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PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB PARA

GESTÃO DE MULHERES GRÁVIDAS

FIDÉLCIO DINIS SORTANE


UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

ENGENHARIA INFORMÁTICA

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB PARA


GESTÃO DE MULHERES GRÁVIDAS

FIDÉLCIO DINIS SORTANE

BEIRA

2022
UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

ENGENHARIA INFORMÁTICA

PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB PARA


GESTÃO DE MULHERES GRÁVIDAS

FIDÉLCIO DINIS SORTANE

Orientador: Engº. CRISTIAN FRANKLIN COULON

Trabalho de Conclusão do Curso a ser


apresentado ao departamento de Engenharia
Informática, Faculdade de Ciências e Tecnologia
como requisito parcial para obtenção do título de
licenciatura de Engenharia Informática

BEIRA

2022
DECLARAÇÃO

Eu, FIDÉLCIO DINIS SORTANE declaro por minha honra que esta
monografia é resultado do meu próprio trabalho e está a ser submetida para a obtenção
do grau de licenciatura na Universidade Zambeze. Ela não foi submetida antes para
obtenção de nenhum grau ou para avaliação em nenhuma outra universidade.

Beira, aos____ de _______________ de 2022

______________________________
(Fidélcio Dinis Sortane)

I
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, Domingos Dinis Sortane (In Memoriam) e
em especial a minha mãe Maria Inês Chocolate Punduma, aos meus irmãos Adriano
Bernardo Lalau, Sortane Dinis Sortane e Manuel Dinis Sortane que me apoiaram
incansavelmente.

II
AGRADECIMENTO

Em primeiro lugar e acima de tudo agradeço a DEUS PAI TODO PODEROSO


que concedeu o Dom da Vida e, em particular, o Dom da Sabedoria e da Inteligência.

Aos meus pais, que me concederam, o que fizeram desde a minha nascença, de
forma que eu conseguisse ultrapassar os obstáculos deparados ao longo do percurso,
bastante importante na minha educação por me dar todo o suporte necessário para que
eu me dedicasse inteiramente nos estudos, o meu muito obrigado por tudo e aos meus
irmãos Adriano Bernardo Lalau, Sortane Dinis Sortane e Manuel Dinis Sortane.

Aos meus amigos, em especial Domingos Filipe Damião, Francisco Paporo


Muchadenha, Nelson João Ernesto Tomo, Paulo Sousa pelo apoio imenso. Não deixar
de agradecer aos meus colegas da Faculdade, Zubaire Miquidade, José Duarte
Chicopera, Elton Sampaio, Gabriel Sozinho e Isaque Alface pelo companheirismo.

Agradeço também ao meu Orientador Eng°. Cristian Franklin Coulon, pela


paciência, dedicação e pela compreensão.

Enfim, meu muito obrigado a todos que contribuíram para a conclusão dessa
etapa.

III
EPIGRAFE

Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Se vós
me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e
o tendes visto.
BÍBLIA SAGRADA (João, 14:6-7)

IV
RESUMO......................................................................................................................VIII
ABSTRACT.....................................................................................................................X
LISTA DE FIGURAS......................................................................................................XI
LISTA DE GRÁFICOS..................................................................................................XII
LISTA DE TABELAS..................................................................................................XIII
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS...................................................................XIV
1 CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO...............................................................................15
1.1 Justificativa......................................................................................................16

1.2 Delimitação do tema........................................................................................16

1.3 Problematização..............................................................................................16

1.3.1 Limitações.......................................................................................17
1.4 Hipóteses.........................................................................................................17

1.5 Objetivos..........................................................................................................17

1.5.1 Objetivo geral..................................................................................17


1.5.2 Objetivos específicos.......................................................................17
1.6 Metodologia de pesquisa.................................................................................18

1.6.1 Método teórico.................................................................................18


1.6.2 Método e técnicas empíricas...........................................................18
1.7 Estrutura do trabalho.......................................................................................19

2 CAPÍTULO II - MARCO TEÓRICO.......................................................................20

2.1 Pré-natal...............................................................................................................20

2.2 Exames Laboratoriais..........................................................................................20

2.3 Os principais pontos serem observados durante pré-natal..................................21

2.4 Orientações específicas quanto à amamentação..................................................22

2.5 As vacinas que a gestante deve tomar durante o pré-natal..................................23

2.6 Gravidez..............................................................................................................24

2.7 Sintomas da gravidez...........................................................................................24

V
2.8 Semanas de Gravidez..........................................................................................26

2.9 Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação.................................................27

2.10 Saúde Materno Infantil (SMI).............................................................................28

2.11 Situação da Saúde em Moçambique....................................................................28

2.12 De acordo com o Decreto Presidencial nr.11/95, é tarefa de Ministério da Saúde:


28

2.13 Evolução de indicadores selecionados do Estado de Saúde Materna e Infantil. .29

2.14 Dados, informação e conhecimento....................................................................35

2.15 Tecnologia da Informação...................................................................................35

2.16 Sistemas de Informações.....................................................................................36

2.17 Sistema De Informação Gerencial (SIG).............................................................37

2.17.1 Componentes do SIG............................................................................38

2.17.2 Benefícios do SIG.................................................................................39

2.18 Sistemas de Informação em Saúde......................................................................39

2.18.1 O Papel de um Sistema de Informação em Saúde................................40

2.19 Sistema de Gestão para Saúde Materna Infantil (SGSMI)..................................40

2.20 Tecnologias Web..................................................................................................41

2.20.1 Processos de desenvolvimento de software..........................................42

2.21 Ferramentas a serem utilizadas............................................................................43

2.21.1 O Padrão Model-View-Controller – MVC...........................................43

2.21.2 Sublime Text.........................................................................................45

2.21.3 CodeIgniter...........................................................................................45

2.21.4 Principais Características do CodeIgniter que são:..............................46

2.21.5 PHP.......................................................................................................46

2.21.6 Linguagem de marcação HTML..........................................................47

2.21.7 Linguagem de estilização CSS.............................................................47

2.21.8 Banco de dados mysql..........................................................................47

VI
2.22 UML (Unified Modeling Language)...................................................................48

2.22.1 Astah.....................................................................................................49

2.22.2 Diagrama de caso de uso......................................................................49

2.22.3 Diagrama de classe...............................................................................50

2.22.4 Diagrama de Sequência........................................................................51

2.22.5 Diagramas de Atividades......................................................................52

3 CAPÍTULO III - DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA E SUA METODOLOGIA


DE APLICAÇÃO............................................................................................................53

3.1 Caracterização da Cidade da Beira...................................................................53

3.2 O Centro de Saúde Urbano da Ponta-Gêa........................................................53

3.3 Levantamento de requisitos..............................................................................54

3.4 Engenharia de Requisitos.................................................................................54

3.5 Requisitos funcionais........................................................................................55

3.6 Requisitos não funcionais.................................................................................56

3.7 Especificação e modelação do sistema.............................................................58

3.8 Diagrama de caso de uso do sistema................................................................58

3.9 Especificação de caso de uso do sistema..........................................................59

3.10 Diagrama de Atividades...................................................................................63

3.11 Diagrama de Sequência....................................................................................64

3.12 Diagrama de classes do sistema.......................................................................65

3.13 Diagrama de Entidade e Relacionamento do sistema.......................................66

3.14 Metodologia do sistema....................................................................................67

3.13.1 Tela de login....................................................................................67


3.13.2 Painel principal do Administrador....................................................................67
3.13.2 Tela de cadastro das pacientes...........................................68
3.13.4 Tela usuários.......................................................................69
4 CAPÍTULO IV - CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES......................................70
4.1 CONCLUSÕES...................................................................................................70
4.2 RECOMENDAÇÕES................................................................................................70

VII
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA.................................................................................72
APÊNDICES...................................................................................................................77
APÊNDICE I: GUIÃO DE ENTREVISTA AO CENTRO DE SAÚDE URBANO DA
PONTA-GÊA e MUNHAVA- BEIRA.............................................................................77
APÊNDICE II: RESULTADOS DA PESQUISA REALIZADA AO DEPARTAMENTO
DE SAÚDE MATERNA INFANTIL NO CENTRO DE SAÚDE URBANO DA
PONTA-GÊA...................................................................................................................78
APÊNDICE III: RESULTADOS DA PESQUISA REALIZADA AO DEPARTAMENTO
DE SAÚDE MATERNA INFANTIL NO CENTRO DE SAÚDE URBANO DA
MUNHAVA.....................................................................................................................79
ANEXOS.........................................................................................................................80
ANEXO 1: PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PARA RECOLHA DE DADOS...............80
ANEXO 2: CARTA DE AUTORIZAÇÃO PARA RECOLHA DE DADOS.................81
ANEXO 3: FICHA DE PRÉ-NATAL.............................................................................82
ANEXO 4: FICHA CLÍNICA DE PARTO.....................................................................84

RESUMO

Nos dias atuais a tecnologia da informação vem ganhando espaço e crescendo de forma
intensa no mundo com as grandes contribuições para o crescimento das empresas na
produção e na gestão das atividades da mesma. A utilização de sistemas informatizados
nas empresas ou organizações tem se tornado indispensável, com a vista atender as

VIII
necessidades no quotidiano que relata. A utilização de um sistema de gestão permiti a
integridade da informação seja armazenada, gerida de maneira racional, ágil e
principalmente para recuperar esta informação e distribuí-la a quem precisa. A presente
pesquisa intitulada “Proposta de Desenvolvimento de um Sistema Web para Gestão de
Mulheres Grávidas” tem como o objetivo desenvolver um sistema que permiti as
informações sejam armazenadas e geridas em condições mais preciso, com intuito de
reduzir e dinamizar o processo de gestão das gestantes. Para o alcance do objetivo da
pesquisa foi baseada no uso dos métodos teóricos, na elaboração de conclusões gerais e
utilizado na revisão, análise bibliográfica de trabalhos relacionados permitindo uma
maior compreensão da lógica da pesquisa, métodos empíricos para acompanhar o
processo de gestão das gestantes e recolha de dados para desenvolvimento do sistema
para alcançar os resultados satisfatórios.

Palavras-chaves: Sistema de Informação, Sistemas de Informação em Saúde, Saúde


Materna Infantil, Pré-natal, Gravidez.

ABSTRACT

In the current days the technology of the information is winning space and growing in
an intense way in the world with the great contributions for the growth of the companies
in the production and in the administration of the activities of the same. The use of

IX
systems computerized in the companies or organizations has if indispensable tornado,
with the view to assist the needs in the everyday that he/she tells. The use of an
administration system allowed the integrity of the information is stored, managed in
way rational, agile and mainly to recover this information and to distribute her to who
needs. To present he/she researches entitled "Proposal of Development of a Sistema
Web for Administration of Pregnant Women" has as the objective to develop a system
that I allowed the information are stored and managed in more necessary conditions,
with intention of reducing and streamline the process of the pregnant women's
administration. For the reach of the objective of the research it was based on the use of
the theoretical methods, in the elaboration of general conclusions and used in the
revision, bibliographical analysis of related works allowing a larger understanding of
the logic of the research, empiric methods to accompany the process of the pregnant
women's administration and collect of data for development of the system to reach the
satisfactory results.

Keywords: System of Information, Systems of Information in Health, Infantile


Maternal Health, Prenatal, Pregnancy

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Período fetal que se desenvolvem os órgãos...............................................................25


Figura 2: Sistemas de Informação...............................................................................................35

X
Figura 3: Componentes do SIG...................................................................................................35
Figura 4: Funcionamento do MVC4...........................................................................................45
Figura 5: Exemplo de Diagrama de caso de uso.........................................................................49
Figura 6: Exemplo de Diagrama de Classes...............................................................................50
Figura 7: Exemplo de Diagrama de Sequência...........................................................................51
Figura 8: Exemplo de diagrama de atividades............................................................................51
Figura 9: Localização do Centro de Saúde Urbano da Ponta-Gêa..............................................53
Figura 10: Diagrama de casos de uso do sistema. (Autoria própria)..........................................58
Figura 11: Descrição do caso de uso para efetuar login. (Autoria própria)................................59
Figura 12: Descrição do caso de uso para editar usuário. (Autoria própria)..............................59
Figura 13: Descrição do caso de uso para excluir usuário. (Autoria própria)............................60
Figura 14: Descrição do caso de uso para cadastrar pacientes. (Autoria própria)......................60
Figura 15: Descrição do caso de uso para marcar e desmarcar consulta. (Autoria própria).......61
Figura 16: Descrição do caso de uso para excluir paciente. (Autoria própria)...........................61
Figura 17: Descrição do caso de uso para editar paciente. (Autoria própria).............................62
Figura 18: Descrição do caso de uso para sair do sistema. (Autoria própria).............................62
Figura 19: Diagrama de Atividades do sistema. (Autoria própria).............................................63
Figura 20: Diagrama de sequência do evento. (Autoria própria)................................................64
Figura 21: Diagrama de Entidade e Relacionamento do sistema. (Autoria própria)..................65
Figura 22: Página de login. (Autoria própria).............................................................................67
Figura 23: Painel principal do Administrador (Autoria própria)................................................68
Figura 24: Tela de cadastro das pacientes (Autoria própria).......................................................68
Figura 25: Tela dos usuários (Autoria própria)...........................................................................69

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 : Tendências da taxa de mortalidade materna institucional, por província,


Moçambique, 2000 – 2016 (por 100 mil partos)..........................................................................29

XI
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 : Taxa de Cobertura de Consultas Pré-Natal e Índice de Cumprimento da Meta


.........................................................................................................................................29

XII
Tabela 2: Consultas Pré-Natal em Mulheres com menos de 12 semanas de gravidez
(Taxa de Cobertura e Índice de Cumprimento), por Província, 2019-2020....................29
Tabela 3: Mulheres Grávidas que receberam 4 ou mais Consultas Pré-Natal (Taxa de
Cobertura e Índice de Cumprimento), por Província, 2019-2020...................................30
Tabela 4: Taxa de Cobertura de Partos Institucionais por Província, 2019-2020...........31
Tabela 5: Cobertura de Vacina BCG (0-11 Meses) por Província, 2019-2020..............32
Tabela 6: Cobertura da Vacina DPT3 /Hep B (0-11 Meses) 3ª. Dose, por Província,
2019-2020........................................................................................................................32
Tabela 7: Cobertura de vacina PCV 10 3a Dose (0-11 meses), por Província, 2019-2020
.........................................................................................................................................33
Tabela 8: Descrição dos requisitos funcionais do sistema. (Autoria própria)................56
Tabela 9: Descrição de requisitos não funcionais do sistema. (Autoria própria)...........57

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CSS: Cascading Style Sheets

XIII
DIS: Departamento de Informação para a Saúde
DPC: Direção de Planificação e Cooperação
MVC: Modelo, Visão e Controlador
OMS: Organização Mundial de Saúde
OPAS: Organização Pan-americana de Saúde
HTML: Linguagem de Marcação de Hipertexto
PAV: Programa alargada de vacinação
PHP: Hipertexto Pré -processor
SGSMI: Sistema de Gestão para Saúde Materna Infantil
SI: Sistema de Informação
SIH: Sistema de Informação Hospitalar
SMI: Saúde Materna Infantil
SISMA: Sistema de Informação em Saúde e Monitoria e Avaliação
SQL: Linguagem de consulta estruturada
TI: Tecnologia de Informação
Web: World Wide Web

XIV
1 CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

Na época em que as informações eram armazenadas apenas em papel, a


segurança era relativamente simples. Bastava trancar os documentos em algum lugar e
restringir o acesso físico àquele local. Com as mudanças tecnológicas e o uso de
computadores de grande porte, a estrutura de segurança ficou um pouco mais
sofisticada, englobando controles lógicos, porém ainda centralizados.

Com a chegada dos computadores pessoais e das redes de computadores que


conectam o mundo inteiro, os aspetos de segurança atingiram tamanha complexidade
que há a necessidade de desenvolvimento de equipas e métodos de segurança cada vez
mais sofisticados. Paralelamente, os sistemas de informação também adquiriram
importância vital para a sobrevivência da maioria das instituições modernas, já que, sem
computadores e redes de comunicação, a prestação de serviços de informação pode se
tornar inviável.

Com a evolução da informática nos hospitais, houve a necessidade de


desenvolver um sistema para o registo das informações dos pacientes, visando trazer
eficiência na forma como as informações dos pacientes são armazenadas de modo a
melhorar e elevar a qualidade de atendimento através de novos recursos e aplicações.

Do ponto de vista da saúde materna, é necessário informar um conceito


fundamental para o bem-estar e saúde da mãe e do filho, que é o pré-natal. Um
importante informativo do estado de saúde e da evolução gestacional que é essencial
para a redução do risco de complicações obstétricas e neonatais, principalmente na
população muito jovem (OLIVEIRA, GAMA, & SILVA, 2010).

Os dados registados nos atendimentos pré-natais são de fundamental importância


na deteção de riscos gestacionais. Uma vez que tendo acesso a informações da saúde e
evolução da gestação, possibilita um diagnóstico precoce de possíveis complicações.

Sendo assim a presente pesquisa consiste num desenvolvimento de um sistema


web para gestão das mulheres grávidas para suprir as dificuldades na gestão da
informação das pacientes e na disseminação de informação, assim possibilitará para
melhorar a gestão, e o controlo das informações.

15
1.1 Justificativa

A escolha do tema surgiu da necessidade de melhorar as atividades do sector de


saúde materna infantil, visto que atualmente ainda é utilizada forma tradicional de gerir
os dados das pacientes onde são armazenados e geridas num livro, com isso tem
enfrentado algumas dificuldades na gestão dos mesmos.

Portanto, com a implementação de um sistema tornará as informações


armazenadas e geridas, em condições mais favorável, e servirá para um maior controle,
contribuindo positivamente para o aumento do nível organizacional das informações.
Pois a implementação do sistema reduz os custos da utilização do papel, contribuindo
assim na eficiência das atividades dos mesmos.

1.2 Delimitação do tema

O presente projeto de pesquisa terá como ponto de atenção nos Centros de Saúde
da Ponta-Gêa e da Munhuva, na cidade da Beira, na província de Sofala.

1.3 Problematização

A Saúde Materna Infantil é uma área hospitalar responsável pelo controle das
pacientes em estado de gravidez de modo a minimizar as complicações durante o parto.
Nota-se que nesta área enfrenta as dificuldades na gestão e no armazenamento das
informações das pacientes, que consiste no método tradicional executado através de
formulários simples em papel, ao nível das unidades sanitárias. A falta de um sistema
informatizado para auxiliar na gestão das pacientes, serve também como assentamento
de vários problemas ligados a gestão das mesmas.

De acordo com a problematização deste projeto de pesquisa levanta-se o seguinte


problema:

Como melhorar o mecanismo de gestão e controle das mulheres grávidas?

16
1.3.1 Limitações

A partir do problema apresentado acima encontrou-se as seguintes limitações:

 Limitação no armazenamento e registo de dados das pacientes, impossibilitando


a sua segurança e confiabilidade;
 Limitações na gestão dos dados das pacientes.

1.4 Hipóteses

De acordo com o Problema da pesquisa levanta-se a seguinte hipótese:


Com a implementação de um sistema web para gestão de mulheres grávidas o
sistema poderá gerir e armazenar as informações das pacientes de uma forma
eficiente e eficaz, facilitando o trabalho dos funcionários do centro de saúde.

1.5 Objetivos

1.5.1 Objetivo geral

O objetivo geral desta pesquisa é desenvolver um sistema web para gerenciar as


informações das pacientes no centro de saúde.

1.5.2 Objetivos específicos

 Compreender o funcionamento atual do sector da saúde materna infantil;


 Especificar as plataformas e as ferramentas utilizadas na implementação do
sistema;
 Fazer o Levantamento de requisitos para a construção do sistema;
 desenvolver o protótipo do sistema: implementar e validar ambiente do teste;

17
1.6 Metodologia de pesquisa

Com vista a atingir os objetivos do projeto, serão usados os seguintes métodos de


pesquisas:
 Método teórico;
 Método e técnicas empíricas;

1.6.1 Método teórico

 Analise-síntese, fundamentalmente serviu para o processamento dos dados


recolhidos no questionário e entrevista para elaboração de conclusões gerais da
pesquisa.
 Histórico-Lógico, este método foi utilizado na revisão, análise através da
literatura de revisões bibliográficas, documentos utilizando métodos dedutivos,
pesquisa feitas na internet, revistas e outras matérias disponível, artigos em
períodos nacionais e internacionais, assim como a pesquisa relacionada no sector
de saúde materna infantil.
 Dialético, que ajudou na compreensão, explicação e interpretação do objeto e do
campo de ação da pesquisa.

1.6.2 Método e técnicas empíricas

 Observação: usado na observação das atividades realizadas na unidade


sanitária, a fim de saber sobre as potenciais dificuldades enfrentadas durante
processo de gestão, acompanhamento e controle das pacientes.
 Entrevista: método na qual recolheu-se as informações a partir de uma conversa
com os funcionários, onde estes deram a sua contribuição com objetivo de
avaliar a possibilidade de implementação de um sistema que auxilie as suas
atividades.
 Questionário: composta por questões abertas foi usada a fim de recolher as
informações sobre a gestão, controle das pacientes realizadas na unidade
sanitária.

18
1.7 Estrutura do trabalho

Este trabalho é composto por quatro capítulos definidos da seguinte forma:

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO, neste capítulo são dadas notas introdutórias da


pesquisa, que inclui a contextualização, a descrição do problema, os objetivos que se
pretende alcançar. São também identificadas e descritas as técnicas metodológicas
utilizadas para o desenvolvimento do tema.

CAPÍTULO II - MARCO TEÓRICO, neste capítulo é feita uma descrição teórica de


todos os aspetos relevantes para a realização do trabalho.

CAPÍTULO III – DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA E SUA


METODOLOGIA DE APLICAÇÃO, neste capítulo será apresentado a descrição do
sistema a ser proposto, que compreende a estruturação do sistema desenvolvido, desde a
definição dos requisitos do sistema até a elaboração de diagramas UML que
colaboraram para a especificação, documentação e refinamento de requisitos.

CAPÍTULO IV - CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES, neste capítulo são


apresentadas as conclusões gerais do trabalho e recomendações para trabalhos futuros.

19
2 CAPÍTULO II - MARCO TEÓRICO

2.1 Pré-natal

É a assistência médica e de enfermagem prestada à mulher durante todos os nove


meses em que esteja grávida. O pré-natal destina-se a garantir o melhor estado de saúde
possível para a mãe e para o bebé no momento do parto. Pode-se mesmo dizer que o
pré-natal deve começar antes da gravidez, como uma preparação para engravidar. Essa
assistência deve visar não só as questões biológicas, mas também as atinentes à saúde
emocional da mãe, o desenvolvimento do feto, bem como acentuar a importância do
papel do pai.

Geralmente o pré-natal reduz o número de nascimentos prematuros, evita


cesarianas desnecessárias, reduz os nascimentos com baixo peso e as complicações
como a hipertensão arterial e a transmissão vertical (da mãe para o feto) de patologias
transmissíveis.

O pré-natal consiste no acompanhamento da gestante durante a gravidez por um


médico ou uma equipe de saúde. O pré-natal deve começar tão logo a mulher descubra
que está grávida (ou no momento que decide que quer engravidar) e seguir com no
mínimo seis consultas durante os nove meses de gestação, sendo uma no primeiro
trimestre da gravidez, duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre. Se a
gravidez padecer de qualquer anormalidade ou for uma gravidez de risco, as consultas
devem ser mais frequentes, a critério médico.

2.2 Exames Laboratoriais

Os exames de rotina para triagem de situações clínicas de maior risco no pré-


natal são solicitados no acolhimento da mulher no serviço de saúde, imediatamente após
o diagnóstico de gravidez. Alguns exames solicitados deverão ser repetidos no início do
3º trimestre da gestação.

Exames complementares de rotina são:

 Hemograma – para determinar se há anemia ou infeções;


 Hemograma completo – importante na avaliação de anemia, comum em
gestantes.

20
 Glicemia – para controlar o nível de açúcar sanguíneo que pode aumentar
durante a gravidez, um fator de risco para a gravidez;
 Sorologia para HIV e VDRL – esse exame visa saber se a mãe é soropositiva
para HIV, com possibilidade de desenvolver SIDA e se ela possui o vírus da
sífilis. Caso positiva para ambos ou um deles, é possível fazer um
acompanhamento para que as doenças não afetem o desenvolvimento do bebê e
repetir entre 28-30 semanas;
 Exame para detetar a sífilis que é uma Infeção Sexualmente Transmissível (IST)
de caráter sistêmica, curável e exclusiva do ser humano;
 Exame para saber o tipo sanguíneo – sistema ABO e o fator Rh;
 Urina – o exame identifica se há alguma infeção e qual é a melhor maneira de
combatê-la, evitando que ela se espalhe e cause parto prematuro;
 Proto parasitológico de fezes (exame de fezes) – útil na determinação de alguma
infeção intestinal;
 Exame para detetar a presença do vírus da hepatite B que pode causar uma
doença aguda, depois de infetar a pessoa, que é caracterizada perda de apetite e
mal-estar, dores dos músculos e das articulações, náuseas e vómitos;
 Ultrassonografia, esse exame é bastante comum e é realizado em diferentes
momentos que nos permite observar o bebé dentro do útero da mãe e assim
conhecer o seu estado de saúde ao longo da gravidez;
 Reação para toxoplasmose e para rubéola – com esse exame é possível saber se a
gestante já teve contato com essas doenças ou se está com elas. Os vírus
causadores podem gerar má formação no feto, além de prejuízos ao sistema
nervoso.

2.3 Os principais pontos serem observados durante pré-natal

 É comum que durante a gestação a mulher se sinta sensível e insegura. Por isso é
importante que ela tenha confiança no médico que a acompanhará. Idealmente, o
médico que a acompanha no pré-natal deve ser o mesmo que fará o parto,
embora nem sempre isso seja possível;
 A gestante deve ser informada sobre os objetivos e a importância do
pré-natal. O número de consultas, assim como forma de agendamento deve ser
pactuado com a gestante;

21
 Incentivar a participação do(a) parceiro(a) no pré-natal, no parto e nos cuidados
com o recém-nascido;
 O médico deve se informar sobre os hábitos alimentares da paciente, corrigir
eventuais desvios e aconselhar a alimentação mais apropriada para o período
gestacional, além de orientar sobre a adoção de um estilo saudável de vida;
 Deve ser verificado se a paciente ou seus familiares carregam alguma carga
genética que possa ser transmitida ao feto. Em caso afirmativo, pode-se optar por
um aconselhamento genético;
 O peso da mãe deve ser monitorado, para que ela não ganhe mais peso que o
necessário;
 Por ocasião da gravidez, o médico deve fazer a atualização das vacinas
necessárias;
 O pré-natal é fundamental para evitar problemas durante a gestação;
 Desenvolvimento da gravidez, apresentar as alterações emocionais, orgânicas e
da autoimagem; hábitos saudáveis como alimentação e nutrição, higiene corporal
e dentária, atividades físicas, sono e repouso; vacinação antitetânica;
relacionamento afetivo e sexual; direitos da mulher grávida/direitos
reprodutivos, no Sistema de Saúde, no trabalho e na comunidade; identificação
de mitos e preconceitos relacionados à gestação, parto e maternidade e
esclarecimentos;
 Tipos de parto, aspetos facilitadores do preparo da mulher; exercícios para
fortalecer o corpo na gestação e para o parto; preparo psíquico e físico para o
parto e maternidade; início do trabalho de parto, etapas e cuidados; respeitosos;
vícios e hábitos que devem ser evitados durante a gravidez; preparo para a
amamentação.

2.4 Orientações específicas quanto à amamentação

A orientação para a amamentação durante a gestação merece uma atenção


especial uma vez que pode aumentar a sua prevalência e prolongar o período de
aleitamento. É importante orientar também as gestantes que não poderão amamentar
sobre formas de inibir a produção de leite e a alimentação a ser instituída.

As gestantes que poderão amamentar devem ser orientadas sobre a importância


do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida, enfatizar a livre demanda, não

22
oferecer bicos ou chupetas, iniciar a amamentação preferencialmente na primeira hora
de vida do bebê e sobre as vantagens do aleitamento materno exclusivo para a mulher,
criança, família e sociedade.

 Vantagens da amamentação:
 Para a mãe – fortalecimento do vínculo afetivo entre mãe e filho, favorecimento
da involução uterina, contribui para o retorno do peso normal, contribui para o
aumento dos intervalos entre os partos, previne osteoporose, reduz risco para
câncer de mama.
 Para a criança – fortalecimento do vínculo afetivo, alimento completo, facilita
eliminação de mecônio e diminui incidência de icterícia no RN, protege contra
infeções, diminui riscos para alergias, diarreias, bronquiolite, obesidade
infantil. Ocasiona melhor asma, um desenvolvimento cognitivo e melhor
desenvolvimento motor-oral (mastigação, deglutição, fala, respiração).

2.5 As vacinas que a gestante deve tomar durante o pré-natal

De acordo com o seu histórico de vacinação, pode-se fazer necessário tomar


algumas vacinas durante o Pré-natal. Elas são muito importantes pois ajudam a imunizar
a mãe e o filho contra diversos problemas de saúde.

Ao serem aplicadas na mãe, as substâncias estimulam o sistema imunológico


materno e criam anticorpos contra esses perigos, transmitindo a proteção ao bebê
através da placenta.

 Vacina contra a gripe – pode ser tomada em qualquer fase da gestação e é


altamente recomendada pois uma gripe pode levar a uma infeção respiratória
mais grave nas gestantes. Ela vale apenas um ano, por isso deve ser tomada
todos os anos, e fica disponível durante os meses de outono;
 Vacina contra a hepatite B – esta só é aplicada em quem nunca tomou a vacina
no esquema completo, de três doses;
 Vacina contra o tétano – de acordo com seu histórico de vacinação, será
necessário tomar mais uma ou duas doses da vacina contra o tétano antes da
última dose, que está incluída na dTPa.

23
2.6 Gravidez

Gravidez ou gestação é todo o período de crescimento e desenvolvimento do


embrião dentro da mulher.

A gestação é um período caracterizado por transformações tanto físicas como


fisiológicas e emocionais em uma mulher, podendo ser a causa tanto de alegrias quanto
de ansiedade, dúvidas, incertezas e preocupações com o concepto em desenvolvimento
no útero materno.

O tempo de gestação normal é de 40 semanas ou 9 meses, contados a partir da


última menstruação. Quando o bebê nasce antes da data esperada, é chamado de
prematuro.

A gravidez é um momento bastante delicado na vida de uma mulher e envolve


modificações no corpo e alterações psicológicas. Diante desse momento delicado, é
importante que a mulher conheça bem as mudanças que irão ocorrer em seu corpo
durante esses meses e tenha acompanhamento especializado. Os cuidados deverão ser
ainda maiores naquelas gravidezes consideradas de risco.

2.7 Sintomas da gravidez

Durante toda a gestação, o corpo da mulher irá passar por mudanças para se
adaptar à chegada de uma nova vida. Inicialmente, essas modificações podem
desencadear alguns sinais que fazem com que a mulher suspeite de uma gravidez. Entre
aos principais sinais de uma gravidez, pode-se citar:

 Atraso menstrual – o atraso da menstruação pode ser uma dica de que a mulher
está grávida. Mas é importante lembrar que não é apenas a gravidez que provoca
o atraso da menstruação.
 Aumento do volume dos seios;
 Náuseas e enjoos matinais – em virtude da elevação dos hormônios produzidos
pela placenta, algumas mulheres costumam sentir enjoos nas primeiras semanas
de gravidez, mas em algumas mulheres esse desconforto perdura por toda a
gravidez. Esses enjoos ocorrem com mais frequência pela manhã, mas podem
ser sentidos em qualquer hora do dia.

24
 Aumento do sono – em razão do excesso de hormônios e do metabolismo mais
lento, a gestante pode sentir muito sono.
 Cansaço – na gravidez, o organismo da mulher está produzindo muitos
hormônios, o que acaba deprimindo o sistema nervoso, causando o cansaço e até
mesmo tonturas.
 Dores de cabeça – no início da gravidez, o aumento da circulação sanguínea
causa alterações hormonais que podem provocar dores de cabeça.
 Cólicas – algumas mulheres podem sentir cólicas como um sinal de que o útero
está se preparando para a gravidez.

 Sinais de certeza - são aqueles que efetivamente confirmam a gestação:


a) Batimento cardíaco fetal (BCF) – utilizando-se o estetoscópio de Pinard,
pode ser ouvido, frequentemente, por volta da 18a semana de gestação; caso
seja utilizado um aparelho amplificador denominado sonar Doppler, a partir
da 12ª semana. A frequência cardíaca fetal é rápida e oscila de 120 a 160
batimentos por minuto;
b) Contornos fetais – ao examinar a região abdominal, frequentemente após a
20ª semana de gestação, identificamos algumas partes fetais (polo cefálico,
pélvico, dorso fetal);
c) Movimentos fetais ativos – durante o exame, a atividade fetal pode ser
percebida a partir da 18ª/20ª semana de gestação. A utilização da
ultrassonografia facilita a detetar mais precoce desses movimentos;
d) Visualização do embrião ou feto pela ultrassonografia – pode mostrar o
produto da conceção (embrião) com 4 semanas de gestação, além de mostrar
a pulsação cardíaca fetal nessa mesma época. Após a 12ª semana de
gestação, a ultrassonografia apresenta grande precisão diagnóstica.

Algumas gestantes apresentam essas alterações de forma mais intensa; outras, de


forma mais leve - o que pode estar associado às particularidades psicossocioculturais.
Dentre estes casos, podemos observar as perversões alimentares decorrentes de carência
de minerais no organismo (ferro, vitaminas), tais como o desejo de ingerir barro, gelo
ou comidas extravagantes.

Para minimizar tais ocorrências, faz-se necessário acompanhar a evolução da


gestação por meio do pré-natal, identificando e analisando a sintomatologia apresentada,

25
ouvindo a mulher e lhe repassando informações que podem indicar mudanças próprias
da gravidez. Nos casos em que esta sintomatologia se intensificar, indica-se a referência
a algumas medidas terapêuticas.

2.8 Semanas de Gravidez

Figura 1: Período fetal que se desenvolvem os órgãos


Fonte: (Toda Matéria, 2019)

As 40 semanas de gravidez são divididas em 3 semestres. Após a oitava semana


de gestação, o bebê deixa de ser considerado embrião e passa a ser chamado de feto. É
durante o 1º trimestre que todos os seus órgãos importantes de desenvolvem.

A partir da 4ª semana de gestação começam a surgir sintomas comuns no início


da gravidez como náuseas, vômitos, cansaço, dores nos seios e aumento de volume das
mamas. Esses sintomas são provocados pelo hormônio Gonadotrofina Coriônica, que é
produzido pelo embrião. Perto da 7ª semana de gravidez, um tampão de muco irá se
desenvolver no colo uterino para impedir o contato do útero com o meio externo e dar
mais proteção ao bebê.

Nona semana à 12ª semana (terceiro mês de gestação): Nessa etapa de


desenvolvimento, o rosto já está praticamente formado, sendo possível observar, por
exemplo, os olhos com pálpebras. O cérebro inicia seu funcionamento nessa etapa, e o
bebê já apresenta movimento dos braços e pernas.

26
15ª semana à 16ª semana: inicia-se o engrossamento da pele. Cílios e
sobrancelhas podem ser observados. A mãe consegue perceber os movimentos do bebé.

No segundo trimestre, o feto cresce rapidamente e já apresenta uma aparência


humana reconhecível. O ritmo cardíaco e a pressão sanguínea da mulher aumentam para
suprir as necessidades do feto.

No terceiro e último trimestre, os órgãos do bebê amadurecem e aumentam as


chances de sobrevivência do feto.

2.9 Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação

O monitoramento possibilita o gerenciamento da atenção à saúde, por meio do


acompanhamento do atendimento da mulher e da criança ao longo de toda a LC
Materno Infantil e pode orientar o processo de decisão para a implementação de novas
medidas. Para o acompanhamento, monitoramento e avaliação da LC Materno Infantil,
selecionaram-se os indicadores abaixo. Ao olhar e refletir sobre os indicadores definidos
podemos obter as respostas frente as seguintes perguntas: Estamos fazendo o que é
certo? Estamos fazendo corretamente? Podemos fazer melhor?

Indicadores:

 Razão de morte materna;


 Coeficiente de mortalidade infantil;
 % de mulheres que iniciaram o pré-natal até 12 semanas de gestação;
 Cobertura vacinal em menores de um ano;
 % de gestantes estratificadas de alto risco de acordo com os critérios
estabelecidos na Linha de Cuidado Materno Infantil;
 Percentual de cesarianas;
 Número de internações hospitalares de crianças até 2 anos;
 % de crianças estratificadas de alto risco de acordo com os critérios
estabelecidos na estratégia Bebé Precioso.

27
2.10 Saúde Materno Infantil (SMI)

A Saúde Materna Infantil é uma área hospitalar responsável pelo controlo dos
pacientes que apresentam o estado de gravidez. Esta área é responsável pelo controlo
das pacientes grávidas de modo a minimizar as complicações durante o parto, inclui
cuidados pré-natal para a mulher e o bebé.

2.11 Situação da Saúde em Moçambique

Investir na Saúde é investir nas pessoas, porque a saúde é um bem e um direito


de todos os cidadãos, constitui uma das políticas sociais que mais contribui para uma
sociedade justa e solidária, por isso, constitui uma das prioridades principais do
Governo. O panorama geral do sector de saúde em Moçambique demonstra que por um
lado, a pobreza está por detrás dos maiores problemas de saúde no país, por outro,
indica que este sector muito influi no desenvolvimento socioeconómico de Moçambique
devido aos elevados custos implicados no combate e prevenção de doenças. Mas
atendendo a situação sociocultural e económico dos moçambicanos, as prioridades do
sector de saúde devem ser as abordagens preventivas, cujo enfoque tem que estar
assente na promoção de estilos de vida saudáveis.

2.12 De acordo com o Decreto Presidencial nr.11/95, é tarefa de


Ministério da Saúde:

 Prestar cuidados de saúde à população através do sector público;


 Promover e apoiar o sector privado com fins não lucrativos;
 Supervisar o sistema comunitário de prestação de cuidados de saúde;
 Formular política farmacêutica e dirigir a sua execução de acordo com as
orientações gerais traçadas pelo Governo;
 Promover e orientar a formação técnico profissional do pessoal de saúde, e
desenvolver e promover investigações de tecnologias apropriadas para o sistema
de saúde a diferentes níveis de atenção para garantir uma melhor definição da
política de saúde e gestão de programas.

28
Em Moçambique o reforço do sistema de saúde tem a descentralização como um
dos seus pilares fundamentais, sendo o distrito o foco de prestação de cuidados e de
serviços de saúde.

A capacidade de resposta do sistema de saúde é limitada, a rede sanitária cobre


apenas cerca de metade da população, e algumas das unidades sanitárias não possuem
condições adequadas para a provisão de serviços de saúde de qualidade, quer em termos
de recursos humanos, quer em termos de equipamento, medicamentos e outros insumos.

O sistema de referência é pouco funcional e não influencia o nível em que os


utentes acedem ao serviço, resultando muitas vezes em superlotação das unidades de
maior porte (MISAU, Plano Estratégico do Sector da Saúde 2014-2019, 2014). O
sistema de saúde comunitária do país não tem ainda uma estratégia de desenvolvimento.

2.13 Evolução de indicadores selecionados do Estado de Saúde Materna


e Infantil

Gráfico 1 : Tendências da taxa de mortalidade materna institucional, por província,


Moçambique, 2000 – 2016 (por 100 mil partos)

Fonte: (Chavane & Gonçalves, n.d.)

29
Tabela 1 : Taxa de Cobertura de Consultas Pré-Natal e Índice de Cumprimento da Meta

Fo
nte: (MISAU, Anuário Estatístico de Saúde, 2021)

As coberturas das consultas pré-natais registaram uma ligeira diminuição em


2020, o que correspondeu a um desempenho de 114.6% contra 115.4% em 2019. Há que
destacar a província de Sofala e Maputo Província que aumentaram a cobertura em
cerca de 5 pontos percentuais em 2020. As restantes ou se mantiveram estáveis ou
diminuíram.

Tabela 2: Consultas Pré-Natal em Mulheres com menos de 12 semanas de gravidez (Taxa de


Cobertura e Índice de Cumprimento), por Província, 2019-2020

Fonte: (MISAU, Anuário Estatístico de Saúde, 2021)

30
Este indicador constitui um grande desafio para o sector. Um dos aspetos
determinantes para a saúde da mulher e da criança é que as mulheres iniciem o mais
cedo possível as consultas Pré-Natais para garantir o seu seguimento atempado. Neste
contexto em 2020 foram assistidas 190,371 mulheres o que corresponde a uma
cobertura de 11.1%.

As províncias de Manica, Sofala e Maputo apresentaram maiores coberturas da


Consulta Pré-natal até 12 Semanas da Gravidez com 21.4%, 15.3% e 15.7%
respetivamente. As províncias com menor cobertura foram Niassa, e Zambézia com
3.8% e 5.3% respetivamente.

Tabela 3: Mulheres Grávidas que receberam 4 ou mais Consultas Pré-Natal (Taxa de


Cobertura e Índice de Cumprimento), por Província, 2019-2020

Fonte: (MISAU, Anuário Estatístico de Saúde, 2021)

Foram atendidas 958,641 (2020) gestantes nas 4as ou mais consultas pré-natal, o
que corresponde a uma cobertura de 59%, mais elevada do que a cobertura atingida em
2018 (53%). Quase todas as províncias apresentaram uma tendência crescente na taxa
de cobertura de 4 e mais CPN entre 2019 e 2020.

31
Tabela 4: Taxa de Cobertura de Partos Institucionais por Província, 2019-2020

F
onte: (MISAU, Anuário Estatístico de Saúde, 2021)

Apesar da cobertura não ter atingido a meta prevista, as províncias Zambézia,


Tete e Maputo Província tiveram uma tendência positiva de evolução das coberturas. As
restantes mostram diminuição ou estão estáveis

 Programa alargado de vacinação

Proporção que representa o nº de crianças < 1 ano de idade que receberam todas
as doses de vacinas de acordo com o esquema de vacinações, em relação ao grupo alvo.
Todas as crianças completamente vacinadas são registadas após terem um carimbo de
“vacinação completa” nos seus cartões individuais. Isso implica que a criança recebeu
os antígenos anti Pólio 0 e BCG à nascença; 3 doses de Pólio, DPTHeP/BHib e PVC 10,
aos 2,3 e 4 meses respetivamente.

32
Tabela 5: Cobertura de Vacina BCG (0-11 Meses) por Província, 2019-2020

Fonte: (MISAU, Anuário Estatístico de Saúde, 2021)

Tabela 6: Cobertura da Vacina DPT3 /Hep B (0-11 Meses) 3ª. Dose, por Província, 2019-2020

Font
e: (MISAU, Anuário Estatístico de Saúde, 2021)

33
Tabela 7: Cobertura de vacina PCV 10 3a Dose (0-11 meses), por Província, 2019-2020

Fonte: (MISAU, Anuário Estatístico de Saúde, 2021)

34
2.14 Dados, informação e conhecimento

Segundo (Silva & Alves, 2001) podemos dizer que:

 Os dados compõem a matéria-prima de um produto a ser obtido, que é a


informação. Estes podem surgir de diversas fontes, sendo também diversa a
forma de integra-los – constituem o elemento básico para a produção de novas
informações.
 A informação é o resultado obtido da lapidação de dados, ou seja, a partir do
momento em que os dados são organizados, manipulados, integrados para uma
finalidade específica têm-se a produção de novas informações. Os dados por si
só, na maioria dos casos, não constituem elementos úteis para dar suporte à
tomada de decisão ou planeamentos estratégicos. Já a informação é o elemento
fundamental a esses processos.
 O conhecimento é a consciência e entendimento da realidade, sendo que este se
desenvolve e melhora através de informações adquiridas e acumuladas ao longo
do tempo. Sem dúvida alguma, podemos afirmar que conhecimento é poder.

2.15 Tecnologia da Informação

O mundo dos negócios está sendo irreversivelmente alterado pela tecnologia da


informação. Desde sua introdução em meados da década de 50, a forma de agir das
organizações, o modelo e comercialização de seus produtos mudaram radicalmente.
Além disso, a tecnologia da informação alterou as formas, processos e o estilo de vida
do indivíduo. As pessoas convivem com dezenas de dispositivos que contém alguma
forma de microprocessador, que vão desde simples controles remotos de videocassetes,
passando por notebooks de altos executivos, até as mais importantes reuniões realizadas
por videoconferência (McGee & Prusak, 1994).

Segundo (PRATES, 1999) o aumento crescente na utilização de TI é


direcionado, em maior ou menor extensão, por uma série de tendências tecnológicas nos
sistemas de informação. A aceleração de desenvolvimento da TI provoca progressos nas
práticas de trabalho dos sistemas de informação nas organizações. Nessa linha, podem
ser enumeradas as seguintes tendências tecnológicas que atualmente influenciam os
sistemas de informação:

35
 Aumento da velocidade e na capacidade dos componentes eletrónicos;
 Aumento na disponibilidade de informação digitalizada;
 Aumento de portabilidade e compatibilidade dos dispositivos eletrónicos;
 Aumento na conectividade dos sistemas;
 Aumento na facilidade de uso dos sistemas.

2.16 Sistemas de Informações

Todo sistema, usando ou não recursos de informática, que manipula e gera


informação pode ser genericamente considerado sistema de informação (SOUZA,
2001).

De acordo com a (Wikipédia, Sistema de Informação, 2008), Sistema de


Informação é a expressão utilizada para descrever um sistema automatizado ou manual,
que envolve pessoas, máquinas e métodos para organizar, coletar, processar e distribuir
dados para os usuários do sistema envolvido. Ela ainda afirma que o termo é também
utilizado para descrever a área de conhecimento encarregada do estudo de Sistemas de
Informação, Tecnologia da Informação e suas relações com as organizações.

Segundo (STAIR, 1998), sistema de informação (SI) é um conjunto de


componentes inter-relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar, processar,
armazenar e distribuir informações com a finalidade de facilitar o panejamento, o
controle, coordenação, a análise e o processo decisório em empresas e organizações.

Figura 3: Sistemas de Informação

Figura 4: Sistemas de Informação


Figura 2: Sistemas de Informação
Figura 2: Sistemas de Informação
Fonte: Princípios de Sistemas de Informação. (STAIR, 1998)

Desempenhando um papel de tamanha importância, um sistema de informação é


parte integrante de uma organização e é um produto de três componentes: tecnologia,

36
organizações e pessoas. Não existem sistemas de informação eficientes sem o
conhecimento de suas dimensões no que se refere à organização, pessoas, assim como
de suas dimensões técnicas (LAUDON & LAUDON, 1999).

Segundo (SOUZA, 2001), os sistemas de informação não são mais apenas uma
ferramenta facilitadora das tarefas rotineiras nas organizações. Foram acrescidos, como
objetivos, a vantagem competitiva e a estratégia.

Conforme (O ́BRIEN, 2011)“sistema de informação é um conjunto organizado


de pessoas, hardware, software, rede de comunicação e recursos de dados que coleta,
transforma e dissemina informações em uma organização”. O sistema recebe recursos
de dados como entrada e os processa em produtos, como saída.

Já para (OLIVEIRA D. d., 2011), “Sistema é um conjunto de partes interagentes


e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado
objetivo e efetuam determinada função”.

2.17 Sistema De Informação Gerencial (SIG)

A maior parte das empresas entende que o sistema de processamento de


transações vale o seu custo em equipamento de computação, programas de computador
e pessoal e suprimentos especializado. Eles agilizavam o processamento das atividades
empresariais e reduziam os custos com os funcionários.

Conforme (OLIVEIRA D. d., 2011), o SIG é normalmente composto de diversos


subsistemas de natureza conceitual idêntica à daquele que integram, mas com
características específicas quanto à finalidade e justificação, quanto ao tipo de
tecnologias utilizadas e quanto ao nível dos processos ou natureza das pessoas que
envolvem.

Os SIG fornecem tipicamente relatórios pré-programados gerados com dados e


informações do sistema de processamento de transações. Para ele, a finalidade de um
SIG é ajudar uma organização a atingir suas metas, fornecendo aos administradores uma
visão das operações regulares da empresa, de modo que possam controlar, organizar e
planejar mais eficaz e eficientemente.

37
O SIG tem grande importância para as organizações, pois oferece condições para
que as mesmas possam executar desde uma pequena melhoria na produtividade até uma
redução da centralização das tomadas de decisões da organização.

2.17.1 Componentes do SIG

Um SIG é formado por diversos componentes, todos trabalhando de


forma independente, objetivando um fim comum, que é o de fornecer
informações ao SIG e, este por sua vez fornecerá informações úteis à
tomada de decisões. Partindo-se de uma análise funcional, o SIG é
composto basicamente de um conjunto de subsistemas que trabalham
de maneira integrada para tornar mais fácil o compartilhamento de
informações dentro de uma organização, aumentando assim a
eficiência. Partindo-se de uma análise mais voltada para o processo
administrativo, o SIG possui elementos e atividades inerentes ao
processo decisório de uma organização (OLIVEIRA D. d., 2011).

Os elementos de um SIG são:


 Tratamento – é a transformação de um dado em um resultado (informação);
 Dado – elemento em sua forma bruta que por si só não conduz a compreensão
de um fato ou situação;
 Informação – é o dado trabalhado que permite a tomada de decisões;
 Alternativas – é a ação sucedânea que pode levar, de forma diferente, ao mesmo
resultado;
 Decisões – é a escolha entre vários caminhos alternativos que levam a
determinado resultado;
 Recursos – é a identificação das alocações dos processos decisórios
(equipamentos, materiais, financeiros e humanos);
 Resultado – é o produto final do processo decisório;
 Controle e Avaliação – são funções do processo administrativo que mediante
avaliação, procura medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a
finalidade de realimentar os tomadores de decisão, corrigindo e reforçando o seu
desempenho.

38
Figura 3: Componentes do SIG

Fonte: (OLIVEIRA D. d., 2011)

2.17.2 Benefícios do SIG

Após as fases de desenvolvimento e implementação do SIG, pode-se observar


alguns benefícios com o seu funcionamento, tais como:
 Redução de custos;
 Melhoria na produtividade;
 Melhoria no acesso às informações;
 Melhoria na tomada de decisões;
 Aumento no nível de motivação das pessoas envolvidas.

2.18 Sistemas de Informação em Saúde

Um SIS é um conjunto de componentes que atuam de forma integrada, através


de mecanismos de coleta, processamento, análise e transmissão da informação
necessária e oportuna para implementar processos de decisões no Sistema de Saúde. Seu
propósito é selecionar dados pertinentes e transformá-los em informações para
aqueles que planejam, financiam, provêm e avaliam os serviços de saúde.

O processo de gestão no setor saúde demanda a produção de informações que


possam apoiar um contínuo (re)conhecer, decidir, agir, avaliar e novamente decidir.
Portanto, o processo de produção de informações, além de contínuo, também precisa ser
sensível o bastante para captar as transformações de uma situação de saúde.

2.18.1 O Papel de um Sistema de Informação em Saúde

39
 Organizar a produção de informações compatíveis com as necessidades dos
diferentes níveis, garantindo uma avaliação permanente das ações executadas e
do impacto destas sobre a situação de saúde;
 Assessorar o desenvolvimento de sistemas voltados para as especificidades das
diferentes unidades operacionais do sistema de saúde;
 Contribuir para o desenvolvimento dos profissionais de saúde, para a construção
de uma consciência sanitária coletiva, como base para ampliar o exercício do
controle social e da cidadania. Também para resgatar uma relação mais humana
entre a instituição e o cidadão.

A ideia de um sistema que assente em sistemas de informação previamente


existentes, pode ajudar no processo de integração e facilitar a comunicação entre
sistemas, sem pôr em risco os dados já existentes ou interferir com as suas atualizações.

2.19 Sistema de Gestão para Saúde Materna Infantil (SGSMI)

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Organização Pan-


americana de Saúde (OPAS), pode-se entender que: um sistema de gestão hospitalar
(SGH) é um conjunto de componentes que atuam de forma integrada, através de
mecanismos de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária e
oportuna para implementar processos de decisões. (GOÉS, 2007), o sistema de gestão
Hospitalar é como um conjunto de serviço que
tem como objetivo de selecionar os dados pertinentes a esses serviços e transforma
processo de decisões, próprio das organizações e indivíduos que planejam, financiam,
administram, prevê, medem e avaliam os serviços. Portanto a gestão de informações
hospitalares são um fator crítico para a avaliação, planeamento e o controle operacional,
para além de subsidiar o processo decisório. Entretanto, alguns hospitais usam softwares
para criar uma base de dados que permite efetuar o processo de armazenar e gerir as
informações dos pacientes.

O sistema de gestão para saúde materna infantil é parte dos sistemas de gestão
hospitalar ligados na área da saúde materna infantil, de modo a gerir atividades e os
serviços que esta área realiza.

40
2.20 Tecnologias Web

Os programas e sistemas implantados são desenvolvidos e mantidos


normalmente por equipes de programadores, analistas e testadores do software/sistema.
A crescente evolução e complexidade dos sistemas tem exigido a manutenção por
equipes de desenvolvimento altamente capacitadas.

Recentemente, com os sistemas prontos e integrados que estão no mercado, tem


suprido a necessidade das empresas, indústrias e outros, sendo apenas necessárias certas
adaptações e configurações adequadas as suas necessidades.

Diferentemente de um sistema próprio desenvolvido para atender a necessidade


do cliente, esses sistemas integrados e prontos perdem em flexibilidade, porém têm um
ganho de tempo e certeza de suas funcionalidades.
O desenvolvimento web segue nesta forma também, com suas particularidades como:

 O uso de um servidor remoto que lê o código do sistema em uma certa


linguagem e o transforma na linguagem do navegador e, consequentemente, o
navegador entrega para o usuário, como uma interface para uso do sistema;
 Sistema web tem como vantagem poder ser distribuído, ou seja, o sistema não
está em um lugar só, tem redundância de dados para segurança e pode ser
acessado de qualquer lugar, além disso, não necessita estar instalado no
computador do cliente, basta apenas ter um navegador web e conexão a internet;
 Quando acontece alguma atualização, todos os usuários visualizam e não afeta
nenhuma das partes;
 Só possui duas desvantagens em relação a sistemas locais precisam ter conexão
ativa com a internet; e, no caso da internet, se a conexão for lenta, pode perder o
tempo de resposta do servidor que roda o sistema, demorando e até caindo;
 Suporte técnico. Como o sistema está na internet sem sempre existe a
necessidade do deslocamento de um funcionário para realizar um suporte
técnico, sendo na grande maioria das vezes, possível a identificação do problema
e a solução remota do problema com eficiência;
 Segurança. Backups periódicos são realizados automaticamente. A integridade
dos dados e segurança das informações é garantida por acessos restritos de

41
usuários autorizados com perfis previamente definidos do que ele pode a cessar
ou não;
 Atualizações. Chega de atualizações complexas onde o técnico deve ir a todos os
computadores e atualizar a nova versão do software, com um sistema Web a
atualização é automática sem precisar de nenhum esforço do usuário.

Neste contexto, surgiu-se uma novidade de desenvolvimento de software: o


desenvolvimento de sistemas web. Os primeiros sistemas web se resumiam a um
conjunto de poucas páginas com conteúdo estático, institucional e, principalmente
textual. Já os sistemas atuais são mais complexos e maiores, oferecem conteúdo
dinâmico, personalizado e de multimídia, além de permitirem acesso a bancos de dados
e de interoperabilidade com outros sistemas (DESHPANDE, et al., 2002).

Em um sistema web, os usuários realizam a interação com o sistema por meio do


navegador, fornecendo informações aos servidores, os quais processam e geram
respostas dinamicamente, isto é, a troca de informações entre usuários e sistema web é
bidirecional, assim como nos sistemas de informações tradicionais. Em adicional, os
sistemas web permitem que algumas funções ou módulos sejam desenvolvidas e
processadas em organização e outras funções ou módulos sejam processadas e
desenvolvidas em outras organizações e lugares, ocasionando na eliminação de barreiras
para a interligação entre sistemas e organizações (ZANETI, 2003).

2.20.1 Processos de desenvolvimento de software

Segundo (SOMMERVILLE, Engenharia de Software, 2011) o processo de


software é um conjunto de atividades e resultados associados que produzem um produto
de software. Portanto, um processo de software se dá pela estruturação de um conjunto
de atividades que resultam num produto de software. O processo deve contribuir na
redução de custos, aumento de qualidade e de produção, mas quando não atendem esses
objetivos, não podem ser considerados processos adequados.

As principais atividades que normalmente todo processo possui são:


especificação, projeto, implementação, validação, manutenção e evolução. As atividades
constituem um conjunto mínimo para se obter um produto de software. Quando temos
um processo definido temos a garantia de uma estabilidade, controle e organização.

42
2.21 Ferramentas a serem utilizadas

2.21.1 O Padrão Model-View-Controller – MVC

É um padrão de arquitetura de aplicações que divide a aplicação em três


camadas: a visão (view), o modelo (model), e o controlador (controller). Traduzido para
o português, a expressão significa: modelo-visão-controlador. O padrão MVC foi
desenvolvido na década 1970. Normalmente usado para o desenvolvimento de
interfaces de usuário que divide uma aplicação em partes (camadas/componentes)
interconectadas. Isto é feito para separar representações de informação internas dos
modos como a informação é apresentada para e aceita pelo usuário, levando ao
desenvolvimento paralelo de maneira eficiente.

Camada View do MVC:

 É a camada que exibe uma representação dos dados;


 É camada de interface com usuário (view);
 Também conhecida como cliente-side;
 É responsável por usar as informações modeladas para produzir interfaces de
apresentação conforme a necessidade.

Camada Model do MVC:

 É a camada que contem a estrutura de dado atrás de uma parte específica da


aplicação;
 Responsável pela leitura manipulação e validação de dados, e também de suas
validações;
 Obtém os dados e os traduz em informações relevantes para serem exibidas pela
View;
 Notifica a view e controler associados quando há uma mudança em seu estado.

Camada Controller do MVC:

 É a camada de controle;
 Exerce o controle de qual model deverá ser aplicado e qual view será mostrado
ao usuário;

43
 Podemos dizer que esta camada faz uma gerência das outras duas camadas;
 O controller manipula e roteia as requisições dos usuários;
 Interpreta as requisições submetidas pelo usuário e traduz em comandos que são
enviados para o (Model) e/ou para a View);
 Valida as requisições dos usuários de acordo com as regras de autenticação e
autorização.

Vantagens do modelo (MVC):

 Como o modelo MVC gerência múltiplos views usando o mesmo modelo é fácil
manter, testar e atualizar sistemas compostos;
 Melhor desempenho e produtividade, graças a estrutura de pacotes modulares;
 Torna a aplicação escalável;
 É possível ter desenvolvimento em paralelo para o modelo, visualizador e
controle, pois, são independentes;

Desvantagens do modelo MVC:

 Necessita de um tempo maior para explorar e modelar o sistema;


 Requer mão-de-obra especializada;
 À medida que o tamanho e a complexidade do projeto crescem, a quantidade de
arquivos e pastas continuará aumentando também. Os interesses de UI (interface
do usuário) (modelos, exibições, controladores) se localizam em várias pastas,
que não são formadas em grupos por ordem alfabética.

Figura 4: Funcionamento do MVC


Fonte: Devmedia

44
2.21.2 Sublime Text

Sublime Text é um editor de código-fonte multi-plataforma e shareware com


uma interface de programação de aplicativos (API) para a linguagem Python. Ele
suporta nativamente muitas linguagens de programação e linguagens de marcação, e
funções podem ser adicionadas por usuários com plug-ins, geralmente criados pela
comunidade e mantidos sob licenças de software livre. Inicialmente, o programa foi
pensado para ser uma extensão do Vim.

2.21.3 CodeIgniter

O CodeIgniter é um framework de desenvolvimento de aplicações em PHP. Seu


objetivo, por meio de um abrangente conjunto de bibliotecas voltadas às tarefas mais
comuns, de uma interface e uma estrutura lógica simples para acesso àquelas
bibliotecas, é possibilitar que o usuário desenvolva projetos mais rapidamente do que se
estivesse codificando do zero.

O CodeIngniter nos permite focarmos criativamente em nossos projetos, uma


vez que ele diminui o número de linhas de código necessárias para uma certa tarefa.
Pondo em prática, esse framework, se compararmos com outros frameworks para
desenvolvimento de aplicações, nos disponibiliza um conjunto de classes que
podemos combinar e estender para construirmos nossas aplicações, nos poupando
um considerável tempo de codificação.

2.21.4 Principais Características do CodeIgniter que são:

 Gratuito – ele é licenciado sob uma licença Open no estilo Apache/BSD. Assim
podemos utilizá-lo livremente;
 Leve – o core, ou se preferirmos, o núcleo do CodeIgniter, requer apenas umas
poucas bibliotecas, diferente de muitos framework que requerem
significativamente mais recursos. As bibliotecas adicionais são carregadas
dinamicamente;
 Rápido – seus desenvolvedores desa}am a encontrar um framework com melhor
performance que o CodeIgniter;

45
 Usa MVC: O CodeIgniter utiliza a abordagem Model-View-Controller (Modelo
Visão Controle), a qual permite forte separação entre a lógica e a apresentação;
— Model (Modelo): cria comunicação da aplicação com o banco de dados
fazendo operações CRUD (Create, Read, Update e Delete). Camada
opcional no CodeIgniter;
— View (Visão): é toda a informação apresentada ao usuário, uma view é
uma página web. No CodeIgniter pode ser também um footer, header ou
uma página RSS;
— Controller (Controle): serve com um intermediário entre a camada
Model e a camada View, também processa requisições HTTP para gerar
páginas.

2.21.5 PHP

PHP (Hypertext Preprocessor) é uma linguagem de programação para web de


script open source, trabalha mesclado ao HTML (Hypertext Markup Language) e é
executado no lado servidor, o que possibilita, o site seja dinâmico, e garante mais
segurança nas informações, já que o código PHP é todo processado no lado servidor e o
lado cliente fica responsável apenas de apresentar os dados a tela do usuário
(CENTENARO, 2014) .

PHP (um acrônimo recursivo para "PHP: Hypertext Preprocessor",


originalmente Personal Home Page) é uma linguagem interpretada livre, usada
originalmente apenas para o desenvolvimento de aplicações presentes e atuantes no lado
do servidor, capazes de gerar conteúdo dinâmico na World Wide Web. Figura entre as
primeiras linguagens passíveis de inserção em documentos HTML, dispensando em
muitos casos o uso de arquivos externos para eventuais processamentos de dados.

2.21.6 Linguagem de marcação HTML

O HTML, do inglês HyperText Markup Language (Linguagem de Marcação de


Hipertexto), é uma linguagem de marcação declarativa que permite criar páginas web a
serem renderizadas em navegadores web. Para se criar um arquivo HTML, que
basicamente é formado por um conjunto de tags (marcações) para definição da estrutura

46
de uma página, necessita-se de apenas um editor de texto ASCII (American Standard
Code for Information Interchange), que significa o Código Padrão Americano para o
Intercâmbio de Informação. Para se verificar a aparência da página gerada pelo código
de marcação durante seu desenvolvimento, pode-se utilizar qualquer navegador web
(SILVA M. S., 2007).

2.21.7 Linguagem de estilização CSS

O CSS (Cascading Style Sheets), que no português significa folhas de estilo em


cascata, é uma linguagem usada para estilizar as páginas web criadas com HTML.
(SILVA M. , 2011).

O CSS tem por finalidade devolver à linguagem de marcação HTML o seu


propósito inicial, que é ser exclusivamente uma linguagem de marcação e estruturação
de conteúdo. Isso quer dizer que não cabe a ela fornecer informações ao agente do
usuário sobre a apresentação de elementos. Por exemplo: cores de fontes, tamanhos de
texto e todo o especto visual de um documento deve ser função do CSS e não da HTML
(SILVA M. , 2011).

2.21.8 Banco de dados mysql

Banco de dados é um local no qual é possível armazenar informações, para


Consulta ou utilização, quando necessário. Visto que Todos os bancos de dados são
constituídos por três elementos chaves: campos, registros e tabelas. Cada banco de
dados possui complexas estruturas internas de funcionamento, uma diferente de outra a
fim de facilitar o acesso aos elementos do banco de dados. O SQL, que se tornou uma
linguagem de acesso aos bancos de dados muito articulados e funcional que pode ser
usado em computadores de arquiteturas totalmente diferentes e é a linguagem utilizada
pelo MySQL.

Segundo (CENTENARO, 2014) apud ORACLE (2014), afirma que: O MySQL


é o banco de dados de código aberto mais popular do mundo, que possibilita a entrega
econômica de aplicações de banco de dados confiáveis, de alto desempenho com base
na Web e incorporadas. Neste banco de dados MySQL ficam armazenadas todas as

47
informações das pacientes e seus respetivos processos. É uma ferramenta escalonável de
código aberto com suporte da Oracle Company.

2.22 UML (Unified Modeling Language)

A UML (Unified Modeling Language ou Linguagem de Modelagem Unificada)


é uma linguagem visual utilizada para modelar softwares baseados no paradigma de
orientação a objetos. Essa linguagem tornou-se, nos últimos anos, a linguagem padrão
de modelagem adotada internacionalmente pela indústria de engenharia de software
(GUEDES, 2011).

Surgiu da união de três métodos de modelagem: o método de Booch, o método


do OMT1 de Jacobson e o método OOSE2 de Rumbaugh. Estas eram até meados da
década de 90, os três métodos de modelagem orientada a objetos mais populares entre
os profissionais da área de desenvolvimento de software. A união dessas metodologias
contou com amplo apoio da Rational Software, que incentivou e financiou a união das
três metodologias (GUEDES, 2011).

O objetivo da UML é ajudar a definir as características do software, tais como


seus requisitos, seu comportamento, sua estrutura lógica, a dinâmica de seus processos e
suas necessidades físicas em relação aos equipamentos sobre o qual o sistema deverá ser
implantado.

A UML é composta por diferentes tipos de diagramas, cada um representando o


sistema sobre uma determinada ótica, permitindo assim, que falhas sejam descobertas,
reduzindo a possibilidade de erros no futuro.

2.22.1 Astah

É uma ferramenta de modelagem UML, que foi desenvolvido no Japão na


plataforma Java, o que garante sua portabilidade para qualquer plataforma que possui
JVM (Máquina Virtual Java).

Astah Community é um software para modelagem UML (Unified Modeling


Language – Linguagem de Modelagem Unificada) com suporte a UML 2, desenvolvido

1
OMT - Modelagem Orientada a Objetos.
2
OOSE - Engenharia de Software Orientada a Objetos

48
pela Change (Lima, 2016) Vision, Inc e disponível para sistemas operacionais Windows
64 bits. Anteriormente conhecido por JUDE, um acrônimo de Java and UML
Developers Environment (Ambiente para Desenvolvedores UML e Java).

2.22.2 Diagrama de caso de uso

Diagrama que normalmente é utilizado nas fases de levantamento e análise de


requisitos, mas também pode ser consultado durante todo o processo de modelagem,
bem como, ser base para outros diagramas. Sua linguagem é simples e de fácil
compreensão, permitindo que os usuários tenham uma ideia geral do comportamento do
sistema através da identificação de atores que utilizarão as funcionalidades do sistema
(GUEDES, 2011).

Figura 5: Exemplo de Diagrama de caso de uso


Fonte: (GUEDES, 2011)

2.22.3 Diagrama de classe

Segundo Guedes (GUEDES, 2011)os diagramas de classe descrevem as classes


que formam a estrutura do sistema e suas relações. As relações entre as classes podem
ser associações, agregações ou heranças. As classes possuem além de um nome, os
atributos e as operações que desempenham para o sistema. Uma relação indica um tipo

49
de dependência entre as classes, essa dependência pode ser forte com no caso da
herança ou da agregação ou mais fraca como no caso da associação, mas indicam que as
classes relacionadas cooperam de alguma forma para cumprir um objetivo para o
sistema.

Sendo uma linguagem de descrição, a UML permite diferentes níveis de


abstração aos diagramas, dependendo da etapa do desenvolvimento do sistema em que
se encontram. Assim, os diagramas de classe podem exibir nas fases iniciais da análise
apenas o nome das classes, e em uma fase seguinte os atributos e operações.
Finalmente, em uma fase avançada do projeto pode exibir os tipos dos atributos, a
visibilidade, a multiplicidade das relações e diversas restrições. Existem elementos na
UML para todas estas representações.

Figura 6: Exemplo de Diagrama de Classes


Fonte: (GUEDES, 2011)

O diagrama de classes, ao final do processo de modelagem, pode ser traduzido


em uma estrutura de código que servirá de base para a implementação do sistema.
Observa-se, no entanto, que não existe no diagrama de classes uma informação sobre os
algoritmos que serão utilizados nas operações, e também não se pode precisar a
dinâmica do sistema porque não há elementos sobre o processo ou a sequência de
processamento neste modelo.

50
2.22.4 Diagrama de Sequência

Um diagrama de sequência mostra a colaboração dinâmica entre os vários


objetos de um sistema. O mais importante aspeto deste diagrama é que a partir dele
percebe-se a sequência de mensagens enviadas entre os objetos. Ele mostra a interação
entre os objetos, alguma coisa que acontecerá em um ponto específico da execução do
sistema. O diagrama de sequência consiste em um número de objetos mostrado em
linhas verticais. O decorrer do tempo é visualizado observando-se o diagrama no
sentido vertical de cima para baixo. As mensagens enviadas por cada objeto são
simbolizadas por setas entre os objetos que se relacionam.

Diagramas de sequência possuem dois eixos: o eixo vertical, que mostra o tempo
e o eixo horizontal, que mostra os objetos envolvidos na sequência de uma certa
atividade. Eles também mostram as interações para um cenário específico de uma certa
atividade do sistema.

Figura 7: Exemplo de Diagrama de Sequência


Fonte: (Paginaete, n.d.)

2.22.5 Diagramas de Atividades

O diagrama de actividades constitui um elemento de modelação simples, mas


eficaz para descrever fluxos de trabalho numa organização ou para detalhar as
operações de uma classe, incluindo comportamentos que possuam um processamento
paralelo.

51
Figura 8: Exemplo de diagrama de atividades
Fonte: (RANTHUM, 2005)

3 CAPÍTULO III - DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA E SUA


METODOLOGIA DE APLICAÇÃO

Neste capítulo são apresentados os passos percorridos para o desenvolvimento


do projeto, com recurso ao Modelo Entidade Relacionamento (MER) e a Linguagem De
Modelagem Unificada (UML), apresentará o protótipo do sistema a ser criado assim o
desenho da base de dados através do diagrama Entidade Relacional, especificação dos
requisitos funcionais e não funcionais necessários para o funcionamento do sistema, os
diagramas de casos de uso, o diagrama de atividades, diagrama de sequência e diagrama
de classe.

3.1 Caracterização da Cidade da Beira

A Beira é uma cidade de Moçambique, capital da província de Sofala. Tem o


estatuto de cidade desde 20 de Agosto de 1907 e, do ponto de vista administrativo, é um
município com governo local eleito; e é também, desde Dezembro de 2013, um distrito,
uma unidade local do governo central, dirigido por um administrador. A Beira é hoje a
quarta maior cidade de Moçambique, após a Matola, Maputo e Nampula, contando com
uma população de 533 825 habitantes de acordo com o Censo de 2017. Para além do
distrito da Beira, a Província de Sofala conta com mais 12 distritos, nomeadamente:
Búzi, Caia, Chemba, Cheringoma, Chibabava, Dondo, Gorongosa, Marromeu,

52
Machanga, Marigué, Muanza e Nhamatanda, e possui 5 municípios: Beira, Dondo,
Gorongosa, Marromeu e Nhamatanda. Sendo que somente Beira e Dondo são
consideradas cidades e Gorongosa, Marromeu e Nhamatanda vilas, dispersos numa área
total de 68018 km2 ao longo de toda província.

3.2 O Centro de Saúde Urbano da Ponta-Gêa

O Centro De Saúde Urbano da Ponta Gêa é uma unidade de saúde que está
localizada na cidade da Beira na província de Sofala em Moçambique. Está centrada na
proteção da saúde materna infantil, no melhoramento da qualidade da assistência
obstétrica e neonatal e na prevenção e no tratamento do HIV/SIDA. Continuam as
atividades de sensibilização na saúde reprodutiva, gravidez precoce e violência
doméstica, HIV/SIDA dos utentes.

Figura 9: Localização do Centro de Saúde Urbano da Ponta-Gêa


Fonte: Google Maps

3.3 Levantamento de requisitos

Os requisitos para o protótipo foram definidos com base na análise de fichas


com os registos em papel como, as “fichas de pré-natal” (anexo 3) e a “ficha clínica de

53
parto” (anexo 4), utilizados em Moçambique. Assim de entre os requisitos iniciais
destacam-se:

 Criar formulários para utilizadores com poucas competências informáticas


(evitar passos longos);
 Permitir o acesso a utilizadores em ambientes com velocidades de tráfego de
internet baixo ou limitado;
 Utilizar formulários e tabelas na visualização dos dados;
 Elaborar um controlo de acessos, dando permissões diferenciadas para cada
utilizador;
 Incluir em cada interface de resultados um conjunto de buscas relacionadas aos
dados;

3.4 Engenharia de Requisitos

Compreender a natureza dos problemas pode ser muito difícil, especialmente se


o sistema for novo, portanto, é difícil estabelecer com absoluta certeza o que o sistema
deve fazer. A descrição das funções e restrições são os requisitos para o sistema. Um
requisito é uma característica do sistema ou a descrição de algo que o sistema é capaz de
realizar, para atingir seus objetivos (PFLEEGER, 2004).

A etapa de levantamento de requisitos é realizada pelos analistas (PFLEEGER,


2004), o que no caso desta pesquisa é caracterizado pelo pesquisador.

Os requisitos de um sistema são as descrições do que o sistema deve fazer, os


serviços que oferece e as restrições a seu funcionamento. Esses requisitos refletem as
necessidades dos clientes para um sistema que serve a uma finalidade determinada,
como controlar um dispositivo, colocar um pedido ou encontrar informações. O
processo de descobrir, analisar, documentar e verificar esses serviços e restrições é
chamado engenharia de requisitos (RE, do inglês requirements engineering)
(SOMMERVILLE, Engenharia de Software, 2011).

Nesta etapa é necessário, levantar, analisar conflitos, validar, priorizar, modificar


e reusar requisitos, rastreá-los considerando sua origem, os componentes arquiteturais e
o código que os implementam, dentre outras tarefas. Os requisitos de sistema são
classificados como funcionais e não funcionais (SOMMERVILLE, Engenharia de
Software, 2011).

54
 Requisitos funcionais: descrevem explicitamente o que o sistema deve e
o que não deve fazer, as funções detalhadas do sistema, suas entradas e
saídas, exceções, etc.
 Requisitos não funcionais: definem as propriedades e restrições do
sistema como segurança, desempenho, padrões do cliente, legislação,
espaço, entre outros.

3.5 Requisitos funcionais

Estão ligados às funcionalidades propostas pelo sistema, e que serão usadas na


resolução do problema do contratante, e atenderão todas suas necessidades funcionais.

Resumidamente, descrevem serviços e funções de sistema e como o sistema


deve se comportar quando determinadas entradas são fornecidas.

Em geral os requisitos funcionais estão associados a:


 Funcionalidades do sistema;
 Serviços que o sistema deve prover;
 Comportamento do sistema a determinadas entradas;
 Funções que o sistema não deve suportar.

3.6 Requisitos não funcionais

Estão geralmente ligados a qualidade do produto como, por exemplo, robustez,


segurança ou integridade. Então descreve uma restrição imposta ao sistema. Exemplo:
tempo de resposta, uso de linguagem de programação específica. Os requisitos não
funcionais definem, em geral, restrições aos sistemas propostos. Muitas dessas
restrições refletem restrições do usuário ao processo de desenvolvimento do software
como restrições organizacionais, orçamentárias, legais, etc.

Requisitos não funcionais são associados a qualidade, desempenho,


portabilidade, precisão, confiabilidade, segurança. Por sua vez os requisitos não
funcionais se classificam em:

 Requisitos de Produto: especificam o comportamento do produto;

55
 Requisitos Organizacionais: são procedentes de políticas e procedimentos nas
organizações do cliente e desenvolvedor;
 Requisitos Externos: são fatores externos do sistema ou a seu processo de
desenvolvimento.

Tabela 8: Descrição dos requisitos funcionais do sistema. (Autoria própria)

Identificador-nome Descrição
[RF01] Autenticar usuário O sistema permitirá que o usuário (Administrador, Enfermeira e
Médico) faça a autenticação através do email e a sua senha, e aceda as
funcionalidades do sistema de acordo com os seus privilégios, o
utilizador deverá informar email e senha correta. Uma mensagem
deverá ser exibida caso o utilizador ou senha estejam incorretos.

[RF02] Cadastrar usuário O sistema deve permitir que o administrador cadastra os novos
usuários, e formulário deve estar devidamente preenchido. Caso
contrário, o sistema irá exibir uma mensagem de falha.
[RF03] Visualizar e O sistema deve permitir que o administrador altere dados dos usuários
atualizar usuário em sua base de dados, possivelmente para atualização ou manutenção
da informação do usuário. Uma mensagem de erro deverá ser exibida
caso o usuário não tenha sido alterado com sucesso.
[RF04] Excluir usuários O sistema deve permitir que o administrador exclua usuário em sua
base de dados.
[RF05] Cadastrar pacientes O sistema deve permitir que o administrador possa cadastrar as
pacientes.
[RF06] Excluir pacientes O sistema deve permitir que o administrador possa remover as
pacientes cadastradas.
[RF07] Marcar consultas O sistema deve permitir que o usuário (enfermeira) possa marcar
novas consultas.
[RF08] Desmarcar O sistema deve permitir que o usuário (enfermeira) possa desmarcar
consultas as consultas.
[]RF09] Solicitar e O sistema deve permitir que o usuário (enfermeira) possa solicitar e
cadastrar observações do cadastrar observações do resultado do exame da paciente.
resultado do exame

56
[RF10] Fazer Backup de O sistema deve possibilitar que o administrador realize o backup de
dados dados.
[RF11] Emitir relatórios O sistema deve permitir que o usuário (médico) possa verificar os
relatórios.
[RF12] Ver histórico das O sistema deve permitir que o usuário (médico) veja os históricos das
pacientes pacientes.
[RF13] Sair do sistema O sistema disponibilizará a opção para fechar a sessão do usuário
conectado.

Tabela 9: Descrição de requisitos não funcionais do sistema. (Autoria própria)

Identificador-nome Descrição

[RNF01] Interface ou O sistema deve apresentar uma interface simples, amigável, objetiva,
aparência do sistema intuitiva e de fácil acessibilidade, com layout organizadas informações
objetivas para facilitar a utilização.

[RNF02] Eficiência Dar as respostas rápidas sobre as operações do usuário.

[RNF03] Portabilidade O sistema deve ser independente de plataformas, isto é, o sistema deve
adaptar a variais multiplataforma.
[RN0F4] O sistema deve manter a compatibilidade com os melhores navegadores
Compatibilidade aos da atualidade.
navegadores

[RNF05] Segurança O sistema permitirá o controlo de acesso com vista a garantir a


segurança de informação. Para isso, o sistema deverá solicitar que o
usuário acesse o sistema através do usuário e sua senha.

3.7 Especificação e modelação do sistema

Para o sistema foram previstos três tipos de atores (utilizadores):

 Enfermeira/parteira: pode cadastrar a consulta de pacientes, desmarcar


consultas; marcar consultas, encaminhar pacientes para centro de saúde;

57
 Médico: pode listar pacientes e editar os dados demográficos de pacientes; pode
registar observações do resultado do exame e prescrever a medicação;
 Administrador: pode gerir e cadastrar dados no sistema.

3.8 Diagrama de caso de uso do sistema

O diagrama de caso de uso é responsável por modelar ou relacionar as


funcionalidades existentes de um sistema. Os elementos principais de um diagrama de
caso de uso são elipses contendo o nome de caso de uso e elementos externos ou
bonecos chamados de atores, estes interagem com o sistema. Observe que no diagrama
tem dois atores do tipo utilizador e administrador, onde o utilizador é o ator que trabalha
com as operações rotineiras do sistema. O administrador é o ator que atribui as
permissões aos utilizadores comum do sistema e também pode adicionar, alterar e
apagar um utilizador.

Figura 10: Diagrama de casos de uso do sistema. (Autoria própria)

58
3.9 Especificação de caso de uso do sistema

Caso de uso: Efetuar login

Atores: Administrador, Enfermeira e Médico

Pré-Condição Os atores precisam estar cadastrados na


base de dados
Pós-Condição Corresponde a um estado que o sistema
alcança após o caso de uso ter sido
realizado, neste caso o ator é direcionado
para tela principal
Fluxo Principal

1. corresponde à descrição da sequência de passos do fluxo principal;


2. O ator preenche os campos nome do usuário e senha e clica no botão “Entrar”
para aceder o sistema.
Fluxo de exceção

1. Caso um dos espaços não seja preenchido, o sistema ira exibir um alerta
informando-o para preencher o espaço;
2. Nome do usuário e/ou senha não correspondem;
3. O usuário não efetuará login.
Figura 11: Descrição do caso de uso para efetuar login. (Autoria própria)

Caso de Uso: editar usuário

Ator Administrador
Pré-Condição O ator precisa possuir privilégios e estar
autenticado no sistema
Pós-Condição o usuário é editado
Fluxo Principal

1. O ator seleciona o usuário;


2. O sistema apresenta o utilizador que precisa ser alterado;

59
3. O ator clica em editar os dados são salvos.
Fluxo de exceção

1. A operação não é concretizada;


2. O sistema exibe uma mensagem de erro.
Figura 12: Descrição do caso de uso para editar usuário. (Autoria própria)

Caso de Uso: Excluir usuário

Ator Administrador
Pré-Condição O ator precisa possuir privilégios e estar
autenticado no sistema.
Pós-Condição O usuário selecionado é excluído do
sistema
Fluxo Principal
1. O ator seleciona no utilizador que pretende excluir;
2. O ator clica em excluir;
3. O sistema exibe uma mensagem a perguntar se deseja excluir o utilizador
selecionado.
Fluxo de exceção

1. A operação não é concretizada;


2. O sistema exibe uma mensagem de erro na tela.
Figura 13: Descrição do caso de uso para excluir usuário. (Autoria própria)

Caso de Uso: Cadastrar pacientes

Ator Administrador
Pré-Condição O ator precisa estar autenticado no
sistema
Pós-Condição A paciente é adicionado ao sistema
Fluxo Principal

O ator seleciona a opção cadastrar paciente;


O sistema disponibiliza o formulário para inserir os dados;
O ator preenche o formulário informando os dados solicitados;

60
O ator confirma o cadastro e os dados são guardados.

Fluxo de exceção

1. A operação não é confirmada;


2. O sistema exibe a uma mensagem de erro.
Figura 14: Descrição do caso de uso para cadastrar pacientes. (Autoria própria)

Caso de Uso: Marcar e Desmarcar consulta

Atores Enfermeira e Administrador


Pré-Condição O ator precisa estar autenticado no
sistema
Pós-Condição A paciente precisa estar cadastrada
Fluxo Principal
1. O ator seleciona a opção consulta no menu;
2. A nova consulta é registada no sistema..
Fluxo de exceção
Nenhum
Figura 15: Descrição do caso de uso para marcar e desmarcar consulta. (Autoria própria)

Caso de Uso: Excluir paciente

Atores Usuário e Administrador


Pré-Condição O ator precisa estar autenticado no
sistema
Pós-Condição A paciente precisa estar cadastrada e a
exclusão feita no sistema
Fluxo Principal
1 O ator seleciona a paciente que pretende excluir;
2 O ator clica em excluir;
3 O sistema exibe uma mensagem e os dados foram removidos com sucesso.
Fluxo de exceção

61
A operação não é concretizada
Figura 16: Descrição do caso de uso para excluir paciente. (Autoria própria)

Caso de Uso: Editar paciente

Ator Administrador
Pré-Condição O ator precisa possuir privilégios de
administrador e estar autenticado no
sistema
Pós-Condição A paciente é editada
Fluxo Principal
1. O ator seleciona nos pacientes;
2. O sistema disponibiliza os dados da paciente;
3. O ator realiza a edição dos dados da paciente;
4. O ator clica em editar os dados são salvos;
5. O sistema exibe uma mensagem dados editados com sucesso.
Fluxo de exceção
1. A operação não é realizada;
2. O sistema exibe mensagem de erro.
Figura 17: Descrição do caso de uso para editar paciente. (Autoria própria)

Caso de Uso: Sair do sistema


Atores Usuário e Administrador
Pré-Condição O ator precisa possuir privilégios e estar
autenticado no sistema
Pós-Condição Nenhuma
Fluxo Principal
1. O ator seleciona menu sair;
2. A sessão é encerrada.
Fluxo de exceção
1. A operação não é realizada;
2. O sistema exibe uma mensagem de erro.
Figura 18: Descrição do caso de uso para sair do sistema. (Autoria própria)

62
3.10 Diagrama de Atividades

É um diagrama que mostra o fluxo de controle e dados de uma atividade para a


outra, este diagrama abrange a visão dinâmica do sistema. Observe que o diagrama de
atividades apresenta uma forma simples de documentar as ações executadas em cada
caso de uso.

Figura 19: Diagrama de Atividades do sistema. (Autoria própria)

3.11 Diagrama de Sequência

Como foi descrito no capítulo anterior, o diagrama de sequência é utilizado para


dois objetos trocar mensagens entre eles, ou seja, o diagrama de sequência permite aos

63
objetos de uma classe se comuniquem entre eles. Isoladamente, os modelos aqui
apresentados não permitem obter uma visão completa do sistema; no entanto, parece-
nos serem suficientes para demonstrar a utilidade destes modelos no desenvolvimento
deste sistema.

Figura 20: Diagrama de sequência do evento. (Autoria própria)

64
3.12 Diagrama de Entidade e Relacionamento do sistema

Um diagrama Entidade-Relacionamento descreve o modelo de dados de um


sistema com alto nível de abstração. Foi desenvolvido para facilitar o projeto de banco
de dados, permitindo a especificação de um esquema de negócio, onde tal esquema
representa a estrutura lógica geral do banco de dados (REZENDE D. A., 2005).

Figura 21: Diagrama de Entidade e Relacionamento do sistema. (Autoria própria)

65
3.13 Metodologia do sistema

3.13.1 Tela de login

Nesta interface do SWGMG situa a grande parte das funcionalidades do sistema,


a tela de login que possui dois campos do utilizador e a senha, na qual o utilizador deve
estar cadastrado caso contrário exibira uma mensagem de erro. Uma vez cadastrado o
novo utilizador pode autenticar-se a partir da página de autenticação e visualizar o menu
principal.

Figura 22: Página de login. (Autoria própria)

3.13.2 Painel principal do Administrador

O painel principal do Administrador é a primeira página que o utilizador do


sistema com nível de administrador tem acesso após o processo de autenticação, e a
página é constituída por: um cabeçalho que apresenta a informação das pacientes, dos
usuários, relatórios; informação do sistema e uma área central que apresenta alguns
atalhos para funcionalidades específicas.

67
Figura 23: Painel principal do Administrador (Autoria própria)

3.13.2 Tela de cadastro das pacientes

A figura, ilustra a tela do administrador que lhe permite cadastrar novos pacientes

Figura 24: Tela de cadastro das pacientes (Autoria própria)

68
3.13.4 Tela usuários

Na tela usuário o administrador terá o privilegio de cadastrar um novo usuário,


inserindo os dados do novo usuário no painel novo usuário, depois de inserir os dados
do novo usuário o administrador terá de pressionar o botão adicionar e depois de serem
validados os dados inseridos o sistema irá cadastrar o novo usuário e em caso de algum
erro, o sistema irá exibir uma mensagem de erro, na mesma tela o administrador tem a
opção de pesquisar os usuários cadastrados no sistema, inserindo o nome do funcionário
no campo de texto do painel lista usuário e usuários com nomes parecidos irão aparecer
na tabela, onde o administrador pode selecionar o usuário alvo da pesquisa e os dados
do usuário serão exibidos nos campos correspondentes no painel novo usuário, o que
permite ao administrador atualizar os doados do usuário ou apagar o usuário do sistema
bastando pressionar as teclas atualizar ou botão dependendo da intenção do
administrador.

Figura 25: Tela dos usuários (Autoria própria)

69
2 CAPÍTULO IV - CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

Este capítulo dedica-se a conclusões e recomendações, na qual são tiradas as


principais conclusões da realização da pesquisa e recomendações para trabalhos futuros
de modo a permitir a continuidade da mesma.

4.1 CONCLUSÕES

Ao longo do desenvolvimento da pesquisa pude notar a importância do


aprendizado contínuo e da sua praticidade que os sistemas são desenvolvidos com
intuito de gerar soluções e agregar facilidades ao organizar, coletar, processar e
distribuir os dados de uma forma eficiente, pois essas tecnologias torna uma ferramenta
melhor na administração.

O atual processo da gestão das mulheres grávidas nos centros de saúde mostra-se
com algumas dificuldades na gestão, visto que há uma grande quantidade de
informações, tornando difícil e moroso o acesso e a manipulação das mesmas, bem
como o processo de tomada de decisão com base nelas.

Com a implementação do sistema web para gestão de mulheres grávidas, irá


contribuir para melhoria das competências e recursos na gestão das mesmas,
proporcionando a organização, agilidade e precisão de dados de uma forma segura e
comodidade, simplificando assim as atividades dos profissionais da saúde.

No decorrer do desenvolvimento surgiram algumas dificuldades como a


implementação de alguns layouts. A realização desta monografia foi importante para
aprofundamento dos conhecimentos obtidos durante o curso, pois aprendi que uma boa
organização e estruturação do código é fundamental para criação de qualquer software,
desde o levantamento de requisitos até a fase de testes.

4.2 RECOMENDAÇÕES

Com o objetivo de dar continuidade à presente pesquisa, recomenda-se que os


estudos destes géneros sejam realizados de forma a integrar o sistema proposto, para
minimizar e responder os problemas do dia-a-dia.

70
Como sugestão para trabalhos futuros tem-se como objetivo que se pretende
aprimoramento dos relatórios gerados pelo sistema adicionando novos filtros, novos
layouts e adicionar novas funcionalidades conforme a necessidade.

O trabalho está aberto para possíveis mudanças, restruturação, ideologia


dependendo da tendência da tecnologia de informação e comunicação com as
necessidades quanto a evolução da mesma com o passar de tempo.

Por fim, melhorias que traria mais comodidade ao usuário, propõe-se que sejam
incorporados os outros aspetos como SMS e correio eletrónico (e-mail).

71
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76
APÊNDICES

APÊNDICE I: GUIÃO DE ENTREVISTA AO CENTRO DE SAÚDE URBANO


DA PONTA-GÊA e MUNHAVA- BEIRA

Inquérito de avaliação sobre o processo de acompanhamento das mulheres


grávidas

Objetivo: recolher os dados necessários e fazer o levantamento de requisitos


necessários para o desenvolvimento de um sistema web para gestão de mulheres
grávida.

I. O que é pré-natal?
II. Quando se faz o processo de pré-natal?
III. Quais são os mecanismos que usam para coleta de dados das pacientes após estar
grávida?
IV. Quais são os dados tomados em conta no momento de coleta?
V. Onde e como são armazenados os dados das pacientes?
VI. Quantas pacientes são registadas em média por dia?
VII. Vocês têm realizado o atendimento do pré-natal todos os dias da semana?
VIII. Quem realiza atendimento a consulta do pré-natal?
IX. Quantas vezes as consultas são feitas durante o pré-natal?
X. Quais são os riscos que pode ocorrer quando a gestante não faz as consultas no
pré-natal?
XI. Como é feita a comunicação entre a paciente e a unidade hospitalar?
XII. Como é feito o controle das pacientes no pré-natal?
XIII. Quais são os exames que a gestante deve fazer durante o pré-natal?
XIV. Quais são os principais pontos a serem observados durante o pré-natal?
XV. Quantas vacinas uma mãe toma durante a gravidez?
XVI. Quais as complicações podem apresentar as gestantes durante a gravidez?
XVII. Quando uma criança se da como prematuro?
XVIII. Quando acontece a vacinação de uma bebé recém-nascido?
XIX. Quantos meses ou anos a criança deve ser vacinada?
XX. Quais são as dificuldades que vocês têm enfrentando na hora na marcação das
consultas?

Muito obrigado pela colaboração

77
APÊNDICE II: RESULTADOS DA PESQUISA REALIZADA AO
DEPARTAMENTO DE SAÚDE MATERNA INFANTIL NO CENTRO DE
SAÚDE URBANO DA PONTA-GÊA

Esta entrevista foi aplicada no sector de Saúde Materna Infantil centro de Saúde Urbano
da Ponta-Gêa-Beira, tendo em conta as respostas obtidas através do questionário:

I. O pré-natal é um seguimento de mulheres grávidas, para saber as condições em


que se encontram a mãe e o filho, e garantindo que uma gravidez seja segura até
o dia do parto.
II. O processo de pré-natal faz quando a mulher está grávida, numa unidade
sanitária para saber mais da informação.
III. Os mecanismos que se usa para a coleta de dados das pacientes após estar
grávida são: abertura de ficha pré-natal onde são registados todos os dados das
pacientes, identificação, antecedentes pessoais, obstétricos, números de
gravidezes, exame da saúde como teste de HIV/SIDA e de sífilis.
IV. Os dados tomados em conta no momento de coleta de dados são: nome completo
da paciente, data de nascimento, BI, profissão, celular, província, distrito,
cidade, bairro.
V. Os dados das pacientes são armazenados numa pasta e colocados nos armários
para melhor controle.
VI. Por dia registam-se 120 dependendo do fluxo.
VII. Os atendimentos nas consultas pré-natais são feitos nos dias úteis de segunda a
sexta-feira, com exceção sábado, domingo e feriados.
VIII. A consulta do pré-natal só é realizada a enfermeira de SMI.
IX. São realizadas 6 consultas no máximo.
X. Os riscos que pode ocorrer quando uma mulher não faz o pré-natal são:
desenvolver doenças como anemia, malaria, parasita durante na gravidez e
contribuir para malformação do bebé.
XI. A comunicação entre a paciente e hospital é feita presencialmente.
XII. É feito o teste de HIV/SIDA, o de sífilis, hermografia, urina para saber se esta
infetada, teste de sangue para saber o grupo sanguíneo, peso, movimentos do
feto.
XIII. Obstétricos, placenta previa, complicações dores, tensão, abordo, anemia.
XIV. Uma mãe toma duas (2) doses de vacinas, exceto que nunca apanhou.
XV. Uma criança se dá como prematura quando uma mãe sofre tensão, malária, uma
sífilis não tratada, pode fazer com que uma criança nasce prematuro ou com
menos de 32 semanas de gestação.
XVI. A vacinação do recém-nascido acontece logo a nascença. Denominado BCG
XVII. A criança deve ser vacinada até os 18 meses (1 ano e 6 meses).
XVIII. Existem dificuldade por exemplo: falta de aparelho de medir o útero, análise.

78
APÊNDICE III: RESULTADOS DA PESQUISA REALIZADA AO
DEPARTAMENTO DE SAÚDE MATERNA INFANTIL NO CENTRO DE
SAÚDE URBANO DA MUNHAVA

Esta entrevista foi aplicada no sector de Saúde Materna Infantil centro de Saúde Urbano
da Munhava-Beira, tendo em conta as respostas obtidas através do questionário:

I. Faze-se a identificação da paciente a partir da ficha natal, antecedentes pessoais,


obstétricos histórico clínico, exames como: de HIV/SIDA de sangue para saber
grupo, sífilis.
II. Os dados tomados em conta no momento de coleta de dados são: nome
completo da paciente, data de nascimento, nome dos pais, BI, profissão, celular,
província, distrito, cidade, bairro.
III. Os dados das pacientes são guardados na ficha do pré-natal e armazenado numa
pasta de arquivos.
IV. O pré-natal é uma consulta que serve para controlar a mulher grávida e o feto,
saber as condições em que se encontram, e garantir uma gravidez segura e um
parto melhor com ajuda do pessoal da saúde.
V. O processo de pré-natal faz lo quando a mulher descobre o seu estado de
saúde(gravidez). E só a enfermeira da SMI é que faz o processo.
VI. Em média, 30 ou mais. Mas depende do dia, pois cada dia é uma nova realidade.
VII. Os atendimentos nas consultas pré-natais são feitos de segunda-feira à sexta-
feira exceto nos sábados, domingos e feriados.
VIII. A consulta de pré-natal é feita pelo pessoal da SMI enfermeiro/a.
IX. Depende do tempo que a gestante vai à consulta. Mas são 6 consultas.
X. Quando a gestante não faz este processo tem risco de perder a criança, nascer
prematuro, pode ter parasitas que pode contribuir para a malformação da criança.
XI. A comunicação é feita de enfermeira para a mãe de forma amigável
presencialmente e organizada para elas sentirem-se seguras e confiantes.
XII. É feita da seguinte forma: altura do fundo uterina, foco: movimentos do feto,
peso da gestante e perímetro braquial.
XIII. Os exames feitos são: teste de sangue para o grupo sanguíneo, de HIV/SIDA se
padece do vírus, o de sífilis.
XIV. Podem apresentar uma tensão alta(hipertensão), uma dor no baixo de ventre,
leucorreias(corrimento) e diabetes o que se considera ARO.
XV. Ela é prematura nasce antes do mês previsto, isto é, com menos de 30 ou 32
semanas de gestação.
XVI. A vacinação acontece quando o bebé acaba de nascer.
XVII. A criança deve ser vacinada dentro de 18 meses (1 ano e 6 meses).
XVIII. Sim, atrasos por falta de transporte das gestantes na hora marcada da consulta,
falta de informação sobre a consulta pré-natal, por falta de equipamento para
fazer analises e entre outos.

79
ANEXOS

ANEXO 1: PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PARA RECOLHA DE DADOS


Pedido de autorização para recolha de dados sobre o estado atual do processo de
acompanhamento no centro de saúde urbano da Munhava e da Ponta-gêa.

80
ANEXO 2: CARTA DE AUTORIZAÇÃO PARA RECOLHA DE DADOS
Pedido de autorização para recolha de dados sobre o estado atual do processo
acompanhamento e controle no centro de saúde urbano da Munhava e da Ponta-gêa.

81
ANEXO 3: FICHA DE PRÉ-NATAL

82
83
ANEXO 4: FICHA CLÍNICA DE PARTO

84
85
AVALIAÇÃO FINAL - PARECER DO ORIENTADOR

Engº. Cristian Franklin Coulon, docente na Faculdade de Ciências e Tecnologias da


Universidade Zambeze, vem na qualidade de orientador da Monografia de Licenciatura
submetida por Fidélcio Dinis Sortane, com o tema “PROPOSTA DE
DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB PARA GESTÃO DE
MULHERES GRÁVIDAS”, declarar que o trabalho apresentado pelo aspirante reúne
qualidade científica e condições necessárias para que o estudante seja submetido à prova
de defesa para obter o grau de Licenciatura em Engenharia Informática.

Beira, aos ____ de ___________________ de 2022

_______________________________________
(Cristian Franklin Coulon)

86

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