída do sítio da Receita Federal, aqui
está cristalino o equívoco da parte autoral. vejamos:

Ainda, de acordo com a legislação em torno da responsabilidade civil e ensina-


mentos doutrinários, e jurisprudenciais, não seria justo essa empresa Cetro Viação
Transportes Ltda., responder pelo suposto dano causado ao autor, tendo em vista que
o real causador do suposto dano não foi essa demandada. ADEMAIS, O REQUERENTE NÃO
JUNTA NENHUM DOCUMENTO, FOTO, OU “QUALQUER COISA” QUE VINCULE A ORA DEMANDADA À

PRESENTE AÇÃO, PELO CONTRÁRIO AS PROVAS JUNTADAS PELO AUTOR JÁ DEIXA CLARO QUE SE

TRATA DE OUTRA EMPRESA. ASSIM É EVIDENTE A ILEGITIMIDADE ATIVA DA REQUERIDA.

Vale salientar, o nome Cetro é muito comum, existindo outras empresas com o
mesmo nome, inclusive na área de Transportes, O FATO DA EMPRESA EM TELA COMPARECER

INDEVIDAMENTE EM SEDE DE AUDIÊNCIA , POR ERRO E FALTA DE DILIGÊNCIA DA DEMANDANTE E SUA

PATRONO, POIS AO QUE PARECE , QUANDO FORAM AJUIZAR A AÇÃO SIMPLESMENTE INSERIRAM O

PRIMEIRO NOME QUE APARECE NO SISTEMA, GERANDO CUSTOS ALTOS PARA A ESSA DEMANDADA

INDEVIDAMENTE .O bilhete,as imagens, demonstrama real empresa que realizou a viagem.

Assim, a empresa que supostamente causou alegado, e não provado dano ao au-
torNÃO SE TRATA DA CETRO VIAÇÃO TRANSPORTES LTDA., em uma rápida

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consulta ao site da Receita Federal se pode observar claramente que existem outras
tantas empresas com esse mesmo nome, inclusive empresas que tem atividade efetiva
descrita na inicial.

Reitera-se com veemência, a empresa em tela, não possui linhas, não possui se-
quer ônibus de transportes de passageiro em viagem interestadual, não emite
passagens, e nem faz linha regular saindo de nenhuma rodoviária, muito menos possui
autorização da ANTT para desempenhar essas atividades, balcão. O AUTOR DEVERIA
TER O CUIDADO DE AJUIZAR A AÇÃO EM FASE DA REAL EMPRESA QUE CAUSOU OS
SUPOSTOS DANOS, E NÃO INSERIR A PRIMEIRA EMPRESA QUE APARECEU EM SUA
PESQUISA.

Ainda, consultado o site da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT –


verifica-se de pronto a existência da empresa que ao que tudo indica seria a empresa
narrada na inicial – pois em simples pesquisa no site supracitado foi encontrada
outra empresa com o nome parecido, Cetro, que de fato exerce a atividade
descrita em sede de inicial, é só consultar o CNPJ, e pesquisa.

Vejamos a própria imagem juntada pela autora, onde fica claro o erro apontado
nessa preliminar, percebe-se de forma clara que se trata de outra empresa:

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Repita-se, a CETRO VIAÇÃO TRANSPORTE LTDA, não é a VIAÇÃO CETRO MO-
VER, pelo bilhete, imagens, vídeos, o próprio layout no balcão fica claro o Razão
Social diferente daCETRO VIAÇÃO, ademais, em consulta, percebe-se que o CNPJ da
verdadeira empresa que consta na passagem é 00.389.075/0001-06, todavia o CNPJ
dessa empresa (erroneamente inserida no polo passivo) dessa ação é
03.314.223/0001-11 – assim resta claraa ilegitimidade passiva dessa empresa, ora
ré, não podendo responder por supostos danos que não deu causa.

Ademais,é de conhecimento comum que, para a realização do transporte re-


gular de pessoas, não basta apenas a descrição em Contrato Social, É NECESSÁRIAau-
torização da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, desta forma, em que
pese o Contrato Social desta Recorrente constar em suas atividades o transporte de
passageiros, está NÃO possui autorização para realizar tal serviço, não possui
sequer linha regular saindo de alguma rodoviária, muito vendeu ou transportou a
autora.

Preclaro Magistrado, não foi difícil para essa demandada acessar arede mundial de
computadores e visitar alguns sites para obter os dados da empresa que realmente
possui linha regular, ainda mais pelo próprio bilhete juntado pelo autor, vídeos e fotos,
terem o real nome da empresa. Vejamos o Cartão CNPJ atualizado:

JS TURISMO LTDA./VIAÇÃO CETRO MOVER – abaixo cartão CNPJ:

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Com efeito, essa empresa é a CETRO VIAÇÃO TRANSPORTE LTDA., (ILEGÍTIMA
PARA FIGURAR NESSA AÇÃO) o nome até possui uma pequena semelhança, mas não se
pode responsabilizar uma empresa porque o nome parece, NAS PRÓPRIAS “PROVAS”,
VÍDEOS, FOTOS, BALCÃO DE ATENDIMENTO, E PASSAGEM TEM O NOME CORRETO.

DESTE MODO,ESSA EMPRESA É TOTALMENTE ESTRANHA A PRESENTE RELAÇÃO


PROCESSUAL, ILEGÍTIMA PARA FIGURAR NO POLO PASSIVO DA PRESENTE DEMANDA,
ASSIM DEVE SER ACOLHIDA A PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA.

- DA IMPUGNAÇÃO DO VALOR DA CAUSA -

Preclaro Julgador, considerando os supostos fatos deduzidos em sede de


exordial, é utópico, data veniao valor atribuído a presente lide, a autora se
“esconde”, com as devidas veniasno seu pedido extemporâneo de gratuidade e
coloca o valor da causa no importe astronômico, e surreal de R$ 10.011,60

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(dez mil, e onze reais, e centavos), totalmente incoerente, sem o menor
fundamento, o que se está discutindo é um suposto, atraso de um ônibus,
assim resta o fantasioso valor IMPUGNADO.

Com efeito, é importante ter em mente o conceito adequado de valor da


causa e a sua adequação enquanto requisito da petição inicial. Também é
importante ter em mente os seus critérios de determinação , é absurdo, e
indevido a sua atribuição aleatória.

O autor não apresentaram nenhuma comprovação da existência dos fatos


aduzidos em sede de exordial, seque se pode afirmar que existiram, e ainda
que fosse possível, tais fatos não justificariam o valor atribuído a presente
ação, não existe provas plausíveis, muito menos documentação, apen as
alegações, e mais alegações , vídeos, e fotos, sem data, nem local, e momento
definido, ainda que essa empresa não seja legítima para figurar no polo
passivo da ação, não poderia deixar de engendra tal impugnação .

Com efeito, o que leva à conclusão inarredável de que o valor foi fixado aleatoria-
mente e sem embasamento no que dispõe as normas pertinentes, a jurisprudência em
casos análogos. Portanto, fica o valor atribuído à causa impugnado, e entendo Vossa
Excelência pela correção do valor, designe intimar a autora, ou o faça em sede de
decisão.

Não por menos, e sem afastar o contido no artigo 293 do CPC, o próprio § 3º do
artigo permite que o Magistrado corrija de ofício o valor da causa quando verificar o
descompasso entre o conteúdo patrimonial ou o proveito econômico perseguido.

Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da recon-


venção e será:
§ 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa
quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial
em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, ca-

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so em que se procederá ao recolhimento das custas corresponden-
tes.

Neste sentido cabe trazer o aresto dos Tribunais no tocante a temática:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAU-


SA - AÇÃO COLETIVA - AUSÊNCIA DE CONTEÚDO ECONÔMICO
IMEDIATO - QUANTIFICAÇÃO POR ESTIMATIVA - VALOR EXOR-
BITANTE - REDUÇÃO - POSSIBILIDADE. - Não havendo conteúdo
econômico imediato, o valor da causa deve ser quantificado
por estimativa, se pautando pelo princípio da razoabilidade -
Constatada a exorbitância no valor atribuído à causa, a redu-
ção é medida que se impõe.
(TJ-MG - AI: 10024111631818001 MG, Relator: Evandro Lopes da
Costa Teixeira, Data de Julgamento: 07/11/2019, Data de Publica-
ção: 20/11/2019) (grifei)

Deste modo, diante das circunstâncias do processo e principalmente dos supostos


danos morais que eventualmente a parte possa ter sofrido, é imperioso que seja feita a
correta adequação do valor da causa para patamar condizente com a baixa complexida-
de do processo, observando as balizas incertas no § 3º do artigo 292 do CPC em relação
ao conteúdo patrimonial ou ao proveito econômico.

- DA PRELIMINAR DA FALTA DE INTERESSE DE AGIR –

Nobilíssimo Julgador, cabe esclarecer que os pedidos formulados na petição inici-


al se fundamentam na suposta, e irreal falha na prestação de serviço disponibilizada
pela Requerida, no entanto, A PARTE AUTORA EM MOMENTO ALGUM MANTEVE CONTATO COM A
DEMANDADA A FIM DE BUSCAR UMA RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA para o utópico problema
alegado, sequer existe pretensão resistida, frise-se, a empresa, ora demandada não
é a empresa legítima, como já informado em preliminar própria, ainda que fosse, em
momento algum a parte autora buscou essa empresa para tentar alguma resolução.

Com efeito, a parte autora não manteve contato, não formulou reclamação, muito
menos pedido de alguma providência, mesmo essa empresa não sendo legítima para

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figurar no polo passivo da demanda, o que se pode verificar é que se ademandante
entrou em contato com a empresa, com certeza não foi essa, o que potencializa ainda
mais a questão da ilegitimidade passiva dessa indevida demanda.

Ademais, isso também demonstra a falta de interesse de agir, ou a inexistência do


problema alegado. Ademais essa empresa possui CANAIS PRÓPRIOS PARA FORMULAR

QUALQUER TIPO DE RECLAMAÇÃO, todavia o que se verifica nos autos é que o autor sequer
buscou a solução administrativa em face da demanda, se tivesse, saberia que ajuizou a
ação contra a empresa errada, ou fez ciente, o que caracteriza litigância de má-fé.

Com efeito, não existe nenhuma evidência de que verdadeiramente houve algum
contato do recorrido com essa empresa, sequer existem provas concretas da veracida-
de das alegações trazidas na inicial, assim não há o que fala em pretensão resistida por
parte dessa empresa que nem ao menos soube de tais fatos, e sequer é legítima para
figurar no polo passivo dessa demanda.

Imperioso ressaltar a inteligência do artigo 17 do CPC/15: “Para postular em juí-


zo é necessário ter interesse e legitimidade”. Assim, pode-se dizer que o interesse de
agir é o principal ponto a ser demonstrado por quem ira demandar por algo em juízo.
Sem interesse não há utilidade da demanda, e sem utilidade não há o que demandar
em juízo, já que a esfera administrativa foi olvidada, sendo o que perfeitamente se
observa no caso em tela.

Ínclito Julgador, aparte autora, é responsável por comprovar todos os fatos ale-
gados em sede de exordial, o que não faz. Em verdade, o autor não consegue nem
provar o seu direito de postular em juízo, não existe pretensão resistida, como bem
ensina o douto Cândido Rangel Dinamarco: “o interesse de agir é o núcleo do direito de
ação” (DINAMARCO, Cândido Ragel; LOPES, Bruno Vasconcelos Carrilho. Teoria Geral
do Novo Processo Civil, 3ª ed. São Paulo. Malheiros, 2018 p. 117).

Ademais, Cândido Rangel Dinamarco, ainda diz que havendo possibilidade de se


extinguir o litígio pela utilização de instrumentos à disposição das partes, não haveria
a necessidade do processo e, consequentemente, não haveria o interesse de agir. Isso
porque dois elementos lhe são intrínsecos: a necessidade concreta do processo e a

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adequação do provimento desejado e do procedimento escolhido pelo autor, (Execução
civil São Paulo: Revista dos Tribunais, 1973, p. 14).

Ainda, Moacyr Amaral Santos rezava na mesma direção quando afirmava que “há
o interesse de agir, de reclamar a atividade jurisdicional do Estado, para que tutele o
interesse primário, que de outra forma não seria protegido” (Primeiras linhas de
direito processual civil São Paulo: Saraiva, 1984, v. 1, p. 172).

Continua, o douto Antonio Carlos Marcato resume, com precisão que lhe é peculi-
ar, O ENSINAMENTO PACIFICAMENTE ACEITO NA DOUTRINA:

(...) o interesse de agir exprime, de um lado, a exigência de


que se recorra ao órgão jurisdicional, pleiteando a tutela de
direitos, apenas quando não se encontrem, no terreno ex-
traprocessual, outros meios para a satisfação daqueles, ou
quando esgotados infrutiferamente os instrumentos de di-
reito material posto à disposição dos interessados (...) -,
(Procedimentos especiais São Paulo: Malheiros Ed., 1994, p.
24).

Desta forma, temos, então que não havia entre os processualistas nenhuma dúvi-
da acerca da NECESSIDADE DE SE ESGOTAREMas possibilidades no campo extraprocessuais,
assim acontece na presente ação, para que esteja presente a condição da ação em tela,
a saber, interesse de agir.

Assim, não basta a inicial ter,ou não, a indicação daquele costumeiro chavão, e
combatida com veemência que diz: (...) “Assim, não restou outra alternativa ao Autor
...”, que apenas demonstra, data venia, uma falácia, haja vista, a empresa ré sequer
soube dos SUPOSTOS problemas narrado na exordial.

Douto Magistrado, oautor não se dignou a dar sequer um simples telefonema, ou


manter qualquer tipo de contato com a empresa demanda para informar o suposto
problema, a fim de buscar uma resolução pacífica, como recomendada pela norma
legal, no entanto inaugurou um litígio sem ao menos uma pretensão resistida, sem o
real interesse de agir, se tivesse entrado em contato ficaria sabendo que a empresa não
é a mesma empresa que vendeu a passagem.

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Apenas, e tão somente existe, um suposto contato com a Ouvidoria na ANTT, que
em verdade é apenas um atendimento eletrônico que passa de forma automática
algumas informações legais, sem olvidar que em momento algum o requerente informa
dados da viagem, local, nome da empresa, horários, problema, e afins.

Note-se, quanto tempo foi absolutamente desperdiçado, e pior, vez que houve a
movimentação da “máquina” judiciária para se chegar a um resultado facilmente
alcançável mediante uma simples tentativa de solução amigável do suposto impasse
alegado pelo autor, (aliás, que impasse...? Nada restou comprovado! Sequer se trata da
mesma empresa).

Ademais, destaca-se a importância da aplicação do instituto, preliminar de falta


de interesse de agir pelo digníssimo Juízo ao caso em tela, a fim, inclusive de coibir
também outras ações que tanto assolam o poder judiciário indevidamente como esse.

Deste modo, requer, digne-se o acolhimento da preliminar de falta de interesse de


agir para que seja promovida A EXTINÇÃO DO PROCESSO EM COMENTO SEM RESOLUÇÃO DE

MÉRITO, E SEU PRONTO ARQUIVAMENTO, pois esse é o direito.

DA QUALIFICAÇÃO DOS DANOS MORAIS. PRINCÍPIOS DA RAZOABILI-


DADE E DA PROPORCIONALIDADE.

Ainda, aproveita a impugnação do valor da causa para rogar também pelo princípio
da razoabilidade, e proporcionalidade, caso, seja ultrapassada as preliminares, e os
argumentos dessa contestação, o que não se espera, sobretudo a ilegitimidade passiva, e
esse DD Juízo venha a reconhecer a existência de dano moral, e condene essa ré (ratifica-
se, o que não se espera, visto que é totalmente ilegítima para figurar nessa demanda),
utilizando-se dos princípios processuais da eventualidade e da concentração da defesa,
cumpre a ora ré, contestar a indenização pleiteada.

Assinado eletronicamente por: ALEXANDRE SANTA ROSA OLIVEIRA;


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Inegável que cabe ao prudente arbítrio do magistrado, ao se deparar com o caso
concreto, a fixação do quantum da indenização por dano moral, mas isso exige prova, no
caso em tela não há nos autos.

Todavia, o Juiz deve tecer critérios para tal quantificação. Entretanto, conforme se
depreende dos autos, inexiste a mínima prova dos supostos danos sofridos pelo autor
em decorrência de suposto, irreal ato ilícito praticado pela ré, em verdade não existe
sequer comprovação dos fatos narrados, e ainda que existisse, nenhum deles traz
condão de ilicitude, e muito menos azo para justificar danos morais, e materiais.

Não existindo relação de causalidade entre ação ou omissão dolosa do agente e o


suposto dano experimentado pela suposta vítima, como no caso em apreço, mostra-se
improcedente a pretensão de indenização a título de danos morais e materiais, sequer o
autor reclamou ou buscou informar ou notificar a empresa.

Assim, resta evidenciado que não houve conduta da demandada, pois é totalmente
ilegítima, mas ainda que houvesse, tais fatos não seriam capazes de dar ensejo ao
suposto dano moral, material, e ainda que houvesse ensejado, o quantum indenizatório
em tempo algum poderia alcançar um valor exorbitante.

Dessa forma, a demandada requer que eventual condenação em danos morais obe-
deça aos consagrados princípios constitucionais da razoabilidade e da proporcionalida-
de, bem como ao artigo 944, parágrafo único e 945, ambos do Código Civil, sob pena de
configuração de enriquecimento sem causa.

– DA IMPUGNAÇÃO DO PEDIDO DE GRATUIDADE NESSE MOMENTO PROCESSUAL –

Resta o supracitado pedido de gratuidade, impugnado, pois é notório e


cediço que nesse momento processual não existem custas a serem pagas pelas
partes, assim o pedido é extemporâneo, sem olvidar que não existe nos autos
documentos hábeis para o deferimento da requerida gratuidade. Lei 9.099/95

Assinado eletronicamente por: ALEXANDRE SANTA ROSA OLIVEIRA;


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- Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro grau de jurisdição,
do pagamento de custas, taxas ou despesas.

Ademais , a Requerente alega ser hipossuficiente, contudo, não juntou aos


autos nenhum documento comprobatório da alegada hipossuficiência
financeira. Frise-se,declarações de hipossuficiência financeira colacionados
aos autos de um processo, por si só, não reflete uma realidade econômica de
que reflita a hipossuficiência reputada, até porque a declaração de pobreza
gera apenas presunção relativa acerca da necessidade, cabendo ao Julgador
verificar outros elementos para decidir acerca do cabimento do benefício.

Assim, a alegação de insuficiência deduzida pela Requerente à inicial g o-


za apenas de presunção relativa e admite prova em contrário (§3º, art. 99,
CPC), devendo ser averiguada pelo Magistrado antes de deferir o pedido ou
revogá-lo caso já tenha sido deferi do sem o preenchimento dos requisitos
legais, evitando, desse modo, prejuízo ao Erário Público.

Nesses termos, o Enunciado nº 116 do XX Encontro dos Juizados de São


Paulo/SP, determina que: “O Juiz poderá, de ofício, exigir que a parte comprove
a insuficiência de recursos para obter a concessão do benefício da gratuidade
da justiça (art. 5º, LXXIV, da CF), uma vez que a afirmação da pobreza goza
apenas de presunção relativa de veracidade.”

Assim, resta o pedido de gratuidade formulado pela autora nesse m o-


mento processual IMPUGNADO COM VEEMÊNCIA , vez que é TOTALMENTE EXTEMPORÂ-

NEO , visto que em sede de juizado especial o primeiro grau já comporta tal
gratuidade, e, ainda, se assim não fosse, o pedido resta precário dos docume n-
tos comprobatórios para alicerçar tal pedido, o que não impede, ao seu turno,
e momento processual oportuno, munido dos documentos pertinentes seja
realizado o pedido.

Por fim, a ora e, indevida demandada não tem como fazer defesa de mérito
exauriente, vez que desconhece todo o imbróglio e atividades da empresa que

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vendeu a passagem, e realizou a viagem de fato, assim, esperando que seja
acolhida a presente preliminar de ilegitimidade passiva, pois esse é o direito,
todavia, pelo princípio da eventualidade, e concentração da defesa, e amor ao
debate passará ao mérito.

- DAS RAZÕES EFETIVAS DA CONTESTAÇÃO –

Ausência de comprovação
Improcedência da Ação

dos fatos da inicial

Ausência de Ato ilícito


praticado pela ré

Inexistência de defeito
comprovado na prestação
do serviço

Inexistência de dano
material e moral

Mister ressaltar, para verificação do dever de reparar é indiscutível existência con-


comitante de três requisitos: (i) a conduta ilícita do agente; (ii) ocorrência de um dano; e
(iii) o nexo de causalidade entre o dano e a conduta considerada ilícita, o que de pronto
já se observa não existir na presente ação, todavia o que se pode perceber são meras
alegações desprovidas das necessárias comprovações, aparte autoranão junta nenhum
tipo de prova que fundamente suas alegações, apenas inservíveis vídeos, e fotos.

A parteautoraapenas juntamos recibo/bilhete da passagem,sem nenhuma com-


provação das alegações, não existe sequer reclamação junto à empresa de ônibus que
realizou sua viagem,(que não é essa), ou qualquer outro Órgão competente,apenas uma
notificação eletrônica SEM NENHUM DADO DE FATOS, E DADOS DA EMPRESA, ORA RÉ. Assim, já que
não juntou protocolo, não deve existir, sem olvidar que pela narrativa autoral e “provas”
juntadas quem deveria figurar nessa demanda é aViação Cetro Mover, como já demons-

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trado na preliminar de ilegitimidade passiva, sequer apresenta um documento servível,
apenas alegações, e mais alegações. Deste modo restam impugnados tais “provas”.

Cumpre ainda reforçar, para que seja verificada a responsabilidade civil do réu, é
imprescindível não apenas a constatação do dano sofrido pela autora, o qual, frise-se,
INEXISTE, como também a identificação de conduta ilícita do oraréu, bem como a
configuração de nexo causal, não havendo como se falar em obrigação de indenizar sem
a constatação dos referidos requisitos, outrossim, o autor se limita a apenas narrar fatos
sem sequer provar, e mesmo assim, ainda que conseguisse provar, não teria condão de
ilícito, pois ele mesmo afirma que em que pese o fato do atrasado tenha gerado um
dissabor, a empresa resolveu o problema, haja vista ter chegado ao seu destino.

Isto posto, IMPORTANTE ASSEVERAR QUE, DIANTE DA SITUAÇÃO FÁTICA DEDUZIDA, CONSTATA-

SE A IMPOSSIBILIDADE DE ATRIBUIR QUALQUER ILICITUDE ORIUNDA DA CONDUTA PRATICADA PELA

EMPRESA DE ÔNIBUS QUE FEZ SUPOSTAMENTE O TRANSPORTE DO AUTOR, pois, conforme ampla-
mente demonstrado, a demandante não consegue comprovar os (inexistentes) fatos
narrativos na inicial. ASSIM RESTA A EXORDIAL IMPUGNADA COM VEEMÊNCIA DE FORMA

ESPECÍFICA EM TODOS OS SEUS TERMOS, BEM COMO SUAS ALEGADAS PROVAS, RATIFICANDO O

BILHETE DE PASSAGEM, QUE CORROBORAM COM A ILEGITIMIDADE PASSIVA APONTADA EM SEDE DE

PRELIMINAR.

Seria imprescindível, para configurar o dano moral alegado pela parte autora, que
comprovassem o ilícito narrado, causando-lhe significativo constrangimento,
o que não ocorreu em momento algum, e não se pode provar, porque de fato
não existiu qualquer abalo que justifique os danos morais pretendidos.

No caso em questão, a parte AUTORA SE LIMITOU A LANÇAR ARGUMENTOS INFUNDADOS,


QUERENDO IMPUTAR RESPONSABILIDADE AORA ré, A FIM DE OBTER REPARAÇÃO QUE SABE NÃO

FAZER JUS. Desta forma, os argumentos expostos pela autora em sua peça inicial não
merecem prosperar.

Assim, reitera a, ora ré que não houve qualquer prática de ato ilícito da sua parte,
inexistindo a ilicitude, impossível existir a responsabilidade civil de indenizar.

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Ademais, estabelecem os artigos 186, 187 e 927 do Código Civil:

“Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, ne-


gligência ou imprudência, violar direito e causar dano a ou-
trem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
“Art. 187 – Também comete ato ilícito o titular de um direito
que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impos-
tos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos
bons costumes”.
“Art.927 – Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187) causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.

Com efeito, para que exista responsabilidade civil e, consequentemente, o dever de


reparar é necessário: (i) conduta ou ato ilícito; (ii) culpa (iii) nexo de causalidade e (iv)
dano, como já pontuado.

Não existindo relação de causalidade entre ação ou omissão dolosa do agente e o


suposto dano experimentado pela vítima, como no caso em apreço, mostra-se improce-
dente a pretensão de indenização a título de danos morais.

Ainda, apenas a título de argumentação, os danos morais alegados pelo requerente,


em momento algum, restaram comprovados, muito menos que o réu deu causa a
suposto dano, Excelência, os vídeos juntados nada comprovam, não se sabe em que
momento, em que lugar, em quais circunstâncias foram feitos, muito menos por quem
foi feito, totalmente confusos, apenas servindo para comprovar que não se trata dessa
empresa, ora ré, pois nos vídeos fica claro que se trata de outra empresa, essa indevida
demandada NÃO POSSUI BALCÃO EM RODOVIÁRIA, assim o autor filmou o que parece
ser a suposta empresa que vendeu os bilhetes, ainda NÃO EXISTE NENHUMA RECLA-
MAÇÃO FEITA, PELO MENOS NÃO COMPROVA TER FEITO, muitos menos a existência
dos fatos narrados.

Na ação de indenização por danos morais, como é cediço, o interessado deve evi-
denciar o prejuízo dessa natureza, experimentado pela conduta lesiva. Para a indeniza-
ção do dano moral não basta, a rigor, o acontecimento em si. Exige-se a existência e

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demonstração de sua repercussão efetiva na esfera moral e de interesse do prejudicado
a teor da atual legislação a respeito.

APARTE DEMANDANTE EM NENHUM MOMENTO COMPROVA TER SOFRIDO QUALQUER TIPO DE DANO
DECORRENTE DE ATO PRATICADO PELA DEMANDA, maliciosamente, procura emprestar uma
relevância que, absolutamente, inexistiu em face dessa honrosa empresa..

Como sabido, nas ações indenizatórias, as provas devem ser concretas e sufi-
cientes, não havendo qualquer razão jurídica para se estabelecer derrogações aos
princípios gerais probatórios e aos da responsabilidade civil. Assim não merece
prosperar a pretensão autoral, dever ser julgada TOTALMENTE IMPROCEDENTE A
AÇÃO EM TELA.

DA IMPOSSIBIDADE DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

A inversão do ônus da prova, faculdade prevista no Código de Defesa do Consumi-


dor, não decorre do simples enquadramento da relação jurídica como de consumo.

Para a inversão do ônus da prova, o CDC em seu artigo 6º, inciso VIII, é claro ao
estabelecer como requisitos essenciais não apenas a hipossuficiência da parte, mas
também a verossimilhança de suas alegações, o que não restou observado na presente
ação. Neste sentido:
(...) A inversão do ônus da prova não ocorre em toda e qualquer
ação desencadeada pelo consumidor, mas pressupõe a presença
dos requisitos de verossimilhança e da hipossuficiência.
Depende a inversão do ônus da prova do prudente critério do ma-
gistrado ao analisar a verossimilhança da alegação e a hipossufici-
ência do consumidor, segundo as regras ordinárias da experiência.
inexistindo nos autos provas hábeis a amparar o direito vindicado,
torna-se inviável o acolhimento da pretensão. (...)
TJDF - APELAÇÃO CÍVEL 20010110532780 APC – Registro do a-
córdão número 201967

Mas não é só. Deverá restar clara a hipossuficiência processual, ou seja, deverá ser
aferida a condição em que o consumidor não tenha capacidade processual de produção
de prova. Não se trata de aferir hipossuficiência econômica do consumidor, especial-
mente levando-se em conta que o referido artigo versa exatamente sobre a produção de

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provas e não sobre condição econômica relativa do consumidor em relação ao fornece-
dor do serviço.

Portanto, deverá ser verificado se no caso concreto o autor possuía acesso aos
meios para produção de provas que suportarão suas alegações, ou se depende de
documentos e informações de difíceis obtenções, no caso em tela não existe nenhuma
dificuldade apontada, as provas não foram juntadas porque inexiste ato ilícito praticado
pela ora ré.

Além disso, tampouco comprovam a ocorrência de dano a moral ou a ocorrência de


qualquer ato ilícito. No caso destes autos, como já mencionado acima, a prova necessária
é de fácil produção, bastando a prova do dano moral ou extrapatrimonial efetivamente
experimentado e seu nexo causal com eventual ato ilícito praticado pela ré. Nada mais.
Não se trata de caso em que deva funcionar o instituto ora em debate.

Destarte, importante reconhecer o grande avanço no direito material com a edição


e vigência das normas voltadas à proteção do consumidor. No entanto, devemos ter em
mente que a norma material já foi projetada para compensar eventuais desequilíbrios
entre as partes litigantes. A indistinta aplicação da inversão do ônus da prova é perversa
e traz desequilíbrios para a relação jurídico-processual, o que ofende os princípios
gerais de direito processual e constitucional.

Assim, deverá prevalecer o quanto estabelecido no artigo 373, inciso I do CPC, no


que se refere à distribuição do ônus da prova, o que se requer desde já.

DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

Douto Julgador, a parte autora ajuizou ação contra essa empresa, ora demandada
mesmo sendo parte ilegítima para configurar no polo passivo, ademais, requereu valor
surreal, mas sabendo ser indevido, tudo para prejudicar a demandada, faltou com a
verdade em atribuir a essa empresa a responsabilidade por supostos danos, é claro
que só pelo exame do bilhete do autor, as fotos, e os vídeos, sua patrona poderia

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verificar que a empresa não era a emissora do bilhete, muito menos quem realizou a
viagem, assim os atos de litigância de má-fé causaram potencial dano a essa empresa,
ora ré.

Os casos de litigância de má-fé estão previstos no artigo 80 do Código de Proces-


so Civil, vejamos:

Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:


I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei
ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do pro-
cesso;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou
ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente prote-
latório.

E o art. 79:
Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar
de má-fé como autor, réu ou interveniente. (grifei)

Ínclito Julgador, pelo exposto, e por tudo que consta nos autos, requer, digne-se a
condenação da autora em litigância de má-fé, pois prejudicou essa honrosa empresa,
buscando ganhar valores que sabe não fazer jus, faltando com a verdade, pois é
inadmissível que o autor não tenha verificado os dados do seu bilhete, bem como o
nome correto da empresa na loja onde fez a filmagem, e por simples consulta do nome
chegaria ao CNPJ, o nome estava de forma clara e ostensiva na loja da rodoviária onde
foi realizada a filmagem, bem como no ônibus, e na passagem, e ainda assim deduzir
pretensão contra essa indevida demanda, faltando com a verdade, data venia, sem
olvidar o valor absurdo, e fantasioso atribuído a presente lide.

DOS PEDIDOS

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Por todo o exposto, a ora ré, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
requerer:

a) Por todo o exposto, requer que, SEJA ACOLHIDA A PRELIMINAR DE ILEGITIMIDA-


DE PASSIVA por vossa excelênciapara promovera EXTINÇÃO DA AÇÃO SEM JUL-

GAMENTO DE MÉRITO EM FACE DESSA ILEGÍTIMA RÉ, ou que proceda a devida


substituição processual, afastando a insurgência do Cetro Viação Trans-
portes Ltda. – CNPJ 03.314.223/0001-11, excluindo-o do polo passivo, nos
exatos moldes dos artigos 338 e 339, parágrafos 1º e 2º do Código de Pro-
cesso Civil, a fim de que se estabeleça a presente relação jurídica com a
parte legítima a configurar no polo passivo, ou seja, a alegadacausadora do
suposto dano arguido, que consta no bilhete de passagem, nas filma-
gens, e foto, e não a empresa em tela por não fazer parte da relação com o
autor e os fatos narrados;

b) Na remota possibilidade de não acolhimento da preliminar de ilegi-


timidade passiva, pugna-se desde já pelo acolhimento das demais
preliminares formuladas nessa ação pois esse é o direito, sobretudo
a de Ilegitimidade passiva;

c) Pugna para ser acolhida a impugnação do valor atribuído a causa, para que
haja sua correção/adequação;

d) Da remota possibilidade de não acolhimento da ilegitimidade passiva, bem


como as demais preliminares, falta de interesse de agir, falta de documento
essencial, e afins,caso seja ultrapassada as preliminares, seja JULGADA A IM-

PROCEDÊNCIA TOTAL DESSA AÇÃO. Seja IMPROCEDENTE O PEDIDO DE CONDENAÇÃO

AO PAGAMENTO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS, e DANOS MATERIAIS, já que o


autor NÃO CONSEGUIU provar os fatos constitutivos do seu alegado direi-
to, bem como restou comprovado que a ré não praticou qualquer condu-
ta ilícita, julgando-se extinto o feito com resolução de mérito em face da
demandada, nos termos do art. 485, I do CPC; bem como a improcedência

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de todos os termos da inicial, bem como as “provas” juntadas devidamente
impugnadas;

e) ainda, em obediência ao princípio da eventualidade e concentração da defe-


sa, sem eventual condenação em danos morais, o que não se espera, seja ar-
bitrada de acordo com o artigo 944, parágrafo único e 945, ambos do Códi-
go Civil - observando o princípio da razoabilidade, observando a modera-
ção, sob a pena de configuração de enriquecimento sem causa da Autor;

f) ainda, a impugnaçãodas alegadas provas de forma específicas, e afins junta-


dos aos autos, em face da impugnação específica promovida de forma crite-
riosa no bojo dessa contestação, bem como toda e qualquer alegação de
provas outras, servindo apenas tais “provas” para robustecer a Preliminar
de Ilegitimidade passiva;

g) PUGNA PELA CONDENAÇÃO DA PARTE AUTORA EM LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ;

h) Intimações, habilitação, e afins pertinentes, exclusivamenteem nome doEs-


critórioANDERSON GAMA INDIVIDUAL DE ADVOCACIA - OAB/BA N° 006047, sob
pena de ulterior nulidade;

Protesta a demandada pela produção de todas as provas admitidas em Direito, no-


tadamente o depoimento pessoal do Autor, e prepostos da outra ré, sendo o caso, sob
pena de confissão, oitiva de testemunhas e tudo o mais que se fizer necessário ao
conhecimento da verdade.

Pelos termos
Pede deferimento
12 de dezembro de 2023

Dr. Alexandre SANTA ROSA


OAB/BA 44.852

ANDERSON DIEGO GAMA REIS ANDERSON GAMA INDIVIDUAL DE ADVOCACIA

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OAB/BA 41.464
OAB/SC 43.924 OAB/BA N° 06047

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