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Unidade 5 – Capítulo 1 – Procura-se um lar

Projeto de lei
A sociedade está sempre se modificando, por isso constantemente precisamos conversar, debater,
criar ou modificar algumas normas que regem a comunidade, pois novos problemas surgem e outros
deixam de existir. Sempre que surge uma situação que afeta a vida de muitas pessoas, seja no âmbito
municipal, estadual ou nacional, os representantes públicos precisam agir na tentativa de encontrar
soluções para resolvê-la. Tais soluções podem vir em forma de leis.
Como você já sabe, as leis existem para garantir a ordem e a justiça em uma sociedade. Para que
uma nova lei seja criada ou alterada, os representantes eleitos pela população precisam identificar uma
demanda, uma situação que precisa ser avaliada e discutida por um grupo de pessoas que decidirá se
há a necessidade de uma nova lei ou de uma modificação numa lei que já existe. Para que isso aconteça,
é necessário que um documento, conhecido como Projeto de lei seja criado e apresentado ao grupo de
pessoas designadas para avaliá-lo. Essas pessoas são vereadores, deputados, senadores, que compõem
o poder legislativo. Um Projeto de lei também pode ser sugerido por membros do poder judiciário ou
pela população e apresenta um conjunto de normas que devem ser aplicadas. Tal documento pode
ou não vir a se tornar lei, tudo vai depender da decisão daqueles que fazem parte da casa em que o
projeto tramita, que o discutirão e votarão.
Quanto às características estruturais, um Projeto de lei apresenta uma primeira parte em que
constam informações sobre o local, o número e a esfera a que pertence, além de apresentar também
as regras e normas que o projeto propõe como se fosse uma lei já aprovada. Por fim, é anexado um
texto, uma justificativa que explica a relevância e a importância do projeto. Esse texto busca convencer
os parlamentares de que a lei é necessária e precisa de aprovação. A linguagem empregada em um
projeto de lei deve ser clara, concisa e estar de acordo com as regras da norma-padrão da língua.
Leia o trecho de um Projeto de lei apresentado à Câmara dos Deputados em 2018. Depois responda
às questões propostas.

PROJETO DE LEI N.º 9.533, DE 2018


(Do Sr. Francisco Floriano)
“Altera a Lei nº 7.170, de 14 de dezembro de 1983, que define os crimes contra a segurança
nacional, a ordem política e social, estabelece seu processo e julgamento e dá outras providên-
cias, para dispor sobre o incitamento através das redes sociais”.
(...)
JUSTIFICATIVA
O objetivo desse Projeto de lei é aperfeiçoar a legislação que trata da segurança nacional
para adequá-la aos novos formatos de comunicação tornando-a mais eficaz.
Sabemos que, o potencial de dano é muito maior quando a propaganda ou o incitamento
é realizada por meio de whatsapp, facebook e/ou redes sociais.
São milhares, milhões de pessoas atingidas ao mesmo tempo, em questão de minutos, o
que dificulta o controle das ações de violência.
A Legislação que ora alteramos está defasada, não considera o universo on-line.
Outra questão que tem suscitado debates diz respeito as “fake news” (notícias falsas), que
uma vez disseminadas pelo whatsapp, facebook e/ou redes sociais são capazes de provocar
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confrontos, tumultos e atos de violência, em especial, contra o patrimônio público.


(...)

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São criminosos que usam das tecnologias da informação para manipular informações e
gerar notícias falsas que acabam provocando danos irreversíveis à imagem de pessoas públicas
e danos ao patrimônio público resultado dos atos de confronto e violência.
No Brasil, as dificuldades para enfrentar as fake news são imensas, a começar pela legisla-
ção, hoje defasada e incapaz de acompanhar a trama e a especialização dos produtores de fake
news. Daí a importância de promovermos a atualização da legislação em vigor.
(...)

RIO DE JANEIRO. Câmara dos Deputados. Projeto de lei n.º 9.533 de 2018. Altera a Lei nº 7.170, de 14 de
dezembro de 1983, que define os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, estabelece
seu processo e julgamento e dá outras providências, para dispor sobre o incitamento através das redes
sociais. Disponível em: http://url.sae.digital/0eoTUf8. Acesso em: 31 maio 2019. Fragmento.

ATIVIDADES

1. O que o projeto propõe?

2. Segundo o texto, por que é necessária uma alteração na lei que define os crimes contra a
segurança nacional?

3. De acordo com o projeto, quais os danos que podem ser causados pelas chamadas Fake news?

4. Segundo o texto, por qual motivo o Brasil enfrenta dificuldades para resolver problemas rela-
cionados às Fake news?
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Proposta de produção
Sua tarefa, agora, é escrever um complemento para a justificativa apresentada no Projeto de lei
que você leu. Para isso, faça pesquisas sobre o assunto e depois escreva um texto apontando os perigos
da disseminação de notícias falsas em redes sociais, justificando, assim, a necessidade da lei. Aponte
também sugestões de soluções para o problema, que podem ser incorporados à lei. Utilize uma lin-
guagem de acordo com a norma-padrão da língua.

Digite o texto aqui


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CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 8o ANO – Projeto de Lei
Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são
possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e
reescrita fica a critério do professor. Se preferir, poderá fazer uma primeira correção entre os próprios
alunos, propondo uma troca de textos entre eles, solicitando, se necessário, que elaborem uma segun-
da versão. Da mesma forma, poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e
posterior reescrita, feita por eles.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero

1. O aluno escreveu um texto que complementa o texto original?

2. O aluno apontou motivos para que a lei seja reformulada?

3. O aluno apontou sugestões para o problema?

4. A linguagem está de acordo com a norma-padrão da língua?

TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

5. Progressão e coerência
6. Riqueza e relevância de informações (apre-
sentação das justificativas para a criação da lei,
sugestões para solução)

TOTAL

COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero

7. Uso de termos coesivos

8. Paragrafação (continuidade de ideias)

9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)

10. Pontuação

TOTAL

NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

11. Ortografia e acentuação

12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano


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TOTAL

TOTAL GERAL

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Unidade 5 – Capítulo 2 – Realidade fantástica
Conto Fantástico
Imagine uma história que desafia a racionalidade e utiliza o ilógico como elemento na construção da
história. Uma história em que o humanamente impossível se torna possível. Assim são os contos fantásticos,
histórias em que situações extraordinárias, absurdas e inverossímeis se contrapõem ao real, ao lógico. Os
contos fantásticos são textos narrativos que causam estranhamento ao leitor, pois, muitas vezes, narram
acontecimentos que não permitem encontrar uma explicação racional. Narrativas desse tipo encantam
leitores há bastante tempo e costumam chamar a atenção, justamente, por seu caráter fantasioso.
O conto fantástico apresenta todos os elementos narrativos presentes em qualquer história. No
entanto, lhe é peculiar a presença de personagens que podem ser monstros, fantasmas, seres mito-
lógicos ou folclóricos, seres dotados de poderes sobrenaturais. Quanto ao espaço, ele pode variar de
um mundo aparentemente real, onde o ilógico subitamente se manifesta, ou um mundo fantasioso,
povoado por criaturas extraordinárias. No que diz respeito ao tempo da narrativa, é comum que em
algumas dessas histórias este não seja linear, ou seja, o personagem vai e volta no tempo de acordo
com o fato que se quer narrar.
Contos fantásticos podem ser encontrados em livros e sites da internet. Servem para entreter e para
gerar reflexões. Divertem tanto adultos quanto crianças. Leia o trecho de um conto de um dos nomes
pioneiros na criação de contos fantásticos, o escritor Edgar Allan Poe. Na primeira parte da história, o
narrador se abriga em um casarão desconhecido e começa a observar os quadros lá presentes. Um
deles chama a atenção do narrador, que toma conhecimento da perturbadora história da pintura. Na
segunda parte do conto, a história da tal pintura é contada.

O retrato oval
Edgar Allan Poe
(...)
A moldura era oval, ricamente dourada e ornada de filigrana no estilo mourisco. Como obra
de arte nada podia ser mais admirável do que a pintura propriamente dita; mas podia dar-se
o caso de não ter sido a execução da obra nem sequer a beleza imortal da fisionomia que tão
súbita e veementemente me tinham perturbado. (...)
Era uma jovem da mais rara beleza, cuja alegria nada ficava a dever ao encanto. E amaldi-
çoada foi a hora em que viu, amou e desposou um pintor. Ele, apaixonado, estudioso, austero
e tendo já na Arte uma esposa; ela, uma donzela da mais rara beleza, cuja alegria nada ficava a
dever ao encanto, toda luminosidade e sorrisos, divertida como uma gazela jovem, amando e
estimando tudo, e odiando apenas a Arte, sua rival, temendo tão-só a paleta, os pincéis e Outros
aziagos instrumentos que a privavam do rosto do seu amado.
Foi, pois, terrível para esta dama ouvir o pintor expressar o desejo de pintar também a sua
jovem esposa. Porém, como era humilde e obediente, sentou-se durante muitas semanas resig-
nadamente no sombrio quarto do alto torreão, onde a luz apenas se filtrava sobre a tela branca
pelo teto. Mas ele, o pintor, ufanava-se do seu trabalho, que ia progredindo hora após hora,
dia após dia. E, como era um temperamento apaixonado, estranho e instável, que se perdia em
devaneios, recusava-se a ver que a luz que tão espectralmente se coava pelo solitário torreão
fazia definhar a saúde e a disposição da esposa, que ia estiolando para tudo o que a cercava
menos para ele. Contudo, mantinha-se sempre sorridente, sem se lamentar, pois via que o pintor
(que gozava de grande fama) encontrava um férvido e vibrante prazer na sua obra e trabalhava
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dia e noite para retratar aquela que tanto o amava, mas que, de dia para dia, se mostrava mais
languescente e mais débil. E, de fato, quem contemplava o retrato referia em voz baixa a sua

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semelhança, como uma imensa maravilha e como prova não menor da capacidade do pintor
que do seu profundo amor pela que retratara de modo assim inexcedível. Com o tempo, porém,
à medida que a obra se aproximava do final, ninguém mais foi autorizado a entrar no torreão,
pois o pintor enlouquecera com o ardor do trabalho e raramente desviava os olhos da tela, nem
que fosse para contemplar o rosto da esposa. E recusava-se a ver que as cores que espalhava
na tela eram subtraídas das faces da que tinha sentada junto de si. Passadas muitas semanas,
quando pouco já restava a fazer, exceto uma pincelada nos lábios e um toque de cor nos olhos,
o espírito da dama tremulava ainda como a chama no bico de um candeeiro. Nessa altura a pin-
celada foi dada e o toque de cor aplicado; e, por um momento, o pintor caiu em transe diante da
obra que produzira; mas no instante imediato, enquanto continuava a observá-la, ficou trêmulo,
empalideceu fortemente e, aterrado, exclamou em voz alta: ‘Isto é realmente a própria Vida!’ A
seguir voltou-se subitamente para contemplar a sua amada: estava morta!

POE, Edgar Allan. O retrato oval. Disponível em: http://url.sae.digital/fTXpVdF. Acesso em: 31 maio 2019. Fragmento.

ATIVIDADES
1. Como foi descrita a jovem pintada na tela?

2. Como foi descrito o pintor?

3. Por que a jovem que desposara o pintor odiava a Arte?

4. O que aconteceu à esposa do pintor enquanto o quadro por ele pintado ganhava vida?

5. Que evento fantástico fica subentendido no desfecho do conto?


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Proposta de produção
Após conhecer um trecho do conto de Edgar Allan Poe e conhecer um pouco mais sobre o conto
fantástico, você deverá escrever seu próprio conto. Para isso, leia outros contos e verifique como o
elemento fantástico é construído nessas obras.
Depois, escreva sua própria história fantástica, apresentando todas as partes que compõem o en-
redo: situação inicial, complicação, clímax e desfecho. Lembre-se de que nessas histórias é o elemento
fantástico que garante o estranhamento, e as situações inusitadas e sobrenaturais é que fazem o con-
traponto entre o real e o irreal, portanto seu texto deverá apresentar ao menos um elemento sobre-
natural. Atenção também às escolhas de vocabulário e à descrição dos ambientes, pois tais elementos
contribuem para as sensações que o texto pode transmitir ao leitor.
Depois de escrever uma primeira versão, faça a revisão com a ajuda de seus colegas e do seu pro-
fessor. Quando concluído, o texto deverá ser lido para a turma toda.
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CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 8o ANO – Conto Fantástico
Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são
possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e
reescrita fica a critério do professor. Se preferir, poderá fazer uma primeira correção entre os próprios
alunos, trocando os textos entre os colegas, solicitando, se necessário, que elaborem uma segunda
versão. Da mesma forma, poderá solicitar aos alunos que lhe entreguem os textos para correção e
posterior reescrita, feita por eles.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero

1. O aluno escreveu um conto fantástico?

2. O texto apresenta elementos sobrenaturais?


3. O aluno investiu na descrição de ambientes e na escolha vocabular de
forma a despertar sensações no leitor?
4. O texto apresenta todas as partes que compõem o enredo?

TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

5. Progressão e coerência
6. Riqueza e relevância de informações (apresenta-
ção do elemento sobrenatural, descrição de espa-
ços e escolha vocabular, partes do enredo).

TOTAL

COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero

7. Paragrafação (continuidade de ideias)

8. Pontuação

9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)

10. Tempo verbal adequado à narração de fatos passados

TOTAL

NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

11. Ortografia e acentuação

12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano


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TOTAL

TOTAL GERAL

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Unidade 6 – Capítulo 1 – Realidades superadas
Biografia
Muitas pessoas fazem história durante suas vidas. Quantas vezes não ouvimos falar de personalida-
des do mundo das artes, da ciência ou da literatura que ficaram famosas pelas obras que deixaram ou
pelas ações que realizaram? Há também aqueles que não são tão conhecidos assim, mas que também
merecem admiração por terem realizado algo notável durante a vida.
Uma das formas de se propagar os feitos de pessoas que fizeram algo importante é escrevendo
uma biografia. A biografia é um gênero textual que mistura história, jornalismo e literatura, e os fatos
nela apresentados podem seguir a ordem cronológica dos acontecimentos ou podem ser divididos por
temas, como: amores, conquistas, curiosidades etc. Trata-se de um gênero de natureza não ficcional,
ou seja, todos os fatos devem estar de acordo com a realidade.
Ao redigir uma biografia, o autor do texto deve conhecer profundamente dados sobre a vida do
biografado, portanto, depoimentos de familiares, fotos, vídeos ou até mesmo uma entrevista com a
personalidade podem ajudar na tarefa de descobrir e reunir informações importantes sobre ela.
Biografias podem ser encontradas em livros, revistas e sites da internet. O tamanho varia bastante,
pode ir desde um texto pequeno, bem resumido, até um livro extenso e detalhado, acompanhado de
fotografias, documentos ou entrevistas.
O texto que você vai ler agora é um trecho da biografia de Vinicius de Moraes, um dos mais famosos
poetas brasileiros. Leia-o com atenção e depois responda às questões.

Pequenos Notáveis - Vinicius de Moraes


Por Pedro Paulo Malta
1913 – Em 19 de outubro, nasce Marcus Vinicius da Cruz e Mello Moraes, segundo filho
de Lydia e Clodoaldo Pereira da Silva Moraes. Moravam na Rua Lopes Quintas, 114, no Jardim
Botânico – que na época não era um bairro, mas uma parte da Gávea (que o poeta considerava
seu local de nascimento, seu “bairro amado”). Apaixonado pelo latim, o pai usou a língua pre-
dileta como base para batizar também os outros três filhos: Lygia (nascida em 1911), Laetitia
(1916) e Helius (1918). Quando nosso personagem fez 9 anos, quis simplificar a certidão de
nascimento e foi ao cartório acompanhado do pai e da irmã mais velha, enxugando seu nome
para simplesmente Vinicius de Moraes. O nome original do futuro poeta tinha como inspiração
o Quo Vadis, romance do polonês Henryk Sienkiewicz que havia virado filme em 1912.
Nasceu de madrugada, durante um forte temporal que desabava sobre a Zona Sul. Sentindo
fortes dores, Lydia pediu a Clodoaldo que corresse para chamar Filomena, parteira mais famosa
das redondezas, mas não houve tempo: o menino nasceu nas mãos da vizinha que acompanhava
a parturiente. Mais preocupada com o estado de Lydia, a tal acompanhante se esqueceu de aga-
salhar o bebê, motivo pelo qual – era o que se dizia na família – o petiz teve bronquite crônica
durante a infância. Além de doente, “Vinicius foi feinho em criança”, como escreve Laetitia Cruz
de Moraes no texto Vinicius, Meu Irmão, publicado como apresentação da coletânea Vinicius
de Moraes – Poesia Completa & Prosa, pela editora Nova Aguilar (1961). “Moreno, de cabeçorra
alongada, olhos verdes, que a tosse fazia congestos e salientes, pescocinho magro e comprido,
parecia – diz minha mãe – um passarinho escuro e triste.”
Embora “travessíssimo, arteiro”, dono da “maior coleção de galos” na cabeça e sempre
rodeado de muitos amigos (dos quais era sempre o líder), a irmã ressalta que Vinicius não foi
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exatamente uma criança alegre. Ela destaca o “olhar distante e resoluto” de nosso persona-
gem na infância, sempre dado a reflexões e pensamentos incomuns às outras crianças com
que conviviam: “não eram sonhadores os olhos do poeta menino; eram talvez ausentes, mas

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determinados, como se vissem logo adiante um dever a cumprir”. Laetitia diz que Vinicius puxou
mais ao jeito da família do pai (“gente mansa, de fala doce, bons e absurdamente generosos”),
mas aponta que “o amor pela vida” foi herdado do lado materno (que tinha como característica
uma “intensa vitalidade animal que se traduz no brilho dos olhos, no viço da pele e do cabelo,
na palavra fácil e profusa e no gosto pelas coisas da vida”).
(...)
A chácara em que Vinicius vive seus primeiros três anos é cheia de atrações: uma estufa
de begônias, um galinheiro repleto de faisões, um lago e uma vaca de estimação. No café da
manhã, a família se reunia em torno de uma mesa de pedra para comer iguarias colhidas no
próprio pomar: carambolas, nêsperas, cajás e frutas-pão – estas fatiadas e assadas no forno a
lenha, antes de serem servidas como se fossem torradas, com manteiga. Devido à bronquite,
o pequeno Vinicius vivia metido num camisolão branco, que dava a ele um aspecto de anjo.
(...)

MALTA, Pedro Paulo. Pequenos notáveis: Parte II. Rio de Janeiro: MultiRio, 2012. Disponível em: http://www.
multirio.rj.gov.br/images/PDFs/biografia-vinicius%20de%20moraes.pdf. Acesso em: 3 jun. 2019. Fragmento.

ATIVIDADES

1. Onde e quando nasceu Vinicius de Moraes?

2. No início do texto, quais informações são apresentadas sobre a família de Vinicius?

3. O que o nome dos irmãos tinha em comum? O que fez o pai decidir sobre o nome dos filhos?

4. A irmã de Vinicius, quando disse que ele não era “exatamente uma criança alegre”, baseou-se
em que lembranças?

5. Como a citação da fala da irmã de Vinicius contribui para a credibilidade do texto?


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Proposta de produção
Agora que você conhece um pouco mais o gênero biografia, conforme os critérios definidos por
seu professor, escreva a biografia de um colega de sua turma.
O texto deverá apresentar:
•• dados sobre a origem do biografado (local de origem, data de nascimento, nome dos pais, entre
outros);
•• informações gerais sobre a vida do colega (onde estudou, como foi a infância, o que já fez de
importante);
•• fotografias ou comentários de um familiar;
•• curiosidades sobre a vida do biografado.
Para escrever a biografia, converse com o colega que será biografado, investigue informações
sobre a vida dele de maneira cuidadosa, peça a ele que forneça fotos de família. Se possível, converse
com um familiar dele, pergunte como era o biografado quando criança. Depois da biografia pronta,
você poderá presentear seu colega com o texto.
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CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 8º ANO – Biografia
Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são
possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e
reescrita fica a seu critério. Se preferir, faça uma primeira correção trocando os textos entre os colegas.
Solicite, se necessário, que elaborem uma segunda versão. É possível também solicitar aos alunos que
lhe entreguem os textos para correção e posterior reescrita.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero

1. O texto apresenta dados sobre a origem do biografado?


2. O texto é um resumo dos principais fatos da vida do biografado durante a
infância e início da adolescência?
3. O texto revela curiosidades sobre a vida do biografado?

4. O texto apresenta fotografias ou comentários de familiares do biografado?

TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

5. Progressão e coerência
6. Riqueza e relevância de informações (dados sobre
o biografado, resumos dos principais fatos da vida
do biografado, revelação de curiosidades sobre o
biografado, fotos ou comentários de familiares).
TOTAL

COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero

7. Paragrafação (continuidade de ideias)

8. Pontuação

9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)

10. Reprodução das falas/comentários de familiares sobre o biografado

TOTAL

NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

11. Ortografia e acentuação

12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano

TOTAL
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TOTAL GERAL

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Unidade 6 – Capítulo 2 – Realidades rotuladas
Reportagem
Por acessarmos meios de comunicação de qualquer natureza é bem provável que em algum
momento nos deparemos com uma reportagem. A reportagem é um texto da esfera jornalística que
enfoca, de maneira abrangente, um assunto ou fato atual. Para tal objetivo, dispõe de recursos como
entrevistas, gráficos, imagens ou depoimentos relacionados ao assunto tratado.
Ao escrever sobre o fato ao qual a reportagem se refere, o jornalista pode apresentar seu texto de
três formas: expositiva, interpretativa ou opinativa. No primeiro caso, ocorre apenas a narração clara
e objetiva dos fatos. No segundo, o autor do texto constrói relações entre fatos que dialogam com o
acontecimento em foco ou menciona fatos semelhantes de diferentes momentos históricos. Já quan-
do assume a forma opinativa, o autor tenta convencer o leitor sobre algo a fim de mudar sua opinião.
Quanto à linguagem, ela tende à impessoalidade e segue as regras da modalidade formal da lín-
gua. Deve ser clara e objetiva para possibilitar a leitura pelo público. No que diz respeito à estrutura,
apesar de ser mais livre que uma notícia, é comum encontrarmos na reportagem um título principal,
um secundário e o lide, elementos que compõem ambos os gêneros textuais.
Reportagens são destinadas a diversos tipos de público e tratam de temas variados, dos mais
diversos campos de interesse. Podem ser encontradas em jornais, revistas, sites, televisão ou rádio.
Ler reportagens é um importante meio de nos mantermos informados sobre os fatos que nos cercam,
sobre os assuntos que fazem parte da nossa vida.
Leia o trecho da reportagem e depois responda às questões propostas.

Famílias trocaram a cidade pelo campo para ter uma vida simples
Yannik D´Elboux
Do UOL, no Rio de Janeiro
18/04/2014 08h01
Trocar o campo pela cidade à procura de uma vida melhor sempre foi a opção mais comum.
Porém, algumas famílias, cansadas do caos urbano, estão fazendo o caminho inverso, deixando
os grandes centros para viver literalmente no meio do mato.
São pessoas que cursaram faculdade, desfrutavam de um certo conforto na cidade, mas
não aguentavam mais a correria, falta de liberdade, o trânsito e o excesso de consumo. Em busca
de uma vida mais simples e saudável, elas não têm medo de encarar a enxada e descobrir um
novo modo de sobreviver.
Para a mineira Manuella Melo Franco, 34, a chegada do primeiro filho foi o empurrão que
faltava para deixar a cidade e, finalmente, experimentar uma vida mais tranquila e autossusten-
tável, ao lado do companheiro Hugo Ruax. “O nascimento do Tomé reforçou esse nosso desejo.
Queríamos oferecer a ele uma infância mais próxima da natureza, longe dos valores consumistas
e da loucura da cidade”, diz a fotógrafa e jornalista.
A mudança da família de Lagoa Santa (MG) para uma fazenda em Piatã, na Chapada
Diamantina (BA), aconteceu em agosto do ano passado, quando Manuella estava grávida de
sete meses de Nina, a segunda filha do casal. Porém, esse fato não foi motivo de preocupação.
O que mais pesava na decisão era a falta de dinheiro. O casal trabalhava para juntar o máximo
possível, entretanto nunca parecia suficiente, já que os gastos não diminuíam. “Era como correr
atrás do rabo. Então decidimos vender o carro, os móveis da casa, tudo o que tínhamos e ir em-
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bora. Porque se a gente ficasse esperando o dinheiro ele não ia chegar nunca”, conta Manuella.
[...]

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Dificuldades do campo
Mais de 80% dos brasileiros moram na zona urbana. Entretanto, segundo o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), o êxodo rural para a cidade vem diminuindo nas últimas
décadas. Entre 2000 e 2010, cerca de 2 milhões de pessoas deixaram a zona rural, metade da
quantidade da década anterior.
Para quem sonha com a vida no campo, é importante conhecer um pouco mais dessa rea-
lidade antes de se mudar, já que o dia a dia pode não ser tão tranquilo como muitos imaginam.
As facilidades e os serviços da cidade grande costumam ficar a quilômetros de distância. Abraçar
esse novo estilo de vida significa dizer adeus ao disque pizza e às coisas prontas.
[...]

Disponível em: https://universa.uol.com.br/noticias/redacao/2014/04/18/familias-trocaram-a-


cidade-pelo-campo-para-ter-uma-vida-simples.htm. Acesso em: 12 abr. 2019. Fragmento.

ATIVIDADES

1. Qual é o tema da reportagem?

2. O que as pessoas que deixam a cidade grande buscam?

3. No início do texto o jornalista apresenta um contraponto para introduzir o assunto. O que ele
revela?

4. Qual recurso o jornalista utilizou em grande parte do trecho da reportagem para relatar o fato?

5. Segundo informações do texto, que tipo de facilidades as pessoas que trocam a cidade pelo
campo deixam de ter?

6. O que você pensa sobre isso? Quais são os pontos positivos e negativos de se viver no campo?
Discuta com os colegas e registre a seguir suas conclusões.
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Proposta de produção
Agora que você conhece um pouco mais o gênero reportagem, escreva uma que trate do assunto
qualidade de vida.
Para isso, escolha um dos temas a seguir ou outro que se encaixe no assunto proposto e depois
siga o roteiro para a produção.

•• Benefícios da atividade física


•• Como cuidar da mente e desacelerar
•• Alimentação saudável

Após escolher o tema, comece a se preparar para escrever sua reportagem.


•• Busque fontes de referência: livros, revistas, pessoas, outras reportagens, entrevistas. Guarde
todas essas informações, pois você poderá citá-las em seu texto.
•• Busque imagens que possam ilustrar o assunto.
•• Se puder, entreviste alguém que pratica o hábito sobre o qual você está escrevendo e descubra
como esse hábito contribui para a qualidade de vida da pessoa.
•• Escreva a reportagem utilizando uma linguagem clara e objetiva.
•• Crie um título bem criativo para a reportagem.
•• Exponha a reportagem em um mural para que os colegas possam ler.
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CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 8º ANO – Reportagem
Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são
possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e
reescrita fica a seu critério. Se preferir, faça uma primeira correção trocando os textos entre os colegas.
Solicite, se necessário, que elaborem uma segunda versão. É possível também solicitar aos alunos que
lhe entreguem os textos para correção e posterior reescrita.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero

1. O aluno escreveu uma reportagem sobre qualidade de vida?


2. O aluno apresentou elementos como entrevistas, fotos, dados de pes-
quisa para relatar o assunto?
3. A linguagem é clara e objetiva?

4. O título é adequado?

TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

5. Progressão e coerência
6. Riqueza e relevância de informações (apresenta-
ção de elementos como entrevistas, imagens, de-
poimentos, clareza da linguagem, título criativo).

TOTAL

COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero

7. Paragrafação (continuidade de ideias)

8. Pontuação

9. Vocabulário (adequação, riqueza, variação)

10. Reprodução da fala ou comentário de alguém sobre o assunto tratado

TOTAL

NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

11. Ortografia e acentuação

12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano

TOTAL
EF19_8_POR_L3_CA

TOTAL GERAL

16 LÍNGUA PORTUGUESA
Unidade 6 – Capítulo 3 – Realidades exclusivas
Reportagem
Conforme você aprendeu, a reportagem é um gênero jornalístico que pode ser encontrado em
vários suportes: TV, rádio, jornal, revistas e sites. Dependendo do suporte em que é veiculada, a repor-
tagem assume algumas características próprias.
Um dos tipos de reportagem a que temos acesso quase que diariamente é a televisiva. Basta ligar a
TV ou fazermos uma busca pela internet que facilmente teremos acesso a várias delas. Em reportagens
televisivas, a informação chega ao destinatário por meio da fala do repórter, o telespectador vê o re-
pórter em ação, os entrevistados, a ação acontecendo. Tudo isso garante movimento e instantaneidade
próprios desse tipo de reportagem. Outra característica importante é que em reportagens desse tipo
o som e a imagem se complementam, por isso o trabalho de edição é muito importante, pois atribui
sincronicidade à reportagem.
Quanto à linguagem, é comum que reportagens televisivas apresentem uma linguagem mais
coloquial, mais próxima da fala cotidiana, porém mantém-se o cuidado com o palavreado, os termos e
a forma como se fala. Assim como os outros tipos de reportagem, a televisiva inicia-se com uma apre-
sentação; em seguida vem o corpo da reportagem, o desenvolvimento, que deve seguir uma sequência
lógica dos relatos. Por fim, há um fechamento, uma conclusão.
Temas das mais diversas áreas podem ser abordados em uma reportagem. Leia agora o trecho de
uma reportagem, atentando-se à forma como o repórter introduz o assunto para o leitor.

Nanotecnologia
Há muito tempo o homem se pergunta se tudo o que existe no mundo é formado por
partículas minúsculas. Por pura curiosidade, cientistas foram, ao longo da história, tentando
reduzir cada coisa a partes menores, até alcançar a menor parte possível. Foi assim que, na
Grécia antiga, há mais de dois mil anos, chegou-se à conclusão de que os átomos eram a menor
parte possível da matéria e que não poderiam ser divididos. Aliás, é isso o que o nome átomo
quer dizer: indivisível.
Foi só bem mais tarde, no século 19, que os cientistas descobriram que o átomo podia ser
dividido em partes ainda menores. E foi também nessa época que eles confirmaram que tudo
o que existe, das pedras aos animais, é feito de átomos – por isso, os átomos são considerados
os “tijolos” com os quais se constrói qualquer coisa. A partir de então, os pesquisadores ficaram
com uma pulga atrás da orelha: e se eles fossem capazes de pegar esses minúsculos tijolos e
com eles construir novos materiais?
Ora, não seria fácil manipular materiais de construção tão minúsculos! Mas, com o tempo
e o desenvolvimento da tecnologia, surgiram materiais capazes de fazer isso.
Com vocês, a nanotecnologia. O estudo de como usar essas minúsculas partículas, mistu-
rando conhecimentos da química, física e biologia, é chamado pelos cientistas de nanociência.
A etapa seguinte é aplicar esses estudos em novos materiais e produtos concretos: esta é a
missão da nanotecnologia.
A nanociência e a nanotecnologia recebem esse nome porque trabalham numa escala
nano. Conhecer o significado dessa palavra pode ajudar: nano quer dizer “anão” e é um termo
usado para se referir a coisas muito pequenas. Por exemplo, um nanômetro é uma unidade de
medida um bilhão de vezes menor que o metro.
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Estamos falando de coisas muito pequenas, tão miúdas que não podemos enxergar a olho
nu. Algumas moléculas simples, por exemplo, medem um nanômetro. As partes formadoras
das moléculas, os átomos, medem cerca de 0,1 a 0,4 nanômetros. Os vírus, por outro lado,

LÍNGUA PORTUGUESA 17
podem ter de 10 a 100 nanômetros. Já as coisas que podemos enxergar medem muito mais
do que isso. A cabeça de um alfinete tem um milhão de nanômetros e a espessura do fio de
cabelo, 80 mil nanômetros.
Deu para ter uma ideia de quão minúsculas são essas medidas? Pois é com isso que a na-
nociência e a nanotecnologia trabalham. Como o olho humano não consegue enxergar objetos
com menos de 10 mil nanômetros, os cientistas que trabalham com eles precisam da ajuda de
microscópios muito especiais.
[...]

Disponível em: http://url.sae.digital/WeAvwsH. Acesso em: 12 abr. 2019. Adaptado

ATIVIDADES

1. Como o jornalista introduz o tema nos dois primeiros parágrafos do texto?

2. Segundo o texto, o que é a nanociência?

3. Por que a nanociência e a nanotecnologia receberam esses nomes?

4. No penúltimo parágrafo do trecho lido, o que o autor do texto faz para que o leitor tenha ideia
do tamanho das pequenas moléculas?
EF19_8_POR_L3_CA

18 LÍNGUA PORTUGUESA
T
C
Proposta de produção
Agora que você sabe um pouco mais sobre o gênero reportagem, que tal pesquisar uma de seu
interesse e transformá-la em reportagem televisiva?
Sua tarefa é, com grupos determinados pelo professor, transformar uma reportagem escrita em
uma reportagem televisiva. Para isso, fique atento aos seguintes itens:
•• Selecione uma reportagem que trate de um assunto que seja do interesse da sua turma. Pesquise
em revistas, sites da internet ou jornais. Leia quantas reportagens puder e depois selecione uma
de que mais gostou. Se o grupo concordar, vocês podem acessar as reportagens apresentadas
na unidade 6 na íntegra e transformá-las em vídeo;
•• Com base na reportagem escrita, construa um roteiro para a gravação. Se achar necessário, faça
adequações à linguagem, tornando-a mais coloquial;
•• Faça a seleção das imagens que irão aparecer na reportagem, bem como o som que irá compô-la;
•• Atenção à fala inicial. Ela deve introduzir o assunto. Atenção também à finalização da reportagem,
que deve conter um fechamento, uma conclusão;
•• Caso a reportagem apresente trechos de entrevistas ou depoimentos, um dos alunos poderá
assumir o papel dessa pessoa;
•• Atenção à postura e à entonação da voz;
•• Gravem o vídeo;
•• Editem o vídeo;
•• Entreguem uma cópia do roteiro escrito para o professor;
•• Apresentem a reportagem para a turma.
EF19_8_POR_L3_CA

LÍNGUA PORTUGUESA 19
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 8º ANO – Reportagem
Observações: as divisões da grade de correção correspondem a parâmetros básicos, mas são
possíveis valores intermediários até o valor máximo do item. A condução do processo de correção e
reescrita fica a seu critério. Se preferir, faça uma primeira correção trocando os textos entre os colegas.
Solicite, se necessário, que elaborem uma segunda versão. É possível também solicitar aos alunos que
lhe entreguem os textos para correção e posterior reescrita.

ADEQUAÇÃO À PROPOSTA (2,0) 0,5 0,25 zero

1. O aluno transformou uma reportagem escrita em televisiva?

2. A reportagem apresenta a informação de maneira clara?


3. Há uma apresentação que situe o telespectador no assunto e uma con-
clusão?
4. A postura corporal e entonação de voz dos alunos estavam adequadas?

TOTAL

CONTEÚDO (4,0) 3,0 2,0 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

5. Progressão e coerência
6. Riqueza e relevância de informações (qualidade
e fidelidade das informações extraídas da reporta-
gem escrita, apresentação inicial e fechamento,
postura corporal e entonação de voz).

TOTAL

COESÃO (2,0) 0,5 0,3 zero

7. Exposição clara do tema

8. Escolha vocabular adequada

9. Escrita do roteiro coerente com a reportagem escrita

10. Fechamento da reportagem

TOTAL

NORMA-PADRÃO (2,0) 1,0 0,8 0,5 0,2 zero

11. Vocabulário adequado na exposição da reportagem

12. Demais aspectos gramaticais pertinentes ao ano

TOTAL
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TOTAL GERAL

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