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Bibliografia .............................................................................................................................174
EXPEDIENTE
Flâmula Juvenil Danielle Lucy B. Frederico Angular Editora
Revista para Escola Dominical. Edson Cortasio Sardinha Departamento Editorial -
Estudos Bíblicos para Adolescentes. Guilherme Aguiar Magalhães Associação da Igreja Metodista
Professor(a) Av. Piassanguaba, 3031 – Planalto Paulista
Hideide Brito Torres - 04060-004 – São Paulo
Secretaria Executiva Editorial Ivan Carlos Costa Martins Tel. (11) 2813-8643 / (11) 2813-8600
Joana D’Arc Meireles José Ronaldo Campos Moura escoladominical@metodista.org.br
Leandro Miranda de Paula http: //angulareditora.com.br
Colégio Episcopal http://www.metodista.org.br/
Marcio Divino de Oliveira escola-dominical
Hideide Brito Torres – bispa assessora
Mauren Julião
Departamento Nacional de Escola Roseli Oliveira É proibida a reprodução total de textos, fotos e
Dominical Wanderson Campos ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autori-
zação do editor da revista. Quando reproduzidas
Andreia Fernandes Oliveira
parcialmente, devem constar a edição, com ano e a
Revisão página da publicação.
Redação
Kedma Ladeira Mendonça Pinto Todos os direitos nacionais e internacionais
Kennie Ladeira Mendonça Campos reservados à Angular Editora.
2018.2
Colaboração Projeto Gráfico e diagramação
Andreia Fernandes Oliveira NLopez Comunicação
Olá, professor e professora!
Esta nova edição da revista Fâmula Juvenil traz diversos assuntos que
falam sobre a “Nossa fé em Deus”, uma rica oportunidade para refletir-
mos e aprendermos mais sobre o fundamento da fé cristã.
Vários são os assuntos abordados, como: Trindade, Pecado,
Arrependimento, Perdão, Salvação, Novo Nascimento, Missão, Reino de
Deus, Milagre, Prosperidade etc., que mostram o conjunto das nossas
doutrinas. Quem disse que não dá para falar de doutrina com adoles-
centes? “Nossa fé em Deus” é uma ótima ferramenta para aproximar as
doutrinas do grupo de juvenis.
Além de tratar a base da fé cristã, a revista disponibiliza uma se-
ção especial com duas lições temáticas para o fim do ano, sobre o
dia de Ação de Graças e o Advento, dois períodos importantes do
calendário cristão.
Com muito carinho, preparamos para você, professor e professora,
algumas dicas pedagógicas e um conteúdo extra para você aprofundar
seu estudo pessoal, podendo assim, construir a aula com muito mais se-
gurança. Lembre-se de estudar este material e de preparar a dinâmica
da aula, sempre com antecedência.
É de extrema importância você dinamizar/movimentar sua forma de
dar aula, para que os ensinos da nossa fé entrem no coração e na mente
dos nossos queridos e queridas adolescentes. Ah! Fique conectado/a
nas redes sociais, compartilhando suas atividades.
Que Deus abençoe mais este período de ensino e aprendizado sobre
#NossaféemDeus, com aulas incríveis!
Forte abraço,
NOSSA FÉ EM DEUS 5
Esta revista é uma ferramenta para sua prática de ensino e visa o
crescimento e formação cristã dos discípulos e discípulas que partici-
pam da Escola Dominical. Neste processo de formação, a sua atuação
como professor/a é fundamental, pois você é um importante instrumen-
to de Deus para levar o conteúdo aqui apresentado para os alunos e
alunas, ajudando-os e estimulando-os a aproveitar também o melhor
deste material.
Boas Aulas!
NOSSA FÉ EM DEUS 7
Estudo 1
BÍBLIA
LUZ PARA OS
NOSSOS DIAS
Texto bíblico: Salmo 119. 97-112
O Salmo 119 exalta as Escrituras
como a Palavra de Deus. Muitos
adjetivos são usados para falar
desta Palavra: lei, testemunhos,
Em todo mundo, pessoas de na- mandamentos, decretos, preceitos,
ções e religiões diferentes da nos- ensinamentos, juízos etc. O salmista
sa, possuem seus livros sagrados. também compara a Palavra de Deus
Escrituras que direcionam aquilo com o “doce do mel” e com “lâmpada
que as suas crenças definem como para os pés” e “luz para o caminho”.
certo e errado; o que deve ou não Este salmo é o maior de toda a
fazer; o que é pecado e o que é Bíblia e foi organizado de uma ma-
virtude; suas filosofias e valores. neira muito interessante que não dá
Tais textos são considerados ins- para percebermos na versão em por-
pirados por pessoas importantes tuguês. Na língua original, ele está
na história daquela religião. Para dividido em 22 blocos e cada um
nós, pessoas cristãs protestantes, começa com uma letra do alfabeto
a Bíblia é a nossa regra de fé, nos- hebraico, formando uma espécie de
sa Escritura Sagrada. poesia ou acróstico. Quanta inspira-
Você sabia que a Bíblia é um ção e quanto detalhe para escrever
dos livros mais lidos e vendidos do estes versículos que expressam a
importância da Palavra de Deus!
mundo? Então, por que será que
Nos versículos lidos, o salmis-
o mundo inteiro não é cristão? A
ta diz que ama meditar na lei do
questão é que a Bíblia pode ser
Senhor, porque ela o faz mais sábio
lida de muitas maneiras, por várias que os inimigos e que os mestres,
pessoas diferentes, de qualquer lhe ensina ser mais prudente que as
lugar e crença possível, com objeti- pessoas idosas, o ajuda a desviar
vos diversos. Há quem leia a Bíblia do mal, ilumina os seus passos e lhe
como um livro qualquer. Em nosso gera prazer no coração. Ele também
caso, as Escrituras nos orientam a afirma que, quando está aflito, é a
fé e revelam quem Deus é, o que Palavra de Deus que renova sua
fez e o que faz. esperança na vida.
NOSSA FÉ EM DEUS 9
uma profissão, em conseguir
passar de ano na escola. Somos
ansiosos e ansiosas com namoro,
férias, viagens etc!
Assim, se faz necessário enten-
der este texto: a Palavra de Deus
é lâmpada, é nossa lanterna! Ela
nos guia passo a passo no cami-
nho. Podemos confiar em Deus e
podemos contar com a luz da sua
Você já teve a experiência de Palavra todos os dias e em todas
caminhar em algum lugar muito as nossas decisões e indecisões.
escuro, usando apenas a luz de Se cuidarmos de cada passo,
uma lanterna? Se sim, você sabe não nos preocuparemos com as
que, no escuro, não é possível ansiedades de um futuro que ainda
andar muito rápido. É perigoso e não nos pertence. O fato de se ter a
pode-se machucar. Por maior que luz para cada passo é que nos faz
seja a pressa, é necessário se con- confiar e deixar Deus iluminar as
centrar em dar pequenos passos, nossas vidas para que as coisas
iluminando a próxima parte do aconteçam como devem ser: cada
caminho. Diferente de um grande coisa a seu tempo e lugar.
farol, cuja luz vai longe e alcança
trechos distantes, a lanterna não
nos permite ver além do necessário
para dar um passo de cada vez.
Quando pensamos na Palavra de
Deus como uma lâmpada para os
pés, podemos compará-la com essa
lanterna: não podemos saber sobre
o futuro a frente de nós, mas quando
somos orientados e orientadas pela
Palavra do Senhor, temos luz sufi-
ciente para cada trecho do caminho.
O problema é que somos pes-
soas ansiosas por tudo. Queremos
logo passar por tudo e temos medo
de surpresas (desagradáveis, cla-
ro). Sofremos com a nota da prova
ou do vestibular, antes mesmo de
fazer. Temos pressa em escolher
NOSSA FÉ EM DEUS 11
Aonde chegar
Destacar a Bíblia como nosso único livro de fé e prática, e incentivar a
sua leitura constante. Exemplificar o símbolo da Palavra de Deus como
luz para o caminho, de maneira em que nos guia no presente e não como
revelação (ou adivinhação) de um futuro mais distante.
Dinâmica do dia
Material: Lanternas e material para escurecer a sala de aula, se
necessário, como cortinas, blackout ou outro material.
Como fazer?
Antes de receber sua turma, organize o espaço escurecendo-o, com
pouca ou nenhuma luz. Ajeite as cadeiras de maneira diferente
para confundir seus alunos e alunas.
Ao entrarem, oriente-os a andarem pela sala no escuro, tendo o
cuidado de não tropeçarem e nem esbarrarem em outros alunos e
alunas. Caso veja necessidade, coloque alguns obstáculos.
Depois desse período, acenda sua lanterna e oriente-os/as para
que consigam chegar aos seus lugares.
Reflexão:
Converse com a turma sobre as sensações que tiveram durante
os dois momentos: ao andar no escuro e ao seguir a lanterna.
Permita que eles e elas falem e contem os acontecimentos.
Direcione a reflexão para que fique evidente que quando há
luz no caminho, fica mais fácil chegarmos onde desejamos. Por
isso, a Bíblia é importante, ela não nos permite andar no escuro
da vida.
NOSSA FÉ EM DEUS 13
Escrituras. Em todo o tempo, existe a preocupação de defender esta
Santa Palavra, de mostrar sua importância e utilidade para o dia a dia.
Aqui o livro de fé não é para ser lidado com um apreço distante, sem ser
tocado etc. Pelo contrário, os mandamentos, os preceitos, as promessas,
os ensinamentos, a lei que compõem a Palavra de Deus são vistos como
um instrumento de uso diário: a lâmpada.
É interessante entender que a lâmpada daquele tempo não parecia
em nada com as de hoje. Não havia energia elétrica e as lâmpadas eram
mais semelhantes às velas, porém em botijas alimentadas com azeite. A
iluminação dessas lâmpadas podem ser comparadas à iluminação de
uma lanterna de celular, por exemplo, ilumina o ambiente mais próximo.
A Bíblia é como essa lâmpada. Por isso é importante ter acesso à
Bíblia e lê-la sempre. Ter essa orientação para cada momento, essa
fonte de fé, essa regra que direciona a nossa prática, não apenas como
cristãos e cristãs, mas como pessoas, porque os ensinamentos de Deus
são para toda a vida.
Caminhe para o fim da aula, incentivando seu alunos e alunas a
serem iluminados/as pela Palavra de Deus todo os dias. Converse com
a turma sobre a seção Fala aí! e Na prática. Conduza um tempo de
oração, incentivando a leitura bíblica. Sugerimos uma canção no Baú de
ideias que pode fazer parte do momento inicial ou final da aula, como
oração e dedicação.
Baú de ideias
Música: Tua Palavra | CD Sem limites | Aline Barros.
Disponível no link: https://goo.gl/nbmU3h. Acesso em
29/03/2018.
Anotações
TRÊS EM UM
Texto bíblico: 2 Coríntios 13.13
NOSSA FÉ EM DEUS 15
nhão do Espírito Santo sejam com
todos vós”. Ele sempre menciona a
graça de Deus como a força que
irá acompanhar a igreja para a
qual a carta foi encaminhada. Em
outras cartas, Paulo termina citan-
do as pessoas do Pai e do Filho,
porém para Corinto, ele acrescen-
ta a pessoa do Espírito Santo. Para
cada pessoa da Trindade Paulo
relaciona uma palavra:
Filho e Graça: Ele inicia sua
É comum, nas igrejas cristãs, bênção apostólica pelo Filho e
terminar o culto com a bênção não pelo Pai, porque é o Filho que
apostólica, invocando a bênção leva até o Pai (João 14.6). A graça
da Trindade. Com certeza, você relacionada ao Filho fala da ponte
já reparou. Seguimos o modelo espiritual que nos liga ao Pai. É so-
de Paulo em 2 Coríntios 13.13. mente pela graça que alcançamos
Geralmente, nossas celebrações a presença de Deus, ela é um dom
começam e terminam tendo como imerecido revelado pelo Filho, o
centro o Deus que é Pai, Filho e qual é a perfeita manifestação do
Espírito Santo, Ele é três em um, é amor do Pai.
todos ao mesmo tempo. Mas como Pai e Amor: Foi o amor de Deus
isso acontece? Vamos conhecer Pai que enviou Jesus. Em Romanos
um pouco mais este mistério da 5.7-8, Paulo diz: “Dificilmente, al-
nossa fé. guém morreria por um justo; pois
poderá ser que pelo bom alguém
se anime a morrer. Mas Deus prova
o seu próprio amor para conosco
pelo fato de ter Cristo morrido por
nós, sendo nós ainda pecadores”.
Por amor o Pai enviou nossa única
fonte de redenção: seu Filho Jesus
(João 3.16).
Espírito e Comunhão: É o
O apóstolo Paulo termina sua Espírito Santo quem nos mantém
segunda carta aos Coríntios di- na comunhão da Trindade e na
zendo: “A graça do Senhor Jesus comunhão da Igreja. Paulo exorta
Cristo, e o amor de Deus, e a comu- aos Filipenses dizendo: “Se há,
pois, algum conforto em Cristo, dade. Deus é onipresente (está em
alguma consolação de amor, al- todo lugar), onisciente (sabe todas
guma comunhão do Espírito, se as coisas) e onipotente (pode todas
há entranhados afetos e misericór- as coisas). Você consegue observar
dias, completai a minha alegria, a presença da Trindade no Batismo
de modo que penseis a mesma coi- de Jesus, em Mateus 3.16-17?
sa, tenhais o mesmo amor, sejais
unidos de alma, tendo o mesmo 2. Qual a função do Pai?
sentimento” (Filipenses 2.1-2). O Deus Pai é o criador e susten-
A segunda carta aos Coríntios tador do Universo. É a função de
foi uma obra difícil de ser escrita. É Deus no que diz respeito a criar,
considerada como a alma de Paulo. gerar, manter o universo e a huma-
Ali, ele rasga seu coração, desa- nidade. O plano de redenção que
bafa, defendendo seu ministério e é atribuído ao Pai, foi o de enviar o
exorta a igreja. Contudo, o após- seu Filho para salvar o mundo.
tolo termina abençoando a Igreja
na Trindade; pois, somente com a 3. Qual a função do Filho?
graça, o amor e a comunhão, ela O Filho é o redentor das nossas
conseguiria cumprir sua missão. E almas. Deus se revelou em Jesus
para isso, somos abençoados/as Cristo, salvando as pessoas por
pelo Batismo no Pai, no Filho e no meio de sua vida e de sua morte na
Espírito Santo (Mateus 28.19). cruz do calvário (Filipenses 2.6-8).
A base do que cremos, isto é, O Filho é o verbo (a palavra viva) do
nossa base doutrinária, tem início Pai (João 1.1-3). Cristo ressuscitou
na Santíssima Trindade: cremos em dentre os mortos, tomando outra
um único Deus em três pessoas: Pai, vez o seu corpo com o qual subiu ao
Filho e Espírito Santo. Para aplicar céu e lá está até que volte a julgar a
esta doutrina à nossa vida cristã, humanidade no último dia.
precisamos fazer três perguntas:
4. Qual a função do Espírito
1. Quem é Deus? Santo?
Deus é o Todo Poderoso, criador A função Espírito é convencer a
de todas as coisas (Hebreus 11.3). pessoa do seu pecado e convertê-la
Ele é Espírito (João 4.24) e subsiste mediante o arrependimento (João
em três “pessoas”. É um único ser 16.8). O Espírito Santo também está
com três diferenciações estruturais relacionado à missão da Igreja; é
dentro de si. São elas: Pai, Filho quem fortalece e envia a cumprir o
e Espírito Santo. Três pessoas da propósito de Deus na Terra. Ele pre-
mesma substância, poder e eterni- para a Igreja para ser testemunha
NOSSA FÉ EM DEUS 17
e para o reencontro com Cristo. É
o Espírito que nos enche de anseio
para fazermos novos discípulos e
discípulas para Deus, nos capacita
com dons espirituais, nos transfor-
ma, nos reveste para o serviço e
para a glória de Deus (Atos 1.8). Como você se relaciona com a
Santíssima Trindade?
Como o Pai, o Filho e o Espírito
Santo nos auxiliam na Missão?
Dinâmica do dia
Faça no final da aula
Como fazer?
Separe a classe em dois ou três grupos, dependendo do núme-
ro de alunos e alunas. Faça a seguinte pergunta: Como falar da
Trindade para uma criança? Cada grupo deverá criar um método
NOSSA FÉ EM DEUS 19
para ensinar uma criança sobre este mistério. Após 5 minutos, re-
colha as respostas. Cada grupo tentará explicar a fé na Trindade
de sua maneira.
Depois da partilha e da conclusão da dificuldade de explicar a
Trindade, compartilhe com a turma o relato do sonho de Agostinho
de Hipona e promova um momento de reflexão.
Reflexão:
Provavelmente, os grupos terão dificuldade em explicar esta revela-
ção. Por mais que se tente, tudo ainda é muito raso. A compreensão
sobre a Trindade está na dimensão da fé. É por isso que somente
com fé e simplicidade conseguimos aceitar as revelações divinas.
Contado o relado do sonho de Agostinho, afirme que ele concluiu
que a mente humana é extremante limitada para poder assimilar a
dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá enten-
der esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio.
Só o compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos
encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Passo a passo
Após receber a turma, orar e ler o texto bíblico, comece a aula com a in-
trodução na revista do/a aluno/a, falando sobre a bênção apostólica que
é trinitária. A Trindade é o assunto deste estudo e, naturalmente, todos os
alunos e alunas já tenham percebido que na igreja citamos três “faces” ou
“pessoas” do mesmo Deus. Nas próximas lições, trataremos cada pessoa
da Trindade, mas nesta pretendemos mostrar a doutrina em si.
Nossa base doutrinária tem início na Santíssima Trindade: cremos em
um único Deus em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. O primeiro
Artigo de Religião, compilado da Igreja Anglicana por John Wesley, fala
Da Fé na Santíssima Trindade. Esta é a fé Anglicana e a fé das igrejas
de raízes wesleyanas. O artigo diz: “Há um só Deus vivo e verdadeiro,
eterno, sem corpo nem partes; de poder, sabedoria e bondade infinitos;
criador e conservador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Na unidade
desta Divindade, há três pessoas da mesma substância, poder e eterni-
dade – Pai, Filho e Espírito Santo”.
O segundo Artigo fala Do Verbo ou Filho de Deus que se fez verda-
deiro Homem, o qual diz: “O Filho, que é o verbo do Pai, verdadeiro e
NOSSA FÉ EM DEUS 21
e divulgou como artigo de fé. Mais tarde a nova Igreja Americana para-
fraseou o Artigo 23.
Antes do fim da aula, faça a Dinâmica do dia e incentive seus alunos
e alunas a se reunirem para fazerem a atividade sugerida na seção Na
prática. Esta é uma boa oportunidade para eles e elas se reunirem além
do momento da aula para estreitarem os laços. Melhor ainda será se
você, professora e professor, se encontrar com seus alunos e alunas para
incentivá-los/as nesta pesquisa.
Baú de ideias
25 Artigos de Religião e Fé: Consulte os 25 artigos com-
pletos neste endereço: https://goo.gl/iehS6u,
Anotações
O DEUS
QUE É PAI
Texto bíblico: Salmo 103.13
NOSSA FÉ EM DEUS 23
O texto que nos proporciona
essa leitura é o Salmo 103. Este
salmo, aparentemente escrito por
Quem é Deus? Esta pergunta Davi, traz uma mensagem de hu-
é interessante. A pessoa que se mildade e gratidão a Deus por toda
propõe a respondê-la expressa, a sua bondade, mas principalmen-
em suas palavras, mais do que in- te pelo amor e pela misericórdia
formações repetidas, mas também com que Ele trata, não apenas um
mostra qual a sua visão particular (vv.1-5), mas também todas as pes-
a respeito do Senhor. Em algum soas que o temem (vv.6-18). Para
momento da sua trajetória, você nós, o mais importante a ser des-
já precisou dar esta resposta? Se tacado está no v. 13, que é quando
não, compartilhe quem é Deus o Eterno é apresentado como Pai.
para você? Deus é tratado dessa manei-
Nesta lição, vamos pensar e en- ra pelos hebreus, porque eles
xergar o Eterno como uma figura reconhecem que foi o Senhor
paterna que se relaciona conosco que os criou para ser nação
e com toda criação, se mantendo (Deuteronômio 32.18; Isaías 64.8);
amigo, fiel e, acima de tudo, amo- porque foi Ele que salvou Israel
roso e protetor. Ter essa percepção da escravidão e lhe deu liberdade
sobre Deus é muito importante, para viver e terra para plantar e
pois o povo cristão tem o desafio comer; e porque Deus continua
de ser semelhante ao Senhor, ou preocupado com a necessidade
seja, a maneira como enxergamos dos filhos e das filhas (Salmo 68.5;
o Criador de todas as coisas in- Provérbios 22.22-23). Enfim, o Deus
fluencia o nosso comportamento. que a Bíblia e este salmo apresen-
tam é um ser relacional que não
vive no isolamento, mas que trans-
borda para uma convivência de
amor e cuidado com sua criação.
NOSSA FÉ EM DEUS 25
muito maiores do que nós podemos um exercício. Se auto avalie duran-
imaginar, mas precisamos reconhe- te essa semana e veja como são
cer o quão desafiador é enxergar seus relacionamentos com as pes-
Deus dessa maneira, especialmente soas. Se tiver sempre a marca do
por tantas pessoas, vídeos, mensa- respeito e do cuidado, sua relação
gens e coisas do tipo, ficarem nos com o Senhor é de paternidade.
lembrando como Deus esmagará No entanto, no seu convívio com as
nossos inimigos etc. Está em nossas pessoas, você sempre percebe a
mãos o desafio de mudar essa pers- marca da dominação, da opressão
pectiva, tanto em nós, como na vida e coisas do tipo, talvez você esteja
das pessoas do nosso convívio. seguindo uma imagem domina-
dora de Deus e isso só poderá ser
alterado com uma busca constan-
te em oração, leitura da palavra e
jejum, para você experimentar o
amor e o cuidado do Senhor.
Dinâmica do dia
Material: Objetos diversos que podem ser associados aos pais: ca-
misas, canetas, bonés, chinelos, óculos, ferramentas, entre outros.
Como fazer?
Organize a turma em um grande círculo, ao centro, espalhe todos
os objetos da dinâmica. Peça aos alunos e alunas que observem e
identifiquem o objeto que mais se parece com seu pai ou respon-
sável. Quem escolher o mesmo objeto pode se reunir em grupo.
Após a escolha, promova um momento de partilha. Deixe que cada
pessoa explique a sua escolha e que conte um pouco sobre sua
relação com sua referência paterna e sobre sua relação com Deus,
como Pai que nos acolhe e nos ama.
Reflexão:
Neste momento de partilha, leve a turma a refletir sobre a imagem
de Deus como Pai. Tenha cuidado ao lidar com este assunto, pois
pode haver alunos e alunas que não tenham pai ou tenham algu-
ma dificuldade no relacionamento com o mesmo. Este é um bom
momento para conhecer um pouco mais a turma e também para
ajudá-los a superar as possíveis dificuldades. Respeite quem não
estiver à vontade para participar.
NOSSA FÉ EM DEUS 27
Passo a Passo
Inicie a aula com uma oração e com a Dinâmica do dia. Introduza o
assunto sobre relação paternal, sempre dando atenção às possíveis di-
ficuldades de relacionamentos que possam existir no meio familiar de
seus alunos e alunas. Dê continuidade ao estudo com a leitura do texto
bíblico e da revista do/a aluno/a.
A Igreja, no decorrer de sua história, sempre buscou mostrar o Deus
que ela segue. Por meio de palavras específicas, e a maioria delas tira-
das da Bíblia, o dia a dia do povo cristão passou a ser preenchido de
“definições” acerca do Eterno. Diz-se com muita felicidade que Deus é o
médico dos médicos, que é o criador de todas as coisas, que é o Senhor
dos exércitos e por aí vai. Só que de todas as expressões utilizadas, a
mais poderosa é Pai.
Apesar de ser uma palavra pequena, utilizá-la para fazer referência
ao Senhor é uma atitude que confronta o comportamento e a prática
de mostrar que o Senhor é um ser absolutista que, como um rei, possui
o poder absoluto, sobre tudo e sobre todos sem depender de nada ou
ninguém para isso.
No livro Teologia em curso, Claudio Ribeiro alerta para o fato de que
o deus absolutista e o Deus bíblico não são os mesmos. Existe uma sig-
nificativa diferença entre eles. Segundo o pastor, a noção absolutista
transmite a ideia de que deus tem domínio absoluto sobre a sua criação.
O ser humano ao segui-lo, busca esse mesmo poder e, como resultado
disso, faz com que suas relações e as escolhas feitas no convívio social
sejam sempre marcadas pela dominação. A visão absolutista mostra um
Senhor distante de toda a sua criação, fechado em si mesmo e que usa
sua palavra meramente para dar ordens.
O Deus bíblico é diferente, é um ser relacional que não cabe em si e
transborda para um relacionamento de amor com sua criação. Por isso,
Jesus e a fé cristã apresentam Deus como um Pai, pois Ele é uma relação
de amor com Filho, com o Espírito e com toda a criação. Essa visão,
também influencia as mulheres e os homens, só que aqui, há a busca
por relacionamentos concretos de igualdade e respeito, acontecem ex-
periências reais de aproximação entre pessoas, grupos, comunidades e
natureza.
Definir Deus apenas como poderoso, que guerreia, que mata os ini-
migos e coisas desse tipo, só mostra às sociedades que o Deus que deu
Seu filho em favor de toda a humanidade, não passa de um absolutista
Baú de ideias
Texto do pastor Claudio Ribeiro: O Deus que não cabe
em si. Retirado da revista Caminhando. Link de acesso:
https://goo.gl/cuJa3x. Acessado em 30/05/2018.
Anotações
NOSSA FÉ EM DEUS 29
Estudo 4
JESUS CRISTO –
FILHO DO HOMEM,
FILHO DE DEUS
Texto bíblico: Colossenses 1.13-22
versos 15-20, Paulo cita um hino
cristão primitivo que celebrava o
papel de Cristo na primeira e na
nova criação (2Coríntios 5.17). Se
pararmos para analisar, muitas
canções que conhecemos e que
cantamos nos cultos são inspira-
das neste hino.
Não dá para saber ao certo
quem escreveu esta poesia, se era
Muitos são os estilos de can- um hino já conhecido ou se foi o
ções cristãs que existem por aí. Há próprio apóstolo, mas não dá para
em todos os ritmos e para todos ignorar o fato de Paulo entender
os gostos musicais: rock, pop, for- a importância da poesia em meio
ró, sertanejo, clássico, eletrônico, aos seus discursos, pois existem
pagode, funk, entre outros. Há outros hinos espalhados em meio
canções evangélicas com os mais às suas cartas. A canção tem a ca-
variados temas também. pacidade de envolvimento maior
Algumas dessas canções de do que simples discursos.
louvor exaltam e revelam quem O hino de Colossenses 1.15-20
Jesus é. Você consegue se lembrar traz muitas referências do Antigo
de músicas que falam especifi- Testamento, é possível perceber re-
camente do Filho de Deus? Faça cordações de livros como Gênesis,
uma lista com seus amigos e ami- Provérbios, Jó, Salmos e outros. Ele
gas de turma. expressa Jesus Cristo como: a ima-
gem do Deus invisível, a sabedoria
de Deus, cabeça e princípio, mora-
da da Plenitude, o mais humano à
frente do gênero humano e de todo
universo criado. Algumas pessoas
só enxergam a plenitude da divin-
dade de Cristo. Na verdade, Paulo
sinalizava a humanidade de Jesus,
O texto bíblico desta lição se mostrando que a encarnação é co-
trata de um hino ou poesia sobre roada, ou seja, chega ao seu ápice,
Jesus Cristo, o Filho de Deus. Nos na morte e ressurreição.
NOSSA FÉ EM DEUS 31
porém nunca podemos negar que
Ele veio em carne e viveu entre nós
(João 1.14). Sua humanidade não
pode ser ignorada.
NOSSA FÉ EM DEUS 33
Aonde chegar
Destacar a pessoa de Cristo na história da humanidade e em seu rela-
cionamento com seu povo. Ressaltar a humanidade e a divindade de
Jesus Cristo, o Filho de Deus.
Dinâmica do dia
Faça no final da aula
Como fazer?
Projete um trecho do filme “Paixão de Cristo”, de Mel Gibson, o
qual mostra um momento de relacionamento entre Jesus e Maria,
sua mãe. Se preferir, vocês podem assistir ao filme completo ou
outras referências cinematográficas também. No Baú de ideias
estão disponíveis links para acesso.
Reflexão:
A cena destacada não está literalmente relatada nos Evangelhos,
mas demostra algo que raramente pensamos quando olhamos
para Cristo. O relacionamento entre filho e mãe, como um jovem
tendo uma vida normal em casa. Nada temos escrito a respeito
de Jesus em sua adolescência e juventude. Por isso, leve a turma
a refletir. Se não há relatos, provavelmente Jesus tinha uma rotina
normal como qualquer família judia da época.
Passo a Passo
Este estudo trata a segunda pessoa da Trindade: o Filho. Para isso,
trabalharemos as duas naturezas conciliadas em Jesus Cristo: a hu-
NOSSA FÉ EM DEUS 35
conhecedor da Torá, desenvolveu um relacionamento especial com Deus
e o invocava como “Abba” (Pai). Já em sua fase adulta, Jesus teve a cons-
ciência de que era Filho de Deus pois sabia de onde vinha e para onde
ia (João 8.14).
Ao considerarmos esses fatos, constatamos que as duas naturezas de
Jesus Cristo estão sempre articuladas. O ser divino de Jesus é revelado
em meio a sua humanidade que sofria com as pessoas pobres e peque-
ninas que eram marginalizadas em seu tempo. A compaixão e a miseri-
córdia que Ele exerceu por essas pessoas, o levou a confrontar religiosos
e políticos de sua época. Sua causa foi sempre revelar a chegada do
Reino de Deus que favorece a promoção da vida no exercício do amor,
do direito e da justiça.
Para finalizar a aula, converse com a classe na seção Fala aí! e de-
senvolva a Dinâmica do dia. Ao refletirem sobre o assunto, mostre a im-
portância de olhar para Jesus como um Deus perto de nós, que conhece
nossa humanidade.
Baú de ideias
Vídeo: Jesus beijando Maria. Disponível no link: https://
goo.gl/NuWjCT. Acesso em 09/04/2018.
Anotações
ESPÍRITO SANTO –
VENTO DIVINO
Texto bíblico: João 14.16-31
NOSSA FÉ EM DEUS 37
que o representa é Ruah (lê-se Ruá),
um substantivo feminino, que signi-
fica “ar em movimento”, o próprio
sopro de Deus. É esse vento que
traz vida à humanidade (Gênesis 1
e 2). Em Ezequiel 37.1-10, também
encontramos a ação do Vento/
Espírito trazendo vida e renovação,
em meio ao vale de ossos secos.
No Novo Testamento, a palavra
grega que representa o Espírito é
Alguém já teve a experiência Pneumatós ou Pneuma, substantivo
de encarar um ventania muito masculino, que significa “respiração
forte? Um guarda-chuva destruído ou fôlego de vida”. A câmara de bor-
pela força do vento? Compartilhe racha que enchemos de ar em um
com o grupo. carro ou bicicleta se chama pneu-
Pois é, em dia de ventanias, te- mático (ou pneu). O profissional de
mos dificuldade de pedalar na bi- medicina que cuida do pulmão e do
cibleta contra o vento, dificuldade sistema respiratório é pneumatolo-
para andar com o guarda-chuva gista, certo? Ambos os significados,
aberto ou para manter o cabelo no seja no hebraico ou no grego, têm a
lugar. Isso acontece porque é mui- ver com “ar” ou “vento”.
to difícil medir forças com o vento No texto de João 14, Jesus prome-
ou tentar controlá-lo. Na Bíblia, o teu enviar um Consolador que es-
Espírito Santo é associado a essa taria sempre conosco. Assim, uma
ventania. nova face desse Espírito é apresen-
tada a nós; agora, sabemos que
Ele renova, consola, traz a verdade
e nos fortalece na caminhada.
Lendo este texto, descobrimos que o
Espírito veio como nosso ajudador.
A palavra para Consolador no texto
original é literalmente: intercessor,
advogado, conselheiro de defesa
Espírito e vento não é uma mera – isso significa que o Espírito age
associação simbólica, na verdade para nos defender. Ele nos ajuda
a palavra “Espírito” nos idiomas a compreender o que há de errado
originais significa “ar”. No Antigo em nossas vidas e nos faz seguir
Testamento, a palavra hebraica pelo caminho da verdade.
Quem é que pode segurar o
vento? Qual é a pessoa que tem
Infelizmente, existem pessoas o poder de impedi-lo? A resposta
ou grupos que, de maneira igno- é única: ninguém. Quando uma
rante, afirmam: “nosso grupo tem ventania invade a nossa casa
o Espírito Santo” ou “aquele grupo através de uma porta ou janela
não tem o Espírito Santo”. Como aberta, ela provoca uma revira-
se sua presença ou unção pudesse -volta e é necessário esperar que
ser medida palpável e visivelmente. ela passe para que possamos
Esse tipo de afirmação é um grave limpar e organizar tudo o que
erro, pois o Espírito de Deus é livre e foi revirado. Quando o vento do
não pertence a ninguém, nós é que Espírito age em nossas vidas, ele
devemos pertencer a Ele. O Espírito também produz uma revira-volta.
é vento e sopra onde quer (João 3.8). Coisas ruins são dissipadas e no-
Muitos atributos podem ser atri- vas ideias surgem; conseguimos
buídos ao Espírito Santo de Deus, perceber com clareza o que está
mas o que Jesus destacou para certo e o que está errado.
seus discípulos e discípulas e para Esse vento também é o fôlego
nós, é a imagem do Consolador, que nos anima para prosseguir
do Ajudador divino. É Ele que ha- no plano certo. Quando somos
bita em nós, produzindo a energia cheios e cheias do Espírito Santo,
necessária para que a nossa vida nosso “gás” é renovado, trazendo
seja constantemente restaurada e, liberdade, verdade, ânimo, cora-
como Jesus prometeu, Ele estará gem e criatividade no caminho da
em nós até o fim. fé cristã.
NOSSA FÉ EM DEUS 39
Como o Espírito Santo age em Descerá sobre ti.
sua vida? E na vida de sua igreja? Disponível em: https://goo.gl/zSED54
Você já teve alguma experiên-
cia em que você tenha sentido
o vento do Espírito te conduzir?
Compartilhe com sua classe.
Dinâmica do dia
Material: Um ventilador ou mais.
Como fazer?
Antes que a turma entre na sala, coloque o ventilador em um lo-
cal estratégico e deixe-o ligado. Se for um dia frio, é provável que
incomode as pessoas. Em um dia quente, a atitude será elogiada.
De qualquer forma, estimule a classe a falar sobre a importância
do vento. Faça perguntas para motivar a participação dos alunos e
alunas, como introdução ao assunto da lição. Destaque a definição
de vento - “ar em movimento” – e sua importância como gerador de
energia.
Reflexão:
Leve a turma a refletir sobre o que o vento é e representa. Associe
a imagem do vento com o Espírito Santo (Atos 2), lembrando que
esse vento divino veio para restaurar o povo de Deus.
Passo a Passo
Recepcione a turma, dê início a aula com uma oração e introduza o
assunto conversando com seus alunos e alunas sobre o vento e sua
associação ao Espírito Santo. Para esta introdução, disponibilizamos
NOSSA FÉ EM DEUS 41
uma sugestão na Dinâmica do dia, além do Para início de conversa, no
conteúdo da revista do/a aluno/a.
O estudo de hoje está centrado na terceira pessoa da Trindade: o
Espírito Santo. É importante ressaltar que não existe uma hierarquia
nessa Trindade: Pai, Filho e Espírito – são três em um (como visto na lição
de número 2); cada um apresenta a sua característica e especificidade,
mas trata-se de um ser único e divino. Parece difícil pensar nesta possi-
bilidade, entretanto, é exatamente assim que cremos.
Ainda há muita gente que acredita que o Espírito Santo entrou em
nossa história a partir da experiência de Pentecostes, narrada em Atos
2, entretanto basta lermos Gênesis 1.2 e veremos que desde o início do
mundo o Espírito já se fazia presente.
No Antigo Testamento, a imagem do Espírito Santo, muitas vezes,
estava associada à sabedoria e à verdade. Era esse Espírito que des-
pertava e iluminava os profetas para anunciar as verdades do Reino de
Deus e para denunciar as injustiças presentes na sociedade. Depois, nas
narrativas do Novo Testamento, encontramos muitas passagens em que
a ação do Espírito se faz de maneira concreta e transformadora.
No AT, Espírito significa fôlego de vida e respiração (Gênesis 2.7 e
Isaías 57.16); já no NT, Ele está intimamente ligado ao poder de Deus e
a “energia” que impulsiona as pessoas cristãs para o anúncio das boas
novas (Atos 6.14-25).
O texto deste estudo (João 14.15-31) faz parte do bloco dos últimos
discursos de Jesus antes de passar pela morte e ressurreição. A comuni-
dade definida pelas pessoas que criam em Jesus recebeu dele a missão
de fazer as obras que Ele fez e coisas maiores ainda: “Em verdade, em
verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras
que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai”
(João14.12). Será que a comunidade seria capaz de cumprir a missão?
Com a ausência de Jesus, quem serviria de apoio e defesa?
É aí que entra a promessa do Espírito da Verdade, o qual é o Consolador,
aquele que seria como um advogado, um ajudador e suporte na missão.
Toda ação e missão de Jesus aconteceu por meio do Espírito, como bem
testemunhou João Batista: “Eu não o conhecia; aquele, porém, que me
enviou a batizar com água me disse: Aquele sobre quem vires descer e
pousar o Espírito, esse é o que batiza com o Espírito Santo” (João 1.33).
O próprio Jesus não agiu só, Ele se manteve em relacionamento com
o Pai e com seu Espírito (17.21). Dessa maneira, Ele jamais deixaria seus
discípulos e discípulas sozinhos. Ele prometeu e enviou o Parákleto – o
Baú de ideias
Música: Espírito, enche a minha vida. Letra disponível
no link: https://goo.gl/chRMxr. Acessado em 11/04/2018.
NOSSA FÉ EM DEUS 43
Estudo 6
SER HUMANO,
IMAGEM DE DEUS
Texto bíblico: Gênesis 1.26-28
tras estão cada vez mais distantes
das características divinas.
NOSSA FÉ EM DEUS 45
nistração para governar a Terra o ser humano pecaria? Não seria
e a criação. 3) Além disso, moral- mais fácil tirá-la dali?”. Vamos
mente, essa imagem faz com que pensar: se Deus cortasse a árvo-
os atributos de Deus sejam trans- re do conhecimento do bem e do
mitidos a toda criação através do mal, ele estaria podando a liber-
amor que o ser humano recebeu dade que Ele mesmo ofereceu à
do Senhor. humanidade. Ele nos criou livres!
O relato da criação de Gênesis Aquela ordem foi uma orientação
2.4 e os versículos seguintes, narra mostrando que nossas decisões
que Deus plantou um jardim no geram consequências. A mulher e
Éden. Lá tinha árvores bonitas e o homem caíram na conversa da
boas para o alimento, saía um serpente, que é a representação
rio para regar o jardim. Do pó da do mal. Ela e ele deixaram de
terra, Deus formou a humanida- acreditar na ordenança de Deus e
de – Adam – e a colocou no Éden escolheram acreditar nas palavras
com a missão de cultivar e cuidar sedutoras da serpente. Quando a
do jardim. Deus, então, deixa uma incredulidade chegou ao coração
ordenança: os frutos de todas as da mulher e do homem, caíram em
árvores poderiam ser comidos, desobediência, o que chamamos
menos os frutos da árvore do co- de “queda da humanidade”, ou
nhecimento do bem e do mal. Caso seja, o pecado distorceu a imagem
estes frutos fossem comidos, certa- de Deus que havia nela.
mente a humanidade morreria. Todos os dias, passamos por
situações difíceis, somos tentados/
as o tempo todo. E cada vez que
deixamos de acreditar nas orien-
tações de Deus para nós, cedemos
às seduções do mundo, isso nos
afasta da imagem e semelhança
de Deus em nós. Sempre que fa-
zemos o que desagrada a Deus
e rompemos com a harmonia da
criação, seja cometendo o mal
contra nós mesmos/as, contra as
Talvez você se pergunte: “Por outras pessoas ou contra a nature-
que Deus colocou essa árvore em za criada, nós negamos a essência
lugar de destaque sabendo que de Deus em nós.
NOSSA FÉ EM DEUS 47
Aonde chegar
Trabalhar o conceito da imagem de Deus impressa na humanidade, que
foi rompida através do pecado original. Afirmar que o resultado de uma
vida de cruz, em Jesus, é a restauração da imagem de Deus e do relacio-
namento perfeito com o Criador.
Dinâmica do dia
Material: Espelho de tamanho grande ou médio (mínimo de 30 cm).
Como fazer?
Arrume a turma em círculo. Passe o espelho a cada um dos alunos
e alunas. Peça que, ao se olharem no espelho, digam uma carac-
terística que eles/as tenham semelhante a alguém. Pode ser pai,
mãe, irmão, irmã, primo/a, ou até uma pessoa famosa. Depois que
toda a classe falar, afaste o espelho, de modo que todos/as consi-
gam ver seu reflexo. Analise as semelhanças e diferenças que eles/
as têm entre eles/as mesmos/as.
Reflexão:
Leve a turma a refletir sobre as semelhanças que eles/as imaginam
ter com Deus, o Criador. Afirme, ao final da dinâmica, que todas as
pessoas naquela sala de aula e em toda a face da Terra possuem
valor diante de Deus e podem resgatar a imagem e semelhança de
seu Criador.
Passo a Passo
Comece a aula com uma oração e a leitura bíblica, em seguida desen-
volva a dinâmica. Dê sequência à lição, acompanhando a leitura da
revista. O assunto estudado é cheio de conceitos teológicos, o que pode
NOSSA FÉ EM DEUS 49
corretamente, entre o bem e o mal. Essa é a primeira característica, co-
nhecida como imagem natural.
A segunda característica fundamental, para refletir a imagem de nos-
so Criador, é conhecida como imagem política, que é onde a imagem
de Deus deve ser refletida através da boa administração que o homem
e a mulher fazem da terra. Ela nos lembra de que o ser humano não
tem relação apenas um com o outro e com Deus, mas também com a
natureza e as outras criaturas.
A terceira e última é a imagem moral. Essa característica consiste em
que o ser humano reflita as mesmas características que existem no seu
Criador, ou seja, em Deus. Por exemplo, Deus é amor, consequentemen-
te, o homem e a mulher, ao serem criados, também estavam cheios de
amor. Deus é cheio de justiça, misericórdia e verdade, assim, também,
eram a mulher e o homem ao saírem das mãos de seu Criador.
Antes do pecado original e da queda, a imagem de Deus no ser hu-
mano estava perfeita. Mas o homem e a mulher caíram por um ato livre
de vontade, por incredulidade e desobediência, perdendo assim toda a
vida e corrompendo a imagem presente nele/a, dada por Deus. O pecado
cometido por Adão e Eva, que representam toda a humanidade, é fruto
da maldade que existe dentro do coração humano e, quando descumpri-
ram a orientação dada por Deus, toda a humanidade se afastou do rela-
cionamento e da imagem divina. Theodore Runyon, em A Nova Criação,
afirma que “quando esse afastamento ocorre, o relacionamento, no seu
verdadeiro sentido, morre e é substituído por outro, corrompido”, trazen-
do as marcas da insegurança humana, da ansiedade, do falso orgulho
e da irresponsabilidade. Contudo, há esperança.
Na aula seguinte, trataremos o assunto da redenção, a restauração da
imagem de Deus, por meio da Cruz. Para finalizar a aula, dê alguns mi-
nutos para que a turma reflita sobre suas ações, como sugerido na seção
Na Prática. Neste momento, alguma música poderia ser reproduzida,
ao vivo ou em mídia. Sugerimos a canção “Imagem e Semelhança”, na
revista do/a aluno/a e no Baú de ideias. Concluída a reflexão, termine
orando com os/as juvenis, acendendo a esperança de viverem refletindo
o Criador.
Baú de ideias
Música: Imagem e Semelhança – PG, álbum “Imagem
e Semelhança”. Disponível no YouTube, no link: goo.gl/
I19nNj. Acessado em 17/04/2018.
Anotações
NOSSA FÉ EM DEUS 51
Estudo 7
CRUZ – PODER
DE DEUS
Texto bíblico: 1 Coríntios 1.18-25
E você, o que pensa sobre
o símbolo da cruz? Como algo
tão “pesado” e “ruim”, pode ser
tão significativo em nossa fé?
Compartilhe com o grupo.
NOSSA FÉ EM DEUS 53
Imagine para um judeu pie- Principais significados da cruz:
doso aceitar que o Messias foi
crucificado e que Ele é o próprio Instrumento de reconciliação
Deus? Imagine um sábio grego (2Coríntios 5.18-21). A iniciativa
entender que a Divindade se en- da reconciliação foi de Deus!
carnou e que, feito carne, morreu Deus estava em Cristo reconci-
crucificado? Numa linguagem liando consigo o mundo.
clara, Paulo mostra as contradi- Instrumento de morte usado
ções que existem entre crer e não para trazer vida (João 3.14-
crer na palavra da cruz. De um 15; Números 21.4-9). Em Jesus
lado, está a sabedoria, de outro, Cristo, quem crê, recebe vida.
a loucura; de um lado, o poder, Estabelece pontes (Efésios
de outro, a fraqueza; de um lado, 2.13-16): entre Deus e o ser
a salvação, de outro, a perdição. humano, entre a própria hu-
O significado cristão da cruz manidade (não importando se
está diretamente ligado a duas judeus e gentios ou homens e
interpretações principais que o mulheres), entre a humanidade
Novo Testamento dá à morte de e a criação/meio ambiente.
Jesus Cristo: 1ª - Foi sacrifício ex- Nela, Cristo levou nossa culpa
piatório. No Antigo Testamento, e castigo (Colossenses 2.11-15).
sacrificava-se um animal no Altar do sacrifício (Hebreus
lugar do culpado ou de todo o 10.11-14). Jesus Cristo é ao
povo. Em lugar da pessoa culpa- mesmo tempo o sacerdote e o
da, portanto, derrama-se sangue sacrifício. Seu sacrifício foi ofe-
inocente. 2ª - A morte de Jesus recido uma única vez, e de uma
na cruz foi sacrifício vicário, ou vez por todas.
seja, alguém oferece sua vida em Sinal de que Jesus Cristo
lugar de outra pessoa. levou todos os nossos pecados
Ainda que a dúvida faça parte (1Pedro 2.21-24). Fomos perdoa-
da fé em determinado momento, dos e perdoadas!
não podemos permanecer na A mensagem da cruz nos
incredulidade. Enquanto uns pe- convida a seguir o Salvador
dem sinais e outros buscam sa- (Marcos 8.34). Cada pessoa que
bedoria, a Igreja deve anunciar se compromete com Jesus deve
o Cristo crucificado. Para quem assumir a cruz do discipulado
crê, Cristo Jesus é poder e sabe- (Mateus 10.34-39; Lucas 14.25-
doria de Deus. 33; Gálatas 2.19-20).
Ao recordar o significado da
cruz, vale considerar que ela não
deve ser motivo de superstição
ou crendice, nem utilizada como
amuleto mágico ou objeto de ve-
neração – assim como qualquer
Pense em sua vida e o que você
outro símbolo cristão. Contudo,
precisa crucificar. Quais pecados,
seus significados bíblico e teo- quais ações, quais atitudes, quais
lógico devem ser resgatados em medos devem ser pregados na
nossas celebrações cúlticas e de- cruz? Faça uma lista e apresente
vocionais, a fim de continuarmos diante de Deus, em um momento
anunciando a mensagem que ela de oração de renúncia e entrega,
nos traz. em favor da mudança de sua vida.
Como símbolo, a cruz apon- Peça a Deus que o seu poder e
ta para algo maior: representa sabedoria estejam sobre você. Se
esforce e coloque em prática o que
o evento único realizado por
você tem aprendido até agora.
Deus em Cristo Jesus por meio
do Espírito Santo: a grande sal-
vação do ser humano e de toda
criação. Olhar para a cruz de
Cristo nos lembra a responsabi-
lidade que temos de levar a nos-
sa própria cruz. Por meio da vida
de cruz, ou seja, vida de entrega
“Sim, eu amo a mensagem da cruz
e renúncia, podemos experimen-
Até morrer eu a vou proclamar
tar do poder e da sabedoria de Levarei eu também minha cruz
Deus. Até por uma coroa trocar.” (A men-
sagem da Cruz – Harpa Cristã)
#FlâmulaJuvenil #NossaféemDeus
NOSSA FÉ EM DEUS 55
Aonde chegar
Relembrar o sacrifício de Jesus destacando seus significados para a vida
humana e explicar o símbolo da cruz, reafirmando a mensagem reden-
tora da cruz de Cristo para a humanidade e a responsabilidade de cada
pessoa cristã assumir uma vida de cruz.
Dinâmica do dia
Faça no final da aula
Como fazer?
Distribua o material para todos os alunos e alunas e oriente-os a
fazerem uma cruz de papel. Nela, eles e elas escreverão os motivos
de oração e renúncia, como sugerido no Na prática. Depois pode-
rão guardar a cruz confeccionada como uma lembrança da aula.
Reflexão:
Após o momento de interação e trabalhos manuais, conduza o gru-
po de juvenis a refletir sobre o compromisso de tomar a cruz e viver
com o que ela representa para o povo cristão: poder e sabedoria
de Deus! Assumir a cruz, além de renúncia, é vida cheia de poder
e de sabedoria.
Passo a Passo
Inicie a aula orando com sua turma, lendo o texto bíblico e a seção Para
início de conversa, gerando um momento de debate sobre o símbolo da
cruz. Incentive seus alunos e alunas a refletirem sobre este objeto que
era instrumento de tortura e pena de morte. Falar de cruz é algo verda-
deiramente forte, pois uma ferramenta cruel tornou-se símbolo de uma
NOSSA FÉ EM DEUS 57
Em maior ou menor extensão, o tema da cruz versus sabedoria
continua até final do capítulo 3. A “palavra da cruz” se contrapõe à
“sabedoria humana”. Judeus e gregos reagem diante da cruz: para
o primeiro grupo é um escândalo, para o segundo, loucura. Parecem
reações diferentes, mas ao fim, a conclusão é a mesma: incredulidade.
Como diz Luís A. Schökel:
Anotações
NOSSA FÉ EM DEUS 59
Estudo 8
ARREPENDIMENTO
QUE GERA PERDÃO,
QUE GERA CURA
Texto bíblico: Atos 3.19-20; Isaías 43.25
Umas das dádivas mais lindas
e poderosas que o ser humano
pode receber de Deus é o seu
perdão. É linda porque reflete a
Quando passamos por alguma imensidão do seu amor e miseri-
situação que nos marca ou nos córdia. É poderosa porque é força
fere, é difícil esquecermos. Se que liberta e traz paz para quem o
essa marca ou ferida é causada recebe (Salmo 32).
por alguma pessoa, parece ser Como vimos no estudo anterior, a
mais difícil ainda! É verdade que Cruz de Cristo foi o instrumento que
podemos nos esquecer de várias possibilitou a redenção da humani-
situações e pessoas, mas quando dade. Por meio do sacrifício de nos-
estamos feridos e feridas, isso so Senhor Jesus, todas as pessoas
não sai da nossa cabeça. Alguém que creem alcançam a salvação
do grupo já teve a experiência de de suas almas, por meio do perdão
perdoar e esquecer o mal feito oferecido por Ele (Atos 16.30-31).
contra você? Compartilhe! Este perdão para a salvação
Todos os nossos pecados ge- diz respeito aos pecados adqui-
ram marcas e são transgressões ridos pela “queda”, quando o ser
contra Deus (Salmo 51.4a). Porém humano perdeu a sua comunhão
Deus, que é rico em misericórdia, com o Criador, conforme a lição 6.
não somente nos perdoa essas Todavia, a Bíblia nos mostra, per-
transgressões, como também não sonagem após personagem, que o
se lembra dos nossos pecados. Ao pecado ainda habita em nós. O ser
nos perdoar, Deus esquece! Nesta humano é, em sua própria nature-
lição, aprenderemos sobre nosso za, inclinado ao mal. Jesus mesmo
arrependimento e sobre o perdão instruiu sobre a importância de “vi-
de Deus, esse incrível presente giar e orar” para não cair em tenta-
para nós. ção (Mateus 26.41), dado ao fato de
que “o pecado jaz à porta...” e cabe
a nós dominá-lo (Gênesis 4.7).
NOSSA FÉ EM DEUS 61
Mesmo após termos sido justifi- humano, é o convite para o arre-
cados e justificadas, continuamos a pendimento e conversão. Por meio
cometer pecados. Cremos que após deste ato de fé, nossos pecados são
receber o Espírito Santo, ainda é pos- cancelados, recebemos o refrigério
sível nos afastar da graça recebida, para nossa alma e também recebe-
mas por essa graça de Deus, pode- mos o Espírito de Cristo em nós.
mos nos levantar e recomeçar a vida. O profeta Isaías declarou o
O perdão, para quem o recebe, que estava no coração de Deus:
é força transformadora. O apóstolo “Eu, eu mesmo, sou o que apa-
Pedro sabia disso. Ele alcançou o go as tuas transgressões por amor
perdão de Deus, após ter negado a de mim e dos teus pecados não
Cristo no momento da crucificação me lembro” (Isaías 43.25). Deus
(Lucas 22.54-62). Perdoado e com faz uma aliança com seus servos
sua vida transformada, pregou e servas de não somente conceder
o Evangelho de Cristo para as o perdão, mas também apagar
pessoas que tinham acabado de a culpa, ou seja, Ele jamais trará
presenciar a cura de um coxo (Atos diante de nós nossos erros do
3.1-12). Após lembrar-lhes o ocor- passado, pois eles dizem respeito
rido com Jesus de Nazaré, que foi à velha natureza, e para Deus,
crucificado, Pedro afirma que pelos
toda pessoa que o recebe, torna-se
pecados deles é que o Autor da Vida
nova criatura (1Coríntios 5.17).
foi morto, mas Deus o ressuscitou
Raramente, esquecemos quando
(vv.13-15). Pedro não queria trazer
passamos por algum tipo de ofensa.
culpa para seus ouvintes, mas liber-
Falamos para as pessoas constante-
tação, por isso, falou sobre o perdão
mente, publicamos nas redes sociais
de Deus que alcança e transforma
(o que não é o aconselhável), reto-
as pessoas pecadoras.
mamos sempre o assunto, acusando
quem nos fez mal. Diferente de nós,
Deus, pelo seu poder, cancela nossos
pecados - o que nos prendia à opres-
são do inimigo - e nos torna livres de
toda culpa (Colossenses 2.13-15).
Ainda que o acusador (Apocalipse
12.10) insista em nos lembrar das
coisas que fizemos durante o tempo
da desobediência.
O pecado pesa, oprime e angus-
Lembrar o sacrifício de Cristo tia a alma, porque nos afasta de
e expor a maldade do coração Deus e de seus propósitos para nós,
NOSSA FÉ EM DEUS 63
Aonde chegar
Aprofundar a discussão sobre arrependimento e perdão, que transforma
as pessoas pecadoras. Dialogar, a partir da experiência e pregação do
apóstolo Pedro, que perdão é graça e libertação.
Dinâmica do dia
Material: História sobre o perdão e o mar
Reflexão:
Conversando com a turma, reflita sobre o tema do arrependimento
e do perdão. Como ainda é difícil para muitas pessoas lidarem com
isso. A maioria delas têm dificuldades de lidar com o perdão, seja
em relação alguém que as feriu, alguém que elas feriram ou consigo
mesmas. É certo que Deus nos perdoa os pecados arrependidos, por
isso nós podemos perdoar e nos sentir perdoados/as!
Passo a Passo
Para iniciar o tema desta lição, compartilhe com a classe a história da
Dinâmica do dia, sobre o perdão de pecados. Introduza o assunto da
revista com o Para início de conversa e dê continuidade, lendo os textos
bíblicos e passando o conteúdo da revista para seus alunos e alunas.
A palavra “perdão” tem muitos sentidos; um deles é “saldar uma dívida”
(Mateus 6.12; 9.2, 5 e 6). Em linguagem jurídica, a pessoa devedora, ao ser
inocentada, não deve mais nada àquela que é a credora (Lucas 7.41-47).
No âmbito cristão, a pessoa pecadora é a devedora, e Deus, com sua graça,
perdoa-lhe a dívida. Ao absolver o pecador e a pecadora, Deus o/a libera
para uma nova vida, regenerada e santificada pelo Espírito. O perdão é tão
importante que é um preceito que perpassa toda a tradição judaico-cristã.
Ele deve ser experimentado em nível pessoal e coletivo e só pode ser
alcançado, mediante o arrependimento sincero, doação e entrega vo-
luntária (1João 1.9). Todas as pessoas são pecadoras (Romanos 3.9-10);
todas precisam receber o perdão; todas devem perdoar. Sem disposição
e humildade não há processo curativo e remissão de pecados.
O perdão de Deus nos é dado mediante a sua graça e temos acesso
a Ele mediante o reconhecimento de nossas falhas, culpas e limitações.
Deus, em seu infinito amor e misericórdia, acolhe o mais terrível peca-
dor; a mais terrível pecadora.
O arrependimento não é uma condição para o perdão, se assim o
fosse não seria um ato da graça divina, mas uma moeda de troca. O
arrependimento é uma demonstração de que estamos dispostos e dis-
postas a consertarmos nossos caminhos e voltarmos para o caminho do
NOSSA FÉ EM DEUS 65
Senhor. Quem experimenta isso, alcança, além do perdão, o consolo e
a paz.
Na Nova Aliança, Deus cancelou os débitos da humanidade ao ofe-
recer-se voluntária e gratuitamente na pessoa de Jesus Cristo. A graça
sempre será maior que a vida, não sendo possível viver sem ela. Dessa
maneira, somos incentivados e incentivadas a perdoar quem nos magoa
e faz sofrer.
Quando perdoamos, permitimos que as pessoas vivam em paz con-
sigo mesmas, conosco e com Deus. À medida que perdoamos, anuncia-
mos a Jesus Cristo, o Senhor, que universalizou o perdão à toda criatura.
Desta forma, o perdão torna-se um meio poderoso de evangelização,
pois por meio dele, afirmamos que Cristo está em nosso meio, enraizado
em nossa experiência pessoal e coletiva.
Antes de encerrar a aula, dê oportunidade para algumas pessoas
que queiram compartilhar sua própria experiência em perdoar ou ser
perdoado. Conversem sobre o tema e desafie a turma a colocarem em
prática o perdão. Ore com seus alunos e alunas.
Baú de ideias
Ilustração da Dinâmica do dia, de Laura E. Clemente.
Disponível no link: https://goo.gl/wMcrUa. Acesso em
28/04/2018.
Anotações
A OPORTUNIDADE
DE RECOMEÇAR
Texto bíblico: Ezequiel 11.19 e 36.26
NOSSA FÉ EM DEUS 67
Ezequiel foi profeta no período
do cativeiro da Babilônia, por vol-
ta de 550 a.C. Os exilados judeus
viviam em situações muito difíceis. Ao criar a vida humana, Deus a
Condenados a trabalhos forçados, fez com perfeição, mas o pecado
sofriam também por se encontrar
deturpou o coração da humanida-
longe da pátria, de sua cidade e de
sua religião. de, afastando-a da presença divi-
A morte estava no coração do na. Este pecado original passou a
povo - morte social, espiritual e todos os seres humanos, pois todos
da esperança. O povo de Israel pecaram (Romanos 5.12), como
estava vivendo uma realidade to- vimos no estudo 6. O pecado pas-
talmente diferente ao projeto inicial sou a reinar na própria natureza
de Deus. Seus corações estavam
humana. O seu espírito passou a
duros e insensíveis diante de tantas
privações. Porém, Deus prometeu ser possuído e dominado pelas
restauração e salvação diante do consequências do pecado.
“vale de ossos secos” que estavam Como o homem e a mulher não
vivendo (Ezequiel 37). podiam ter a salvação por méritos
Deus disse ao povo, por intermé- próprios, a solução de Deus vem
dio de Ezequiel que lhes daria um da sua imensa graça em Cristo
novo coração e um espírito novo. Jesus. Graça é a ação gratuita de
Estas palavras de Ezequiel são figu-
Deus em nos salvar. Todas as bên-
ras da salvação e do novo nascimen-
to que ocorrem no espírito humano. çãos que Deus tem nos concedido
Deus retira o nosso coração de pedra são simplesmente por sua graça,
e nos dá um novo coração. Passamos generosidade ou favor. Tudo é pela
a ter a natureza divina que nos faz graça e não pelos méritos nossos,
viver a salvação de Deus em todos as pois o ser humano não tem direi-
áreas da vida. Espiritualmente o ser to à menor misericórdia. Assim,
humano vive em um cativeiro existen-
também a salvação é adquirida
cial e espiritual. Somente através de
Jesus, ele consegue uma nova vida, pela sua graça, e não pelas nos-
um novo nascimento, e assim tem sas obras (Efésios 2.8). Contudo, a
condições de viver o Reino de Deus graça de Deus dá a cada pessoa
(João 3.1-12). a opção de aceitá-la ou rejeitá-la.
Será que podemos perder a
salvação?
Cremos que mesmo depois de nos
tornar discípulos e discípulas de
Jesus, estamos sujeitos a cair da
graça de Deus e perder a salva-
ção. Podemos usar a liberdade
que Ele nos deu até para abando-
nar a fé em Cristo, mesmo depois
de provar seu amor (1 Timóteo Deus atua dentro do espírito hu-
4.1). Um dos primeiros sintomas mano por meio da salvação e do
da queda é o pecado, o abandono novo nascimento. Somos restaura-
da igreja e consequentemente a dos e restauradas de dentro para
falta de comunhão com as coisas fora, pela graça justificadora do
de Deus. Senhor. Nosso coração é restaura-
do para uma nova vida. “E, assim,
Será que existem pessoas se alguém está em Cristo, é nova
destinadas para a salvação e criatura; as coisas antigas já pas-
outras para a perdição? saram; eis que se fizeram novas”
Não acreditamos nisto. A doutrina (2Coríntios 5.17).
da predestinação “afirma que O novo nascimento e a salva-
todos os seres humanos perde- ção são presentes de Deus que
ram o direito da salvação. Sendo aceitamos pela fé. Paulo diz que
assim, Deus, através da eleição, éramos filhos/as da ira e da de-
escolheu, pela sua misericórdia, sobediência, mas Deus nos sal-
alguns para a salvação. Não cre- vou mediante a graça e a fé. Ele
mos dessa forma”. vivificou, nos ressuscitou e nos fez
Cremos que a vontade de Deus assentar em lugares celestiais.
é salvar a toda a humanidade, Hoje somos feituras de Deus para
contudo a pessoa tem a liberdade as boas obras (Leia Efésios 2.1-
de optar por estar ou não aberta 10). Fomos salvos e salvas para
a esta graça pela fé. Como Paulo abençoar o próximo e sinalizar
escreveu a Timóteo: “Porque isto é o Reino de Deus na sociedade.
bom e agradável diante de Deus Nossa salvação e novo nascimen-
nosso Salvador, que quer que to precisam ser reconhecidos por
todas as pessoas se salvem, e nossas atitudes e valores.
venham ao conhecimento da ver-
dade” (1Timóteo 2.3-4).
NOSSA FÉ EM DEUS 69
é salvo/a ou não, porém podemos
ver os frutos da nova vida na pes-
soa. Reúna com o grupo e com seu
professor ou professora e converse
sobre quais são os frutos de uma
pessoa salva. Assim feito, esforce-
A salvação não é um esforço hu- -se para viver e desenvolver a sal-
mano. Como então o ser humano vação recebida de Deus.
pode ser salvo?
Como a nossa salvação pode in-
fluenciar positivamente as pessoas
e melhorar os relacionamentos?
Dinâmica do dia
Material: História sobre um canibal convertido.
Como fazer?
Use a história como quebra-gelo, assim que receber seus alunos e
alunas.
Reflexão:
A história é um exemplo de alguém que abraçou a fé cristã e se deixou
ser transformado por Deus em seu interior. Essa nova vida é gerada
em nós pelo Espírito de Deus que nos transforma em novas criaturas.
A salvação e o novo nascimento nos possibilitam ser novas pessoas.
NOSSA FÉ EM DEUS 71
Passo a Passo
Acolha sua turma e ore com ela. Quebre o gelo com a história proposta
na dinâmica. Construa o conteúdo com seus alunos e alunas, falando
sobre a doutrina da Salvação e do Novo Nascimento. Permita que eles
e elas tirem suas dúvidas. Caso você, professor ou professora, não
souber responder alguma questão específica, consulte seu pastor ou
pastora e depois leve a resposta à turma. Para o/a embasar acerca
deste assunto, selecionamos alguns textos que mostram o pensamen-
to wesleyano.
John Wesley, em seu sermão sobre o Novo Nascimento, explica a ne-
cessidade da salvação mediante o novo nascimento. Ele diz que o ser
humano foi criado à imagem e semelhança de Deus mas, com o pecado,
o ser humano herdou a natureza do diabo em seu coração – a natureza
da rebelião contra Deus e seus princípios. Wesley diz:
NOSSA FÉ EM DEUS 73
Cremos que qualquer pessoa pode ser salva e que qualquer pessoa
salva pode perder a salvação. Não cremos na predestinação como livre
escolha de Deus que seleciona uns para o céu e outros para o inferno.
Cremos também que a salvação pode ser desenvolvida mediante as dis-
ciplinas espirituais; ou, por outro lado, pode morrer aos poucos através
das práticas do pecado e da injustiça. Após recebermos a salvação e
nascermos de novo, precisamos continuar vigiando nossa vida contra as
inclinações da carne. Seremos homens e mulheres perfeitos somente na
glória de Deus. Somos salvos e salvas, libertos e libertas, mas continua-
mos dependendo unicamente da graça santificadora para permanecer
no caminho da salvação.
Ao encerrar a aula, converse com seus alunos e alunas na seção Fala
aí e aprofunde a discussão com a proposta Na prática. Evidencie na
classe a importância de desenvolvermos e cuidarmos da salvação que
Deus nos deu por sua graça divina.
Baú de ideias
História da Dinâmica, disponível em: https://goo.gl/
E384yo. Acesso em: 18/04/2018.
EXERCITAR
O ESPÍRITO!
Texto bíblico: Mateus 26.41 e 1 Coríntios 9.24-27
NOSSA FÉ EM DEUS 75
a carne é fraca”. O Senhor Jesus
orienta à prática da vigilância e
da oração. Duas disciplinas espi-
rituais que nos resguarda de cair-
mos nas tentações. Nosso espírito
humano está sempre pronto, mas
temos limitações em nossa vida
O termo “meios de graça” não física e emocional. Nem sempre
consta na Bíblia. É uma expressão fazemos o que desejamos – Paulo
usada por John Wesley que enxer- relata esta batalha interior em
gava em algumas práticas, meios Romanos 7.18-23.
de se alcançar a graça divina. Os Isso significa que a nossa vida
principais meios de graça na tradi- espiritual não é automática. Se
ção wesleyana são “a oração, seja não nos disciplinarmos, como fa-
secreta ou juntamente com a con- zem os atletas, não conseguiremos
gregação; o estudo das Escrituras ter uma vida constante de oração,
(que compreende a leitura, au- jejum, leitura bíblica e cuidado
dição e meditação delas); e a com o próximo. É nesse contexto
participação da Ceia do Senhor, que está o texto de 1 Coríntios.
comendo o pão e bebendo o vinho Atletas correm para conseguir um
em memória de Cristo”. “prêmio”, buscam alcançar uma
Temos dois textos principais coroa corruptível; nós, porém, a
para esta lição. Em Mateus, o incorruptível.
Senhor Jesus está no Jardim do
Getsêmani, aos pés do Monte das
Oliveiras. É a quinta-feira santa. O
Mestre já havia ceado a Páscoa e
instituído a ceia memorial de sua
morte. Segundo a tradição, essa
ceia ocorreu no cenáculo que fica
no Monte Sião. Após a ceia, Jesus
levou seus discípulos até o jardim
em que costumava orar. Era seu
lugar secreto de oração.
É nesse cenário, que Jesus en- Como vimos, as disciplinas es-
contra, três vezes, seus discípulos pirituais são meios de graça que
dormindo e diz: “Vigiai e orai, para nos auxiliam a viver o plano de
que não entreis em tentação; o es- Deus em todas as áreas de nossa
pírito, na verdade, está pronto, mas vida. Essa prática sempre foi ênfa-
se na tradição wesleyana, desde a marcada pela amplitude, com a in-
sua origem. Mas, como podemos clusão de outras literaturas, desde
desenvolver uma vida devocional que o filtro seja a Palavra de Deus.
e espiritualmente disciplinada? É importante termos em mente
Primeiramente, nossa vida que a nossa espiritualidade pes-
devocional deve ser marcada soal não substitui a igreja. Celebrar
pelo realismo, isto é, não exis- e cultuar a Deus com a nossa comu-
te perfeição, devemos “cair na nidade de fé, ouvir as orientações
real”. Ninguém consegue ter uma e ensinamentos do Senhor dados
vida espiritual sublime e estável. à sua Igreja, participar da Santa
Sempre haverá uma luta interna Ceia, observar as festividades e
para vivermos as disciplinas es- atividades da igreja, nos torna pes-
pirituais. Não é só com você, todo soas conectadas com o Corpo de
mundo vive esse conflito. Porém, Cristo. O avivamento que podemos
é importante entendermos que viver nunca diminui o significado
a disciplina requer fidelidade e nem a dimensão da Igreja e de sua
comprometimento. Não é porque é liturgia (serviço de culto).
difícil que devemos desistir, na ver-
dade temos que lutar para sermos
constantes (2 Tessalonicenses 3.5).
Outro ponto fundamental é que
não podemos basear a nossa vida
espiritual em nossas emoções. Ela
tem que resultar do nosso sentido
de necessidade. Cabe a nós o
esforço para fazer o que é certo,
mesmo quando não há boas emo-
ções. Se permanecemos confian- Diferente do que algumas pes-
tes de que Deus está fazendo sua soas possam entender, a prática
obra em nossas vidas, Ele mesmo da nossa espiritualidade e vida
gerará em nós os sentimentos de devocional não nos torna pessoas
satisfação e alegria. isoladas. Quando nos relaciona-
O alicerce da nossa vida espi- mos com Deus, somos impulsio-
ritual é a Bíblia. Devemos seguir nados/as a compartilhar nossas
suas instruções com respeito a experiências com as outras pes-
todas as coisas, sejam grandes ou soas. Nos inspiramos em outras
pequenas. A Bíblia é a base, mas experiências e podemos orientar
nossa leitura não precisa se limitar o progresso espiritual de outras
a ela. Nossa devocional pode ser pessoas também. É indispensável
NOSSA FÉ EM DEUS 77
vivermos em comunhão e não vi-
vermos sozinhos e sozinhas.
Os meios de graça e as disci-
plinas espirituais não são meros
exercícios espirituais. Sua força
está na comunhão com o Senhor
Jesus. É uma relação de intimi-
dade, amor e convivência com a
Santíssima Trindade. Esta relação
com Deus nos leva a obras de
justiça e misericórdia para com o
próximo. Quanto mais próximos/as
de Deus, mais seremos o braço do
Senhor no mundo.
Dinâmica do dia
Material: 4 copos descartáveis de 50 ml (copos de cafezinho), 4
copos descartáveis de 200ml, 4 copos de vidro ou outro material re-
sistente, 7 placas de papelão (podem ser substituídos por cadernos
finos ou apostilas), 6 folhas de papel, uma resma de folha de papel
fechada (1 pct fechado de 500 folhas), 1 Bíblia.
Como fazer?
A dinâmica possui bastante detalhes. A dividimos em 6 partes,
caso tenha dificuldade de entender, veja o link sugerido no Baú de
ideias, para o/a ajudar na execução da dinâmica.
NOSSA FÉ EM DEUS 79
Mas, muitas vezes, tentamos construir nosso prédio pelos nossos
próprios esforços. Professor ou professora, nessa hora você irá
posicionar os 4 copos de 50 ml, formando uma base. Peça que os
alunos coloquem por cima da base de copos cada uma das placas
representando os “andares” do prédio.
4ª parte: Peça para que os alunos e as alunas vejam como ficou
o prédio, nesse momento você pega a resma de folhas, mostra o
tamanho dos problemas e joga sobre o prédio, amassando, assim,
a base de copinhos de café. Converse sobre isso com eles e elas.
5ª parte: Reconstrua o prédio, mas agora com uma base mais alta,
usando os copos de 200ml. Proceda da mesma forma, colocando
placa por placa e por cima de tudo, o pacote com os “problemas”.
Também amassando os copos descartáveis. Converse sobre essa
segunda tentativa, sobre nossos esforços.
6ª parte: Fale com a turma sobre a importância da base da nossa vida
ser construída por meio da oração, das disciplinas espirituais e outros
meios de graça. Se concentrarmos nossos esforços em estarmos com o
Senhor, em fortalecermos e exercitarmos nossa vida espiritual, o alicerce
do prédio da nossa vida nunca será fraco como os copos descartáveis.
Posicione, agora, os 4 copos mais resistentes, de vidro ou outro
material. Faça o mesmo com cada “andar” e com os “problemas”.
TENHA CUIDADO COM A SUPERFÍCIE UTILIZADA, POIS OS
COPOS PODEM ESCORREGAR. Dessa vez, o prédio continuará
com o alicerce forte. Por fim, coloque sobre os problemas a Bíblia,
representando a vida ministerial e de serviço a Deus.
Reflexão:
Semelhante a um atleta que exercita seu corpo, nós temos que exer-
citar nos espírito. Ao final de todas as etapas, leve a classe a refletir,
mostrando que quando o alicerce do “nosso prédio” é a vida com
Deus, podem vir os problemas, mas os sonhos, a família, os projetos
continuarão de pé e podemos servir ao Senhor com todo o nosso viver.
Passo a Passo
Para começar a aula, após orar com a classe e ler os textos bíblicos
em destaque, pergunte aos alunos e alunas sobre a prática de esportes
NOSSA FÉ EM DEUS 81
Termine a aula estimulando a turma a ter uma vida devocional de
valor com oração e leitura da Bíblia Sagrada (você pode sugerir o uso do
devocionário No Cenáculo ou outros). Também incentive sobre a prática
do culto doméstico somente entre a família, como tempo de intimida-
de familiar. Compartilhe a necessidade de preparação prévia para a
participação da Ceia do Senhor, para que a mesma seja vivida como
um meio de graça e não apenas como um ritual vazio e repetitivo. Na
seção Na prática, enfatize a necessidade de se começar os exercícios
espirituais, até que se torne um hábito de vida!
Baú de ideias
Sermão nº 16 de John Wesley: Os meios de gra-
ça. Disponível em: https://goo.gl/oe5ycv. Acesso em
18/04/2018.
Anotações
SANTIDADE
NESTE MUNDO,
É POSSÍVEL?
Texto bíblico: 1 Pedro 2.1-10
NOSSA FÉ EM DEUS 83
O texto da lição é uma continui-
dade do assunto apresentado no
capítulo anterior, quando Pedro,
escrevendo “aos eleitos”, relembra
Neste estudo, vamos falar so- a graça que os alcançou (1 Pedro
bre santificação. É possível uma 1.1-3). O apóstolo Pedro também
pessoa ser santa neste mundo? afirma que essa graça que possi-
Em sua opinião, como vive uma bilitou nova vida, foi manifestada
pessoa santa? O que você pensa com um propósito: “para uma he-
sobre isso? rança incorruptível... reservada nos
Santificação é uma doutrina céus... para a salvação preparada
bíblica. Precisamos buscar en- para revelar-se no último tempo...
tendê-la, pois ainda há dúvidas obtendo o fim da vossa fé: a salva-
sobre ela. Muitas pessoas têm ção da vossa alma” (1.4-5 e 9).
dificuldades de se verem como Isso significa que o sacrifício
pessoas santas, porque acredi- de Cristo que transformou a vida
tam que esse termo só se destina do povo cristão, reservava ainda
a pessoas especiais demais para a bênção da vida eterna/salva-
Deus, como se não fossem deste ção. Mas, para chegar ao céu
mundo. Por outro lado, outras têm e alcançar essa salvação, era
uma compreensão ainda mais necessário viver a vida terrena de
equivocada e se acham santas, maneira sóbria, em obediência
quando, na verdade, os sinais e rejeitando as antigas paixões.
desta santificação estão muito Essa conduta era o caminho para
longe de sua vida. a santidade (1.13-16).
A maioria dessas pessoas cris-
tãs que Pedro se dirigia era con-
vertida do paganismo. Abraçaram
a fé em Cristo, porém passaram
a sofrer perseguições (4.12-14).
Pedro as convida a reagirem com
outras atitudes, abandonando
toda maldade, dolo (engano), hi- divina. Só o Espírito que é Santo
pocrisia e inveja (2.1). E as exorta a pode nos santificar. A imagem da
encherem suas vidas daquilo que pedra angular (símbolo de Cristo)
edificava e produzia crescimento que dava sustentação a outras pe-
espiritual (2.2-5). Nesta carta de dras e a todo o edifício, nos lembra
Pedro, há lições valiosas sobre ainda nossa dependência de Jesus
o processo de santificação que Cristo – pedra viva. Nós, discípulos
devemos viver e que nos habilita e discípulas de Cristo, casa espiri-
para servirmos a Deus, principal- tual, não realizamos boas obras ou
mente em tempos difíceis. vivemos em santidade por méritos
próprios ou capacidade humana,
mas porque Cristo nos sustenta
com sua graça e amor. Ele é a sus-
tentação de nossa vida santificada,
fé e esperança. Assim como Ele nos
sustenta, nós, como pedras vivas,
devemos sustentar outros irmãos e
irmãs e sinalizar o amor de Deus
ao mundo, ainda que algumas pes-
soas o rejeitem (2.4-8).
NOSSA FÉ EM DEUS 85
santo ou santa não é ser uma pes- postura que, antes de Cristo, você
soa alienada (alheia) do mundo. tinha e hoje não tem mais.
Não entendemos a santidade como O que podemos fazer para
uma mera experiência pessoal, permanecer no processo de santi-
mas uma prática que leva também ficação?
a implicações sociais. Assim, a vida
cristã deve nos levar a mudanças
de caráter e também de práticas.
Em Cristo, por intermédio da
conversão, regeneração e novo
nascimento, fomos santificados/
as e inseridos/as na família da fé. Quais frutos de santidade você
Por meio dele, nos tornamos nova tem gerado? Quais frutos pode-
Israel, “raça eleita, sacerdócio real, mos gerar? Wesley afirmou que
nação santa, povo de propriedade não conhecia santidade que não
exclusiva de Deus”. Nós fomos liber- fosse social. Pense, juntamente
tos e libertas do pecado e do mal com seu grupo, em ações a serem
por intermédio de Cristo, e por seu feitas, que revelam as virtudes do
Espírito, capacitados e capacitadas caminho da santificação.
a nos tornar pessoas santas, não
para nos vangloriar, mas para pro-
clamarmos e testemunharmos as
virtudes daquele que nos chamou
“para a sua maravilhosa luz” (v.9).
Dinâmica do dia
Material: cartaz, canetas, giz, quadro ou lousa.
Como fazer?
Pergunte à classe: “O que é tão importante na sua vida que você
pede por isso a Deus em todas as suas orações?”. Vá anotando
as respostas no quadro ou cartaz, distribuindo as palavras de
forma que o centro do cartaz ou quadro fique vazio. Após anotar
as respostas, escreva no centro “SANTIDADE”. Caso alguém fale
“santidade” durante as respostas, pergunte o motivo que o/a levou
a falar essa palavra.
Reflexão:
Comente sobre o fato de que muitas vezes buscamos coisas que
queremos e julgamos serem importantes para nós, que acabamos
esquecendo de pedir o que mais precisamos: a santificação, que é
essencial para o desenvolvimento de nossa vida com Deus e “sem
a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12.14). Reflita com seus
alunos e alunas se é possível viver essa santidade nos dias atuais.
Passo a Passo
Antes de tudo, antes mesmo de abrir a revista, inicie a aula com a
Dinâmica do dia e depois siga com a seção Para início de conversa.
NOSSA FÉ EM DEUS 87
Faça a ligação entre a reflexão da dinâmica e a introdução da aula, de-
senvolvendo uma conversa com sua turma sobre a vida em santificação
nos dias de hoje. Mostre que é possível sim, viver em santidade, mas
para isso é importante entendermos o que acreditamos a respeito da
santificação ou perfeição cristã. Ore, leia o texto bíblico e dê seguimento
à aula.
Na Bíblia, vemos que Deus é um Deus de santidade e convida o seu
povo para ser santo (1 Pedro 1.15-16). A partir desta afirmação, Pedro es-
creve sobre o caminho da santificação e os deveres dos cristãos e cristãs
como casa espiritual edificada em Cristo, sendo Ele a pedra angular.
Pedro descreve as pessoas cristãs como “pedras que vivem”. Elas, em
toda parte, constituem uma casa espiritual, a Igreja. O apóstolo então
combina outra figura, descrevendo cristãos e cristãs como sacerdotes
que oferecem sacrifícios espirituais nesse “templo vivo”, através de Jesus
Cristo, nosso sumo sacerdote celestial (veja Hebreus 4.14). Pedro, tam-
bém, aconselha aos seus leitores que abandonem a vida de pecado e
passem a viver em santidade alimentando-se do alimento espiritual que
é a Palavra de Deus.
Que coisas são estas? Elas são: maldade (malícia e costumes corrup-
tos do mundo sem Cristo) e dolo (procedimento fraudulento), hipocrisia
(falsidade, dissimulação), inveja (desejo incontido de ter o que é de
outras pessoas) e maledicências (falar mal de quem não está presente,
seja verdade ou não).
Despir-se e desprender-se dessas coisas faz parte do processo con-
tínuo que é a santificação. Por isso, é importante entendermos que a
santificação é um convite constante à vida cristã e não se encerra
com o novo nascimento ou batismo (1 Pedro 2.1-3). O caminho para isso
passa pelo alimento diário da Palavra de Deus e a observância de seus
princípios em nossa vida. O conhecimento e prática da Palavra (Tiago
1.22) nos leva a correções dos vícios e assimilação de novas práticas.
Além disso, a Palavra nos dá princípios para a boa vivência comunitária.
Baú de ideias
Música: Paulo César Baruk - Até Que Nada Mais Importe.
Disponível em: https://goo.gl/pWsFDN. Acesso em 23/03/18.
NOSSA FÉ EM DEUS 89
Estudo 12
VIVER O AMOR
Texto bíblico: 1 João 3.11-18
cação dos verdadeiros filhos e fi-
lhas de Deus. Não exercitar o amor
cristão revela, entre outras coisas,
que quem “não ama permanece
na morte” e “não tem a vida eterna
permanente em si” (vv.14-15).
João faz referência aos primei-
ros ensinos que foram transmitidos
pelo Senhor Jesus (João 13.34 e
15.12). Sua intenção é, não somen-
te exortar ou relembrar as palavras
Você se sente uma pessoa do Mestre, mas conscientizar sobre
amada? Faz com que as pessoas a necessidade de uma nova postu-
ao seu redor também se sintam? ra de vida. Nos versículos anterio-
Compartilhe com o grupo. res, o apóstolo afirma que os filhos
Todas as pessoas necessitam e as filhas de Deus vivem uma nova
de se sentirem amadas. O amor, vida, abandonando antigas práti-
muito mais que sentimento, é força cas contrárias à fé cristã. É preciso,
que renova a vida. Ele é o vínculo portanto, purificar-se de todo peca-
da paz, aproxima as pessoas, se- do, praticar atos de justiça e amar
para as maiores contendas, forta- verdadeiramente (1 João 3.1-10).
lece, anima, encoraja. Mas o amor O apóstolo João sabia que isso
também é um mandamento divino ainda não estava sendo vivenciado
e se torna um critério de identifi- por toda comunidade, aliás muitas
cação dos filhos e filhas de Deus, pessoas eram influenciadas por
como veremos nesta lição. aquilo que recebiam do mundo: o
ódio (v.13). O mundo, representado
pelas pessoas que se opunham a
Cristo e à sua mensagem, também
direcionou sua raiva ao povo cris-
tão. Desde os tempos em que Jesus
caminhou na Terra com os seus
discípulos e discípulas, a persegui-
ção que se fazia a este grupo era
No texto em destaque, o após- muito grande. O Mestre, muitas
tolo João aborda um tema extre- vezes, alertou para o fato de que
mamente importante para o povo todo este ódio alimentado contra
cristão: o amor. Segundo ele, esse os filhos e filhas de Deus já era
é o principal critério para identifi- previsto (João 15.18-21).
NOSSA FÉ EM DEUS 91
Tal perseguição era tão opres- praticado por aqueles e aquelas
sora que Jesus não mandou seus que seguem a Cristo, sinaliza a
discípulos e discípulas exercitarem nova vida que recebemos dele. A
a paciência ou a tolerância, como capacidade de amar, de perdoar,
meios de resistir a este mal, mas de olhar com bons olhos para as
praticarem o amor. Esta é a mes- pessoas que se colocam como ini-
ma recomendação feita pelo após- migas, revela o quanto Deus possui
tolo João, que aprendeu com seu do nosso coração, da nossa vida.
Mestre o que um amor verdadeiro Fechar-se para estas obras, sinali-
é capaz de fazer (Leia 1 João 3.16 za o quanto ainda precisamos ser
e João 3.16). transformados e transformadas
por Deus. Só existe uma maneira
de sinalizar que o amor de Deus
está em nós: amando sinceramen-
te as pessoas, ainda que aquilo
que algumas nos ofereçam seja
ódio. Não podemos devolver o que
delas recebemos, mas devemos
dar o que de Deus já possuímos
gratuitamente: o amor.
A falta de amor nos transfor-
ma em “assassinos” de nossos
Só podemos amar verdadeira- irmãos e irmãs. “Todo aquele que
mente a Deus se também amarmos odeia seu irmão é assassino...”
ao nosso próximo, da mesma for- (v.15). Essa é uma declaração bí-
ma como amamos a nós mesmos/ blica extremamente forte! Vemos
as. Esse amor exigido de nós não o exemplo de Caim que se tornou
é, e jamais deve ser, direcionado a um assassino, movido por inveja,
coisas, bens materiais ou somente por ganância e não por amor.
a pessoas muito próximas e que Ao ver seu irmão Abel receber a
nos fazem bem, mas sim, a Deus e aceitação de Deus, se indignou e,
a todas as criaturas e pessoas que enraivecido, o matou. João adverte
Ele criou. Recusar o amor nos com- para os perigos de alimentarmos
promete como servos e servas de a raiva no coração. O ódio, a
Deus. O que a ausência de amor que o apóstolo se refere, surge
pode gerar? no coração humano após muitos
A falta de amor põe em ques- pensamentos negativos serem ali-
tionamento o quanto “somos de mentados contra outras pessoas.
Deus” ou não. O amor cristão, Ele cresce quando alimentamos
NOSSA FÉ EM DEUS 93
Aonde chegar
Destacar o amor como mandamento divino e essência da vida cristã.
Dinâmica do dia
Material: Tiras de papel escrito “AMAR É...”, canetas ou lápis para
todos alunos e alunas.
Como fazer?
Distribua as tiras de papel para a turma e peça que completem a
frase “Amar é...” com apenas uma palavra. Recolha os papéis es-
critos e leia cada um, permitindo que seus alunos e alunas reajam
ao que foi escrito.
Reflexão:
Como uma forma de introduzir a aula, reflita com a classe a respei-
to do amor cristão, lembrando que o amor é um mandamento de
Deus, um sinal na vida da pessoa cristã e fruto do Espírito.
Passo a Passo
Recepcione a turma, ore e introduza o assunto com a Dinâmica do dia.
Siga com a leitura do texto bíblico e com a revista do/a aluno/a.
O amor na vida cristã é a essência, é o mais importante, é a razão
de ser da nossa relação com Deus. O apóstolo Paulo, escrevendo aos
Coríntios, afirmou que qualquer sacrifício sem amor não tem proveito
algum, nem sentido, pois é feito sem significado (1Coríntios 13.3).
A salvação que recebemos, é um ato divino motivado pelo amor (João
3.16); a comunhão com Deus só se faz por meio do amor (1João 4.20);
sua exigência em relação a seus servos e servas é que amem (Mateus
22.34-40); e para sermos identificados como discípulos e a discípulas de
NOSSA FÉ EM DEUS 95
de sua moral; não aceita a usurpação;
Regozija-se com a verdade: o amor é fiel; não se satisfaz com um
relacionamento feito de meias verdades e mentiras;
Tudo sofre; tudo crê; tudo espera; tudo suporta: o amor dispõe a pessoa
positivamente diante das dificuldades causadas pelo sofrimento,
descrédito, ansiedade e dor. (REVISTA EM MARCHA, 2000, pp. 54-55)
Baú de ideias
Música: SERIA TÃO BOM - Paulo César Baruk [Vídeo
Lyric]. Disponível no YouTube, no link: https://goo.
gl/2235Ys. Acesso em 30/05/2018.
Anotações
CREMOS NA IGREJA
Texto bíblico: I Coríntios 12.12-27
NOSSA FÉ EM DEUS 97
O apóstolo, falando sobre a
dinâmica da comunidade de fé,
explica que ela é um corpo e que,
como corpo, possui muitos mem- Muitas pessoas, quando se
bros (1Coríntios 12.12). Paulo já convertem a Jesus e começam a
havia feito essa mesma afirmação frequentar a igreja local, têm difi-
anteriormente, dizendo que toda culdade de viver comunitariamen-
a comunidade é corpo de Cristo e te, de estabelecer diálogos, de dar
templo do seu Espírito (6.15-19). tempo para ouvir pessoas. Muitas
A comunidade é uma só e tem têm dificuldades de se assentar
muitas pessoas. Apesar de se- e receber instrução de outras.
rem muitas e grupos diferentes, Todavia, frequentando a igreja, e
formam uma só comunidade. A por meio da instrução divina, va-
presença e ação de Cristo, no mos aprendendo o que é ser uma
Espírito, tornam a comunidade um comunidade de fé. É essa comum-
corpo específico, o corpo de Cristo. -unidade que vai nos transforman-
Corpo que se origina na atuação do em igreja viva, testemunha do
do Espírito Santo, vivificador dos Evangelho de Cristo.
diversos membros, pois sozinhos A Igreja é uma criação de
ou isolados eles não são nada. Deus. Ele coloca cada membro
Para justificar a comparação, o num determinado lugar e lhe dá
apóstolo Paulo desenvolve a ideia funções e ordens específicas. No
de que, no batismo, Cristo une Corpo, todos os membros têm
todas as pessoas num só corpo. sua importância. Paulo explica:
As diferenças sociais, culturais, o ouvido, porque não é olho, não
políticas, que antes eram motivos pode dizer que não é do corpo. Se
para distanciamento e separação, todo o corpo fosse feito de olho,
agora desaparecem para dar como poderíamos ouvir? (vv.15-
lugar à nova realidade: a partici- 17). Embora diferentes, todos os
pação no corpo de Cristo (12.13). membros são importantes e todos
Esse corpo não é uma ideia, mas têm a sua função específica para
algo concreto. desenvolver.
No Corpo de Cristo, um mem- do corpo agrada a Deus e atrai
bro não pode se isolar ou querer suas bênçãos (Salmo 133).
“viver só para si”. Na Igreja, pre- Nesse corpo, os membros se aju-
cisamos uns dos outros (v.21). dam. Paulo não exige atenção e cui-
Assim como no corpo humano, dado dos membros mais fortes para
criado por Deus, os membros com os mais fracos, mas aponta
vivem em função do todo e todos claramente um cuidado mútuo: um
são interdependentes. Por isso, cuida do outro (1 Coríntios 12.25). Se
nenhum membro pode se isolar um membro do corpo de Cristo tem
na autossuficiência (qualidade de mais habilidades, isso é bom para o
independência), o que contradiz à corpo todo e todos podem se alegrar
essa figura (vv.23-26). Em Corinto, com esse fato, pois vem em benefício
havia um grupo que se julgava do corpo todo. Um membro é fraco?
melhor que as demais pessoas. Tal Isso não é bom para o corpo todo,
entendimento, gerava contendas, que sofrerá e, por isso, se empenha-
provocando divisão, concorrência rá em prol desse membro (v.26).
e destruindo a solidariedade en- Para que possamos ser chama-
tre os irmãos e irmãs (1.11). dos e chamadas de Igreja, não basta
Deus nos colocou numa igreja irmos aos cultos todas as semanas. É
local e nos fez Igreja. Dessa ma- preciso mais que isso; é preciso viver
neira, precisamos valorizar, amar a dinâmica do corpo, com serviço,
e cuidar uns dos outros. A unidade compromisso e unidade.
NOSSA FÉ EM DEUS 99
O que significa para você per-
tencer a uma comunidade de fé?
É normal termos reclamações
quanto à nossa Igreja, porém, o
O corpo ilustra o que é a Igreja que você tem feito para fortalecer
local. A ela pertencem as mais o Corpo de Cristo?
diferentes pessoas, de idades
diferentes, situação econômica
diferente, de experiência de vida e
fé diferente. Não é fácil viver com
quem não é ou não pensa como
nós, contudo, sob a graça de Deus
e o mover do seu Espírito, isso se
torna possível. Quando a Igreja Promovam, para sua igreja local,
caminha unida e num mesmo uma maneira de divulgação do que
propósito, ela segue os passos de foi aprendido neste estudo. Pode ser
Jesus, e por consequência, se tor- um mural ou uma apresentação que
na o que Ele é, e faz o que Ele faz. valorize a importância da existência
Desse modo, a ação de Cristo se da Igreja e da participação como
faz presente por meio de nós. Corpo de Cristo, em uma comunida-
O templo é o espaço onde a de de fé. Comunique ao seu pastor
Igreja se reúne, onde Deus nos ou pastora, caso necessário.
colocou para crescermos e ama-
durecermos. É o local onde nos
encontramos com o amor de Cristo
encarnado em nossos irmãos e
irmãs. É onde Deus nos cura, res-
taura, fortalece, anima, encoraja. É
o lugar onde somos tratados e tra-
tadas, onde somos transformados
e transformadas. É o lugar onde Cremos que a Igreja é o lugar
onde descobrimos que não estamos
descobrimos que não estamos sozi-
sozinhos e sozinhas, para que, des-
nhos e sozinhas. Deus nos deu uma
sa maneira, possamos nos ajudar
comunidade de irmãos e irmãs mutuamente e revelar ao mundo
para nos ajudarmos mutuamente e o amor de Deus. #FlâmulaJuvenil
revelarmos ao mundo o seu amor. #NossaféemDeus
Dinâmica do dia
Faça após a seção “Na Bíblia”
Como fazer?
Divida a turma em grupos, se for numerosa. Caso a turma seja pe-
quena, faça a dinâmica individualmente. Cada grupo ou pessoa, vai
receber uma folha de papel e material para desenhar o que for pe-
dido. Distribua ou sorteie o que cada grupo ou pessoa vai desenhar
entre estes itens: 1- cabeça (somente a cabeça com ou sem cabelo,
porém seu olhos, nariz etc.); 2- olhos direito e esquerdo; 3- ouvido
esquerdo; 4- ouvido direito; 5- nariz; 6- pescoço e tronco; 7- perna e
pé direito; 8- perna e pé esquerdo; 9- braço e mão direita; 10- braço
e mão esquerda. É importante que os alunos e alunas desenhem
sem revelar para os outros grupos ou pessoas o seu desenho.
Ao terminarem os desenhos, peça que recortem e tentem mon-
tar, como um quebra-cabeça, o “corpo humano”, usando a fita
adesiva. Não importa se as peças ou membros do corpo tenham
tamanhos diferentes. Porém, no final da montagem estará faltando
uma peça, a boca, já desenhada por você.
Passo a Passo
Dê início a aula, orando e lendo o texto bíblico. Introduza o assunto no Para
início de conversa. Siga a aula com a revista do/a aluno/a. Sugerimos
que a Dinâmica do dia seja feita após o Na Bíblia, mas você pode realizar
no início ou no momento em que preferir. Prossiga com a aula.
Estamos vivendo momentos difíceis, em que um crescente número de
igrejas se apresentam com as mais diferentes posturas e comportamen-
tos, alguns dos quais, fogem dos princípios bíblicos e contribuem para a
perda de identidade desta comunidade como igreja séria e comprometi-
da com o Reino de Deus e seu evangelho. Cremos ser bom o avanço da
Igreja de Cristo, o problema é que nem todas são comprometidas com a
causa de Cristo.
Existem critérios estabelecidos para sabermos se somos igreja (espa-
ço físico) ou Igreja (templo vivo em movimento). Como uma comunidade
de tradição wesleyana, somos vocacionados e vocacionadas a pensar
a igreja como um proposta diante de muitas outras. Temos uma carac-
terística, uma vivência, uma espiritualidade, uma Missão que é ser uma
comunidade missionária a serviço do povo.
Pertencer a uma comunidade de fé, uma igreja série e comprometi-
da com o Reino, é necessário, pois, por meio dela e das pessoas que
ali também se reúnem, nos aproximamos de Deus, ou melhor dizendo,
suprimos uma das nossas carências humanas, que é a necessidade de,
como criaturas, nos religarmos ao nosso Criador.
Na vida em comunidade, é importante desenvolver atitudes corretas
para com os outros membros, inspiradas no exemplo de Cristo: bonda-
Baú de ideias
Vídeo: Precisamos mesmo da Igreja? | Vai na Bíblia.
Disponível no Youtube. https://goo.gl/jFpzc8. Acessado
em 02/05/2018.
Anotações
A MISSÃO DE
TESTEMUNHAR O
REINO ETERNO
Texto bíblico: Atos 1.6-8
Dinâmica do dia
Faça no final da aula
Como fazer?
Em uma cartolina, oriente o grupo de juvenis a desenharem um
esquema em círculos ou como um mapa, identificando o que re-
presenta sua Jerusalém (no círculo central), sua Judéia (compreen-
dendo o segundo círculo) e sua Samaria (no círculo maior). Como
por exemplo:
Reflexão:
Esta atividade está indicada também na seção Na prática. Leve
seus alunos e alunas a identificarem os lugares próximos até os
mais distantes em que eles e elas devem testemunhar o Reino de
Deus. Com o cartaz pronto, exponha o trabalho a fim de ser um
lembrete do compromisso com o anúncio do Reino.
Baú de ideias
Vídeo: Programa Mais um Pouco #025 - Escola
Dominical e Missão. Disponível no YouTube, no link:
https://goo.gl/dGpGEy. Acesso em 30/05/2018.
Anotações
JESUS VOLTARÁ?
Texto bíblico: Mateus 24.15-44
Dinâmica do dia
Material: Quadro/lousa e giz ou caneta.
Como fazer?
Divida a turma em grupos ou trios e faça as seguintes perguntas:
“Quais são seus pensamentos acerca do fim dos tempos?”; “Quais
são suas maiores preocupações ou maiores medos?”. Oriente os
grupos a, primeiramente, conversarem entre si. Após 3 minutos,
peça que uma pessoa de cada grupo ou trio expresse seus pensa-
mentos e preocupações em comum. Anote as considerações.
Reflexão:
Provavelmente muitos dos pensamentos e das preocupações po-
derão ser esclarecidos durante a aula. Retome as anotações do
quadro no momento final, concluindo de acordo com o que foi es-
tudado na lição. Se alguma questão ainda permanecer, responda
conforme suas possibilidades, em conformidade com o conteúdo
da revista.
“Como Jesus deixa claro nos versos 42-44, os seus discípulos precisam
estar preparados para o inesperado; não devem ser como o pai de
família roubado que deixou que a sua vida fosse assaltada porque não
se dera conta de que os ladrões não avisam de antemão a hora da sua
chegada! Sobretudo, como a subsequente parábola do servo fiel e do
infiel mostra, os que foram colocados em posições de responsabilidade
especial... devem estar tão constante e fielmente ocupados com o seu
trabalho que, quando Ele voltar, os ache prestando o serviço a seu Senhor,
‘alimentando’ os membros da sua família...” (TASKER, 1982, p. 181).
Cada filho e filha de Deus deve, então, como servo/a prudente, zelar pelas
coisas do Reino, pela própria vivência em fé e amor, para receber o Senhor.
Encerre a aula reafirmando que pensar na volta de Cristo é relembrar a
importância e necessidade de permanecermos pacientes e perseverantes
na fé, agindo com prudência e em vigilância. Se assim vivermos, não preci-
saremos ter medo do que virá, basta nos mantermos fiéis ao nosso Senhor e
ao seu mandado, proclamando o Evangelho, vivendo em santidade.
Conduza o bate-papo do Fala aí! e incentive a atividade na prática.
Retome as anotações feitas na dinâmica proposta e responda as per-
guntas que permanacerem. Sugerimos uma canção para o momento de
oração final.
Baú de ideias
Música: Maranata – Ministério Avivah. Disponível
no YouTube, no link: https://goo.gl/nVLBKt. Acesso em
Dinâmica do dia
Material: Caixa de papelão, folhas de papel cortadas ao meio,
canetas ou lápis.
Como fazer?
Distribua folhas e canetas para todos os alunos e alunas. Explique
que vocês farão um jogo de descontração. Peça que cada pessoa
escreva no papel algum sonho que já teve, pode ser divertido,
louco, confuso ou tenebroso, mas não assine o nome. Após todos
escreverem os sonhos, coloque dentro da caixa para misturá-los.
Em seguida, passe a caixa de mão em mão. Cada aluno ou aluna
deverá retirar um papel, ler em voz alta o sonho e tentará adivinhar
quem teve aquele sonho, com apenas duas tentativas.
Reflexão:
A ideia é quebrar o gelo e movimentar a classe. Assim que o jogo
de descobrir de quem é o sono finalizar, introduza o assunto da
aula, falando com a turma que sonhos podem ser, às vezes, muito
esquisitos, mas também podem ser muito sérios. Será que Deus
fala conosco por meio de sonhos? O que seus alunos e alunas pen-
sam sobre isso?
Passo a Passo
O tema dessa aula é bem curioso e pode ser que muitos alunos e alunas
Baú de ideias
Texto: A leitura apocaliptica da história no livro de
Daniel – Perspectivas. Disponível em: https://bit.ly/2M-
qFar1. Acesso em 30/05/2018.
Anotações
VIDA DE
MORDOMIA
Texto bíblico: Romanos 8.18-25
Dinâmica do dia
Material: Informações¹ sobre a realidade do consumo e da produ-
ção de lixo no Brasil e no planeta Terra.
Como fazer?
Faça a leitura das curiosidades enfatizando o absurdo de tais
informações. Você pode envolver os alunos e alunas, colocan-
do-os para lerem os itens do “Você sabia?” e incentivado-os a
comentarem sobre os dados apresentados. Caso queira ilus-
trar mais ainda, mostre fotos para a classe ou veja algumas
das matérias disponíveis nos sites consultados e descritos no
Baú de ideias.
Reflexão:
Mexa com sua classe, mostrando que apesar de maior informação
acerca dos cuidados com o meio ambiente etc., a conscientização
ainda é mínima. As pessoas simplesmente não percebem que em
pouco tempo nosso planeta estará inabitável, por causa do nosso
consumo desenfreado. Já passou da hora de repensarmos nossos
comportamentos, reduzir o consumo, reutilizar o quer pudermos e
reciclarmos os materiais. Ações simples podem ser adotadas a fim
de mudar as coisas ao nosso redor. Na seção Na prática, no final
da aula, dê continuidade a esta reflexão.
Passo a Passo
Para dar início a aula, receba seus alunos e alunas, ore com eles e
elas, leia o texto bíblico e e faça a Dinâmica do dia. Após isso, siga
com a aula, na revista do/a aluno/a. O texto que apresentamos aqui,
foi retirado de uma reflexão de Nelson Bomilcar – “Mordomia cristã
(cuidando do que é de Deus)”. A publicação na íntegra, está indicada
no Baú de ideias.
Um dos conceitos básicos da fé cristã é que somos responsáveis por
zelar e cuidar da vida que Deus nos concedeu. (...) Ele é um Pai amoroso
que tem prazer em nos compartilhar “toda boa dádiva”. Temos que cui-
dar e zelar como mordomos:
Baú de ideias
Texto: Mordomia cristã (cuidando do que é de Deus). Publicado
por Nelson Bomilcar, no site Caminhos do Coração, disponível
no link: https://bit.ly/2LPJM9b. Acessso em 14/06/2018.
Texto: Mordomia cristã a boa gestão de tudo o que Deus nos dá.
Disponível no link: https://bit.ly/2JVlyg8. Acesso em 14/06/2018.
CREMOS NO
DEUS QUE FAZ
MILAGRES!
Texto bíblico: Marcos 5.25-34
Dinâmica do dia
Faça no final da aula
Como fazer?
Prenda o “tronco da árvore” no mural ou cole na parede. Distribua
post-it ou folhetos para a classe e solicite que os alunos e alunas
escrevam algum motivo de oração ou alguma pessoa que necessita
de um milagre da parte de Deus. Durante um momento de oração,
peça que cada pessoa prenda ou cole os papéis escritos formando
a folhagem de uma árvore.
Reflexão:
Esta será a árvore da oração, durante algumas semanas ou o tem-
po em que acharem necessário, permaneçam em oração pelas ne-
cessidades expostas nesta árvore. Reforce a nossa fé no Deus que
faz milagres, entendendo que como uma árvore cresce, a nossa fé
e as experiências com Deus também poderão crescer. É importante
salientar que, ainda que as coisas não ocorram da maneira em
que pedimos ou projetamos, o tempo todo Deus tem feito milagres
em nossa vida, por meio de sua graça maravilhosa. A gratidão ao
Senhor deve ser uma realidade em nossas vidas.
É por isso que o movimento da mulher em direção a Jesus foi tão im-
portante; ela tocou publicamente em um Rabi rompendo as estruturas de
seu tempo.
Anotações
PLANTAR
E COLHER
Texto bíblico: 2 Coríntios 9.6-15
Dinâmica do dia
Faça no final da aula
Como fazer?
Chegando ao momento de diálogo, no Fala aí!, leia este relato para
a turma e promova um tempo de partilha, para que seus alunos e
alunas falem sobre suas impressões do estudo e da história lida.
Passo a Passo
Ao iniciar a aula, ore com seus alunos e alunas, quebre o gelo no Para
início de conversa, construindo uma reflexão sobre pobreza, riqueza,
prosperidade. Por conseguinte, leia o texto bíblico indicado para a lição
e siga com a seção Na Bíblia.
Ao falar sobre prosperidade, falaremos sobre semear e colher. Deus
é quem criou nas pessoas a possibilidade de semear (dar), porque é
nele que está a origem dessa ação, e não em nós. Nos versículos 8-10, o
apóstolo Paulo foca a ação de Deus. A graça de Deus é razão e condição
para as dádivas da comunidade. Ao falar e repetir as palavras “abun-
dância” e “superabundância”, Paulo acentua a grandeza das dádivas
com que Deus presenteia a comunidade. “No início da ação humana
está, portanto, a grandiosa ação de Deus, que se manifesta na graça
não só suficiente, mas também superabundante”.
Podemos entender, no texto bíblico, que a maior motivação para a
oferta é gratidão. Ser uma pessoa grata a Deus é o que gera a vontade
de ajudar e capacita para tanto. A gratidão mexe com a gente, nos in-
quieta e encontra uma maneira de se expressar na contribuição. Desse
jeito, o agradecer toma forma no dar.
Baú de ideias
Narração: A semeadura é opcional, já a colheita é.
Disponível no YouTube, no link: https://goo.gl/VZRZfj.
Acesso em 16/04/2018.
¹ Conteúdo retirado de: MEINCKE, Silvio. 2 Coríntios 9.6-15. In: Proclamar Libertação – Volume XI,
1986. Disponível em: https://goo.gl/wYAhu2. Acesso em 14/04/2018.
TODA A IGREJA A
SERVIÇO DO REINO
Texto bíblico: 1 Coríntios 12.3-11
Dinâmica do dia
Faça no final da aula
Como fazer?
É importante que os materiais já estejam separados com ante-
cedência. Teste em casa antes de fazer na aula, para que você
entenda a quantidade de água e orégano a ser utilizada.
Coloque água no prato. Na hora de executar a dinâmica, polvi-
lhe o orégano sobre a água. O orégano tem que ser sufiente para
que cubra todo o prato, mas não pode ser em uma quantidade
exagerada. Toque a água com seu dedo seco, nada acontecerá.
Em seguida, unte seu dedo indicador com um pouquinho de de-
tergente. No momento em que tocar o seu dedo no centro do prato,
todo o orégano se afastará para o canto.
Reflexão:
Realizando a dinâmica, enfatize a importância da atuação de
todas as pessoas nos serviços e ministérios da Igreja de Cristo.
Quando atuamos com nossos dons e talentos, fazemos a diferença
em nosso meio. O orégano na água pode simbolizar tanto o pe-
cado, quanto os problemas e as situações que não concordamos,
seja dentro da própria igreja ou na sociedade.
Passo a Passo
Sugerimos que a dinâmica proposta para esta lição, seja realizada no
final da aula, portanto receba sua turma com carinho, leia o texto pro-
posto e a siga com a lição, introduzindo o assunto no Para início de
conversa, perguntando cada aluno e alunda sobre o seu envolvimento
nos ministérios da igreja local.
O texto proposto na lição busca articular um conjunto de temas que
visam o fortalecimento da Igreja e de seus propósitos missionários, enfa-
tizando a importância de cada crente, independentemente de posições
ou hierarquias sociais ou eclesiásticas, em seu compromisso de procla-
mar as boas novas do evangelho de Cristo Jesus.
Jesus é o alicerce da Igreja. A unidade, a razão de nossa existên-
cia, vem de seu amor e no reconhecimento de seu sacrifício na cruz. Na
comunidade, somos ao mesmo tempo acolhidos e acolhidas em amor
e enviados e enviadas como missionárias e missionários para levar a
palavra de salvação e proclamar o Reino.
O apóstolo Paulo se esforça em explicar aos crentes de Corinto que o
fundamento da Igreja está em Cristo e que o Espírito Santo nos une e nos
edifica, na diversidade dos dons (dom – bem espiritual, aptidão para se
fazer algo, talento pessoal a serviço da comunidade, da missão).
A partir do versículo 12, observamos a didática de Paulo ao explicar
unidade e diversidade ao se utilizar da representação do corpo humano,
suas partes, com funções específicas proporcionando uma unidade or-
gânica: “o certo é que há muitos membros e um só corpo” (v.20). A Igreja
de Cristo é como o corpo humano. Unidade e diversidade.
Vemos o apóstolo Paulo alertando para o fato de que nem todas as
pessoas têm a mesma atuação dentro do corpo: “Porventura, são todos
apóstolos? Ou todos profetas? São todos mestres? Ou, operadores de mi-
lagres?” (v.29). A pluralidade de dons é presente na igreja, e os diferentes
dons são distribuídos pelo Espírito, como lhe apraz (v.11).
Baú de ideias
Vídeo: Chamado e Dons Motivacionais. | Vai na Bíblia.
Disponível no YouTube, no link: https://bit.ly/2MrhUsZ.
Acesso em 02/06/2018.
Anotações
MINISTÉRIO PASTORAL:
ESPECIAL E ESSENCIAL
Texto bíblico: Marcos 3.13-14
Dinâmica do dia
Faça no final da aula
Como fazer?
Convide seu pastor ou pastora para conversar com o grupo de juve-
nis. Ao final da aula, ou no momento mais adequado, permita que
seus alunos e alunas façam perguntas, homenagens ou expressem
suas impressões em relação ao ministério pastoral. Combine com
o pastor ou pastora, anteriormente, que ele/a compartilhe alguma
experiência marcante em sua caminhada ministerial.
Reflexão:
Promova um momento de conversa e comunhão entre a turma de
adolescentes e o pastor ou pastora. O objetivo desta dinâmica
é levá-los/as a olharem com carinho para a vida de seus líderes
espirituais. Encorage algum aluno ou aluna a orar pelo pastor ou
pastora.
Passo a Passo
Após orar e ler o texto bíblico com a turma, quebre o gelo dialogando
com os alunos e alunas com a introdução do estudo no Para início de
conversa, prosseguindo com a aula, em seguida.
Professor e professora, construímos esta lição à luz da tradição da
Igreja Metodista. Caso pertença à outra denominação, sugerimos fazer
as adequações, conforme os documentos de sua Igreja, tanto na introdu-
A vocação
A vocação é mais do que aquele desejo pessoal que expressamos: “Eu
sinto que Deus está me chamando para o ministério”. A vocação é fruto
de uma relação com Deus. Em Isaías 6, vemos que é da relação e do
encantamento do profeta com Deus, seu preenchimento pela presença
divina, que ele consegue ouvir a voz de Deus: a quem enviarei? E então
consegue responder: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.
Temos de reconhecer que muita gente está sob o encanto da institui-
ção, do título, da oportunidade de estar à frente de alguma coisa e não
sob o maravilhamento da presença de Deus que nos evoca ao serviço.
O reconhecimento
O reconhecimento confirma a vocação, porque o pastorado não é uma
tarefa de um só. E ele também não acontece só quando a Igreja envia
uma pessoa para o seminário ou para qualquer tipo de formação espe-
cífica. O reconhecimento precisa acontecer a cada momento, para que
possamos nos manter no foco ministerial.
Ele passa pelos critérios de avaliação da igreja, passa pelos concílios
locais, distritais e regionais. Tem a ver com a nossa eleição ou indicação
para cargos e outras funções, nos níveis de representação da igreja.
Mas compreenda: essas coisas não são a essência do reconhecimento
do ministério pastoral que exercemos! A Bíblia diz que nossos frutos são
nossa credencial de reconhecimento: frutos do seu serviço, ensino, zelo
na pregação, o acréscimo de novos filhos e filhas espirituais ao Senhor,
reprodução na vida - valores, princípios, fé e testemunho - tornando
exemplo e modelo para os integrantes da família da fé. Ainda há muitas
outras tarefas pastorais e nem sempre o reconhecimento vem na hora da
ação, mas a vocação sustenta todas as fases.
Caminhe para o final da aula, conversando com a classe e pensando
em alguma iniciativa para honrar e abençoar seu pastor ou pastora,
como aconselhado na seção Na prática. Convide seu pastor ou pastora
para participarem da Dinâmica do dia.
Baú de ideias
Cânones 2017 – Igreja Metodista. Disponível para download,
no link: https://bit.ly/2JViW1N. Acesso em 02/06/2018.
UM DIA PARA
AGRADECER
Texto bíblico: 1 Tessalonicenses 5.18
Dinâmica do dia
Faça depois da seção “Na Bíblia”
Como fazer?
Distribua as tiras de papel e as canetas para a classe, e peça que
cada pessoa faça rapidamente duas listas: de um lado do papel,
uma com as bênçãos e motivos para agradecer; do outro lado,
uma com as dificuldades e situações que entristecem ou desani-
mam. Diga que poderão ficar à vontade, eles e elas não precisarão
revelar o que está nas listas.
Reflexão:
Depois de alguns minutos, solicite que os alunos e alunas compa-
rem as duas listas. Qual é a maior? Se a lista das “reclamações”
for maior do que a dos motivos para agradecer, é preciso mudar a
maneira de encarar a vida.
Passo a Passo
A introdução ao assunto da lição é o resumo da história sobre a origem
do Dia de Ação de Graças, contido no Para início de conversa. Conduza
a aula em sequência, lendo o texto bíblico e acompanhando o conteúdo
da revista do/a aluno/a. Sugerimos que a Dinâmica do dia seja feita
após o Na Bíblia, a fim de dinamizar a aplicação do conteúdo.
Baú de ideias
Texto: Ação de graças: tempo de gratidão, de José
Geraldo Magalhães. Disponível em: https://bit.ly/2t0E-
dxA. Acesso em 11/04/2018.
Anotações
ADVENTO: TEMPO
DE ESPERA
E ALEGRIA
Texto bíblico: Isaías 7.14; 9.6-7; 40.1-5
Dinâmica do dia
Material: Quadro/lousa e giz ou caneta.
Como fazer?
Escreva no quadro a palavra “Natal”. Pegunte ao grupo de juvenis,
o que mais gostam no período do Natal. Liste, em baixo, as respos-
tas. Depois, pergunte como eles e elas se preparam para celebrar
o nascimento de Jesus.
Apague o quadro e escreva a palavra “Advento”. Faça a mesma
pergunta: “O que mais gostam do período do Advento e como se
preparam para celebrá-lo?”. Dependendo da característica de sua
igreja local, alguns adolescentes não saberão responder estas
perguntas.
Reflexão:
Lançada a indagação, é a hora de explicar o que é o Advento,
com o conteúdo da lição, pois é bem provável que poucas pessoas
saibam seu significado e forma de celebração.
Passo a Passo
Antes de qualquer outra atividade, assim que recepcionar seus alunos e
alunas e orar com eles/as, faça a introdução do assunto com a Dinâmica
do dia. Talvez, alguns alunos e alunas nunca tenham ouvido falar sobre
Baú de ideias
Texto: O calendário litúrgico ou ano litúrgico cristão é a cele-
bração da vida de Jesus e da história da salvação. Disponível
no site da Igreja Metodista em Vila Isabel, no link: https://bit.
ly/2JPGMch. Acesso em 16/03/18.
Angular editora