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Ditado pelo E:
CASIMIRO
nad a
OaA a qa - =
a aisagens queo ú
s se veds repletas deTig
aún
Jamais se desesperou
Ante os pântanos docaos,
Abraçandoo! mundo inteiro,
. Numina bons e maus.
Omovimento de alerta. “a
A
Aquecendoà casanobre
Da metrópole mais. bela, asseioo proveitoso
É ooagsci
E Eal
Nãoesquecea folha tenra Que começa com presteza, : 1d :
jeto SUAFORENSE Ebepulsa ndo o pó de ontem
Nos serviços da limpeza.
A
A
Brilha em tudo para todos, R : PU e
Sem privilégio a ninguém, A vassoura range, rar VEM
Encontrando ohomem do mal No patinianlá sosodio,*
Sem desprezar coisa alguma
“A
SR pe
Só sabe fazer-lhe o bem.
; Na expressão do seu trabalho. ) cm
Sa
Vêm escovas cuidadosas
Esse sol amigo e farto, Ao lado de espanadores
Que revigora e ilumina, E renova-se a paisagem
Retrata em toda a expressão Dos quadros interiores.
A Providência Divina.
A água cariciosa :
Que se mistura ao sabão,
Carreia o lixo, a excrescência,
Enchebaldes, lava o chão.
“Ea“os TES desafogados
" Mostramordem nas fileiras,
Convidando ao pensamento
Do cimo das prateleiras,
O Lixo
Os móveis descansam calmos,
De novo brilha o verniz. Cada dia, aresidência
Toda a casa fica leve, Quea higiene ensine e ajude,
Mais confortada e feliz. Lançafora todo o lixo
Na defesadasaúde.
A limpeza efetuada E
E' novo impulso à energia, ' Grandes cestos, grandes latas,
Multiplicando as estradas Guardando detrito escuro,
De esforço e sabedoria. Enchem grandes carrocadas
Que seguem para o monturo.
A faxina, qual se chama,
Na linguagem da caserna, Contemplando o movimento,
Tem seu símbolo profundo Lembremos que a sujidade,
Nos campos de vida eterna. Muita vez foi qualquer coisa
Em plano de utilidade.
*
Em meio a vacilações,
Significa o resumo Nos serviços necessários
De grandes consolações A qualquer expedi:
A quem ame o próprio rumo. O mapa é bondoso guia, |
Servindoà orientação.
Tanto em água revoltada,
Como em areia, em espinho, E' sempre omentor fiel,
A bússola generosa Evitando o erro, a fossa,
Jamais esconde o caminho. E' aforça da experiência
Que passou antes da nossa.
Nas rudes experiências
Da romagemterrenal, Por obter-lhe o concurso,
Não sepode prescindir Houve lágrimas, suor,
Do rumo espiritual. Sofrimentos, sacrifícios,
Misérias, ruínas, dor.
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A : /
al Ea" E Sd eta
O ENS a ih NE ES Qui did dd: sete de
Masaquele que aproveita
Oensejo de cada dia,
Consulta e atende ao roteiro
Em paz e sabedoria.
Os Caminhos
Sabendo-se viajor
O caminho mais humilde,
Nos caminhos da existência,
A carta de indicações Seja navila ouna serra,
Dirige-lhe a experiência.
E" convite carinhoso
Que o Paitraçou sobre a Terra.
Estudando-a, com razão, Qualquer estrada do mundo
Vê-se intrépido e seguro,
E' sugestão debondade,
Quem vigia no presente
Por trazer às criaturas
Tem reservas no futuro.
Os bens da fraternidade.
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gás : io 6,
À
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dos ot nd ca! ce
Se à traco Pude e aba
Aberto no campo emflor,
Abre acesso à Natureza —
A eterna mestra do amor.
A Ferramenta
Hácaminhos para o templo,
Para o lar, para a oficina, O êxito no trabalho,
Todos eles sãorecursos Com que o homemse apresenta,
Da Providência Divina. Depende davigilância
Que se deve à ferramenta,
Aexcelsa sabedoria
Jamais esqueceu ninguém, A enxada laboriosa,
Dispondo todas as sendas Que coopera e não se cansa,
Para a luz e para o bem. Pedezelo no serviço,
Para agir com segurança.
Sômente o homem da Terra,
“Na ambição negra e fatal, A agulha por ministrar
“ Abusados dons do Céu, Benefícios e atenções,
Caminhando para o mal. Não dispensa tratamentos,
Desvelos e condições.
*
Nos trabalhos do tecido,
Ditoso quem reconheça lim tudo que atinja o assunto,
chéri SPPao
Em todaestradaumaluz,
di
O tear pede harmonia
Aa
Quem conduz à claridade Nas peçus do seu conjunto.
l
DôCaminho, que é Jesus.
USP É
ora sos hismtde,
e:
tos
“Nocírculodastarefas,
Da mais simples à maior,
Descuidada a ferramenta,
Tudo vai pelo pior.
O Carro
Sem isto, qualquer serviço |
Inclina-se à negação Nos problemas de viagem
E tende com rapidez Por vencerqualquer distância,
As sombras da confusão. Todo carrorequisita
Esforços devigilância. .
Instrumento corrompido
Marca início de insucesso. Antes de tudo, atendendo
Sem lutas de vigilância, Às lições da Natureza,
Não há bênçãos de progresso. Nãose podeprescindir
Dos detalhes da limpeza.
O problema do utensílio,
E' tão belo quão profundo... O carro é prestigioso,
Lembra sempre que teu corpo Mas, ao longo das estradas,
Atende essa lei no mundo. Pede amparo da prudência,
Nos serviços, nas paradas.
e
he
A Semente
Nosquadrosvivosda roça,
E' página aberta aos homens,
Mostrandolição divina. | “os
Éminúscula, e sômente |
A luz de grandeatenção
Pode ser reconhecida.
No campo deplantação.
Observando-o,recordo |
, Quanto pesa? quase nada:
As glórias efins supremos Coisa muito inferior,
Do tempo queé luz divina, - Calcada aos pés, sem cuidado,
“Nesteinstante quevivemos Naslutas do lavrador. y
x
No entanto, grãozinho humilde,
lde, Que pouca gente repara,
O segundo é gota humi Tem tarefas e caminhos,
.
O século é vasto TO.. Lições de beleza rara.
nto
Vive em Deus cada mome
fio.
Que o minuto é nosso Humilde, pequena e pobre, -
Abandonada ao monturo,
A semente é a garantia
Do edifício do futuro.
A , Moita CSM NA
a aJiupio did Ra to AM
Es
E vasto e E E
Vai ser árvore, celeiro,
Remédio, alimentação.
OCajado
Mas é justo ponderar,
Ao senso dacriatura, Quem faça viagem longa, teca
E Que a espécie deprodução Se é prudente e ponderado, sa
Responde à CA Jamais podeprescindir Ea
Do concurso de um cajado. “A
Laranjeira dá ça
Macieira dá maçã, Conduzir armadefogo
Planta. rude do espinheiro Ultrapassa a obrigação,
E' mais espinho amanhã. Evite-se a qualquer preço
A morte e a destruição.
As sementes ignoradas,
Da roça desconhecida, Entretanto, é indispensável,
São iguais às bagatelas Nas surpresas do caminho,
Do quadro de nossa vida. , Que se guarde alguma coisa
Contra a pedra, contra o espinho.
e
O bordão é companheiro,
a Não se aflige, não seassusta:
Uma palavra, um conselho,
Um gesto, uma vibração, à ' Permanece na defesa
Vão crescer e produzir Do esforço da causa justa.
Conforme nossa intenção.
Pode agir sem destruir,
Cede apoio com proveito,
Prestativo, atencioso,
Infundecalmae respeito.
Desvia o curso à serpente,
Traça rotas, vence o mato,
Em todas as latitudes,
O bordão é herói no tato.
A Terra e o Lavrador p
Sonda o leito do caminho,
Pratica a verdadee obem, Nos quadros da Natureza, = A
Pesados desbravamentos,
Segue honesto, a passo firme, Arado rude a ferir...
De espírito sossegado, Humilde, dilacerada,
Não sofras pelo dinheiro, Toca a terra a produzir.
Mas conserva o teu cajado.
Quanto mais a enxada vibre
No sulco forte e profundo,
Mais a flor promete fruto,
Mais o celeiro é fecundo.
Eu go Re QD,
rs
I
Muitavez, o soloagreste
E' lama desamparada,
Mas a mão do lavrador
Traz a vida renovada.
A Construção
Onde queimava o deserto
O homem sensato e nobre,
E o calor não tinha fim,
Brincam asas buliçosas, Quando faz a moradia,
Cantam flores dejardim. Tomaalvitres à prudência,
Conselho à sabedoria.
Quem não viu da própriaestrada
Primeiramente examina
O esforço do lavrador
E a terra aberta em feridas. O local, a posição,
E edifica osalicerces
Dando a riqueza interior?
Devidos à construção.
Assim, no mundo, a alma pobre,
Não se cansa de escutar
Inda vil, inda assassina,
Oculta a fagulha excelsa
As vozes da sensatez,
Que sugerem vigilância
Da Consciência Divina.
E induzem à solidez,
*
Muitoantes da parede,
Da janela, do portal,
E a dor, nossa grande amiga,
Reflete fazendo contas
Na terra do coração,
E' o lavrador bem-amado E escolhe o material.
Da vida e da perfeição.
Raciocina por si mesmo,
Não perde ponderações,
E estuda todo problema
Das suas aquisições.
Nãose atira a preço baixo,
De matéria condenada;
A sucata não lhe serve,
Nem madeira carunchada.
O Milharal
Acima de toda ideia,
Vibra a ideia de seu lar. O milharal nos parece,
Seleciona a caráter “Do caminho queo sol doura,
Cada coisa emseu lugar. Uma esperança deDeus
Sobre as bênçãos da lavoura.
Impõe-se nos seus desejos,
Sereno, prudente, ativo; Além disso, representa
O sensoda qualidade Uma elevadaoficina, Y M
Garante-lhe o objetivo. Danobre lei do trabalho NR
Que o Pai de Amor nos ensina. 4a
Esse homem previdente AR
Dálições a cada qual, Deus dá tudo: a terra, o ar, (a SM
Na construção do edifício As chuvas e os instrumentos, “TA
Da vida espiritual. . Indicando o tempo próprio | voa
Com a força dos elementos. [aa A
” Ro +,
” *
| Manda o homem, que é seu filho, ra
Escolhe teus pensamentos Cuidar da terra que é sua BRR!
No dever que te governa. E esse filho convocado | e
Ideias, palavras, atos, Guia o traço da charrua. RR
Constroem-te a casa eterna. | “AR
Germina a semente amiga, a.
Mas até quedê seus frutos, |,
Exige muitos cuidados, CAR
Constantes e absolutos. 2
VoLaa
; eE
gi qutação Ge E oa E
Emseguida, o céu concede
A espiga amada e perfeita,
Pedindo as dedicações
Nas tarefas da colheita.
A Plantação
6 Vem logo a descascadura,
o Depois o debulhador, E” muito grande o trabalho,
E o moinho em movimento Enorme a preparação,
e Nas lides do lavrador. Na terra que se destina
Às fainas da plantação.
Somente agora o celeiro
Guarda as forças do bom grão, E' preciso desprezar
A esperança carinhosa - Certas plantas, certas flores
Davéspera deseu pão. Retirar os espinheiros
E arbustos inferiores.
E' um ensino generoso
Que a leira de milho encerra, Depois da foice aguçada,
Um quadro de exemplo amigo, Que opera o desbravamento,
Das lutas de toda a Terra. ) Vêm, a golpes de enxadão,
Limpeza e destocamento.
*
DOTEATA
> | de
A terra aberta e ferida
E' o berço justo à semente.
O Campo e o Jardim
A zona que se consagra,
E
As tarefas decultura, - RR Nas lutas de cada dia,
Fornece lições diversas Nas estradas da existência, Toda
Ao campo da criatura. Lembra que o campo e o jardim usa
São pontos de referência. . e.
e Muita gente julga, a esmo,
E7 Que as lutas da educação Um é a esfera de trabalho “aa
Se resumem a teoria, Que fica estranha ao teu lar, AEEa
Discurso e doutrinação. O outro é a intimidade “ARA
Da vida particular.
E, Mas o problema é bem outro:
Não se dispensa a harmonia No primeiro é a mão de Deus
Entre ação e ensinamento, Que decide com grandeza,
Nos quadros decada dia. Na harmonia ineserutável
Das forças da Natureza.
*
No segundo é a criatura,
Dores, lutas, sofrimentos, Que, usando elementos seus,
São bênçãos de formação Ganha a vida, usufruindo
Da Divina Sementeira Os opimos bens de Deus.
Nas zonas do coração.
O campo eterno, infinito,
Vai de um mundo a outros mundos,
E' a vibração do universo,
Em seus problemas profundos.
O jardim é a casa amiga,
Pobre ou rica, sempre boa,
E' a bela oportunidade
Da luta que aperfeiçoa.
A Enxada
As penas, as amarguras,
De um lar de trabalho edor, Noconjunto dos trabalhos,
São trilhas que dão acesso A enxada pobre e esquecida
Ao bem santificador. E" uma agulha generosa
Que borda o lençol da vida.
Quem não zele seu jardim,
Com sacrifício e bondade, Com desvelos carinhosos,
Mui longe estã de atender Faz o berço às sementeiras,
No campo dahumanidade. Protege os rebentos frágeis,
“Traçando caminho às leiras.
Entretanto, vemos homens,
Herdeiros dos fariseus, Essa agulha delicada,
Que já pretendem ser anjos, Vibrando de pólo a pólo,
Sem serem bons para os seus. Aperfeiçoa a paisagem,
Lançando mais vida ao solo.
a
Obediente e bondosa,
Se queres segar o campo Coopera com o lavrador,
Da luz e do amor sem fim, E ondepassa costurando,
Não descuides um minuto, Eis que o chão transborda em flor.
“Das coisas do teu jardim.
Devem-lhe muito os celeiros
Na colheita farta, imensa,
Mas a enxada, dadivosa
Nunca pede recompensa.
Seu prazer está nas lutas,
Nos trabalhos naturais;
Alguém lucra em seus esforços?
Mais serviço e terás mais.
à .
Picareta
Não sabe se há chuvas fortes,
Se hácalor de requeimar, No serviço inicial :
Disposta sempre ao possível, Das construções no planeta, E
Tem gosto detrabalhar. Aparece, indispensável, OR
O esforço da picareta.
Modesta, criteriosa,
Atende ao labor que a chama, E" quase desconhecida A
Na casa elegante e bela; E:
Fiel ao bom lavrador,
Executa o seu programa. Pouca gente se recorda dm if
E Que não se abrigou com ela. | y “Aa
rea E
Instrumento valoroso, «a
Que não trai nem esmorece, E' que a nobre picareta
Exemplifica no mundo Atende à primeira fase AM
A humildade que obedece, De cada edificação sa
VA
Que precise erguer a base. ada
*
No trabalho do princípio, SER
Imagina a tua glória, Vencendo a pedra, a rudeza, Bo
Teu triunfo jamais visto, Revela ao trabalhador RR
Quando fores boa enxada Obediência e presteza. SM
Nas divinas mãos do Cristo.
Do serviço eficiente
Fornece as maiores provas,
Quebra espinhos, vara outeiros
Desdobrando estradas novas.
Traça e atende com firmeza,
No início das construções,
E. Dando forma aos alicerces,
| Prezando as obrigações.
A Cangalha
“a Escava terrenos duros,
e Humilde, criteriosa, Noscírculos de servico,
a Por trazer à superfície Toda a gente que trabalha
A bênção da água bondosa. Nem sempre sabe entender
A nobreza da cangalha.
Obstáculo? empecilho?
Oposições de rochedo? Não fôsse ela, entretanto,
A picareta resolve Que atende, promete e faz,
Totalmente estranha ao medo. E talvez o campo inteiro
DR
Viveria estranho à paz.
Na esfera espiritual
Onde o bem pede cuidados, Convenhamos na prudência
Há construções igualmente Que vem do rifão de antanho —
Com serviços bem pesados. É Basta, às vezes, uma ovelha
Para perder o rebanho.
*
O muar deseducado,
Lembra sempre, meu irmão, Que a força brutal anime,
Se queres a Luz Divina, Nunca perde ensejo ao coice
Que a vontade é picareta E está sempre pronto ao crime.
Nas terras da disciplina.
Vive ao léu, ameacando
A golpes de grosseria;
Aparentando brandura,
Transborda selvageria.
Transforma-se, comumente,
No animal rude e vilão,
PRATA No
sove
9) “gs
PVE va O
á l (:
pa Re
Entretanto, observamos
Em toda a sua existência
Os princípios sacrossantos
De amor e de inteligência.
E” o sublime protetor
A lei é conjunto eterno E Dos germes por excelência,
De deveres fraternais: , Eno esforço que desdobra
Os anjos cuidam dos homens, d Não conhece preferência.
Os homens dos animais.
Não separa ao benefício -
Os lírios da couve-flor,
Disposto à fraternidade,
Obedece ao Pai de Amor.
Também não pede à batata
Que amadureça num dia,
E exemplifica a esperança
Em paz e sabedoria.
Amigo da sementeira, A
Espalha a bondade imensa,
Servindo sem aflições ca Pleno campo, céu de anil, A
E dando sem recompensa. Que o sol dourado ilumina, e.
A primaveratraz flores “oa
Esforça-se o ano inteiro, De fragrância peregrina. “A
Muita vez sem intervalo,
Por cuidar de flores ricas,
Em tudo palpita obelo a
Que nunca virão cuidá-lo. Na sublime transcendência,
Das dádivas generosas
+ ; Da Divina Providência. Ra
Há flores espatifadas
Nos caminhos da abundância,
E" cegueira, dor e morte
Em males da ignorância.
Mas, um dia, o lavrador,
Notando a exigência ativa,
Vendo a zona perturbada,
Traz a canga educativa.
O Barbicacho
Os brigões acham de novo
A paz, a harmonia, o bem. 4 = Por vezes, na atividade “RA
O sofrimento em conjunto Das viagens, do transporte, E! A
E' o campo que lhes convém. O animal em disparada | a
Promete desastre e morte. o
Toleram-se mutuamente
Sem rixas nem desatinos, Por mais que sustenha arédea ÇA
E aprendem a trabalhar E colabore o cocheiro, y
Sem desprezo aos dons divinos. Em tudo, paira a ameaça
De rumo ao despenhadeiro.
Muita vez também, no mundo,
Parentesco e obrigação, Trabalhos imprescindíveis
São recursos necessários Sofreriam dilação,
Às luzes da educação. Se o condutor não agisse
Com firmeza e precisão.
a
Antecipando o terror
Amigo, se estás na canga Da descida, abismo abaixo,
De lutas indefinidas, O montador ou o cocheiro
Não fujas, atende a Deus, Recorrem ao barbicacho.
Cura os males de outras vidas.
Reage o animal teimoso,
Rebela-se e pinoteia,
Mas tudo cessa de pronto,
Na apertura da correia.
Se busca saltar de novo
Sob fúria mais violenta,
Eis que lhe vaza da boca
Espuma sanguinolenta.
A Muda a
De queixo posto no entrave,
Qualquer coice dado a esmo,
Quem penetre no jardim, p.
Quando em plena floração, e
Se pode ofender aos outros,
Não pode dissimular RM
Dói muito mais nele mesmo.
Sincera admiração. |. “UA
= aY
Em pouco tempo o rebelde,
Açucenas desabrocham A
Agora sem mais descanso,
Desdobrando-se em beleza, E
Trabalha tranquilamente
Mostrando a maternidade A
Humilde, bondoso e manso,
Das forças da Natureza. ua
Assim, também muita gente , “So
de My
Ee! omni
pot RAL ic
id DORA vtiaaia TAM
Precisa tempo, entretanto,
Na sombra e na claridade,
Requerendo orvalho e sol,
Noites, chuva, tempestade.
“CARTILHA.DA NATUREZA
Saiu da Lima humilhada,
Foi pisado de aspereza,
Foi queimado, mas agora
E' base de fortaleza.
Crepitando na lareira.
Ao seu calor, os mais velhos
Acham prazer na lembrança;
Os mais moços a alegria
De comentar a esperança.
O Diamante
Morrendo animosamente,
Em chamas de luz e graça, Noserro desamparado
Ela sabe que é de Deus, Que chama ao suor e à luta,
Por isso trabalha e passa. O diamante luminoso
Descansa na pedra bruta,
Se viveu rindo e cantando,
Entre seivas e prazeres, Por conquistá-lo é preciso
Comos mesmos encantamentos, Vencer enorme aspereza,
Cumpre os últimos deveres. Eliminando os percalços
Que surgem da Natureza.
Ah! quão poucos na jornada VR
Convertem reminiscências a Sobretudo, é imprescindível
Em calor, vida e perfume Estudar todo o cascalho,
De novas experiências!... Sem desprezar-lhe a dureza
No espírito do trabalho.
*
á k á 7» ' + à
a DO AS a ii AAA
Pouca gente lembrará.
Que a jóia de perfeição
Constitui a experiência
Dos átomos de carvão.
A Pérola
A princípio, não passava
De míseros fragmentos Dos trabalhos deconquista A
e
De carbono desprezível Da fortuna dadivosa, ã e,
Na força dos elementos. ú Destaca-se a pescaria AM
Da peróla preciosa. | “A
Nas grandes transformações, ts «PA
Viveu obscura e ac léu, À Nem todo mar serve à pesca, a
'Mas, agora, é flor de luz, Há nas ostras exceção, E.
Refletindo a luz do céu. Em verdade, muito poucas a
Atendem na seleção. b ig
Quem não vê na jóia rara, <a
Sublimada e soberana, Extremas vicissitudes, sm
A história maravilhosa 'Prabalhos, perigos. dores, “a
Dos caminhos da alma bumana? Ap k Tudo isso desafia a
A O esforço dos pescadores. a
* o.
$ Não se pode prescindir ú Ne
Nos serros da Humanidade De serviços sobre-humanos, RA
Que a ignorância domina, Com cuidado e intrepidez,
Cada ser guarda o diamante No fundo dos oceanos.
Da Consciência Divina.
* E' preciso haver coragem
Estranha a quaisquer temores,
No justo desprezo aos monstros
Das zonas inferiores.
A descida no mergulho,
Ao longo do enorme abismo,
Traduz um ato de fé
Que descende do heroísmo.
O Mármore
Mas, depois do sacrifício,
A que o homem se conduz, No gabineteisolado
Vem a pérola mostrando Dos serviços de escultura,
Um sonho formado em luz. Há muita coisa quever
Com a vidada criatura.
Todo o ouro amoedado,
Nosarquivos da avareza, O mármore chega em bloco
Nãocria esse dom de Deus Dos centros da Natureza,
Que surge da Natureza. Em trânsito para o campo
Do espírito e da beleza.
No esforço do pensamento,
Imita essa pescaria: E” pedra, vai ser tesouro;
No oceano do Evangelho E” rude, vai ser divino;
Há paz esabedoria. Todavia, não se sabe
Quando chega ao seu destino.
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Deise INSs Ú
Se há lugarejo às escuras,
Em justa necessidade,
O poste vence as distâncias, ç
Em busca da claridade. E
OAndaime
Operários sem recursos
Para o pão de cada dia? Quando o esforço
- Enneita
- Em toda |
Vai direito às quedas dágua,
Não se pode prescindir “8 |
A procita Ba senpiaia, Da alheia cooperação. | aa
E =
Auxilia nos transportes, ng
Coopera nasligações, Precisa-se apoio só, “a
Segura avisos na estrada, De base através da qual 248
* Se distribua ao serviço A
pdaa Concurso e material. “PAD
“
Não cobra, por seus trabalhos, Vem o andaime prestimoso, AM
Nem ordenados, nem multa, a
Na sua doce humildade Et o seguro compánhelio,
a | Que éatende às obrigações, Ê dee
E' um benfeitor que se oculta.
Noitê toda, dia inteiro.
*
De pé, vivendo o dever,
O poste compele o homem, Serve a todos com bondade,
) Sem vaidade, sem cobiça, E! um exemplo de serviço AS
A fugir, em qualquer parte, 1) um símbolo de humildade. + OR
Dos venenos da preguiça. E
Muita vez, pisado a esmo, a
— Wucuro, banhado em lama, AS
hds nanece em seu lugar, e.
o Hoestro não reclama, a
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Findo o esforço rude é longo,
Ao rebrilhar do edifício,
Pouca gente lhe recorda
O trabalho e o benefício.
A Ponte
O quadro é singelo e pobre,
Mas rara é a lição assim — Onde a estrada se biparte,
O benfeitor olvidado, Parando sem que prossiga,
Que é fiel até ao fim. Manda o Pai que se construa
A ponte bondosa e amiga.
Além disso, o ensinamento,
Em suas exposições, Consagrada ao bemdos outros,
Apresenta aos aprendizes Todo instante, atenta a isso,
Duas belas sugestões. Dom dos céus a revelar
O espírito de serviço.
Diz a primeira que um dia
Deveremos esperar, Suspensasobre as alturas,
Agir sem qualquer andaime Onde uma queda ameaça,
Na vida particular... Sem privilégio a ninguém,
A. ponte serve a quem passa.
*
Sempre pronta no caminho,
No seu esforço incessante,
Indaga-nos a segunda,
Se já fomos, para alguém, Todo o tempo, dia e noite,
O andaime silencioso E? bondade vigilante.
Que ajuda a fazer o bem.
Sanando dificuldades,
Dá-se ao que vai e ao que vem,
Pratica com todo o mundo
A divina lei do bem.
Por gozar-lhe toda hora
Seu constante e terno amor,
Os homensnunca refletem
Na extensão do seu valor.
O Poço
Muita vez é necessário,
Para que o possam sentir, Quem segue ao gol calcinante, a
Que em meio da tempestade Com sede desesperada, “e
A ponte venha a cair, Rende graças ao Senhor po
Achando um poço na estrada. E
No instante em que cada qual ,
Vê que o bem próprio periga, O quadro agreste, por vezes, am
Já ninguém mais desconhece Não tem abrigo nem fonte, te
Quem era essa grande amiga. Rarasárvores se alinham,
Perdendo-se no horizonte.
A ponte silenciosa,
No esforço fiel eativo, Em meio à desolação,
E” um apelo à lei do amor, Entre o calor e a secura,
Sempre novo, sempre vivo. A cisterna dadivosa
Guarda a bênção da água pura. so
EN
Há potos de toda idade, “RA
Vendo-a nobre e generosa, Bem calçados, mal assentes, aa
Servindo sem altivez, Mais rasos e mais profundos, Bo:
Convém saber se já fomos Em dimensões diferentes. “dl
Aa
AR
Como a ponte alguma vez.
No seu íntimo, entretanto,
Trazem todos a água amiga
Que socorre aos que sucumbem
De desânimo e fadiga.
* Quem tem sede se aproxima,
Com cuidado e gratidão,
E dispensa ao poço humilde
Sempre a máxima atenção.
hê
LA H 4 as % Le ple dual e eta
Te
Pants ir
Repara que a tua vida
E' um mundo de ocupações:
Ai de ti se desordenas
As tuas obrigações.
A Porteira
Através da luta enorme É
Enquanto a cerca trabalha,
Das dores e do destino, Es
Organizando a divisa,
Tua alma tem de passar
Em busca do bem divino. Mn A porteira se encarrega
Da tolerância precisa.
Certamente encontrarás
O caminho generoso,
Calúnias e tentações,
Defendido em cada lado,
Brutalidades, malícias,
Serpentes, feras, ladrões. Não pode ser confundido,
Nem deve ser perturbado.
Recorda a lição da cerca:
Quem organiza, porém,
A cada coisa o seu custo.
O esforço de vigilância,
E abre a porteira amiga,
Pode, às vezes, ser levado
A tudo que seja justo.
A gestos de intolerância.
*
A rigidez na fronteira,
Tenderído para o egoísmo,
Sem isso, não é possível
Encontra a porteira sábia
O bem de qualquer missão. a
Que opera contra o extremismo.
Sem clareza na tarefa,
Tudo é sombra e confusão.
Nas praças, como nos campos,
Ela ensina, com carinho,
Que a propósitos sagrados
Não se nega o bom caminho.
A cerca defende a ordem
Dominando o que é contrário,
Mas a porteira bondosa
Atende ao que é necessário.
a o Açude a
Há pessoa aflita e triste
q a e:
Que precise providência? Ê Vai-se inverno frio e longo, ER
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eria.Nora, Volta Edo desejáv el. E 4
Ps Br
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com diligênc O sui prdsseg as A Ú ;a
) Na harmonia inalterável. RA
Animais ao abandono? AR
Necessidades de alguém?
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sua missão no bem, VA E;
IRD E” lençol de luz e ouro,
Na tarde primaveril. , MM
E com calma superior,
Humilde e silenci UR
Durante o dia sem sombras, vie
Completa ep :
LA Retrata o Sol a brilhar, CARA
Da pi Si Re Quando a noite vem descendo “a
RR “a
* Guarda os raios do luar.
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Ei a nit
Sua doce formosura
E' bem que nunca se esvai,
Enfeitando os aposentos
Da Casa de Nosso Pai.
A Montanha
Se alguém a separa da haste,
Dentre todas as paisagens,
Quando nada mais lhe resta,
Talvez a maisbela eestranha,
Completa com a sua dor
E” aquela que se observa
Os júbilos de uma festa,
Na solidão da montanha.
No lamaçal, nas estufas,
Dura e estéril muitas vezes,
Na miséria ou na opulência,
Deserta, triste, empedrada,
A alegria harmoniosa
A montanha nos parece
E' a vida de sua essência.
A terra amaldiçoada.
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Somente à custa de esforço,
De luta excessiva e estranha,
E' possível reparar
As úlceras da montanha. O Pântano
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Nos campos do coração. Mas, um dia, o lavrador E»
Tite
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| o pântano desolado
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| o melhor dos seus terrenos.
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Onde havia lodo e lama,
Águas sujas e amargosas,
Oslegumes são maisricos,
As flores mais perfumosas.
O Ribeiro
Essas terras desprezadas,
Tão pobres e desiguais, Entre os bens da Natureza,
Ensinam, em toda parte, Tem o homem, cada dia,
Que Deus é o melhor dos pais. No ribeiro claro e manso
Lições de sabedoria. |.
Entre as quedas dolorosas,
Nos erros e nos desvios, Ei-lo que passa sereno,
Nós somos, na Criação, Em doce fidelidade,
Pontos tristes e sombrios. Dá vida aos paióis do campo,
Conforta e limpa a cidade,
Nossa ideia de virtude,
A mais bela em sentimento, Busca as terras desprezadas
E' a que nasce nos monturos Que nunca tiveram dono,
Da lama do sofrimento. Atende as raízes tristes,
Deixadas ao abandono.
Converte todatarefa
Deus, porém, que é o Pai Amigo, Num dom gratuito e suave,
Jamais nos deixou a sós. Mata a sede da serpente,
Jesus é o bom lavrador, Como o faz à flor e à ave.
E o pântano somos nós.
Cumprindo o labor de sempre,
Nunca cessa de correr,
Ensina a perseverança,
Exemplifica o dever.
- Se a chuva lhe traz a enchente,
Vai além da obrigação,
Busca a terra deserdada
E lhe ensina a dar mais pão.
o Em,
Cria povos eminentes,
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E' cle quem leva ao mar
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As úguas dos continentes.
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E” pai das economias
De todo o humano labor,
Mas quase ninguém se lembra
Dessa dívida de amor.
O Lago sa
Que importa, porém? O mundo ES
E” o homem que esquece e cai, em Todo lago tem seu nível. À A A
Sem ver a missão do bem, Qualquer um, raso ou profundo, Ae
cl
Nas bênçãos do próprio Pai. E' patrimônio a dispor
Na tábua dos bens domundo.
O grande rio conhece
A luz desse imenso arcano, A questão toda é saber,
Sobre o nível mais humilde Agolpes de paciência,
Busca a força do oceano. Utilizarlhe os proveitos
Com bondade e inteligência.
Assim também a alma grande,
Nas últimas posições, Diversos homens acusam
Recebe as ânsias de paz As águas estacionadas,
De todos os corações. Como poços. enfermiços
De forças envenenadas .
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> SA on
Se alguém lhe defende as águas,
Protegendo-lhe a limpeza,
E' um espelho cristalino
Na estrada da Natureza.
O Tronco e a Fonte
De dia, trabalha e dá,
Sob os ventos generosos; Um tronco frondoso e verde
De noite, reflete a luz Erguia-se além da fonte.
Dos astros cariciosos. Perto, o solo pobre e seco,
Longe, as luzes do horizonte.
Mas, a fim de ser mantido
No esforço nobre e fecundo, Certo dia, disse a fonte:
E” bom que ninguém lhe agite — Dá-me a sombra de teu galho,
O lodo que está no fundo. O duro chão me consome,
Dá-me teu brando agasalho!...
O lago retrata a vida
Nos quadros em que repousa. Respondeu-lhe o tronco antigo:
Todo homem tem seu nível — Vem a mim! serei feliz!...
Para o bem de alguma coisa. Serás a seiva da seiva
Que mealimenta a raiz.
de
Desde então, o tronco e a fonte
Um a um, pedem respeito Uniram-se a plena luz
Aos seus níveis de existência, Da grandeza que dimana
Pois todos guardam consigo Da bondade de Jesus.
O lodo da experiência.
O tronco reconheceu,
Vibrando de terno amor,
Que a fonte era a mãe bondosa
De sua seiva interior,
E a fonte viu nele o pai
De sua imensa alegria,
“Repousando em sua paz
Nas lutas de cada dia.
O Mar ;
Desde então, cantaram hinos
De hosanas ao Criador, Na expressão profunda e viva
Entre frutosdadivosos, Das forças da Natureza,
Na estrada cheirando à flor. Eis que o mar a tudo excede
Em formosura e grandeza.
À raiz, a água da vida
Levava consolação; Nos seus abismos trabalham
E o tronco elevou-se ao Céu Milhões de laboratórios,
Com a fonte no coração. De onde nascem para a vida
As larvas e os infusórios.
Houve sol e sombra amiga,
Flor e frutos na ramagem; As almas se modificam,
Cantigas de passarinho, Renova-se o esforço humano,
Harmonizando a paisagem. Mas é sempre inalterada
A oficina do oceano.
*
E! o mensageiro bondoso
Mas se pode demonstrar Da alegria e da abundância,
Tão grande revelação, Trocando os germens da vida,
E' que é o lugar onde os homens Vencendo a noite e a distância.
Não podem meter a mão.
Do outras vezes é um amigo
Com Iraternas exigências,
tuo pratica nos caminhos
Profundas experiências,
i
!
Se a flor é infiel à seiva
Que lhe deu força e guarida,
O vento condu-la ao chão, VA e!
Só deixando a flor da vida. vm
A Chuva
“Seu papel na Natureza
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Vai da vida à seleção, Folhas secas. Terra ardente.
Permutando os germens puros. Calores. Desolação.
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do nro À
Trazendo consolação. |
Também, na vida da Terra,
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Toda semente que é boa,
no é
A função do sofrimento
Va de
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Parece identificar-se Entre júbilos germina,
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et
Com os fins da missão do vento. E' a bela fecundação
Da natureza divina.
Troca ele as nossas almas,
Mata as flores da ilusão, As árvores ganham força,
Refunde os nossos valores Alimpa-se a atmosfera,
Em nova fecundação. A verdura em toda a parte
Tem cantos da primavera.
se
As cidades, como aos campos,
O turbilhão de amargores Aos ninhos, à sementeira,
E' mais vida envolta em véus, O pombo níveo da paz
Povoando a nossa estrada Traz o ramo de oliveira.
Com os germens da luz dos céus.
Bopra o vento brando e amigo,
Em vagas cariciosas,
Levando a mensagem doce
Que nasce do olor das rosas.
RU
esq
Nu TO
y SUN
Socorrem-se os viajantes
Um homem, depois das dores, Do auxílio de embarcação,
E' mais lúcido e melhor. E espera-se a ponte amiga
Toda sombra de amargura Como justa construção.
Traz consigo um bem maior.
Mas, se um dia, por descuido,
O rio apresenta o vau,
Ai dele! o destino agora
KHtriste, amargoso e mau.
Ninguém lhe receia as águas Pá
Noutro tempo respeitadas; Ud
Invadem-nas cavaleiros, UAM
Carros, toras e boiadas.
O Cipó
As correntes que eram puras,
E amadas por justa fama, Sobre a árvore frondosa EM
Rolam sujas e insultadas Que mostra calma infinita, “A
De lodo, de lixo e lama. Abraçada ao tronco forte A
Lá se vai o parasita. oa
A ponte dorme em projeto 2 NR
E o rio, embora a beleza, Não atinge o cerne, a seiva, a
"Depois que exibiu o vau, Mas, buscando a copa, as flores, RE
Nunca mais teve defesa. Enrodilha-se, teimoso, ARR
o Nas cascas exteriores. EA a
As nossas almas também “A
São como o rio profundo... Agarrado tenazmente, | ia
A zona de intimidade É Vai subindo vagaroso,. e
Precisa ocultar-se ao mundo. 4 Alcançando o cume verde “e
Do arbusto generoso. NR
nd Dedo A ni a cad ds
Recebe os beijos do Sol,
Embala-se na ternura
Da carícia perfumosa,
Da brisa mais alta e pura.
O Oásis
Mas, vem o dia em que o Pai,
Na lei de renovação, Em torno, o despovoado,
Chamao tronco nobre e velho Os lençóis deareia ardente...
As bênçãos da mutação. O viajor vive o seu drama
Doloroso e comovente.
E' aí que o cipó vaidoso
Demonstra o que não parece, Nenhuma vegetação,
Voltando ao pó do chão duro, Nem a bênção de uma fonte,
Para as zonas que merece. O quadro é desolador,
Embora a luz do horizonte,
Quanta gente brilha ao alto,
E, no fundo, inspira dó? Cansado de sede e fome,
Há milhões de criaturas Sofre e sua, sonha e chora,
Vivendo como o cipó. Desde a aurora rutilante
Às promessas de outra aurora.
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RR oo
ERRA, CARTILHA DANATUREZA
AR
Concentra-se, avança mais, .
Quase morto de alegria;
Contudo, desfaz-se a tela
Dos planos da fantasia.
A Praia con
rea
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Arrasta-se amargamente,
Mar revolto. Sombra densa, Eu a
Ralado de desventura,
Ao longo da vastidão. cAthR
Mas, na última esperança,
Vibra a angústia em cada rosto val
Surge um canto de verdura.
Na frágil embarcação. AM
A À
E" o oásis que o Senhor, O vento sopra de rijo
FR
a aa
Atento à nossa viagem, É o:
Espalhando a tempestade,
Mandou para os caminheiros.
As ondas são monstros verdes DRA
Que persistam na coragem.
No dorso da imensidade. a
Nos trabalhos deste mundo,
Dolorosas inquietudes,
Em rumo obscuro, incerto,
Amarguras, nervosismos...
Muita vez encontrarás
Céu e mar desesperados —
Inclemências do deserto.
E' o choque de dois abismos.
- CARTILHADANATUREZA
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Doce bem da Divindade
Que envolve os lares e os ninhos, Recordemos que a avestruz, UR
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Es a terna mensageira Exemplo que mais destoa, E
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Do amor de Deus nos caminhos. E' a maior das grandes aves,
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Muito bela, mas não voa.
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As galinhas igualmente,
Em todo lugar do mundo, Queridas e admiradas,
Haja paz, haja discórdia, Se voam alguns segundos,
Es a bênção paternal Caem trêmulas, cansadas.
Da Eterna Misericórdia.
Os patos, perus e gansos,
De grande conformação,
Poleram sômente os voos
Que os arrastem junto ao chão.
Os corvos pairam no alto,
Mas o abutre da preguiça
Aproveita a elevação
Para a busca de carniça.
A Capina
Ee il As andorinhas, porém,
Nta Librando no azul da esfera, Nos serviços de defesa
Com Esquecem o inverno e a lama, erp que PEA A, SM A
a Procurando a primavera. Dos trabalhos da capina.. Sa
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e PE REquis E Em torno à planta que nasce | “a
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E ne,serviços
presta AP O nobres No
redescuro
Cs lençol do chão,
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Devorando os horizontes. Tentando! é mifocação AP
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Noscaminhos da exsência
Entre os homens, vê-se o mesmo, AA
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Formando comprida esteira
De grosseiros ervaçais.
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Alastram-se em toda parte... /q
; São verdura
Há, porém, muita avestruz, mo iara traiçoeira
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Muitos corvos e galinhas, Domi E imteira: RR
E em todo o lugar são raras 1 minam roça inteira Eh |
ia do Que o lavrador cuidadoso Ha
Jamais se esquive à atenção, A
Trazendo-lhe, decidido, | a
A justa eliminação. a |
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l pih 1 ES yAÃS (2d O ONDA
Ainda que mostrem flores
Entre os ramos de alegria,
Que todas sejam tratadas
À lâminas de energia.
A Poda
611% Enquanto o grão não se forme
Para a colheita madura, Quando é necessária ao campo
Capine a enxada ao redor, Produção forte e fiel,
Tão atenta, quão segura. Não se pode prescindir
Da poda quase cruel.
De outro modo, o mato inútil,
Vadio, cruel, sem nome, E” dolorosa a tarefa,
Rouba grelos promissores, Que se comete ao podão,
Deixando ruína e fome, Não só nos tempos de inverno,
Como em tempo de verão.
Assim no mundo, igualmente,
Quem deseje o nobre dom, No pomar esperançoso,
Destrua dentro em si mesmo Na vinha feita em verdura,
Todo impulso menos bom. Há dores indefiníveis
Que nascem da podadura.
%
Velhos ramos opulentos,
Cultiva diáriamente Dilacerados ao corte,
A vida elevada e sã: Despenham-se amargurados,
Não te esqueças da capina Vencidos de angústia e morte.
Se queres fruto amanhã.
Esforça-se a podadeira
No galho que cede a custo,
E as frondes carinhosas
Parecem tremer de susto.
1"
há ad de ato
Muita vez, toda a folhagem
Sucumbe, desaparece,
Nobres hastes mutiladas (
Dão mostras de mãos em prece. Mm
O Malhadouro E
Mas, depois, findo o tormento, Wet 3 1208
Passada a grande agonia, Na época dadivosa /q
Vem a luz da primavera é Da colheita cor-de-ouro, a
Nas colheitas de alegria. E” tempo deconduzir “a
Cereais ao malhadouro - ) E. y
HH Tudo é festa de beleza, RS
p Abundância, fruto e flor, Espigas maravilhosas a |
Devendo-se tudo à bênção Vêm às mãos do tarefeiro, EC
Da poda que trouxe a dor. Aglomerando-se em busca UA
“IM Da secagem no terreiro. RA
Necessita-se igualmente, vê m by E
No campo das criaturas, Antigamente eram flores Ra
à Das podas em tempo calmo, | Mostrando verdura e viço; po a
Em tempos de desventuras. Epa Agora, a compensação Nu
Ú Que se reserva ao serviço. vaUE
* ca 4
Mas por ser o resultado, DAR
Nas fainas da luta humana, A garantia, o futuro, e
- de a . , Na
O sofrimento é o podão: | O grão rico e generoso AE
N Não tefurtes à grandeza Precisa ser nobre e puro. | dal »
E Das leis de renovação. eo
O lavrador cuidadoso à a HM
Organiza providências, y "1 y
| necessário excluir BR),
As últimas excrescências. DR
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Inicia-se a limpeza,
Servidores a malhar,
No espaço o longo assobio
De varas cortando oar.
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o Que a luta nosroube agora Há sinais de prejuízo. RE
Os restos da ignorância.
A lugarta rastejante, Rr |
Mostrengo em miniatura,
Val de uma folha a outra folha,
Dilacorando a verdura.
As flores, embora belas,
Perfumosas e garridas,
Aparecemdeformadas,
Nas corolas carcomidas.
O passeio dalagarta,
Que demora e persevera, Geralmente, em toda parte, AR
Perturba toda a expressão Noângulo mais sombrio A
Da filha da primavera. Dos recantos desprezados, “7
Vem a aranha e tece o fio.
Por mais que enflore e se esforce,
A árvore peregrina Escura, silenciosa,
Trai, aos olhos, a existência Atendendo aopróprio instinto,
Do verme que a contamina, Seja dia, seja noite,
Vai fazendo o labirinto.
Bo Encontramos na lição,
p Desse pobrevegetal, Por manter o enorme enredo,
«. O homemculto e bondoso Insiste e nunca esmorece,
Com o melindre pessoal. Condenar-se por si mesma
E” seu único interesse.
de
Desdobrando movimentos
Há muitas almas na Terra, Nos impulsos insensatos,
Er De feição nobre e segura, Pratica perseguições,
Mas o melindre é a lagarta Multiplica assassinatos.
Que as persegue edesfigura.
Insetos despreocupados,
Na ilusão cariciosa,
Transformam-se em prisioneiros
Da pequenacriminosa.
Satisfeita, a aranha escura
Prossegue na horrenda lida,
Nos venenos que segrega
Traz a morte e suga a vida.
A Boneca
Mas um dia, o espanador,
Na luta material, Quase em todos os lugares,
Vem e arranca essa infeliz Vencendo tempo e distância,
Das teias de horror do mal. A boneca sempre atrai |.
A grande atenção da infância.
A aranha, porém, não cede,
Com teimosia e com arte, Em torno dela palpitam
Foge ao bem que se lhe fêz, Mil castelos pequeninos;
E vai tecer noutra parte. E a doce futilidade
Do coração dos meninos.
Quem medita na conduta
Dessa aranha renitente, Nesses campos infantis
Encontra a cópia fiel Há luta, rixa, esperança...
Da vida de muita gente. H' tão frívola a boneca!
Mas faz feliz a criança.
*
Na casinha de brinquedo,
A muitos presos do engano, No princípio nobre e puro,
Deus envia a dor e as provas; l' que se forma o programa
Mas, depois delibertados, Das construções do futuro.
Vão prender-se em redes novas.
Hubem disso os pais bondosos |
1, notando a experiência,
Alendem aos pequeninos
“Bem recursos à violência.
sadDeno da
Não dilatam fantasias,
Não mentem por enganar,
Mas se valem da boneca
No intuito de ensinar.
O Remédio
Cada coisa, cada gesto,
+ Da mais ínfima expressão, O doente neste mundo,
São vistos e aproveitados Que deseje melhorar,
Na esfera da educação. Jamais encontra remédio :a
Saboroso ao paladar. )
A boneca inanimada
Constitui sempre o motivo, Por ministrar reconforto,
De lições maravilhosas,
De trabalho evolutivo.
4
Fazendo caminho à cura,
O melhor medicamento e
E
Tem ressaibos de amargura. sea
Há no mundo muitos homens, ] i a
Sem propósitos do mal, Todo enfermo esclarecido, (UseR
Que guardammuitas bonecas De senso nobre e louvável, 4 VR
Da infância espiritual. Já sabe que seu remédio ! a
Tem gosto desagradável. a e
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Se a moléstia é renitente, POUR
Junto deles, não condenes, Mais áspera e mais revel, aa
Não tenhas reprovação, A justa medicação CT
Não te faças de menino, Amarga, sabendo a fel. am
Jamais lhes negues a mão. f Ro
sm Por vezes, a beberagem MR
Não basta à restauração, aa
E” preciso o bisturi A Fo
Na zona de intervenção. ESA E
A sê a Erred T
" É e, É Er á gi
CERTA DANATUREZA. E
Contra o campoinfeccioso,
Providência compulsória,
Angústias do pensamento
Sobre a mesa operatória.
O Incêndio
Há remédios variados:
Purgante, choque, sangria, Elevam-se labaredas...
Compressas e pedilúvios, O fogo ameaçador
Recursos de cirurgia. Foi centelha, mas agora
E' incêndio devorador.
Sempre o fel do sofrimento
Amigo, reparador, Ninguém lhe conhece a origem
Tortura que retifica Obscura, nebulosa,
A dor que remove a dor, Ninguém sabe onde se oculta
A mão rude e criminosa,
Se é tão grande o sacrifício
No campo da cura externa, A fogueira continua
Pondera sobre o equilíbrio Buscando mais alto nível,
Necessário à vida eterna. Aumentando de extensão
Quanto ganha em combustível.
*
Os furacões implacáveis EM
Vigia-te a cada instante, 8 Matam flores, levam ninhos; o
Atende, pensa, examina! A corrente do aguaceiro “SD
Todo incêndio começou Muda a face dos caminhos, RM
Na fagulha pequenina,
Mas no dia que sucede
As sombras da convulsão, A
A terra é limpa e tranquila A
Na paz da vegetação.
O céu é claro-azulado,
O dia é de linda cor,
Tudo chama novamente
A nova expressão de amor. A Caçarola
Quem não teve em sua vida Dos serviços da cozinha,
A tempestade também? Onde há sempre grande escola,
Depois de tudo arrasado, Lembremos o ensinamento
Floresceu, de novo, o bem. Da obscura cacarola. j
Se vermelha, o apartamento
Guarda-lhe em tudo o matiz,
Parecendo cada coisa
Engrinaldada a rubis. O Banho
Se verde, a casa parece Dos preceitos da higiene, ES
De verdura peregrina; Fonteclara do vigor, +85)
Se azulada, é a cor do céu Destaca-se, em qualquer tempo, “o
Que se dilata e domina. O banho confortador. GR
ae
No trato vulgar do mundo,
A frente da Humanidade,
Deus é sempre o mesmo Pai O corpo mais nobre e belo
Que ilumina, cria e sente: Não se esquiva à sujidade.
Mas o homem o recebe
De acordo com a própria mente. Mais além hã fumo e lama;
Mais aquém, há lixo e poeira;
Todo o corpo participa
Do suor e da canseira.,
As células esgotadas,
Em ânsias de dor e morte,
Requerem alguma coisa
Que as ajude e reconforte.
O Pão
Eis que surge o banho amigo,
Com recursos sempre iguais, Em casa, chega o momento A
A água cariciosa Destinado à refeição... “a
Tem carinhos maternais. Raro aquele que recorda
A história de luz do pão.
Depois dele o alívio santo,
A Pênção ditosa e pura, Quase sempre, vem de longe,
A paz regeneradora Das zonas do campo em flor,
Ao corpo da criatura. Oferecer-se à criatura
Em nome do Pai de Amor.
Assim também, nossas almas,
Em servicos contra o mal, Foi semente sepultada
Nunca podem prescindir Na terra ferida e escura,
Do banho espiritual. Ressuscitando em seguida
Nas belezas da verdura.
*
Suportou lutas amargas, Vi
Luta a luta, dia a dia, 8 Noites ásperas, sombrias,
Levemos o coração : E Recebendo chuva e sol,
Às águas do Pensamento Tempestades, ventanias.
Para o banho na Oração. a RR
Adornou-se em primavera, =
Risonha, sublime, eleita, “A
E entregou-se alegremente 1
" Ao segador na colheita. si E
Padeceu processos vários,
Viveu peregrinações,
Desde a ceifa rude e longa,
Ao prato das refeições.
O Prato
Conforme reconhecemos,
Esse pão, quase sem nome, Dentre as coisas mais singelas
E' dádiva do Criador, Do lar carinhoso e grato,
Que vem mitigar a fome. E' justo reconhecer
A doce lição do prato.
Mensageiro humilde e santo
De carinho e de bondade, Esperando calmamente
E' o laço entre a Providência Comensais, em torno à mesa,
E a nossa necessidade. Exemplifica, bondoso,
A ternura e a gentileza.
O amor e a abnegação
Resumem-lhe a bela história; Primoroso companheiro
O espírito de serviço De humildade e de atenção,
E' a vida de sua glória. Por servir a quem tem fome a
j Aguarda o partir do pão. sm
CARTILHA DANATUREZA
Os homens ignorantes
Abusam do seuvalor,
Dando vida a todo impulso
De natureza inferior. “MM
A Candeia Ro
ba Mas quem sabe ser do Cristo o
NE Encontra nela a harmonia "A sombra desce de manso, au X
Da fonte de-vibrações O silêncio volve aos ninhos, “a
Do amor, da paz, da alegria. E' a noite cariciosa | e
Que se estende nos caminhos. o:
Palpita em seu manto a bênção “a
Do Pai Amado que aprova. Na casa pequena e simples “4
E' a ilha rica e encantada, Que érefúgio da pobreza, e
Repleta de força nova. E' mais densa a escuridão CU
, Que amortalha a Natureza. “SA
Alegra-te em cada noite, aaa
E, tomando o bem por guia, Mas no quadro desolado De
Entrega a Deus o inventário Perpassa a bênção do amor, a
Das lutas de cada dia. A candeia humilde e rude GARE
Clareia do velador. Re
e "TUA
Na sala desguarnecida
Não te enerves no repouso, Da morada carinhosa,
Renova teu compromisso. Sua luz mostra a beleza Y
Quem não sabe descansar, De uma estrela generosa. SUA
Mentiroso é no serviço. A
Aproveita-se-lhe o encanto "im
Na esfera da utilidade, RR
Mas quase ninguém lhe vê > es
O espírito de humildade.
Seu processo de ajudar,
Nas sombras da noite escura, )
fra Revela licão sublime “o
Ao plano da criatura. Uj
uid 5
A mais nobre das disputas, Ao termo de cada, noite,
Não cedendo à treva espessa , Nasaurorascoloridas,
As posses absolutas. | Podemos felicitá-lo
Nas ervas REcdenidaa
Entre os homens deste mundo,
O mal, o crime eo ateísmo E A planta nunca descrê;
Tudo ensombram provocando so trabalha e dá.
A noite de um grande abismo. Na lutajamais se esquece
Queo Pai nãoa esquecerá.
*%
É uy j , , LAW
wi Í ni set ho nad Í Ê didiyrmem,
Nasforças da Natureza,
Oorvalho é como o sorriso
Que desce diâriamente
Das bênçãos do paraíso.
Seuhálito carinhoso .
Há velhice amargurada
Sorrisos, calma, bondade, Movendo-se quase morta?
Prudência, paz, bom humor, | A divina benfeitora
São em tudo o brando orvalho Vem de leve e reconforta.
Da altura do nosso amor.
Enfermos entristecidos
“Atados a grandes dores?
' Recolhe-os bondosamente
Presta aos homensneste mundo
Auxílioamorosoe forte,
Desde o berço da chegada,
Ao leito de dor na morte.
A Capa
Heroína afetuosa
Deserviço e de bondade, Enquanto vibra o calor
Preserva no mundointeiro Do verão, em luz florida,
O corpo da Humanidade. A capa confortadora
Permanece recolhida.
Quem a veste, conservando-a,
Encontra incessantemente Em tudo há sol claro e quente,
A couraça que resiste Após a bênção do orvalho...
Ao frio mais inclemente. Oculta-se a capa amiga
Nas reservas deagasalho.
Lembremos, vendo-a servir
Sem recompensa e sem palmas, Entretanto, chega um dia,
O Cordeiro que dá lã Que surge na imensidade,
Necessária a nossas almas. Envolto de sombras frias
E sopros de tempestade.
x
Rajadas dilacerantes
Não te doa nos eaptinhos Invadem a atmosfera,
O inverno de angústia e pranto: Não mais a carícia doce
Vistamos os sentimentos Das tardes de primavera.
Em lã do Cordeiro Santo.
De outras vezes, muito embora
Cesse a grande ventania,
“Continuaoinvernoforte,
'Torturando noite e dia.
AbEpa névoas densas
Aolongo de toda a estrada,
Se a neve não cai docéu,
A terra sofre a geada.
O Faroleiro
E' quandoa capa bondosa
Aparece no caminho, Enquanto o leque da noite
Como aterna mensageira. Agrava a sombra e o perigo,
Do consolo e docarinho. A distância,eis que se acende
O farol bondoso e amigo.
Requestada em toda a parte,
No tempo frio e brumoso, A luz define os caminhos,
Trabalha, conforta eajuda, Mostra o vulto dos rochedos,
Sem as pausas do repouso. Pode o barco prosseguir,
A treva não tem segredos.
Assim, no inverno das dores
Que trazem desolação, Tudo é noite sobre o abismo,
A crença é a capa celeste Mas na torre existe alguém,
Que agasalha o coração. Atento em manter a luz,
Disposto a fazer o bem,
x
“E' o faroleiro. Em silêncio
Mas no mundo hámuito crente, * Clareia a amplidão do mar,
Quequando padece e chora, Determina o rumo certo
Desatende a Providência Eatende sem perguntar.
E atira com a capa fora.
Navios maravilhosos,
Em prodígios de conforto,
Recebem-lhe o benefício
E seguem, de porto a porto.
ans A de Ao,
Jangadas laboriosas...
“Ofarol ajuda sempre
Sem perguntas ociosas.
Todos devem aofarol,
Do comando ao marinheiro, luto e silêncio,
Mas quase ninguém conhece Desolação e amargor.
As dores do faroleiro. O quadro de um cemitério
Inspira PRudade e dor. -
Por servir e auxiliar,
Aceita uma condição: Aqui, lápides tosa
A vida de insulamento Ali, raros mausoléus,
Muita vez em privação. Anjos de pedra apontando
A cúpola azul dos céus.
Se ouvirmos as grandes vozes
Da verdade soberana, Além, sepulturas pobres,
Na Terra “acontece o mesmo Sem o mármoredas lousas,
“Nos maresda luta humana. Que se confundem sem palmas
No seio comum das coisas. |
x
Jamaissentiste o cansa
No excessode.burburinho?
oOtbrestá Canelaéos Sal O silêncio é o companheiro.
Eas noites da Natureza.
o chiado a
Já “observaste? No mundo, Em seu campo generoso,
Nos frinoA aleoo Hátréguasao pensamento,
Recebe-se luz sublime
De. penteado e Radio
x
o or que se mergulha
Nasvozes do turbilhão,
Mas Jesusque é o Jardineiro “Condena-se, muita. vez,
* Dapaz, do amor, da bonança, Aoscárceres da, Ro
“Fazflorir em nossastrevas
“Seus caminhos de esperança. E preciso, dido apre
Procurar napoledade,
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Francisco C. Xavier
JESUS NO LAR,
Na sua missão de re-
'co-
por o Evangelho no
do homem, descey
do Alto , através do me-
dium Francisco Cândido
Xavier, mais este eXce-
lente livro.
São reuniões familia-
res em casa de Simão
Fedro, à beira do lago,
onde se discutem na ih-
timidade, em volta da
mesa, os problemas do
jno de Deus. Os discj-
púlos apresentam seus
pareceres, sua opiniões,
suas dúvidas, e Jesus,
como Irmão Maior, de-
pois de ouvilos com
amorosa paciência, resol-
ve-lhes todos os proble-
mas, formulando um
apólogo, uma parábola,
uma historieta que faje
simultâneamente ao €Co-
ração e ao cérebro, e
nn memória facilmente
se conserve,
O primoroso livrinho
de Neio Lúcio, com 50
histôriazinhas edifican-
tes, em que a Doutrina
Cristã é habilmente do-
sada e lindamente ves-
tida, sem dúvida será o
candeeiro de todos os
lares, & iluminar jovens
e velhos.
1* edição
LBON DENIS
Catecismo Espírita
Com o fito de facilitar a vulgarização de um
trabalho de grande vulto do eminente discípulo de
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teve plena aceitação nos círculos doutrinários, por
sua comprovada utilidade prática e teórica,
E' uma condensação dos pontos cardiais da
Doutrina, ao alcance detodas as inteligências, e que
+
FERNANDO FLORES
Seara Qnfantil
Seara Infantil é precioso repositório de vinte
historietas e cinco graciosas poesias destinadas à
evangelização da crianca espírita.
Escrito numa linguagem acessível à mente in-
fantil, apresenta este livrinho, em cada página, ad-
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Exercícios que ampliam os conhecimentos inteleo-
Lunda da criançada estudiosa.
Com inúmeras ilustrações, desenhadas a traços
rápidos, e uma sugestiva capa em tricromia, eres
ditámos que n obra Menra Infantilmoracorá bon,
neolhida vimtodom om Vito ga emplritam
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