- Do Congo ou de Angola ou de Minas, FRATERNIDADE CASA DO FRADE

Bahia, Aruanda ou Cambinda. São os Uma Casa de Amor

velhinhos da Umbanda. Que encaminham
PRETOS VELHOS
nossas vidas. Esqueceram o terror da
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senzala, do cativeiro, as crueldades. E
Me lava Nanã, me lava. Com suas águas,
voltaram pra essa terra, pra prestar a
Nanã, sagradas (2x). Lave meus olhos para
caridade.
que eu possa ver a luz divina dos meus
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guias a me proteger. Lave meus ouvidos
Mas acabou, cativeiro acabou. (2x)
para que eu possa ouvir, os ensinamentos
- Já fui preso na senzala, apanhei de ferro
de bons caminhos a seguir. Lave minha
quente. De subir de morro acima porque
boca para que eu possa dizer mensagens
tinha a perna doente.
de amor a quem precisa receber. Lave
- Conversava com a lua e a estrela
Nanã, o meu coração. Encha ele de alegria
respondia, tem paciência meu velho,
e retire a aflição (2x). Ô, Nanã Buruquê, as
cativeiro acaba um dia.
suas águas me dão forças pra vencer. Ô,
- Levantava sem dinheiro e não tinha
Nanã Buruquê, quero em suas águas uma
paletó, toda roupa que ganhava só era
bênção receber.
farrapo só.
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- Eu contei minha toada, o que foi meu
Fui chamado de cordeiro, mas não sou
padecer, por isso que preto tem um
cordeiro não. Preferi ficar calado que falar
conselho pra você.
e levar não. O meu silêncio é uma singela
- Preto Velho é chamado na casa de seu
oração a minha santa de fé. Meu cantar
doutor pra beber vinhos finos e ganhar
vibram as forças que sustentam meu viver.
ramo de flor.
Meu cantar é um apelo que eu faço a
- Preto hoje tem anel, diploma e tem
Nanã Ê. Sou de Nanã Ewá, Ewá Ewá Ê (2X)
galão. Na alta sociedade o branco lhe
O que peço no momento é silêncio e
estende a mão. Ô...
atenção. Quero contar sofrimento que
- Negro já casa com branca, por que viram
passamos sem razão. O meu lamento se
seu valor e a sogra ainda diz, ele é preto
criou na escravidão, que forçado passei. Eu
só na cor.
chorei, sofri as duras dores da humilhação.
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Mas ganhei, pois eu trazia Nanã Ê no
Navio Negreiro no fundo do mar (2x)
coração.
Correntes pesadas na areia a arrastar (2x)
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A negra escrava se pôs a cantar (2x)
Na pedra fria, no pé do morro, dizem que
Saravá minha Mãe Iemanjá! (2x)
mora um velho lá (2x) Ele é curador, ele é
Virou a caçamba de pro fundo do mar (2x)
rezador. Ele é xapanã, ele vai lhe curar (2x)
E quem me salvou foi Mãe Iemanjá! (2x)
✿❀✿
Saravá minha Mãe Iemanjá! (2x)
Pega o cachimbo, arruda e guiné e vem
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Saravá! Que os pretos velhos nossas almas
Quantas estrelas tem no céu? Preto Velho
vão curar. Obaluâie e Nanã Buruquê
já contou. (2x) No rosário de Maria meu
irradiam a luz. E os pretos velhos seguem
senhor, Preto Velho já orou. (2x)
o mestre Jesus.
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Olelê meu Deus do céu que alegria, o Preto
Velho não carrega soberbia. Meu Deus do
céu isto aqui eu preferia, A Estrela D'Alva
no ponto do meio-dia
 - Eu vou plantar neste quintal pé de
pinheiro, para mostrar como se quebra
macumbeiro (bis) - Galo penacho bota
macho na campana. Neste terreiro galo
velho não apanha (bis)
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Firma ponto minha gente, Preto Velho vai
chegar. Ele vem de Aruanda. Ele vem pra
trabalhar. Saravá Pai Joaquim. Saravá,
saravá, sarava. Ele chegou no terreiro
Ele vem nos ajudar.
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Mãe Maria, ê, ê, Mãe Maria, ê, ah (2x) Mãe
Maria Conga, é a rainha desse congá (2x)
Vou bater meu atabaque até amanhecer o
dia (2x) Mãe Maria quando chega só traz
paz e alegria (2x)
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Quem é aquele velhinho que vem no
caminho andando devagar, com seu
cachimbo na boca puxando a fumaça e
soltando no ar. Ele é do cativeiro é Pai
Benedito, ele é mirongueiro.
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Fio, se suncê precisar. É só pensar na Vovó
Que Ela vem te ajudar. Pensa numa
estrada longa, zifio. Lá no seu jacutá. E
numa casinha branca, zifio. Que a Vovó tá
lá. Sentada num banquinho tosco, zifio.
Com sua rosário na mão. Pensa na Vovó
Maria Redonda, fazendo oração.
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E na aroeira de São Benedito, Santo
Antônio mandou me chamar. Pai Joaquim,
ê ê. Pai Joaquim, ê a. Pai Joaquim veio de
Angola. Pai Joaquim veio de Angola,
Angolá.
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Minha Cachimba tem Mironga, Minha
Cachimba tem Dendê (2x). Quem duvida
da minha Cachimba, que venha ver, que
venha ver.
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Vovó Cambinda, Cambinda é. Vovó
Cambinda é de Guiné (bis). Sentada no
toco pitando cachimbo. Ela faz o bem.
Com suas mandingas, defende os seus
filhos. Contra o mal também (bis)
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Adorei as almas, as almas me atenderam.
Eram as santas almas lá do Cruzeiro.
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E lá vem vovó descendo a ladeira com sua
sacola. É com seu patuá, é com sua
mironga, ela vem de Angola. Eu quero ver
vovó, eu quero ver, vovó. Eu quero ver!
Filho de umbanda não tem querer!!!
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Que caminho tão escuro e tão cheio de
areia (2x) Aonde Preto Velho foi morar com
Nossa Senhora das Candeias (2x)
Sete flores me acompanham, Sete velas
me alumeiam (2x) Sete anjos me
acompanham, Sete velas me alumeiam.
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Um grito de liberdade e a corrente se
quebrou. Um grito de liberdade, um grito
me acordou. Dentro de um canavial o
negro se libertou. E lá não tinha pra ele
nem chibata e nem feitor E lá não tinha
pra ele nem senzala e nem senhor (2x)
José de Aruanda é um grande lutador.
Hoje baixa no terreiro traz a paz e o amor.
Sua sabedoria, seus ensinamentos (2x) Vão
de canto a canto aliviando o sofrimento
(2x) Vem da força da reza, vem da força
das ervas (2x) Vem tirando todo o mal, a
mandinga ele quebra (2x) Foi Xangô quem
lhe trouxe, Zâmbi lhe coroou. Agradeço
dia-a-dia, viva Deus Nosso Senhor (2x)
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Preto Velho senta no toco, faz o sinal da
cruz. Pede proteção a Zambi para os filhos
de Jesus. Cada conta do seu rosário é um
filho que aí está. Se não fossem os Pretos
Velhos eu não sabia caminhar!
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Ecoou um canto forte na senzala (2x)
Negro canta, negra dança. Liberdade fez
valer. Não existe sofrimento, não existe
mais chibata. Só existe a esperança para
um novo amanhecer.
- Povo negro, povo forte. Trabalhavam pro
senhor. E sofriam as maldades praticadas
pelo feitor. O sangue, o suor e a lágrima
renovavam a força pra lida. Pois sabiam
que o sofrimento purificava pra nova vida.